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Projeto de Divulgação Tecnológica

Biografia do Autor

Formou-se engenheiro civil pela Escola


Politécnica da Universidade de São Paulo no
ano de 1972. Obteve os títulos de Mestre em
Engenharia em 1981 e Doutor em Engenharia
em 1987, ambos na Escola Politécnica. E
professor da Escola Politécnica da USP —
EPUSP desde 1977, onde ministra aulas de
graduação e pós-graduação e tem participado
de inúmeras atividades
acadêmicas/administrativas no Conselho do
Departamentos na Comissão de Pesquisa e
de Pós-Graduação,
Exerce a coordenação do Curso de Pós-
Graduação e da Linha de Ensino e Pesquisa
em Materiais e Componentes de construção
civil da Escola Politécnica da USP. Ministra
também aulas no curso de pós-graduação em
engenharia civil da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul — UFRGS na qualidade
de professor convidado.
Ministra regularmente cursos de especiali
MANUAL PARA REPARO, REFORÇO E PROTEÇÃO

DE ESTRUTURA DE CONCRETO

'COPYRIGHT EDITORA PINI LTDA.


Todos os direitos de reprodução ou tradução reservados pela Editora Pini Ltda.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação


(CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Helene, Paulo R.L., 1 949-


Manual para reparo reforço e proteção de estruturas de concreto /
Paulo Helene ; [consultor Maurício Gerschenstein ; coordenação Paulo
Sérgio E Oliveira, Fernando AP. Guimarães, Sérgio Gerra — ed. — São
Paulo : Pini, 1992.
Projeto de Divulgação Tecnológica FOSROC
1 . Concreto armado - Manutenção e reparos I. Gerschenstein, Maurício. II.
Oliveira, Paulo Sérgio F. III. Guimarães, Fernando A. P. IV. Guerra, Sérgio. V.
Título. ISBN 85-7266-010-0

92-2791 CDD-624„18340288

Índices para catálogo sistemático:


1, Estruturas de concreto : Reforço e reparos : Engenharia 624.18340288
2. Reforço e reparos : Estruturas de concreto : Engenharia 624.18340288
3. Reparos e reforço : Estruturas de concreto : Engenharia 624.18340288
Layout: Walker Publicidade Ltda. - (011 )
563.8363
Editoração: Practisys Ltda. - Tel.: (011) 276.2521
Colaboradores: Enge Osvando Braga Junior
Enge Geraldo Mekbekian
Enga Kátia Dias Guimarães
Editora Pini Ltda.
Rua Anhaia, 964 - CEP 01 130-900 São Paulo,
SP Fane: 01 1 3224-881 1 Fax 01 1 3224-0314
Internet: www.piniweb.com - E-mail:

2 2 edição
1 ? tiragem nov/92
tiragem, 1 ,500 exemplares, jun/94
3a tiragem: I ,300 exemplares, jan/96
4 a tiragem: .000 exemplares, out/98
5? tiragem: 1 .000 exemplares, abr/OO
tiragem: 1 000 exemplares, abr/02
AUTOR
Enge Paulo Helene
Pesquisador do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo EPUSP

CONSULTOR
Engo Maurício Gerschenstein
Diretor Presidente da MAUBERTEC Engenharia e Projetos

COORDENAÇÃO
Eng g Paulo Sérgio F- de Oliveira Superintendente da Fosroc Brasil
Eng e Fernando A. P. Guimarães — Gerente Técnico da Fosroc Brasil Sérgio Guerra
Gerente de Marketing da Fosroc Brasil

AGRADECIMENTO
Eng e William Edward Bennett

A química certa para a construção


Fosroc FOSRO
C
Av. Eng. Heitor A, Eiras Garcia, 3330

CEP 05564-100 São Paulo SP


Tel.: (011) 268.8322
Fax: (011) 869-9990
BURMAH CASTROL COMPANY
PREFÁCIO
El Prof. Dr. Ing. Paulo R. do Lago Helene me ha pedido que le redacte el
prólogo para el "Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concretó t y
con sumo gusto he accedido a esta petición debido a dos motivos fundamentales: el
primero es porque el Prof. Helene es uno de mis más entrañables amigos, cuya amistad
perdura apesar de la distancia geográfica que nos separa y el segundo por que el Prof.
Helene es un profesional digno de toda admiración, especialmente para los que
conocemos su trayectoria hecha día a día y de firma incansable a golpe de trabajo serio.

Las dos razones dadas bastarían para redactar un prólogo poniendo en él


máximo de cariño, pero además aqui se dá la circunstancia de que el Manual se merece
"per se" ese prólogo,

Las dotes investigadoras y docentes del Prof. Helene hacen que posea una
gran facilidad de exposición de temas técnicos, haciéndolo con una gran claridad dentro
de un contexto de síntesis, no es de extrañar, por tanto, que hoy nos encontremos con
este Manual en él que, en seis capítulos, se nos dá una panorámica muy completa de
las técnicas de reparaciones, refuerzos y protección de estructuras de hormigón, no sin
antes habernos llevado de la mano a través de toda una amplia gama dc patología que
nos sirve de guía para el diagnóstico de los daños que puede presentar una estructura.

Como ingeniero que he dedicado muchos años a los temas de patología de


estructuras de hormigón, he de reconocer que el Manual que tengo ante mí es una obra
muy completa, clara y depurada y en la que el autor "no se ha dejado nada en el tintero".

Los temas se tocan con una gran claridad, con acierto y rigor. Hay que tener
en cuenta que el autor es un experto en cementos, hormigones y otros materiales y por
consiguiente puede hablar con autoridad, dando ideas precisas sobre conceptos clave.

El Manual va ser una herramienta fundamental de uso para arquitectos,


ingenieros y constructores que, en más de una ocasión, tendrán que recurrir a él, y
muchas veces no para reparar o reforzar una estructura, que es lo mejor que podemos
desear, sino para utilizarlo como guía a fin de conocer lo que se debe hacer para evitar
problemas patológicos en sus estructuras.

Felicitamos al autor amigo Paulo Helene por su magnifica aportación a través


de su obra a la vez que le deseamos muchos éxitos.

Dr. Manuel Fernández Cánovas


Catedratico de Materiales
E TS de Ingenieros de Caminos
Universidad Politécnica Madrid
índice seqüencial

1Concreto ............................................................27
2.2 Aditivos ................................................................28
2,3Argamassas poliméricas..........................................28
2-4Grautes de base cimento........................................ 29
2.5Argamassas e grautes orgânicos............................29
2.6Revestimentos monolíticos.....................................32
7Silicataçáo ..........................................................32
2.8 Óleos ..........................................................34
2.9Vernizes e hidrofugantes de superfície...................34
2-IO Tintas orgânicas...................................................35
2.11 Tintas betuminosas e de alcatrão de hulha base epóxi
37
2.12Selantes.................................................................38
2.13Adesivos e primers................................................38
2.14Produtos para ancoragem e emendas de barras de aço
......................................................................................39
2.15Concretos e argamassas de pega/endurecimento rápido
39
2,16 Tijolos anticorrosivos...........................................40
2.17Argamassas de enxofre.........................................41
Quadro 2.1..Materiais e sistemas para reparo, reforço e proteção
de estruturas de concreto...................................................42
2.18 Setores industriais em que os produtos podem ser
aplicados.......................................................................49

Vigas - Pilares - Lajes - Paredes


3.1 Corrosão de armaduras 52
3.2 Ninhos (segregação) 54
3.3 Incêndio 55

Vigas
3.4 Fissuras de flexão 56
3.5 Fissuras de cisalhamento 57
3.6 Fissuras de flexão na parte superior 58
3.7.........Fissuras de flexão e escorregamento da armadura
....................................................................................59 3.8
....................................................Esmagamento do concreto
............................................................................................60
3.9 Fissuras de torção........................................................61
3.10 Esmagamento do concreto por torção..................... 62
3.1 1 Fissuras de retração hidráulica ou de movimentação
térmica ....................................................................63

Pilares
3.12 Fissuras de assentamento plástico 64
3.13 Fissuras de pega ou falsa pega 65
Fissuras de junta de concretagem 66
3.1 5 Fissuras de compressão localizada ou flambagem de
armaduras
3.16 Fissuras ou rupturas no topo de pilares curtos..........68

Lajes
3.1 7 Fissuras de flexão 69
3.18 Fissuras de flexão em balanço 70
3.1 9 Fissuras de momentos volventes 71
3.20 Fissuras de retração hidráulica e contração térmica. 72
3.21 Punção 73

Paredes
3.22 Fissuras de recalque 74
3.23......Fissuras de retração hidráulica e contração térmica
....................................................75 3.24 Fissuras de flexão
3.25...........................................................Fissuras de tração
............................................................................................77

Pontes e viadutos
3.26 Deterioração generalizada 78
Silos e tanques
3.27 Percolação de líquidos e corrosão de armaduras
.....................................................................79

Estruturas em água do mar ou água doce


3.28 Deterioração generalizada..............................80
Galerias de água e esgoto
3.29 Colapso ou deterioração acentuada da parte superior
........................81 3.30 Deterioração da parte submersa 82

Edifícios industriais
3.31 Corrosão de armaduras, fissuras e degradação do
concreto......................................................83

Fundações
3.32 Defeitos de elementos estruturais de fundação.84

4. 1 Preparo do substrato........................................85
Quadro 4.1 — Procedimentos de preparo do substrato85
1 - 1........................................... Escarificação manual86
1.2 Disco de desbaste.........................................86
1 -3 Escarificação mecânica.................................87
4...............................1 .4 Demolição
...........................................................................87
1 5 Lixamento manual.............................................88

Jato de areia seco ou úmido............................90


Remoção de óleos e graxas impregnados.......92
1 .13 Máquina de desbaste superficial......................92
4.2 Limpeza das superfícies.....................93
Quadro 4.2 — Procedimentos de limpeza...............93
4.2.1 Jato de água fria 94
4.22 Jato de água quente
Vapor
4.2.4..............Lavagem com soluções ácidas95
4.2.5............Lavagem com soluções alcalinas96
4.2.6.......Remoção de óleos e graxas superficiais
4.2.7......................Jato de ar comprimido
4.28 Solventes voláteis 98
4.2.9......................Saturação com água99
4.2.10.......................Aspiração a vácuo99

Roteiro completo de um reparo 101


Vigas - Pilares - Lajes - Paredes
5.1Reparos superficiais localizados.
argamassa polimérica base cimento .........................105

5-2Reparos superficiais localizados. argamassa base epóxi


....................................................................................106
5.3...............................Reparos superficiais localizados:
argamassa base poliéster................................107
5.4......Reparos superficiais em grandes áreas: argamassa
polimérica base cimento...................................................108
5.5Reparos superficiais em grandes áreas: argamassa
polimérica projetada...................................................109
5-6....................Reparos superficiais em grandes áreas:
Estucamento.........................................................1 10
5.7 Reparos em juntas de movimentação: argamassa
polimérica base cimento.............................................111
5.8.............Reparos em juntas de movimentação:
argamassa base epóxi......................................112
5.9Reparos profundos: argamassa polimérica base cimento
......................................................................................1 1 3
5.10Reparos profundos:
graute base cimento / microconcreto fluido 1 1 5
5.....................................I I
............................................Reparos profundos: concreto1 1 6
5. Reparos profundos:
concreto pré-acondicionado.......1 17 5.13 Reparos em
pisos:
microconcreto de alta resistência inicial 1 18 5.14
Reparos / reforços - corrosão por cloretos: proteção da
armadura 1 19 5.15 Reparos / reforços - corrosão por
cloretos: inibidor de corrosão..........................................1 20
5.16 Reparo / reforço submerso: graute de base cimento
para uso subaquático 121 5.17 Reforço: emendas para
reconstituição da seção de armadura por traspasse 122
5.18 Reforço: emendas para reconstituição da seção de
armadura por luva ou solda 123
5.19 Reforço: injeção de fissuras graute base epóxi124
5.20 Reforço: injeção de fissuras graute base epóxi125
5.21 Reforço: armaduras embutidas argamassa base
epóxi 126
5.22 Reforço: chapas metálicas aderidas ao concreto -
adesivo base epóxi 127
5.23 Reforço: chapas metálicas aderidas ao concreto -
chapas metálicas soldadas 128
5.24 5.24 Reforço em caso de emergência: incêndio /
impactos - vigas e lajes 129
5.25Reforço em caso de emergência:
incêndio / impactos pilares e paredes:
concreto projetado 1 29

Vigas
5.26 Reforço: flexão - microconcreto fluido 130
5.27 Reforço: flexão - concreto 132
5-28 Reforço: flexão - concreto projetado 134
5.29 Reforço: flexão - chapas metálicas aderidas ao
concreto - adesivo base epóxi ..................................135
5.30...............Reforço: cortante - argamassa base epóxi
....................................................................................137
5.31. .Reforço: cortante - chapas metálicas aderidas ao
concreto - adesivo base epóxi....................................138
5.32.Reforço: torção - graute base cimento / microconcreto
fluido.................................................................................140
5.33 Reforço: torção concreto 142
5.34 Reforço: torção - concreto projetado 143

5.35 Reforço: torção - chapas metálicas aderidas ao


concreto - adesivo base epóxi ...................................144

Pilares
5-36 Reforço : graute base cimento / microconcreto fluido -146
5-37 Reforço : graute base epóxi ..................................147
5.38 Reforço: concreto 148
5-39 Reforço: concreto projetado 149
5.40 Reforço: chapas metálicas
aderidas ao concreto - adesivo base epóxi ...............150
Lajes
5.41 Retorço: momentos volventes microconcreto de alta
resistência inicial ..............................................................152
5.42 Reforço: momentos volventes – concreto.............. 153
5.43 Reforço: momentos volventes - chapas metálicas
aderidas ao concreto adesivo base epóxi.............1 54
5 44 Reforço: flexão - argamassa base epóxi ...........156
5.45Reforço: flexão - argamassa polimérica base cimento
.................................157 5.46Reforço: flexão - concreto
5.47 Reforço: flexão - concreto projetado 159

5.48 Reforço: flexão - chapas metálicas aderidas ao


concreto - adesivo base epôxi ...................................160

Pilares - lajes
5.49 Reforço: punção - graute base cimento /
microconcreto fluido.................................................161
5.50 Reforço: punção - chapas metálicas aderidas ao
concreto - adesivo base epóxi....................................162
5.51 Reforço: punção - perfis metálicos protendidos. 163

Consoles - dentes Gerber


5.52 Reforço: argamassa base epóxi 164
5.53 Reforço: graute base cimento / microconcreto
fluido.....................166 5.54 Reforço: graute base epóxi
5.55 Reforço: concreto...............................................168

Fundações
5.56..................Reforço: blocos - graute base cimento /
microconcreto fluido...................................................169
5.57Reforço: blocos - concreto.................................170
5.58Reforço: sapatas - graute base cimento /
microconcreto fluido...................................................171
5.59Reforço: sapatas - concreto...............................173
5.60 Reforço: estacas - microconcreto fluido ..........1 75
5.61Reforço:estacas concreto..........................................176
PROTEÇÃO E MANUTENÇÃO DAS SUPERFICIES DE
CONCRETO

6.1 Estrutura da superfície de concreto...........................178


6.2 Principais mecanismos de degradação .....................180
Quadro 6.1 - Principais mecanismos de degradação das
superfícies de concreto....................................................180
6.3 Proteção de superfície de concreto............................182
6.3.1 Revestimento de barreiras espessas......................182
6.3.2 sistemas de pintura de proteção.............................183
6.4 Pinturas hidrofugantes................................................184
Quadro 6.2 - Pinturas hidrofugantes...............................186
6.5 Pinturas impermeabilizantes......................................187
Quadro 6.4Orientação para escolha do produto e sistema de
proteção ...........................................................................189
6.6 Comparação dos sistemas de pintura de proteção....191
6.7Principais causas de manifestações patológicas. .192
Quadro 6-5 — Patologia dos sistemas de proteção para
concreto .....................................................................193
Quadro 6-6 Ensaios comparativos de vários sistemas de
proteção .....................................................................195

6.8 Técnica de preparação do substrato...................198

6.9 Método de aplicação de sistemas de proteção. 198

6.9.1 Cuidados na aplicação......................................200

6.10 Manutenção........................................................201

CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................203

INDICE POR SINTOMAS PATOLÓGICOS E POR


SOLUÇÃO PARA PROBLEMA..................................205

Bibliografia selecionada..............................................211
Introdução
O concreto de cimento Portland tem provado ser o material de
construção mais adequado para estruturas, superando com larga
vantagem outras alternativas viáveis, como madeira, aço ou alvenaria.

Desde o início do emprego do concreto armado, criado na


França em 1849 por Monier, as edificações, obras de arte, rodovias,
cais e demais construções civis em concreto armado ou protendido
têm resistido às mais variadas sobrecargas e ações do meio
ambiente.

Embora o concreto possa ser considerado um material


praticamente eterno — desde que receba manutenção sistemática e
programada — há construções que apresentam manifestações
patológicas em intensidade e incidência significativas, acarretando
elevados custos para sua correção. Sempre há comprometimento dos
aspectos estéticos e, na maioria das vezes, redução da capacidade
resistente, podendo chegar, em certas situações, ao colapso parcial
ou total da estrutura.
Frente a essas manifestações patológicas observa-se, em
geral, um descaso inconseqüente que leva a simples reparos
superficiais ou, inversamente, a demolições ou reforços injustificados.
Os dois extremos são desaconselháveis uma vez que há, hoje em dia,
uma elevada gama de técnicas e produtos desenvolvidos
especificamente para solucionar esses problemas.
Tendo em vista o conhecimento atual dos processos e
mecanismos destrutivos que atuam sobre as estruturas e
considerando a grande evolução tecnológica dos últimos anos com o
desenvolvimento de equipamentos e técnicas de observação de
estruturas é perfeitamente possível diagnosticar com êxito a maioria
dos problemas patológicos.
Este manual de reparo, reforço e proteção de estruturas de
concreto foi elaborado para ser um guia prático que forneça a solução
da maioria dos problemas enfrentados pelos arquitetos e engenheiros
em seu trabalho de projetar, construir, fiscalizar e manter as obras
civis. Contudo, não dispensa o especialista em patologia que é quem
formula o diagnóstico correto do problema chave do sucesso da
correção — nem prescinde do controle da qualidade da execução

Manual para Reparo, Retorço e Proteçáa de Estruturas de Concreto


propriamente dita, que deve ser efetuado por equipes
multidisciplinares de laboratórios de ensaios e controle.

No Capítulo 1 são apresentados os conceitos básicos de


patologia e terapia das construções de concreto.

No Capítulo 2 apresenta-se uma descrição geral da natureza dos

15
principais materiais utilizados em reparos, reforços e proteção de
estruturas de concreto. Ao final do Capítulo resume-se no Quadro 2.1
os principais produtos descrevendo-se as suas características
principais e usos recomendados com o objetivo de auxiliar os
profissionais na escolha do produto ou sistema mais adequado a uma
determinada situação. Cabe sempre lembrar que para um mesmo
problema patológico pode haver mais de uma solução.

O Capítulo 3 foi organizado de forma a ajudar na elaboração do


diagnóstico das manifestações patológicas, apresentando também as
alternativas mais adequadas para a correção dos problemas, Por se
tratar de uma orientação geral, evidentemente não foi possível
analisar aspectos particulares de um determinado problema ou obra,
que devem ser tratados em sua especificidade.
Os procedimentos para o preparo e limpeza do substrato são
apresentados no Capítulo 4. Considerou-se conveniente destacar a
importância desses procedimentos, não só porque influem no sucesso de
uma correção, mas também porque, muitas vezes, não são do
conhecimento dos profissionais. Nesse Capítulo são descritos os
procedimentos para a remoção de graxas, descontaminação do substrato,
limpeza de chapas metálicas ou queima controlada da superfície.

No Capítulo 5 são apresentados os procedimentos usuais


para reparo e reforço de estruturas de concreto armado e protendido.
Por razões didáticas, as correções foram apresentadas considerando-
se apenas um problema patológico, Na prática, a recuperação de uma
estrutura deteriorada pode envolver um número elevado de
problemas e alternativas de soluções e portanto para encontrar a
solução adequada, será necessário consultar vários itens,
conciliando, de forma planejada, cada um dos Procedimentos
indicados.

Finalmente, no Capítulo 6 são descritos os principais


mecanismos de degradação das superfícies de concreto, a natureza e
características dos principais produtos que vêm sendo utilizados para
a proteção destas superfícies, bem como as técnicas de aplicação e
parâmetros para a manutenção preventiva e corretiva das fachadas e
superfícies expostas de concreto.

Introduçáo
Foto I
Ruptura de pilar no
subsolo de um edifício.
Observa-se a
flambagem da
armadura principal do
pilar. Causa: Concreto
de resistência
inadequada ( MPaem
compressão axial )

Foto 2
Corrosão
de armaduras por
cloretos em estrutura
de concreto em zona
marítima.
Foto 3
Má performance de
um reparo
Manual para Reparo, Retorço e Proteçáa de Estruturas de Concreto
executado de forma
inadequada, na
face inferior de uma
laje, agravando
ainda mais o
problema inicial.

Foto 4
Danos causados pelo
incêndio de uma
estrutura.
Introdução

Manual para Reparo, Retorço e Proteçáa de Estruturas de Concreto


Patologia pode ser entendida como a parte da Engenharia que
estuda os sintomas, os mecanismos, as causas e as origens dos
defeitos das construções civis, ou seja, é o estudo das partes que
compõem o diagnóstico do problema.

A terapia cabe estudar a correção e a solução desses


problemas patológicos. Para obter êxito nas medidas terapêuticas, é
necessário que o estudo precedente, o diagnóstico da questão, tenha
sido bem conduzido.

Patologia
O diagnóstico adequado e completo é aquele que esclarece
todos os aspectos do problema, a saber:

Sintomas
Os problemas patológicos, salvo raras exceções, apresentam
manifestação externa característica, a partir da qual se pode deduzir
qual a natureza, a origem e os mecanismos dos fenômenos
envolvidos, assim como pode-se estimar suas prováveis
conseqüências. Esses sintomas, também denominados de lesões,
danos, defeitos ou manifestações patológicas, podem ser descritos e
classificados, orientando um primeiro diagnóstico, a partir de
minuciosas e experientes observações visuais. O Capítulo 3 deste
manual, que apresenta um guia para diagnóstico e correção dos
problemas, indica a correspondente manifestação típica. Os sintomas
mais comuns, de maior incidência nas estruturas de concreto, são as
fissuras, as eflorescências, as flechas excessivas, as manchas no
concreto aparente, a corrosão de armaduras e os ninhos de
concretagem (segregação dos materiais constituintes do concreto).
Conforme apresentado na Fig. 1.1, certas manifestações têm elevada
incidência como as manchas superficiais — embora, do ponto de vista
das conseqüências quanto ao comprometimento estrutural e quanto
ao custo da correção do problema? uma fissura de flexão ou a
corrosão das armaduras sejam mais significativas e graves.
Manchas superficiais Corrosão de armadura

Fissuras ativasDistribuição e passivasrelativa


21 %da incidência de manifestações patológicas em estruturas de concreto

Manual para Reparo, Reforço e Proteçào de Estruturas de Concreto 19


Ninhos
Degradação química aparente.
10 %

Mecanismo
Todo problema patológico, chamado em linguagem jurídica de
vício oculto ou vício de construção, ocorre a partir de um processo, de
um mecanismo. Por exemplo: a corrosão de armaduras no concreto
armado é um fenômeno de natureza eletroquímica, que pode ser
acelerado pela presença de agentes agressivos externos, do
ambiente, ou internos, incorporados ao concreto. Para que a corrosão
se manifeste é necessário que haja oxigênio (ar), umidade (água) e o
estabelecimento de uma célula de corrosão eletroquímica
(heterogeneidade da estrutura), que só ocorre após a despassivação
da armadura (vide Fig. 1.2).

02 cr
SUPERFÍCIE DO CONCRETO

armadura despassivada soa


Fig. 1 .2
Célula de corrosão eletroquímica em concreto armado
(Helene, 1986)-

Conhecer o mecanismo do problema é fundamental para uma


terapêutica adequada. E imprescindível, por exemplo, saber que
devem ser limitadas as sobrecargas ou reforçadas as vigas quando
as fissuras são consequência de momento fletor. Neste caso, não

Patologia e Terapia das Construções


basta a injeção das fissuras, pois estas poderiam reaparecer em
posições muito próximas das iniciais,

Origem
O processo de construção e uso pode ser dividido em cinco
grandes etapas: planejamento, projeto, fabricação de materiais e
componentes fora do canteiro, execução propriamente dita e uso, esta
última etapa mais longa, que envolve a oneração e manutenção das
obras civis (vide Fig- 1.3)-

20
Se, por um lado, as quatro primeiras etapas envolvem um
período relativamente curto — em geral menos de dois anos — por
outro lado, as construções devem ser utilizadas durante períodos
longos — em geral mais de cinqüenta anos para edificações e mais de
duzentos para barragens e obras de arte.

prod uçáa
(aproximadamente 2 anos)

Uso
(maior ou igual a 50
anos)
Fabricação de materiais e
componentes
industrializadas

Fig. 1 .3
Etapas da produção e uso das obras civis

Os problemas patológicos só se manifestam após o início da


execução propriamente dita, a última etapa da fase de produção.
Normalmente ocorrem com maior incidência na etapa de uso. Certos
problemas, como por exemplo os resultantes de reações álcali-
agregados, só aparecem com intensidade após seis a doze anos. Há
casos de corrosão de armadura em lajes de forro/piso de
Manual para Reparo, Retorço e Proleçào de Estruturas de Concreto 21
apartamentos que se manifestaram intensamente, inclusive com
colapso parcial, depois de treze anos do "Habite-se".

Um diagnóstico adequado do problema deve indicar em que


etapa do processo construtivo teve origem o fenômeno. Por exemplo,
uma fissura de momento fletor em vigas tanto pode ter origem num
projeto inadequado, quanto na qualidade inferior do aço; tanto na má
execução com concreto de resistência inadequada, quanto na má
utilização, com a colocação sobre a viga de cargas superiores às
previstas inicialmente. Para cada origem do problema há uma terapia
mais adequada, embora o fenômeno e os sintomas possam ser os
mesmos.

Cabe ressaltar que a identificação da origem do problema


permite também identificar, para fins judiciais, quem cometeu a falha.
Assim, se o problema teve origem na fase de projeto, o projetista
falhou; quando a origem está na qualidade do material, o fabricante
errou; se na etapa de execução, trata-se de falha na mão-de-obra e a
fiscalização ou a construtora foram omissos; se na etapa de uso, a
falha é da operação e manutenção.

Uma elevada percentagem das manifestações patológicas têm


origem nas etapas de planejamento e projeto, conforme mostra a Fig.
1.4. As falhas de planejamento ou de projeto são, em geral, mais
graves que as falhas de qualidade dos materiais ou de má execução.
E sempre preferível investir mais tempo no detalhamento e estudo da
estrutura que, por falta de previsão, tomar decisões apressadas ou
adaptadas durante a execução-

Uso Planejamento

Execução
28 %

Fig.
Patologia e Terapia das Construções
Origem dos problemas patológicos
Projeto corn relação 40 %
às etapas de produção
Materiais e uso das obras civis. 18 % (GRUNAU,
1981).

Causas
Os agentes causadores dos problemas patológicos podem ser
vários: cargas, variação da umidade, variações térmicas intrínsecas e
extrínsecas ao concreto, agentes biológicos, incompatibilidade de
materiais, agentes atmosféricos e outros.

No caso de uma fissura em viga por ação de momento fletor, o


agente causador é a carga — se não houver carga, não haverá fissura
— qualquer que seja a origem do problema. Já fissuras verticais nas
vigas podem ter como agentes causadores tanto a variação da
umidade retração hidráulica por falta de cura — quanto gradientes
térmicos resultantes do calor de hidratação do cimento ou gradientes
térmicos resultantes de variações diárias e sazonais da temperatura
ambiente. Evidentemente, a cada causa corresponderá uma terapia
mais adequada e mais duradoura.

Conseqüências
Um bom diagnóstico se completa com algumas considerações
sobre as conseqüências do problema no comportamento geral da estrutura,
ou seja, um prognóstico da questão. De forma geral, costuma-se separar as
considerações em

22
Foto 1.1

Corrosão de armaduras e
deterioração do concreto de
cobrimento em prédio
indusfrial.

Manual para Reparo, Retorço e Proleçào de Estruturas de Concreto 23


dois tipos: as que afetam as condições de segurança da estrutura
(associadas ao estado limite último) e as que comprometem as
condições de higiene, estética, etc., ou seja, as denominadas
condições de serviço e funcionamento da construção (associadas aos
estados limites de utilização).

Em geral, os problemas patológicos são evolutivos e tendem a


se agravar com o passar do tempo, além de acarretarem outros
problemas associados ao inicial. Por exemplo: uma fissura de
momento fletor pode dar origem à corrosão de armadura; flechas
excessivas em vigas e lajes podem acarretar fissuras em paredes e
deslocamentos em pisos rígidos apoiados sobre os elementos fletidos,
(vide Fig. 1.5)

Pode-se afirmar que as correções serão mais duráveis, mais


efetivas, mais fáceis de executar e muito mais baratas quanto mais
cedo forem executadas, A demonstração mais expressiva dessa
afirmação é a chamada "lei de Sitter" que mostra os custos crescendo
segundo uma progressão geométrica.

Dividindo as etapas construtivas e de uso em quatro períodos


correspondentes ao projeto, à execução propriamente dita, à
manutenção preventiva efetuada antes dos primeiros três anos e à
manutenção corretiva efetuada após surgimento dos problemas, a
cada uma corresponderá um custo que segue uma progressão
geométrica de razão cinco, conforme indicado na Fig. 1.5.
Custa
Relativa
da
I ntervençâa
25

100

50

25

Periodo de Tempo

Patologia e Terapia das Construções


i

Lei de evolução de custos ( SITTER, 1984)

Uma interpretação adequada de cada um desses períodos


pode ser a seguinte:

Projeto: toda medida tomada a nível de projeto com o objetivo


dc aumentar a proteção e a durabilidade da estrutura? como por
exemplo, aumentar o cobrimento da armadura, reduzir a relação
água/cimento do concreto, especificar tratamentos protetores
superficiais, escolher detalhes construtivos adequados, especificar
cimentos, aditivos e adições com características especiais e outras*
implica num custo que pode ser associado ao número 1 (um).
Execução: toda medida extraprojeto, tomada durante a
execução propriamente dita, incluindo nesse período a obra recém-
construída, implica num custo 5 (cinco) vezes superior ao custo que
teria sido acarretado se esta medida tivesse sido tomada a nível de
projeto, para obter-se o mesmo "grau" de proteção e durabilidade da
estrutura. Um exemplo típico é a decisão em obra de reduzir a relação
água/cimento do concreto para aumentar a sua durabilidade e
proteção à armadura. A mesma medida tomada durante o projeto
permitiria o redimensionamento automático da estrutura considerando
um concreto de

Manual para Reparo, Retorço e Proleçào de Estruturas de Concreto 25


24
resistência à compressão mais elevada, de menor módulo de
deformação, de menor deformação lenta e de maiores resistências à
baixa idade. Essas novas características do concreto acarretariam a
redução das dimensões dos componentes estruturais, economia de
fôrmas, redução de taxa de armadura, redução de volumes e peso
próprio, etc. Essa medida tomada a nível de obra, apesar de eficaz e
oportuna do ponto de vista da durabilidade, não mais pode propiciar
alteração para melhor dos componentes estruturais que já foram
definidos anteriormente no projeto.

Manutenção preventiva: toda medida tomada com


antecedência e previsão, durante o período de uso e manutenção da
estrutura, pode ser associada a um custo 5 (cinco) vezes menor que
aquele necessário à correção dos problemas gerados a partir de uma
não intervenção preventiva tomada com antecedência à manifestação
explícita de patologias. Ao mesmo tempo estará associada a um custo
25 (vinte e cinco) vezes superior àquele que teria acarretado uma
decisão de projeto para obtenção do mesmo "grau" de proteção c
durabilidade da estrutura. Como exemplo pode-se citar a remoção de
fuligem ácida e limpeza das fachadas, estucamento ou reestucamento
das superfícies aparentes pinturas com vernizes e hidrofugantes,
renovação ou construção de rufos, pingadeiras, beirais e outras
medidas de proteção-

Manutenção corretiva: corresponde aos trabalhos de


diagnóstico, prognóstico, reparo e proteção das estruturas que já
apresentam manifestações patológicas, ou seja, correção de
problemas evidentes. A estas atividades pudesse associar um custo
125 (cento e vinte e cinco) vezes superior ao custo das medidas que
poderiam ter sido tomadas a nível de projeto e que implicariam num
mesmo "grau" de proteção e durabilidade que se estime da obra a
partir da correção.

Segundo SI TTER, colaborador do CEB — Comité Euro-


international du Béton formulador dessa lei de custos amplamente
citada em bibliografias específicas da área, adiar uma intervenção
significa aumentar os custos diretos em progressão geométrica de
razão 5 (cinco), o que torna ainda mais atual o conhecido ditado
popular a não deixes para amanhã o que podes fazer hoje", por cinco
vezes menos.

Patologia e Terapia das Construções


Terapia
As medidas terapêuticas de correção dos problemas tanto
podem incluir pequenos reparos localizados, quanto uma recuperação
generalizada da estrutura ou reforços de fundações, pilares, vigas e
lajes. E sempre recomendá-

vel que, após qualquer uma das intervenções citadas, sejam tomadas
medidas de proteção da estrutura, com implantação de um programa
de manutenção periódica. Esse programa de manutenção deve levar
em conta a importância da obra, a vida útil prevista, a agressividade
das condições ambientes de exposição e a natureza dos materiais e
medidas protetoras adotadas.

Procedimento
A escolha dos materiais e da técnica de correção a ser
empregada depende do diagnóstico do problema, das características
da região a ser corrigida e das exigências de funcionamento do
elemento que vai ser objeto da correção. Por exemplo: nos casos de
elementos estruturais que necessitam ser colocados em carga após
algumas horas da execução da correção, pode ser necessário e
conveniente utilizar sistemas de base epóxi ou poliéster. Nos casos de
prazos um pouco mais dilatados (dias), pode ser conveniente utilizar
argamassas e grautes de base mineral e, nas condições normais de
solicitação (após vinte e oito dias) os materiais podem ser argamassas
e concretos adequadamente dosados.

Foto 1 .2

Reforço generalizado
Foto 1 3

Reparo localizado

Manual para Reparo, Retorço e Proleçào de Estruturas de Concreto 27


Fotos 1 .2 e 1 .3

A terapêutica de um problema depende das características das regiões a serem corrigidas.

26
Este Capítulo tem o objetivo de dar uma visão da gama de
materiais e sistemas disponíveis para reparo, reforço e proteção de
estruturas de concreto. Certos materiais são desenvolvidos para uso
conjugado com outros formando um sistema de reparo ou proteção,
como por exemplo certos primers que atuam como ponte de aderência
ou proteção de armaduras e argamassas de rejunte-

O número de materiais disponíveis é muito grande e


permanentemente são desenvolvidos e lançados novos produtos, num
mercado francamente em expansão que, segundo Mailvaganam
(1991), nos últimos 20 anos cresceu, nos Estados Unidos, a uma taxa
30 a 50 % maior que o crescimento na construção civil de novos
empreendimentos; nesse mesmo período,

Apresenta-se neste capítulo uma proposta de classificação e


organização dos produtos destinados à proteção, reparo e reforço de
estruturas de concreto, Não há a pretensão de relacionar os inúmeros
materiais disponíveis no mercado, Cabe registrar também que não há
ainda uma terminologia normalizada ou adotada pelo setor de tal
modo que a identificação imediata da natureza e características
principais de um produto a partir de seu nome comercial nem sempre
é possível.

2.1

Concreto
O concreto de cimento Portland é o material tradicionalmente
usado em reparos e reforços. Na grande maioria das vezes requer um traço
especialmente formulado que altere para melhor algumas de suas
características naturais. Pode ser necessário obter altas resistências
iniciais, ausência de retração de secagem, leves e controladas expansões,
elevada aderência ao substrato, baixa permeabilidade e outras
propriedades normalmente obtidas à custa do emprego de aditivos e
adições tais como plastificantes, redutores de água, impermeabilizantes,
escória de alto forno, cinza volante, microssílica e, via de regra, baixa
relação água/cimento.
Patologia e Terapia das Construções
Essas exigências para a obtenção de elevado desempenho
reduzem na prática a viabilidade de emprego direto de concreto dosado em
canteiro para uso em reparos e reforços, salvo locais onde envolvam
grandes volumes e haja assistência técnica e orientação permanente de
pessoal especializado em tecnologia do concreto.

