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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI

COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL

RAIANE KEYLE DE MACEDO SOUSA

ANÁLISE COMPARATIVA: REFORÇO ESTRUTURAL EM LAJES UTILIZANDO


VIGAS DE CONCRETO ARMADO E METÁLICAS

TERESINA
2018
RAIANE KEYLE DE MACEDO SOUSA

ANÁLISE COMPARATIVA: REFORÇO ESTRUTURAL EM LAJES UTILIZANDO


VIGAS DE CONCRETO ARMADO E METÁLICAS

Trabalho de Conclusão de Curso submetido à


Coordenação do Curso de Bacharelado em
Engenharia Civil do Centro Universitário –
Uninovafapi, como requisito para a Obtenção
do título de Bacharelado em Engenharia Civil .

Orientador: Prof. Msc. Mark Anderson Moreira


e Silva

TERESINA
2018
FICHA CATALOGRÁFICA
S725a Sousa, Raiane Keyle de Macedo.

Análise comparativa: reforço estrutural em lajes utilizando


vigas de concreto armado e metálicas / Raiane Keyle de Macedo
Sousa. – Teresina: Uninovafapi, 2018.

Orientador (a): Prof. Me. Mark Anderson Moreira e Silva.


Centro Universitário UNINOVAFAPI, 2018.

86. p.; il. 23cm.

Monografia (Graduação em Engenharia Civil) – Centro


Universitário UNINOVAFAPI, Teresina, 2018.

1. Reforço estrutural. 2. Concreto armado. 3. Estrtura


metálica. I.Título. II. Silva, Mark Anderson Moreira e Silva.

CDD 629.234

Catalogação na publicação
Antonio Luis Fonseca Silva– CRB/1035
RAIANE KEYLE DE MACEDO SOUSA

ANÁLISE COMPARATIVA: REFORÇO ESTRUTURAL EM LAJES UTILIZANDO


VIGAS DE CONCRETO ARMADO E METÁLICAS

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Engenharia Civil
do Centro Universitário UNINOVAFAPI,
como parte dos requisitos para obtenção
do título de Engenheiro Civil.

Aprovado em: _____/_____/______

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________
Profº. Msc. Mark Anderson Moreira e Silva (Orientador)
Centro Universitário UNINOVAFAPI

____________________________________________________________
Centro Universitário UNINOVAFAPI

____________________________________________________________
Centro Universitário UNINOVAFAPI
AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me dado saúde e forças, para nos momentos mais difíceis e nos
momentos de cansaço diário.
A minha família em especial minha Mãe, por me dar todo o suporte necessário e me
encorajar a todo momento durante esses longos 5 anos de curso, e a minha irmã por
toda a ajuda com os seus conhecimentos na composição do trabalho.
A meus colegas de turma e amigos que juntos conseguimos vencer cada batalha,
em especifico aos meus amigos Cássio Arêa e Wellysson Sousa, que juntos fizemos
todos os trabalhos em grupos durante esses 5 anos de curso e ao meu colega
Kássio Carlos por toda ajuda técnica na monografia.
Aos professores, em especial a professora de Concreto I Carol Chaves Mesquita,
pelos ensinamentos em sala, que foram de suma importância para o trabalho de
conclusão de curso, aos funcionários da Instituição e do curso de Engenharia Civil,
por todo o conhecimento técnico adquirido.
Em especial ao meu Orientador Professor Msc. Mark Anderson Moreira e Silva, pelo
suporte dado nesses períodos, pela dedicação e esforços nas correções, e todo os
ensinamentos durante o curso de Engenharia Civil.
E a todos que ajudaram direto ou indiretamente na minha formação, o meu muito
obrigada.
RESUMO

