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Modulo 1A
Eletricidade Aplicada I
A matéria é algo que possui massa e ocupa lugar no espaço. A matéria é constituída
por partículas muito pequenas chamadas de átomos. Toda a matéria pode ser
classificada em qualquer um desses dois grupos: elementos ou compostos. Num
elemento, todos os átomos são iguais. São exemplos de elementos o alumínio, o
cobre, o carbono, o germânio e o silício. Um composto é formado por uma
combinação de elementos. A água, por exemplo, é um composto constituído pelos
elementos hidrogênio e oxigênio. A menor partícula de qualquer composto que ainda
contenha as características originais daquele composto é chamada de molécula.
Como certos átomos são capazes de ceder elétrons e outros capazes de receber
elétrons, é possível produzir uma transferência de elétrons de um corpo para outro.
Quando isto ocorre, a distribuição igual das cargas positivas e negativas em cada
corpo deixa de existir. Portanto, um corpo conterá um excesso de elétrons e a sua
carga terá uma polaridade elétrica negativa, ou menos (-). O outro corpo conterá um
excesso de prótons e a sua carga terá uma polaridade positiva, ou mais (+).
Quando um par de corpos contém a mesma carga, isto é, ambas positivas (+) ou
ambas negativas (-), diz-se que os corpos têm cargas iguais. Quando um par de
corpos contém cargas diferentes, isto é, um corpo é positivo (+) enquanto o outro é
negativo (-), diz-se que eles apresentam cargas desiguais ou opostas. A lei elétrica
pode ser enunciada da seguinte forma:
Se uma carga negativa (-) for colocada próxima a uma carga negativa (-), as cargas
se repelirão. Se uma carga positiva (+) se aproximar de uma carga negativa (-), elas
se atrairão.
Eletricidade Aplicada I
F=Q1 x Q2 (1)
1
F= (2)
d2
F = Q1 x Q 2
d2
Q1 x Q2
F= K Newton (N)
d2
Campo Elétrico
F
Q
F1
F2
Linhas de força
Quando duas cargas idênticas são colocadas próximas uma da outra, as linhas de força
repelem-se mutuamente como mostra a figura abaixo.
d
A
Q
Onde:
V = VpA - VpB
Onde:
Convencionou-se indicar uma diferença de potencial por uma seta que aponta
sempre para o maior potencial,
VpA
V
Q
VpB
- +
- +
V
Eletricidade Aplicada I
Fluxo convencional
Fluxo de elétrons
- +
- +
V
- +
- +
V
Lembrando que Q = n . qe
Onde:
n - é o número de elétrons; e
Com estas considerações Ohm enunciou a seguinte Lei que define a relação entre a
resistência, corrente e tensão:
Simbologia elétrica:
R
a) Comprimento do resistor
- +
V
Eletricidade Aplicada I
L1
- +
V
Podemos notar que para uma mesma tensão aplicada as cargas elétricas do condutor
de comprimento L1 deverão percorrer um caminho mais longo do que o de comprimento
L, sendo assim podemos concluir que quanto maior o comprimento do resistor, maior a
dificuldade de passagem da corrente elétrica, portanto maior a resistência elétrica. A
resistência elétrica é diretamente proporcional ao comprimento do resistor.
- +
V
S1
- +
V
Eletricidade Aplicada I
Podemos notar que para a mesma tensão aplicada (V), as cargas da seção S1 que possuem
um caminho mais livre e também que nessa seção teremos um número maior de cargas
elétricas livres que na seção S, então podemos concluir que quanto maior a seção menor é
a resistência. A resistência elétrica é inversamente proporcional a área da
seção transversal.
c) Resistividade do material
Dentro dos materiais caracterizados como condutores se pode notar diversas diferenças
intrínsecas relativas à sua densidade, número atômico, distância dos elétrons ao núcleo, isto
é cada material difere do outro, como se cada um possuísse um “DNA” diferente. Sendo
assim é quase que obvio concluir que dependendo do material a resistência deve variar.
Essas características são classificadas de forma a nos fornecer um valor chamado de
resistividade do material. A resistividade do material é representada pela letra grega
(rô) ρ.
Onde:
Não devemos confundir potencia com energia, pois a energia depende do tempo em
que esta sendo consumida e a potencia é calculada para um dado intervalo de
tempo, razão pela qual podemos ter motores de diferentes potências consumindo a
mesma quantidade de energia. Tudo depende do tempo em que ficam ligados.