São disponíveis no mercado microconcretos e argamassas


industrializadas já adequadamente formulados para uso em reparos e
reforços segundo o tipo de problema patológico em questão, segundo as
características da região a ser reparada, vertical ou horizontal, por exemplo,
e resistentes à agressividade do ambiente.

Manual para Reparo, Retorço e Proleçào de Estruturas de Concreto 29


Estão incluídos neste grupo os concretos projetados tanto via
seca quanto via úmida, Normalmente usam agregados graúdos de
dimensão máxima característica igual a 9 mm, o que na realidade os
classificaria como microconcretos ou argamassas projetadas.

Os materiais avançados formulados à base de resinas e


combinações de resinas com outros materiais — fibras, fíleres, etc.
estabeleceram-se como uma resposta técnico-científica moderna às
exigências de desempenho e durabilidade em contínua evolução no
mundo todo, especialmente nas situações em que o concreto precisa
ser modificado ou mesmo é inadequado.

2.2

Aditivos
São produtos especialmente formulados para melhorar
algumas propriedades dos concretos e argamassas, tanto no estado
fresco quanto endurecido. Considera-se como aditivo todo produto
adicionado até o máximo de 5 % em relação à massa de cimento.
Acima dessa porcentagem deve ser considerado como adicão e ter
tratamento distinto.

Os aditivos normalmente são classificados segundo sua ação


principal nos concretos e argamassas, sendo de maior interesse para
reparos, reforços e proteção os aceleradores de pega e
endurecimento, os retardadores, os redutores de água ou plastificantes
e os expansores,

Os aditivos impermeabilizantes também podem ser usados,


porém em geral reduzem muito as resistências mecânicas dos
concretos, sendo mais recomendados para argamassas de proteção
sem função estrutural-

2.3

Materiais Para Reparo, Reforço e Proteçáo


Argamassas poliméricas
São argamassas à base de cimento Portland modificadas com
polímeros, com agregados com graduação adequada — geralmente
com granulometria contínua, atendendo às curvas de Bolomey; ou
granulometria descontínua, no caso de alta resistência à abrasão
formuladas especialmente com aditivos e adições que lhes conferem
propriedades especiais. São também chamadas de argamassas base
mineral e o processo de endurecimento está baseado na rcação dos
grãos de cimento com a água de amassamento.

28
Em geral têm retração compensada e são tixotrópicas para
uso em superfícies verticais e inclinadas.

Podem ser formuladas com resinas acrílicas do tipo


metilmetacrilato ou estireno-butadieno ou então com resinas à base de
PVA. Neste último caso têm aplicações restritas, baixa resistência à
umidade e à ação agressiva do ambiente. Algumas vezes estas
argamassas poliméricas de base cimento também são chamadas de
argamassas com látex, devido à similaridade de algumas das
propriedades dessas resinas com as propriedades do material natural
látex utilizado para a fabricação de borrachas.

2-4

Grautes de base cimento


O graute é um material fluido e autoadensável no estado
recém-misturado, formulado para preencher cavidades e
subsequentemente tornar-se aderente, resistente e sem retração no
estado endurecido.

Um graute de base cimento é constituído por cimento Portland


comum (classe 32 ou 40), composto (classe 32 ou 40) ou de alta
resistência inicial (CP V-ARI), agregados de granulometria adequada,
aditivos expansores e aditivos superplastificantes,
Manual para Reparo, Retorço e Proleçào de Estruturas de Concreto 31
Por suas características de fluidez, boa aderência, baixa
retração e alta impermeabilidade, este tipo de graute é conveniente
para reparos em locais de acesso difícil ou em casos de seções
densamente armadas.

2.5

Argamassas e grautes orgânicos


São argamassas e grautes formulados com resinas orgânicas
cuja aglomeração e resistência do conjunto é dada pelas reações de
polimerização e endurecimento dos componentes das resinas, em
ausência de água. O cimento Portland pode entrar na composição do
produto como um agregado fino também chamado dc fíler,
completando a distribuição granulométrica e preenchendo os vazios da
areia, porém atua apenas como inerte-

Normalmente resultam argamassas e grautes com


características de elevada resistência mecânica e química, apropriadas
para ambientes altamente agressivos ou aqueles onde são exigidos
alto desempenho dos reparos, reforços e

proteçOes. Em geral estão formulados para uso em pequenos volumes


e espessuras, pois têm elevada aderência ao substrato e baixo módulo
de deformação longitudinal, assim como deformação lenta superior à
dos concretos e argamassas de cimento Portland- São também
chamadas de argamassas ou revestimentos anticorrosivos.

Os grautes de base orgânica podem ser formulados com


resina praticamente pura quando se destinam ao preenchimento de
fissuras, sendo chamados também de grautes para injeção de fissuras,
tendo assim baixa viscosidade,

A resistência química desses produtos pode ser avaliada


através do método adotado pela "American Society for Testing and
Materials-ASTM C 267. Standard Test Method for Chemical Resistance
of Mortars, Grouts, and Monolithic Surfacings".
Materiais Para Reparo, Reforço e Proteçáo
Argamassas base epóxi
Os tipos mais comuns de argamassas e grautes para essa
finalidade são as de base epóxi, geralmente fornecidas em dois ou três
componentes; a resina (epóxi), o endurecedor (amina e/ou poliamidas)
e agregados selecionados.

Recomenda-se que atendam às seguintes normas americanas:


"ASTM C 395. Standard Specification for Chemical-Resistant Resin
Mortars", "ASTM C 399. Standard Practice for Use of Chemical-
Resistant Resin Mortars" e "ASTM C 658, Standard Specification for
Resin Chemical-Resistant Grouts", e à norma britânica: "BSI CP 3003:
Part 5: 1966. Epoxide resins".
Estas argamassas possuem excelente resistência a ácidos não
oxidantes c álcalis e também boa resistência a alguns solventes orgânicos.
São atacadas por ácidos oxidantes e alvejantes. A resistência térmica não
supera os 70 o c.

Toleram pH na faixa de 2,0 a 14,0. O epóxi apresenta ótimas


propriedades fisicas e mecânicas, além de muito boa aderência a vários
tipos de superfícies.

Argamassas base fenólica


As argamassas de base fenólica constituem-se de
aglomerantes de resina fenolformaldeído com fíleres (sílica, carbono,
coque pulverizado ou barita) contendo um catalisador ácido.

Têm boa resistência à maioria dos ácidos minerais e soluções


de sais inorgânicos e a soluções levemente oxidantes, mas são
rapidamente atacadas por agentes oxidantes fortes como os ácidos
nítrico, crômico e sulfúrico concentrado. São satisfatórias em soluções
levemente alcalinas e em muitos solventes, porém têm pouca
resistência a álcalis fortes.

A resistência térmica vai até 175 o c e toleram pH de 0,7 a 9,0.


O tempo de vida (shelf life) deste tipo de argamassa é curto e elas
precisam ser mantidas refrigeradas até o instante de uso-
Manual para Reparo, Retorço e Proleçào de Estruturas de Concreto 33
Argamassas base poliéster e base estervinílica
As argamassas de base poliéster e de base estervinílica são
produtos tricomponentes constituídos por resina em solução,
catalisador e fíleres inertes com modificadores de formulação.

Estes tipos de argamassas têm excelente resistência química


e mecânica e têm ótima resistência à maioria dos ácidos, Não resistem
a produtos cáusticos e alvejantes. Toleram pH na faixa de 0,9 a 14,0.
As argamassas de base estervinílica têm maior resistência química e
térmica (até 115 0 C) que as de base epóxi.

Argamassas base furânica


As argamassas de base furânica são sistemas constituídos por
resina líquida, catalisador e fíler (sílica, carbono, barita ou coque
pulverizado).

Estas argamassas são resistentes a ácidos não oxidantes,


álcalis, muitos solventes, sais, gases, óleos, graxas e detergentes.
Podem ser usadas em temperaturas até 200 o c e numa faixa de pH de
1,0 a 13,0- O calor acelera a cura do endurecedor e o frio a retarda.

Para análise e especificação das propriedades das


argamassas de base orgânica em geral, podem ser utilizadas as
mesmas normas ASTM e BSI já citadas para 0 epóxi: ASTM C 267,
ASTM C 395, ASTM C 399, ASTM C 658 e BSI CP 3005: Part 5.

Materiais Para Reparo, Reforço e Proteçáo


2.6

Revestimentos monolíticos
Os revestimentos monolíticos, também chamados de laminados,
são constituídos de um reforço na forma de manta, tecido, flocos ou
fibras, geralmente de vidro, poliéster ou náilon, dispostos em uma ou
mais camadas embebidas por resinas base estervinílica, epóxi, poliéster,
furânica ou fenólica.

As resinas representam a barreira química do revestimento. Os


reforços, por ficarem com a resina auxiliam a formação de
uma barreira química mais rica e possibilitam a aplicação de camadas
mais espessas de revestimento. Além disso, os reforços auxiliam na
redução do coeficiente de dilatação térmica do laminado e na redução da
retração durante a cura, porém reduzem a flexibilidade do sistema. As
cargas minerais possuem papel importante na redução do coeficiente de
dilatação térmica, na redução da retração durante a cura, na adequação
da consistência, além de possibilitar o aumento e o controle da
espessura do laminado, reduzindo o seu custo final.

Trata-se de material de grande potencial no setor de indústrias


de celulose e papel, por exemplo, cujo emprego vem aumentando e
diversificando-se à medida que se ampliam os conhecimentos, a
experiência e a gama de produtos oferecidos no mercado. Têm também
a vantagem de fácil manutenção e identificação e localização de
eventuais problemas patológicos.

Como especificação padrão recomenda-se a consulta à "ASTM


C 722. Standard Specification for Chemical-Resistant Resin Monolithic
Surfacings", tipo A e tipo B, Para o correto emprego usar a "ASTM C
811. Standard Practice for Surfacing Preparation of Concrete for
Application of Chemical-Resistant Resin Monolithic Surfacings". Também
é recomendada a consulta às normas britânicas, BSI 3534: Epoxide resin
systems for glass fibre reinforced plastics. Part 1: 1962: Wet lay-up
systems, Part 2 - Pre-impregnating systems BSI 4045: 1966. Epoxide
resin pre-impregnated glass fibre fabrics.

Manual para Reparo, Retorço e Proleçào de Estruturas de Concreto 35


2.7

Silicatação
Por silicataçño da superfície do concreto entende-se uma série de
procedimentos similares que visam tamponar os poros superficiais e
endurecer as superfícies de concreto ou argamassa de piso e contrapiso,
impermeabilizando-os. Podem também ser aplicados em superficies verticais,
impermeabilizando-as e protegendo-as. Os seguintes produtos podem ser
usados para a silicatação do concreto:

Metassilicato de sódio ou de potássio


E um tratamento que consiste em espalhar uma solução de
metassilicato de sódio e potássio diluídos sobre a superfície do concreto.
Estes reagem com a cal, formando um gel de ácido silícico que contém
grande quantidade de água. Este ácido obstrui os poros e, depois de
seco, forma uma capa "esmaltada" de 1 a 2 mm de espessura.
Geralmente é encontrado na concentração comercial de 40 % e deve ser
diluído na relação de 1 parte de silicato para 4 partes de água. Emprega-
se de duas a quatro demãos, sempre aguardando a secagem leve da
demão anterior, O espalhamento geralmente é feito com escovas, rodos
e vassouras.

Tetrafluoreto de silício
E um tratamento onde a superfície do concreto é submetida à
ação do tetrafluoreto de silício que, em reação com os silicatos e
aluminatos hidratados, dá origem ao fluoreto de cálcio e aos hidratos de
silício e alumina. Os hidratos obstruem os poros, enquanto que o fluoreto
de cálcio, além de colaborar nessa obstrução, possui boa resistência
química, formando uma camada superficial impermeável e protetora.

Fluorsilicato de magnésio ou de zinco


Conhecidos também como endurecedores superficiais de piso.

São recomendáveis três demãos. A primeira na base de 1 kg de


cristais de fluorsilicato para 8 litros de água. A segunda e terceira
demãos devem ter dosagem de 1 kg de cristais de fluorsilicato para cada
4 litros de água potável. As demãos devem ser aplicadas com o auxílio

36 Materiais Para Renaro, Reforco e Protecáo


de trinchas em superfícies verticais e rodos e vassouras em superfícies
horizontais, Recomenda-se aguardar cerca de três horas ou mais entre
demãos para assegurar que haja adequada absorção, reação e secagem
da demão anterior.

Estes tratamentos devem ser usados com cautela porque podem


reduzir ou impedir a aderência de tintas e revestimentos posteriores,
assim como não protegem a estrutura contra ataques químicos intensos.

2.8

Óleos
Óleo de soja, óleo de peroba e certos ácidos como o linóico e
oléico que têm consistência oleosa, podem ser usados para
impermeabilização e proteção da superfície do concreto- Em geral
escurecem a superfície do concreto. O concreto deve ter idade superior a
14 dias e recomenda-se neutralizar previamente a sua superfície antes
da aplicação, através do uso de solução composta de 2,4 kg de cloreto
de zinco com 3,8 kg de ácido fosfórico em 100 litros de água potável.
Aguardar secagem por 48h antes da aplicação dos óleos. Os óleos
podem ser diluídos em querosene, recomendando-se pelo menos duas
demãos espaçadas de mais de 24h.

Como esta solução de neutralização é ácida, não é


recomendável em estruturas de concreto protendido nem em casos de
pequeno cobrimento da armadura. Assim como a silicatação, os óleos
devem ser usados com cautela porque impedem a aderência de novos
revestimentos e não protegem a estrutura contra ataques químicos
intensos,

2.9

Vernizes e hidrofugantes de superfície


Denominam-se vernizes e hidrofugantes as pinturas aplicadas à
superfície da estrutura de concreto, destinadas a protegê-la e
impermeabilizá-la, sem contudo alterar substancialmente seu aspecto.

Manual para Reparo, Retorço e Proleçào de Estruturas de Concreto 37


Normalmente têm maior aplicação nas estruturas e alvenarias
aparentes, sem revestimento, e localizadas em superfícies verticais e
horizontais internas, tais como tetos e coberturas. Não são
recomendáveis para locais com solicitacão mecânica e física forte, nem
para locais submetidos à pressão de água, tais como reservatórios,
canaletas e bacias de contenção.

Têm excelente aplicação em fachadas, estruturas externas ou


internas em edifícios comerciais, escritórios, galpões e depósitos.

Podem formar um filme superficial contínuo tais como os


vernizes poliuretanos alifáticos e os vernizes epóxi, ambos
bicomponentes, e os vernizes de base acrflica (metilmetacrilato ou
estireno-butadieno), monocomponentes. Não devem ser utilizados
vernizes tipo látex PVA base água, pois têm baixíssima durabilidade,
reduzida aderência e se degradam rapidamente, amarelecendo e
destacando, quando em presença de agentes atmosféricos agressivos
(industriais).

Em certas condições pode ser mais conveniente utilizar


hidrofugantes de superfície que são capazes de penetrar alguns
milímetros no concreto e por um mecanismo de repelência eletrostática
(são produtos hidrófobos) impedem a penetração das moléculas de água
e das substâncias agressivas que eventualmente estejam dissolvidas
nessa água, como por exemplo a água de chuva em atmosferas
industriais .

Os hidrofugantes são todos de base silicone e podem ser dos


seguintes tipos: resina de silicone, silanos ou siloxanos oligoméricos.
Todos são monocomponentes dispersos em solvente. Não se
recomenda o uso de siliconatos de base água, pois têm baixíssima
durabilidade e conferem pouca ou nenhuma proteção às armaduras das
estruturas submetidas a ambientes agressivos.

Estes produtos têm a vantagem sobre os produtos formadores


de filme de permitir a livre circulação do vapor de água e com isso
reduzir, na maioria dos casos, os riscos de condensação e formação de
bolhas e bolor na superfície ou interior do componente estrutural, sob a
película de verniz. Evidentemente têm a desvantagem de não serem tão
eficazes como barreira contínua aos agentes agressivos, quando
comparados aos vernizes formadores de película. Existe no mercado
sistemas de proteção que combinam os dois produtos; base silano/

38 Materiais Para Renaro, Reforco e Protecáo


siloxano como primer e metilmetacrilato como verniz de acabamento e
proteção, conciliando as vantagens de ambos.

2.10

Tintas orgânicas
Tintas são dispersões de pigmentos em aglutinantes que,
quando aplicadas em finas camadas sobre uma superfície, sofrem um
processo de secagem ou cura e endurecimento formando um filme
sólido, aderente ao substrato e impermeável. O processo de aplicação é
chamado "pintar" uma superfície, de tal forma que estes produtos são
também conhecidos por pinturas.

São constituídas basicamente de resina, solvente, pigmento e


aditivoA resina é o componente mais importante da tinta, pois é ela que
confere as propriedades de resistência, aderência, flexibilidade,
impermeabilidade e brilho ao sistema.

Os pigmentos passam a ter papel importante nas tintas ou


imprimações quando se deseja uma proteção anticorrosiva, quer seja por
barreira, quer por inibição química ou por proteção catódica.

As tintas orgânicas são também chamadas de revestimentos


anticorrosivos ou pinturas de proteção de superfície, devido à elevada
proteção química que conferem à estrutura. As tintas podem ser de
diferentes naturezas, a saber:

Borracha clorada
Geralmente deve constituir uma camada espessa de proteção
para ser efetiva. Na película seca deve ter espessura superior a 0,25
mm, algumas vezes até 3 mm. Normalmente deve ser aplicada sobre
superfície de concreto seca e com idade superior a dois meses, E muito
sensível à ação do solvente e deve-se observar uma defasagem de pelo
menos 24 h entre demãos. Um mínimo de duas demãos é necessário.
Graxas e óleos de origem animal e solventes podem destruir a proteção
desse revestimento, devendo ser evitado o seu emprego sempre que
esse risco estiver presente.

Manual para Reparo, Retorço e Proleçào de Estruturas de Concreto 39


Vinílicos
Os cloretos de polivinila, o acetato cloreto de polivinila e os
cloretos de poliviniladene, são utilizados no combate à corrosão das
estruturas metálicas. Devido à elevada viscosidade dessas resinas,
somente soluções com baixo teor de sólidos e pigmentos são
encontradas. Recomenda-se um mínimo de três demãos, espaçadas de
três horas pelo menos uma da outra. Não têm boa aderência ao
concreto. As tintas base água tipo látex, como o acetato de polivinila-
PVA, são usadas unicamente para fins decorativos, Não servem para
proteção de estruturas em ambientes agressivos,

Uretanas
Existem diferentes tintas de base uretana. As monocomponentes
que endurecem por secagem ou oxidação não são recomendáveis para
uso em superfícies de concreto, como revestimentos protetores. As mais
adequadas para concreto são os sistemas bicomponentes de poliuretano
alifático cujo catalisador é o Poliol. São também as de maior resistência
química, porém exigem conhecimentos e competência na aplicação
porque são muito sensíveis ao mal preparo e deficiente limpeza do
substrato. Têm o Inconveniente de não tamponar poros de diâmetro
superior a 1 mm, o que obriga a um pré-estucamento da superfície, na
maioria dos casos.

Epóxi
São sempre bicomponentes- Os mais adequados a concreto em
ambientes agressivos úmidos são os sistemas que empregam
poliamidas como catalisadores da reação de polimerização. Não são
recomendáveis para serviços submersos pois podem se destacar do
substrato. Também não devem ficar sujeitos à ação da atmosfera pois se
degradam sob a ação de ozona e raios ultravioleta. São os que têm
melhor aderência ao concreto. Têm o inconveniente de não tamponar
poros de diâmetro superior a 1 mm, O que obriga a um pré-estucamento
da superfície, na maioria dos casos.

Acrílicas
São monocomponentes, base água ou base solvente.

40 Materiais Para Renaro, Reforco e Protecáo


Apresentam resistência à fotodegradação e retêm o brilho.
Geralmente, as tintas dispersas em solvente exibem melhor desempenho
que as dispersas em água.

Tintas acrílicas são usadas tanto na pintura de interiores quanto


de exteriores.

2.1 1

Tintas betuminosas e de alcatrão


de hulha base epóxi
As tintas betuminosas de alcatrão de hulha base epóxi "coal-tar
epoxy" , normalmente são aplicadas em duas ou mais demãos. A
primeira, mais diluída, deve atuar como primer assegurando a boa
aderência ao substrato. As demais devem sempre ser aplicadas em
direção ortogonal à anterior e somente quando a anterior se apresentar
seca.

Emulsões não devem ser usadas, pois são permeáveis e pouco protetoras.

As pinturas com alcatrão de hulha base epóxi são classificadas


em três tipos segundo o teor de epóxi, a saber: teores elevados para
obter espessura de película seca 0,38 mm, teores médios para obter
espessura de película seca de 0,40 mm a menos de 1 mm e de baixos
teores de resina para espessuras de película seca, iguais ou superiores
a 1 mm.

212

Selantes
São materiais utilizados na juntas de movimentação das
estruturas de concreto, com o objetivo de impedir a passagem de
líquidos, gases, vapor ou partículas sólidas para o interior da estrutura.

No momento em que são solicitados e se deformam, devem


possuir características elásticas e de recuperação compatíveis com os

Manual para Reparo, Retorço e Proleçào de Estruturas de Concreto 41


esforços e deformações sofridos. Podem ser formulados a partir das
mesmas resinas básicas usadas em tintas e citadas na seção 2.10 deste
manual.

A natureza química dos selantes, proveniente da resina básica


de formação, é responsável pela resistência ao intemperismo e aos
agentes agressivos, aderência ao substrato, deformabilidade e
recuperação elástica.

Problemas frequentes são observados com o uso destes


materiais devido à não obediência ao projeto e à não observação de
alguns cuidados básicos tais como: preparo e reforço da superfície
lateral da junta, aplicação de primer, geralmente de base epóxi, nessa
superfície do concreto e colocação de um agente que impeça a
aderência do selante ao fundo da junta.

2.13
Adesivos e primers
São materiais usados como ponte de aderência entre dois
outros, sendo em geral um deles a superfície do concreto velho, também
chamada de substrato. Promovem melhoria substancial de aderência
entre os diversos materiais tais como concreto velho/concreto novo,
aço/concreto novo, concreto velho/argamassa base poliéster, etc. Os
primers, além de atuarem como ponte dc aderência, podem atuar como
protetores do substrato, ou seja, parte de um sistema de proteção de
armaduras contra corrosão, por exemplo.

Os adesivos e primers mais empregados são de base epóxi e os


chamados látex, ou seja, base acrílica ou base acetato de polivinila ou
base estirenobutadieno. Os de base polivinila (PVA) em geral são re-
emulsionáveis o que os torna desaconselháveis para uso em locais
úmidos ou reparos e reforços de importância. Os de base epóxi têm
desempenho estrutural superior aos demais, porém têm o inconveniente
de exigirem substrato seco: o que nem sempre é viável em obras.

2-14

Produtos para ancoragem e

42 Materiais Para Renaro, Reforco e Protecáo


emendas de barras de aço
Os produtos para ancoragem são em geral de base polimérica,
predominantemente poliéster bicomponente, ou de base cimento, ambos
de pega rápida e ligeiramente expansivos. São disponíveis para mistura
"in loco", no canteiro, ou na forma de cartuchos prontos-

Para emendas de barras de aço há uma emenda padrão que


consiste de uma luva de aço, seção de um tubo, na qual são introduzidas
— posicionadas topo a topo as duas barras a emendar. Através de
prensagem hidráulica, a luva deforma-se contra as barras, ancorando-se
em suas nervuras (mossas). Este processo permite emendar barras tipo
CASO nervuradas, com bitolas de 12,5 até 40,0 mm e utilizar a
capacidade total de resistência mecânica das barras emendadas.
Existem ainda tipos especiais de emenda mecânica que
consistem de duas luvas padrão rosqueadas internamente e um pino de
ligação rosqueado externamente. A extremidade não rosqueada da luva
é prensada à barra de aço. A outra extremidade poderá, então, ser
posicionada de modo a facear a superfície de concreto. Quando da
ampliação, o pino e a segunda luva são conectados à primeira e efetua-
se a prensagem da luva à nova barra de aço.

As emendas mecânicas tipo CCL, efetuadas por processo de


prensagem* satisfazem o disposto nas normas N BR 6118/78 Projeto e
Execução de Obras de Concreto Armado e NBR 7480/85 Barras e Fios de
Aço Destinados a Armaduras para Concreto Armado.

2.15

Concretos e argamassas de
pega/endurecimento rápido
Inúmeras vezes é necessário proceder-se a reparos rápidos que
permitam a retomada da produção em indústrias ou a liberação do tráfego,
por exemplo. Os produtos podem ser argamassas formuladas com cimentos
aluminosos que apresentam pega rápida e resistências elevadas às primeiras
idades. Têm o inconveniente de com o tempo perderem parte da resistência
obtida inicialmente devido às transformações morfológicas dos cristais de
aluminatos.

Manual para Reparo, Retorço e Proleçào de Estruturas de Concreto 43


Produtos podem também ser formulados com base na reação
do magnésio com fosfatos que, assim como o anterior, desenvolvem
rápidas resistências iniciais. Materiais de base sulfato de cálcio são
também empregados para esta finalidade.

Tijolos anticorrosivos
Revestimentos de tijolos anticorrosivos dão proteção otimizada
contra ataque químico severo e são portanto indicados para uso em
indústrias farmacêuticas, petroquímicas, químicas e de papel e celulose,
entre outras. Este tipo de revestimento não forma, porém, uma barreira
estanque por si só contra a penetração de líquidos, para o que é
necessário uma membrana impermeável (camada isolante ou protetora)
e, às vezes, ainda incorporar um refratário anticorrosivo entre o
revestimento e a membrana.

Exemplos de membranas (READ JR. et allii, 1989):

borracha e elastómeros sintéticos correlatos;


pvc; chumbo; várias formulações de resinas sintéticas com
reforço de tecido de vidro (ver item 2.6 Revestimentos
monolíticos); chapas plásticas rígidas ou semi-rígidas;
revestimentos cozidos, inclusive resinas e vidro; uretanas ou
outros elastômeros aplicados por pulverização; asfaltos ou
mastigues betuminosos; amianto não impregnado ou feltro de
fibra cerâmica aplicado com uma solução de silicato.

Um tijolo anticorrosivo distingue-se de um tijolo comum


basicamente porque o anticorrosivo é fabricado a partir de matérias-
primas com teor de fundentes especialmente baixo e, dado seu processo
de fabricação, apresenta baixa porosidade e ausência de absorção. Os
dois tipos podem ser feitos a partir de folhelho argiloso ou argila
refratária.
Em presença de ácido fluorídrico, fluoretos ácidos e soluções
cáusticas fortes e em condições de gradiente térmico pronunciado, são
apropriados os tijolos à base de carbono. Tais tijolos apresentam maior
absorção que os tijolos à base de folhelho argiloso ou argila refratária,
mas são mais resistentes ao choque térmico e têm maior condutibilidade
térmica.

44 Materiais Para Renaro, Reforco e Protecáo


2.17

Argamassas de enxofre
Disponíveis na forma de pó, flocos ou em lingotes. São
compostos fundidos a quente e devem ser levados a uma temperatura
de aproximadamente 120 o c e derramados ainda quentes nas juntas
entre os tijolos anticorrosivos com os quais são usadas.

As argamassas de base química enxofre consistem de enxofre,


sílica inerte, fíleres de carbono e plastificantes. Os plastificantes reduzem
a friabilidade, melhoram as propriedades mecânicas e impedem a
conversão do enxofre a uma forma cristalina inapropriada.
Estas argamassas são particularmente úteis para proteção
contra ácidos oxidantes. Quando contêm carbono, elas são adequadas
para proteção contra combinações de ácidos oxidantes e ácidos
fluorídricos. A resistência térmica das argamassas de enxofre é
relativamente baixa e seu uso é portanto limitado a instalações com
temperaturas de trabalho abaixo de 88 a C. E baixa a resistência química
a soluções alcalinas fortes e certos solventes orgânicos. A faixa
recomendada de pH para uso deste tipo de argamassa é de 1,0 a 14,0.
O tempo de vida (shelflife) é indefinido.

No Quadro 2.1 apresenta-se uma orientação para a escolha


racional dos materiais a serem utilizados na correção de problemas
patológicos.

Manual para Reparo, Retorço e Proleçào de Estruturas de Concreto 45


Quadro 2.1
Materiais e sistemas para reparo,
reforço e proteção de estruturas de
concreto
Principais
Material Produto Aplicação
características
concreto Elevado módulo de Grandes volumes
elasticidade, baixa
aderência, resistência e
durabilidade variáveis

concreto projetado LOKCRETE Homogeneidade da Via seca e via


mistura. baixa reflexão, úmida
boa aderência, elevada
resistência
RENDEROC LA Fluida, auto-adensável, Reparos e reforços
retração compensada, em elementos
boa vada estruturais com
resistência final, baixa espessuras de 25
permeabilidade mm a 300 mm
microconcreto
PATCHROC Retração compensada, Reparos e reforços
baa aderência, elevada em elementos
resistência inicial e final, estruturais com
baixa permeabilidade, espessuras de 10
liberação rápida (2 h), mm a 50 mm

aditivo QUICKSOCRETE Isento de cloreto, redutor de Concreto projetado


reflexão via seca ou úmida
acelerador de SPRAYSET
pega SUPER
CONPLAST NC Aumenta resistências iniciais Necessidade de
aditivo acelerador de desforma rápida ou
endurecimento colocação rápida
em serviço
CONPLAST R Permite maior tempo na Ideal para reparos
aditivo retardador manuseio do concreto e trabalhosos e
argamassas demorados
aditivo plastificante CONPLAST P509 Aumenta a fluidez e Argamassas e
reduz a relaçào concretos em geral
águatcimento para uma
mesma consistência
aditivo CONPLAST Aumento acentuado de fluidez Concreto fluido,
superplastificante SP430 e redução da relação para concretagem
água/cimento em locais com alta
densidade de
armaduras e
lançamentos
difíceis ou

Materiais Para Reparo, Reforço e Proteção


especiais
aditivo expansor CONBEX 100 Preenchimento de
Pode anular os efeitos
deletérios da retraçào
cavidades onde
não pode haver
retração
aditivo VEDAX Reduz a absorção de água por Argamassas de revestiimpermeabilizante
capilaridade mento impermeabilizante

Material Produto Principais Aplicação


características

argamassa RENDEROC FC2 Fácil acabamento Revestimentos e


polimérica superficial, retraçâo acabamentos superficias
compensada, tixotrópica, em espessuras de 0,5
base mrn a 3 mm
cimento boa aderência; elevada
resistência, baixa
permeabilidade
RENDEROC S2 Baixa retração, tixotrópica. Reparos superficiais e
boa aderência, elevada revestimentos de
resistência, baixa componentes estruturais
permeabilidade em espessuras de 5 mm
a 25 mm

RENDEROC HB2 Retraçáo compensada, Reparos superficiais e


tixotrópica: boa aderência, revestimentos de
elevada resistência, baixa componentes estruturais
permeabilidade em espessuras de 10
mm a 50 mm
RENDEROC TG Retração compensada, Reparos localizados e
tixatrópicar boa aderência, revestimentos de
elevada resistêncla, baixa componentes estruturais
permeabilidade com espessura de 10
mm a 50 mm

RENDEROC RG Retraçáo compensada, Reparos e reforços


fluido, auto-adensável, boa estruturais em
argamassa aderência, elevada espessuras de 20 mm
base resistência, baixa a 60 mm
cimento permeabilidade
CONBEXTRA Elevada resistência inicial e Fixação de
GP equipamentos,
graute finalv retraçáo compensada,trilhos, monovias e
preen-
base cimento fluido, auto-adensável chimentos de
cavidades de 20 mm a
60 mm
SHIM SET Retração compensada: consis- Reparos em componentes
tência seca: boa aderência, ele- estruturais pelo
sistema vada resistência, baixa permea- conhecido por
"Dry Pack' bilidade

Manual para Reparo, Reforço e Proteçáo de Estruturas de Concreto


CONBEXTRA P Bombeável, retraçáo compen- Injeçáo de bainhas de
ca-
sada, fluido bos de protensão e
preenchimento de
cavidades de 10 mm a
40 mm

CONBEXTRA LA Expansão controlada, fluido, auto- Fixação de equipamentos,


adensável trilhos, monovias e preenchimentos de grandes
cavidades com espessuras de até 300 mm
epóxi CONBEXTRA EPS Auto-adensável, fluido, excelente aderência Reparos, reforços de
elevadas resistências componentes estruturais
mecânicas e químicas ou chumbamento de

Material Principais
Produto Aplicação
características
graute base FOSGROUT Retração compensada, fluido, Fixação de
cimento auto-adensável equipamentos, trilhos,
monovias e
preenchimentos de
cavidades de 20 mm a
60 mm
CONBEXTRA Elevada coesão, não retrátil, Reparos e reforços
UW bombeável, auto-adensável submersos com
espessuras de
20 mm a 60 mm
argamassa NITOMORTAR S Tixotrópica, elevada Reparo de
base epóxi resistência à compressão, à componentes
abrasão, e à açáo de produtos estruturais, pisos,
químicos, elevada aderência tanques, onde haja
ao concreto
necessidade de
liberação rápida (24h)
ou de elevada
resistência química
argamassa NITOMORTAR PE Elevada resistência inicial, Reparo de componentes
base baixa retração, elevada estruturais, pisos,
poliéster resistência a produtos tanques, rejuntamento de
químicos cerâmica antiácida, onde
haja neces sidade de
liberação rápida (2h) ou
de elevada resistên cia
química em espessuras
de 2 mm a 15 mm e área
menor que 0,25 m?

argamassa NITOMORTAR FIJ Rejuntamento de


Resistente a temperaturas de cerâmicas e lajotas
base trabalho de até 200 O CY baixa antiácidas em
furânica retração, elevada resistência a espessuras de até 15
produ tos químicos mm

argamassa NITOMORTAR EV Rejuntamento de


Resistente a temperaturas de cerâmicas e lajotas
base trabalho de até 1 15 U c, baixa antiácidas em
estervinilica retração, elevada resistência a espessuras de até 15
produtos químicos mm
Materiais Para Reparo, Reforço e Proteção
CONBEXTRA Auto-adensável, elevada fluidez e
Injeção de fissuras de
EPLV abertura de mm a 9
baixa viscosidade
graute base mm
equipamentos sujeitos a elevadas vibrações, em espessuras de 10 mm a 40 Concreto e alvenarias
mm DEKGUARD EP Elevada aderência ao substrato, reduz penetração de revestidos e pintados
cloretos, de água e de CO? tem elevada resistência química. Base epóxi sujeitos a ambiente
disperso em solvente agressivo interno

Principais
Material Produto Aplicação
características
graute base CONBEXTRA Auto-adensável, fluido; Reparos, reforços de
epóxi EPL excelente aderência, componentes estruturais
elevadas resistências ou chumbamento de
mecânicas e químicas equipamentos sujeitos a
elevadas vibrações, em
espessuras de 35 mm a
70 mm

revestimento SOB CONSULTA Resistência química Revestimentos de


monolítico elevada, alta capacidade de tanques e canaletas
absorver movimentaçbes e industriais
deslocamentos es truturais

silicatação NITOPISO Aumento da dureza e redução da Pisos e superfícies de


LITHURIN porosidade superficial do concreto concreto aparente

hidrofugante DEKGUARD Elevada penetração no Concreto aparente em


PRIMER substrato, reduz absorção interiores e exteriores
de água e penetração de
cloretos. Base
silano/siloxano oligomérico

verniz DEKGUARD Elevada aderência ao Concreto aparente em


TRANSPARENTE substrato, reduz penetração interiores e exteriores
de CO?! aceita repintura.
Base metilmetacrilato

hidrofugante + SISTEMA Elevada penetração e Concreto aparente em


verniz DEKGUARD aderência ao substrato, reduz interiores e exteriores
penetração de água, de
cloretos e de CO? aceita
repintura

