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Concreto Armado
DANIEL TORRES FILHO
Estruturas de
Concreto Armado
DANIEL TORRES FILHO
Cajazeiras – PB
2021
Prefácio
A evolução dos softwares de cálculo estrutural nos últimos anos foi
enorme e imprescindível. A quantidade de análises que são possíveis de ser
realizadas hoje é maior do que ninguém jamais pensou que pudesse ser feito.
Tudo isso vem a calhar em um senário onde é preciso velocidade e segurança
para a elaboração dos projetos.
Figura 3 - Vista da ponte Emílio Baumgart. (Fonte: Vasconcelos e Carrieri Júnior, 2005)
Figura 4 - Imagem do Edifício "A Noite". (Fonte: SEEBLA, 2014, apud Fonseca, 2016)
7
Figura 5 – Parte da planta de forma do 1° andar apresentando ainda o detalhe de contraventamento dos
pilares para reforço da estrutura. (Fonte: Vasconcelos 1985, apud Vasconcellos 2004)
Até então não se tinha muitas informações sobre a ação dos ventos
nas estruturas, mas devido à altura da construção se percebeu que era preciso
considerá-lo. Provavelmente os efeitos do vento não tinham sido previstos no
projeto. Vasconcelos e Carreiri Junior (2005) destacam que naquela época
nem se sabia como fazê-lo. O questionamento em relação à estabilidade do
8
edifício foi feito pelo então fiscal da obra Otavio Carneiro, pai do engenheiro
Lobo Carneiro. Consciente de que alguma medida deveria ser tomada Emílio
Baumgart providenciou o reforço da estrutura.
Para uma determinada seção, quanto maior for a força ativa aplicada
maior será a intensidade de distribuição das cargas e quanto maior for a
intensidade de distribuição de cargas maior será a tensão. Cada material
consegue suportar uma determinada intensidade de distribuição de carga. As
tensões variam conforme a direção dos esforços.
(a) (b)
Figura 6 - Representação dos diagramas de tensões provocadas: (a) pelo momento de torção e (b) pelo
momento fletor.
11
(a) (b)
Figura 7 - Diagrama Tensão Deformação. (a) Material Dúctil e (b) Material Frágil.
𝛿 = 𝑙0 − 𝑙
13
𝑙 = √0,049 = 0,2213 𝑚
Tabela 1 - Diâmetros das barras de aço mais utilizadas em obra com suas respectivas áreas de seção.
Considerando:
𝑁
𝜎=
𝐴
17
, logo:
Outro arranjo que poderia ser utilizado seriam cinco barras de 8,0 mm
de diâmetro, totalizando também 2,5 cm². O que vai nortear o calculista na
escolha do arranjo de barras é justamente a quantidade de aço necessária e a
praticidade no momento de armar a peça.
1.4.1. Concreto
Figura 10 - Correlação entre resistência à compressão e relação água cimento para o cimento Portland
comum CP 32. (Fonte: Helene e Terzian, 1992)
sendo:
𝛽1 = 𝑒𝑥𝑝{𝑠[1 − (28/𝑡)1/2 ]}
1Com os materiais utilizados atualmente, o concreto atinge a sua resistência máxima aos 28 dias. Algum
acréscimo pode existir, mas não é tão significativo.
21
onde
2/3
𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 0,3 × 𝑓𝑐𝑘
Figura 11 - Gráfico tensão-deformação para concretos com até 50 MPa de resistência. (Fonte: NBR 6118,
2003)
Figura 12 - Formação dos cones nas extremidades do corpo de prova após a ruptura.
Classe do concreto 55 60 70 80 90
εc2 2,20 2,29 2,42 2,52 2,60
εcu 3,13 2,88 2,66 2,60 2,60
Figura 13 - Gráfico tensão deformação para concretos classe C20 até C90. (Fonte: Buchaim, 2016)
25
𝐸𝑐𝑠 = 𝛼𝑖 × 𝐸𝑐𝑖
Os valores de 𝛼𝑖 variam em função da resistência do concreto, como
mostra a tabela 3.
Classe de
C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50 C60 C70 C80 C90
resistência
𝜶𝒊 0,85 0,86 0,88 0,89 0,90 0,91 0,93 0,95 0,98 1,0 1,0
apresentado na figura 14. Esse vale tanto para tração como para compressão,
dentro de um intervalo compreendido entre -20 °C e 150 °C. No caso do aço
CA-50, que apresenta patamar de escoamento bem definido, ao atingir o
limite de elasticidade εyd o aço começa a escoar. Esse escoamento é limitado
em 10 ‰ visando controlar a abertura de fissuras no concreto, embora o aço
possa escoar um pouco mais.
𝑓𝑦𝑑 521,74
𝜀𝑦𝑑 = + 2,0‰ = + 2,0‰ = 0,00448 = 4,48‰
𝐸𝑠 210.103
Os dois tipos de aço que utilizamos na construção civil se diferem a
partir do processo de fabricação. Segundo a NBR 7480 (2007), o aço CA-50 é
produzido pelo processo de laminação a quente, sem processo posterior de
deformação mecânica, resultando em um produto tido como barra, com
diâmetros que variam de 6,3 até 40 mm. A figura 15 apresenta um mostruário
de barras de aço CA-50. Ainda segundo a NBR 7480 (2007), o aço CA-60, por
sua vez, é produzido pelo processo de trefilação a frio, resultando em um
produto tido como fio, com diâmetros que variam de 2,4 até 10 mm.
Tabela 4 - Massa nominal e área da seção transversal de acordo com o seu respectivo diâmetro.
apresenta essa divisão. Para cada classe de agressividade cuidados devem ser
tomados para garantir a durabilidade da estrutura.
Tabela 5 - Divisão das classes de agressividade ambiental em função do ambiente e risco de deterioração.
(Fonte: NBR 6118, 2014)
a) Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (um nível acima)
para ambientes internos secos: salas, dormitórios, banheiros, cozinhas, áreas de serviço de
apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com
argamassa e pintura.
b) Pode-se admitir uma classe de agressividade mais brande (um nível acima) em: obras em regiões
de clima seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas
de chuva em ambientes predominantemente secos ou regiões onde chove raramente.
características mínimas que o concreto deve apresentar para cada classe, bem
como o consumo mínimo de cimento. Quando esses aspectos mínimos são
respeitados a estrutura pode atingir períodos de vida útil bem maiores. A
tabela 6 apresenta esses valores.
Classe de agressividade
Concreto
I II III IV
Relação a/c ≤0,65 ≤0,60 ≤0,55 ≤0,45
Classe de concreto C20 C25 C30 C40
Consumo de cimento Portland por
≥260 ≥280 ≥320 ≥360
metro cúbico de concreto kg/m³
Figura 16 - Fenolftaleína aplicada na superfície de uma peça de concreto que acabara de ser rompida.
argamassa, sendo esse último mais conhecido como “cocada”. Deve ser
ressaltado que a qualidade da argamassa utilizada na produção das cocadas
deve ser tal que a sua resistência à compressão e relação água cimento sejam
bem próximas da resistência e relação água cimento do concreto que compõe
a peça para garantir a uniformidade da camada de cobrimento.
Tabela 7 - Cobrimento mínimo em função da classe de agressividade. (Fonte: NBR 6118, 2014)
Figura 18 - Detalhe das cocadas e do espaçador tipo caranguejo utilizados em um tabuleiro de uma laje.
36
Nos pavimentos com laje nem sempre será necessário passar viga para
apoiar todas as paredes. É possível ter alguma alvenaria apoiada diretamente
na laje sem problemas, desde que o vão permita isso. Lembrando sempre que
a carga da alvenaria deve ser contabilizada, para isso basta aumentar o
carregamento aplicado na laje através da introdução de uma carga linear
uniformemente distribuída acompanhando o desenho da alvenaria sobre a
laje, semelhante ao que é feito para vigas.
46
• Lajes: cobrimento = 25 mm
• Vigas e Pilares: cobrimento = 30 mm
• Fundação e Pilares em contato com o solo: cobrimento = 45 mm
(a)
(b)
Figura 29 - Modelo estrutural em viga contínua: (a) montagem do modelo com distribuição do
carregamento e (b) gráfico de momento fletor após análise em kN.m.
Ao reduzir a rigidez desse pilar foi dada uma maior liberdade para que
ele viesse a se deformar. Essa operação resultou em um pequeno aumento do
momento positivo no segundo trecho da viga e redução de aproximadamente
cinquenta por cento do esforço no próprio pilar e na fundação, como visto nas
reações de apoio. Esse trabalho de refinamento da estrutura, desde que não
comprometa a segurança, pode trazer resultados significativos em termos de
economia para o projeto. Para isso é fundamental uma visão mais profunda
por parte do engenheiro a respeito do funcionamento da estrutura.
57
Até agora falamos apenas de pórticos isolados, mas nos edifícios eles
trabalham em conjunto.
Como aponta Fontes (2005), bons resultados para esse tipo de análise
são obtidos considerando as vigas de ligação entre os pórticos como sendo
barras de um metro de comprimento e seção transversal de um metro de
largura e altura igual à verdadeira espessura da laje do pavimento em que essa
é responsável pela ligação.
