Electrodinâmica

Clássica
Aula 7
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 5. Leis de conservação
5.1. Carga e energia
5.1.1. Equação de continuidade
5.1.2. Teorema de Poynting

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 Carga e energia
5.1.1. Equação de continuidade
• O princípio geral da conservação global da carga é conhecido,
em como a carga global de um sistema, ou mesmo do universo
é estacionária.

• Entretanto, num sistema mais “local” se a carga total de um

volume se alterar (aumentar ou diminuir), é sinónimo de que
de alguma forma essa carga passou (para dentro ou para fora)
através da superfície que limita esse mesmo volume, na exacta
quantidade da alteração (aumento ou diminuição).

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A carga presente em um determinado volume V é determinado
por:

E a corrente que flui através do contorno desse volume S é ,

então a conservação da carga diria que

Em que reescrevendo dQ, ficaria:

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Sendo verdadeiro para qualquer volume, então:

Esta é, como se sabe, a equação da continuidade (que traduz a

conservação local da carga). E ela pode ser deduzida das
Equações de Maxwell pelo facto de ela ser uma consequência das
leis da electrodinâmica.

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 5.1.2. Teorema de Poynting
Suponha que temos uma configuração de carga e corrente que no
tempo t, produz campos E e B. No instante seguinte, dt, as cargas
se movimentam um pouco. Com isso questiona-se quanto
trabalho dW é realizado pelas forças electromagnéticas que
actuam nessas cargas no intervalo dt?

Para tal vamos recorrer à lei de Força de Lorentz, verificando que

o trabalho realizado sobre uma carga q é:

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Agora, e , de forma que a taxa na qual o trabalho é realizado em
todas as cargas de um volume V é:

Claramente é o trabalho realizado por unidade de tempo, por

unidade de volume – o que equivale a dizer potência fornecida
por unidade de volume. Em termos de campos, essa quantidade
pode ser expressa isoladamente usando a lei de Ampére para
eliminar J:

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Entretanto, o produto misto pode ser expresso de acordo com a
regra de produto:

Mas podemos substituir um termo pela Lei de Faraday (),

ficando:

Enquanto isso:
, e
Então:

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Se aplicarmos a expressão anterior na equação , e aplicarmos o teorema do
divergente ao segundo termo, dá:

Onde S é a superfície que limita o volume V.

Esse é o Teorema de Poyting (teorema de energia-trabalho) da
electrodinâmica que diz que: O trabalho realizado sobre cargas pela força
electromagnética é igual ao decréscimo de energia armazenada no campo,
menos a energia que flui para fora através da superfície.

A energia por unidade de tempo, por unidade de área, transportada pelos

campos é chamada de Vector de Poyting:

Este teorema expressa a lei de conservação da energia para o campo

electromagnético!
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Electrodinâmica
Clássica
Aula 8
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 6. Ondas
Electromagnéticas
6.1. Ondas em uma dimensão
6.2. Ondas electromagnéticas no vácuo
6.3. Ondas electromagnéticas na matéria

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6.1. Ondas em 1 dimensão
• Na física, a equação de onda é omnipresente.

• Se algo vibra a pequenas amplitudes, quase certamente a

equação do oscilador é a responsável;

• Se algo estiver a ondular (em qualquer que seja o contexto:

acústico, mecânico, óptico ou oceanográfico), a equação de
onda é a responsável.

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• Classicamente, a equação de onda é descrita como:

• Pois admite como solução todas as funções do tipo:

Este assunto já
Foi amplamente discutido
Nas OOO
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6.2. Ondas electromagnéticas
no vácuo
• Em regiões do espaço onde não há carga ou corrente, as
equações de Maxwell dizem nos:

• Estas constituem um conjunto de equações diferenciais

parciais acopladas de primeira ordem para E e B.

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 VEJA IDENTIDADE
ROTACIONAL DE
ROTACIONAL
– 2as derivadas

• Aplicando o rotacional em iii) e iv) ficamos com:

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• LEMBRANDO QUE:

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• Estas conclusões, estão em concordância com a equação de
onda clássica.

• As equações de Maxwell sugerem que no vácuo a propagação

das ondas electromagnéticas acontece a uma velocidade:

• Logo:
A LUZ É UMA ONDA ELECTROMAGNÉTICA!!!!!

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2022 18
6.3. Ondas electromagnéticas
na matéria
• Dentro da matéria, nas regiões onde não há cargas livres nem
correntes livres, as equações de maxwell assumem a forma:

• Se o meio for linear:

e

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• Se além de linear o meio for homogéneo:

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 Pressão da radiação
• Os campos electromagnéticos transportam consigo momento
além de energia. E como tal, essa radiação exercerá uma pressão
sobre a superfície/área, dado de forma simplificada por:

Que é a força média por unidade de área.

• Por exemplo, se existir um campo eléctrico que desloque cargas

perpendicularmente a um campo magnético, este campo
magnético vai exercer uma força () sobre cada uma dessas
cargas. A força líquida sobre todas as cargas na superfície
produz a pressão da radiação.
• Numa superfície reflectora perfeita, a pressão duplica o valor
normal.
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Próxima semana
Discussão do
Seminário 2
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Electrodinâmica
Clássica
Aula 9
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 7. Potenciais e Campos
7.1. Potenciais escalar e vectorial
7.2. Operador de d’Alembert

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Potenciais escalar e vectorial
• Neste conteúdo, busca-se encontrar a solução geral para as
equações de Maxwell:
i. ii.
iii. iv.

• Tendo informação de ρ(r, t) e J(r, t), interessa determinar E(r, t)

e B(r, t). Em que no caso estático, as leis de Coulomb e a de
Biot-Savart nos permitem encontrar o resultado.
• Para configurações dependentes do tempo, torna-se necessária
a generalização dessas mesmas leis.

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• Para a facilitação, é pertinente representar os campos em
termos de potenciais.

Em Electrostática

• Em Electrodinâmica, o rotacional do campo eléctrico já não é

nulo, o que impossibilita escrever o campo como gradiente de
um potencial escalar.

• Entretanto, B continua com divergente nulo, portanto:

𝐵=𝛻 × 𝐴 2022 26
• Se essas relações forem aplicadas na Lei de Faraday, fica-se
com:

ou

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• Pode ser escrita como gradiente de um escalar, tal que:

O que permite escrever:

ESTA REPRESENTAÇÃO POTENCIAL RESOLVE AS

EQUAÇÕES HOMOGÉNEAS DE MAXWELL ii e iii.

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• Usando a representação potencial na equação i, temos:

• Substituindo e em iv, temos:

• Aplicando a identidade vectorial

, ficamos com:

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• AS EQUAÇÕES ESCRITAS A VERMELHO CONTÊM
TODAS AS INFORMAÇÕES DAS LEIS DE MAXWELL!!!

• Da equação

Podemos retirar um novo operador:

É o operador de d’alembert (□2).

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 Operador de d’Alembert
(o d’Alembertiano)
• Este operador nos permite escrever:

• Ele tem mais impacto de uso na relatividade especial, dado

que representa uma generalização natural do operador de
Laplace (o Laplaciano).

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