DEKGUARD S Elevada aderência ao Concreto e alvenarias


substrato, reduz penetração revestidos e pintados
de cloretos, de água e de sujeitos a ambiente
CO? aceita repintura, tem agressivo
elevada resistência química.
Base metilmetacrilato

DEKGUARD EPW Elevada aderência ao Concreto e alvenarias


substrato, reduz penetração revestidos e pintados
de cloretos, de água e de sujeitos a ataque químico,
CO? tem elevada em ambiente interno
resistência química. Base
tintas orgânicas epáxi disperso em água

Manual para Reparo, Reforço e Proteçáo de Estruturas de Concreto


Principais
Material Produto Aplicação
características
tintas orgânicas DEKGUARD PU Elevada aderência ao Concreto e alvenarias
substrato, reduz penetração de revestidos e pintados
cloretos, de água e de CO? sujeitos a ambiente
não aceita repintura, tem interno e externo
elevada resistência química e à
fotodegradação. Base uretana
bicomponente

SISTEMA Elevada aderência ao


Concreto e alvenarias
DEKGUARD revestidos e pintados
substrato, reduz penetração de
sujeitos a ambiente
EPIPU cloretos: de água e de COP
agressivo interno e
não aceita repintura, tem
externo
elevada resistência química e a
fotodegradaçào, sistema duplo

NITOCOTE Elevada aderência ao Concreto e alvenarias


EP410 substrata, e elevada revestidos e pintados
resistência quimica, podendo sujeitos a ambiente
ser aplicada em conjunto com agressivo forte tais como
reforço de manta de lã de vidro tanques e canaletas em
ou poliéster. Base epóxi indústrias químicas

tintas Elevada aderência ac Tanques industriais:


betuminosas substrato, reduz penetração de cais de portos
doretos: de água e de CO,
aceita repintura, boa
resistência quimica

tintas de alcatrão Elevada aderência ao Tanques industriais,


de hulha e epóxi substrato, reduz penetração de cais de portos
cloretos, de água e de CO?
aceita repintura, boa
resistência química

selantes SOB CONSULTA Boa aderência e grande Juntas de dilatação ou


elasticidade mcvimentaçáo

NITOBOND AR Requer substrato úmido, Ponte de aderência


adere ao concreto. Base concreto velho/novo ou
acrílica argamassa em reparos
superficiais

Materiais Para Reparo, Reforço e Proteção


adesivos
NITOBOND SBR Requer substrato úmido, adere Ponte de aderência
ao concreto. Base estireno- concreto velho /
concreto butadieno fresco em reparos super ficiais

primer para NITOPRIMER Zn Requer armaduras secas e limarmadura


pas: adere e protege a armadura, alto teor de zinco

Manual para Reparo, Reforço e Proteçáo de Estruturas de Concreto


Principais
Material Produto Aplicação
características
adesivos NITOBOND HAR Requer substrato úmidot Ponte de aderência
adere ao concreto. Base concreto velho/concreto
estirenobutadieno e acríltco fresco para reparos
estruturais de até 50 mm
de espessura

NITOBOND EP Requer substrato seco, Ponte de aderência


concreto velho/concreto
adere ao concreto e ao aço,
fresco ou concreto/aço ou
baixa viscosidade, aplicado aço/concreto em reparos
a pincel. Base epóxi estruturais

NITOBOND EPD Requer substrato seco, Ponte de aderência


adere ao concreto e ao aço, aço concreto velho,
alta viscosidade. Base epóxi formulado para unir
chapas metálicas ao
concreto como reforço
estrutural

NITOBOND EPPL Requer substrato seco, Ponte de aderência


adere ao concreto e ao aço, concreto i concreto ou
baixa viscosidade, aplicado concreto / aço em reparos
a pincel: pega lenta. Base estruturais trabalhosos e
epóxi demorados

NITOBOND EPMF Requer substrato seco, Ponte de aderênca


adere ao concreto e ao aço: concreto/concreto ou
média viscosidada Base concreto/aço em reparos
epóxi estruturais

NITOPRIMER 25 Requer substrato seco, adere Ponte de aderência


ao concreto e ao aço. Base concreto
epóxi velho/argamassas base
epáxi, poliéster ou
poliuretano

NITOPRIMER S Requer substrato seco, adere ao Ponte de aderência


aço. Base epóxi aço/argamassas
poliméricas de base
epóxi, poliéster ou
cimento

NITOPRIMER EV Requer substrato seco, adere ao Ponte de aderência


concreto, Base estervinilica concreto
velho/argamassas de
base estervinílica

Principais
Material Produto Aplicação
características
ancoragem LOKSET S Fluido, elevada resistência
mecânica e química, rápido
Ancoragem de

Materiais Para Reparo, Reforço e Proteção


barras de espera,
endurecimento. Base poliéster tirantes
chumbadores
LOKSET P Ancoragem de
Tixotrópico, elevada resistência
barras de espera,
mecânica e química: rápido
endurecimento, Base poliéster tirantes
chumbadores
CARTUCHO Elevada resistência mecánica e Ancoragem de barras de
LOKSET química, vários tempos de espera, tirantes e
pega. Base poliéster chumbadores

CARTUCHO Locais úmidos, elevada resistência


Ancoragem de barras de
CONBEXTRA mecánica. Base cimento
espera, tirantes e
churnbadores
argamassa de RENDEROC Alta resistência a baixa idade, li- Tamponamento de vazapega
rápida PLUG beração após alguns minutos. mentas de água por fissuBase cimento ras ou furos

2.18

Manual para Reparo, Reforço e Proteçáo de Estruturas de Concreto


Setores industriais em que os produtos
podem ser aplicados
Edificações em geral, edifícios industriais, estaleiros, fábricas
de papel e celulose, galpões rurais, galvanoplastia, hidrelétricas,
indústria aeronáutica, indústria alimentícia, indústria automobilística e
de autopeças, indústria bélica, indústria cerâmica, indústria de
bebidas, indústria de cimento, indústria de implementos agrícolas,
indústria de laticínios, indústria eletromecânica, indústria farmacêutica,
indústria gráfica, indústrias químicas, indústrias têxteis, metalúrgicas,
mineração, obras de saneamento, obras marítimas, refinarias,
siderúrgicas, cozinhas industriais.
Foto 2.1
Corrosão de armaduras e deterioração do
concreto de cobrimento em pórtico de um "Pipe
Rack"

Foto 2.2
Corrosão
de armaduras da
face inferior de
uma laje em
estação de
tratamento de
água (ataque de
vapores de cloro)
Foto 2.3
Má performance de reparos executados com técnica e materiais inadequados.

Foto 2.4
Deterioração de piso e canaleta de concreto por ataque ácido.

Materiais Para Reparo, Reforço e Proteção


50

Manual para Reparo, Reforço e Proteçáo de Estruturas de Concreto


Guia Para Diagnóstico
e Correção dos
Problen•as
O guia foi organizado a partir do problema patológico, como
corrosão de armadura, ninhos, fissuras e outros. Apresenta-se a
configuração típica da forma de ocorrência do problema considerado.
Evidentemente, trata-se de uma representação esquemática que vusa
auxiliar a consulta e identificação do problema em obra.

Com base nesses dados, relacionam-se os principais e mais


comuns diagnósticos para o problema cm questão. O estabelecimento
do diagnóstico correto pode requerer ensaios em campo e em
laboratório e a colaboração de especialistas.

Para cada diagnóstico são apresentadas as alternativas de


correção mais viáveis. A escolha da alternativa mais adequada dcve ser
efetuada com base nas considerações e informações dos Capítulos 1 e
2.

Foto 3.1

Ensaio para verificação do


potencial de corrosão

Foto 3.2
Ensaio para verificação
da alcalinidade do
concreto com
fenolftaleína

3.1

Manual para Reparo, Reforço e Proteçáo de Estruturas de Concreto 56


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Típica
Corrosão de armaduras
Manifestação Típica (a)

Pilar Laje

Diagnóstico
a
concreto com alta permeabilidade
e/ou elevada porosidade
• cobrimento insuficiente das armaduras
• má execução

Alternativas para Correção


Após analisar adequadamente o componente estrutural e estabelecer o diagnóstico e as
conseqüências do problema p deve-se:
a) remover cuidadosamente o concreto afetado e os produtos de corrosão, limpando
bem as superfícies 4.1 e 4.2
b) reconstituir a seção original da armadura 5.17 e
5.18

c) em casos de início de corrosão sem comprometimento do concreto e das barras de


aço, recuperar o componente estrutural, mantendo as dimensões originais, através de:
• argamassa polimérica base cimento 5.1 e
5,14
• argamassa base epóX15.2 e 5.14
• argamassa base poliéster
5.3 e 5.14
• eventualmente, aplicar argamassa em todas as superfícies para aumentar o

cobrimento e proteger o componente estrutural, atingindo a espessura


mínima de cobrimento especificada na NBR 6118

Manual para Reparo, Reforço e Proteçáo de Estruturas de Concreto 57


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES
d)em casos avançados de corrosão, reforçar o componente estrutural aumentando as
dimensões originais através de reforço em:
• Vigas
5.26 a
5.35 ' pilares5.36 a 5.40 lajes 5.41 a 5.48 e) aplicar revestimento de proteção
capítulo 6

f) eventualmente, demolir e reconstruir

Manifestação (b)
manchas marrom-avermelhadas ou
esverdeadas na superfície do elemento
estrutural

Diagnóstico
agentes agressivos do ambiente
impregnados na estrutura (cloretos)
agentes agressivos incorporados
involuntariamente ao concreto durante seu
amassamento

Alternativas para Correção


Após analisar adequadamente o componente estrutural e estabelecer o diagnóstico e as
conseqiiências do problema, deve-se:
a) remover cuidadosamente o concreto afetado e os produtos de corrosão, limpando bem
as superfícies

58 Guia Para Diagnóstico e Correção dos Problemas


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Típica
b) reconstituir a seção original da armadura 5.17 e
5.18

c) na presença de agentes agressivos, efetuar a correção com primer rico em zinco e


efetuar barreira epóxi entre o concreto contaminado e a argamassa de reparo
5.14 d) aplicar revestimento de proteção
capítulo 6

c) eventualmente, demolir e reconstruir

3.2
Ninhos (segregação)
Manifestação Típica

Diagnóstico
• dosagem inadequada
• dimensão máxima característica do agregado graúdo
inadequada lançamento e adensamento inadequados a taxa
excessiva de armaduras

Manual para Reparo, Reforço e Proteçáo de Estruturas de Concreto 59


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES
Alternativas para Correção
Após analisar adequadamente o componente estrutural, pode ser necessário:
a) remover o concreto segregado até atingir concreto são e limpar bem as superfícies e
4.2

b) cm casos de reparos superficiais:


• argamassa polimérica base cimento 5.1

• argamassa base epóxi5 2

• argamassa base poliéster5 3

c) em casos de reparos profundos:


• argamassa polimérica base cimento5.9

• graute basc
cimento5.10 •
concreto5.11 e concreto pré-acondicionado 5.12
d) aplicar revestimento de proteçào capítulo 6

3.3

Incêndio
Manifestação

Vigas fletidas e com armadura


exposta
Lajes com flechas excessivas Pilares cisalhados e e armadura exposta com armadura
exoosla Paredes fissuradas

60 Guia Para Diagnóstico e Correção dos Problemas


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Típica
Diagnóstico
• dilatação térmica excessiva do componente estrutural
• cobrimento insuficiente (vide NBR 6118)

Alternativas para Correção


Após analisar rapidamente a estrutura, pode ser conveniente:
a) efetuar reforços de emergência:
e vigas e lajes 5.24
• pilares e paredes 5.25
b) recuperar monolitismo:
• injetar resina epóxi5.19 e 5.20

c) demolir lajes e reconstruir empregando adesivo epóxi nas juntas de concretagem


5.11

d) reparar ou reforçar vigas e pilares 5.1 a


5.40

e) no caso de reforços com chapa metálica, efetuar proteção térmica com argamassa de
vermiculita expandida, gesso, isopor ou outro procedimento adequado

Manual para Reparo, Reforço e Proteçáo de Estruturas de Concreto 61


VIGAS
3.4
Fissuras de
Típica
flexão
Manifestação

Diagnóstico
• sobrecargas não previstas
armadura insuficiente
• ancoragem insuficiente
• armadura mal posicionada no
projeto ou na execução

Alternativas para Correção


Após analisar adequadamente o componente estrutural, pode ser necessário:
a) preparar e limpar criteriosamente a fissura 4.1
e 4.2

b) recuperar o monolitismo através de:


• injeção de resina epóxi com ou sem limitação de sobrecargas, conforme
análise estrutural da peça
5.19 e 5.20

c) reforçar a viga através de•

62 Guia Para Diagnóstico e Correção dos Problemas


VIGAS
3-5
Fissuras de
Típica
• colocação de nova armadura longitudinal e reconcretagem
5.26 a 5.28
• colocação de novos estribos e reconcretagem 5.21 e
5.26 a 5.28
• colocação de chapas metálicas aderidas com epóxi
5.29
c) eventualmente, demolir e reconstruir

cisalhamento
Manifestação

Diagnóstico
• sobrecargas não previstas
• estribos insuficientes
• estribos mal posicionados no projeto ou na execução
• concreto de resistência inadequada

Alternativas para Correção


Após analisar adequadamente o componente estrutural, pode ser necessário:

Manual para Reparo, Reforço e Proteçáo de Estruturas de Concreto 63


VIGAS
3.6
Fissuras de
a) preparar e limpar criteriosamente a fissura 4. I e
4.2

b) recuperar o monolitismo através de:


a
injeção de resina epóxi com ou sem limitação de sobrecargas, conforme análise
estrutural da peça 5.19e
5.20

c) reforçar a viga através de:


colocação de nova armadura longitudinal e
reconcretagem 5.26 a 5.28 • colocação de novos estribos e reconcretagem
5.21 e 5.26 a 5.28
• colocação de chapas metálicas aderidas com epóxi
5.29
c) eventualmente, demolir e reconstruir

flexão na parte superior


(marquises, balcões)
Manifestação Típica

Diagnóstico
• ancoragem insuficiente
• armadura mal posicionada no projeto ou na execução

64 Guia Para Diagnóstico e Correção dos Problemas


VIGAS

Fissuras de
Típica
• sobrecargas não previstas
• armadura insuficiente

Alternativas para Correção


Após analisar adequadamente o componente estrutural, pode ser necessário:
a) preparar e limpar criteriosamente a fissura 4.1 e
4.2

b)recuperar o monolitismo através de;


• injeção de resina epóxi com ou sem limitação de sobrecargas, conforme análise
estrutural da peça 5,19 e 5.20

c) reforçar a viga através de:


colocação de nova armadura longitudinal e reconcretagem 5.26
5.28 • colocação de novos estribos e reconcretagem 5.21
e 5.26 a 5.28
• colocação de chapas metálicas aderidas com epóxi
5.29
c) eventualmente, demolir e reconstruir

Manual para Reparo, Reforço e Proteçáo de Estruturas de Concreto 65


VIGAS
3.7
flexão e escorregamento
da armadura
Manifestação Típica

Diagnóstico
sobrecargas não previstas
• má aderência da armadura ao concreto concreto de resistência
inadequada
• ancoragem insuficiente

Alternativas para Correção


Após analisar adequadamente o componente estrutural, pode ser necessárm:
a) remover as partes soltas e limpar criteriosamente as superfícies 4. I
e 4.2
b) reforçar a viga aumentando a sua rigidez através de:
• colocação de nova armadura longitudinal e reconcretagem 5,26 a 5
28

66 Guia Para Diagnóstico e Correção dos Problemas


VIGAS
3.8
Fissuras de
• colocação de novos estribos e reconcretagem 5.21 e
5.26 a 5.28
• colagem de chapas metálicas aderidas com epóxi
5.29

c) eventualmente, demolir e reconstruir

Esmagamento do concreto
Manifestação Típica

Diagnóstico
• concreto de resistência inadequada a sobrecargas não previstas

Alternativas para Correção


Após analisar adequadamente o componente estrutural, pode ser necessário:
a) remover as partes soltas e limpar criteriosamente as superfícies 4.1
4.2

b)reforçar a viga aumentando a sua rigidez através de:


• colocação de nova armadura longitudinal e reconcretagem 5.26 a 5.28
• colocação de novos estribos e reconcretagem 5.21 e 5.26 a 5.28

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 67


VIGAS

• colagem de chapas metálicas aderidas com epóxi


5,29

c) eventualmente, demolir e reconstruir


3-9
torção
Manifestação Típica

Diagnóstico
• sobrecargas não previstas
• armadura insuficiente
• armadura mal posicionada no projeto ou na execução
• desconsideração de torção de compatibilidade

Alternativas para Correção


Após analisar adequadamente o componente estrutural, pode ser conveniente:
a) remover as partes soltas e limpar criteriosamente as superfícies

68 Guia Para Diagnóstico e Correção dos Problemas


VIGAS

Fissuras de
b) reforçar a viga através de:
• colocação de nova armadura longitudinal e reconcretagem5.26 a 5.28

• colocação de novos estribos e reconcretagcm5.21 e 5.26 a 5 28

• colagem de chapas metálicas aderidas com epóxi5.35

c) eventualmente, demolir e reconstruir

3.10
Esmagamento do concreto por torção
Manifestação Típica

Diagnóstico
• sobrecargas não previstas
• concreto dc resistência inadequada
• seção dc concreto insuficiente

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 69


VIGAS

Alternativas para Correção


Após analisar adequadamente o componente estrutural, pode ser conveniente:
a) remover as partes soltas e limpar criteriosamente as superfícies 4.1
e 4.2

b) reforçar a viga através de:


• colocação de nova armadura longitudinal e reconcrctagem5 26 a 528

• colocação de novos estribos e reconcretagem 5.21 e


5.26 a 5.28
• colagem de chapas metálicas aderidas com epóxi5 35

c) eventualmente, demolir e reconstruir

retração hidráulica
ou de
movimentação térmica
Manifestação Típica

70 Guia Para Diagnóstico e Correção dos Problemas


VIGAS
3-11
Fissuras de
Diagnóstico
• secagem prematura do concreto (cura
inadequada)
• contraçáo térmica devida a gradientes de
temperatura diários ou sazonais

Alternativas para Correção


Analisar a abertura da fissura e classificá-la em ativa (também conhecida por fissura viva
ou que trabalha) ou passiva (fissura morta)'.
a) em ambiente interior seco e não agressivo quando:
a abertura mm, é dispensado qualquer tratamento abertura > mm,
passiva, injetar resina epóxi 5.19 e 5.20
• abertura > 0,3 mm, ativa, colmatar com selante 5.7
e 5.8

b)em ambientes agressivos e úmidos quando:


• abertura mm, é dispensado qualquer tratamento
• abertura > 0 1 mm passiva, injetar resina epóxi 5.19e
5.20
• abertura > mm ativa, colmatar com selante e
5.8

c) aplicar revestimento de proteção capítulo


6

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 71


PILARES

Fissuras de
Manifestação Típica
3-12
assentamento plástico

Diagnóstico
• concretagcm simultânea de pilares, vigas e lajes
• mau adensamento do concreto
• concreto muito fluido
• fôrmas não estanques

Alternativas para Correção


Após analisar adequadamente o componente estrutural e o ambiente, pode ser
conveniente:
a)remover partes soltas e limpar criteriosamente as superfícies 4.1
e 4.2

b)dependendo da abertura da fissura (vide NBR 6118), deixar como está y ou sejas
conviver com a fissura

Guia Para Diagnóstico e Correção dos Problemas


PILARES

Fissuras de
Manifestação Típica
c) reconstituir o monolitismo:
• injetar resina epóxi se abertura 0,3 mm - fissura passiva 5.19
e 5.20

d)reforçar o pilar:
• com chapas metálicas aderidas com epóxi5.40

e) demolir e reconstruir a cabeça do pilar:


• reconcretar com graute 5.36 e 5.37
• reconcretar com concreto 5.38

pega ou falsa pega

Diagnóstico
• cimento com excesso de anidrita (gesso anidro)
• atraso no lançamento do concreto
• calor excessivo e umidade relativa baixa

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 73


PILARES

Fissuras de
Manifestação Típica
Alternativas para Correção
Após analisar adequadamente o componentc estrutural e o ambiente, pode ser
conveniente:
a) remover partes soltas e limpar criteriosamente as superfícies
c 4.2

b) dependendo da abertura da fissura (vide NBR 6118), deixar como está, ou seja,
conviver com a fissura

c) reconstituir o monolitismo:
•injetar resina epóxi se abertura 0,3 mm - fissura passiva 5.19 e
5.20

d) reforçar o pilar:
com chapas metálicas aderidas com epóxi 5.40

e) demolir e reconstruir a cabeça do pilar:


•reconcretar com
graute5.36 e 5.37 a rcconcretar com concreto5.38

3.14

Guia Para Diagnóstico e Correção dos Problemas


PILARES

Fissuras de
Manifestação Típica
junta de concretagem

Diagnóstico
• topo do pilar com excesso de nata de cimento
(exsudação) ou sujeira

Alternativas para Correção


Após analisar adequadamente o componente estrutural e o ambiente, pode ser
conveniente:
a) remover partes soltas e limpar criteriosamente as superfícies 4.1
e 4.2

b)dependendo da abertura da fissura (vide N BR 6118), deixar como está, ou seja,


convlver com a fissura

c) reconstituir o monolitismo:
• injetar resina epóxi se abertura mm fissura passiva
5.19 e 5.20

d) reforçar o pilar:

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 75


PILARES

Fissuras de
Manifestação Típica
• com chapas metálicas aderidas com epóX1
5.40
e) demolir e reconstruir a cabeça do pilar:
• reconcretar com graute 5.36 e 5,37 reconcretar com concreto
5_38

Guia Para Diagnóstico e Correção dos Problemas


PILARES
3.15
Fissuras de
compressão
localizada ou flambagem de
armaduras
Manifestação Típica

Diagnóstico
má colocação ou insuficiência de estribos
carga superior à prevista concreto de resistência inadequada
mau adensamento do concreto

Alternativas para Correção


Após analisar adequadamente o problema, pode ser conveniente:
a) remover as partes soltas e limpar cuidadosamente as superfícies 4.1
e 4.2

b)restaurar o monolitismo:
• injeção de resma epóxi sempre que a fissura for passiva 5.19
e 5.20

c) reforçar a cabeça dos pilares:


• com chapa metálica aderida com epóX1
5.40

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 77


PILARES
d) demolir e reconstruir a cabeça dos pilares:
• reconcretagem com graute 5.36e5
37
• reconcretagem com concreto
5.38

3.16
Fissuras ou rupturas no topo
de pilares curtos
Manifestação Típica
Laje de cobertura

Parede

Diagnóstico
• as paredes enrijecem os pilares, que
não conseguem absorver as
movimentações térmicas e hidráulicas
da estrutura

Alternativas para correção


Após analisar adequadamente o problema, pode ser conveniente:
a) remover as partcs soltas e limpar criteriosamente as superfícies4.1 e4.'2

b) restaurar o monolitismo:
• injeçâo de resina epóxi
5.20

78 Guia Para Diagnóstico e Correçào dos Problemas


LAJES

Fissuras de
Manifestação Típica
c) reforçar o topo dos pilares:
• com chapa metálica aderida com epóxi5.40

d) demolir e reconstruir a cabeça dos pilares:


a reconcretagem com grau te5
36e 5.37 • reconcretagem com concreto5.38

e) executar proteção térmica eficiente na parte superior da laje, impermeabilizando-a


também ao vapor dtágua

f) criar juntas entre paredes e pilares ou substituir as paredes por similares menos rígidas

flexão

Elevacáo

Planta

Diagnóstico
• armadura insuficiente ou mal posicionada
• comprimento de ancoragem insuficiente
• desforma precoce
• sobrecargas não previstas

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 79


PILARES
Alternativas para Correção
Após analisar adequadamente o componente estrutural e o ambiente, pode ser
conveniente:
a) remover as partes soltas e limpar cuidadosamente as superfícies 4.1
e 4.2

b)restaurar o monolitismo,
• injetar resina epóxi
5,19 e 5.20
c) limitar o valor da sobrecarga, confirme análise estrutural

d)reforçar:

chapa metálica aderida com epóxi
5.48
• abertura de sulcos, colocação de armaduras e preenchimento com argamassa
epóxi 5.21
• construção de sobrelaje armada aderida com epóxi, combinada com sublaje
armada em concreto-projetado 5.46 e 5
47

e) aplicar impermeabilização adequada

80 Guia Para Diagnóstico e Correçào dos Problemas


LAJES
3.18
Fissuras de
Manifestação Típica
flexão em balanço

Diagnóstico
• armadura Insuficiente ou mal posicionada
• comprimento de ancoragem insuficiente
• desforma precoce
• sobrecargas não previstas

Alternativas para Correção


Após analisar adequadamente o componente estrutural e o ambiente, pode ser
conveniente:
a) remover as partes soltas e limpar cuidadosamente as superfícies
4. I e 4.2

b)restaurar o monolitismo:
• injetar resina cpóxi 5.19 e 5.20

c) limitar o valor da sobrecarga, conforme análise estrutural

d) reforçar:
• chapa metálica aderida com epóxi 5.48
• abertura de sulcos, colocação de armaduras e preenchimento com argamassa epóxi
5.21
• construção de sobrelaje armada aderida com epóxi, combinada com
sublaje armada em concreto-projetado 5,46 5.47

e) aplicar impermeabilização adequada

81 Guia Para Diagnóstico e Correçào dos Problemas


LAJES
3.19
Fissuras de
momentos volventes

Parte superior de
lales apoiadas

Diagnóstico
• armadura de canto insuficiente
proteção térmica insuficiente

Alternativas para Correção


Após analisar adequadamente o componente estrutural e o ambiente, pode ser
conveniente:
a) preparar c limpar as superfícies cuidadosamente

b)restaurar o monolitismo:
• Illjeção de resina epóxi 5.19 e 5 20

c) reforçar cantos com nova armadura a 450 5.41 a


5.43

d)efetuar proteção térmica conveniente

e) aplicar impermeabilização adequada

retração
hidráulica

82 Guia Para Diagnóstico e Correçào dos Problemas


LAJES
3.20
Fissuras de
Manifestação Típica
e contração
térmica
Manifestação Típica

Diagnóstico
• cura ineficiente
' proteção térmica ineficiente
• excesso de calor de hidratação
• excesso de água de amassamento

Alternativas para Correção


Após analisar adequadamente o componente estrutural, o ambiente e o tipo de
acabamento requerido? pode ser conveniente:
a) preparar e limpar as superfícies adequadamente

b)quando se tratar de laje com alta solicitação:

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 83


LAJES

Fissuras de
• aplicar novo revestimento empregando adesivo base acrílica ou base epóxi como
ponte de aderência 5.1 e
5.2

c)quando se tratar de laje com pequena solicitação,


• colmatar as fissuras com estucamento
5.6
d)efetuar proteçào térmica conveniente

84 Guia Para Diagnóstico e Correçào dos Problemas


LAJES
3.21

Punção
Manifestação Típica

Diagnóstico
excesso de carga concentrada laje
muito delgada concreto de resistência
inadequada armadura insuficiente
armadura mal posicionada no projeto
ou na execução

Alternativas para Correção


Após analisar criteriosamente o componente estrutural, pode ser necessário:
a) remover as partes soltas e limpar adequadamente as superfícies
4.1

b) reconstituir o monolitismo:
• injetar resina epóxi com ou sem limitação de sobrecarga, conforme análise estrutural
5.19 e 5.20 c) reforçar a laje junto ao
apoio com chapas metálicas aderidas com epóxi 5 50

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 85


PAREDES

Fissuras de
d) reforçar o apoio da laje com a criação de capitel na cabeça do pilar
5.49 e 5 50

e) eventualmente demolir e reconstruir

3.22
recalque
Manifestação Típica

Diagnóstico
• recalque das fundações ou dos apoios
• armadura insuficiente
• armadura mal posicionada no projeto ou na execução

Alternativas para Correção


Após analisar adequadamente o Componente e a fundação, podc ser necessário:
a) preparar e limpar cuidadosamente a fissura 4.1 e
4.2

b)restaurar o monolitismo:
• injetar resina epóxi 5.19 e 5.20

c) reforçar fundação

86 Guia Para Diagnóstico e Correçào dos Problemas


PAREDES

Fissuras de
di aliviar cargas

3.23
retração
hidráulica e contração
térmica
Manifestação Típica

Diagnóstico
• movimentação térmica da laje de cobertura
• concreto de resistência inadequada
• movimentação térmica e retraçáo hidráulica

Alternativas para Correção


Após analisar o componente, pode ser necessário:

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 87


PAREDES

Fissuras de
a) preparar e limpar adequadamente as fissuras 4.1 e 4.2
b) criar uma junta de movimentação no local da fissura e preencher com 5.7 e5.8
selante

c) efetuar proteçño térmica eficiente e recompor monolitismo:


• injetar resina epóxi 5.19 5.20
d) aplicar impermeabilização adequada nas fundações para impedir umidadc
ascencional por absorção capilar
3-24
flexão
Manifestação Típica

Diagnóstico
• laje muito flexível em estruturas executadas pelo processo de fôrmas tipo túnel
• juntas de concretagem mal executadas
• armadura insuficiente

Alternativas para Correção


Após analisar o componente, podc ser necessário:

88 Guia Para Diagnóstico e Correçào dos Problemas


PAREDES

Fissuras de
a) preparar e limpar adequadamente as fissuras e superfícies

b) restaurar o monolitismo:
• injetar resina epóxi 5.19
e 5.20

c) limitar ou não o valor da sobregarga segundo análise estrutural

d) reforçar a parede através de:


• armaduras embutidas
5,21
• chapas metálicas aderidas ao concreto
5.22

tração
Manifestação Típica

Diagnóstico
• armadura insuficiente para difusñn de
cargas concentradas
• armadura mal posicionada no projeto ou
na execuçao

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 89


PAREDES

Fissuras de
Alternativas para Correção
Após analisar o componente, pode ser necessárto:
a) preparar e limpar adequadamente as fissuras e superfícies
4.2

b) restaurar o monolitismo:
• injetar resina epóxi
5.19 e 5.20

c) limitar ou não o valor da sobregarga segundo análise estrutural

d) reforçar a parede através de'


•armaduras embutidas
5.21
• chapas metálicas aderidas ao concreto
5.22

90 Guia Para Diagnóstico e Correçào dos Problemas


PONTES E VIADUTOS
3.26
Deterioração generalizada
Manifestação Típica
corrosão de armaduras
deterioração de peitoris degradação de
juntas de movimentação percolação de
água
quebra de cantos em dentes Gerber
deterioração de apoios fissuras

Diagnóstico
a cobrimento insuficiente
• impactos projeto
inadequado
• peitoris muito esbeltos ausência
de manutenção posição
inadequada das armaduras
solicitação excessiva

Alternativas para Correção


Após analisar adequadamente a estrutura, pode ser convenicnte:
a) preparar e limpar cuidadosamente as fissuras e superfícies4.1 e4.2

b)restaurar o monolitismo,
• injetar resina epóxi 5.19 e 5.20

c) reparar ou reforçar regiões com armaduras corroídasver 3.1

d)restaurar bordas de junta de movimentação com argamassa epóxi5.8

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 91


c) restaurar dentes Gerber 5.52 a 5.55

f) eventualmente, criar pingadeiras, efetuar revestimentos de protecáo, aumentar ralos,


estender buzinotes, etc.

g) aplicar revestimento de proteçàocapítulo 6

g) eventualmente, demolir e reconstruir


SILOS E TANQUES
3.27
Percolação de líquidos e
corrosão de armaduras
Manifestação Típica

Diagnóstico
tirante ou espaçador mal executado junta de concretagem mal executada
ninho de concretagem movimentação térmica diferencial armadura insuficiente
cobrltnento insuficiente
• concreto de resistência inadequada

Alternativas para Correção


Após analisar adequadamente o componente estrutural, pode ser necessário:
a) preparar e limpar cuidadosamente as fissuras e superfícies4.1 e 4.2

92 Guia Para Diagnóstico e Correçào dos Problemas


b) restaurar o monolitismo:
injetar resina epóxi 5.19 e 5.20

c) demolir e restaurar cavidades localizadas; argamassa polimérica base cimento 5.9

d) reparar ou reforçar locais com corrosão de armadurasver 3.1

e) reforçar a estrutura

f) aplicar revestimento de proteçãocapítulo 6

g) impermeabilizar e proteger termicamente

ESTRUTURAS EM ÁGUA DO MAR OU ÁGUA


DOCE
3.28
Deterioração generalizada
Manifestação Típica
• desgaste mecânico
• corrosão nos elementos semi-submersos
• quebra de arestas e cantos
• fissuras

Maré alta

Maré
baixa

Diagnóstico
• concentração de tensões em cantos e arestas vivas

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 93


• concreto com alta permeabilidade elou elevada porosidade má
execução
• cobrimento insuficiente
• manuseio de materiais agressivos
(adubos, carvão: enxofre, etc)

Alternativas para Correção


Após analisar adequadamente as estruturas, pode ser necessário:
a) remover as partes soltas e limpar criteriosamente as superfícies 4.1
e 4.2

b) restaurar o monolitismo:
injetar resina epóX1 5.19 e 5.20

c) demolir e restaurar cavidades localizadas:


' argamassa polimérica base cimento 5

9 d) reparar ou reforçar locais com corrosão de armadura

ver 3.1

e) reforçar regiões submersas:


• graute para reparo submerso 5.16

f) aplicar revestimento de proteção capítulo


6

GALERIAS DE ÁGUA E ESGOTO


3.29
Colapso ou deterioração
acentuada da parte superior
Manifestação Típica
• corrosão de armaduras
• degradação do
concreto

94 Guia Para Diagnóstico e Correçào dos Problemas


Diagnóstico
concreto de resistência inadequada
cobrimento insuficiente má aeração
da tubulação rupturas localizadas por
ação de cargas excessivas ou
recalques ausência de proteção

Alternativas para Correção


Após vistoriar e analisar a situação: pode ser necessário:
a) preparar e limpar cuidadosamente as superfícies 4.1 e
4.2

b)
restaurar o monolitismo:
• injetar resina epóxi 5.19 e
5.20
c) reparar:
• argamassa polimérica base
cimento
' argamassa polimérica projetada
d) reconstruir ou reforçar:
• concreto 5 11
• concreta projetado
5.47
e) aplicar revestimento de proteção capítulo
6

GALERIAS DE ÁGUA E ESGOTO


3-30
Deterioração da parte

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 95


submersa
Manifestação Típica
e desgaste •
cavitação

Diagnóstico
• concreto de resistência inadequada
• rupturas localizadas por ação de cargas excessivas
ou recalques
• velocidade excessiva do líquido • excesso de partículas abrasivas
• ausência de proteção

Alternativas para Correção


Após vistoriar e analisar a situação, pode ser necessário:
a) preparar e limpar cuidadosamente as superfícies4.1 e 4.2

b) reparar:
• argamassa polirnénca base cimento5.1 e 5.4

• argamassa polimérica projetada5,5

c) reconstruir ou reforçar:
• concreto 5.1 1

• graute para reparo submerso5.16

• concreto projetado5.47

96 Guia Para Diagnóstico e Correçào dos Problemas


d)aplicar revestimento de proteçãocapítulo 6

EDIFÍCIOS INDUSTRIAIS
3-31
Corrosão de armaduras
fissuras e degradação do
concreto
Manifestação Típica

Diagnóstico
concreto de resistência inadequada
• gradientes térmicos cargas dinâmicas
não consideradas gases e líquidos
agressivos má execucão manutenção
insuficiente ou inadequada
• ausência de proteção

Alternativas para Correção


Após analisar adequadamente a situação, pode ser necessário;
a) remover as partes soltas, preparar e lirnpar criteriosamente as superfícies 4.1
e 4.2

b) restaurar o monolitismo:
• injetar resina epóxi 5.19 e
5.20
c) reparar 5.1 a 5.13

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 97


d) reforçar 5.14 a 5,25

e) restaurar consoles5.52 a 5,55

f) reparar ou reforçar regiões com armaduras corroídasver 3, 1

g) aplicar revestimento de proteção capítulo


6
FUNDAÇÕES
3.32
Defeitos de elementos
estruturais de fundação
Manifestação Típica

Ruptura de blocos auptura dê sapatas Cabeça de estaca danificada

Diagnóstico
• projeto inadequado
• concreto de resistência inadequada
• ma execução

Alternativas para Correção


Após analisar adequadamente a situação, pode ser conveniente:
a) remover as partes soltas e limpar cuidadosamente as superfícies
4 - I 4.2

b)reforçar os componentes de fimdaçáo com problemas:

98 Guia Para Diagnóstico e Correçào dos Problemas


blocos 5.56 e 5,57
• sapatas 5.58 e 5.59
a estacas (parte superior) 5.60 e
5.61

c) demolir e reconstruir cabeças de estacas.


microconcreto fluido 5.60
• concreto 5.61

Os procedimentos de preparo e limpeza do substrato são tão


importantes que alguns autores os consideram responsáveis por 50 %
ou mais do sucesso de uma recuperação ou reforço. Particularmente o
autor considera que um preparo e limpeza inadequados podem
comprometer integralmente um reparo ou reforço, por melhor e mais
adequados que sejam os materiais e os sistemas empregados-

Preparo do substrato
O preparo do substrato é entendido como o conjunto dos
procedimentos efetuados antes da limpeza superficial e da aplicação
propriamente dita dos materiais e produtos de correção, ou seja, são os
tratamentos prévios da superfície dos componentes estruturais- O
Quadro 4.1 reúne os principais procedimentos de preparo.
Quadro 4.1
Procedimentos de preparo do substrato
Procedimento mais adequado para

Item Procedimento concreto com superfície aço com superfície


seca úmida seca úmida
escarificação
adequado adequado inadequado inadequado
manual
4.1 .2 disco de desbaste aceitável adequado aceitável aceitável
escarificação inadequado
4.1 .3 adequado adequado inadequado
mecânica
4. 1 .4 demolição adequado adequado inadequado inadequado

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 99


415 lixamento manual inadequado aceitável adequado aceitável

4.1 6 lixamento elétrico adequado aceitável adequado aceitável


escovamento adequado aceitável adequada
4.1
manual aceitável
4.1 8 pistola de agúlha inadequado inadequado adequado adequado
4.1 .9 jato de areia seco adequado adequado adequada aceitável
ou úmido

4.1 10 disco de corte aceitável adequado adequado adequado

4.1 .1 1 queima controlada adequado inadequado inadequado inadequado


4.1 .1 2 remoção de óleo inadequado adequado inadequado adequado
e graxa
impregnados
4.1 .13 máquina de desbaste aceitável adequado inadequado inadequado
superficial

100 Guia Para Diagnóstico e Correçào dos Problemas


mais comuns
4.1 .1

Escarificação Manual
Usos
• Preparação de pequenas superfícies e locais de difícil acesso
para os equipamentos maiores. Apicoamcnto das
superfíciesEquipamento
• Ponteiro, talhadeira e
marreta.
Procedimento
Escarificar de fora para dentro, evitando golpes que
possam lascar as arestas e contornos da região cm
tratamento. Retirar todo o material solto, mal compactado
e segregado até atingir concreto são, obtendo superfície
rugosa e coesa, propiciando boas condições de
aderência. Deve-se prever cimbramenLo adequado,
quando necessário.