Trechos rígidos
Por fim, Fontes (2005) ainda aponta que a não consideração dos
trechos rígidos pode desviar o comportamento da estrutura de suas
características reais, conduzindo a diferentes distribuições de esforços e
deslocamentos laterais maiores
Ações
Recalque de
Combinações de Permanentes
Variáveis (q) Protensão (p) apoio e
ações (g)
retração
D F G T D F D F
Normais 1,4 a 1,0 1,4 1,2 1,2 0,9 1,2 0
Especiais ou de
1,3 1,0 1,2 1,0 1,2 0,9 1,2 0
construção
Excepcionais 1,2 1,0 1,0 0 1,2 0,9 0 0
Onde:
D é desfavorável, F é favorável, G representa cargas variáveis e T é a temperatura.
a. Para cargas permanentes de pequena variabilidade, como o peso próprio das estruturas,
especialmente as pré-moldadas, esse coeficiente pode ser reduzido para 1,3.
65
Ações Ψ0 Ψ1 Ψ2
Locais em que não há predominância de pesos de
equipamentos que permanecem fixos por longos
0,5 0,4 0,3
períodos de tempo nem de elevadas concentrações
Cargas de pessoasa
acidentais Locais em que há predominância de pesos de
de edifícios equipamentos que permanecem fixos por longos
0,7 0,6 0,4
períodos de tempo, ou de elevada concentração de
pessoasb
Bibliotecas, arquivos, oficinas e garagens 0,8 0,7 0,6
Vento Pressão dinâmica do vento nas estruturas em geral 0,6 0,3 0,0
Variação uniforme de temperatura em relação à
Temperatura 0,6 0,5 0,3
média anual local
a Edifícios residenciais.
b
Edifícios comerciais de escritório, estações e edifícios públicos.
Além do peso próprio que é de 1,31 kN/m, a viga ainda suporta uma
carga de 5,4 kN/m, fruto de uma alvenaria construída sobre ela. Já o peso
próprio dos pilares é de 1,125 kN/m. O módulo de elasticidade do concreto foi
considerado igual a 25 GPa. Com essas informações é possível construir o
modelo estrutural, obter o gráfico de momento fletor e o deslocamento da
estrutura, como mostra a figura 38.
(a)
(b)
(c)
Figura 38 – Análise estrutural de um pórtico simétrico: (a) Modelo estrutural, (b) Gráfico de momento
fletor (kN.m) e (c) Gráfico de deslocamento.
70
Figura 43 - Deslocamentos sofridos pela estrutura considerando o peso próprio, carga permanente e
acidental.
73
(a)
(b)
Figura 45 - Pórtico assimétrico com aplicação de carga horizontal: (a) esquema de aplicação da carga, (b)
deslocamento do pórtico.
ventos. O vento pode atuar em várias direções e sua força varia conforme a
direção. A norma brasileira que trata da ação do vento em edificações é a NBR
6123 (1988).
𝑉𝑘 = 𝑉𝑜 × 𝑆1 × 𝑆2 × 𝑆3
76
Figura 47 - Alteração das linhas de fluxo de vento em função da topografia. (Fonte: Gonçalves et. al.,
2013)
(a)
(b)
Figura 48 - Fator S1 para taludes (A) e morros (B). (Fonte: NBR 6123, 1988)
Categoria III: Terrenos planos ou ondulados com obstáculos, tais como sebes
e muros, poucos quebra-ventos de árvores, edificações baixas e esparsas. A
cota média do topo dos obstáculos é considerada igual a 3,0 metros.
Exemplos: granjas e casas de campo, com exceção das partes com matos,
fazendas com sebes e/ou muros ou subúrbios a considerável distância do
centro, com casas baixas e esparsas;
79
Grupo Descrição 𝑺𝟑
Edificação cuja ruína total ou parcial pode afetar a segurança ou possibilidade de
1 socorro a pessoas após uma tempestade destrutiva (hospitais, quartéis de 1,10
bombeiros e forças de segurança, centrais de comunicação, etc.
Edificações para hotéis e residências. Edificações para comércio e indústria com
2 1,00
alto valor de ocupação.
Edificações e instalações com baixo fator de ocupação (depósitos, silos e
3 0,95
construções rurais, etc.)
4 Vedações (telhas, vidros, painéis de vedação, etc.) 0,88
5 Edificações temporárias. Estruturas do grupo 1 a 3 durante a construções 0,83
𝑞 = 0,613 × 𝑉𝑘2
81
𝐹𝑎 = 𝐶𝑎 × 𝑞 × 𝐴𝑒
onde
𝐶𝑎 – coeficiente de arrasto;
𝑉𝑜 = 30,0 𝑚/𝑠
Fator topográfico
𝑆1 = 1,0
Fator relacionado à rugosidade do terreno e geometria do edifício
3 0,1
𝑆2 = 0,94 × ( ) = 0,833
10
Já para uma altura de 6,0 metros:
6 0,1
𝑆2 = 0,94 × ( ) = 0,893
10
Fator estatístico
𝑆3 = 1,0
84
Velocidade característica
• Coeficiente de arrasto
Térreo
3,0
𝐹𝑣,0 = 0,7 × (0,613 × 24,992 ) × (4,3 × ) = 1,73 𝑘𝑁
2
Primeiro pavimento
3,0
𝐹𝑣,3 = 0,7 × (4,3 × ) × 0,613 × (24,992 + 26,792 ) = 3,71 𝑘𝑁
2
Cobertura
3,0
𝐹𝑣,6 = 0,7 × (0,613 × 26,792 ) × (4,3 × ) = 1,98 𝑘𝑁
2
• Forças devido ao vento em cada pavimento na direção de 90°
Térreo
3,0
𝐹𝑣,0 = 1,25 × (0,613 × 24,992 ) × (17,0 × ) = 12,2 𝑘𝑁
2
Primeiro pavimento
3,0
𝐹𝑣,3 = 1,25 × (17,0 × ) × 0,613 × (24,992 + 26,792 ) = 26,2 𝑘𝑁
2
Cobertura
3,0
𝐹𝑣,6 = 1,25 × (0,613 × 26,792 ) × (17,0 × ) = 14,0 𝑘𝑁
2
• Distribuição das forças nos pórticos
Na direção de 0°
Na direção de 90°
onde
1 + 1/𝑛
𝜃𝑎 = 𝜃1 × √
2
sendo
1
𝜃1 =
100√𝐻
e
A NBR 6118 (2014) traz ainda que para edifícios com predominância
de lajes lisa ou cogumelo considerar θa = θ1, no caso de pilares isolados em
balanço deve-se adotar θ1 = 1/200.
Por fim, a NBR 6118 (2014) ainda destaca que as ações devido ao
desaprumo não precisam ser consideradas para os casos de verificações no
Estados Limites de Serviço.
Dados:
Carga dos pavimentos:
Carga vertical do Carga de vento na Carga de vento na
Pavimento
pavimento (kN) direção de 0° (kN) direção de 90° (kN)
Cobertura 1850,0 9,0 21,6
9ª 2160,0 18,0 43,2
8ª 2160,0 17,8 43,0
7ª 2160,0 17,6 42,7
6ª 2160,0 17,4 42,4
5ª 2160,0 17,2 42,1
4ª 2160,0 17,0 41,8
3ª 2160,0 16,8 41,5
2ª 2160,0 16,6 41,2
1ª 1900,0 16,4 40,9
Cálculo da inclinação
1 1 + 1/20
𝜃𝑎 = ×√ = 0,00132 𝑟𝑎𝑑
547,72 2
𝑀𝑣,𝑥 × 0,3 = 2628 × 0,3 = 788,40 𝑘𝑁. 𝑚 > 𝑀𝑖𝑔 = 457,23 𝑘𝑁. 𝑚
𝑀𝑣,𝑦 × 0,3 = 6382,8 × 0,3 = 1914,84 𝑘𝑁. 𝑚 > 𝑀𝑖𝑔 = 457,23 𝑘𝑁. 𝑚
Dados:
Carga dos pavimentos:
Carga vertical do Carga de vento na Carga de vento na
Pavimento
pavimento (kN) direção de 0° (kN) direção de 90° (kN)
Cobertura 2950,0 1,88 8,85
1ª 3150,0 3,75 18,0
Cálculo da inclinação
1 1 + 1/8
𝜃𝑎 = ×√ = 0,00306 𝑟𝑎𝑑
245 2
𝑀𝑖𝑔 × 0,3 = 83,1 × 0,3 = 24,93 𝑘𝑁. 𝑚 > 𝑀𝑣,𝑥 = 22,53 𝑘𝑁. 𝑚
𝑀𝑣,𝑦 × 0,3 = 107,1 × 0,3 = 32,13 𝑘𝑁. 𝑚 < 𝑀𝑖𝑔 = 83,1 𝑘𝑁. 𝑚
Resolução:
Cálculo da inclinação
1 1 + 1/12
𝜃𝑎 = ×√ = 0,00268 𝑟𝑎𝑑
273,86 2
𝑃𝑣,𝑐 = 569,1 𝑘𝑁
logo
𝑃𝑣,𝑝 = 904,9 𝑘𝑁
logo
96
𝑃𝑣,𝑡 = 449,6 𝑘𝑁
logo
𝑀𝑣,𝑥 × 0,3 = 34,14 × 0,3 = 10,24 𝑘𝑁. 𝑚 < 𝑀𝑖𝑔 = 24,16 𝑘𝑁. 𝑚
𝑀𝑣,𝑦 × 0,3 = 241,2 × 0,3 = 72,36 𝑘𝑁. 𝑚 > 𝑀𝑖𝑔 = 24,16 𝑘𝑁. 𝑚
Cobertura: 𝐻 = 14,0 𝑘𝑁
Primeiro: 𝐻 = 26,2 𝑘𝑁
Térreo: 𝐻 = 12,2 𝑘𝑁
pela inércia dos pilares e da ligação desses com os demais elementos. Por isso
que durante a concepção estrutural também se deve pensar na estabilidade
global, onde o aumento da rigidez de certos pilares vai servir mais para
diminuir os deslocamentos do que para suportar os esforços normais de
compressão.
oferecida pelo trecho da laje que por ventura esteja fazendo a ligação entre
os pilares. Um exemplo de falha na concepção estrutural de um edifício foi
estudado por Fusco (1996), na ocasião foi feita a análise do surgimento de
fissuras em um edifício de 15 andares, cuja planta de forma do pavimento tipo
é apresentada na figura 55.