Esta monografia apresenta uma análise comparativa de duas técnicas de reforço


estrutural em lajes, utilizando vigas de concreto armado e vigas com perfis
metálicos. Quando as estruturas não mantem o desempenho de portar as cargas
nela requerida, há a necessidade de se fazer um reforço estrutural, que é o aumento
da capacidade de carga das estruturas. A incompreensão do tema no meio
acadêmico da engenharia civil, estabelece o interesse de conhecer os métodos
disponíveis para o reforço das lajes, fazendo-se buscar o conhecimento de técnicas
de reforço estrutural. Assim o trabalho teve como objetivo, identificar qual a melhor
forma de reforço estrutural no estudo de caso, fazendo-se um dimensionamento de
reforço com vigas de concreto armado no software eberick v8, para fazer a devida
comparação com o projeto de reforço com vigas metálicas já existente, pois o
construtor optou por contratar um calculista para fazer o reforço, e o escolhido foi o
de estrutura metálica, assim fazer a análise comparando a técnica de execução e o
custo das duas formas de reforço. O tipo de metodologia utilizado foi o descritivo-
comparativo, com abordagens quantitativas e qualitativas. Se procedeu com uma
fundamentação teórica, análise de documentos e projeto, e também foi feito um
estudo de campo coletando informações da obra em estudo para o trabalho, com
visitas ao edifício. Os resultados foram satisfatórios no dimensionamento de vigas de
concreto armado, todas as lajes de estudo foram reforçadas, porém algumas vigas
que apoiaram as vigas inserida, tiveram a armação superior calculada do que a
armação existente no edifício, sendo necessário também o seu reforço. A técnica
utilizada para reforçar tais vigas, foi o método do encamisamento. Os reforços
estruturais com vigas de concreto armado obtiveram menores custos, mesmo com a
maior dificuldade de execução, pois como esperado os materiais de vigas metálicas
possuem custo muito alto, a diferença de custo de concreto armado pra vigas
metálicas foi de 17,9%, um valor significativo, mas as duas técnicas de reforço
podem ser executadas no edifício de estudo.

Palavras-chave: Reforço estrutural. Concreto Armado. Estrutura Metálica.


ABSTRACT

This monography presents a comparative analysis of two techniques for structural


reinforcement in slabs, using reinforced concrete beams and metallic profiles. When
structures do not keep the performance of porting the loads required therein, there is
the need to make a structural reinforcement, which is the increase in the load
capacity of the structures. The incomprehension of the theme in the academic
environment of civil engineering, establishes the interest to know the methods
available for the reinforcement of the slabs, causing them to seek a knowledge of
techniques for structural reinforcement. So the work had as objective to identify which
is the best form of structural reinforcement in the case study, making himself a sizing
of reinforced concrete beams in eberick software v8, to make a proper comparison
with the project of reinforcement already existing metal beams, because the
constructor has opted to hire a designer to make the strengthening, and the chosen
was the metallic structure, thus making the analysis comparing the execution
technique and the cost of the two forms of reinforcement. The type of methodology
used was the descriptive-comparative study with quantitative and qualitative
approaches. Proceeded with a theoretical foundation, analysis of documents and
project, and was also made a study of the field collecting information of the work
under study for the job, with visits to the building. The results were satisfactory in the
sizing of reinforced concrete beams, all the slabs of study were reinforced, but some
beams that supported the beams inserted, had the upper frame calculated than the
existing frame in the building, being also required its reinforcement. The technique
used to reinforce such beams, was the method of increase section. The structural
reinforcements with reinforced concrete beams obtained lower costs, even with the
greater difficulty of implementation, because as expected the materials of metal
beams have very high cost, the difference in cost of reinforced concrete to metal
beams was 17.9%, a significant value, but the two reinforcement techniques can be
performed in the building of study.

Keyword: Structural reinforcement. Armed Concrete. Metal Structure.


.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Laje nervurada ..........................................................................................15