Vantagens
• Pouco ruído e ausência de
poeira excessiva, além de não exigir instalações
específicas de água ou energia e mão-de-obra
especializada

Desvantagens
• Baixa produção; uso restrito, Após a escarificação é
necessário efetuar limpeza preferencialmente com ar
comprimido para remoção do pó. Requer cuidados para
não comprometer a est.rutura.

Disco de Desbaste
Usos ma-is comuns
• Preparação e desbaste de grandes superfícies.

Procedimentos de Preparo e Limpeza do Substrato


mais comuns
Equipamento
• Lixadeira industrial com disco, adequada para desbaste de
pisos (polimento), úmido ou a seco-

Procedimento
• Aplicar o disco com lixa sobre a superfície, aproveitando o
peso do próprio equipamento. Efetuar o desbaste em
camadas ou passadas cruzadas a 90 0- Desbastar, de cada
vez, uma espessura pequena, mantendo uniformidade da
espessura cm toda a superfície.

Vantagens
• Alta produção Desvantagens
• Requer mão-de-obra especializada.

Escarificação Mecânica
Usos
Preparação de grandes superfícies, avicoamento.

Equipamento
• Rebarbador
elctromecânico ou fresas
(para pisos)
Procedimento
Escarificar dc fora para dentro para evitar lascamentos
dag arestas e cantos. Em superfícies planas, remover a
nata superficial e procurar conferir rugosidade ao
concreto. Retirar todo o material solto, mal compactado e
segregado at.é atingir o concreto são. Deve-se prever o
cimbramento adequado, quando necessário.

Vantagens
• Alto rendimento na
preparação, não requerendo mão-de-obra especializada
(qualificada )

Desvantagens
• Rendimento baixo para espessuras superiores a 1 cm.
Requer cuidados para não cornprometer a estrutura. Após

102 Procedimentos de Preparo e Limpeza do Substrato


mais comuns
a escarificacão é necessário proceder à limpeza com ar
comprimido, para remoção do pó.

Demolição
Usos mais comuns
• Preparação de grandes
superfícies, demolições.
Equipamento
• Martelete pneumático 20
kg) ou eletromecânico
Procedimento
• Retirar todo o material
solto, mal compactado e
segregado até atingir o
concreto são. Deve-se
prever cimbramento
adequado.

Vantagens
Permite o Uso de vários rnarteletes acoplados a um só compressor (no caso do martelete
pneumático). Alto rendimento na preparação.

Desvantagens
• Requer cuidados para não comprometer a estrutura
existenteA demolição não é adequada para elementos
estruturais esbeltos. Necessita de mão-de-obra
especializada.
4-1 -5

Lixamento Manual
Usos
• Preparo de superfícies reduzidas, lixamento de barras de
aço.
Equipamento
• Lixa d'água para concreto ou lixa de ferro para aço.

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 103


mais comuns
Procedimento
• Esfregar a lixa em movimentas circulares e enérgicos sobre a superfície. No
caso do aço, tentar obter cor metálica denominada estado de "metal quase
branco". (

Vantagens
• Dispensa equipamentos pesados.
Desvantagens
• Baixa produção e exigência de controle criterioso (fiscalização).

( * )Toda a carepa de laminação e produtos da corrosão deverão ser removidos, de modo


quc o metal apresente apenas leves manchas na superfície.
Após a limpeza, 95 % de cada área de 9 cm? deverão estar livres de resíduos visíveis e
apresentar coloração cinza claro- (Padrão SA 2 1/2 da norma sueca SIS 05 5900: 1967:
"Pictorial surface prcparation standards for painting steel surfaces» ou padrão inglês
"second quality", norma BS 4232: 1967: "Surface finish ofblast-cleaned steel for
painting").

4.1 .6

Lixamento Elétrico
Uso mais comuns
• Superfícies de concreto ou chapas de aço

Equipamento
• Disco de lixa acoplado a uma lixadeira eletromecânica
provida de um protetor-

Procedimento
• Manter a lixa paralela à superficie em tratamento,
procurando fazer movimentos circulares.

Vantagens
• Remove as Impurezas existentes na superfície do concreto,
abre e limpa seus poros- Remove a carepa de laminação e
a crosta de corrosão superficial das chapas metálicas.

104 Procedimentos de Preparo e Limpeza do Substrato


mais comuns
Permite a remoção de eflorescências& a regularização das superfícies de concreto. Alto
rendimento na preparação.

Desvantagens
• Provoca elevado grau de sujeira e poeira no ambiente,
reque rendo o uso de máscara antipó para proteçáo do
operador.

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 105


mais comuns
4_1.7

Escovamento Manual
Usos
• Preparação de superfícies de pequenas dimensões em locais de
fácil acesso e remoção de
produtos de corrosão incrustados
nas barras. Equipamento
• Escova com cerdas de aço.
Procedimento
• Escovar a superfície até a
completa remoção de
partículas soltas ou qualquer
outro material indesejável

Vantagens
• Fácil acesso c manuseios não
requerendo mão-de-obra especialigada nem instalações específicas.
Em contato com a armadur a, retira os produtos da corrosão, desde
que a escova seja aplicada de farma enérgica e eficiente,
Desvantagens
• Baixa produção, uso restrito.

4.1 -8

Pistola de Agulha
Usos mais comuns
• Limpeza de superficies metálicas, retirada de corrosão e de pinturas.

Equipamento
Pistola eletromecânica.

Procedimento
• Colocar a pistola em contato com a armadura ou chapa metáli ca
até que seja retirada toda a camada de corrosão ou tinta. Deve-
se tomar cuidado para evitar que o equipamento entre em
contato com o concreto.

Manual para Reparo, Reforço e Proteçâo de Estruturas de Concreto 106


comuns
Vantagens
• Remove os produtos da corrosão (ferrugem) das armaduras, deixando a superfície na
condição de "metal branco", (

Desvantagens
• Risco de danificação das agulhas quando em contato com o concreto,

a carepa de laminação e produtos da corrosão deverão ser removidos, dc modo que o


metal apresente superficie totalmente livre de resíduos visíveis. Após a limpeza a superfície
deverá apresentar coloração cinza claro e uniforme- (Padrão SA 3 da norma succa SIS 05
590(): 1967: "Pictorial surface preparation standards for painting steel surfaces" ou padrão
inglês "first quality", norma BS 4232: 1967: "Surface finish ofblast-cleared steel for painting")-

Jato de Areia Seco ou Úmido


Usos mais
• Preparação de grandes áreas e locais angulosos.
Equipamento
• Compressor de ar, equipamento de jato de areia, abrasivo
(areia), mangueira de alta pressão, bico direcional e,
eventualmente, água. A areia utilizada deve ter uma
granulometria adequada, deve ser lavada, isenta de matéria
orgânica e preci sa estar seca no momento da utilização. A
areia utilizada no jateamento não é reaproveitável, No caso de
jato de areia e água, a água proveniente de um reservatório ou
da rede pública deve ser pressurizada por urna bomba e
conduzida a um adaptador próprio por uma mangueira de alta
pressão,

Procedimento
e
Manter o bico de jato numa posição ortogonal à superfície de
aplicação, Movê-lo constantemente em círculos, distribuindo
uniformemente o jato para melhor remoção de todos os
resíduos que possam vir a prejudicar a aderência.

Vantagens
• Prepara as superfícies a serem recuperadas ou reforçadas,
eliminando todas as partículas soltas, removendo todo o material
que possa vir a prejudicar a aderência da camada protetora,
Permite ainda a limpeza da armadura através da remoção das
camadas de corrosão que se formam sobre ela, No caso de um

Manual para Reparo, Reforço e Proteçâo de Estruturas de Concreto 107


comuns
jato úmido. reduz o pó por envolver cada partícula numa película
de água.

Desvantagens
• Provoca elevado grau de sujeira e pó (no caso de jato seco) no
ambiente. Não remove fraçôes de espessuras superiores a 3
mm ep ern certos casos, não dispensa escarilicação prévia.
Após a utilização de jato seco, é necessário proceder à limpeza
de toda a superfície jateada com ar comprimido.
4.1.10

Disco de Corte
Usos mais
Retirada de rebarbas, delimitação do contorno da área de
reparo, abertura de vincos
para tratamento de
fissuras.
Equipamento
Máquina de corte dotada de disco diamantado.

Procedimento
• Manter o disco em posição
ortogonal à superfície, Antes
dc iniciar, demarcar com lápis
dc cera ou equivalente o contorno do serviço a ser executado.

Desvantagens
• Requer o uso de mão-de-obra especializada e acessórios
adequados. Dificuldade de acesso deste tipo de equipamento a
algumas regiões específicas. Requer também cuidados quanto
at) controle da espessura do corte para não danificar estribos e
armaduras

Queima Controlada
Usos mais comuns
• Preparação de áreas em que não há armadura exposta ou quando a
espessura do cobrimento for superior a 30 mm.

108 Procedimentos de Preparo e Limpeza do Substrato


comuns
Equipamento
• Maçarico
Procedimento
• Direcionar o maçarico de forma a facilitar a retirada das
camadas de concreto desagregadas, Procurar não ficar muito
tempo na mesma posição para não aquecer muito a superfície
e retirar inadequadamente o concreto são.

Vantagens
• Desagrega o concreto em camadas da ordem de 5 mm de
espessura: eliminando impurezas como graxas, óleos e pinturas.

Desvantagens
• Exige mão-de-obra especializada e controle criterioso durante a
execuçào (fiscalização).

Manual para Reparo, Reforço e Proteçâo de Estruturas de Concreto 109


4_1.12

Remoção de Óleos e Graxas Impregnados


A remoção de óleos: graxas e gorduras impregnados em
concretos em profundidades superiores a 3 mm requer a
remoção do concreto contaminado através dos procedimentos
descritos ern
4.1.3 Escarificação mecânica, 4.1 11 Queima controlada ou
evenLualmente 4.1,4 Demolição,
Após a escarificação do concreto, retirada do material solto e
des ligamento absoluto de fontes de calor e chamas, aplicar
na superfície REEBEXOL SUPER, um removedor de graxas e
limpador à base de solventes de alta penetração, não-
corrosivo, adequadamente formulado para esta finalidade.

4.1 -13

Máquina de Desbaste Superficial


Usos mais comuns
• Preparação de grandes áreas horizontais, pisos e lajes, onde há bom cobrimento da
armadura e onde há necessi dade de remoção de espessuras da ordem dc 0,5 a a mm,
Pequenas máquinas manuais podem ser usadas em
superfícies verticais.

Equipamento
• Escarificadoras ou fresadoras mecânicas
Procedimento
a
Pré-umedecer a superfície do concreto. Movimentar o
equipamento em faixas paralelas? procurando manter
velocidade de movimentação constante. Uma máquina
de 30 cm de largura bem operada pode preparar cerca de 4 a 8
ma por hora numa espessura de 2,5 a 3,0 mm de profundidade
desbastada. Vantagens
• Retira espessuras elevadas dc modo uniforme e eficiente, Tem elevada
produti vidade Desvantagens
• Limitação a superfícies horizontais e planas.

4.2

110 Procedimentos de Preparo e Limpeza do Substrato


Limpeza das superfícies
A limpeza das superfícies é entendida como o conjunto dos
procedimentos efetuados instantes antes da aplicação propriamente dita
dos materiais de recuperação.

O Quadro 4.2 reúne os principais procedimentos de limpeza.

Quadro 4.2
Procedimentos de limpeza
Procedimento mais adequado para

Item Procedimento concreto com superfície aço com superfície


seca úmida seca úmida
4 2.1 jato de água fria inadequado adequado inadequado aceitável

jato de água
quente
inadequado adequado inadequado aceitável

4.2.3 vapor inadequado adequado inadequado aceitável

42.4 soluções ácidas inadequado aceitável inadequado inadequado

soluções
inadequado adequado inadequado adequado
4.2.5 alcalinas

remoção de inadequado inadequado adequado adequado


4.2.6 óleos e graxas
superficiais
jato de ar
adequado aceitável adequado aceitável
4_2.7 comprimido

solventes inadequad
adequado adequado aceitável
4.2 8 voláteis o

saturação com
inadequado inadequado adequado inadequado
4 2.9 água

Manual para Reparo, Reforço e Proteçâo de Estruturas de Concreto 111


aspiração a
adequado inadequado aceitável aceitável
4210 vácuo

4.2.1

Jato de Água Fria


Usos mais comuns
• Limpeza de grandes áreas.
Equipamento
• Mangueira de alta pressão,
equipamento tipo lava-a-jato
e bico direcional.

Procedimento
• Iniciar a limpeza pelas partes
mais altas, procurando manter
uma pressão adequada para
remoção de partículas soltas.
Executar, de preferência,
movimentos circulares com o bico de jato para facilitar a limpeza
de toda a superfície.

Vantagens
Possibilita limpar a superficie, urnedecendo-a ao mesmo tempo.

Desvantagens
• Nao é adequado quando os materiais de reparo requerem
substrato seco para boa aderência.

42.2

Jato de Água Quente


Usos mais comuns
• Limpeza de grandes áreas ou locais levemente contaminados com gorduras. Equipamento
e Mangueiras de alta pressão, equipamento tipo lava-a-jato e bico direcional,

Procedimento
• Iniciar a limpeza nas partes mais altas, procurando manter
uma pressão adequada para a remoção de partículas soltas.

112 Procedimentos de Preparo e Limpeza do Substrato


Executary de preferência, movimentos circulares com o bico de jato para facilitar a limpeza
de toda a superfície.

Vantagens
• Ajuda a eliminarimpurezas orgânicas tais como graxas f óleos, pinturas, etc., quando
associado a removedores biodegradáveis como REEBEXOL SUPER.

Desvantagens
• Não é adequado quando os rnateriais de reparo requerem
substrato seco para boa aderência. Requer proteção com
luvas térmicas e operador habilitado,
4.2-3

Vapor
Usos mais comuns
Preparação de grandes áreas e locais contaminados com
impurezas orgânicas e minerais (sais).

Equipamento
• Mangueira de alta pressão
dotada de isolamento
térmico para evitar perda de
calor, bico direcional e
caldeira para geração dc
vapor.

Procedimento
Se em forma de jato, o procedimento é similar ao descrito
em
4.2.1.- Jato de Agua Fria.

Vantagens
Ajuda a eliminar impurezas minerais e orgânicas como graxa,
óleo, pintura, etc; preferencialmentep deve ser associado a
removedores biodegradáveis tipo REEBEXOL SUPER para
obter-se melhor performance. Desvantagens
• Exige operador especializado,

4.2_4

Manual para Reparo, Reforço e Proteçâo de Estruturas de Concreto 113


Lavagem com Soluções Ácidas
Usos mais comuns
• Limpeza de grandes
áreas onde não haja,
preferencialmente,
armadura exposta ou
muito próxima à
superfície; remoção de
tintas e ferrugem de
metais, ferramentas,
etc.

Equipamento
• Pulverizador, brocha,
trincha ou esfregão
Procedimento
• Antes da aplicação, saturar a estrutura com água limpa para
evitar a penetração do ácido no concreto são. Preparar a
solude REEBAKLENS conforme orientação do Boletim
Técnico do produto- Aplicar a solução. A efervecência é sinal
de descont.aminação. Imediatamente após a reação, lavar a
estrutura com água limpa em abundância, para a remoção de
partículas sólidas e resíduos da solução utilizada.

Vantagens
• Remove da superfície da estrutura materiais indesejáveis
como carbonatos, resíduos de cimento, impurezas orgânicas
etc, melhorando as características aderentes do substrato;
não requer equipamento especial

Desvantagens
• Seu emprego é aconselhável apenas para tratamentos de
limpeza tendo em conta a possibilidade de
infiltração irreversível de agentes ácidos na estrutura,

4.2.5

Lavagem com Soluções Alcalinas


Usos mais comuns

114 Procedimentos de Preparo e Limpeza do Substrato


• Limpeza de grandes áreas que apresentam resíduos ácidos
impregnados.

Equipamento
• Pulverizador, brocha, trincha ou esfregão,
Procedimento
• Saturar a estrutura com água limpa para evitar a infiltração da
solução alcalina, que poderá modificar as características do
concreto. Aplicar a solução concomitantemente com a lavagem
da estrutura através de uma mangueira de água,

Vantagens
• Neutraliza especialmente a estrutura que esteve sujeita ao
ataque ácido, melhorando as características aderentes do
substrato, O método não é agressivo à armadura e não requer
equipamento especiaL

Desvantagens
• Se por acaso houver presença de agregados reativos no concreto, pode provocar expansão
devido à reaçáo alcali-agregado. Não é eficaz na remoção de produtos provenientes da
corrosão da armadura. Dificulta a aderência de certos produtos à base de epóxi.
4.2.6

Remoção de Óleos e Graxas Superficiais


Usos mais comuns
• Limpeza de superficies horizontais (pisos) contaminadas
superficialment,e em espessuras menores que dois
milímetros.

Equipamentos
• Vassoura, esfregão, trincha c brochaProcedimento
• Aplicar 0 removedor REEBEXOL SUPER diretamente sobre
as áreas afetadas, deixando-o agir pelo menos por vinte
minutos. A seguir, lavar a região com água em abundância
com o auxílio de um esfregão ou vassoura, para remoção de
partículas sólidas e resíduos do produto utilizado.

Vantagens
• Não é corrosivo, não ataca o concreto nem a armadura e não
requer equipamento especial.

Manual para Reparo, Reforço e Proteçâo de Estruturas de Concreto 115


Desvantagens
• Não consegue remover gorduras e óleos impregnados profundamentc ( > 2 mm) e havendo,
neste caso, conforme o grau de contaminação, necessidade de escarificação mecânica
(4.1.3) ou queima controlada (4.1.11).

4.2.7

Jato de Ar Comprimido
Usos mais comuns
• Remoção de pó após os procedimentos de preparo, como escarificaçào, escova de aço ou
jato de areia. Também é usado quando na superfície for aplicada
resina de base epóxi3 que requer substrato seco e limpo.

Equipamento
• Mangueira de alta pressão e compressor dotado de filtro de ar e
de óleo, para garantir ar descontaminado.

Procedimento
• Havendo cavidades, colocar no seu interior a extremidade da
mangueira, executando a limpeza do interior para o exterior.
Uma vez limpas, as cavidades devem ser vedadas com papel,
procedendo-se então à limpeza da superfície remanescente. E
importante começar sempre o processo pelas cavidades,
passando depois para as superfícies circunvizinhas, de modo a evitar deposição de pó no
seu interior.

Vantagens
• Remove o pó e possibilita, logo em seguida, a aplicação de
ade sivo estrutural de base epóxi, desde que o substrato
esteja seco. Adequado para limpeza de fissuras, sob pressão,
antes da exe cução de procedimcntos de injcçào de grautes
ou resinas para restabelecimento do monolitismo estruturaL

Desvantagens
• E inadequado para superficies úmidas

4.2.8

116 Procedimentos de Preparo e Limpeza do Substrato


Solventes Voláteis
Usos mais comuns e Limpeza de superfícies de concreto ou de aço, instantes antes da
aplicação de resinas de base epóxi.

Equipamento
• Pincel, estopa e algodão.
Procedimento
Aplicar o produto (acetona industrial) com estopa, pincel ou
algodão nas superfícies e executar movi mcntos adequados
para a retirada dc eventuais resíduos e contaminações.

Vantagens
Retira ácido úrico (mãos), contaminações superficiais de

gordura, graxas, tintas e óleos, Por ser altamente volátil, evapora levando partículas de
água da superfície e, conseqiientemente, auxilia a secagem supcrficial.

Desvantagens
E produto inflamável e muito volátil (perda por evaporação).
42.9

Saturação com Água


Usos mais comuns
Tratamento de superfícies de concreto antes da aplicação dc argamassas e
concretos de base cimenLo. Equipamento
Mangueira perfilrada, sacos de aniagem.

Procedimento
a Imergir totalmente a superfície a "ser tratada por um período
de, pelo menos: doze horas, antes de aplicar os produtos de
base cimento- Essa imersão pode ser conseguida com a
construção de barreiras temporárias e mangueira com vazão
contínua. Em superficies verticai% é necessário, quando a
submersão for inviável. formar um filme contínuo de água na
superfície com o auxílio de sacos de aniagem e mangueiras
perfuradas. Instantes antes da aplicação dos produtos, retirar
a água o secar, com estopa seca e limpa, o excesso de água superficial, obtendo-se a
condição de superfície saturada e seca (não encharcada).

4.2.10

Manual para Reparo, Reforço e Proteçâo de Estruturas de Concreto 117


Aspiração a Vácuo
Usos mais comuns
• Limpeza a seco de superfícies de concreto, adequadas para receber adesivos e pontes de
aderência que exigem substrato seco.

Equipamento
• Aspirador de pó industrial especialmente projetado e
constituído para aspirar pó de concreto, com alta potência.

Procedimento
• Aspirar cuidadosamente as áreas que serão tratadas
mantendo a boca do aspirador próxima (± 2 mm) à superfície
do ca ncreto. Vantagens
• Retira partículas pequenas (pó) sem produzir mais poeira.
Ideal para locais fechados.

Desvantagens
Nñá retira partículas grandes nem úrnidas-

118 Procedimentos de Preparo e Limpeza do Substrato


Procedin•entos de
Reparo e Reforço
Estrutural
A necessidade de reparar ou reforçar uma determinada
estrutura, restaurando sua segurança e aumentando sua durabilidade
(vida útil), tem sido cada vez mais comum por uma série de razões;
estruturas mais esbeltas, solicitações mais intensas, ambientes mais
agressivos, consciência e maior conhecimento dos responsáveis pela
manutenção das estruturas, recuperação ou aumento do valor do
imóvel, inviabilidade de demolição e reconstrução, mudanças de uso
da construção e outros mais.

Este Capítulo apresenta alguns procedimentos gerais de


reparo e reforço de estruturas de concreto. Conforme já foi ressaltado,
não se pode prescindir de um diagnóstico adequado do problema
patológico, realizado por um especialista. Os serviços devem ser
iniciados a partir desse diagnóstico, do projeto de recuperação e dos
escoramentos e transferências de carga necessários.

Os procedimentos aqui apresentados são apenas um guia de


orientação para projetistas, construtores, fiscais e responsáveis pela
manutenção preventiva e corretiva das construções civis, não
substituindo um projeto específico de recuperação.

Roteiro Completo de um Reparo Foto 5.2


Delimitação da região de
reparo com
disco de corte

Manual para Reparo, Retorço e Proteçáa de Estruturas de Concreto


Foto 5.1
Corrosão de armaduras e deterioração do concreto na
região de fixação da grade de proteçáo da sacada.
Causa do problema:
Metais diferentes em contato (grade e armadura da
estrutura) e ingresso de cloretos

I OI
Foto 5.3
Apicoamento da
superfície e remoção do
concreto deteriorado

Foto 5.4
Limpeza do
concreto remanescente e
armaduras na região do
reparo com a utilização de
equ ipamento de jato-de-
areia

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 121


Foto 5.5

Aplicação de NITOPRIMER
primer rico em zinco, sobre as
armaduras, na região de
reparo

102

Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


Foto 5.1 0

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 123


Acabamento
do reparo
executado

Foto 5.9
Acondicionamento
do RENDEROC S2
para recomposição
da peça

Foto 5.1 1

Pulverização de
membrana de cura
constitu ída por
NITOBOND AR

Foto 5.12
Reparo concluído.
Observar que toi
alterada a forma de
fixação da grade de
proteçáo da sacada,
que não está mais
vinculada às armaduras
da estrutura
Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural
104

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 125


Localizados
VIGAS- PILARES - LAJES- PAREDES

Reparos Superficiais
Componente estrutural

Delimitação
disco de corte

aderência

Area a ser reparada

Argamassa de reparo Delimitação do contorno da área do reparo com disco de


corte máxima do reparo (e)

Profundidade de corte
corn disco no contorno

5-1
Argamassa polimérica base cimento
RENDEROC S2
• alcance 2,5 cm

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 126


- PILARES - LAJES - PAREDES
Localizados
• corte do contorno espessura 0,5 cm para superfícies erri geral espessura 1
so cm para pisos
• substrato saturado e com superficie seca, sem empoçamentos
• preparação em um misturador mecânico, adicionar o componente B ao
componente A, misturar e homogeneizar por 3 minutos
• aplicação aplicar ponte de aderência constituída por pasta de cimento
aditivada com NITOBOND AR, na relação (cimento:
NITOBOND AR: água), em volume. Pressionar fortemente a
argamassa RENDEROC S2 contra o substrato, em camadas
seqüenciais de 1,0 cm até atingir a máxima espessura
desejada cm)

•acabamento desempenadeira de madeira, de feltro (espuma) ou de aço


C ura úmida por 7 dias ou duas demãos de NITOBOND AR aplicadas
com pulverizador ou, após início de pega, com trincha ou rolo.
Nas primeiras 36 horas evitar radiação solar direta através de
anteparos

VIGAS

Reparos Superficiais
Comocnente est:utaral

Delimitação com disco de corte

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 127


- PILARES - LAJES - PAREDES
Localizados
PcntE de aderência Area a ser reparada

Argamassa de reparoDelimfiaçãa da contarno da área do •eparc com disco ae carte Esoessura máxima do
repara (e)

Profundidade de corte com disco no


contorno

5.2
Argamassa base epóxi
NITOMORTAR S
• alcance 0,5 cm 1,5 cm
• corte do contorno profundidade de cm
substrato seco, efetuando-se limpeza com jato de ar seco ou
eventualmente acetona para limpar e secar

• preparação em um misturador mecânico, adicionar o componente B ao


componente A, misturar e homogeneizar por 3 minutos, Juntar aos poucos o
componente C (agregados) e homogeneizar por mais a minutos

• aplicação aplicar ponte de aderência NITOPRIMER 25, Respeitando o


tempo de manuseio e de colagem ( * ) do primer aplicar argamassa NITOMORTAR S,
pressionando-a fortemente contra o substrat0f em camadas seqüenciais de 0,5 cm até
atingir a espessura desejada (S 1,5 cm), Observar temperaturas ambientes de 10 a 30
0
C. Para espessuras maiores, defasar de mais de 5 horas e manter as superfícies que
receberão nova camada ranhuradas, para facilitar a aderência da camada posterior
• acabamento desempenadeira de aço
• Cura proteger contra radiação solar direta nas primeiras 5 horas
• cuidados trabalhar com luvas e óculos de segurança em locais ventilados
e limpar equipamentos e ferramentas com SOLVENTE 140 antes da polimerização do
sistema epóxi
• tempo de manuseio ou "pot-life" é o prazo disponível para aplicação do produto
• tempo de colagem é o prazo total, após mistura dos componentes do primer ou adesivo,
em que o material ainda adere. Também conhecido como tempo para aplicar o
revestimento ou "open-tirne

106

VIGAS

Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


- PILARES - LAJES - PAREDES
Localizados
Reparos Superficiais
Componente estrutural

Delimitação corn disco de corte

Ponte de aderência Área a ser reparada

-Argamassa de reparo ¯Delimitaçáo do contarno da área do reparo com disco de corte


Espessura máxima dc reparo (e)

Profundidade de corte com disco no contorno

5.3
Argamassa base poliéster
NITOUORTAR PE
• alcance 0,5 < e 1 *5 cm; área 50 cm x 50 cm ou faixas lineares de
largura 10 cm e comprimento < 1,0 m
corte do contorno profundidade de Op5 cm

• substrato seco, efetuando-se limpeza com jato de ar seco ou,


eventualmente, acetona para limpar e secar

Manual para Reparo, Reforço e Prateçáo de Estruturas de Concreto 129


- PILARES - LAJES - PAREDES
Localizados
• preparação despejar a resina num balde plástico limpo. Adicionar devagar o
agregado, homogeneizando pelo menos por 3 minutos

• aplicação pressionar fortemente a argamassa NITOMORTAR PE contra 0


substrato, em camadas seqüenciais de 0,5 cm até atingir a espessura desejada 1,5 cm).
Para espessuras maiores, defasar de mais de 5 horas e manter as superfícies que
receberão nova camada ranhuradas, para facilitar a aderência tia camada posterior.
Observar tempo de manuseio do material (*)

• acabamento desempenadeira de aço


proteger da radiação solar direta nas primeiras 5 horas
• cuidados trabalhar com luvas e óculos de segurança e em locais
ventilados

tempo de manuseio ou "pot-life" é o prazo disponível para aplicação do produto

Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reparos Superficiais Grandes Áreas


-

Componente estrutural

Ponte de aderênca

Argamassa de reparo

Espessura máxima
do revestimento (e)

5.4
Argamassa polimérica base cimento
RENDEROC S2
• alcance
• substrato saturado e com superfície seca, sem empoçamentos
• preparação em um misturador mecânico, adicionar o componente B ao
cornponente A, misturar e homogeneizar por 3 minutos

• aplicação aplicar ponte de aderência constituída por pasta de cimento


aditivada com NITOBOND AR, na relação (cimento: NITOBOND AR: água), em
volume. Pressionar fortemente a argamassa RENDEROC S'2 contra 0 substrato, em
camadas sequenciais de 1,0 cm até atingir a máxima espessura desejada (É 2,5 cm)

Manual para Reparo, Retorço e Proteçáa de Estruturas de Concreto


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reparos Superficiais Grandes Áreas


• acabamento desempenadeira de madeira, de feltro (espuma) ou de aço
tímida por 7 dias ou duas demãos de NITOBOND AR aplicadas
com pulverizador ou, após início de pega, com trincha ou rolo-
Nas primeiras 36 horas evitar radiação solar"direta através de
anteparos

108

Componente estrutural

Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reparos Superficiais Grandes Áreas


Argamassa projetada

Espessura máxima
da revestimento (e)

5.5

Argamassa polimérica projetada


RENDEROC S2 / RENDEROC
alcance 1,0 e 10,0 cm - RENDEROC 1--1B2 e cm -
RENDEROC S2
' substrato saturado e com superfície seca, sem empoçamentos
preparação em um misturador mecânico, adicionar o componente B ao
componente A, misturar e homogeneizar por 3 minutos
aplicação projetar a argamassa contra o substrato (processo via úmida),
de baixo para cima, em camadas seqüenciais até atingir a espessura desejada, 10,0
cm para RENDEROC 1--1B2 e para RENDEROC S2

acabamento desempenadeira de madeira, de feltro (espuma) ou de aço


cura úmida por 7 dias ou duas demãos de NITOBOND AR aplicadas
com pulverizador ou após início de pega, com trincha ou rolo.
Nas primeiras 36 horas evitar radiação solar direta através de
anteparos

10

Manual para Reparo, Retorço e Proteçáa de Estruturas de Concreto


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reparos Superficiais Grandes Áreas


-
Oasridades

estucarnento
carn dasemgena±ira aça

Minifissuras

821has

5.6
Estucamento
RENDEROC FC2
• alcance estucamento de superfície de concreto com qualquer área:
com espessura de até 0,3 cm
• substratolixado com lixadeira elétrica ou preparado com
jato de areia, Umedecido e com superfície seca

• preparação em um misturador mecânico, adicionar componente B ao


componente A, misturar e homogeneizar por 3 minutos

• aplicação aplicar o RENDEROC FC2 sobre a superfície, com


desempenadeira de aço. pressionando fortemente de modo a evitar a criação de uma

1 1 0 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reparos
camada de ar sobre concreto, ou seja, 0 RENDEROC FC2 deve preencher os furos:
cavidades e minifissuras
• acabamento desempenadeira de feltro (espuma; ou de aço. Após 36 horas
lixar
novamente, efetuar retoques: lixar e lavar a superfície
• curaúmida por 3 dias

OBS.Poderá ser utilizada uma pastá para estucamento preparada na seguinte


proporção: 2 volumes de cimento Portland comum: 1 volume de cimento
branco: 1 volume de alvaiade ou areia fina com Dmax 0,30 mm. Misturar bem
e adicionar solução de NITOBOND AR na relação de 1 de NITOBOND AR
para 3 de água. A proporção entre cimento Portland e cimento branco pode
variar um pouco em função da tonalidade original do concreto

Juntas de Moviw•entação

apoia de estiropor ou
mangueiras plásticas

5-7
Argamassa polimérica base cimento

Manual para Reparo, Retorço e Proteçáa de Estruturas de Concreto


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES
RENDEROC S2
• alcance reparo das bordas de juntas em superfícies de pequena
solicitação
• substrato cortar com disco de corte na profundidade de 1 cm (pisos) ou
0,5 cm (superfícies verticais). Demolir e escarificar na inclinação 3x1 a aresta do
componente estrutural. Limpar e manter o substrato saturado e com superfície seca,
sem empoçamentos

preparação em um misturador mecânico adicionar o componente B ao


componente A, misturar e homogeneizar por 3 minutos

• aplicação aplicar ponte de aderência constituída por pasta de cimento


aditivadn com NITOBOND AR, na relação 3:1:1 (cimento: NITOBOND AR: água), em
volume. Adensar a argamassa RENDEROC S2 nas bordas da junta, Executar em
camadas de espessura 2,5 cm, defasadas de 2 horas, mantendo as superfícies que
receberão nova camada ranhuradas

• acabamento desempenadeira de madeira, de feltro (espuma) ou de aço


úmida por 7 dias ou duas demãos de NITOBOND AR
aplicadas com pulverizador ou após início de pega com
trincha ou rolo. Nas primeiras 36 horas evitar radiação solar
direta através de anteparos
aplicação do selante após o total endurecimento das bordas (cerca de 7 dias) e
com as superfíeies secas aplicar o selante de acordo com
as recomendações de emprego do produto. Na maioria dos
casos é recomendável o uso de primer, Observar
profundidade h L (largura da junta). O selante não deve
aderir no fundo, somente nas laterais.