Antes de mais nada é preciso ter muito cuidado com alvenaria sobre
laje. A alvenaria é muito pesada e pode provocar um esforço muito grande
sobre a laje. Os deslocamentos sofridos por essas lajes podem provocar o
surgimento de fissuras na alvenaria.
Figura 55 - Planta de forma de um pavimento tipo que apresentou falhas na concepção. (Fonte: Fusco,
1996)
𝑁𝑘
𝛼 = 𝐻𝑡𝑜𝑡 × √
𝐸𝑐𝑠 × 𝐼𝑐
onde
Os valores de α1 são:
𝛼1 = 0,2 + 0,1 × 𝑛
, onde n corresponde ao número de pavimentos.
𝛼1 = 0,6
Para o cálculo da rigidez da estrutura basta comparar a sua rigidez com
a rigidez equivalente à de um pilar engastado na base e livre no topo, com a
mesma altura do edifício.
𝐹 × 𝐻𝑡𝑜𝑡 3
𝐸𝑐𝑠 × 𝐼𝑐 =
3 × 𝛿𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟
onde
Com relação ao parâmetro alfa uma ressalva deve ser feita. Devido as
simplificações envolvidas nesse método, a depender da complexidade da
estrutura, os valores obtidos através da utilização desse método as vezes
podem não fazer tanto sentido. Isso fica evidente no caso de edifícios altos
que apresentam assimetria na disposição dos elementos em planta, além da
presença de vigas de transição.
120 × 103 × 73
𝐸𝑐𝑠 × 𝐼𝑐 = = 546,6 × 106 𝑁. 𝑚²
3 × 0,0251
Resolução:
Determinação da rigidez
Determinação da rigidez
Resolução:
𝑁𝑘 1923,5 × 10³
𝛼 = 𝐻𝑡𝑜𝑡 × √ = 7,5 × √ = 0,29
𝐸𝑐𝑠 × 𝐼𝑐 1222,8 × 106
Cálculo do alfa:
𝑁𝑘 1923,5 × 10³
𝛼 = 𝐻𝑡𝑜𝑡 × √ = 7,5 × √ = 0,288 < 𝛼1 = 0,5
𝐸𝑐𝑠 × 𝐼𝑐 1296,1 × 106
• Lajes:
(𝐸𝐼)𝑠𝑒𝑐 = 0,3 × 𝐸𝑐𝑖 × 𝐼𝑐
• Vigas com As’ ≠ As :
(𝐸𝐼)𝑠𝑒𝑐 = 0,4 × 𝐸𝑐𝑖 × 𝐼𝑐
• Vigas com As’ = As :
(𝐸𝐼)𝑠𝑒𝑐 = 0,5 × 𝐸𝑐𝑖 × 𝐼𝑐
• Pilares:
(𝐸𝐼)𝑠𝑒𝑐 = 0,8 × 𝐸𝑐𝑖 × 𝐼𝑐
107
Inicialmente, o valor limite para o uso desse processo era de 1,2. Por
isso, estruturas que apresentam valores de gama Z iguais ou superiores a 1,25
já são considerados elevados demais, sendo indicado reavaliar a concepção
estrutural.
Assim, a NBR 6118 (2014) aponta que para a obtenção dos esforços
finais para estruturas de nós móveis, que é a soma dos efeitos de primeira e
segunda ordem, é preciso multiplicar os esforços horizontais por um valor
equivalente a 95 % do valor do gama Z.
109
Exemplo 2.9: Esse exemplo utiliza um edifício com cinco andares, possuindo
9,0 metros de largura e 17,0 metros de comprimento, apoiado em 24 pilares
de 20x40 cm e com 3,0 metros de altura para cada andar. Cada pavimento é
composto por vigas de 15x40 cm e lajes com 10 cm de altura, suportando uma
carga permanente de 1,5 kN/m² e carga acidental de 2,0 kN/m². Considerando
um vento com velocidade básica de 30 m/s, uma zona de alta turbulência,
terreno plano e com alguns obstáculos mais baixos que o edifício, calcule o
coeficiente gama Z desse edifício para a direção do vento igual a 0°. Adotar
um concreto com 25 MPa de resistência característica e utilize o método de
associação de pórticos planos para a determinação dos deslocamentos.
Resolução:
• Carga do pavimento
Cálculo da inclinação
1 1 + 1/24
𝜃𝑎 = ×√ = 0,00186 𝑟𝑎𝑑
387,3 2
𝑉𝑜 = 30,0 𝑚/𝑠
Fator topográfico
𝑆1 = 1,0
Fator estatístico
𝑆3 = 1,0
Fator relacionado à rugosidade do terreno e geometria do edifício
Velocidade
Altura (m) V0 (m/s) S1 S2 S3 Característica
(m/s)
3,0 30,0 1,0 0,74 1,0 22,33
6,0 30,0 1,0 0,81 1,0 24,27
9,0 30,0 1,0 0,85 1,0 25,48
12,0 30,0 1,0 0,88 1,0 26,37
15,0 30,0 1,0 0,90 1,0 27,09
• Coeficiente de arrasto
𝐶𝑎 = 0,82
3,0
𝐹𝑣,15 = 0,82 × (0,613 × 27,09²) × (9,0 × ) = 4,98 𝑘𝑁
2
Momento devido à ação do vento
Cálculo do gama Z:
1
𝛾𝑧 = = 1,06 < 1,1
17,34
1 − 290,42
para cada uma dessas análises vão surgir esforços de diferentes magnitudes,
obtendo assim uma envoltória de esforços onde os maiores serão
considerados os mais desfavoráveis. Isso é feito para cada elemento estrutural
da edificação.
Figura 58 - Armação de uma viga: (a) armação teórica, (b) armação necessária considerando momento
fletor positivo e (c) armação necessária considerando momento fletor negativo.
• Domínio 1
• Domínio 2
• Domínio 3
escoamento do aço εyd, que varia conforme o tipo de aço. Para o aço CA-50
essa deformação é igual a 2,07 ‰.
• Domínio 4
• Domínio 4a
• Domínio 5
Figura 64 - Simplificação de cálculo na flexão e nova distribuição de tensão na zona comprimida para
concretos até 50 MPa.
, sendo z igual a:
𝑧 = 𝑑 − 0,4 × 𝑥
por fim, o momento fletor máximo resistido pela peça em função do binário
formado entre essas forças resultantes 𝑀𝑑 é dado por:
𝑀𝑑 = 𝑅𝑠 × 𝑧 = 𝑓𝑦𝑑 × 𝐴𝑠 × 𝑧
𝑀𝑑
𝐴𝑠 =
𝑧 × 𝑓𝑦𝑑
𝑅𝑐 = 𝛼𝑐 × 𝑓𝑐𝑑 × 𝑏 × 𝜆 × 𝑥
O braço de alavanca z também sofre alteração, passando a ser
determinado da seguinte forma:
𝜆×𝑥
𝑧 = 𝑑−( )
2
129
Figura 65 - Limites entre os domínios 2, 3 e 4 para peças armadas com aço CA-50.
Para concreto até 50 MPa o domínio 2 tem início com a linha neutra
igual a zero, com isso 𝑥 = 0,0. O fim do domínio 2 e o início do domínio 3
acontece quando:
𝑥23 𝑑 − 𝑥23 10 × 𝑥23
= → + 𝑥23 = 𝑑 → 3,86 × 𝑥23 = 𝑑
3,5 10 3,5
𝑥23 = 0,259 × 𝑑
Já o limite entre os domínios 3 e 4 considerando o aço CA-50, que
apresenta uma deformação de escoamento de 2,07‰, acontece quando:
𝑥34 𝑑 − 𝑥34 2,07 × 𝑥34
= → + 𝑥34 = 𝑑 → 1,59 × 𝑥23 = 𝑑
3,5 2,07 3,5
130
𝑥34 = 0,628 × 𝑑
𝑥 = 𝐾𝑋 × 𝑑
Sendo z função de x, esse também será uma proporção de d.
Chamando essa proporção de KZ, logo z será igual a:
𝑧 = 𝐾𝑍 × 𝑑
No caso de concretos com resistência até 50 MPa o momento fletor
resistente é dado por:
Considerando
𝐾𝑀𝐷 = 0,68 × 𝐾𝑍 × 𝐾𝑋
um valor adimensional, temos que:
𝑀𝑑
𝐾𝑀𝐷 =
𝑓𝑐𝑑 × 𝑑2 × 𝑏
Encontrando KMD é possível saber quanto fica KX, sendo permitido
saber em que domínio a peça se encontra. Encontrando KMD também será
possível conhecer o valor de KZ, sendo permitido determinar o braço de
alavanca z, possibilitando o cálculo da área de aço As, como mostra a seguinte
equação:
𝑀𝑑
𝐴𝑠 =
𝐾𝑍 × 𝑑 × 𝑓𝑦𝑑
131
Tabela 14 - Tabela de valores adimensionais para o dimensionamento utilizando concreto até 50 MPa.
