Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INSTITUTO DE FÍSICA
FÍSICA GERAL EXPERIMENTAL 3
TURMA P19
PROFº: ALEXANDRE RODRIGUES BARBOSA
1. OBJETIVOS
2. INTRODUÇÃO TEÓRICA
A carga Q1 exerce sobre a carga Q2 a força F21, cujo módulo de acordo com a lei de
Coulomb é dado por:
1 𝑄1𝑄2
|𝐹21| = 4𝜋ε0 𝑟2
(1)
Se dividirmos a força F21 pela carga Q2 é obtida uma grandeza vetorial que independe de
Q2, ou seja, depende somente de Q1 e de r:
|𝐹21| 1 𝑄1
𝑄2
= 4𝜋ε0 𝑟2
(2)
Ainda que esteja presente apenas uma carga Q, esta carga criará na posição r à sua volta,
uma propriedade chamada Campo Elétrico, uma grandeza vetorial representada pela letra E, cujo
módulo é apresentado na forma:
1 𝑄
|𝐸| = 4𝜋ε0 𝑟2
(3)
Deste modo, a lei de Coulomb pode ser entendida em duas etapas: 1ª a carga Q cria ao
seu redor uma propriedade que chamada campo elétrico e a 2ª quando uma carga de prova é
colocada nesse campo elétrico, ela fica sujeita a ação de uma força elétrica idêntica à força
prevista na lei de Coulomb para as duas cargas. A força e o campo têm a mesma direção,
podendo ter ou não o mesmo sentido, dependo do sinal da carga de prova.
Figura 2 - Representação esquemática de um átomo, interação entre cargas e campo elétrico.
Já numa região onde o campo elétrico é uniforme, para serem perpendiculares às linhas
de força, as superfícies equipotenciais devem ser planas. A imagem geométrica do Campo
Elétrico pode ser obtida com a definição das linhas de força, conceito este introduzido por
Michael Faraday. A força e o campo têm a mesma direção, podendo ter ou não o mesmo sentido,
dependendo do sinal da carga de prova.
Uma das maneiras mais simples de conhecer a configuração do campo devido a duas
cargas quaisquer é através da determinação de linhas equipotenciais, pois estas possuem um
potencial elétrico constante característico ao longo de cada curva, que pode ser obtido
experimentalmente. A partir de um conjunto de linhas equipotenciais entre as cargas é possível
visualizar a forma do campo traçando as linhas de força, linhas contínuas que cruzam as
equipotenciais perpendicularmente.
2.2 Constante de Tempo em Circuitos RC
Para explicar melhor sobre Circuitos RC, vamos considerar inicialmente cum circuito
simples, conforme figura abaixo.
No gráfico 3 existe um ponto muito importante que vale a pena destacar. Trata-se do
ponto em que é atingido 63,2% da carga máxima do capacitor ou 63,2% da tensão do gerador. O
tempo em que o capacitor chega a esta carga corresponde numericamente ao produto de seu valor
(em Farads) pela resistência ligada em série.
Podemos demonstrar a análise deste gráfico através da equação:
−𝑡
𝑅𝐶
𝑉𝑐(𝑡) = 𝑉0(1 − 𝑒 ) (5)
Quando t=RC, temos:
−𝑅𝐶
𝑅𝐶
𝑉𝑐(𝑡) = 𝑉0(1 − 𝑒 )
−1
𝑉𝑐(𝑡) = 𝑉0(1 − 𝑒 )
1
𝑉𝑐(𝑡) = 𝑉0(1 − 𝑒
)
Com 𝑒=2,718281828, temos que
1
(1 − 𝑒
) ≃ 0, 632
Logo, a carga do capacitor atinge somente cerca de 63,2% da tensão do gerador.
Se um capacitor carregado totalmente, de modo a manter entre suas armaduras uma certa
tensão V, for ligado a um resistor, conforme figura 7 a descarga também não será constante, ou
seja, com uma corrente sempre de mesma intensidade.
Inicialmente, a corrente terá um fluxo maior, pois teremos uma tensão maior para
“empurrá-la” através do resistor. Mas, à medida que a descarga for ocorrendo, a tensão irá caindo
nas armaduras do capacitor de modo que o “impulso” para a circulação da corrente também será
menor.
Gráfico 4 - Representação gráfica de descarregamento do capacitor em série com resistor.
À medida que a tensão nas armaduras cai, a corrente também reduz sua intensidade,
reduzindo o fluxo da descarga. Do mesmo modo que no caso da carga, a curva também tangencia
no infinito a reta que corresponde à descarga completa. Isso quer dizer que, na teoria, a descarga
completa nunca ocorre.
Neste gráfico 4, temos um ponto que corresponde a 36,8% da tensão inicial. Este ponto
corresponde ao tempo que obtemos multiplicando numericamente o valor do capacitor em Farads
pelo valor do resistor em ohms.