Figura 2 – Laje nervurada da obra de estudo ............................................................16
Figura 3 – Formas de polipropileno para lajes nervuradas .......................................17
Figura 4 – Reforço de laje com estrutura metálica ....................................................20
Figura 5 – Processo simplificado da fabricação do aço .............................................22
Figura 6 – Armadura de viga de concreto ..................................................................23
Figura 7 – Perfil metálico do tipo I ..............................................................................26
Figura 8 – Diagrama tensão e deformação do aço ....................................................27
Figura 9 – Perfil laminado ..........................................................................................28
Figura 10 – Perfil soldado ..........................................................................................29
Figura 11 – Parafuso ..................................................................................................29
Figura 12 – Conexões parafusadas ...........................................................................30
Figura 13 – Conexões soldadas .................................................................................30
Figura 14 – Laje ancorada na obra de estudo ...........................................................33
Figura 15 – Inserção de uma nova classe de resistência...........................................34
Figura 16 – Fck adotado na laje do 17º pavimento ....................................................35
Figura 17 – Lançamento de pavimentos no Eberick ..................................................36
Figura 18 – Partes dos pavimentos no Eberick .........................................................37
Figura 19 – Planta de forma existente da obra de estudo .........................................38
Figura 20 – Lançamento de laje nervurada no Eberick..............................................39
Figura 21 – Lançamento de parede no Eberick..........................................................39
Figura 22 – Lançamento de pilares no Eberick...........................................................40
Figura 23 – Lançamento de vigas e paredes sobre as vigas no Eberick...................41
Figura 24 – Lançamento de vigas de reforço no Eberick...........................................41
Figura 25 – Divisão da laje L2.....................................................................................42
Figura 26 – Divisão da laje L6.....................................................................................42
Figura 27 – Divisão das lajes L4 e L8.........................................................................43
Figura 28 – Detalhamento da viga 84.........................................................................49
Figura 29 – Detalhamento do encamisamento de viga 474.......................................52
Figura 30 – Detalhamento da viga 89.........................................................................52
Figura 31 – Detalhamento da viga 90.........................................................................53
Figura 32 – Detalhamento do encamisamento da viga 9...........................................55
Figura 33 – Detalhamento da viga 83.........................................................................56
Figura 34 – Detalhamento do encamisamento da viga 473.......................................58
Figura 35 – Detalhamento da viga 87.........................................................................60
Figura 36 – Detalhamento da viga 88.........................................................................60
Figura 37 – Detalhamento do encamisamento da viga 421.......................................62
Figura 38 – Quantitativos de Reforço com vigas metálicas........................................64
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Comparativos de armaduras das lajes existente e calculadas.................44


Tabela 2 – Comparativos de armaduras da viga existente e calculada......................44
Tabela 3 – Quantitativos de reforço nas vigas existentes com encamisamento........44
Tabela 4 – Modelo de orçamento do reforço estrutural..............................................45
Tabela 5 – Comparativo de armaduras da laje 2 existente com as novas lajes
calculadas....................................................................................................................49
Tabela 6 – Comparativo de armaduras da viga 482 existente com a nova viga
calculada ....................................................................................................................50
Tabela 7 – Comparativo de armaduras da viga 474 existente com a nova viga
calculada ....................................................................................................................51
Tabela 8 – Comparativo de armaduras da laje 4 existente com as novas lajes
calculadas....................................................................................................................53
Tabela 9 – Comparativo de armaduras da viga 9 existente com a nova viga
calculada ....................................................................................................................54
Tabela 10 – Comparativo de armaduras da viga 416 existente com a nova viga
calculada ....................................................................................................................54
Tabela 11 – Comparativo de armaduras da laje 6 existente com as novas lajes
calculadas ...................................................................................................................57
Tabela 12 – Comparativo de armaduras da viga 473 existente com a nova viga
calculada ....................................................................................................................58
Tabela 13 – Comparativo de armaduras da viga 480 existente com a nova viga
calculada ....................................................................................................................59
Tabela 14 – Comparativo de armaduras da laje 8 existente com as novas lajes
calculadas....................................................................................................................61
Tabela 15 – Comparativo de armaduras da viga 421 existente com a nova viga
calculada ....................................................................................................................61
Tabela 16 – Comparativo de armaduras da viga 425 existente com a nova viga
calculada ....................................................................................................................63
Tabela 17 – Orçamento de reforço estrutural com vigas metálicas............................65
Tabela 18 – Quantitativos das vigas de concreto armado..........................................66
Tabela 19 – Quantitativos de reforço nas vigas existentes com encamisamento......66
Tabela 20 – Orçamento de reforço estrutural com vigas de concreto armado...........69
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Composições de serviços do orçamento metálico..................................64