KMD KX KZ KMD KX KZ KMD KX KZ
0,010 0,015 0,994 0,114 0,180 0,928 0,202 0,345 0,862
0,013 0,020 0,992 0,116 0,185 0,926 0,205 0,350 0,860
0,017 0,025 0,990 0,119 0,190 0,924 0,207 0,355 0,858
0,020 0,030 0,988 0,122 0,195 0,922 0,210 0,360 0,856
0,023 0,035 0,986 0,125 0,200 0,920 0,212 0,365 0,854
0,027 0,040 0,984 0,128 0,205 0,918 0,214 0,370 0,852
0,030 0,045 0,982 0,131 0,210 0,916 0,217 0,375 0,850
0,033 0,050 0,980 0,134 0,215 0,914 0,219 0,380 0,848
0,037 0,055 0,978 0,136 0,220 0,912 0,221 0,385 0,846
0,040 0,060 0,976 0,139 0,225 0,910 0,224 0,390 0,844
0,043 0,065 0,974 0,142 0,230 0,908 0,226 0,395 0,842
0,046 0,070 0,972 0,145 0,235 0,906 0,228 0,400 0,840
0,049 0,075 0,970 0,148 0,240 0,904 0,231 0,405 0,838
0,053 0,080 0,968 0,150 0,245 0,902 0,233 0,410 0,836
0,056 0,085 0,966 0,153 0,250 0,900 0,235 0,415 0,834
0,059 0,090 0,964 0,156 0,255 0,898 0,238 0,420 0,832
0,062 0,095 0,962 0,158 0,260 0,896 0,240 0,425 0,830
0,065 0,100 0,960 0,161 0,265 0,894 0,242 0,430 0,828
0,068 0,105 0,958 0,164 0,270 0,892 0,244 0,435 0,826
0,072 0,110 0,956 0,166 0,275 0,890 0,247 0,440 0,824
0,075 0,115 0,954 0,169 0,280 0,888 0,249 0,445 0,822
0,078 0,120 0,952 0,172 0,285 0,886 0,251 0,450 0,820
0,081 0,125 0,950 0,174 0,290 0,884
0,084 0,130 0,948 0,177 0,295 0,882
0,087 0,135 0,946 0,180 0,300 0,880
0,090 0,140 0,944 0,182 0,305 0,878
0,093 0,145 0,942 0,185 0,310 0,876
0,096 0,150 0,940 0,187 0,315 0,874
0,099 0,155 0,938 0,190 0,320 0,872
0,102 0,160 0,936 0,192 0,325 0,870
0,105 0,165 0,934 0,195 0,330 0,868
0,108 0,170 0,932 0,197 0,335 0,866
0,111 0,175 0,930 0,200 0,340 0,864
Exemplo 3.1: Calcule a armadura de uma viga biapoiada com seção de 15x40
centímetros, resistência característica de 25 MPa, cobrimento de 2,5 cm. A
viga apresenta vão de 5,0 m, projetada para suportar uma alvenaria com 2,70
m e altura e 15 cm de largura. Essa viga ainda receberá uma carga de 9,535
kN/m da reação de apoio de uma laje.
22,82 × 5,02
𝑀𝑑 = = 71,31 𝑘𝑁. 𝑚
8
Utilizando os valores adimensionais temos:
𝑀𝑑 71,31
𝐾𝑀𝐷 = = = 0,204
𝑓𝑐𝑑 × 𝑑2 × 𝑏 17,8 × 103 × 0,3622 × 0,15
Conferindo a posição da linha neutra (tabela 14):
Determinação do carregamento:
21,00 × 6,02
𝑀𝑑 = = 94,5 𝑘𝑁. 𝑚
8
Utilizando os valores adimensionais temos:
𝑀𝑑 94,5
𝐾𝑀𝐷 = = = 0,233
𝑓𝑐𝑑 × 𝑑 × 𝑏 21,43 × 10 × 0,3552 × 0,15
2 3
Solução:
1ª Determinação:
𝐴𝑐 = 15 × 40 = 600 𝑐𝑚²
0,15 0,15
𝐴𝑠,𝑚í𝑛 = 𝐴𝑐 × = 600 × = 0,9 𝑐𝑚²
100 100
2ª Determinação:
𝑏 × ℎ2 0,15 × 0,42
𝑀𝑑,𝑚í𝑛 = 0,8 × × 𝑓𝑐𝑡,𝑠𝑢𝑝 = 0,8 × × 3,33 × 106
6 6
= 10,67 𝑘𝑁. 𝑚
, considerando que:
⁄
2 3
𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 0,3 × 𝑓𝑐𝑘 = 0,3 × 252⁄3 = 2,56 𝑀𝑃𝑎
Calculando a armadura:
𝑀𝑑,𝑚í𝑛 10,67
𝐾𝑀𝐷 = 2
= 3
= 0,039 → 𝐾𝑍 = 0,976
𝑓𝑐𝑑 × 𝑏 × 𝑑 17,8 × 10 × 0,15 × 0,32²
𝑀𝑑,𝑚í𝑛 10,67
𝐴𝑠,𝑚í𝑛 = = = 0,8 𝑐𝑚²
𝐾𝑍 × 𝑑 × 𝑓𝑦𝑑 0,976 × 0,32 × 434,8 × 103
139
Devendo adotar o maior valor, logo As,mín será igual a 0,9 cm².
0,220
0,210
0,200
As,mim/Ac
0,190
0,180
0,170
0,160
0,150
20 25 30 35 40 45 50
Solução:
0,1
𝐴𝑠,𝑝𝑒𝑙𝑒 = 0,1% × 𝐴𝑐 = × 20 × 80 = 1,6 𝑐𝑚²
100
142
1,6 𝑐𝑚²
𝑛= = 5 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
0,315 𝑐𝑚2 /𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎
Com isso, em cada lado da viga será necessário inserir 5 barras de 6,3
mm de diâmetro.
juntamos as barras fazemos um feixe de barras, que podem ser compostos por
duas ou até três barras. Os feixes devem ser evitados pois o contato entre as
armaduras dificulta o seu envolvimento pelo concreto, prejudicando a
aderência entre o concreto e a barra.
Para KX igual a 0,450 temos que o KMD será igual a 0,251. Com todas
essas informações é possível calcular o momento máximo Md1 que essa viga
com armadura simples consegue suportar. Com o valor de KX também é
possível calcular KZ, que fica igual a 0,821. Conhecendo esse valor e o
momento fletor Md1 é possível calcular a armadura As1.
Exemplo 3.5: Dimensione a armadura de uma viga 25 x 80, com fck = 25 MPa,
cobrimento de 3,0 cm e submetida a aplicação de um momento fletor
característico de 485 kN.m. Determine ainda a armadura de pele necessária.
Resolução:
2,0 𝑐𝑚²
𝑛= ≅ 6 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
0,315 𝑐𝑚2 /𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎
Por fim, em cada lado da viga será necessário inserir 6 barras de 6,3
mm de diâmetro.
• As = 13 φ16,0 mm
• A’s = 3 φ12,5 mm
• As,pele = 2x 6 φ6,3 mm
147
Exemplo 3.6: Dimensione a armadura de uma viga 20 x 40, com fck = 25 MPa,
cobrimento de 3,0 cm e submetida a aplicação de um momento fletor
característico de 98 kN.m.
Resolução:
Em grande parte dos edifícios os pisos são compostos por laje apoiada
sobre viga. A laje pode estar simplesmente apoiada ou ligada à viga. Quando
ligadas, essa ligação pode contribuir para o aumento da rigidez da viga, onde
parte da laje também trabalha suportando as cargas de compressão.
possível considerar que além da viga, parte da seção da laje pode ser
mobilizada para suportar o carregamento aplicado. Isso aumenta a seção de
área comprimida, proporcionando certa economia no cálculo, dispensando
em alguns casos o uso de armadura dupla ou aumento da altura da viga,
produzindo melhores condições de equilíbrio para a seção.
Com essa mudança a seção passa a ter outros termos, como largura
(bf) e altura (hf) da mesa colaborante, como apresentado na figura 71.
150
Vigas que são vizinhas de outras terão como parcela acrescida à sua
mesa o equivalente a b1 no lado onde houver viga vizinha. Caso a viga
apresente uma laje em balanço em um de seus lados à sua mesa será acrescido
o valor equivalente a b3, como mostra a figura 72. Para b1 e b3 será utilizado
o menor dos seguintes valores:
0,1 × 𝑎
𝑏1 < {
0,5 × 𝑏2
0,1 × 𝑎
𝑏3 < {
𝑏4
, onde a é a distância entre os pontos nulos do gráfico de momento fletor.
inclusive nos apoios sob momento negativo, desde que essa largura seja
calculada a partir do trecho de momentos positivos onde a largura resulte
mínima. No caso da utilização de mísulas nas mesas o equivalente as mísulas
devem ser incluídas na largura colaborante.
O arranjo final de barras será composto por duas barras de 16,0 mm.
Exemplo 3.8: Determine a área de aço necessária para o equilíbrio da viga cuja
seção é apresentada abaixo. Características da peça: cobrimento = 3,0 cm; fck
= 20 MPa; Momento fletor de dimensionamento Md = 273 kN.m.