11 1

Reparos - Juntas de
Movimentação
5-8

Argamassa base epóxi


1 1 2 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural
VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reparos
NITOMORTAR S
• alcance reparo das bordas de juntas em superfícies verticais e
horizontais
• substrato cortar com disco de corte na profundidade de 0,5 cm.
Demolir e escarificar na inclinação 3 x 1 a aresta do componente estrutural. Limpar a
superfície com jato de ar seco ou eventualmente acetona
preparação em um misturador mecânico adicionar o componente B ao
componente A, misturar e homogeneizar por 3 minutos.
Juntar aos poucos o componente C (agregados), misturar e
homogeneizar por mais 3 minutos

• aplicação aplicar ponte de aderência NITOBOND EP sobre a superfície


seca e adensar energicamente a argamassa NITOMORTAR S respeitando 0 tempo
de manuseio e de colagem do adesivo NITOBOND EP. Executar em camadas de
espessura cm dcfasadas de 2 horas, mantendo as superfícies que receberão nova
camada ranhuradas

• acabamento desempenadeira de aço a Cura prot.eger


contra radiação solar direta nas primeiras 5 horas

• cuidados trabalhar com luvas e óculos de segurança, em locats


ventilados e li mpar equipamentos e ferramentas com SOLVENTE 140 antes da
polimerização do sistema epóxi
aplicação do selante após endurecimento das bordas (cerca de 24 horas) e com a
superfície seca, aplicar o selante de acordo com as
recomendações de emprego do produto. Na maioria dos
casosé recomendável o uso de primer. Observar
profundidade h L (largura da junta). O selante não deve
aderir no fundo, somente nas laterais

• tempo de manuseio ou "pot-life" é o prazo disponível para aplicação do produto.


• tempo de colagem é o prazo total, após mistura dos componentes do primer ou
adesivo, que 0 material ainda adere. Também conhecido por tempo para aplicar o
revestimento ou "opcn-time"

Manual para Reparo, Retorço e Proteçáa de Estruturas de Concreto


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

1 1 4 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reparos Profundos
Delimitar contorno
com disco de
profundidade 0,5
orn

Cantos
arredondados

Argamassa
de reparo

Escarificação

5-9
Argamassa polimérica base cimento
RENDEROC .HB2 *
• alcance espessuras de 1,0 cm a 5,0 cm
• substrato saturado e com superfície secat sem empoçamentos
• preparação em um misturador mecânico, adicionar o componente B ao componente A,
misturar e homogeneizar por 3 minutos
• aplicação aplicar ponte dc aderência constituída por NITOBOND HAR utilizando um
pincel de pelo curto- Aplicar a argamassa RENDEROC HB2 pressionando-a fortemente
contra 0 substrato com o auxílio de uma colher de pedreiro ou com as mãos protegidas
por uma luva, em camadas seqüenciais assegurando a total compactação do
RENDEROC HB2, até atingir a máxima espessura desejada (< 5,0 cm)

• acabamento desempenadeira de madeira, de feltro (espuma) ou de aço.


• curaúmida por 7 dias ou duas demãos de NITOBOND AR aplicadas com pulverizador
ou após início de pega, com pincel, trincha ou rolo. Nas primeiras 36 horas evitar
radiação solar direta através de anteparos

Também pode ser utilizado o RENDEROC TG, argamassa base cimento, com
sistema de compensação de retração, para aplicações com espessura de 1,0 cm
a 5,0 cm
p

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto 1 15


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reparos Profundos
Delfnitar contorno cam
disco de corlê
profundidade 11,5 cm

Cantas
arredondados

Argamassa de
reparo

Escarificação

Argamassa Seca É 'dry pack"


SHIM SET
• substrato seco com aplicação de ponte de aderência NITOBOND EP, adesivo base
epóxi

preparação em um misturador mccânico, adicionar água ao pó na relação água / pó de


0, 140, misturar e homogeneizar por 3 minutos
• aplicação aplicar ponte de aderência NITOBOND EP sobre a supcrfície seca e aplicar
argamassa SHIM SET em camadas finas (cerca de 1,0 cm), compactadas
energicamente com soquete de madeira, respeitando-se 0 tempo de manuseio e de
colagem do adesivo NITOBOND EP. A cada duas camadas, encravar o maior número
possível de pedras britadas pré-lavadas} colocando-as uma a uma na argamassa
fresca e compactando com um soquete de madeira, Repetir esta operação
cuidadosamente até preencher a cavidade

• tempo de manuseio ou "pot-life" é o prazo disponível para aplicação do produto


• tempo de colagem é o prazo total após mistura dos componentes do primer ou adesivo,
em que o material ainda adere. Também conhecido por tempo para aplicar o
revestimento ou "open-time*
Cançamentc, Delimitar comorno
r.orr, disco de corte
profundidade 0.5 cm

10 cm

Cantas arredondados

Fárma dotada de "cachimbo" Cortar exagssn

1 1 6 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reparos Profundos
Escarificação

5.10
Graute base cimento / microconcreto fluido
RENDEROC RG / RENDEROC LA
• alcance profundidade 6 cm RENDEROC RG profundidade de 3 cm a 30 cm
RENDEROC LA

• substrato saturado e com superfície seca sem empoçamentos ou seco com ade sivo
cpóxi NITOBOND EPPL

• preparação em um misturador mecânico, adicionar água ao pó na relação água/pó de


0,140 para 0 RENDEROC RG e 0,126 para 0 RENDEROC LA, Misturar e
homogeneizar por 3 minutos
aplicação preparar as fôrmas estanques e rígidas, com cachimbo ou funil alimentador.
Retirar as fôrmas, se necessário, para efetuar a saturação do
substrato ou com as superfícies secas aplicar o adesivo
NITOBOND EPPL c recolocá-las. Lançar 0 RENDEROC RG
ou RENDEROC LAI respeitando o prazo de colagem do
adesivo. Evitar bolhas de ar lançando calma e continuamentc
sempre pelo mesmo lado, até atingir altura 10 cm acima do
limite da cavidade a reparar, Observar prazo de no máximos
20 minutos após mistura para lançamento total do material

• acabamento após remover as fôrmas e depois de 24 horas} cortar os excessos,


sempre de baixo para cima para evitar lascamentos. Se necessário, dar acabamento
com RENDEROC S2

• Cura úmida por dias ou duas demãos de NITOBOND AR aplicadas com pulverizador,
trincha ou rolo imediatamente após desformar. Nas primeiras 36 horas evitar radiação
solar direta através de anteparos

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto 1 17


ARES - LAJES - PAREDES

s Profundos

Delimitar contorno
com disca de corte Vibrador profundidade Cl,5 cm
Cantos
IO
cm
arredo
ndados

dotada Fôrm
a
concrc10

Cortzr
exeegs
o

E
s
c
a
r
i
f
i
c
a
ç
ã
o

5.1 1
Concreto
• alcance qualquer profundidade
• substrato seco com aplicação de ponte de
aderência NITOBOND EP PL, adesiva base
epóxi

• preparação relação água total/cimento 0,50',


abatimento de 100 a 150 mm, adiLivo
superplastificante CONPLAST SP430;

eparo e Reforço Estrutural


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reparos Profundos

dimensão máxima característica do agregado


igual a 1/4 da menor dimensão da peça
• aplicação preparar fôrmas estanques e
rígidas * com "cachimbo" ou funil
alimentador. Retirar as fôrmas, aplicar o
adesivo (ponte de aderência) NITOBOND
EPPL e recolocar as fôrmas. Lançar o
concreto respeitando o tempo de manuseio e
o tempo de colagem ( * ) do adesivo. Evitar
bolhas de ar lançando calma e
continuamente até atingir altura 10 cm acima
do limite da cavidade- Adensar com soquetes
ou vibradores pequenos e adequados
• acabamento após remover as fôrmas e
depois de pelo menos 48 horas, cortar os
excessos sempre de baixo para cima para
evitar lascamentos. Se necessário, dar
acabamento com RENDER.OC S2

cura saturar com água por 14 dias ou duas


demãos de
NITOBOND AR
aplicadas com
pulverizador, trincha
ou rolo
imediatamente após
desformar

tempo de manuseio ou "pot-life" é o prazo


disponível para aplicação do produto
• tempo de colagem é o prazo total após
mistura dos componentes do primer ou
adesivo, em que o material ainda adere.
Também conhecido por tempo para aplicar o
revestimento ou "open-time"

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto 1 1


9
ARES - LAJES - PAREDES

16

Tubo de entrada dá argamassa

5.12

Reparo Reforço Estrutural


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reparos Profundos

Concr
eto
pré-
acondi
cionad
o ou
concre
to
injetad
o
• alcance qualquer
profundidade
• substrato saturado e com
superfície seca, sem empoçamentos
• preparação seixo rolado lavado
de dimensão contida entre as peneiras de
12,5 mm e 40 mm. Argamassa de traço em
massa 1 de cimento: 1,5 de areia seca com
dimensão máxima característica 1,2 mm e
relação água / cimento 0,45, com aditivo
superplastificante CONPLAST SP430

• aplicação preparar fôrrnas


estanques e rígidas. Colocar os agregados
graúdos e injetar água potável- Após
saturação, deixar a água escorrer e inje tar a
argamassa lenta e continuamente, por baixo,
Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto 1 1
11
ARES - LAJES - PAREDES

fazendo o ar ser expulso- Em cavidades de


grandes dimensões é conveniente dispor de
vários tubos de injeção espaçados de 50 cm
Cura saturado de água
por 14 dias ou duas
demãos de
NITOBOND AR
aplicadas com
pulverizador, trincha
ou rolo
imediatamente após
desformar

e'" Pisos

Planta

Material
de reparo

Corte

5.13

Reparo Reforço Estrutural


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reparos Profundos

Microconcreto de alta
resistência inicial
PATCHROC
• alcance1,0 < e 10,0 cm / LXI) 2,5 x m

• corte do contorno profundidade — 1,0


cm
• substrato saturado e com
superfície seca, sem empoçamentos
• preparação em um misturador
mecânico, adicionar água ao pó na relação
água/ pó igual a 0,120, Misturar e
homogeneizar por 3 minutos
• aplicação aplicar o PATCHROC
no local de reparo
em camadas
seqüenciais,
podendo atingir a
espessura de até 5
cm em uma só
camada. Para
espessuras maiores
que 5 cm (até IO
cm), aguardar 1
hora após 0
lançamento da
primeira camada e
lançar a segunda

• acabamento régua para


sarrafeamento, desempenadeira de
madeira, de feltro
(espuma) ou de aço
Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto 1 1
13
ARES - LAJES - PAREDES

• Cura duas demãos de


NITOBOND AR aplicadas com pulverizador
imediatamente após a execução do reparo

Importante. a área reparada poderá ser


liberada para trânsito de pedestres após 1
hora ou, para trânsito de veículos, após 2
horas do término do reparo, a 25 0 C.

18 a

Reparo Reforço Estrutural


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reparos
I Reforços
Corrosão por Cloretos

Argamassa de reparo
NITOPRIMER Zn
Adesivo
NITOBOND EP

5.14

Proteção da armadura
NITOPR'MER
• alcance reparos localizados ou generalizados com armaduras corroídas
• substrato remover o concreto ao redor das barras deixando pelo menos 2,5
cm livres. Limpar armaduras retirando os produtos de corrosão, com jato de areia ou
eventualmente lixa-ferro ou escovas de aço, removendo detritos com ar comprimido, Em
seguida proceder o hidrojateamento cuidadoso de toda a superfície das armaduras
• preparação misturar bem o produto na lata até obter homogeneidade
• aplicação antes da aplicação da argamassa de reparo (cimento, epóxi ou
poliéster) aplicar primer rico em zinco: NITOPRIMER zn, na superfície da armadura e
Manual para Reparo, Retorço e Proteçáa de Estruturas de Concreto
VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reparos
esperar a secagem por 30 minutos, Posteriormentep aplicar adesivo epóxi NITOBOND
EP na superfície do concreto, para formar barreira em relação ao concreto contaminado e
ao mesmo tempo f'ormar uma ponte de aderência. Aplicar a argamassa adensando bem
e respeitando as espessuras máximas de camadas recomendadas para o material
adotado (ver 5.1 a 5.4 e 5.9 e
5.10)

• eura a cura do primer ocorre pela simples evaporação do solvente


• cuidados trabalhar com luvas e óculos de segurança e em locais
ventilados

I -19

I Reforços
Corrosão por Cloretos

Inibidor de corrosão
alcance reparos, reforços generalizados e obras novas na presença dc
clore-
1 Procedimentos de Reparo e Retorço Estrutural
VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES
tos

• substra to remover o concreto ao redor das barras deixando pelo menos


2,5 cm livres. Limpar armaduras retirando os produtos de corrosão. Aplicar ponte de
aderência NITOBOND EP sobre substrato seco, para constituir barreira ao concreto
velho e contaminado
• preparação dissolver o inibidor de corrosão ( * ) na água de amassamento.
Usar
5% de inibidor em massa de cimento Portland comum ou
composto. Misturar bem e homogeneizar na argamassa ou
concreto
• aplicação os procedimentos de execução devem atender às
recomendações gerais (ver itens 5.4 e 5.5)
• acabamento desempenadeira de madeira, de feltro (espuma) ou de aço
cura úmida por 14 dias ou duas demãos de NITOBOND AR aplicadas
com pulverizador ou, após início de pega, com trincha ou rolo.
Nas primei ras 36 horas evitar radiação solar direta através de
anteparos.

• Inibidores de corrosão à base de nitrito de sódio ou de cálcio têm apresentado hom


desempenho

20
Reparo/Reforço - Subrnerso

Manual para Reparo, Retorço e Proteçáa de Estruturas de Concreto


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reparos
Rospiro

Cantos arredondados

Fêrmas estanques

5-16

Graute de base cimento


para Uso subaquático
CONBEXTRA UW
• alcance reparos ou reforços submersos, em água doce ou salgada, de
até
25 em de espessura

• substrato preparar a cavidade (mergulhador) demolindo e retirando o


concreto velho. Quando se tratar de reforço, este deve envolver o componente estrutural

• preparação em urn misturador mecânlco adicionar o CONBEXTRA UW à


água na relação água/pó de 0,22 e misturar energicamente por pelo menos 5 minutos

• aplicação preparar fôrmas rígidas e estanques, fixando-as bem contra a


estrutura e deixando espaço para a entrada do graute sob pressão (injecão ou
gravidade), de baixo para cima. Em cavidades de pequena profundidade cm), injetar 0
CONBEXTRA UW sem adição de agregados. Em cavidades maiores cmpregar o sistema
dc concreto pré-acondicionado (item 5.12). Observar, no máximo, 20 minutos após a
mistura para lançamento total do CONBEXTRA UW acabamento Se
necessário, retirar excesso após 36 horas

1 Procedimentos de Reparo e Retorço Estrutural


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

121

Manual para Reparo, Retorço e Proteçáa de Estruturas de Concreto


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES
Reforço - Emendas para
Reconstituição da Seção de
Arn•adura

Armadura de costura

4 cm (ou conforme projeto)

LOKSET S
Armadura de costura

5.
17
Por traspasse
• comprimento do traspasse para armadura comprimida, de acordo com o proj eto ,
recomendando-se:
• argamassa base cimento: L 40 Q) com espessura de cobrimento conforme NBR 6118
• argamassa e graute base epóxi: L 30 corn d > 0,5 cm
• argamassa base poliéster: L > 30 com d 0,5 cm
a
grautes base cimento, microconcretos e concretos: L 40 com espessura de cobrimento
conforme NBR 6118

• comprimento do traspasse para armadura tracionada, de acordo com D projeto,


recomendando-se:
• 12,5 mm e até 50 % das emendas na mesma seção - idem para armadura
comprimida

Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reforço -
12,5 mm e até 100 % das emendas na mesma seção - aumentar de 50 % o
comprimento do traspasse n 12,5 mm: seguir NBR-6118 seção 6.3.5.2
• Observação: armadura CA-50 nervurada,

122

Emendas para
Reconstituição da Seção de
Arrnadura

Luva tipo CCL (ideal)


2,5

Manual para Reparo, Retorço e Proteçáa de Estruturas de Concreto


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES
50 50

5.18

Por luva ou solda


• empregar emendas com luva de pressão tipo CCL da FOSROC
• caso não seja possível a emenda com luva de pressão, empregar solda somente para
aço classe A
• preferencialmente a solda deve ser aplicada dos dois lados da barra
• usar eletrod0E 7018 ou E 6013 (AWS)
• após aplicar uma passada (cordão) de solda, esperar que esfrie até poder tocar com a
mão, antes de aplicar a camada seguinte
• em situações de maior responsabilidade a solda deve ser evitada, pois pode conduzir à
fragilização do aço

123

Reforço - Injeção de Fissuras


Abertura acima de lã rnrn

Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reforço -
Graute Diques Graute

Cachimbo OLI

funil alimentador selos de

NITOMORTAR S

5.19 Graute base epóxi


CONBEXTRA EPS I CONBEXTRA EPL
• alcance aberturas de 10 mm a 40 mm CONBEXTRA EPS aberturas de
35 mm a 70 CONBEXTRA EPL

• substrato seco e limpo com ar comprimido após lavagem prévia, quando


necesSário

• preparação em um misturador mecânico adicionar o componente B ao


componente A, misturando por 3 minutos. A seguir, adicionar o componente C
(agregados), misturar e homogeneizar por mais 3 minutos
• aplicaçãoverter 0 graute CONBEXTRA EPS ou
CONBEXTRA EPL sempre pelo mesmo lado para evitar a formação de bolsões de ar,
até o prcenchimento total do vão. Observar temperatura ambiente de IO 0 C a
30 oc

• acabamento retirar o excesso depois de 2 horas, sempre de baixo para


cima
• cuidados trabalhar com luvas e óculos de segurança, em locais
ventilados e limpar equipamentos e ferramentas com SOLVENTE 140, antes da
polimerização do sistema epóxi

Manual para Reparo, Retorço e Proteçáa de Estruturas de Concreto


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

124

Injeção de
Fissuras
Fixar a cada 5 a 30 cm
Limpar, comprovando
tubos plástirrus ou niples comunicação entre os tuboS

aspectals com

NITOMORTAR PE Inielar o sistema epóxi


Bico iruetor
Limpar e selar a fissura
COZI N ITOVORTAF_A PE

Recipiente do sistema epoxi

5.20

Graute base epóxi


CONBEXTRA EPLV
• alcance aberturas de mm a 9,0 mm
• substrato seco e limpo com ar comprimido após lavagem prévia, quando
necessário

• preparação adicionar o componente B ao A, misturar e homogeneizar por 3


minutos
a
aplicação a cada 5 cm (abertura mm) ou a cada 30 cm (aberturas entre 1,0
e 10 mm), fixar tubos plásticos ou niples para injeção com
NITOMORTAR PE, Limpar a fissura com água sob pressão .com
ou sem detergente) e secá-la com jato de ar comprimido. Selar a
fissura com NITOMORTAR PE em todo o seu contorno. Limpar
novamente com ar comprimido comprovando comunicação entre
bicos e efici ência do selo. Injctar o sistema epóxi CONBEXTRA
EPLV, sempre dc baixo para cima ou de um lado para o outro.

Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reforço -
Quando o material aflorar no tubo adjacente, vedar o anterior e
continuar a injetar a partir deste, e assim sucessivamente
acabamento depois de 24 horas, retirar o excesso e dar acabarnento
com
RENDEROC S2
cuidados trabalhar com luvas e óculos de segurança e em locais
ventilados

125

Manual para Reparo, Retorço e Proteçáa de Estruturas de Concreto


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reforço -
Carla inicial Armadura complementar

Escarificaçao
Argamassa

complementar Corte inicial com disca

I_OKSET S
Escar ifcaçaa

Armaduras Ernbutidas
Disco de corte

Escarificação

Armadura complementar

Argamassa epáxi

PILARES

5-21
Argamassa base epóxi
NITOMORTAR S
• alcance reforços estruturais permanentes que mantêm a estética e a
geometria da seção original

• substrato cortar com disco de corte (profundidade 0,5 cm) e escarificar


um nicho ou berço de 3 cm x 3 cm. Limpar com jato de ar seco e, eventualmente,

126 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reforço -
acetona instantes antes de aplicar o adesivo NITOBOND EP no concreto, com 0
substrato seco. A armadura deve ser lixada com lixa de ferro e limpa com jato de ar
seco ou acetona, instantes antcS da aplicação do adesivo

• preparação em um misturador mecânico adicionar o componente B ao


componente A, misturar por 3 minutos. Adicionar o componente C aos poucos,
misturar e homogeneizar por g minutos

• aplicação empregar armadura nervurada e levar em conta o


comprimento de traspasse para ancoragem reta (Item 5.17) ou empregar ganchos
retos nas extremidades fixadas com LOKSET S. Aplicar o adesivo NITOBOND EP e,
respeitando o seu tempo de manuseio e de colagem (*), preencher o nicho com
argamassa base cpóxi NITOMORTAR S bem adensada no berço
• acabamento desempenadeira de aço. Colocar em carga somente após 7
dias
• cuidados trabalhar com luvas e óculos de segurança, em locais
ventilados e limpar equipamentos e ferramentas com SOLVENTE 140 antes da
polimerização do sistema epóxi

• tempo de manuseio ou "pot-life" é o prazo disponível para aplicação do produto


tempo dc colagem é o prazo total, após mistura dos componentes do primer ou
adesivo, em que o material ainda adere. Também conhecido por tempo para aplicar o
revestimento ou "open-time'

Chapas Metálicas

Manual para Reparo, Retorço e Proteçáa de Estruturas de Concreto


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reforço

rnelàliec:

estribos

Armatura
continuas

Armadura pcsitiva em lajes

Aderidas ao Concreto
Estiropor
Cantonairas papeiao grassnou em pilares Armadura longitudinal em vigas

522
Adesivo base epóxi
NITOBOND EPD / NITOPRIMER S
• alcance reforços estruturais permanentes que mantêm a estética e a
geometria original- Não devem ser usados em situações de temperaturas elevadas ( >
55 o c)

128 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reforço -
• substrato retirar revestimentos de argamassa e pintura e remover, por
escarificaçào, a nata superficial do concreto. Obter uma superfície plana e rugosa. Se
necessário, preencher cavidades e regularizar a superfície com argamassa epóxi
NITOMORTAR S, aplicada sobre ponte de aderência NITOBOND EP. Instantes antes
da aplicação do adesivo NITOBOND EPI), limpar a superfície do concreto, que deve
estar seca, com jato de ar ou eventualmente acetona. As chapas metálicas devem ser
preparadas com jato de areia ou lixarnento elétrico: no máximo 2 horas antes da
colagem, Instantes antes da aplicação do adesivo NITOPRIMER S, limpar e secar a
superfície das chapas metálicas com jato de ar seco ou eventualmente, acetona

127

•Chapas Metálicas
Aderidas ao Concreto
(continuação)
e preparação adicionar o componente B ao componente A, misturar e
homogeneizar por 3 minutos
• aplicação deve estar de acordo com o projeto. As chapas de aço devem
ter furo dc 3 mm de diâmetro a cada 15 cm para deixar escapar o ar e devem ter
espessura máxima de 4 mm. Recomenda-se fixar as chapas com o auxílio de
parafusos e porcas. Esses parafusos devem ser previamente chumbados no
componente estrutural com LOKSET P. Aplicar o adesivo NITOBOND EPD na
superfície do concreto numa espessu ra da ordem de 2 a 3 mm. Aplicar 0 adesivo
NITOPRIMER S na superfície das chapas metálicas a serem colocadas. Pressionar
fortemente as chapas metálicas contra a superfície do componente estrutural,
apertando-se as porcas e com o auxilio de caibros e escoras te lescópicas,
respeitando o tempo de manuseio e de colagem dos adesivos. Pressionar até obter
espessura uniforme do adesivo inferior a 1 mm
• acabamento retirar o escoramento após 48 horas. Retirar os excessos de
adesivo enquanto ainda não endureceu colocar em carga
após 7 dias
• cuidados trabalhar com luvas e óculos de segurança, em locais
ventilados e limpar equipamentos e ferramentas com SOLVENTE 140, antes da
polimerização do sistema epóxi tempo de manuseio ou "pot-life" é o prazo disponível
para aplicação do produto

Manual para Reparo, Retorço e Proteçáa de Estruturas de Concreto


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reforço
• tempo de colagem é o prazo total, após mistura dos componentes do primer ou
adesivo, em que o rnaterial ainda adere. Também conhecido por tempo para aplicar o
revestimento ou "open-time"

Vigas g pilares cisalhados

Estribos Estribo

5-23

Chapas metálicas soldadas


• alcance reforço emergencial e provisório em casos de ruptura
(incêndios, sobrecargas)
aplicação ajustar cantoneiras metálicas nas arestas. Aquecer a 100 o c
chapas metálicas que atuarão como estribos e soldá-las às
cantoneiras, Com o resfriamento das chapas ocorre uma
compressão do componente eslrutural, a que assegura urna
certa aderência

130 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


VIGAS - PILARES - LAJES - PAREDES

Reforço
Caso de Emergência
Incêndio / Impactos
Viga Laje

Escoramento Escoramenlo ou demolição

5.24

Vigas e lajes
As vigas e lajes devem ser escoradas e encunhadas evitando-se, no entanto, forçar
muito para levar à posição original. A recuperação e reforço definitivos, quando viáveis,
devem seguir as recomendações específicas deste manual (5.26 a 5.35 e 5.41 a 5.48),

Manual para Reparo, Retorço e Proteçáa de Estruturas de Concreto


VIGAS

Reforço - Flexão
Pilares e paredes:
concreto projetado
Em pilares cisalhados pode-se cintar rapidamente com armadura helicoidal e projetar
concreto com aditivo QUICKSOCRETE SPRAYSET SUPER (item 5.39) ou cintar com
chapas metálicas solda dag (item 5.23)
Em paredes de concreto ou alvenaria, pode ser conveniente fixar uma malha ou tela na
superfície e projetar 0 concreto com QUICKSOCRETE SPRAYSET SUPER
A recuperação e reforço definitivos, quando viáveis, devem seguir as recomendações
específicas deste manual (itens 5.36 a 5.40)
Podc scr empregado um material pré-dosado e pré-embalado, que facilita e minimiza as
operações no campo, LOKCRETE, concreto projetado pré-formulado.

129
Alternativa 1 Alternativa 2

Mínimo
20 cm
mm

novo
mm

Furos
Chumbar com
LOKSET
Escarificação

Armaduras novas (o)

Armaduras novas

132 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


VIGAS

Reforço - Flexão

conforme projeto)

Abertura na laje para grauteamento Viga

10 cm
Pilar

Fôrmas

Chumbar com LOKSET P

5-26
Microconcreto fluido
RENDEROC LA
• alcance reforços cuja maior dimensão na seção de reforço não supera
30 cm
• substrato concreto demolido com superfície preparada na inclinação 3 x
1, escarificado e seco, com aplicação de ponte de aderência base epóxi NITOBOND
EPPL sobre 0 substrato seco
• preparaçãoem um misturador mecânico adicionar água ao
microconcreto na relação água/pó de O, 126, misturar e homogeneizar por 3 minutos

Manual para Reparo, Retorço e Proteçáa de Estruturas de Concreto


VIGAS

Reforço - Flexão
(continuação)
• aplicação deve estar de acordo com o projeto. Quando necessário, furar
a viga e colocar novos estribos pelo menos a 20 cm da face inferior e fixá-los com
LOKSET P. Colocar a nova armadura longitudinal distanciada da existente de
aproximadamente 1 cm na vertical e 2 cm na horizontal. Fixar as pontas da arrnadura
longitudinal nos pilares com LOKSET P, com o comprimento indicado no projeto no
mínimo igual a 6 cm. Preparar fôrmas estanques e rígidas. Retirar as fôrmas, aplicar
adesivo epóxi NITOBOND EP PL, recolocar as fôrmas e verter microconcreto
RENDEROC LA respeitando o tempo de manuseio e de colagem do adesivo O
RENDEROC LA deve ser lançado calma e continuamente somente por um dos lados
da viga, até que apareça do outro lado, evitando-se formação de bolhas de ar, até
atingir pelo menos 10 cm acima da superfície da colagem

• acabamento após remover as fôrmas e pelo menos 48 horas depois, cortar


os excessos, sempre de baixo para cima para evitar lascamentos. se necessário dar
acabamento com RENDEROC S2
úmida por 7 dias ou duas demãos de NITOBOND AR
aplicadas com pulverizador, trincha ou rolo imcdiatamente
após desformar, Nas primeiras 36 horas evitar radiação solar
direta através de anteparos
• cuidados escorar a estrutura descarregando a viga antes da execução
dos reforços. Liberar escoramentos somente após 7 dias

tempo de manuseio ou "pot.-life" é o prazo disponível para aplicação do produto


• tempo de colagem é o prazo total, após mistura dos componentes do primer ou
adesivo, em que o material ainda adere. Também conhecido por tempo para aplicar o
revestimento ou "open-time"

134 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


VIGAS

Reforço - Flexão
131
A lternativa 1 Allernativa 2
Escarificação

cm
Novas
armaduras

mín-

Abertura na laje

Fôrrnas Concrelo

5.27
Concreto
• alcancc reforços com qualquer dimensão
• substrato seco com aplicação de ponte de aderência, base epóxi
NITOBOND EPPL
preparação relação água total/cimento 0,50; abatimento de 100 a 150 mm;
aditivo superplastificante CONPLAST SP430 e dimensão
máxima característica do agregado graúdo igual a 1/4 da
menor dimensão da peça

• aplicação deve estar de acordo com o projeto. Quando necessário, furar


a viga e colocar novos estribos pelo menos a 20 cm da face inferior e fixá-los com
LOKSET P. Colocar a nova armadura longitudinal respeitando distanciamento livre de
1 cm na vertical e 2 cm na horizontal. Chumbar as pontas da armadura longitudinal
nos pilares com LOKSET P, com o comprimento indicado no projeto (mínimo igual a 6
Manual para Reparo, Retorço e Proteçáa de Estruturas de Concreto
VIGAS

Reforço - Flexão
cm). Preparar fôrmas estanques e rígidas. Retirar as fôrmas, aplicar adesivo epóxi
NITOBOND F,PPL, recolocar as f'ôrrnas e concret.ar respeitando o tempo de
manuseio e de colagem ( T ) do adesivo. O concreto deve ser lançado calma e
continuamente somente por um dos lados da viga até que apareça do outro lado,
evitando-sc a formacão de bolhas de ar. Adensar com vibradores

(continuação)
• acabamentoapós remover as fôrmas c pelo menos 48 horas
depois, cortar os excessos sempre de baixo para cima para evitar lascamentos. Se
necessário, dar acabamento com RENDEROC S2
saturado de água por 14 dias ou duas demãos de
NITOBOND AR aplicadas com pulverizador, trincha ou rolo
imediatamente após desformar
• cuidadosescorar a estrutura descarregando a viga antes da
execução dos reforços. Liberar escoramentos somente após 21 dias

• tempo de manuseio ou "pot-life" é o prazo disponível para aplicação do produto


• tempo de colagem é o prazo total, após mistura dos componentes do primer ou
adesivo, em que o material ainda adere, Também conhecido por tempo para aplicar o
revestimento ou "open-time"

136 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


VIGAS

Reforço - Flexão
1 33

nova

Chumbar com
LOKSET P

5.28 Concreto projetado


• alcance reforços com qualquer dimensão

• substrato saturado c com superfície seca sem empoçamento

• preparação agregado graúdo com dimensão máxima característica 19


mm; traço em massa de 1 cm de cimento para 2 a 2,5 de areia mais agregados
graúdos; relação água total/cimento de 0,35 a 0,50
• aplicação iniciar a projeçáo pelos cantos e cavidades, revestindo-se a
seguir as armaduras. Projetar em camadas seqüenciais com
espessura 5 cm, até atingir a espessura desejada.
Utilizar o aditivo QUICKSOCRETE SPRAYSET SUPER para
diminuir a reflexão e auxiliar na formação da primeira camada
de concreto. O excesso de concreto deve ser retirado
mediante sarrafeamento
• acabamentodesempenadeira de madeira ou apenas
sarrafeado, ou até ao natural, corno um "chapiscào"
cura úmida por 14 dias ou duas demãos de NITOB()ND AR
aplicadas com pulverizador ou, após Início de pega, com

Manual para Reparo, Retorço e Proteçáa de Estruturas de Concreto


VIGAS

Reforço - Flexão
t.rincha ou rolo. Nas primeiras 36 horas evitar radiação solar
direta através de anteparos
Pode ser empregado um material pré-dosado que facilita e
minimiza as operações no campo, LOKCRETE, concreto
projetado pré-formulado

138 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


VIGAS

Reforço Flexão
-

grosso

Armadura longitudinal em vigas

L OKSET

Chapa metálica

Parafuso

5.29 Chapas metálicas aderidas com epóxi


Manual para Reparo, Retorço e Proteçáa de Estruturas de Concreto
Reforço FlexãO
NITOBOND EPD/NITOPRIMER S
• alcance reforços permanentes. Não devem ser usados em situações de
temperaturas elevadas (> 55 o c)

• substrato retirar revestimentos de argamassa e pintura e remover, por


escarificação, a nata superficial do concreta, Obter uma superfície plana e rugosa, Se
necessário, preencher cavidades e regularizar a superfície com argamassa epóxi
NITOMORTAR S; aplicada sobre a ponte de aderência NITOBOND EP. Instantes antes
da aplicação do adesivo NITOBOND EP D limpar a superfície do concreto — que deve
est.ar seca com jalo de ar ou eventualmente acetonaAs chapas metálicas devem ser
preparadas com jato de areia ou lixa mento elétrico no máximo 2 horas antes da
colagem. Instantes antes da aplicação do adesivo NITOPRIMER S, limpar e secar a
superfi cie das chapas metálicas com jato de ar seco ou, eventualmente, acetona

• preparação adicionar o componente B ao componente A, misturar e


homogeneizar por 3 minutos

135
VIGAS

- (continuação)
• aplicação dcvc estar de acordo com o projeto, As chapas de aço devem
ter furos de 3 mm de diâmetro a cada 15 cm para deixar escapar o ar e devem ter
espessura máxima de 4 mm. Recomenda-se fixar as chapas com o auxílio de parafusos
e porcas, Esses parafusos devem ser previamente fixados no componente estrutural
com LOKSET P, Aplicar o adesivo NITOBOND EPD na superfície do concreto numa
espessura. da ordem de 2 a 3 mm. Aplicar 0 adesivo NITOPRIMER S na superfície das
chapas metálicas a serem coladas. Pressionar forte mente as chapas metálicas contra a
superfície do componente estrutural, apertando-se as porcas e com o auxílio de caibros
e escoras, respeitando o tempo de manuseio e de colagem ( * ) dos adcsivos.
Pressionar até obter espessura uniforme de adesivo inferior a l, -5 mm
• acabamento retirar o escoramento após 48 horas. Retirar o excesso do
adesivo enquanto ainda não endureceu colocar em carga
somente após 7 dias
• cuidados trabalhar com luvas e óculos de segurança, em locais ventilados
e limpar equipamentos e ferramentas com SOLVENTE 140, antes da polimerização do
sistema epóxi

140 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


VIGAS

Reforço Cortante
• tempo de manuseio ou "pot-life" é o prazo disponível para aplicação do produto
• tempo de colagem é o prazo total, após mistura dos componentes do primer ou
adesivo, em que o material ainda adere. Também conhecido por tempo para aplicar o
revestimento ou "open-time"

Manual para Reparo, Retorço e Proteçào de Estruturas de Concreto


Reforço FlexãO
Sulcos Escarifioação

Viga armadura

Nova armadura Argamassa


de reparo

5.30

Argamassa base epóxi


N'TOMORTAR S
• alcance manutcnção da geometria original
substrato cortar com disco de corte ( 0,5 cm para superfícies verticais e
1,0 cm para superfícies horizontais), Escarificar um nicho ou
bergo de 3 cm x 3 cm. Limpar com jato de ar seco ou,
eventualmente, acetoria instantes antes de aplicar o adesivo
NITOBOND EP no concreto com a superfície seca. A armadura
deve ser lixada com lixa de ferro e limpa comjato de ar seco ou
acetona, instantes antes da aplicação do adesivo

• preparação em um misturador mecânico, adicionar o componente B ao


componente A, misturar por 3 minutos. Adicionar o componente C (agregados) aos
poucos, misturar e homogeneizar por 3 minutos