Quadro 2 – Composições de serviços do orçamento de concreto armado................67
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................12
1.1 OBJETIVOS..........................................................................................................13
1.1.1 Geral...................................................................................................................13
1.1.2 Específicos.........................................................................................................13
1.2 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................13
2 REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................15
2.1 LAJES....................................................................................................................15
2.2 LAJES NERVURADAS DE CONCRETO ARMADO.............................................15
2.2.1 Formas de polipropileno.....................................................................................17
2.2.2 Armaduras necessárias......................................................................................18
2.2.3 Prescrições normativas de lajes nervuradas.....................................................18
2.3 RESISTÊNCIA CARACTERÍSTICA DO CONCRETO A COMPRESSÃO............18
2.3.1 Controle de qualidade da produção e aceitação do concreto...........................19
2.4 REFORÇO ESTRUTURAL...................................................................................19
2.4.1 Materiais utilizados em reforço de estruturas....................................................20
2.4.1.1 Concreto..........................................................................................................21
2.4.1.2 Aço...................................................................................................................21
2.5 TÉCNICAS DE REFORÇO ESTRUTURAL EM LAJES.......................................22
2.5.1 Reforço com vigas de concreto armado............................................................23
2.5.1.1 Flexão simples................................................................................................23
2.5.1.2 Estado de limite último....................................................................................24
2.5.1.3 Domínios de deformação................................................................................24
2.5.2 Reforços com vigas de perfis metálicos.............................................................25
2.5.2.1 Propriedades mecânicas do aço.....................................................................26
2.5.2.2 Estado de limite...............................................................................................27
2.5.2.3 Esbeltes...........................................................................................................28
2.5.2.4 Perfis...............................................................................................................28
2.5.2.5 Conexões........................................................................................................29
2.5.2.6 Vantagens e desvantagens do aço.................................................................31
3 METODOLOGIA.......................................................................................................32
3.1 APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS E PROJETOS PARA O ESTUDO DE
CASO .......................................................................................................................32
3.1.1 Informações sobre a obra de estudo.................................................................33
3.1.2 Análise dos relatórios de resistência a compressão..........................................33
3.2 DIMENSIONAMENTO DE REFORÇO ESTRUTURAL COM VIGAS DE
CONCRETO NO SOFTWARE EBERICK V8..............................................................35
3.2.1 Lançamento das estruturas exixtentes..............................................................36
3.2.1.1 Lançamento de lajes existente no edifício......................................................38
3.2.1.2 Lançamento de pilares exixtentes no edifício.................................................40
3.2.1.3 Lançamento de vigas existente no edifício.....................................................40
3.2.2 Lançamento de vigas de reforço de concreto....................................................41
3.3 ORÇAMENTO.......................................................................................................44
3.4 ANÁLISE FINAL....................................................................................................45
4 RESULTADOS..........................................................................................................47
4.1 APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS E PROJETOS PARA O ESTUDO DE
CASO ....................................................................................................................... 47
4.1.1 Informações sobre a obra de estudo................................................................. 47
4.1.2 Análise dos relatórios do ensaio de resistência a compressão .........................47
4.2 DIMENSIONAMENTO DE REFORÇO ESTRUTURAL COM VIGAS DE
CONCRETO NO SOFTWARE EBERICK V8..............................................................48
4.2.1 Lançamento das estruturas existentes.............................................................. 48
4.2.2 Lançamento de vigas de reforço de concreto armado ...................................... 48
4.2.2.1 Viga de reforço na laje 2................................................................................. 48
4.2.2.2 Vigas de reforço na laje 4............................................................................... 52
4.2.2.3 Viga de reforço na laje 6................................................................................. 56
4.2.2.4 Vigas de reforço na laje 8............................................................................... 60
4.3 ORÇAMENTO.......................................................................................................63
4.3.1 Orçamento de vigas metálicas...........................................................................63
4.3.2 Orçamento de vigas de concreto armado..........................................................66
4.4 ANÁLISE TÉCNICA DOS PROJETOS E EXECUÇÃO DOS REFORÇOS..........70
5 CONCLUSÃO...........................................................................................................72
REFERÊNCIAS...........................................................................................................73
APÊNDICES................................................................................................................75
APÊNDICE A – Planta de forma com reforço de vigas de concreto e detalhamento
das vigas inseridas......................................................................................................75
APÊNDICE B – Armação de lajes calculados após a inserção das vigas de
reforço....................................................................................................................... 76
APÊNDICE C – Armação de lajes calculados após a inserção das vigas de
reforço....................................................................................................................... 77
APÊNDICE D – Armação de vigas após a inserção das vigas de reforço
estrutural.................................................................................................................... 78