Resolução:
𝑅𝑐 = 𝑅𝑠 = 486,2 𝑘𝑁
Armadura para equilíbrio da mesa:
𝑅𝑠 486,2
𝐴𝑠1 = = = 11,18 𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑑 434,8 × 10³
Exemplo 3.9: Cálculo da armadura da viga cuja seção está apresentada abaixo.
Características da peça: cobrimento = 3,0 cm; fck = 25 MPa; Momento fletor de
dimensionamento Md = 280 kN.m.
𝑅𝑐 = 0,68 × 𝑓𝑐𝑑 × 𝑏 × 𝑥
𝑀𝑑 = 𝑅𝑠 × 𝑧 = 𝑅𝑐 × 𝑧 = 𝑅𝑠 × (𝑑 − 0,4 × 𝑥)
𝑀𝑑 = 291,0 × (0,355 − 0,4 × 0,450 × 0,355) = 84,71 𝑘𝑁. 𝑚
𝑅𝑐 = 0,68 × 𝑓𝑐𝑑 × 𝑏 × 𝑥
𝑅𝑐 = 0,68 × 17,86 × 103 × 0,15 × 0,259 × 0,355 = 167,49 𝑘𝑁
𝑀𝑑 = 𝑅𝑠 × 𝑧 = 𝑅𝑠 × (𝑑 − 0,4 × 𝑥)
𝑀𝑑 = 167,49 × (0,355 − 0,4 × 0,259 × 0,355) = 53,29 𝑘𝑁. 𝑚
Determinação do carregamento:
25,48 × 5,02
𝑀𝑑 = = 79,62 𝑘𝑁. 𝑚
8
Determinação do valor da altura útil:
𝑑 = 40 − 3 − 1,5 = 35,5 𝑐𝑚
Utilizando os valores adimensionais temos:
𝑀𝑑 79,62
𝐾𝑀𝐷 = = = 0,177
𝑓𝑐𝑑 × 𝑑2 × 𝑏 17,86 × 103 × 0,3552 × 0,20
Conferindo a posição da linha neutra:
𝑀𝑑 79,62
𝐴𝑠 = = = 5,85 𝑐𝑚²
𝐾𝑍 × 𝑑 × 𝑓𝑦𝑑 0,882 × 0,355 × 434,8 × 103
𝐾𝑋 = 0,302
𝑀𝑑 = 𝑅𝑠 × 𝑧 = 𝑅𝑠 × 𝑑 × (1 − 0,4 × 𝐾𝑋)
𝑀𝑑 = 260,88 × 0,355 × (1 − 0,4 × 0,302) = 81,42 𝑘𝑁. 𝑚
Como a peça foi armada com três barras de 16,0 mm a sua capacidade
portante foi elevada com o emprego desse arranjo.
𝐾𝑋 = 0,378
162
𝑀𝑑 = 𝑅𝑠 × 𝑧 = 𝑅𝑠 × 𝑑 × (1 − 0,4 × 𝐾𝑋)
𝑀𝑑 = 260,88 × 0,355 × (1 − 0,4 × 0,378) = 78,61 𝑘𝑁. 𝑚
Após o deslocamento da linha neutra o momento resistido pela peça
armada dessa forma e com essa resistência ficou um pouco inferior ao de
cálculo, que era de 79,62 𝑘𝑁. 𝑚, uma variação de 1,27 %. Essa diferença não
é tão grande. Isso se deve porque somente uma parte da seção trabalha
comprimida.
Determinação do carregamento:
24,39 × 5,02
𝑀𝑑 = = 76,21 𝑘𝑁. 𝑚
8
A partir da alteração do carregamento se chegou a uma solicitação
3,04 % inferior à solicitação resistida, que é de 78,61 𝑘𝑁. 𝑚.
Eles podem surgir positivo no meio do vão e negativo nos apoios. Após
o dimensionamento de cada seção a armadura é unificada, sendo reforçadas
as seções onde houver necessidade.
Resolução:
• Apoio 1
• Meio do vão 1
• Apoio 2
Valores adimensionais:
𝑀𝑑 9,6
𝐾𝑀𝐷 = = = 0,037
𝑓𝑐𝑑 × 𝑑 × 𝑏 17,86 × 10 × 0,312 × 0,15
2 3
• Apoio 3
Pelo cálculo, toda a viga da cobertura será composta por duas barras
de 8,0 mm tanto na posição negativa como na positiva. O que resulta em uma
área de aço de 1,0 cm², maior do que o necessário para todos os casos. Com
esse arranjo de barras a armação da estrutura se torna mais simplificada.
A altura útil foi a mesma para todos os cálculos, mas isso não é regra!
A depender dos esforços e da geometria isso pode mudar. De qualquer forma
é preciso determinar a altura útil para o dimensionamento de qualquer seção.
167
Armadura mínima
Armadura de pele
1,75
𝐴𝑠,𝑝𝑒𝑙𝑒 = = 4,60 𝑐𝑚2 /𝑚
0,38
Esse valor é menor que 5,0 cm²/m, limite especificado pela norma, e
espaçamento de:
20 𝑐𝑚
38 63,2
𝑠= = 7,6 𝑐𝑚 < { = 21,06 𝑐𝑚
5 3
15 × 𝜑𝑝𝑒𝑙𝑒 = 9,45 𝑐𝑚
Resolução:
• Dimensionamento da viga V1
Armadura mínima
observar um corte que passa nas lajes L1, L2 e L3, evidenciando a espessura
da laje e a sua ligação com as vigas.
Figura 77 – Detalhe das formas e armação de uma laje nervurada durante a execução.
𝛾𝑛 = 1,95 − 0,05ℎ
Dessa forma, ao dimensionar uma laje em balanço é necessário
multiplicar o momento fletor de dimensionamento por 𝛾𝑛 , tendo em vista a
alta probabilidade de desvios relativos significativos na construção (NBR 6118,
2014). Para entender melhor veja o exemplo 4.1.
Exemplo 4.1: Na fachada de uma loja existe uma marquise com espessura de
10,0 centímetros, comprimento em balanço de 1,20 metros, por 10,0 metros
de largura. Essa marquise receberá uma carga de 1,5 kN/m², além do seu peso
próprio. Dessa forma, como fica o momento fletor de dimensionamento?
Carregamento:
177
(a)
(b)
Figura 79 - Dimensões para laje nervurada: (a) laje sem tubulação, (b) laje com tubulação.
As espessuras das nervuras devem ser iguais ou maiores que 5,0 cm.
No caso da existência de armadura de compressão na nervura essa deve
possuir 8,0 cm ou mais.
Carregamento da grelha
Figura 80 - Determinação da área de influência para o carregamento da barra. (Fonte: Coelho, 2000)
Ao substituir a laje por uma grelha é preciso atribuir a cada uma das
barras dessa grelha características geométricas. Segundo Barbosa (1992), as
barras da grelha devem possuir rigidez tal que sob um mesmo carregamento
proporcione deslocamentos e o surgimento de esforços (momento fletor e de
torção) iguais aos resultantes das tensões na seção transversal da parte da laje
que a barra representa. Isso só é possível através do aumento da divisão da
malha da grelha.
𝑏 × ℎ³
𝐼𝑓 =
12
𝑏 × ℎ³
𝐼𝑡 =
6
Com relação as vigas de apoio, é possível ou não considerar à
contribuição da laje. A colaboração da mesa pode ser obtida através das
considerações feitas na seção 3.9. Para Silva et al. (2003), a inércia à torção de
viga retangular no estádio I pode ser considerada igual a:
ℎ × 𝑏³
𝐼𝑡 =
3
Para a análise no regime elástico-linear é possível considerar a módulo
de elasticidade longitudinal do concreto igual ao módulo de elasticidade
secante, conforme obtido no estudo das características dos materiais no
primeiro capítulo. Já com relação ao coeficiente de Poisson, esse pode ser
considerado igual ao apontado pela NBR 6118 (2014), que na falta de ensaios
para a sua determinação sugere que seja adotado o valor de 0,2.
𝐺 = 0,417 × 𝐸𝑐𝑠
Para o equilíbrio dos esforços na grelha a rigidez à torção das barras é
fundamental. Com isso o valor do coeficiente de Poisson se torna decisivo.
Para Barboza (1992) não é possível definir um tipo de malha ideal para
um determinado pavimento, porém destaca alguns critérios apontado por
Hambly (1976) para lajes retangulares que devem ser adequados para cada
projeto, são eles:
183
2
Para fazer o download dessa ferramenta acessar: http://www.deciv.ufscar.br/calco/
185
armadura secundária é possível reduzir essa taxa para 67%, ficando a critério
do projetista. Isso atende à quantidade mínima de armadura para todas as
posições e facilita o dimensionamento no caso do cálculo manual. Quando o
dimensionamento é feito através de softwares, esses parâmetros podem ser
introduzidos como critérios de projeto.
Resolução:
Carregamento:
188
Momento fletor por barra na direção horizontal das lajes L1 e L2, barra
central das lajes.
Momento fletor por barra na direção vertical da laje L1, isso também
é válido para a laje L2. Barra central das lajes.
