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Instituto de Fı́sica
1o Q
UFRJ
2o Q
a
1 Avaliação Presencial de Fı́sica 3A - AP1
3o Q
Segundo Semestre de 2015
4o Q
Pólo : Data:
Nota
Nome :
Assinatura :

P ROBLEMA 1 Um fio reto uniformemente carregado com uma densidade de carga λ = 1 × 10−12 C/m
passa através do centro de uma esfera hipotética. O fluxo do campo elétrico através da esfera vale
Φ = 1.13 × 10−3 Vm (volt × metro). Calcule o raio da esfera.

λ →

R =?

Figura 1: Problema 1.

SOLUÇ ÃO 1:
λ (2R)
Φ= ;
ǫ0
logo,
ǫ0 ΦE
R= ;
2
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P ROBLEMA 2 Uma partı́cula de massa m e carga q é injetada em um campo eletrostático uniforme


E = E0 ux . A velocidade inicial da partı́cula é v0 , o ponto de injecão é P (x0 , y0 ) e a velocidade inicial
forma um ângulo θ0 com o campo, veja a Figura 2. Calcule a trajetória da partı́cula e mostre que ela
não se move ao longo de uma linha de força. Sugestão: calcule x(t) e y(t), depois elimine o tempo t e
obtenha a relação entre x e y.

y
E = E0 ux

v0
b θ
x q, m

Figura 2: Partı́cula carregada em um campo uniforme E = E0 ux . O vetor ux é o vetor unitário ao longo


do eixo x.

SOLUÇ ÃO 2:
qE0
max = qE0 ; → ax = ;
m
may = 0; → ay = 0;
Segue que
qE0
vx (t) = v0 cos θ + t;
m
vy (t) = v0 sen θ = constante;
integrando uma vez mais:
qE0 2
x(t) = x0 + v0 cos θ t + t;
2m
y(t) = y0 + v0 sen θ t;
logo
y − y0
t= ;
v0 sen θ
e, finalmente
qE0
x − x0 = cot θ (y − y0 ) + 2
(y − y0 )2 .
2mv0 sen θ
2
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Esta equação estabelece uma relação quadrática entre x e y, isto é: a trajetória da partı́cula é parabólica
e logo, a mesma não segue uma linha de força do campo uniforme.

P ROBLEMA 3 Um capacitor de capacitância igual a C1 é carregado até atingir uma diferença de


potencial V0 . A bateria é então retirada e o capacitor conectado em paralelo a um segundo capacitor de
capacitância C2 inicialmente descarregado.

(a) Calcule a diferença de potencial final da configuração.

(b) Calcule a variação da energia eletrostática envolvida no processo.

chave
b b

C1 C2

Figura 3: Capacitores em paralelo.

SOLUÇ ÃO 3:

(a) A carga inicial é q0 . Quando a chave é fechada as cargas se rearranjam de tal modo que

q0 = q1 + q2 ;
ou
C1 V0 = C1 V + C2 V ;
logo,

C1
V = V0 .
C1 + C2
(b)
1
U0 = C1 V02 ;
2
1 1
Uf = C1 V 2 + C2 V 2 .
2 2
Substituindo o resultado do item anterior e simplificando:
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1 C1
 
Uf = C1 V02 ;
2 C1 + C2
segue que

C2
∆U = Uf − U0 = − U0 < 0.
C1 + C2
A energia eletrostática não é conservada, pois há um custo energético no rearranjo das cargas.

P ROBLEMA 4 Considere um plano de extensão infinita uniformemente carregado com uma densidade
de carga σ medida em coulombs/(metro)2. Um furo circular de raio a é feito no plano carregado.

(a) Calcule o potencial elétrico num ponto P a uma altura z > 0, situado sobre o eixo perpendicular ao
plano e que passa pelo centro geométrico do furo.

(b) Calcule o campo elétrico em P .

(c) Obtenha uma expressão aproximada para o campo elétrico para z ≫ a. Interprete o resultado.

Sugestão: lembre-se do Princı́pio da Superposição e que o potencial de um disco de raio a uniforme-


mente carregado sobre um ponto no eixo principal de simetria é dado por:
σ √ 2 
Vdisco (z) = z + a2 − |z| .
2ǫ0

SOLUÇ ÃO 4:

(a) Pelo princı́pio da superposição:

Vplano = Vplano c/ furo + Vdisco ,


logo,

Vplano c/ furo = Vplano − Vdisco ,


ou,

σ σ √ 2  σ √ 2
Vplano c/ furo = −z+C − z + a2 − z = z + a2 + C,
2ǫ0 2ǫ0 2ǫ0
onde C é uma constante arbitrária.

(b)
∂V σ z
Ez (z) = − = √ , z > 0.
∂z 2ǫ0 z + a2
2
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(c) Para z ≫ a,

σ
Ez ≈ ,
2ǫ0
isto é, nesse limite o furo “desaparece”, e o campo elétrico é o campo do plano sem o furo.

Constantes
Carga do elétron: −e = −1, 602 × 10−19 C.
Massa do elétron: me = 9, 109 × 10−31 kg.
Constante elétrica: 1/4πǫ0 = 8, 99 × 109 N · m2 C−2 .

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