ANEXOS......................................................................................................................79
ANEXO A – Projeto arquitetônico do pavimento tipo................................................ 79
ANEXO B – Projeto de formas da laje, vigas e
pilares........................................................................................................................ 80
ANEXO C – Prancha com o projeto de armaduras das lajes superiores e inferiores
que precisaram de análises para o estudo de
caso.................................................................................................................. ......... 81
ANEXO D – Prancha com o projeto de armaduras das vigas, que precisaram de
análises para o estudo de
caso........................................................................................................................... 82
ANEXO E – Projeto de reforço estrutural com vigas metálicas................................. 83
ANEXO F – Relatório de extração e do ensaio núm.1.............................................. 84
ANEXO G – Relatório de extração e do ensaio núm.2............................................. 85
12

1 INTRODUÇÃO

Desde o início da construção civil, onde não se sabiam através de cálculos e


normas qual a segurança que deveria ter uma estrutura para que se sustentasse,
até os dias atuais onde ainda se estudam modificações das normas para melhor nos
assegurar, o cálculo estrutural surgiu não só para nos dar confiança, mas veio
também para garantir uma maior vida útil a nossas construções, porém alguns
problemas podem surgir na execução do projeto ou ao decorrer do tempo.
Nos últimos tempos, buscam-se aprimorar as técnicas executivas na
construção civil, para que a edificação tenha uma vida útil maior, tais técnicas são
primordiais desde o projeto até a execução. Quando esses objetivos não são
atingidos, virá a aparecer problemas que trarão adversidades para que a edificação
mantenha seu desempenho do conforto em sua utilização, necessitando assim, de
um reforço estrutural. Entretanto, há outros fatores que buscam um reforço, como
ampliações na estrutura, presença de patologias e quando a resistência do concreto
não é atingida na execução, como é o caso da obra estudada.
O estudo do reforço estrutural veio como resposta de tais problemas, nos
dando oportunidade de recuperar a estrutura sem que seja necessária à sua
demolição, ou evitando assim o seu colapso, pois o reforço é uso de técnicas para
solucionar problemas nas construções que estejam danificadas, com excesso de
esforços, patologias, ou que necessitam de aumento de carga na estrutura.
Para executar bem o reforço, é preciso conhecer o desempenho da estrutura
danificada para avaliar a sua capacidade resistente e verificar as diferentes
possibilidades de reforço para que haja eficiência, economia e resultados
satisfatórios.
O desenvolvimento deste trabalho estudará técnicas, que obedecem às
normas da construção civil, para a formação de planos dos reforços estruturais
especificamente em lajes, logo depois da ocorrência de erro na entrega do concreto
com resistência esperada. Ao realizar a concretagem da laje, é necessário fazer pelo
menos 4 corpos de provas para os ensaios que serão realizados após 7, 14, 21 e 28
dias, assim seguindo as recomendações da NBR 5738 e NBR 5739, determinando
por meio do ensaio se o fck pedido no projeto foi atingido, o problema do caso em
estudo é que os resultados só são obtidos com 28 dias após a concretagem, assim
torna-se inviável a correção do concreto no ato da execução, nessa situação deve-
13

se procurar outra forma de solucionar tal problema, portanto este trabalho estudará a
viabilidade de duas técnicas de reforço estrutural: a de concreto armado e perfis
metálicos.
Diversas são as formas de reforços estruturais, mas por conta do tipo de laje,
que é a nervurada e o difícil acesso de reforços mais tecnológicos, o trabalho irá
adotar esses dois métodos mais comum na região.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Geral

Identificar por meio de estudos, normas e orçamentos, qual a melhor técnica a


ser utilizada no reforço estrutural de uma laje com problema de concreto não
conforme, resistência de compressão abaixo do pedido em projeto.