• aplicação deve estar de acordo com O projeto. Empregar armadura


nervurada e levar em conta os comprlmentos de traspasse para ancoragem reta ou
empregar ganchos retos nos extremos fixados com o LOKSET P Aplicar 0 adesivo
NITOBOND EP respeitando 0 seu tempo de ma nuscio e de colagem (*), preencher o
nicho com argamassa base epóxi NITOMORTAR S, bem adensada no berço

• acabamento desempenadeira de aço. Colocar em carga somente após 7


dias
• cuidados trabalhar com luvas e óculos de segurança, em locais
ventilados e limpar equipamentos e ferramentas com SOLVENTE 140, antes da
polimerização do sistema epóxi

142 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


VIGAS

Reforço Cortante
tempo de manuseio ou "pot-life" é o prazo disponível para aplicação do produto tempo
de colagem é o prazo total, após mistura dos componentes do primer ou adesivo, em que
o material ainda adere, Também conhecido por tempo para aplicar o revestimento ou
"open-time"

1 37

Manual para Reparo, Retorço e Proteçào de Estruturas de Concreto


VIGAS

Reforço Cortante
-
Lale

Viga

Chapa metálica
Estribos em vigas

Chapa metálica

LOKSET P

Parafuso

Adesivo

5.31
Chapas metálicas aderidas com epóxi
NITOBOND EPD 1 NITOPR'MER S
• alcance reforços estruturais permanentes que mantêm a estética e
geometria original. Não devem ser usados em situações dc temperaturas elevadas ( >
55 c c)
Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural
VIGAS

Reforço - Cortante
• substrato retirar revestimentos de argamassa e pintura e remover, por
escarificaçào, a nata superficial do concreto. Obter uma superfície plana c rugosa. Sc
necessário, preencher cavidades e irregularidades com argamassa epóxi
NITOMORTAR S aplicada sobre ponte de aderên cia NITOBOND EP, Instantes antes
da aplicação do adesivo NITOBOND EPI), limpar a superfície do concreto que deve
estar seca com jato de ar ou, evcntualmente, acetona. As chapas metáli cas devem ser
preparadas com jato de areia ou lixamento elétrico, no máximo duas horas antes da
colagem. Instantes antes da aplicação do adesivo NITOPRIMER S, limpar secar a
superfície das chapas metálicas com jato de ar seco ou, eventualmentc% acetona

• preparação adicionar o componente B ao componente A, misturar e


homogenei zar por 3 minutos

1 38

(continuação)

• aplicação deve estar de acordo com o projeto- As chapas de aço devem


ter furos de 3 mm de diâmetro a cada 15 cm para deixar escapar o ar e devem ter
espessura máxima de 4 mm Recomenda-se lixar as chapas com auxílio de parafusos e
porcas- Esses parafusos devem ser previamente fixados ao componente estrutural com
LOKSET P. Aplicar o adesivo NITOBOND EPD na superfície do concreto, numa
espessura da ordem de 2 a 3 mm. Aplicar o adesivo NITOPRIMER S na superfície das
chapas metálicas a serem coladas, Pressionar fortemente as chapas metálicas contra
as superfícies do componente estrutural apertando-se as porcas e com o auxílio de
caibros e escoras, respeitando o tempo de manuseio e de colagem ( * ) dos adesivos-
Pressionar até obter espessura uniforme de adesivo inferl ora 1,5 mm
• acabamento retirar o escoramento após 48 horas. Retirar o excesso do
adesivo enquanto ainda não endureceu colocar em carga
somente após 7 dias
• cuidados trabalhar com luvas e óculos de segurança, em locais
ventilados e limpar equipamentos ferramentas com SOLVENTE 140, antes da
polimerização do sistema epóxi

tempo de manuseio ou "pot-life" é o prazo disponível para aplicação do produto


• tempo de colagem é o prazo total, após mistura dos componentes do primer ou adesivo,
em que o material ainda adere. Também conhecido por tempo para aplicar o
revestlment,o ou "open-time

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto 145


VIGAS

Reforço - Torção
Abertura na 'aje

Grauteamento

Escarificação

Armadura existenteAdesivo ápoxi


NITOBOND Armadura nova para combater torção

5-32
Graute base cimento / microconcreto fluido
RENDEROC RG 1 RENDEROC LA
• alcance espessura 6 cm RENDEROC RG espessura 30 cm
RENDEROC LA

• substrato concreto demolido com superfície preparada na inclinação 3 x 1,


escarificado e seco com aplicação de ponte de aderência base epóxi NITOBOND EPPL

• preparação em um misturador mecânico, adicionar água ao pó na relação


água / pó de 0,140 para 0 RENDEROC RG e 0,126 para 0 RENDEROC rnisturar e
homogeneizar por 3 minutos

• aplicação deve estar de acordo com o projeto. Colocar a nova armadura


longitudinal distanciada da existente de aproximadamente I cm na vertical e 2 cm na
horizontal. Chumbar as pontas da armadura longitudinal nos pilares com o LOKSET P,
com o comprimento indicado no projeto, no mínimo igual a G cm, Preparar fÔrmas
estanques e rígidas. Retirar as fôrmas* aplicar adesivo epóxi NITOBOND EPPL,
recolocar as fôrmas e verter 0 graute ou 0 microconcreto RENDEROC RG ou

146 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


VIGAS

Reforço - Cortante
RENDEROC LA respeitando o tempo de manuseio e de colagem ( * ) do adesivo. O
graute ou microconcreto deve ser lançado calma e continuamente somentc por um dos
lados da viga até que apareça do outro lado, evitando a formação de bolhas de ar

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto 147


VIGAS

Reforço - Torção
(continuação)
acabarnento após remover as firmas e pelo menos 48 horas depois, cortar
os excessos sempre de baixo para cima para evitar
lascamentos- Se necessário dar acabamento com
RENDEROC S2
o cura úmida por 7 dias ou duas demãos de NITOBOND AR
aplicadas com pulverizador, trincha ou rolo imediatamente após desformar. Nas
primelras 36 horas evitar radiação solar direta através de anteparos
o cuidados escorar a estrutura descarregando a viga antes da execução
dos reforços. Liberar escoramento somente após 7 dias.

o tempo de manuseio ou "pot-life" é o prazo disponível para aplicação do produto


o tempo de colagem é o prazo total, após mistura dos componentes do primer ou
adesivo, em que o mat.erial ainda adere- Também conhecido por tempo para aplicar o
revestimento ou "open-time"

148 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


VIGAS

Reforço - Torção

Concreto
alcance reforços com qualquer dimensão
substrato seco com aplicação de ponte de aderência basc epóxi
EPPL
preparação relação água total./cimento abatimento dc 100 a 150 mm;
aditivo superplastificante CONPLAST SP430 e dimensão máxima característica do
agregado graúdo igual a 1/4 da menor dimensão da peça
aplicação deve estar de acordo com o projeto, Colocar a nova armadura
longitudinal distanciada da existente aproximadamente 1 cm na vertical e 2 cm na
horizontal. Chumbar as pontas da armadura longitudinal nos pilares com LOKSET P,
com o comprimento indicado no projeto no mínimo igual a 6 cm, Preparar fôrrnas
estanques c rígidas, Retirar as fôrmas, aplicar adesivo epóxi NITOBOND EPPL,
recolocar as fôrmas e concretar respeitando o tempo de manuseio e de colagem ( * )
do adesivo. O concreto deve ser lançado somente por um dos lados da viga até que
apareça do outro lado, evitando-se bolhas de ar- Adensar com vibradores
acabamento desempenadeira de madeira
cura saturado de água por 14 dias ou duas demãos de NITOBONI)
AR aplicadas com pulverizador, trincha ou rolo imediatamente
após desformar
cuidados escorar a estrutura descarregando a viga antes da execução
dos reforços. Liberar escoramento somente após 21 dias

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto 149


VIGAS

Reforço - Torção
tempo de manuseio ou "pot-life" é o prazo disponível para aplicação do produto tempo
de colagem é o prazo total, após mistura dos componentes do primer ou adesivo, em que
o material ainda adere. Também conhecido por tempo para aplicar o revestimento ou
"open-time'
Chumbar com LOKSET P

Concreto projetado
alcance reforços com qualquer dimensão
substrato saturado e com superficie seca sem empoçamentos
agregado graúdo com dimensão máxima característica 19
mm; traço em massa de 1 dc cimento para 2 a 2.5 de areia
mais agregados graúdos; relação água/cimento de 0,35 a
aplicação devc estar de acordo com o projeto- Colocar a nova armadura
longitudinal distanciada da existente aproximadamente 1 cm na vertical e 2 cm na
horizontal. Chumbar as pontas da armadura com LOKSET P, com o comprimento
indicado no projeto, no mínimo igual a 6 cm. Iniciar a projeção pelos cantos e
cavidades, revestindo-se a seguir as armaduras. Projetar em camadas sequenciais
com espessura 5 cm, até atingir a espessura desejada. Utilizar 0 aditivo
QUICKSOCRETE SPRAYSET SUPER. O excesso de concreto deve ser retirado com
sarrafeamento
acabamento desempenadeira de madeira ou apenas sarrafeado, ou até ao
natural como um "chapiscão"

150 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


VIGAS

Reforço - Torção
cura úmida por 14 dias ou duas demãos de NITOBOND AR
aplicadas com pulverizador ou, após início de pega, com trincha ou rolo. Nas primeiras
36 horas evitar radiação solar direta através de anteparos

Obs.: Pode ser empregado um material pré-dosado, que


facilita e minimtza as operações no campo, LOKCRETE,
concreto projetado pré-formulado

Escarificar
regularizar

longitudinal

Estri
bos de chapas metálicas
Parafuso

5.35
Chapas metálicas aderidas com epóxi

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto 151


VIGAS

Reforço - Torção
NITOBOND EPD NITOPRIMER S
• alcance reforços permanentes, Não devem ser usados em situaçOes
de temperaturas elevadas 55 0C)

• substrato retirar revestimentos de argamassa e pintura e remover, por


escari ficação, a nata superficial do concreto. Obter uma superfície plana c rugosa- Se
necessário, prccnchcr cavidades e irregularidades com argamassa epóxi
NITOMORTAR S aplicada sobre ponte de aderên cia NITOBOND EP. Instantes antes
da aplicação do adesivo NITOBOND EPI), limpar a superfície do concreto — que deve
estar seca com jato de ar seco ou acetona, As chapas metálicas devem ser preparadas
com jato de areia ou lixamento elétrico, no máximo 2 horas antes da colagcm. Instantes
antes da aplicação do adesivo NITOPRIMER S, limpar e secar a superficie das chapas
metálicas com jato de ar seco ou acetona

152 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


VIGAS

Reforço - Torção
(continuação)
adicionar o componente B ao componente A, misturar e
homogeneizar por 3 minutos

• aplicação de acordo com o projeto. As chapas de aço devem tcr furos


de 3 mm de diâmetro a cada 15 cm para deixar escapar o ar e devem ter espessura
máxima de 4 mm.
Recomenda-se fixar as chapas com o auxílio de parafusos e
porcas. Esses parafusos devem ser previamente fixados no
componente estrutural com LOKSET P. Aplicar 0 adesivo
NITOBOND EPD na superfície do concreto numa espessura
da ordem de 2 a 3 mm. Aplicar 0 adesivo NITOPRIMER S
na superfície das chapas metálicas a serem coladas. Com o
auxílio de caibros e escoras, pressionar fortemente as
chapas metálicas contra a superfície do componente
estrutural apertando-se as porcas e respeitando o tempo de
manuselo e de colagem ( * ) dos adesivos. Pressionar até
obter espessura uniforme de adesivo inferior a 1,5 mm

• acabamento retirar o escoramento após 48 horas. Retirar o excesso do


adesivo enquanto ainda não endureceu

• cura colocar em carga somente após 7 dias

Manual para Reparo, Reforço e Prcteçâo de Estruturas de Concreto 153


PILARES

Reforço
• cuidados trabalhar com luvas e óculos de em locais
ventilados e limpar equipamentos e ferramentas com SOLVENTE 140: antes da
polimerização do sistema epóxi

tempo de manuseio ou "pot-life" é o prazo disponível para aplicação do produto


• tempo dc colagem é o prazo total, após mistura dos componentes do primer ou
adesivo, em que o material ainda adere. Também conhecido por tempo para aplicar o

revestimento ou
"open-time
Gr
autr.•amento
Enchimento pela
laje

a/b < 1 ,2

154 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


PILARES

Reforço
Pilares de seção quadrada
ou circulardevem ser 2
Armadura

encamisadcns

Etapa
Grauteamento Argamassa
seca
e NITOBOND EPPL
ÍAITOBOND EPPL encunharnento

Enchi mento pela lateral

Socar
Grauta com barra

5-36
Graute base cimento / microconcreto fluido
RENDEROC RC / RENDEROC LA
• alcance espessura na seção transversal 6 cm RENDEROC RG
espessura na seção transversal 30 cm RENDEROC LA

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto


PILARES

Reforço
• substrato desbastar as arestas e remover todo o concreto danificado
do núcleo do pilar original. Escarificar ou jatear a superfície de concreto velho para
mclhorar a aderência, tanto do pilar quanto das lujes, vigas e blocos de fundação. O
substrato deve estar seco com aplicação de ponte de aderência base epóKi
NITOBOND EPPL
• preparação em un misturador mecânico, adicionar água ao material na
relação água/pó de 0,140 para 0 RENDEROC RG e 0,126 para RENDEROC LA,
misturar e homogeneizar por 3 minutos

(continuação)

• aplicação deve estar de acordo com o projeto. Furar as lajes ou blocos


para ancoragem das barras longitudinais em profundidade 6 cm. Limpar os furos a
seco e fixar as barras longitudinais com LOKSET P. Colocar pastilhas na armadura
longitudinal e estribos, tanto para afastá-los 1,5 cm do núcleo, quanto para garantir
cobrimento mínimo de I cm. Ajustar as fôrmas em lances de altura máxima de 1,10
m. Retirá-las e aplicar o ade NITOBOND EPPL. Recolocar as firmas e lançar
RENDEROC RG ou RENDEROC LX Desmoldar após 48 horas e repetir a operação
no lance superior. No último lance de concretagem, o material deve ser lançado a
partir de aberturas efetuadas na laje.
Caso isso não seja possível, encunhar argamassa seca SHIM
SET numa altura não superior a 8 cm, conforme descrito no
item 5.9.

156 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


PILARES

Reforço
tímida por 7 dias ou duas demãos de NITOBOND AR aplicadas
com pulverizador, trincha ou rolo imediatamente após
desformar

• cuidados escorar a estrutura descarregando o pilar. Liberar o


escoramento após mais dc 7 dias

5-37
Graute Base Epóxi
CONBEXTRA EPL/CONBEXTRA EPS
alcance espessura na seção transversal 10 a 40 mm CONBEXTRA
EPS, espessura na seção transversal 35 a 70 mm CONBEXTRA EPL
substrato desbastar as arestas e remover todo o concreto danificado
do núcleo do pilar original. Escarificar ou jatear a superfície de concreto velho para
melhorar a aderência, tanto do pilar quanto das laoes, vigas e blocos de fundação,
Instantes antes do lançamento do graute, limpar com jato de ar seco ou acetona
preparação em um misturador mecânico, adicionar o componente B ao
componente A misturando por 3 minutos. A seguir, adicionar o componente C
(agregados), misturar e homogeneizar por mais 3 minutos
e aplicação deve estar de acordo com o projeto, Furar as lajes ou blocos
para ancoragem das barras longitudinais em profundidade 6

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto


PILARES

Reforço
cm. Limpar as filros a seco e fixar as barras longitudinais corn
LOKSET P. Colocar pastilhas na armadura longitudinal e
estribos, tanto para afastá-los cm do núcleo, quanto para
garantir cobrimento mínimo de 1 cm. A]ustar as fôrmas em
lances de altura máxima de m. Lançar 0 graute CONBEXTRA
EPL ou CONBEXTRA EPS, adensando cuidadosamente com
barras para retirar bolhas de ar. Empregar desmoldante nas
firmas e desmoldar após 3 horas, repetindo a operação no
lance superior, No último lance o graute deve ser lançado a
partir dc aberturas efetuadas na laje.
colocar em carga somente após 2 dias
• cuidados escorar a estrutura descarregando o pilar, Liberar o escoramento
após mais dc 2 dias

1 47

158 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


PILARES

Reforço

•Argamassa seca SHIM SET


de encunnamento
Nova armadura
EP
FCrmas

5.38

Concreto
• alcancequalquer dimensão desde que cm

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto


PILARES

Reforço
• substrato seco com aplicação de ponte de aderência base epóxi
NITOBOND EPPL
• preparação relação água total/cimento 0,50; abatimento de LOO a 150
mm; aditivos superplastificante CONPLAST SP43() e dimensão máxima
característica do agregado graúdo igual a 1/4 da menor dimensão da peça
• aplicação deve estar de acordo com o projeto. Furar as lajes ou blocos
para ancoragem das barras longitudinais em profundidade 6 cm. Limpar os furos a
seco e fixar as barras longitudinais com LOKSET P. Colocar pastilhas na armadura
longitudinal e estribos, tanto para afastar 2,0 cm do núcleo, quanto para garantir
cobrimento mínimo de 2,0 cm. Ajustar as fôrmas em lances de altura máxima de 1,10
m. Retirá-las e aplicar 0 adesivo NITOBOND F,PPL, Recolocar as fôrmas e lançar o
concreto, adensando bem. Empregar desmoldante. Desmoldar após 48 horas e
repetir a operação no lance superior. O último lance de concretagem não deve ter
altura superior a 30 cm e o concreto deve ser lançado a partir de aberturas efetuadas
na laje. Caso isso não seja possível, encunhar argamassa seca SHIM SET numa
altura não superior a 8 cm: conforme o descrito no item 5.9

• cura saturar com água por 14 dias ou duas demãos de NITOBOND AR


aplicadas com pulverizador, trincha ou rolo imediatamente após desformar. Nas primeiras 36
horas evitar radiação solar dircta através de anteparos
• cuidados escorar a estrutura descarregando o pilar. Liberar o
escoramento após mais de 14 dias

Armadura nova

160 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


PILARES

Reforço
Chumbar com
LOKSET S

5.39
Concreto projetado
• alcancequalquer dimensão

• substrato saturado e com superfície seca sem empoçamentos

• preparação agregado graúdo com dimensão máxima característica 19


mm; traço em massa 1 de cimento para 2 a 2,5 de areia mais agregados graúdos;
relação água total/cimento de 0,35 a 0,50

• aplicação deve estar de acordo com o projcto. Furar as lajes nu blocos


para ancoragem das barras longitudinais em profundidade 6 cm. Limpar os furos a
seco e chumbar as barras longitudinais com LOKSET P. Colocar pastilhas na
armadura longitudinal e estribos± tanto para afastá-los do núcleo de cm, como para
garantir cobrimento de 2,0 cm. Iniciar a projeçâo pelos cantos e cavidades,
revestindo a seguir as armaduras, Projetar em camadas sequenciais com espessura
5 cm até atingir a espessura desejada. Utilizar aditivo

QUICKSOCRETE SPRAYSET SUPER. O excesso de


concreto deve ser retirado mediante sarrafeamento

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto


PILARES

Reforço
• acabamento desempenadeira de madeira ou apenas sarrafeado, ou até
ao natural como um "chapiscão'
tímida por 14 dias ou duas demãos de NITOBOND AR
aplicadas com pulverizador, ou com trincha ou rolo após
início de pega. Nas primeiras 36 horas evitar radiação solar
direta através de anteparos
• cuidados escorar a estrutura descarregando o pilar. Liberar o
escoramento após mais de 14 dias
Pode ser empregado um material pré-dosado que facilita e
minimiza as operações no campo, LOKCRETE, concreto
projetado pré-formulado

1 49

162 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


PILARES

Reforço
Det 1Det 2

Cantoneira

Adesivo
. Estribos em chapa
Cantoneira

Chapa metálica
Porca
Paraiuso

Adesivo

Dei. 2

5.40

Chapas metálicas aderidas com


epóxi
NITOBOND EPD 1 NITOPR'MER S
• alcancereforços permanentes. Não devem
ser usados cm situações de temperaturas elevadas ( > 55 c c.)
• substrato retirar revestimentos de
argamassa e pintura e remover por escari ficação a nata superficial do
concreto. Obter uma superfície plana e rugosa. Se necessário,
preencher cavidades e irregularidades com argamassa epóxi
Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural
AJES

Mornentos Volventes
NITOMORTAR S aplicada sobre ponte de aderência NITOBOND EP.
Instantes antes da aplicação do adesivo NITOBOND EPD, limpar a
superfície do concreto, que deve estar seca, com ar ou acetona. As
chapas metálicas devem ser preparadas com jato de areia ou
lixamento elét.rico, no máximo 2 horas antes da colagem. Instantes
antes da aplicação do adesivo NITOPRIMER S limpar e secar a
superfície das chapas metálicas com jato dc ar seco ou acetona
adicionar o componente B ao componente A
do adesivo, misturar e homogeneizar por 3
minutos

1 50
(continuação)
• aplicação deve estar de acordo com o projeto. As
chapas de aço devem Ler furos de 3 mm de diâmetro a cada 15 cm
para deixar escapar o ar e devem ter espessura máxima de 4 mm.
Recomenda-se fixar as chapas com auxílio dc parafusos e porcas,
Esses parafusos devem ser previamen te fixados ao componente
estrutural com L()KSET P. Aplicar o adesivo NITOBOND EPD na
superfície do concreto numa espessu da ordem dc 2 a 3 Aplicar 0
adesivo NITOPRIMER S na superfície das chapas metálicas a serem
coladas. Com o auxílio de caibros e escoras, pressionar fortemente as
chapas metálicas contra a superfície do component.e estrutural
apertando-se as porcas e com auxílio de caibros e escoras,
respeitando o tempo de manuseio e colagem ( * ) dos adesivas.
Pressionar até obter espessura uniforme de adesivo infernor a 1,5 mm

• acabamento retirar o escoramento após 48 horas. Retirar o


excesso do adesivo enquanto ainda não endureceu
colocar em carga somente após 7 dias
• cuidados trabalhar com luvas e óculos de segurança,
em locais ventilados e limpar equipamentos e ferramentas com
SOLVENTE 140 antes da polimerização do sistema epóxi

• tempo de manuseio ou "pot-life" é o prazo disponível para aplicação


do produto tempo dc colagem é o prazo total, após mistura dos
componentes do primer ou adesivoy em que o material ainda adere.

64 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


PILARES

Reforço
Também conhecido por tempo para aplicar o revestimento ou "open-
time'

151

Reforço -

Armadura
Face superior da laje

Argamassa de reparo

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto


AJES

Mornentos Volventes
<

3cm

4cm (ou conforme projeto)

Chumbar com
LOKSET S

5.41

Microconcreto de alta resistência


inicial
PATCHROC
• alcance espessura IO cm
• substratocortar o concreto com disco de
corte na profundidade mínima de 1 cm. Observar linha de corte
afastada de, pelo menos, 50 cm da última fissura ou atendendo ao
projcto. Remover o concreto da parte superior numa espessura de 3
cm. O substrato deve estar saturado e com superfície seca sem
empoçamentos
• preparaçãoem um misturador mecânico
adicionar água ao pó na relação água/ pó igual a 0,120, misturar e
homogeneizar por 3 minutos
• aplicaçãodeve estar de acordo com o
projeto- Colocar a nova armadura a 45 0 conforme projeto, fixando os
extremos das barras através do uso de LOKSET S. Para fixá-lo nos
furos, usar ganchos a 90 com pelo menos 4 cm de profundidade. Com
a superfície do concreto saturada porém sem empoçamentos, lançar o
microconcreto PATCHROC. Pressionar fortemente para obter bom
adensamento e preenchimento. Quando a profundidade da fissura
superar a espessura do concreto removido, é conveniente, antes de
fixar a armadura, iujetar graute base CONBEXTRA EP na fissura (itens
5.19 e 5.20)
• acabamentodesempenadeira de madeira ou dc aço. Colocar em carga
após 14 dias

66 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


PILARES

Reforço
duas demãos de NITOBOND AR aplicadas
com pulverizador imediatamente após a
execução do reparo

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto


LAJES

Reforço Momentos
Volventes
-
Escarificaç
ão

Armadura nova

Face superior da laje

com
LOKSETS

Concreto

3Cm

4cm (ou conforme projeto)

5-42

Concreto
alcance qualquer dimensão
substrato cortar o concreto com disco de corte na profundidade mínima
de 1 cm. Observar linha de corte afastada de, pelo menos, 50 cm da última fissura ou
atendendo ao projeto. Remover o concreto da parte superior numa espessura de 3 cm
preparação relação água total/cimento 0,50; abatimento de 80 a 120 mm;
aditivo plastificante CONPLAST P509 e dimcnsào máxima
característica do agregado 1/4 da espessura da laje

168 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


LAJES

Reforço Momentos
Volventes
aplicação de acordo corn o projeto. Colocar a nova armadura a 45 0
conforme o projeto, fixando os extremos das barras através do uso de LOKSET S. Para
fixá-los nos furos, usar ganchos de 90 c com pelo menos d cm de profundidade. Limpar a
superfície com jato de ar seco ou acetona e aplicar NITOBOND EP sobre 0 substrato
seco. Pressionar fortemente o concreto para obter bom adensamento e preenchimento,
Quando a profundidade da fissura superar a espessura do concreto removido, e
conveniente, antes de fixar a armadura, injetar graute base epóx-i CONBEXTRA EP na
fissura (itens 5.19 e 5.20)
Cura saturar com água por 14 dias ou duas demãos de
NITOB()ND AR aplicadas com pulverizador, trincha ou rolo, após início de pega. Nas
primeiras 36 horas evitar radiação solar direta através de anteparos

153

-
de lajes

Escarificar e regularizar a
Chapas melál,ltasa r.onlcymc çroieto Parafusos fixados r,om LOKSFT S

5.43 Chapas metálicas aderidas com epóxi


NITOBOND EPD NITOPR'MER S
• alcance reforços permanentes. Não devem ser usados em situações de
temperaturas elevadas ( > 55 D C)
Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto
LAJES

Reforço Momentos
Volventes
a
substratoretirar revestimentos de argamassa e pisos e remover,
por escarificação, a nata superficial do concreto. Obter uma
superfície plana e rugos'a. Se necessário, preencher cavidades e
irregularidades com argamassa epóxi NITOMOR'I'AR S aplicada
sobre pont.e de aderência EP. Instantes antes da
aplicação do adesivo NITOBOND EPI), limpar a superfície do
que deve estar seca, com jato de ar ou acetona. As
chapas metálicas devem ser preparadas com jato de areia ou
lixamento elétrico, no máximo 2 horas antes da colagem.
Instantes antes da aplicação do adesivo NITOPRIM ER S limpar
e secar a superfície das chapas metálicas com jato de ar seco ou
acetona
preparação adicionar o componente B ao componente misturar e
homogeneizar por 3 minutos
aplicação de acorda com o projeto. As chapas de aço devem ter
furo de 3 mm de diâmetro a cada 15 cm e devem ter espessura máxima de 4 mm.
Recomenda-se fixar as chapas com n auxílio de parafusos e parcas. Esses parafúsos
devem ser previamente lixados ao cornponente estrutural com LOKSET Aplicar 0 adesivo
NITOBOND EPI) na superfície do concreto, numa espessura da ordem de 2 a 3 mm.
Aplicar 0 adesivo NITOPRIMF,R S na superfície das chapas metálicas a serem coladas.
Pressionar Iórtemenle as chapas metálicas contra a superfície do componente estrutural
apertando-se as porcas e com o auxílio de caibros e escoras, respeitando o tempo de
manuseio e dc colagem ( x ) dos adesivos. Pressionar até obter espessura uniforme do
adesivo inferior a 1,5 mm

(continuação)

acabamento retirar o escoramento após 48 horas. Retirar o excesso do


adesivo enquanto ainda não endureceu
cura colocar em carga somente apos 7 dias
cuidados t.rabalhar com luvas e óculos de segurança, em locais ventilados
e lirnpar equipament.os e ferramentas com SOLVENTE 140 antes da polimerização do
sistema epóxi

tempo de manuseio ou "pot-life" é o prazo disponível para aplicação do produto tempo de


colagem é o prazo total após mistura dos componentes do primer ou adesivo em que o
material ainda adere. Também conhecido por tempo para aplicar o revesti mento ou "open-ti
me"

170 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


LAJES

Reforço Momentos
Volventes
1 55

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto


LAJES

Reforço - Flexão

3cm

Sulco
Icm

Viga

5.44
Argamassa base epóxi
NITOMORTAR S
• alcance preenchimento de sulcos

172 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


Reforço Flexão
• substrato cortar com disco de corte (1,0 cm para superfícies horizontais)
escarificar um nicho ou berço de 3 cm x 3 cm. Limpar com jato de ar ou acetona
instantes antes de aplicar o adesivo NITOBOND EP no concreto. A armadura deve ser
lixada com lixa de ferro e limpa com jato de ar seco ou acetona, instantes antes da
aplicação do adesivo sobre a superfície seca

• preparação em misturador mecânico, adicionar o componente B ao


componente A, misturar por 3 minutos. Adicionar o componente C (agregados) aos
poucos, misturar e homogeneizar por mais 3 minutos
• aplicação de acordo com o projeto, Empregar armadura nervurada e
levar em conta og comprimentos de traspasse para ancoragem reta ou empregar
ganchas retos nos extremos, fixados com LOKSET S. Aplicar o adesivo NITOBOND
EP e, respeitando seu tempo de manuseio e de colagem preencher o nicho com
argamassa base epóxi
NITOMORTAR S fortemente comprimida contra o berço
• acabamento desempcnadeira de aço. Colocar em carga somente após 7
dias
• cuidados trabalhar com luvas e óculos de segurança, em locais
ventilados e limpar equipamentos e ferramentas com SOLVENTE 140, antes da
polimerização do sistema epóxi

• tempo de manuseio ou "pot-lif@" é o prazo disponível para aplicação do produto


tempo de colagem é o prazo total, após mistura dos componentes do primer ou
adesivo em que o material ainda adere. Também conhecido por tempo para aplicar o
revestimento ou "open-time"

LAJ ES

50crn

Icm

Viga

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto


LAJES

Reforço - Flexão
5.45 Argamassa polimérica base cimento
RENDEROC S2
• alcance preenchimento de sulcos em reparos de menor
responsabilidade
• substrato cortar com disco de corte (1 cm) e escarificar urn nicho de
aproximadamente 3 cm x 3 cm. A armadura deve ser lixada e limpa com jato de ar
seco ou acetona
• preparação em um misturador mecânico, adicionar o componente B ao
componente A, misturar e homogeneizar por 3 minutos

• aplicação deve estar de acordo com o projeto- Empregar armadura


nervurada e levar em conta os comprimentos dc traspasse para ancoragem reta ou
empregar ganchos retos nos extremos, fixados com S. Com a superficie do
concreto saturada, porém não encharcada, aplicar ponte de aderência constituída por
pasta de cimento: NITOBOND AR: água na relação em volume e lançar a argamassa
RENDEROC S2. Pressionar fortemente, para obter hom adensamento c
preenchimento do nicho
acabamento desempenadeira de madeira, de feltro (espuma) ou de aço.
Colocar em carga somente após 21 dias
úmida por 7 dias ou duas demãos de NITOBOND AR
aplicadas com pulverizador, trincha ou rolo após o início de
pega. Nas primeiras
36 horas evitar a radiação solar direta através de
anteparos

tempo de manuseio ou "pot-life" é o prazo disponível para aplicação do produto tempo


de colagem é o prazo total, após mistura dos componentes do primer ou adesivo em que
o material ainda adere. Também conhecido por tempo para aplicar o revestimento ou
d
'open-time"

157

Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


Reforço Flexão

Armadura nova

NITOBOND EP
Armadura

cm

Superdioie
escarif

5.46
Concreto
• alcance execução de nova capa resistente
• substrato através de escarificação ou jato de areia remover a nata e
sujeira superficial. Limpar com jato de ar ou acetona, instantes antes de aplicar ponte
de aderência NITOBOND EP, adesivo epóxi sobre a superfície seca

• preparação relação água/cimepto 0,50; abatimento de 80 a 12() mm;


aditivo plastificante C()NPLAST P5()9 e dimensão máxima característica do agregado
1/4 da menor espessura
• aplicação posicionar a armadura conforme o proJeto e lançar o concreto
respeitando o tempo de manuseio e de colagem do adesivo NITOBOND EP. Adensar
adequadamente acabamento desempenadeira de madeira. Colocar ern
carga somente após 21 dias
• Cura úmida por 14 dias ou duas dernños de AR
aplicadas com pulverizador, trincha ou rolo após início de pega. Nas primeiras 36
horas evitar a radiação solar direta através de anteparos

• tempo de manuseio ou "pot-life" é o prazo disponível para aplicação do produto


' tempo de colagem é o prazo total: após mistura dos componentes do primor ou adesivo
em que o material ainda adere, Também conhecido por tempo para aplicar o
revestimento ou "open-time"

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto


LAJES

Reforço - Flexão
1 58

Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


LAJES ? 2crn conformo projcto)

Reforço - Flexão
Churnbar c/
LOKSET p
ccrnlorrne
projeto

5.47 Concreto projetado


• alcance espessura 5 cm
• substrato escarificar ou aplicar jato de areia removendo a nata
superficial. O substrato deve estar saturado e com superfície seca sem
empoçamentos.