189
Como os vãos das lajes nas duas direções era de 4,15 metros e a
divisão de cada laje foi por 10, logo a distância entre barras vai ser de 41,5
centímetros. Assim temos:
• Armadura negativa em x:
𝑀𝑑 1,4 × 6,75
𝐾𝑀𝐷 = 2
= = 0,079 → 𝐾𝑋 = 0,121
𝑓𝑐𝑑 × 𝑏 × 𝑑 14,3 × 103 × 1,0 × 0,091²
Obtenção da área de aço:
𝑀𝑑 1,4 × 6,75
𝐴𝑠 = = = 2,50 𝑐𝑚2 /𝑚
𝐾𝑍 × 𝑑 × 𝑓𝑦𝑑 0,952 × 0,091 × 434,8 × 103
• Armadura positiva em x:
• Armadura positiva em y:
𝑀𝑑 1,4 × 2,65
𝐾𝑀𝐷 = 2
= = 0,036 → 𝐾𝑋 = 0,054
𝑓𝑐𝑑 × 𝑏 × 𝑑 14,3 × 103 × 1,0 × 0,085²
Obtenção da área de aço:
𝑀𝑑 1,4 × 2,65
𝐴𝑠 = = = 1,03 𝑐𝑚2 /𝑚
𝐾𝑍 × 𝑑 × 𝑓𝑦𝑑 0,978 × 0,0855 × 434,8 × 103
Segundo o item 20.1 da NBR 6118 (2014), quando não for necessário
armadura transversal na laje e quando não houver a necessidade de outras
armaduras, toda a armadura positiva deve chegar aos apoios, chegando a no
mínimo 4,0 cm do eixo do elemento de apoio, como mostra a figura 82.
Figura 84 - Detalhe sugerido para armadura negativa no caso de laje muito estreita.
Resolução:
196
• Armadura negativa em x:
𝐴𝑠 = 2,50 𝑐𝑚2 /𝑚
Considerando uma bitola de 8,0 mm o espaçamento fica:
0,5
𝑠= = 0,200 𝑚 = 20,0 𝑐𝑚
2,50
Como o espaçamento máximo é de 20,0 cm ou duas vezes a altura da
laje, que resulta em 24,0 cm, o espaçamento obtido será utilizado.
• Armadura positiva em x:
𝐴𝑠 = 1,8 𝑐𝑚2 /𝑚
Considerando uma bitola de 6,3 mm o espaçamento fica:
0,315
𝑠= = 0,175 𝑚 = 17,5 𝑐𝑚
1,80
Cálculo da quantidade de barras:
400
𝑛º 𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 = ≅ 23 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
17,5
Pelo que foi calculado a armadura positiva na direção x fica:
23 ∅6,3 𝑚𝑚 𝑐/17,5
197
23 ∅6,3 𝑚𝑚 𝑐/17,5.
Armadura de bordo
Armadura no apoio
RESUMO DE AÇO
C. Total Peso + 10 %
Aço Bitola
(m) (kg)
CA 50 6,3 559,82 150,90
8,0 58,0 25,20
Peso total CA 50 176,10
Já com relação à ancoragem da tela nos apoios essa deve ser feita com
um comprimento equivalente a dez vez o diâmetro da barra em relação à face
da viga, respeitando o limite mínimo de 10,0 cm.
(a)
202
(b)
Figura 85 – Detalhe da emenda de telas: (a) caso de armadura principal, (b) caso de armadura secundária.
A depender do vão e da carga pode ser necessário uma laje com uma
determinada altura. Para um perfeito funcionamento as treliças das vigotas
devem acompanhar a variação da altura da laje, devendo ser compatível
também com o bloco de enchimento. A tabela 20 apresenta as características
das treliças com a variação da altura.
205
Figura 88 - Montagem de uma laje pré-fabricada com vigotas de concreto armado e elementos de
enchimento cerâmico.
Figura 89 - Laje armada com vigotas pré-fabricadas treliçadas com elementos de enchimento cerâmico.
206
• são mais leves: isso reduz o peso próprio da laje, facilita o transporte
na obra, além de facilitar a montagem;
• os blocos resistem bem ao choque: isso evita a quebra da peça
durante a montagem e concretagem;
• preço competitivo.
Figura 91 - Detalhe de nervura da laje com vigotas pré-fabricadas treliçadas com treliça com 8,0 cm de
altura.
poderia acontecer nesse caso seria utilizar um bloco com 10,0 cm de altura,
pois a armadura de distribuição estaria faceando o bloco, não apresentando
cobrimento suficiente na parte inferior da armadura. Para esse tipo de vigota
é possível utilizar blocos de enchimento com alturas de 7,0 e 8,0 cm.
• h – altura da laje;
• hf – altura da capa de concreto;
• bv – largura da vigota pré-fabricada;
• bl – largura da nervura moldada no local;
• tv – largura inferior do elemento de enchimento;
• tl – largura superior do elemento de enchimento.
A geometria dos elementos que compõe a laje será quem vai ditar a
geometria da laje em si. Observe que a soma entre a largura da vigota bv e do
elemento de enchimento tv é justamente igual a distância entre os eixos das
nervuras aqui simbolizada por i.
𝑞 × 𝑙2
𝑀=
8
, onde q se refere à combinação de carga atuante na área referente à mesa
colaborante e l o vão da laje.
Exemplo 4.4: Considerando o que foi exposto até agora dimensione uma laje
treliçada com 3,0 metros de vão, 12 centímetros de altura, elementos de
enchimento em EPS com 7,0 centímetros de altura, carga acidental de 2,0
kN/m², carga permanente de 1,5 kN/m², resistência característica do concreto
de 25 MPa, largura da vigota pré-fabricada de 12,0 cm e largura interna no
elemento de enchimento de 30,0 cm.
Resolução:
211
Momento de dimensionamento:
2,15 × 32
𝑀𝑑 = 1,4 × = 3,4 𝑘𝑁. 𝑚
8
Tendo como previsão de armadura uma barra de 5,0 mm e
cobrimento de 2,0 cm a altura útil fica:
• Armadura mínima
• Detalhamento da vigota
Como dito no início, toda a armadura principal da laje deve chegar aos
apoios. Além disso é preciso que as armaduras das extremidades das vigotas
sejam expostas e dobradas, melhorando ainda mais a ancoragem com a viga,
214
Como visto, as vigas chatas são vigas com a mesma altura da laje, que
auxiliam as nervuras principais no combate ao deslocamento excessivo. São
normalmente armadas transversalmente em relação às nervuras, geralmente
são executadas com espaçamento de um metro e meio e largura média de
25,0 cm. Para a moldagem dessas vigas basta deixar um espaçamento entre
215
Para armar esse tipo de viga é preciso passar a sua armadura sobre a
base de concreto da vigota treliçada, isso garante espaçamento suficiente
para garantir a integridade da peça. Se a armadura passar sob a base de
concreto da vigota, essa acabará ficando exposta, ou seja, não apresentará
cobrimento, facilitando a corrosão.
Resolução:
217
Laje L1:
2,29 × 2,52
𝑀𝑑 = 1,4 × = 2,50 𝑘𝑁. 𝑚
8
Laje L2:
2,29 × 3,52
𝑀𝑑 = 1,4 × = 4,9 𝑘𝑁. 𝑚
8
• Determinação da armadura
Laje L1:
𝑀𝑑 2,50
𝐾𝑀𝐷 = 2
= = 0,036
𝑓𝑐𝑑 × 𝑏 × 𝑑 17,8 × 103 × 0,41 × 0,0975²
Conferindo a posição da linha neutra:
218
Laje L2:
𝑀𝑑 4,90
𝐾𝑀𝐷 = = = 0,0706
𝑓𝑐𝑑 × 𝑏 × 𝑑2 17,8 × 103 × 0,41 × 0,0975²
Conferindo a posição da linha neutra:
• Armadura mínima
• Detalhamento da laje
Laje L1: Treliça do tipo TR 08645 + φ 5,0 mm, totalizando uma área de
aço de 0,6 cm². Essa vigota também será empregada na laje L3.
219
Laje L2: Treliça do tipo TR 08645 + 2φ 8,0 mm, totalizando uma área
de aço de 1,4 cm². Essa armadura a mais se deve ao fato da diferença de
resistência entre os tipos de aço. Essa vigota também será empregada na laje
L4.
Figura 98 - Escada em U.
√𝑎2 + 𝑏²
ℎ1 = ×ℎ
𝑎
𝑏
ℎ𝑚 = ℎ1 +
2
222
Resolução:
Altura média
√302 + 17²
ℎ1 = × 12 = 13,79 𝑐𝑚
30
17
ℎ𝑚 = 13,79 + = 22,3 𝑐𝑚
2
Peso próprio do patamar = 25 × 0,12 = 3,0 𝑘𝑁/𝑚²
No lance
• Modelo estrutural
• Dimensionamento
10,8
𝐾𝑀𝐷 = = 0,0622
17,86 × 103 × 0,092 × 1,2
10,8
𝐴𝑠 = = 2,87 𝑐𝑚²
0,962 × 0,09 × 434,8 × 10³
Como a largura da escada é de 1,2 metros a armadura por metro fica:
2,87
𝐴𝑠 = = 2,39 𝑐𝑚2 /𝑚
1,2
Para uma armadura com bitola de 6,3 mm o espaçamento entre barras
fica:
0,315
𝑠= = 13,1 𝑐𝑚 → 𝜑6,3 𝑚𝑚 𝑐/ 13
2,39
• Detalhe da armadura – lance 1
Primeiro imagine uma viga de concreto. Para que essa peça possa
trabalhar submetida à flexão é necessário inserir uma armadura de flexão, que
é a armadura longitudinal, dimensionada e detalhada levando em
consideração a magnitude do momento fletor ao longo do elemento.
Armadura essa que se encontra exclusivamente na parte inferior da peça,
considerando essa simplesmente apoiada e sem balanço, como mostra a
figura 102.
Figura 102 - Posição da armadura longitudinal positiva de uma viga simplesmente apoiada.