1.1.2 Específicos

 Apresentar documentação necessária para o desenvolvimento do


trabalho, como projetos e relatórios, fazendo a análise dos mesmos;
 Dimensionar solução de reforço utilizando vigas de concreto armado no
software eberick v8;
 Elaborar o orçamento das duas técnicas de estudo;
 Comparar as duas técnicas para definir qual a melhor solução a ser
adotada;

1.2 JUSTIFICATIVA

O presente trabalho trata sobre técnicas de reforço estrutural em lajes, que


apresentam falhas de execução, no caso o concreto possui resistência característica
do concreto a compressão abaixo do esperado. O tema de reforço estrutural de laje
foi o designado para este trabalho com o propósito de propor a construtores
métodos corretivos de reforço, defendendo a melhor técnica a ser usado no estudo
de caso.
14

A incompreensão do tema no meio acadêmico da engenharia civil, estabelece


o interesse de conhecer os métodos disponíveis para o reforço das lajes que não
atingiu a resistência a compressão (fck) pedida no projeto estrutural, tal problema se
torna cada vez mais comum na área da construção civil, fazendo-se buscar o
conhecimento de técnicas de reforço estrutural.
A revisão bibliográfica deste trabalho buscou selecionar em normas, livros,
apostilhas, artigos, monografias, dissertações e publicações acadêmicas de
universidades conceituadas sobre o designado tema.
Este trabalho apresentará técnicas de reforços estrutural em lajes que
poderão serem utilizadas em outros casos, como casas, edifícios comerciais e
outros, fazendo-se um estudo correto de cada caso e sua viabilidade, trazendo
assim benefícios a sociedade apresentando alternativas sem haver a necessidade
de demolições das estruturas.
Por fim, garantir o dimensionamento e execução correta das técnicas de
reforço nas estruturas de lajes, que necessitaram de reforço estrutural, obedecendo
as normas que garantiram segurança nos edifícios para o uso das pessoas que
neles habitam ou circulam.
15

1 REFERENCIAL TEÓRICO

A seguir será abordado sobre lajes nervuradas, qual a causa do problema do


caso estudado, o que é o reforço estrutural e quais as técnicas de reforço que serão
abordadas neste trabalho.

1.3 LAJES

De acordo com Libânio (2007), as lajes podem ter as funções de chapas ou


placas. As chapas uniformizam os deslocamentos horizontais dos edifícios, fazendo
a distribuições das ações verticais entre os elementos de contraventos, já as de
placa suportam as ações como peso próprio e revestimento, tendo como sua
principal função receber ações e as transmitirem para os apoios,
Há vários tipos de lajes, Chust (2014) classifica as lajes como maciças,
nervuradas e as lajes pré-moldadas, que podem ser as treliçadas, com vigotas de
concreto armado e lajota e as alveolares.

1.4 LAJES NERVURADAS DE CONCRETO ARMADO

A NBR 6118 afirma que lajes nervuradas, como mostra a figura 1, são lajes
com nervuras moldadas “in loco”, ou lajes com nervuras pré-moldadas, onde a zona
de tração é constituída por nervuras onde pode ser inserido materiais inertes.

Figura 1 – Laje nervurada

Fonte: Apostila pré-dimensionamento da estrutura- UFSM (2014)


16

Conforme Libânio (2007), a laje nervurada tem como principal vantagem ser
utilizada em edifícios com grandes vãos, ou que irão receber grandes cargas,
principalmente com as evoluções arquitetônicas. Há dois tipos de lajes nervuradas,
as moldadas in loco e as pré-fabricadas, as moldadas no local devem utilizar
materiais de enchimento, inertes, podem ser de polipropileno, de metal ou de
madeiras, que já estão mais em desuso por terem vida útil menor, devendo utilizar
desmoldastes iguais aos da laje maciça. Eliminando o concreto abaixo da linha
neutra, há uma redução no seu peso próprio e um melhor aproveitamento do aço
com o concreto. É nas nervuras que a resistência a tração e os materiais de
enchimento só tem a função de substituir o concreto.
Segundo Silva (2005) a laje nervurada pode ser em uma (unidirecional) ou
duas direções (bidirecional). Sua construção envolve basicamente o concreto, aço
para o concreto, as formas (que podem ser de madeira, metálicas ou polipropileno),
cimbramento e a mão de obra. A figura 2 abaixo mostra a laje nervurada de estudo
ancorada.

