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ESTA002-17 – Circuitos Elétricos I Laboratório 3 – 2020.

QS
UFABC - Circuitos Elétricos I – QS2021

Laboratório 3: Análise de Impedâncias utilizando o Simulador QUCS

1. Objetivo: Observar impedâncias complexas, tensões e correntes em regime permanente


senoidal (RPS).

2. Impedâncias nos bipolos ideais: resistor, indutor e capacitor

2.1 Resistor (ideal)


Figura 1: Tensão em regime permanente senoidal no resistor ideal

Fonte de tensão CA i(t)


+ Zg=0
V(t)
es(t)
V(t) R V(t)
v(t)
(ideal)

ˆ
Sendo: v (t )  Vmáx cos( t   ) [V,s] → V  Vmáx  [V]
v(t )
i (t ) 
Relação tensão-corrente no resistor: v (t )  Ri (t ) → R

Vˆ Vmáx  Vmáx
Iˆ    
Relação Fasorial: ZR R R

Figura 2: Relação entre a tensão e a corrente no resistor ideal

V(t)v(t)
Vmáx

i(t)
Imáx

-Imáx

-Vmáx
-180o 0o 180o 360o 540o

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No resistor, a tensão v(t) e a corrente i(t) estão em fase, conforme mostrado na Figura 2. O
ângulo da corrente deve ser o mesmo ângulo da tensão, ou seja:
V Vmáx
Iˆ  máx  i (t )  cos( t   )
R → R [A,s]

A impedância do resistor é dada por: Z R=R ∠0o []

2.2 Indutor (ideal)

Figura 3: Tensão em regime permanente senoidal no indutor ideal

Fonte de tensão CA i(t)


+ Zg=0
V(t)
es(t)
V(t) L V(t)
v(t)
(ideal)

di(t ) 1
L
v (t )  L i (t )  v(t )dt
Relação tensão-corrente no indutor: dt →

Vˆ Vmáx  Vmáx
Iˆ       L
Relação Fasorial: Z L X L  L XL ,

sendo Z L  jX L e X L   L  2 f L = reatância indutiva [], ou seja:


Z L  X L   L = X L  90o
f = frequência da tensão aplicada [Hz]

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Figura 4: Relação entre a tensão e a corrente no indutor ideal
v(t)

V(t)
Vmáx

Imáx i(t)

-Imáx

-Vmáx
-180o 0o 180o 360o 540o

No indutor, a tensão v(t) está adiantada de 90o em relação à corrente i(t), conforme mostrado
na Figura 4. Como L = 90o, tem-se:
V Vmáx
Iˆ  máx   90o i (t )  cos( t    90o )
XL → XL [A,s]

A impedância do indutor é dada por: Z L= X L ∠90 o []

2.3 Capacitor (ideal)

Figura 5: Tensão em regime permanente senoidal no capacitor ideal

Fonte de tensão CA
+ Zg=0 i(t)
V(t)
es(t)
V(t) C V(t)
v(t)
(ideal)

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dv (t )
i (t )  C
Relação corrente-tensão no capacitor: dt

Vˆ V  Vmáx
Iˆ   máx    C
Relação Fasorial: Z C X C C XC ,
1 1
Z C   jX C e X C  
sendo  C 2 f C = reatância capacitiva [], ou seja:
Z C  X C C = X C   90o

Figura 6: Relação entre a tensão e a corrente no capacitor ideal

v(t)

Vmáx
V(t)
i(t)
Imáx

-Imáx

-Vmáx
-180o 0o 180o 360o 540o

No capacitor, a corrente i(t) está adiantada 90o em relação à tensão v(t), conforme mostrado
na Figura 6 para   0 . Como  = –90o, tem-se:
o
C

V V Vmáx
XC
 XC

Iˆ  máx   90o  máx   90o i (t ) 
XC
cos( t    90o )
→ [A,s]

A impedância do capacitor dada por: Z C = X C ∠−90o []

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2.4 Associação de elementos em série
Figura 7: Associação de impedâncias em série

V1
I
Z1

V Z2 V2
Z3

V3

Lei de Kirchhoff para as tensões (2º L.C.K.): a soma das tensões instantâneas numa malha
fechada é igual a zero (válida também para os fasores de tensão). Para o circuito da Figura 7, pode-
se escrever:

Vˆ  Vˆ1  Vˆ2  Vˆ3  Z1 Iˆ  Z 2 Iˆ  Z 3 Iˆ   Z1  Z 2  Z 3  Iˆ  Z eq Iˆ


.


Iˆ 
Z eq
Portanto ,

sendo
Z eq =Z 1 +Z 2 +Z 3 = impedância equivalente [].