230
𝑧 𝑧
= tan 𝛼 → 𝑤 = → 𝑤 = 𝑧 × cot 𝛼
𝑤 tan 𝛼
A seção da biela de compressão que trabalha junto com o estribo
apresenta largura igual à largura da viga b e comprimento igual a x, que varia
em função da distância entre os estribos, distância essa que é igual a:
𝑠 = 𝑧 + 𝑤 = 𝑧 + 𝑧 × cot 𝛼 = 𝑧 × (1 + cot 𝛼)
sendo a inclinação da biela de compressão igual a 45°, logo x será igual a:
√2
𝑥 = 𝑧 × (1 + cot 𝛼) × sin 45° = 𝑧 × (1 + cot 𝛼) ×
2
Analisando a tensão de compressão na biela considerando o esforço
cortante constante e o somatório das forças verticais iguais a zero, temos:
√2
𝐹𝑐𝑑 × sin 45° = 𝐹𝑐𝑑 × = 𝑉𝑠𝑑 → 𝐹𝑐𝑑 = 𝑉𝑠𝑑 × √2
2
Por fim, a tensão na biela de compressão pode ser dada por:
√2 × 𝑉𝑠𝑑 2 × 𝑉𝑠𝑑
𝜎𝑐𝑑 = =
√2 𝑏 × 𝑧 × (1 + cot 𝛼)
𝑏 × 𝑧 × (1 + cot 𝛼) ×
2
Analisando a seção normal em relação ao estribo, temos que:
𝑉𝑠𝑑
𝑉𝑠𝑤 × sin 𝛼 = 𝑉𝑠𝑑 → 𝑉𝑠𝑤 =
sin 𝛼
Sendo o espaçamento entre os estribos igual a:
𝑠 = 𝑧 + 𝑤 = 𝑧 × (1 + cot 𝛼)
e a resultante de esforços no aço igual a:
𝑉𝑠𝑑
𝑉𝑠𝑤 = = 𝐴𝑠𝑤 × 𝑓𝑦𝑤𝑑 → 𝑉𝑠𝑑 = 𝐴𝑠𝑤 × 𝑓𝑦𝑤𝑑 × sin 𝛼
sin 𝛼
, o que resulta em:
𝑉𝑠𝑑
𝐴𝑠𝑤 =
𝑓𝑦𝑤𝑑 × sin 𝛼
232
A inclinação dos estribos α passa a variar entre 45° e 90°. Isso quer
dizer que o projetista pode optar pela inclinação que ele achar conveniente.
Vale destacar que essa inclinação influenciará na quantidade de aço final. Isso
será visto com mais detalhes mais à frente. Já a inclinação da biela de
compressão θ também poderia variar, entre 30° e 45°. Essas inclinações são
233
Os estribos são compostos por ramos, que nada mais são do que
ferros na posição vertical. As demais partes do estribo servem apenas para o
fechamento superior e inferior da moldura. Fechamento esse extremamente
necessário pois existe uma tendência de fissuração no apoio da biela devido à
concentração de tensões. A figura 106 mostra o formato do estribo simples e
duplo.
𝑉𝑠𝑤 = 𝑉𝑠𝑑 − 𝑉𝑐
Outro ponto fundamental diz respeito à verificação da resistência da
biela de compressão. Essa é satisfeita quando:
𝑉𝑠𝑑 ≤ 𝑉𝑅𝑑2
, onde:
𝑓𝑐𝑘
𝛼𝑣2 = (1 − )
250
Para o modelo de cálculo I, nos casos de flexão simples e flexo-tração
com a linha neutra cortando a seção, a parcela resistente do concreto é
invariável e é dada por:
𝑉𝑐 = 0,6 × 𝑏 × 𝑑 × 𝑓𝑐𝑡𝑑
Nos casos de elementos tracionados com a linha neutra passando fora
da seção da peça a parcela resistente do concreto é nula.
𝑉𝑠𝑤 𝑉𝑠𝑤
𝐴𝑠𝑤 = =
0,9 × 𝑑 × 𝑓𝑦𝑤𝑑 × √2 1,273 × 𝑑 × 𝑓𝑦𝑤𝑑
𝑉𝑐 = 0,6 × 𝑏 × 𝑑 × 𝑓𝑐𝑡𝑑
Isso logicamente resultará em armadura mínima.
𝐴𝑠𝑤
𝜌𝑠𝑤 =
𝑏𝑤
A taxa geométrica mínima (𝜌𝑠𝑤,𝑚í𝑚 ) de armadura transversal para
uma viga deve ser de:
𝑓𝑐𝑡,𝑚
𝜌𝑠𝑤,𝑚í𝑚 = 0,2% ×
𝑓𝑦𝑤𝑘
𝐴𝑠𝑤,𝑚𝑖𝑚 = 𝜌𝑠𝑤,𝑚í𝑚 × 𝑏
Considerando a viga em estudo com uma altura útil d = 29,5 cm, além
de incluir a metade do apoio do pilar que é de 20,0 cm, isso resultará em um
deslocamento total de 24,75 cm (29,5/2 + 10,0). Com isso, o valor de esforço
cortante obtido a partir da redução do esforço em função do apoio será de Vsd
= 78,8 kN, como apresentado na figura 110. Isso resultou em uma redução de
12,44 % no esforço cortante.
Uma atenção muito grande deve ser dada no caso de uma viga que se
apoia em outra. Nessa ocasião a viga apoiada transmitirá uma carga
concentrada considerável para a viga que lhe serve de apoio. A figura 111
apresenta um esquema de uma viga apoiada em outra.
242
Figura 111 - Esquema da treliça de uma viga que se apoia em outra. (Fonte: Süssekind, 1985)
A NBR 6118 (2014) diz que quando existe uma carga concentrada
transmitida à viga por outras vigas ou elementos discretos que nelas se
apoiem ao longo ou em parte de sua altura, ou fiquem nela pendurados, deve
ser adotada armadura de suspensão. A armadura de suspensão é obtida
considerando a reação de apoio da viga apoiada na viga que apoia.
(a)
(b)
Figura 112 - Detalhe da armadura de suspensão: (a) vista em planta e (b) vista lateral.
Resolução:
Calculando 𝑉𝑅𝑑2:
𝑓𝑐𝑘 30
𝛼𝑣2 = (1 − ) = (1 − ) = 0,88
250 250
com isso temos:
• Dimensionamento da armadura
Sendo:
2
𝑉𝑅𝑑2 × = 150,2 𝑘𝑁 > 𝑉𝑠𝑑 = 98 𝑘𝑁
3
o máximo espaçamento permitido será de:
Resolução:
Calculando 𝑉𝑅𝑑2:
𝑉𝑅𝑑2 = 0,54 × 0,9 × 17,8 × 10³ × 0,2 × 0,35 × sin² 30 × (cot 90 + cot 30)
247
𝑽𝒄 𝑽𝒔𝒅 𝑽𝑹𝒅𝟐
53,76 𝑘𝑁 93,75 𝑘𝑁 262,78 𝑘𝑁
𝑽𝒄 𝑽𝒄 para o modelo de cálculo II 𝑽𝒄
53,76 𝑘𝑁 𝟒𝟑, 𝟒𝟓 𝒌𝑵 0,0 𝑘𝑁
0,3 × 252/3
𝐴𝑠𝑤,𝑚í𝑛 = 𝜌𝑠𝑤,𝑚í𝑚 × 𝑏 = 20 × 0,2% ×
600
𝐴𝑠𝑤,𝑚í𝑛 = 1,71 𝑐𝑚2 /𝑚
Sendo:
2
𝑉𝑅𝑑2 × = 175,18 𝑘𝑁 > 𝑉𝑠𝑑 = 93,75 𝑘𝑁
3
o máximo espaçamento permitido será de:
Resolução:
Para ser satisfeita essa condição a resistência da biela deve ser maior
que o esforço solicitante, logo:
𝑉𝑅𝑑2 ≥ 𝑉𝑠𝑑
Calculando 𝑉𝑅𝑑2 nós temos:
• Dimensionamento do trecho 1 – 𝟕𝟎 𝒌𝑵
Esforço de dimensionamento
𝑉𝑠𝑑 = 1,4 × 70 = 98 𝑘𝑁
Parcela de esforço transferida para as armaduras
Sendo:
2
𝑉𝑅𝑑2 × = 215,49 𝑘𝑁 > 𝑉𝑠𝑑 = 98 𝑘𝑁
3
o máximo espaçamento permitido será de:
Esforço de dimensionamento
Sendo:
2
𝑉𝑅𝑑2 × = 215,49 𝑘𝑁 > 𝑉𝑠𝑑 = 182 𝑘𝑁
3
o máximo espaçamento permitido será de:
Esforço de dimensionamento
Sendo:
2
𝑉𝑅𝑑2 × = 215,49 𝑘𝑁 < 𝑉𝑠𝑑 = 238 𝑘𝑁
3
o máximo espaçamento permitido será de:
Esforço de dimensionamento
Sendo:
2
𝑉𝑅𝑑2 × = 215,49 𝑘𝑁 > 𝑉𝑠𝑑 = 154 𝑘𝑁
3
o máximo espaçamento permitido será de:
𝑉𝑠𝑑,𝑚í𝑚 91,47
𝑉𝑠,𝑚í𝑚 = = = 65,33 𝑘𝑁
1,4 1,4
Ao observar o gráfico é possível inserir armadura mínima entre os
trechos que apresentem esforço cortante menor que 65,33 𝑘𝑁. Nos outros
setores inserir a armadura calculada para cada trecho. A depender do
comprimento da viga esse tipo de detalhamento pode trazer uma economia
considerável. Esse refinamento vai depender do calculista.