P= V . I . Δt / Δt
P= V . I
ou
P = R . I2 . Δt / Δt
P = R . I2
ou ainda
P = [(V2/R) . Δt/ Δt
P = V 2/ R
Tomando P= V. I temos:
1 CV =735 W
Motor ideal
PF=746 W
PU = 1 HP
> = 100%
(Energia elétrica) (Energia mecânica)
Observações:
A eficiência de um motor é dada pela divisão entre potência de saída pela potência
de entrada e é expressa em porcentagem.
Bipolo elétrico
Bipolo ativo
Um bipolo elétrico será dito ativo, quando estiver fornecendo energia. Por convenção, os
seus sentidos de tensão e corrente são concordantes. Ex: bateria, gerador, pilha etc.
Simbologia:
+
V I
-
Bipolo passivo
Um bipolo elétrico será dito passivo, quando estiver recebendo energia, ou ainda,
quando chegarmos à conclusão que os seus sentidos de tensão e de corrente são
discordantes.
Simbologia:
+
V I V I
-
Eletricidade Aplicada I
Define-se como circuito elétrico qualquer conjunto de bipolos interligados de tal forma
a permitir a passagem de uma corrente elétrica.
Exemplo:
Nó
Ramo
Definimos como ramo qualquer trecho com ou sem bipolo compreendido entre dois
nós consecutivos de um circuito.
Malha
Definimos como malha qualquer contorno fechado, de cada região em que fica
dividido um plano, quando neste plano, colocamos um circuito elétrico.
Sendo dada uma associação qualquer com n resistores ligados entre si, poderemos
calcular o resistor equivalente a todos os demais e substituí-lo por este, de tal forma
que o equivalente quando submetido à mesma tensão V aplicada na associação
original será percorrido pela mesma corrente I total da associação.
Exemplo
R2
R3
R1
R5 RN V I REQ
R4
V I
V1 V2 V3 VN
R1 R2 R3 RN
REQ
Notemos que:
A corrente que percorre R1, R2, R3,....,Rn é a mesma (definição de série) e ainda
igual á corrente que percorre o resistor equivalente REQ.
V = V1 + V2 + V3 + ...+ VN
V1 = R1 x I
V2 = R2 x I
V3 = R3 x I
VN = RN x I
V = REQ x I
Eletricidade Aplicada I
teremos:
REQ x I = R1 x I + R2 x. I + R3 x I + ... + RN x I
ou ainda:
REQ = R1 + R2 + R3 + ...+ RN
Caso particular:
RS = n. R
I1 I2 I3 IN
V I R1 V R2 V R3 V RN V
V I REQ
A tensão que é aplicada em R1, R2, R3, ..., RN é a mesma (definição de paralelo), e
ainda igual á tensão que é aplicada no resistor equivalente REQ.
I = I1 + I2 + I3 +... + IN;
teremos:
A A
R1 R2 REQ
B B
Portanto
REQ = R / n
Esta Lei se aplica exclusivamente aos nós de um circuito elétrico. Ela afirma que em
um nó a somatória das intensidades de corrente que chegam deve ser igual à
somatória das intensidades de corrente que saem deste nó.
Matematicamente teremos:
I3 I2
I1
I4 I7
B I F
I5
I6
I8
D
Eletricidade Aplicada I
No exemplo teremos:
Nó B →I3 + I8 = I4
Nó D→I6 + I8 = I5
Nó F→I1 + I5 = I7
Nó H→I2 + I3 = I1
Nó I→I2 + I4 + I6 = I7
Note que para cada condutor ligado, que faz parte do nó existe uma corrente. Sendo
assim a equação para o nó terá o numero de correntes igual ao número de
condutores. No exemplo o nó B tem três condutores interligados, portanto teremos
três correntes diferentes na equação, já no nó I temos quatro condutores e, portanto
na equação temos quatro correntes diferentes.
Esta Lei, unicamente aplicável às malhas afirma que a soma algébrica das tensões
ao longo de uma malha qualquer do circuito é igual à zero. Para montarmos essa
equação devemos levar em consideração o sentido das tensões. Podemos definir,
por convenção, para cada malha um sentido de percurso e a partir dele considerar
positivo ou negativo os sentidos encontrados das tensões ao longo desse percurso.
Exemplo
V5 V4
V3
Percurso
V6
adotado
V2 V1
V7
V2 + V6 + V5 + V4 + V3 - V1 -V7 = 0
No exemplo:
V9 V8 V7 V6
H
A G
I3 I2
V5
2 V10 1 I1
V2 V1
I4 I7
B I F
V12 I5
V11
3 I6 4 V15
I8 V4
C E
D
V13 V14
V3
Malha 1: V2 + V10 + V7 + V6 + V5 = V1
Referências Bibliográficas
Gussow, Milton
Eletricidade Básica
Edminister, Joseph
Circuitos Elétricos
Boylestad, R. L.
Introdução à análise de circuitos