2.5 Associação de elementos em paralelo

Figura 8: Associação de impedâncias em paralelo

I
I1 I2 I3

V Z1 Z2 Z3

Lei de Kirchhoff para as correntes (1º L.C.K.): a soma das correntes instantâneas que
chegam a um nó é igual à soma das correntes instantâneas que saem deste mesmo nó (vale também
para os fasores de corrente). Para o circuito da Figura 8, pode-se escrever:

Vˆ Vˆ Vˆ  1 1 1  Vˆ
Iˆ  Iˆ1  Iˆ2  Iˆ3     Vˆ     ˆ
 VY eq
Z1 Z 2 Z 3 Z
 1 Z Z 3  Z
2 eq .

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Vˆ  Z eq Iˆ 
Yeq
Portanto ,

1 1 1 1
Y eq = = + +
sendo
Z eq Z1 Z 2 Z 3 = admitância equivalente [S].

Cuidado: As duas Leis de Kirchhoff não podem ser aplicadas diretamente aos módulos das
tensões e correntes nem aos seus valores eficazes apenas! Lembrar que estas grandezas são
fasoriais (possuem módulos e ângulos)!

3. Parte Prática (Simulação)

3.1 Impedância Capacitiva

Figura 9: Circuito RC

I
capacitor

Rg
C
+ C VRCP
VgE V
Emáx
Vmax
R VR

Fonte de tensão
gerador CA
de sinais

3.1.1 Montar o circuito mostrado esquematicamente na Figura 9, com os componentes de valores


nominais: R = 5 , C = 5 mF, sendo Vmáx = 5 V e f = 10 Hz. Considere o circuito como ideal,
portanto Rg=0 e Rp= infinito.

Nota: Utilize um tempo de simulação transiente de 0,5s com 500 pontos.

ˆ ˆ ˆ
3.1.2 Medir a amplitude das tensões V , VR , VC e da corrente Iˆ e medir os seus respectivos
valores RMS.

ˆ VˆC
3.1.3 Medir a defasagem entre a corrente I e a tensão . Lembrar que um período corresponde a
360º, na hora de fazer os cálculos. Escreva as devidas conclusões.

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4 Medir a defasagem entre a corrente ˆ e a tensão VˆR


I
3.1. . Escreva as devidas conclusões.

ˆ Vˆ
3.1.5 Medir a defasagem entre a corrente I e a tensão . Escreva as devidas conclusões.

3.1.6 Plotar na mesma figura V(t), VR(t) e VC(t). Verificar a 2º L.C.K na malha, ou seja, que
V(t), corresponde a soma de VR(t) e VC(t) para qualquer instante de tempo (teste para alguns
valores de tempo).

3.1.7 Assumindo que o valor do ângulo da tensão da fonte é 0º num determinado instante de tempo,
VˆR VˆC
calcular teoricamente o valor da corrente Iˆ e das tensões e
. Comparar com os valores
obtidos em simulação e escrever as conclusões observadas.

3.2 Impedância Indutiva

3.2.1 Montar o circuito mostrado esquematicamente na Figura 10, com os componentes de valores
nominais: R = 5 , L = 100 mH, sendo Vmáx = 5 V e f = 10 Hz. Considere o circuito como ideal,
portanto Rg=RL=0 

Nota: Utilize um tempo de simulação transiente de 0,5s com 500 pontos.

Figura 10- Circuito RL

I
indutor
Rg
RL
+ Vindutor
Vg E V L

Emáx
Vmax

R VR

Fonte de tensão
gerador CA
de sinais

Nota: Utilize um tempo de simulação transiente de 0,5s com 500 pontos.

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ˆ Vˆ Vˆ
3.2.2 Medir a amplitude das tensões V , R , L e da corrente Iˆ e medir os seus respectivos
valores RMS.

ˆ VˆL
3.2.3 Medir a defasagem entre a corrente I e a tensão . Lembrar que um período corresponde a
360º, na hora de fazer os cálculos. Escreva as devidas conclusões.

Medir a defasagem entre a corrente ˆ e a tensão VˆR


I
3.2.4 . Escreva as devidas conclusões.

ˆ Vˆ
3.2.5 Medir a defasagem entre a corrente I e a tensão . Escreva as devidas conclusões.

3.1.6 Plotar na mesma figura V(t), VR(t) e VL(t). Verificar a 2º L.C.K na malha, ou seja, que V(t),
corresponde a soma de VR(t) e VL(t) para qualquer instante de tempo (teste para alguns valores de
tempo).

7 Assumindo que o valor do ângulo da tensão da fonte é 0º em um determinado instante de


3.2.
ˆ ˆ
tempo, calcular teoricamente o valor da corrente Iˆ e das tensões VR e VL
. Comparar com os
valores obtidos em simulação e escrever as conclusões observadas.

OBS: Sempre mostre os gráficos obtidos em simulação para ilustrar e balizar as conclusões
apresentadas em cada item do relatório.

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