3. MATERIAL
4. PROCEDIMENTOS
Dois eletrodos metálicos submetidos a uma diferença de potencial são postos em contato
com uma solução eletrolítica dentro de uma cuba. Utilizando um multímetro, é feita a varredura
na superfície em termos das diferenças de potencial entre os eletrodos, sendo construídas em um
papel milimetrado as curvas equipotenciais detectadas sobre essa superfície.
Parte II: Para a segunda parte da medida, ligamos os dois capacitores em paralelo como
indicado na Figura 11. Fizemos três medidas dos tempos de carga e descarga dos capacitores.
Parte III: Por fim, ligamos os dois capacitores em série como indicado na Figura 12.
Fizemos três medidas dos tempos de carga e descarga dos capacitores.
Figura 18 - Linhas equipotenciais entre dois eletrodos na forma de cilindro e outro em forma de
placa.
5.2 Constante de Tempo em Circuitos RC
Para fazer as medidas esperamos que a tensão sobre o capacitor, indicada no mostrador,
estivesse muito próxima de zero, que fosse pelo menos 0,01 𝑉. E para fazer as medidas de
descarregamento adotamos que a tensão sobre o capacitor fosse de no mínimo 4,9 𝑉. Com isso,
obtivemos os seguintes valores.
Parte I - Utilizando capacitores de 1000 μF e 2200 μF:
1ª Medida 10 9,7
2ª Medida 9,9 10
3ª Medida 9,9 10
Figura 20 - Linhas equipotenciais entre dois eletrodos em forma de placas com sentido da
corrente.
Figura 21 - Linhas equipotenciais entre dois eletrodos na forma de cilindro e outro em forma de
placa com sentido da corrente.
𝑇
𝑇 = 𝐶𝑥𝑅 𝐶= 𝑅
Comparando esse resultado com o valor do capacitor de 1000μ𝐹, nota-se que o resultado
chega próximo do valor do capacitor, a diferença deve-se ao fato de que estamos calculando a
capacitância em um circuito RC. Vale ressaltar que o tempo de descarga é menor que o tempo de
carga, isso acontece devido ao capacitor apresentar uma fuga interna, ou seja, uma resistência
baixa entre as armaduras, assim as cargas escoam-se através desta resistência e a descarga será
mais rápida.
Calculando a capacitância e a incerteza dos capacitores de 1000μF e 2200μF em paralelo,
temos a seguinte situação:
O tempo de descarga é menor que o tempo de carga também no circuito em série, isso já
foi explicado anteriormente. Com estes resultados dos cálculos de capacitância com capacitores
em série, nota-se que o valor da capacitância obtido com a fórmula e a média aritmética foge do
padrão dos resultados anteriores, isso acontece porque a placa negativa do capacitor liga-se à
placa positiva de outro capacitor e assim sucessivamente, isso faz com que todos os capacitores
tenham a mesma carga de associação. Desta forma, a capacitância em série é:
1 1 1 1
𝐶𝑒𝑞 = 𝐶1
+ 𝐶2
+ 𝐶3
+... + 𝐶𝑛
Caso queiramos calcular a capacitância equivalente para a associação entre apenas dois
capacitores, podemos usar um recurso facilitador, que é o quociente do produto pela soma:
𝐶1.𝐶2
𝐶𝑒𝑞 = 𝐶1+𝐶2
1000𝑥2200
𝐶𝑒𝑞 = 1000+2200
𝐶𝑒𝑞 = 687, 5μ𝐹
Com isso, observa-se que o valor de capacitância equivalente calculado acima está dentro
do intervalo da incerteza do valor da capacitância em série obtido anteriormente, ou seja 673μ𝐹±
15.
7. CONCLUSÃO
8. BIBLIOGRAFIA
WHITE, Marsh W, MANNING, Kenneth V. Experimental College Physics, 3.ed, N.Y: McGraw
Hill Book Company, Inc, 1954.
https://www.newtoncbraga.com.br/index.php/52-artigos-tecnicos/artigos-diversos/18558-a-consta
nte-de-tempo-art4427.html. Acesso em outubro de 2022.
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/superficies-equipotenciais.htm#:~:text=Superf%C3%ADcie
s%20equipotenciais%20s%C3%A3o%20superf%C3%ADcies%20de,superf%C3%ADcie%2C%
20esta%20superf%C3%ADcie%20%C3%A9%20equipotencial. Acesso em outubro de 2022.
https://sites.ifi.unicamp.br/labeletro/files/2012/02/sobre_erros_hugo_fragnito.pdf. Acesso em
outubro de 2022.
https://fisicaevestibular.com.br/novo/eletricidade/eletrostatica/superficies-equipotenciais-trabalho
-da-forca-eletrostatica/. Acesso em outubro de 2022.
http://www.uel.br/pessoal/renatoikeoka/pages/arquivos/Fisica%20Aplicada%20a%20Engenharia
%20II/EM1(DC)_mapeamento_curvas_equipotenciais.pdf. Acesso em outubro de 2022.