• preparação agregado graúdo com a dimensão maxima característica 1/4


da menor espessura; traço em massa seca de I de cimento para 2 a 2,5 de areia mais
pedra; relação água/cimento de 0.35 a 0,50
aplicação deve estar de acordo com o projeto- Fixar a nova armadura
conforme projeto, através de pinos pré-chumhados no
concreto ou fixando-a à ar madura existente. A nova
armadura deve ficar afastada dc, pelo menos, cm da
superfície do concreto antigo, o que pode ser conseguido com
o uso de espaçadores. Lançar o concreto com equipamenL()
de ar connprimido numa espessura manima total de 3 cm.
Segundo projeto, essa espessura pode ser elevada para
atender os requisitos, quando o diagnóstico do problema for
ambiente agressivo às armaduras e, em se tratando de lajes
apoiadas ou contínuas, devem ser previstas ancoragens nas
extremidades, junto às vigas, empregando-se LOKSET P.
Utilizar aditivo QUICKSOCRETE SPRAYSET SUPER. O
excesso de concreto deve ser retirado mediante
sarrafeament,o

• acabamento desempenadeira de madeira ou apenas sarrafeado ou até ao


natural, como um "chapiscão'
úmida por 14 dias ou duas demãos dc NITOBOND AR
aplicadas com pulverizador, trincha ou rolo após o início de
pega. Nas primeiras 36 horas evitar radiação solar direta
através de anteparos

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto


LAJES

Reforço - Flexão
159
r IT,hapa
metálica
Armadura pus:liua
lajes

CEapa

1-OKSET A desis,'c

Cl

Chapas metálicas aderidas com epóxi


NITOBOND EPD 1 NITOPR'MER S
• alcance reforços estruturais permanentes que mantêm a estética e a
geometria.
Não devem ser usadas em situações de temperaturas elevadas ( > 55 c c,)

• substrato retirar revestimentos de argamassa e pintura e remover: por


escarificação, a nata superficial do concreto. Obter uma superfície plana e rugosa„ Se
necessário, preencher cavidades e irregularidades com argamassa epóxi
NITOMORTAR S aplicada sobre ponte de aderência NITOBOND EP. Instantes antes
da aplicação do adesivo NITOBOND EPI) limpar a superfície do concreto, que deve
estar seca, comjato de ar ou acetona. As chapas metálicas devem ser preparadas com
jato de areia ou lixamenl.o elétrico, no máximo duas horas antes da colagem. Instantes
antes da aplicação do adesiva NITOPRIMER S, limpar e secar a superfície das chapas
metálicas com jato de ar seco ou acetona

• preparação adicionar o componente B ao componente A, misturar e


homogeneizar por
3 minutoS

• aplicação deve estar de acordo com o prejet.o. As chapas de aço devem


ter furos de 3 mm de diâmetro a cada 15 cm para deixar escapar o ar e devem ter
espessura máxima de 4 mm. Recomenda-se fixar as chapas com o auxílio de
parafusos e porcas. Esses parafusos devem ser previamente fixados ao componente
estrutural com LOKSET P. Aplicar o adesivo NITOBOND EPI) na superfície do
concreto numa espessura da ordem de 2 a 3 mm. Aplicar adesivo NITOPRIMER S na

178 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


PILARES / LAJES

Reforço - Punção
superfície das chapas metálicas a serem coladas. Pressionar fortemente as chapas
metálicas contra a superfície do componente estrutural apertando-se as porcas e com
o auxílio de caibros e escoras, respeitando o tempo de manuseio e de colagem C l') dos
adesivos. Pressionar ate obter espessura uniforme do adesivo inferior a 1,5 mm
• acabamento retirar o escoramento após 48 horas. Retirar o excesso do
adesivo enquanto ainda não endureceu

• cura colocar em carga somente após 7 dias

• cuidados trabalhar com luvas, óculos de segurança, em locais ventilados


e limpar equipamentos e ferramentas com SOLVENTE 140 antes da polimerização do
sistema epóxi

LOKSET

Arrnadura nova

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto


LAJES

Reforço - Flexão
5.49

Graute base cimento / microconcreto fluido


RENDEROC RG [ RENDEROC LA
• alcance 6 cm para RENDEROC RG e 30 cm para RENDEROC LA
• substrato demolir o concreto da laje na região afetada. Delimitar com
disco de corte na espessura 1 cm para a parte superior e 0,5
cm na parte inferior da laje. Escarificar a cabeça do pilar e
arredondar arestas. Limpar e secar comjato de ar seco ou
acetona e aplicar ponte de ade rência NITOBOND EPPL

• preparação em um misturador mecanico, adicionar água ao material na


relaçao água/pó 0,140 para o RENDEROC RG e 0,126 para 0 RENDEROC LA,
misturar e homogeneizar por 3 minutos

• aplicação montar armadura conforme projeto- Ajustar as fôrmas


estanques que devem estar preparadas com desmoldante- Retirar as fôrmas e aplicar
NITOBOND EPPL no concreto velho, Recolocar as fôrmas e proceder o grauteamento
respeitando o prazo de manuseio e de colagem (*) do adesivo. Efetuar o grauteamento
sempre pelo mesmo lado para evitar a formação de bolhas de ar
úmida par 7 dias ou duas demãos de NITOBOND AR
aplicadas com pulverizador, trincha ou rolo, imediatamente
após desformar. Nas primeiras 36 horas evitar radiação solar
direta através de anteparos

• tempo de manuseio ou "pot-life" é o prazo disponível para aplicação do produto


* tempo de colagem é o prazo total após mistura dos componentes do primer ou
adesivo, em que o material ainda adere. Também conhecido por tempo para aplicar o
revestimento ou "open-time"

1 61

180 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


PILARES / LAJES

Reforço - Punção
Respiro Respiro

Reforço em chapas e/au perfis

CONBEXTR/\ EPL

5-50
Chapas metálicas aderidas com epóxi
CONBEXTRA EPL
• alcance espessura na seção '7 cm pilar e laje com concreto de boa
qualidade e pouco fissurado (temperatura < 55 sc)

substrato escarificar o topo do pilar em toda a altura do reforço retirando a


nata superficial. Limpar e secar a superfície imediatamente antes
de ajustar o reforço metálico e fazer as vedações: limpar a
superfície metálica com jato de areia, lixadeira elétrica ou por
lixamento manual e aplicar acetona instantes antes da montagem

• preparação em um misturador mecânico, adicionar o componente B ao


componente A, misturar e homogeneizar por 3 minutos. A seguir, adicionar o
componente misturar bem e homogeneizar por mais 3 minutos

• aplicação posicionar o reforço metálico e injetar pela parte inferior o


graute base CONBEXTRA EPL. até emergir pelo respiro superior

181 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


CONSOLES / DENTES GERBER

Reforço

• acabamento retirar o excesso de material enquanto ainda não endureceu


• cura evitar radiação solar
Graule epóxi
direta e umidade nas primeira 5 horas
• cuidados trabalhar com luvas e
óculos de segurança, em locais ventilados e
lim
par

com equipamentos e ferramentas com


parafusos e
ou cabos SOLVENTE 140, antes da polimerização do
(protensâa) sistema epóxi
Respiro

Cl' com parafusos e porcas


Injeção de CONBEXTRA EPL

5.51

Perfis metálicos protendidos


CONBEXTRA EPL
alcance espessura na seção 7 cm pilar e laje com concreto de boa
qualidade e pouco fissurado (temperatura > 55 0C)
substrato escarificar a cabeça do pilar retirando a nata superficial. Jatear
ou lixar a superfície inferior da laje, retirando a nata superficial. Após o término dos
trabalhos e instantes antes da injeçáo do graute base epóxi, aplicar jato de ar seco ou
acetona para obter superfície limpa e aderente. Limpar superfícies metálicas com jato

182 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


PILARES / LAJES

Reforço - Punção
de areia ou com lixadeira elétrica ou deixar ressaltos superficiais, lixando-os manu
almente e aplicando jato de ar seco ou acetona, instantes antes da mon tagem
a
preparação em um misturador mecânico, adicionar o componente B ao
componente A, misturar e homogeneizar por 3 minutos. A
seguir, adicionar o componente C, misturar bem e
homogeneizar por mais 3 minutos

• aplicação posicionar os perfis metálicos e verter ou injetar o graute base


epoxi
CONBEXTRA EPL
Aguardar pelo menos 24 horas. Protender os perfis metálicos
com auxílio de parafusos com porcas ou cabos tipo Dywidag,
conforme figura

• acabamento retirar D excesso do


adesivo enquanto ainda não endureceu
evitar radiação solar
direta e umidade nas primeiras 5 horas
• cuidados trabalhar com luvas e
óculos de segurança, em locais ventilados e
limpar equipamentos e ferramentas com
SOLVENTE 140, antes da polimerização do
Levarilar
sistema epóxi (macacohidráulico)
Aparelho de apoio e escorar
adequadamente
Pi lar mal posicionado ou
desgastado
Console

Aparelho da apoio mau posicionado ou desgastado


Viga

Manual para Reparo, Reforço e Prcteçâo de Estruturas de Concreto 183


CONSOLES / DENTES GERBER

Reforço

Dente Gerber Aparelho de


apoc bem
posicionado
Reparo efetuado

5-52
Argamassa base epóxi
»arrOMORTAR S
alcance preenchimento de cavidades com espessuras quc não
superem 5 cm
substrato
elevar a viga que apoia no console, retirar o apoio e demolir
o concreto danificado. Preferencialmente, executar o
contorno com disco de corte com espessura 0,5 cm,
Instantes antes de lançar a argamassa, limpar o substrato
com jato de ar ou acetona e aplicar NITOBOND EP sobre a
preparação superfície seca
em um misturador mecânico, adicionar o componente B ao
componente A, misturar e homogeneizar por 3 minutos.
Adicionar aos poucos o
componente C (agregados), misturar e homogeneizar por 3 minutos

184 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


CONSOLES / DENTES GERBER
Reforço (continuação)
• aplicação de acordo com o projeto. Aplicar ponte de aderência NITOBOND
EP. respeitando o tempo de manuseio e de colagem do adesivo, aplicar a argamassa
NITOMORTAR S, pressionando-a fortemente contra o substrato em camadas sequenciais
de cm até atingir a espessura desejada 5 cm)
Observar temperatura ambiente de IO a 30 0 (j, Para espessuras
maiores defasar de mais de 5 horas e manter as superfícies que
receberão nova camada ranhuradas

• acabamento desempenadeira de aço


evitar radiação solar direta e umidadc nas primeiras 5 horas
cuidados trabalhar com luvas e óculos de segurança, cm locais ventilados e
limpar equipamentos e ferramentas com SOLVENTE 140, antes
da polimerização do sistema epóxi

tempo de manuseio ou "pot-life" é o prazo disponível para aplicação do produto tempo de


colagem é o prazo total após mistura dos componentes do primer ou adesivo, em que o
material ainda adere. Também conhecido por tempo para aplicar o revestimento ou "opcn-
time'

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto 185


CONSOLES / DENTES GERBER

Reforço

Pilar

hidráulico)

5.
53
Graute base cimento / microconcreto fluido
RENDEROC RG f RENDEROC LA
• alcance dimensões 6 cm RENDEROC RG e 90 cm RENDEROC LA
confinadas por fôrmas

• substrato seco com aplicação de ponte de aderência NITOBOND EP


adesivo base epóxi

• preparação elevar a viga que se apóia no console, retirar o apoio e demolir o


concreto danificado. Preferencialmente executar o contorno com disco de corte cam
espessura > 0,5 cm. Em um misturador mecânico adicionar água ao pó na relação
água/pó de 0,140 para o RENDEROC RG e 0,126 para o RENDEROC misturar e
homogeneizar por 3 minutos

• aplicação deve estar de acordo com o projeto- Preparar fôrmas estanques e


rígidas, com cachimbo ou funil alimentador. Retirar as firmas 2 aplicar 0 adesivo
NITOBOND EP e recolocar as fôrmas. Lançar 0 RENDEROC RG ou RENDEROC LA
respeitando tempo de manuseio e de colagem (*) do adesivo. Evitar bolhas de ar lançando
calma e continuamente sempre pelo mesmo lado

• acabamento após remover as fôrmas, decorridas pelo menos 48 horas, cortar


os excessos, sempre de baixo para cima para evitar lascamentos. Dar acabamento com
RENDEROC S2

186 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


CONSOLES / DENTES GERBER

Reforço
cura umida por 7 dias ou duas demãos de NITOBOND AR aplicadas
com
pulverizador

Imediatamente após
desformar, Nas primeiras
36 horas evitar radiação
solar direta através
de anteparos

• tempo de manuseio ou "pot-lifé" é o prazo disponível para aplicação do produtotempo de


colagem é o prazo total, após mistura dos componentes do primer ou adesivo, cm que o
material ainda adere. Também conhecido por tempo para aplicar o revestimento ou "open-
time"
Adensar
Aparelho
de apoio

Pilar

Levantar
(macaco hidráulico)
e escorar
adequadamenle

5.54
Graute base epóxi
CONBEXTRA EPL 1 CONBEXTRA EPS
• alcance aberturas de 10 mm a 40 mm CONBEXTRA EPS aberturas de
35 mm a 70 mm CONBEXTRA EPL

Manual para Reparo. Reforço e Proteçáo de Estruturas de Concreto 187


CONSOLES / DENTES GERBER

Reforço
• substrato seco e limpo
• preparação elevar a viga que se apóia no consolE% retirar o apoio e
demolir o concreto danificado. Preferencialmente executar o contorno com disco de
corte com espessura 0,5 cm. Em um misturador rnecânico, adicionar o componente B
ao componente A, misturando por 3 minu tos. A seguir, adicionar o componente C,
misturar e homogeneizar por mais 3 minutos

• aplicação verter 0 graute CONBEXTRA EPS ou CONBEXTRA EPL, até 0


preenchimento total do vão, cuidando para não criar bolsões de ar. Usar fôrmas
estanques c desmoldante à base de cera de abelha. Observar temperatura ambiente de
10 a 30 0 C

• acabamento retirar excessos enquanto o material ainda não endureceu


• cuidados trabalhar com luvas e óculos de segurança, em locais
ventilados e limpar equipamentos e ferramentas com SOLVENTE 140, antes da
polimerização do sistema epóxi
Viga

Aparelho Adensar de
apoio

Pilar

Levantar
(macaco hidráulico)
e escorar

188 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


CONSOLES / DENTES GERBER

Reforço
adequadamente

5-55
Concreto
• alcancequalquer dimensão

• substrato seco com aplicação de ponte de aderência NITOBOND EP,


adesiva base epóxi

• preparação relação água/cimento 0,50; abatimento dc 100 a 150 mm;


aditivo superfluidificante CONPLAST SP430; dimensão máxima característica do
agregado 1/4 da menor dimensão da peça. Elevar a viga que se apóia no console, retirar
o apoio e demolir o concreto danificado- Preferencialmente executar o contorno com
disco de corte com espessura 0,5 cm

• aplicação de acordo com o projeto. Preparar fôrmas estanques e rígidas,


com
cachimbo ou funil alimentador. Retirar as fôrmas, aplicar o
adesivo NITOBONI) EP e recolocar as fôrmas. Lançar o concreto
respeitando o tempo de manuseio e de colagem ( * ) do adesivo.
Evitar bolhas de ar lançando calma e continuamente. Adensar
com soquetes e Vlbradores pequenos e adequados

• acabamento após remover as fôrmas e passadas pelo menos 48 horas,


cortar os excessos, sempre de baixo para cima, para evitar lascamentos. nar
acabamento com RENDEROC S2, se necessário
saturado de água por 14 dias ou duas demãos dc NITOBOND
AR aplicadas com pulverizador, trincha ou rolo imediatamente
após desformar

• cuidados a estrutura só deve entrar em carga após 21 dias

• tempo de manuseio ou "pot-life" é o prazo disponível para aplicação do produto


* tempo de colagem é o prazo total, após mistura dos componentes do primer ou adesivo,
em que o material ainda adere. Também conhecido por tempo para aplicar o
revestimento ou "open-time"

Manual para Reparo. Reforço e Proteçáo de Estruturas de Concreto 189


FUNDAÇÕES
Reforço
• Blocos
Armadura nova
Grauteamnr,la

Estacas

aderâncaNITOBONDEP

Bloco
Fôrmas

5-56

Graute base cimento / microconcreto fluido


RENDEROC RG f RENDEROC LA
• alcance reforços cuja espessura na seção transversal não supere 6 cm
com RENDEROC RG reforços cuJa espessura na seção
transversal não supero 30 cm com RENDEROC LA

• substrato quebrar arestas e escarificar a superfície para aumentar a


aderência. Instantes antes do lançamento do graute ou
microconcrcto, limpar e secar o concreto com jato de ar seco ou
acetona
preparaçao em um misturador mecânico, adicionar água ao pó na relação
água/pó de 0,140 para 0 RENDEROC RG e 0,126 para
RENDEROC LA, misturar e homogeneizar por 3 minutos.
Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto
FUNDAÇÕES

Reforço Sapatas
' aplicação colocar nova armadura conforme projeto. Posicionar fôrmas
estanques e rígidas. Aplicar ponte de aderência NITOBOND EP
sobre as superfícies de concreto. Grautear o bloca respeitando o
tempo de manuseio e de colagem do adesivo, somente por um
dos lados até que o material pcrcole para o outro lado de forma
calma e continua, evitando a formação de bolhas de ar
cura úmida por 7 dias ou duas demãos de NITOBOND AR com
pulveriza dor, trincha ou rolo. Nas primeiras 36 horas evitar
radiação solar direta através de anteparos

tempo de manuseio ou "pot-life" é o prazo disponível para aplicação do produto tempo


de colagem é (J prazo total, após mistura dos componentes do primer ou adesivo, em
que o material ainda adere. Também conhecido por tempo para aplicar o revestimento
ou "open-time

1 69

Blocos
Armadura
nova

Estacas

Bloco
Fôrmas

Escarificação e ponte de aderência


NITOBOND FPPL

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto


FUNDAÇÕES
Reforço -
5-57

Concreto
• alcance reforços de qualquer dimensão, desde que com espessura de
fundo
8 crn e laterais 5 cm
• substrato quebrar arestas e escarificar a superfície para aumentar
aderência. Instantes antes do lançamento do concreto, limpar o substrato com jato de ar
seco ou acetona

• preparação relação água/cimcnto 0:50; abatimento de 100 a 150 mm; aditivo


superplastificante CONPLAST SP430 e dimensão máxima caracte rística do agregado
graúdo igual a 1/4 da menor dimensão da peça
• aplicação colocar nova armadura conforme projeto. Posicionar fôrrnas
estan ques e rígidas. Aplicar ponte de aderência NITOBOND
EPPL. Concretar o fundo do bloco somente por um dos lados
até que o con creto percole para o outro lado. Colocar as fôrmas
nas laterais e con cretar adensando com soquete ou vibrador
adequado

• C ura tímida por 14 dias ou duas demãos dc NITOBOND AR aplicadas


com pulverizador, trincha ou rolo. Nas primeiras 36 horas evitar radiação solar direta
através de anteparos

-
Furar e chumbar barras

192 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


com LOKSET
FUNDAÇÕES

Reforço Sapatas

Escarificar

Armadura existento

Cravar estacas

Furos e berras

Armadura
nova

Garoa

5.58
Graute base cimento / microconcreto fluido
RENDEROC RG 1 RENDEROC LA
alcance reforços cuja espessura não supere 6 cm - RENDEROC RG
reforços cuja espessura não supere at) cm - RENDEROC LA
substrato quebrar arestas e escarificar a superficie exposta. Substrato
satura do e com superfície seca: sem empoçamentos

preparação em um rnisturador mecânico, adicionar água ao pó na relação


água/pó de 0,140 para 0 RENDEROC RG e 0,126 para 0 RENDF,ROC LA, misturar e
homogeneizar por 3 minutos
Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto
FUNDAÇÕES
Reforço -
171

194 Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


FUNDAÇÕES

Sapatas
(continuação)
• aplicação escarificar a parte lateral e superior da sapata. Colocar
armaduras conforme o projeto. Furar a alma da sapata e
chumbar barras de reforço conforme projeto, com LOKSET P,
deixando pelo menos 30 cm dc cada lado. Demolir o que for
necessário. Se a armadura na sapata original for suficiente,
conectar novas armaduras à antiga com emen das CCL. Caso a
armadura seja insuficiente, a sapata deve ser demo lida num
pequeno trecho, para atravessar a armadura complemen tar
necessária- Neste caso: preencher com grauLe epoxi
CONBEXTRA EPL os furos passantes da nova armadura
complomentar. Lançar cuidadosamente o graute RENDEROC
RG ou o microconcreto RENDEROC LA sobre o substrato
saturado, porém sern empoçamentos; evitando a formação de
bolhas dc ar
umida por 7 dias ou duas demãos de NITOBOND AR aplicadas
com pulverizador, trincha ou rolo. Nas primeiras 36 horas evitar
radiação solar direta através de anteparos

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto


FUNDAÇÕES

Reforço - Sapatas
72
Reforço -

Furar e chumbar barras


com LOKSET P

Escarificar

Armadura existente

Cravar estacas

Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


FUNDAÇÕES

Sapatas
Furos
e barra
chumbadas
s
com

NITOBONDEPPL
Armadura
nov Fôrmas
a

4_
Estacas
par
absorver
acarg Concreto
a

5-59

Concreto
alcance reforços de qualquer dimensão, desde que com espessura mínima
5 cm (transferência de carga)
substrato quebrar arestas e escarificar a superficie exposta. Substrato
seco com aplicação de ponte de aderência NITOBOND F,PPL adesivo base epóxi
preparação relação água/cimento 0,50; abatimento de 100 a 150 mm;
aditivo superplastificante CONPLAST SP43() e dimensão maxima característica do
agregado graúdo igual a 1/4 da menor dimensão

173
(continuação)
• aplicação furar a alma da sapata e fixar as barras de reforço conforme
projet,m com LOKSET P. Escarificar a parte lateral e superior da sapata. Demolir o que
for necessário. Se a armadura na sapata original for suficiente, conectar novas
armaduras a antiga eorn emendas CCL. Caso a armadura seja insuficiente, a sapata
deve ser demolida num pequeno trecho, para atravessar a armadura complement.ar
necessária- Neste caso, preencher com graute epóxi CONBEXTRA EPL os furos
passantes da nova armadura complementar, Colocar demais armaduras conforme
projeto. Concretar as laterais com uso de fôrmas e aplicar nas superfícies laterais e
superior ponte de aderência NITOBOND EPPL

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto


FUNDAÇÕES

Reforço - Sapatas
• acabamento desempenadeira de madeira
cura úrnida por 14 dias ou duas demãos de NITOBOND AR aplicadas
corn pulverizador, trincha ou rolo. Nas primeiras 36 horas evitar
radiação solar direLa através de anteparos

174

Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


FUNDAÇÕES
Reforço -
Estacas

5.60
Microconcreto fluido
RENDEROC LA
alcance preenchimento de cavidades com a maior dimensão 30 cm
• substrato saturado e com superfície seca sem empoçamentos
• preparação em um misturador mecânico, adicionar água ao pó na relação
água/pó de 0,126

• aplicação quando se tratar de topo de estaca, demolir arestas do bloco


para facilitar concretagem. Colocar nova armadura conforme projeto e colocar fôrmas
com "cachimbo" ou funil. Lançar o microconcreto RENDEROC LA de forma calma e
contínua sempre pelo mesmo lado, até atingir altura 10 cm acima do limite da cavidade

a cura úmida por 7 dias ou duas demãos de NITOBOND AR aplicadas


com pulverizador, trincha ou rolo, após a desforma. Nas
primeiras 36 horas evitar radiação solar direta através de
anteparos

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto


FUNDAÇÕES
Reforço -
175

Estacas

5.61

Concreto
• alcance preenchimento de cavidades com qualquer dimensão (e 5 cm)
• substrato saturado e com superfície seca sem empoçamentos
• preparação relação água/ciment() 0,50; abatimento de 100 a 150 mm;
aditivo superplastificante CONPLAST SP430 e dimensão máxima característica do
agregado graúdo igual a 1/4 da menor dimensão da peça
• aplicação quando se tratar de topo de estaca, demolir arestas do bloco
para facilitar concretagem. Colocar nova armadura conforme projeto e colocar fôrmas
com "cachimbo" ou funil- Lançar o concreto adensan do bem, com vibrador adequado
• Cura úmida por 14 dias ou duas demãos de NITOBOND AR
aplicadas corn pulverizador, trincha ou rolo, Nas primeiras 36 horas evitar radiaçüo solar
direta através de anteparos

Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


176
Proteção e Manutenção das
Superfícies de Concreto
Dada a versatilidade, resistência e durabilidade do concreto,
além da opção estética que ele oferece como concreto aparente, seu
emprego na construção civil tem aumentado permanentemente, pois
suas características estruturais e econômicas são inigualáveis.
As superfícies expostas de concreto são, porém suscetíveis a
agressões do meio ambiente — em alguns casos, poucos meses depois
de concluída a obra, Esta degradação é ainda mais significativa em
edificações localizadas em grandes centros urbanos, industriais e
atmosferas marinhas.

Apesar da notória preocupação de muitos pesquisadores,


projetistas, engenheiros e arquitetos com a qualidade e durabilidade
das obras, a qualidade tem sido na prática relegada a segundo plano
resultando (na grande maioria dos casos) na não utilização de recursos
eficazes e disponíveis para a obtenção de obras duráveis. Tais recursos
compreendem desde recomendações de projeto (arquitetônico e
estrutural) passando pela fiscalização cuidadosa das etapas
preliminares e de aplicação propriamente dita do concreto (montagem
de fôrmas, colocação de espaçadores, preparo de materiais, mistura,
lançamento, adensamento e cura) até, especialmente, a utilização de
sistemas de proteção eficazes constituídos por tintas, vernizes e
revestimentos, que ofereçerão resistência química e física às ações da
atmosfera a que a construção estará submetida.

Grandes avanços ocorreram nos últimos anos (EDWARDS,


1987) através do desenvolvimento de revestimentos, vernizes e
sistemas de pintura e com a inovação das metodologias de aplicação
destes produtos, objetivando reduzir a absorção de água, a penetração
de gases agressivos, sais e, em alguns casos, utilizando a propriedade
de alguns materiais de atuar como uma barreira protetora contra o
ataque de elementos químicos danosos.

Cabe salientar que, durante o uso e manutenção da edificação,


estes sistemas protetores precisarão também ser periodicamente

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto


FUNDAÇÕES
Reforço -
inspecionados para verificar a necessidade de renovação e assim
continuarem mantendo sua funcionalidade.

Estes trabalhos de proteção tanto podem ser executados na


obra recémconcluída como podem constituir parte das atividades de
manutenção preventiva ou corretiva, contribuindo de forma decisiva
para aumentar a vida útil das edificações de concreto, por exemplo,
dispensando itens como revestimentos, cerâmicas e pastilhas, que
teriam que ser aplicados posteriormente nas fachadas.

177

Procedimentos de Reparo e Reforço Estrutural


6.1

Estrutura da superfície de concreto


O concreto é um material heterogêneo, principalmente quando
analisado em escala microscópica, E composto de um conjunto de
agregados envoltos e unidos por uma pasta aglomerante-

As superfícies visíveis externas das peças de concreto são


essencialmente constituídas por uma pasta de cimento. Esta pasta é a
responsável pela cor, em geral cinza, da superfície do concreto. Quanto
maior a relação água/cimento da pasta, mais clara é a superfície.

Devido ao fenómeno conhecido por "efeito parede", há uma


concentraçâo de argamassa (cimento e grãos de dimensão inferior a 0,2
mm) e pasta na superfície. Se, através de um desbaste, retirarmos a
capa superficial de pasta, aparecerá uma superfície que contém poros e
grãos de areia imersos em uma matriz de pasta de cimento. Estas
características mantêm-se até uma espessura da ordem de 5 mm, a
partir da qual começam a aparecer os agregados graúdos e uma certa
homogeneidade é obtida somente a partir dos 15 mm de profundi dade
(função da dimensão máxima característica do agregado graúdo),
conforme o esboço apresentado na Fig. 6.1 a seguir.

A espessura de cada camada depende do consumo de cimento,


do teor de argamassa, da dimensão máxima característica do agregado
graúdo, do grau de adensamento e outras características, variáveis de
um concreto a outro apresentando-se na Fig. 6.1 um corte esquemático e
conceitual.

Proteçào e Manutenção das Superficies de Concreto


concr
eto
1
Fig. 6.1 p
5
Distribuição heterogénea
m
5 mmdos constituintes do concreto devido ao
m efeito de confinamento da
fôrma.

1 78

A concentração de argamassa e pasta de cimento na superfície


faz com que a superfície do concreto tenha características distintas do
interior, apresentando:

• maior porosidade, decorrente da inexistência de agregados graúdos;


' maior retração química, de secagem e de carbonatação, devido ao
maior consumo de cimento por metro cúbico;
• maior sensibilidade à ação da cura.
Esta pele de pasta de cimento também possui características
químicas variáveis no tempo. Logo após o adensamento e durante o
período de cura úmida seu pH é alcalino, da ordem de 12,6. A partir da
interrupção da cura inicia-se a carbonatação, que reduz este pH elevado.
Nos poros da pasta há hidróxido de cálcio, como resultado da
hidratação do cimento. Estes cristais, também conhecidos como
portlandita, são facilmente solúveis em águas ácidas, podendo ser
transportados e carreados para o exterior da superfície do concreto,
formando eflorescências e manchas. A massa total de portlandita pode
atingir de 20 a 25 % da massa total de cimento usado no traço.

Proteção e Manutenção das Superfícies de Concreto


A maior porosidade da pasta superficial pode ser minorada
através da redução da relação água/cimento do concretos com
conseqüente aumento do consumo de cimento por metro cúbico.

Esta é, provavelmente, a razão das recomendações


internacionais especificarem consumo mínimo de 450 a 650 kg de
cimento por m] de concreto que ficará aparente (CIB/W29). Nestas
condições e com cura adequada, a porosidade da pasta superficial pode
ser reduzida para valores abaixo de 10 %, o mínimo necessário para
assegurar uma proteção e durabilidade adequada ao componente
estrutural exposto à ação agressiva de certos ambientes.

1 79

6.2
Principais mecanismos de degradação
O Quadro 6.1 a seguir reúne os principais mecanismos de
degradação das superfícies de concreto.

Quadro 6.1
Principais mecanismos de deg
radação das superfícies de concreto
Agressividade Conseqüências
inerentes ao
Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto
processo
Natureza do Condições Alterações de Alterações
processo particulares cor/manchas FísicoQuímicas
Carbonataçâo UR 60 % a 85 % Em geral, mais clara
Redução do pH
Corrosão das armaduras
Fissuração superficial
Lixiviação Atmosfera ácida, Escurece com Redução do pH
águas moles manchas Corrosão das armaduras
Desagregação
superficial
Retração Molhagem/secagem Manchas e fissuras
Ausência de cura Fissuração
Redução do pH
Corrosão das armaduras
Fuligem Atmosferas Manchas escuras Redução do pH
urbanas e Corrosão das armaduras
industriais (zonas
úmidas)
Fungos Zonas úmidas e Manchas escuras Redução do pH
salinas esverdeadas Desagregação
superficial
Corrosão das armaduras
Concentração Atmosferas marinhas Branqueamento Despassivaçáo da armadura salina e industriais
Desagregação superficial

1
Cabe salientar que vários produtos químicos têm efeitos
deletérios sobre as superfícies de concreto. Os mecanismos destas
degradações nem sempre são de fácil entendimento. Porém, com base
em resultados de pesquisas realizadas, são disponíveis guias e tabelas
que relatam o efeito destas substâncias sobre o concreto. (PCA, 1989)

A deterioração pode ser causada por suco de frutas; leite e seus


derivados, melaço de cana-de-açúcar, açúcar, vinho, cereais, adubos,
águas industriais provenientes de estações de tratamento de esgotos,
restos animais, sangue e outros. De uma forma genérica, ácidos
orgânicos e minerais podem atacar o concreto.

E importante considerar que a vulnerabilidade do concreto ao


ataque químico depende basicamente da permeabilidade, alcalinidade e
reatividade dos compostos hidratados do cimento.
Proteção e Manutenção das Superfícies de Concreto
A penetração de fluidos através do concreto é, algumas vezes,
acompanhada por reações químicas com o cimento, agregados ou com
as barras de aço. Quando um aglomerante alcalino como o cimento
Portland hidratado reage com substâncias ácidas, estas reações são
freqüentemente iniciadas por formação e remoção de produtos solúveis,
seguindo-se a desintegração do concreto. Todavia, se os produtos de
reação forem insolúveis, são formadas deposições na superfície do
concreto, que podem ser consideradas como redutoras da velocidade de
continuidade destas reações. Portanto, sempre que houver contato do
concreto com substâncias químicas, os efeitos destas substâncias devem
ser avaliados com base nos textos específicos sobre o tema, por
exemplo: "Efeito dc várias substâncias sobre o publicado pela
Associação Brasileira de Cimento Portland - ABCP, cm 1978 e
"Handbook of corrosion resistant coatings", de autoria de D. J. de Renzo
publicado pela N DC em 1986.

1 81

6-3
Proteção de superfícies de concreto
Pode-se classificar e dividir os sistemas protetores em dois
grandes grupos:

• revestimentos constituídos por barreiras espessas;


• pinturas de proteção.

6-3-1

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto


Revestimentos de Barreiras Espessas
Estes revestimentos são utilizados em condições específicas,
quando ocorrem solicitações maximizadas de natureza mecânica ou
química, por exemplo em situações de elevada abrasão ou impacto ou
quando o concreto está em contato contínuo com líquidos sob pressão,
produtos químicos ou vapores agressivos,

Neste grupo estão as proteções de base betuminosa, asfálticas,


vinílicas, neoprene, "coal tar-epoxy", borracha butílica, cerâmicas e tijolos
anticorrosivos de diversas naturezas, além de argamassas base epóxi,
poliéster, fenólicas, sulfurosas, furânicas, à base de silicatos e de
cimentos especiais, Tintas termofixas de alta espessura reforçadas com
mantas sintéticas também se enquadram neste segmento.

As resistências mecânicas e químicas destes materiais


dependem fundamentalmente de suas formulações. Recomenda-se que
sejam efetuados ensaios de desempenho para verificar o comportamento
de tais revestimentos frente à agressividade do meio. Entretanto, guias
práticos como os textos citados anteriormente podem ser utilizados de
forma orientadora numa préseleção de produtos.

Dada a especificidade deste grupo de revestimentos protetores,


eles não receberão uma abordagem especial neste Manual para Reparo,
Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto. Serão discutidas as
pinturas de proteção disponíveis no mercado, que constituem o segundo
grupo dos sistemas protetores das superfícies de concreto.

Proteção e Manutenção das Superfícies de Concreto


6.3-2

Sistemas de Pinturas de Proteção


Os sistemas disponíveis são utilizados para oferecer resistência aos
mecanismos de degradação mais comuns, citados no Quadro 6.1,
freqüentcmente encontrados em atmosferas industriais, urbanas e marinhas.
Têm como função a redução de uma eventual queda do nível de segurança
estrutural do componente e, muitas vezes, a finalidade de manter o aspecto
superficial do concreto, a estética da estrutura.

Em superfícies de concreto aparente, a manutenção da estética


é tão importante quanto a segurança estrutural, uma vez que o aspecto
do concreto é parte integrante da arquitetura da edificação e esta em
muitos casos reflete a imagem do proprietário ou locatário do imóvel.
Quando o proprietário é uma empresa preocupada com a eficiência,
qualidade e durabilidade de seu produto ou serviço, isto fica ainda mais
evidente.

Há, basicamente, dois tipos de sistemas de pintura de proteção:


revestimentos hidrófugos de poro aberto e revestimentos impermeabilizantes
com formação de película ou filme.

Os hidrófugos podem ser aplicados sobre superfícies lisas ou


porosas, conferindo-lhes repelência à água, em poros de até 3 mm de
abertura superficial. As pinturas impermeabilizantes (vernizes e tintas)
requerem substrato liso, com poros de diâmetro inferior a 0,1 mm. Daí a
necessidade de estucamentos superficiais previamente à aplicação da
película.

As tintas e vernizes podem ter a mesma natureza e formulações


similares diferenciando-se, neste caso, pela presença ou ausência de
pigmentos responsáveis pela cor do filme. Os vernizes incolores, disponíveis
com acabamento fosco, brilhante e semibrilhante, são utilizados basicamente
para a protecão de superficies de concreto aparente. As tintas, de forma
análoga aos vernizes, quando aplicadas sobre superficies dc concreto,
aderem-se a elas formando um filme contínuo de baixa permeabilidade.

Além de oferecer a proteção necessária contra os principais agentes


de degradação já citados, todos estes produtos devem ainda satisfazer às
seguintes exigências:

• possuir resistência ao intemperismo; possuir resistência à


fotodegradação, decorrente da incidência de raios ultravioleta;

Manual para Reparo. Reforço e Proteçáo de Estruturas de Concreto 209


' evitar o desenvolvimento de fungos e bactérias;
• possuir resistência mecânica a pequenos impactos e riscamentos;
• possuir estabilidade química em relação ao concreto, de forma a
evitar a ocorrência de eflorescências, saponificação e outras
anomalias, decorrentes da elevada alcalinidade do substrato.

6.4

Pinturas hidrofugantes
Mecanismo de proteção
O concreto tem natureza hidrófila, ou seja, tem afinidade com a
água e vapor de água. Conseqüentemente, absorve água em forma
líquida ou vapor através de vários mecanismos: gradiente de pressão,
difusão, higroscopicidade, condensação e principalmente absorção
capilarv Esta absorção capilar dá-se nas fachadas, devido à formação de
um filme de água de chuva, e nas regiões onde a água entra em contato
direto com a estrutura, como por exemplo as fundações e os baldrames.
E muito intensa a absorção capilar, sendo determinada basica mente
pelo diâmetro dos poros e capilares.

Certos produtos têm a propriedade de alterar o ângulo de


contato (u) entre a parede do capilar e a superfície da água, Quando
este ângulo supera 90 0 , estes produtos são denominados hidrófugos,
hidrorrepelentes ou hidrofugantes, conforme indicado na Fig. 6.2.

90" < < 0 0 COS < O


1 cos O

Fig 6.2
Variação do ângulo de contato
líquido/superfície devido à
impregnação do hidrófugo-

Proteçáo e Manutenção das Superfícies de Concreto


Estes produtos, portanto, tornam as superfícies de concreto
repelentes à água sem, contudo, impedir a passagem de gases e do
vapor de água. Conceitualmente não são considerados como pinturas,
mas sim agentes de impregnação.

184

Principais características
• reduzem a capacidade de absorção de água das superfícies de
concreto;
• reduzem a permeabilidade a sais solúveis;
• permitem a passagem de vapor d'água contido nos poros capilares
para o meio externo (secagem do concreto úmidoj; possuem elevada
capacidade de penetração nos poros capilares do concreto;
• como não são formadores de película, não alteram o aspecto
estético da superfície; possuem elevada resistência à
fotodecomposição por ação de raios ultravioleta;
• não requerem superfície lisa e contínua para a aplicação, o que os
habilita ao uso sobre superfícies de concreto aparente rugosa.