Resolução:
Para uma resistência característica de 25 Mpa nós temos que 𝛼𝑣2 será
igual a:
𝑓𝑐𝑘 25
𝛼𝑣2 = (1 − ) = (1 − ) = 0,90
250 250
com isso temos que:
Sendo:
2
𝑉𝑅𝑑2 × = 225,67 𝑘𝑁 > 𝑉𝑠𝑑 = 110,6 𝑘𝑁
3
o máximo espaçamento permitido será de:
Resolução:
Calculando 𝑉𝑅𝑑2:
Como o esforço cortante máximo para a viga foi de 15,0 kN, essa
condição é satisfeita.
𝐴𝑠𝜑 × 𝑛𝑟 0,2 × 2
𝑠= = = 0,31 𝑚
𝐴𝑠𝑤 1,28
O espaçamento máximo para Vsd ≤ 2/3.VRd2, tem como limite:
barra. No exemplo, a divisão foi igual devido ao fato de serem barras de iguais
diâmetros.
𝑓𝑏𝑑 = 𝜂1 × 𝜂2 × 𝜂3 × 𝑓𝑐𝑡𝑑
onde:
Resolução:
6,3 28 40 24 34 22 31 19 28 18 25 17 23
8,0 35 50 31 44 27 39 25 35 23 32 21 30
10,0 44 63 38 54 34 48 31 44 28 40 26 37
12,5 55 79 48 68 42 60 38 54 35 50 32 46
16,0 70 100 61 87 54 77 49 69 45 63 41 59
Diâmetro da
Φ (mm) Aço
dobra (cm)
44 cm, com gancho medindo apenas 4,0 cm, sendo que o valor mínimo para
esse caso é de 7,0 cm.
Diâmetro da
Φ (mm) Aço
dobra (cm)
Figura 122 – Caso de emendas em uma mesma seção. (Fonte: NBR 6118, 2014)
demanda por barras. Aos comprimentos das barras obtidos a partir disso serão
então somados os comprimentos de ancoragem, finalizando o detalhamento.
O trecho positivo da viga da figura 123 foi dividido em 9 barras. Na ocasião foi
apresentado o detalhe apenas de uma dessas barras. Para esse caso o
comprimento de decalagem foi de 73,5 cm e o comprimento de ancoragem
foi de 70,0 cm, diferente da região negativa onde o comprimento de
ancoragem foi de 100,0 cm devido ao fato de ser uma região de má aderência.
𝑉𝑠𝑑,𝑚á𝑥
𝑎𝑙 = 𝑑 × [ × (1 + cot 𝛼) − cot 𝛼] ≤ 𝑑
2 × (𝑉𝑠𝑑,𝑚á𝑥 − 𝑉𝑐 )
onde
𝑉𝑠𝑑,𝑚á𝑥
𝑎𝑙 = 𝑑 × [ ]
2 × (𝑉𝑠𝑑,𝑚á𝑥 − 𝑉𝑐 )
Resolução:
𝑉𝑠𝑑,𝑚á𝑥 280
𝑎𝑙 = 𝑑 [ ] = 72 [ ] = 72 × 0,83 ≅ 59,76 𝑐𝑚
2(𝑉𝑠𝑑,𝑚á𝑥 − 𝑉𝑐 ) 2(280 − 110,8)
, onde:
𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐
𝑙𝑏,𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 ≥ {𝑟𝑎𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑜𝑏𝑟𝑎 + 5,5 × 𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎
6,0 𝑐𝑚
Para que não seja necessário deslocar todas as barras do vão até o
apoio, ou quando mesmo com todas essas barras chegando no apoio o
problema não for resolvido, o melhor é utilizar grampos. Isso faz com que a
quantidade de aço efetiva no apoio aumente, possibilitando a acomodação
segura da carga no apoio. A figura 125 apresenta a configuração do grampo.
estribos do pilar, que deve seguir com o mesmo espaçamento dos lances,
devendo ser utilizado no mínimo dois dentro do nó.
Muito cuidado com pontas de ferro, elas não podem ficar soltas. Nos
pilares de coberturas as armaduras longitudinais devem ser dobradas,
podendo ainda ser utilizados ganchos de modo a liga-las.
Pode ser que em algum momento algum furo necessite ser realizado
nas vigas para proporcionar a passagem de tubos ou cabos. O ideal é que
elementos estruturais não possuam furos nem aberturas, mas se isso for
necessário é preciso tomar alguns cuidados de modo a não comprometer a
peça.
igual a 5,0 cm ou duas vezes o cobrimento previsto para essa face. Não é
demais lembrar que a existência do furo deve proporcionar uma boa
concretagem e a seção remanescente deve resistir aos esforços previstos de
cálculo.
Resolução:
𝑀𝑑 27,7
𝐾𝑀𝐷 = = = 0,108
𝑓𝑐𝑑 × 𝑑 × 𝑏 17,8 × 10 × 0,312 × 0,15
2 3
• Armadura de cisalhamento
𝑉𝑠𝑤 37,7
𝐴𝑠𝑤 = = = 2,59 𝑐𝑚2 /𝑚
0,9 × 𝑑 × 𝑓𝑦𝑤𝑑 0,9 × 0,31 × 521,7 × 10³
Sendo:
2
𝑉𝑅𝑑2 × = 134,53 𝑘𝑁 > 𝑉𝑠𝑑 = 73,5 𝑘𝑁
3
o máximo espaçamento permitido será de:
• Detalhamento da armadura
𝑉𝑠𝑑,𝑚á𝑥 73,5
𝑎𝑙 = 𝑑 [ ] = 31 × [ ] = 31 × 0,97 = 30,2 𝑐𝑚
2(𝑉𝑠𝑑,𝑚á𝑥 − 𝑉𝑐 ) 2(73,5 − 35,8)
𝑎 30,2
( 𝑙 × 𝑉𝑠𝑑 ) + 𝑁𝑑 31,0 × 73,5
𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙 ≥ 𝑑 = = 1,65 𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑑 434,8 × 103
Com isso temos que o espaço mínimo para a armadura positiva foi
atendido.
𝐶 = 2 × [(29 + 9) + 7] = 90 𝑐𝑚
Quadro de ferros
Resolução:
O que muda no detalhe dessa viga pra outra são os apoios, reduzidos
em função do exemplo, e a introdução dos grampos, detalhados conforme a
situação.
290
Exemplo 6.5: A partir dos dados dos exemplos 3.10 e 5.5, detalhe a viga V2 do
pavimento cobertura do edifício em estudo.
Resolução:
𝑑 = 31,0 𝑐𝑚
• Armadura de cisalhamento
• Detalhamento da armadura
𝑎𝑙 = 𝑑 = 31,0 𝑐𝑚
Determinação do comprimento de ancoragem no apoio
𝑎 31,0
( 𝑙 × 𝑉𝑠𝑑 ) + 𝑁𝑑 31,0 × 10
𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙 ≥ 𝑑 = = 0,23 𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑑 434,8 × 103
No apoio chegam duas barras de 8,0 mm, totalizando uma área de 1,0
cm². Conforme a tabela 22, o comprimento de ancoragem para barras de 8,0
mm em situação de boa aderência é igual a 31,0 cm. Nesse caso o
comprimento de ancoragem necessário no apoio com a utilização de gancho
será igual a:
𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐 0,23
𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 = 𝛼1 × 𝑙𝑏 × = 0,7 × 31 × = 5,0 𝑐𝑚
𝐴𝑠,𝑒𝑓 1,0
(sem escala)
293
Quadro de ferros
Pavimento primeiro
A NBR 6118 (2014) nos diz que as reações em cada apoio são as
correspondentes às cargas atuantes nos triângulos ou trapézios determinados
através das charneiras plásticas, sendo consideradas uniformemente
distribuídas sobre os elementos estruturais que lhes servem de apoio. A NBR
6118 (2014) aponta também que as charneiras plásticas podem ser
aproximadas por retas inclinadas, a partir dos vértices, com os seguintes
ângulos:
𝑥
= tan 30° = 0,577 → 𝑥 = 1,153 𝑚
3,15 − 𝑥
Assim a área será igual a:
3,15 × 1,153
𝐴𝑙1 = = 1,81 𝑚²
2
Como a carga prevista na laje é de:
𝑥
= tan 30° = 0,577 → 𝑥 = 1,464 𝑚
4,00 − 𝑥
Assim a área será igual a:
4,00 × 1,46
𝐴𝑙2 = = 2,92 𝑚²
2
A carga prevista na laje é de 6,8 𝑘𝑁/𝑚².
Pavimento de cobertura
𝑥
= tan 30° = 0,577 → 𝑥 = 1,155 𝑚
4,00/2
Assim a área será igual a:
4,00 × 1,15
𝐴𝑙2 = = 2,31 𝑚²
2
A carga prevista na laje é de 3,50 𝑘𝑁/𝑚².
300
𝑥
= tan 30° = 0,577 → 𝑥 = 0,736 𝑚
2,55/2
Assim a área será igual a:
2,55 × 0,736
𝐴𝑙2 = = 0,94 𝑚²
2
A carga prevista na laje é de 3,50 𝑘𝑁/𝑚².
301
Por ser uma estrutura simétrica esses esforços atuam tanto na direção
de 0° como na direção de 180°.