Limitações
• não impedem a carbonatação, apesar de reduzi-la; não
impedem a penetração de água, gases ou vapores sob pressão;
• não impedem a lixiviação, apesar de reduzi-la-

Natureza dos produtos disponíveis


As principais substâncias utilizadas são constituídas por
compostos sílico-orgânicos, tais como silicones dispersos em solventes
ou emulsionados em água, silanos e siloxanos dispersos em solventes.
Suas características básicas estão descritas no Quadro 6.2.

Manual para Reparo. Reforço e Proteçáo de Estruturas de Concreto 211


Quadro 6.2
Pinturas hidrofugantes
Denominação Natureza do Produto Características
Silicone base água Metilsiliconato Sensível à alcalinidade
(siliconatcs) Propilsiliconato Pode apresentar
de potássio manchas brancas, baixa
durabilidade Exigem
substrato seco
Anos 50
Silicone base solvente Alquilpolisiloxanos Maior resistência à
(resina de silicone) Solventes orgânicos alcalinidade
Exigem substrato seco
Anos 60
Silano base solvente Alcoxisilanos Elevada penetração,
moléculas menores
Exigem substrato
levemente úmido ou
seco Muito voláteis
Adequados a
concretos
compactos Anos 70

Siloxano oligomérico Alquilalcoxisiloxanos


Elevada penetração
base solvente oligomericos
Exigem substrato
Solventes orgânicos
levemente úmido
Pouco voláteis
Anos 70
Siloxano polimérico base Alquilalcoxisiloxano Pequena penetração,
moléculas
solvente polimérico grandes
Solventes orgânicos Exigem substrato seco
Pouco voláteis
Anos 80
Obs.: Vide Quadro 2.1 e Quadro 6.4 de orientação para a escolha do produto
para reparo, reforço ou proteção.

1 86

6.5 Pinturas impermeabilizantes

Proteçáo e Manutenção das Superfícies de Concreto


Mecanismo de proteção
O mecanismo básico de proteção por pinturas
impermeabilizantes de superfície consiste na formação de uma película
semiflexível e contínua, que atua como barreira de baixa permeabilidade
a gases, à água e ao vapor d'água-

Estas pinturas requerem substrato homogêneo e liso, com poros


de abertura máxima de mm. Têm flexibilidade superior à do concreto e
acompanham pequenas movimentações estruturais.

A maioria não é, entretanto, capaz de absorver eventuais


fissurações posteriores da estrutura, ou seja, são capazes de vedar uma
fissura existente de até 0,1 mm, porém a película é rompida se a
estrutura vier a fissurar após a pintura de proteção estar concluída.

Obs.: No exterior, em paises mais desenvolvidos, são disponíveis


sistemas de alta elasticidade, capazes de absorver movimentações
de até 5 mm.

Principais características
•reduzem significativamente a carbonatação;
•reduzem significativamente a lixiviação;
•reduzem a permeabilidade a sais solúveis;
•reduzem a deposição de fuligem e inibem o desenvolvimento de
fungos e bactérias;

Limitações
•não permitem a secagem do concreto úmido;
•mesmo os vernizes incolores e foscos alteram o aspecto original do
concreto conferindo brilho à superfície;
•requerem superfície uniforme e homogênea, não sendo portanto
adequados para superfícies de concreto obtidas com fôrmas brutas.
Obs.: Dada esta última limitação, em circunstâncias em que o substrato
não apresentar superficie lisa e homogênea, é necessário realizar
um tratamento prévio, o estucamento, para adequá-lo à pintura
(vide itens 5.6 e 6.8).

Manual para Reparo. Reforço e Proteçáo de Estruturas de Concreto 213


Natureza dos produtos disponíveis
O Quadro 6,3 que se segue descreve .a natureza dos produtos
mais comumente usados como pintura de proteção, bem como sua
aplicabiliddade.

Proteçáo e Manutenção das Superfícies de Concreto


Quadro 6.3
Pinturas de proteção
Natureza e Tipo de Classificaçã Espessura Exemplos de
características cura o da tinta tipica do aplicações
do sistema de quanto ao filme seco convencionais
resina utilizado veículo (mm)
Epóxi Base solvente 0,020 a 0,250 Pisos industriais (boa resistência
bicomponente Reaçáo com o
a abrasão) superfícies internas
componente
(elevada resistência química) e
endurecedor
tanques de água potável
Epóxi bicomponente
Reaçáo com o Isenta de Acima de 1,5 Tanques para confinamento de
solvente produtos químicos, tubulações e
componente superfícies internas sujeitas a alto
endurecedor alaque químico
Epóxi Reaçác com o Emulsionada 0,040 a 0,120 Pintura de áreas internas em
bicomponente componente em água indústrias alimenlicias (não
endurecedor contamina alimentos nem
exala odorL selamentc de
pisos industriais e superfícies
internas
Poliu retano Reaçâo com o Base solvente 0,025 a 0,075 Pinturas anticarbonataçáo e
alifátic componente pinturas internas ou externas de
bicomponente endurecedor alta resistência químca

Poliuretano alifático Reação com o Isenta de 0,500 a 2,000 Pintura de alta resistência à
bicomponente componente solvente abrasão para pisos industriais
endurecedor

Poliuretano alifático Reação Base solvente Pinturas de psos industriais,


monocomponente com a acabamento antiderrapante e
umidade pintura de áreas intemas e
atmosférica externas
Vin ilica Simples Base solvente 0,025 a 0,070 Pinturas de alta resistência
evaporação química, porém com baixa
do solvente resistência a solventes

Borracha Simples Base solvente 0,100 a 0,300 Pinturas anticaóonataçâo, boa


clorada evaporação resistência à abrasão, umidade e
do solvente álcalis, pintura de pisos
industriais, faixas demarcatórias e
piscinas
Acrílico Simples Base solvente 0,020 a 0,250 Pinturas anticarbonatação,
evaporação pintura de superfícies internas e
do solvente extemas: com razoável
estabilidade de cor e resistênaa à
fotodegradação
Acrílico Simples Emulsionada 0,040 a 0,700 Pinturas anticarbonataçáo para
evaporação em água (dependendo da superfícies internas e externas,
da água formu- lação e boa estabilidade decor e
aplicação) resistência à fotodegradação
Estirenoacrílico Simples Base solvente 0,020 a 0,200 Pinturas anticarbonatação, pouca
evaporação resistênCia ao intemperismo e à
do solvente fotodegradação

Sistema duplo Reaçào com os Base solvente 0,100 a O. 250 Pinturas de alta performance anticarbo epóxi-
poliuretano componentes natação e pinturas externas ou internas endurecedores de alta resistência
química

Manual para Reparo. Reforço e Proteçáo de Estruturas de Concreto 215


Obs.: Vide Quadro 2.1 e Quadro 6.4 para a escolha do produto para
reparo, reforço ou proteção.
Cabe salientar que as características do concreto, sobretudo nas
camadas próximas à sua superfície, influenciam significativamente a
performance e aderência do sistema dc pintura. Por sua vez, a
qualidade da tinta ou verniz é de grande — senão decisiva —
importância na proteção da superfície.

O Quadro 6,4 apresenta os produtos disponíveis comercialmente


para a proteção de superfícies de concreto.

Quadro 6.4
Orientação para escolha do
produto e sistema de proteção
Principais
Material Produto Aplicação
características
argamassa RENDEROC FC2 Revestimentos e
Tixotrópica;
polimérica acabamentos
Espessura de até 3 mm;
Não retrátil; superficiais em
Baixíssima permeabilidade; estruturas de
Exige substrato úmido- concreto.

adesivo NITOBOND AR Exige substrato úmido; Aditivo para pastas


de base Alta aderência ao de
concreto; Diminui a estucamento(vide
acrílica permeabilidade das item 5.6)
argamassas;
Resistente à umidade.
hidrofugante DEKGUARD Elevada penetração no
substrato; Hidrofugante para uso
PRIMER em superfícies de
Baixíssima viscosidade;
concreto: alvenaria e
Tratamento permanente à base
pedras ornamentais
de silano/siloxano;
natu rais ; Concreto
Impede a penetração de aparente.
cloretos,
verniz de base DEKGUARD Elevada aderência ao Verniz formador de
acrílica TRANSPARENT substrato , Impede a película para a
penetração de CO? e a proteçáo superticial
E de concreto e
lixiviação pela água.
alvenaria;
Concreto aparente.
pintura de base DEKGUARD S Elevada aderência ao substrato;
acrílicaImpede a penetração de e a lixiviação pela água; Pigmentada.
Pintura formadora de pelí cula para prcteçáo superficial de concreto e
alvenaria; Concreto aparente.

216 Proteção e Manutenção das Superticies de Concreto


Material Principais
Produto Aplicação
características
pintura de DEKGUARD EP Elevada aderência ao Pintura formadora
base epóxi substrato; Elevada resistência de pelicula para
dispersa em química. proteção supedicial
solvente em geral; Evitar
exteriores.
pintura de DEKGUARD Elevada aderência ao Pintura formadora
base epóxi EPW substrato; Elevada de película para
dispersa em resistência qu ímica; Não proteçáo superficial
água tóxica. em geral ; Evitar
exteriores.
pintura NITOCOTE Elevada aderência ao Especialmente
(de alta EP410 substrata; Altíssima desenvolvida para a
espessura) à resistência qu ímica; Boa prateçáo de tanques
base de epóxi resistência à abrasão. e canaletas sujeitos
ao ataque qu imico
severo.
pintura à base DEKGUARD PIJ Elevada aderência ao Pintura formadora
de poliuretano substrato; de película para
Elevada resistência química; proteçâo superficial
Resistente à fotodegradação, em geral -
pintura GRAFFITIGUARD Elevada aderência ao Para proteção de
antigrafite substrato; rnuros e fachadas
Resistente à sujeitas a pichações;
fotodegradação; Proteçâo para
Totalmente impermeável a
qualquer outro tipo de superfícies de
tinta. concreto em
Fácil remoção de pichações atmosferas urbanas
mediante o uso do removedor e marinhas, ricas em
Gratfiti Remover CO SOS CL
sistema duplo SISTEMA Elevada penetração e Sistema de proteçáo
base aderência ao substrato; para superfícies de
DEKGUARD Impede a penetração de
silano/siloxano e concreto em
acriTico C02 ao mesmo tempo em atmosferas industriais,
que permite a saída de urbanas e marinhas,
vapor d'água sob pressão ricas em cop sope cn
contido no concreto. Concreto aparente.

sistema duplo SISTEMA Elevada aderência ao - Sistema de proteção


base epóxi e DEKGUARD substrato; para superfícies de
poliuretano Elevada resistência qu í mica; concreta em
EP/PU
Resistente à fotodegradacáo. atmosferas de alta
agressividade química;
Exterior e interior.
revestimentos LAMINADOS, Elevada aderência ao Proteção de
espeaais FLAKES substrato; Elevada tanques, ca naletas,
resistência qu ímica sob pisos e estruturas de
E OUTROS condições severas. concreto ou
metálicas em
contato direto com
produtos químicos

Manual para Reparo. Reforço e Proteçáo de Estruturas de Concreto 217


agressivos.

218 Proteção e Manutenção das Superticies de Concreto


6.6

Comparação dos sistemas


de pintura de proteção
Em geral, os produtos de mesma natureza dispersos em água são
menos duráveis, têm menor poder de penetração e são menos eficientes
que os dispersos em solvente. Também, os produtos bicomponentes de
mesma natureza são mais eficazes que os monocomponentes,

As tintas e vernizes de base poliuretano são muito duráveis e


oferecem excelente barreira à penetração de dióxido de carbono, CO ,
reduzindo os riscos de carbonatação do concreto.

Os produtos de base acrílica são os mais resistentes aos raios


ultravioleta, pouco alteram a tonalidade do concreto (vernizes) e não
amarelecem, mesmo após 3 anos de exposição. Os produtos disponíveis de
base estireno-acrilato são pouco resistentes ao intemperismo e apresentam
sintomas de envelhecimento bastante evidentes após 3 anos de exposição.

Os produtos de base epóxi são os de maior aderência ao concreto e


de maior resistência química e mecânica. Não possuem, porém, boa
resistência à radiação ultravioleta (fotodegradação), e são ideais para
ambientes internos em atmosferas industriais agressivas.
Para conferir, também, elevada proteção química ao concreto e
resistência à fotodegradação em superfícies externas em atmosferas
industriais, foram desenvolvidos sistemas duplos constituídos por primer em
epóxi e segunda demão em poliuretano disperso em solvente, corno o
DEKGUARD EP/PUEstes sistemas têm-se mostrado muito eficazes nestas
situações.

A proteção a ser oferecida pelas tintas e vernizes depende da


qualidade da resina e da formulação. Os solventes voláteis, cargas e
pigmentos utilizados nos produtos podem alterar substancialmente o
desempenho da película. Não é, portanto, difícil de justificar o fato de
produtos aparentemente similares apre sentarem resultados totalmente
discrepantes em ensaios de avaliação de desempenho. Além disso, a
durabilidade da proteção dependerá, fundamentalmente, da boa preparação
da superfície: da adequabilidade de uso, do controle da qualidade na
fabricação, no recebimento e na aplicação do produto.

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto


Recomenda-se, sempre, efetuar ensaios prévios de avaliação de
desempenho.

1 91

6.7

Principais causas de
manifestações patológicas
As principais causas de manifestações patológicas em sistemas de pinturas de
proteção são:

Seleção inadequada do produto.


E comum aplicar película onde o ideal seria hidrofugantc de poro aberto,
E comum, também, a utilização de sistemas incompatíveis com as solicitações a
que as superficies estarão expostas.

Condições meteorológicas inadequadas.


Sem dúvida, a melhor época para aplicação de proteção superficial em
concreto é o período da seca, que em São Paulo vai de abril a outubro.
Deve-se suspender os trabalhos diante da iminência de chuvas e reiniciar
somente após 3 dias de secagem natural.

Tratamento inadequado do substrato.


Muitas vezes a cura da superfície não é adequada e o produto acaba sendo
aplicado sobre uma superfície friável que esfarela — típica de cura insuficiente. E
comum, também, que a tinta ou o verniz acabe sendo aplicado sobre superficie
suja de óleo ou com produtos de desforma.

Diluição excessiva da formulação.


Isto acarretará a redução da aderência da película ao substrato e o aumento da
sua porosidade, com consequente redução significativa da proteção contra a
penetração e passagem de agentes agressivos. E mais comum quando a película
é dispersa em água- A experiência demonstra que o ideal é o proprietário
contratar o serviço de mão-de-obra e comprar diretamente os produtos de

220 Proteção e Manutenção das Superticies de Concreto


proteção, Evidentemente é necessário, em seguida, adotar uma sistemática de
controle da qualidade de recepção e acompanhamento da execução,

Demãos insuficientes,
Muitas vezes isto ocorre com vernizes (por serem incolores) e quando não há
controle de acompanhamento. O ideal, nestes casos, é medir previamente o
consumo por metro quadrado e definir bem a área a ser revestida em cada turno
de trabalho, além de complementar com um sistema periódico de vistoria.

Má qualidade da formulação.
Nem sempre o que se declara 100 acrflico é resina acrílica; em geral, é resina de
estireno acrilato, Caracterizar a formulação e efetuar ensaios prévios de avaliação
de desempenho é fundamental para discernir entre bons e maus produtos.

As principais manifestações patológicas que ocorrem em películas sobre concreto


são descritas no Quadro 6.5.

Quadro 6.5
Patologia dos sistemas de
proteção para concreto
Manifestação Causa mais Período mais Procedimento
patológica provável provável de de correção
aparecimento
Eflorescência Substrato úmido; 1 mês Retirar a película, eliminar a
Agua de infiltração. Qualquer causa da infiltração e secar o
substrato antes de repintar.
Saponificação Substrato muito I mês Retirar a aplicar lavagem com
alcalino. solução ácida e repintar.
Escorridos Agua de chuva, 1 dia Lavar a tinta ou verniz,
e
repintar, se necessário.
manchas
Bolhas Substrato úmido; 1 mês Retirar a película, eliminar a
Osmose; causa da infiltração e secar o
Água de infiltração, substrato antes de repintar.
Desagregação e Qualquer Corrigir a formulação do
descascamento Intempérie; 1 mês produto; Retirar a película,
Substrato friável aplicar solução de
(ausência de cura). metasilicato de sódio e
repintar.
Corrigir a formulação do
Descoloração Açáo ultravioleta. 6 meses produto.

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto


Destacamento Excesso de 2 meses
Eliminar a causa do problema
diluição; Má
ou preparar adequadamente
preparação do
o substrato antes de repintar.
substrato,
Fungos Umidade elevada, 2 meses Eliminar a causa da umidade
Ausência de e corrigir a formulação do
fungicida na produto.
formulação.
Mais recentemente, pesquisas e testes foram realizados no intuito
de combinar as vantagens de produtos hidrófugos de superfície com os
formadores de película. McCurrich & Jeffs (1986) analisaram os vários tipos
de sistemas de pintura de proteção para estruturas de concreto em
atmosferas industriais, urbanas e marinhas, ricas em dióxido de carbono
(C02), dióxido de enxofre (S02), e cloretos (CIO.

193
Testes comparativos foram realizados em laboratório e "in situ"
demonstrando que o sistema duplo desenvolvido oferece, de fato, melhor
proteção que os sistemas convencionais, nestas condições de agressividade. O
sistema consiste de um primer de silano-siloxano (hidrófugo de superfície)
DEKGUARD PRIMER e de uma demão de acabamento em acrflico metacrilato de
metila disperso em solvente. (DEKGUARD TRANSPARENTE ou DEKGUARD S
formando 0 SISTEMA DEKGUARD). Este sistema se constitui numa solução mais
moderna e de alto desempenho, destacando-se em relação aos vernizes e
pinturas convencionais utilizados para a proteção de superfície de concreto
aparente em atmosferas industriais, urbanas e marinhas.

Foto 6.1

222 Proteção e Manutenção das Superticies de Concreto


Diferença de capacidade de penetração
entre o primer de silano-siloxano
oligomérico (esquerda) e o verniz acrílico.

Foto 6.2
Aplicação do primer através de "Airless"
No Quadro 6,6 apresentam-se os resultados dos ensaios
comparativos de absorção de água, permeabilidade a cloretos e penetração
de dióxido de carbono.

Quadro 6.6 Ensaios


comparativos de vários sistemas
de proteção
Sistema de Absorção de água Permeabilidade Penetração de C02
proteçãoapós 7 dias da a cloretos após ( % em massa)
*
aplicação 30 dias
(XIO ppm)
Controle (concreto) 9,5
Base acrílico

Base poliuretano

Gum 1 ,0 0,8

Base silicone

Silano (as) 0,1

Silano (oas)

Acrílico (top coat) 9,5


Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto
Sistema duplo 2,2
silana-siloxano/
acrílico
* Concreto com 28 dias de cura

Obs.: A vida útil esperada para o sistema duplo citado anteriormente é maior
do que 7 anos, para situações normais. A repintura, quando
necessária, é bastante simples, bastando, após a preparação das
superfícies, reaplicar somente a demão de acabamento em acrílico,
uma vez que o primer continu ará definitivamente impregnado ao
substrato.

Os ensaios mencionados no Quadro 6.6 foram repetidos na Universidade


de Campinas - SP, por Magrini, em 1989, tendo o sistema duplo confirmado
performance bastante superior em relação aos demais sistemas avaliados.

195
Foto 6.3
Aplicação do acabamento em tinta acrílica
através de rolo

Foto 6.4
Aplicação do sistema epóxipoliuretano através
de rolo
Foto 6.5

224 Proteção e Manutenção das Superticies de Concreto


Passarela protegida pelo sistema duplo
silano-siloxanoiacrílico, em atmosfera
urbana

Foto 6.6

'Pipe Rack" protegido pelo sistema duplo


epóxi/poliuretano em ambiente industrial
altamente agressivo

197

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto


6.8

Técnicas de preparação do substrato


Como se sabe, o concreto é um bom substrato para a pintura,
Sua rugosidade e porosidade natural permitem a rápida absorção da
umidade da camada de tinta ou verniz. Para que haja boa aderência do
sistema de pintura de proteção, é necessário que a superfície do
concreto apresente-se íntegra, limpa, resistente e isenta de
contaminações.

Especial atenção deve ser dada a produtos aplicados sobre o


concreto, como membranas de cura (incolores) e óleos desmoldantes, que
devem ser removidos.

Anomalias tais como fissuras, ninhos de pedra, vazios de


concretagem, corrosão de armaduras e outras que existirem, deverão ser
reparadas adequadamente antes da pintura das superfícies.

As técnicas de preparo e limpeza do substrato estão descritas no Capítulo 4


Estucamento
Cabe salientar que quando o substrato não apresentar superfície lisa e
homogênea, adequada para a pintura, é recomendável efetuar um
tratamento preliminar, o estucamento. Este trabalho de estucamento
deve seguir os critérios apresentados no Capítulo 5 (item 5.6,
Estucamento),

6.9

Métodos de aplicação
de sistemas de
proteção
A fim de obter-se vida útil máxima, a experiência tem mostrado
que a aplicação correta da pintura é tão importante quanto a preparação
da superfície e a seleção correta do sistema de pintura.

Proteçáo e Manutenção das Superfícies de Concreto


Todas as tintas apresentam separação dos componentes mais
pesados em relação aos mais leves. Muitos pigmentos podem, portanto,
sedimentar-se, A homogeneização do produto para a aplicação é de
fundamental importância, bem como, no caso dos produtos
bicomponentes, a utilização da totalidade do conjunto, raspando o
material aderido no fundo das embalagens com o auxílio de espátulas.

Dependendo da viscosidade do material, misturadores mecânicos


podem ser necessários para se conseguir uma boa homogeneização.

-1 98

Pulverização
Devido, normalmente, ao envolvimento de grandes áreas, os processos de
pulverização são bastante adequados para a pintura do concreto. As
propriedades fisicas do produto são particularmente relevantes para este
método de aplicação: materiais de viscosidade média e tixotrópicos são
adequados para serem aplicados por pulverização.

Para a pintura de concreto, são utilizados os seguintes métodos de


pulverização:

Sistema convencional
E o mais utilizado em função de sua versatilidade. São disponíveis
vários tipos de pistolas e capas de mistura, que permitem um grande
número de combinações para variados tipos de tinta.

A tinta é levada à pistola em virtude de um vácuo criado pela utilização de


uma capa de mistura externa. A pressão atmosférica força então a tinta
fora do recipiente para um duto, até o bico da pistola. Quando o líquido é
mais denso, ou quando maior produção é exigida, a tinta é forçada até o
bico sob uma pressão positiva exercida no recipiente por ar comprimido,

"Airless"
E o processo mais adequado para a aplicação de hidrófugos de superfície.
A pulverização é feita pela oscilação da pressão hidráulica aplicada à tinta.
O equipamento utilizado para a aplicação "airless" é menos complexo que
o necessário para a aplicação com ar comprimido. A pistola é bem mais
simples que a utilizada no sistema convencional. O bico determina o
volume de produto que pode ser aplicado e o tamanho do leque. A
aplicação é bastante rápida e envolve pouca mão-de-obra. Não é
adequado para pequenos trabalhos.

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto


Aplicação a pincel
Geralmente é considerada uma boa prática a aplicação da primeira
demão de tinta de imprimação (primer) utilizando pincel, de modo a poder
colocar melhor a tinta para dentro dos poros e fendas da superfície.

Pincéis curtos de seção retangular (de náilon) têm sido mais


utilizados. O tamanho do pincel deve ser adaptado à extensão do serviço. O
pincel de 10 cm (4") é considerado o tamanho máximo para uma boa pintura.
Esta técnica é mais adequada para pequenas áreas,

1 99

Aplicação a rolo
A aplicação a rolo é recomendada para superfícies planas e
uniformes. Como vantagens do processo, pode-se citar a rapidez na aplicação
e a facilidade de acesso em paredes e pisos.

6.9.1

Cuidados na Aplicação
De forma genérica, pode-se entender que o teor de umidade
superficial relativa do concreto preparado para a pintura não deve scr
maior que 5 a 6 Este teor de umidade pode ser verificado mediante a
utilização de equipamentos de leitura direta, como o "Moisture Master".
Este baixo teor de umidade só não é tão importante para os sistemas de
pintura solúveis em água (emulsões), ou aqueles que têm sistema de
cura por reaçáo com a umidade atmosférica.

Recomenda-se:

• evitar aplicações a pistola (pulverização) sob ação de vento;


• usando pistola, sobrepor as aplicações consecutivas em 50
• executar a pintura preferencialmente com a temperatura ambiente
variando entre 10 e 35 c c. Evitar pintar fachada que esteja recebendo
radiação solar direta na hora da aplicação.
• não efetuar pintura de áreas externas em dias muito úmidos .com
umidade relativa superior a 90 %);

Proteçáo e Manutenção das Superfícies de Concreto


• iniciar o trabalho de pintura tão logo quanto possível após o preparo
do substrato, para evitar eventuais contaminações deste.

200

Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto


6.10

Manutenção
Os serviços de manutenção do concreto podem estar incluídos
num programa de manutenção preventiva ou num progmama de
manutenção corretiva.

Um programa de manutenção preventiva irá intervir nas fachadas e


superfícies de concreto aparente antes que estas apresentem sinais
significativos de degradação. Para estimar a vida útil dos sistemas de
pintura de proteção pode-se consultar a literatura disponível ou observar
obras similares sob mesmas condições de exposição. De qualquer forma, é
sabido que os sistemas protetores têm uma vida útil relativamente curta
comparada à vida útil da estrutura (50 anos), devendo ser periodicamente
inspecionados para verificar a necessidade de sua manutenção, para que
continuem mantendo sua funcionalidade.

De qualquer forma, como ordem de grandeza, é conveniente


a repintura periódica preventiva a cada período de 2 a 3 anos para
hidrorrepelentes e pinturas base água, pelo menos cada 4 anos para
base solvente e a cada 6 a 7 anos para sistemas duplos.

No caso de manutenção corretiva — infelizmente a situação


mais comum — os trabalhos de manutenção são típicos de correção
de manifestação patológica, ou seja, há necessidade de um
diagnóstico prévio do problema, para a identificação das causas, para
então proceder-se à proteção do concreto.

Técnicas adequadas de correção e produtos de conhecida


eficácia são disponíveis e devem ser utilizados para a correção prévia
da estrutura de concreto posteriormente, receberá a repintura de
proteção.

Manual para Reparo, Reforço e Protecão de Estruturas de Concreto 230


Considerações Finais
Após a vistoria, estudo e diagnóstico das manifestações
patológicas, a indicação do procedimento de correção deve levar em
conta vários fatores como eficiência da intervenção, segurança,
materiais, equipamentos, custo e condições específicas da obra,
temperatura, prazos e agressividade do ambiente durante e após a
correção.

Conforme apresentado neste manual, para cada tipo de


problema pode haver mais de uma solução e mais de um
procedimento de correção, que será adotado em função de fatores
técnicos e econômicos. A disponibilidade de tecnologia local deve
sempre ser levada em conta, ou seja: a existência ou não de pessoal
habilitado, os materiais e equipamentos existentes no local da obra.

Procedimentos que exigem equipamentos específicos, como


o uso de concreto ou argamassa polimérica projetados, têm campo
de aplicação quando se trata de correções de problemas em grande
áreas e de forma repetitiva, Outros, aparentemente mais artesanais,
podem ser adequados para locais em que não se permita poeira e
ruídos excessivos ou quando se trata de correção de pequena
extensão.

Finalmente, queremos relembrar que a segurança e


satisfação final do proprietário será atendida na medida em que haja
uma fiscalização eficiente e controle da qualidade de todas as
atividades envolvidas. E conveniente realizar ensaios de resistência,
aderência e durabilidade dos materiais, além de procurar
comprovação da eficácia de certos procedimentos, através de
testemunhos, provas de carga, ultra-som, medidas de potenciais de
corrosão e outros recursos de análise de estruturas acabadas.

Manual para Reparo, Reforço e Protecão de Estruturas de Concreto 232


índice por Sintorna
Patológico e por Solução
para o Problema

Corrosão de armaduras
3.1 Em vigas/pilares/lajes e paredes 52
3.26 Em pontes e viadutos 78
3.27 Em silos e tanques 79
3.28 Em estruturas em água do mar
ou água doce 80
3.29 Em galerias de água e esgoto 81
3.31 Em edifícios industriais 83

Colppso parcial
3.29 Em galerias de água e esgoto 81
Deterioração/degradação
3.26 Em pontes e viadutos 78
3.28 Em estruturas em água do mar ou água doce
80
3.29 Em galerias de água e esgoto
parte superior
3.30 Em galerias de água e esgoto parte
Submersa 82
3.31 Em edifícios industriais 83

Esmagamento do concreto
3.8 Em vigas (flexão) 60 3.1 0 Em vigas (torção) 62

Fissuras de flexão
3.4 / 3.6 / 3.7 Em vigas 56/58/59
3.1 7 / 3-1 8 Em lajes 69/70
3.24 Em paredes 76
3.27 Em silos e tanques 79

3.28 Em edifícios industriais 80

Fissuras
3.5 De cisalhamento (em vigas) 57
3.9 De torção (em vigas) 61
3.1 2 De assentamento plástico (em pilares) 64
3,13 De pega ou falsa pega (em pilares) 65
3.14 De junta de concretagem (em pilares) 66
3.15 De flambagem da armadura (em pilares) 67
3.16 Em topos de pilares curtos 68
3.19 De momentos volventes (em lajes) 71
3.22 De recalque (em paredes) 74 3.25 De tração (em
paredes) 77

Manual Prático para Reparo: Reforço e Proteçáo das Estruturas de Concreto 235
Fissuras de retração hidráulica ou
contração térmica
3.1 1 Em vigas 63

3.20 Em lajes 72 3.23 Em paredes 75


Incêndio
3-3 Em vigas/pilares/lajes e paredes 55

Ninhos (segregação)
3.2 Em vigas/pilares/lajes e paredes 54

Punção
3.21 Em lajes 73

índice por Sintoma Patológico e por Soluçâo para o Problema

4_1 Preparo do Substrato 85


4.2 Limpeza das Superfícies 93

Graute base epóxi


5.19 Injeção de fissuras 124
Argamassa base epóxi
5.2Reparos superficiais em vigas, pilares,
lajes e paredes 106
5.8 Reparos em juntas de movimentação 1
12
5.20 Reforço de estruturas 125
5.29 Reforço de vigas 135
5_43Reforço de lajes 154
5.52Reforço de consoles e dentes Gerber 164
Argamassa polimérica base cimento
5.1 Reparos superficiais localizados 105
5.4Reparos superficiais em grandes áreas 108
5.7 Reparos em juntas de movimentação 1 1
5.9 Reparos profundos em lajes 1
(momentos volventes) 1 1
3
5.45Reforço em lajes (flexão) 157
Primer rico em zinco
5.14 Corrosão de armaduras 1
19

Chapas metálicas aderidas ao concreto


5.22Reforço de vigas, pilares, lajes e paredes 127
5.29Reforço de vigas (flexão) 135
5.31Reforço de vigas (torção) 138
5.40 Reforço de pilares 150
5.43Reforço de lajes (momentos volventes) 154
5.48Reforço de lajes (flexão) 160
5.49 Reforço de lajes (punção) 161

Chapas metálicas soldadas


5.23 Reforços de emergência 128

Concreto
5.1 1 Reparos Profundos 1 16

5.27Reforço de vigas (flexão) 132

Manual Prático para Reparo: Reforço e Proteçáo das Estruturas de Concreto 237
5.33Reforço de vigas (torção) 1 42
5,38 Reforço de pilares 1 48
5.42 Reforço de lajes (momentos volventes) 1 53
5.46Reforço de lajes (flexão) 1 58
5.55Reforço de consoles e dentes Gerber 168
5.57Reforço de blocos de fundação 1 70
5.59 Reforço de sapatas 173 5.61 Reforço em estacas 176
Concreto pré-acondicionado
5.12 Reparos profundos 1 17
Concreto projetado
5.25 Reforço em caso de emergência 129
5.28 Reforço em vigas (flexão) 1 34
5.34 Reforço em vigas (torção) 143
5.39 Reforço de pilares 1 49
5.47 Reforço de lajes 159
Emendas de armadura
5.17 Traspasse 122
5, 1 8 Luva ou solda 123
Graute base epóxi
5.19 Reforço de vigas, pilares, lajes e paredes 124
5.37 Reforço de pilares 147
5.54 Reforço de consoles e dentes Gerber 167

208 indice por Sintoma Patológico e por Soluçáo para o Problema


Graute base cimento
5.1 0 Reparos profundos 1 1
5.16Reparo submerso de pilares, 5
vigas e paredes 121
5-32 Reforço de vigas 1 40
5.36 Reforço de pilares 1 46
5.53Reforço de mísulas e dentes Gerber 1 66
5.56Reforço de blocos de fundaçáo 1
69
5.58 Reforço de sapatas 1
71
5.60 Reforço em estacas 1
Inibidor de corrosão 75
5.15 Corrosâo de armaduras por cloretos 120
Microconcreto
5.1 0Reparos profundos
em vigas, pilares, lajes e paredes 1 1
5
5.13Reparos profundos em pisos 1 1
8
5.26 Reforço de vigas (flexão) 130

Manual Prático para Reparo: Reforço e Proteçáo das Estruturas de Concreto 239
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Reparo. Reforgo e 21 3

Manual Pråtico para Proteqäo das Estruturas de Concreto


zaçáo em dosagem, controle da qualidade, patologia e recuperação dc estruturas
de concreto em diversas regiões do Brasil e América Latina. Orienta alunos de
mestrado e doutorado na EPUSP e UFRGS. Participou de várias bancas de
julgamento de teses de mestrado e doutorado na EPUSP, na UFRGS, na USP —
Carlos e na Universidade Federal Fluminense—UFF. Participou de estágios no
exterior; 8 meses na Espanha no Instituto Eduardo Torroja em Madrid onde obteve
o título de especialista em "Patología de Ias Construcciones", 2 meses em
Birmingham, na Inglaterra nos laboratórios de pesquisa e desenvolvimento da
"Fosroc International" c um ano e meio nos Estados Unidos em programa de pós
doutoramento na Universidade da California — Berkeley. Trabalhou 10 anos no
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo — IPT Exerce
assessoria ao IPT e a entidades de fomento à pesquisa: corno a FAPESP e o
CNPq, para claboração de pareceres. Coordena e participa de projetos de
pesquisa desen volvidos em convênios USP — Empresa Privada.
Presidiu o Comitê Latino Americano de Estruturas — CLAES, participa da American
Society for Testing and Materials —ASTM e American Concrete Institute — ACL Participa
da Associação Brasileira de Normas Técnicas — ABNT, do Instituto Brasileiro do Concreto
- IBRACON e de outras entidades de valorização da tecnologia nacional. Coordenou e
participou de diversos Simposios e Congressos nacionais e internacionais com publicação
de trabalhos. Traduziu e adaptou dois livros técnicos, possui vários artigos publicados em
revistas especializadas nacionais e estrangeiras e escreveu tres livros técnicos.

MANUAL PARA REPARO, REFORÇO E PROTBÇÃo DB

ESTRUTURAS DE CONCRETO

Com o objetivo de apresentar ao meio técnico


nacional uma literatura específica para os
profissionais envolvidos com o reparo, reforço e
proteção de estruturas de concreto, a Fosroc
teve a possibilidade de investir num importante
projeto de divulgação tecnológica, aliando o
conhecimento técnico e teórico do Prof. Paulo
Helene à tecnologia de materiais da FosrocComo
resultado desta união surgiu este Manual para
Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de
Concreto.
Inicialmente são apresentados os conceitos
básicos da patologia e terapia das construções
de concreto, O capítulo 2 faz uma descrição
geral da natureza dos materiais utilizados e
apresenta um quadro com os principais produtos
disponíveis no mercado. A seguir, apresenta uma
orientação para o diagnóstico e as alternativas
para a correçâo. O capítulo 4 apresenta ainda os
procedimentos mais adequados para o preparo e
limpeza do substrato. A metodologia para o
reparo e reforço das estruturas está detalhada no
capítulo 5. Finalmente abordam-se os
procedimentos e materiais disponíveis para a
proteção das estruturas de concreto-
Esta 2 a edição do manual, revisada, ampliada e
atualizada torna este livro uma obra de consulta
obrigatória aos profissionais envolvidos com esta
fascinante área da engenharia.

06.184'MPRR2 85-7266-010-C

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