Figura 2 – Laje nervurada da obra de estudo

Fonte: Autor (2018)


17

Silva (2005) ainda afirma que vários fatores favorecem para o uso das lajes
nervuradas ao invés das maciças, tendo como exemplo as plantas arquitetônicas
que buscam cada vez mais vãos maiores, baixo custo, na maioria dos casos as lajes
nervuradas se tornam mais baratas, favorecendo o seu uso. Eliminando o concreto
abaixo de sua linha neutra, proporcionará uma redução no peso próprio e um melhor
aproveitamento do concreto e aço. Como sua tração é concentrada nas nervuras, os
materiais inertes têm a função de preencher os espaços vazios, assim diminuindo os
custos com a substituição do concreto.

1.1.3 Formas de polipropileno

As formas de polipropileno são utilizadas para que a laje fique com espaços
vazios entre as nervuras, Silva (2005) afirma que tais formas substituíram as
madeiras que eram utilizadas, por causa do seu alto custo tem-se optado pelo
polipropileno. Essas formas são leves e de fácil de se manusear, sua desforma
também é simples, não se necessita de ar comprimido, abaixo a figura 3 mostra a
montagem de formas de polipropileno.

Figura 3 – Formas de polipropileno para lajes nervuradas

Fonte: Atex (2017)


18

1.1.4 Armaduras necessárias

Silva (2005) afirma que as armaduras necessárias, são colocadas na mesa e


nas nervuras. “Nas nervuras dispõe-se uma armadura longitudinal e, caso seja
necessário, uma armadura transversal. Na mesa da laje dispõe-se uma armadura de
distribuição e, nos casos em que for necessária uma armadura negativa”.

1.4.1 Prescrições normativas de lajes nervuradas

Neste tópico será abordado sobre as normas de lajes nervuradas segundo a


NBR 6118, que prescreve os seguintes:

 A espessura da mesa deve ser maior ou igual a 1/15 da distância


entre as faces das nervuras e não menor que 4, quando não existirem
tubulações horizontais embutidas;
 A espessura da mesa deve ser 5 cm, quando existirem tubulações
embutidas de diâmetro menor ou igual a 10 mm. Para tubulações com
diâmetro Φ maior que 10 mm, a mesa deve ter a espessura mínima de 4 cm
+ Φ, ou 4 cm + 2Φ no caso de haver cruzamento destas tubulações.
 A espessura das nervuras não pode ser inferior a 5 cm.
 Nervuras com espessura menor que 8 cm não pode conter armadura
de compressão.
Para lajes nervuradas, deve-se seguir as seguintes condições segundo a
NBR 6118:2014:
a) Para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras menor ou igual a 65
cm, pode ser dispensada a verificação da flexão da mesa, e para a
verificação do cisalhamento da região das nervuras, permite-se a
consideração dos critérios de laje;
b) Para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras entre 65 cm e 110
cm, exige-se a verificação da flexão da mesa, e as nervuras devem ser
verificadas ao cisalhamento como vigas; permite-se essa verificação como
lajes se o espaçamento entre eixos de nervuras for até 90 cm e a largura
média das nervuras for maior que 12 cm;
c) Para lajes nervuradas com espaçamento entre eixos de nervuras maior
que 110 cm, a mesa deve ser projetada como laje maciça, apoiada na
grelha de vigas, respeitando-se os seus limites mínimos de espessura.

1.5 RESISTÊNCIA CARACTERÍSTICA DO CONCRETO A COMPRESSÃO

Segundo Chust (2014), a resistência a compressão é a principal característica


do concreto, essa resistência é medida através de ensaios, o mais usado é o ensaio
de corpos de prova submetidos a compressão, normatizado pelo NBR 5739:2015.
Usualmente são utilizados corpos de provas cilíndricos, variando o diâmetro de base
de 15 cm e 10 cm e alturas de 30 cm e 20 cm respectivamente. A NBR 6118 afirma
19

que o corpo de prova deve ser rompido à idade de 28 dias, assim será estimado de
acordo com a quantidade dos números de corpo de provas.
Alguns fatores podem trazer variações na resistência do concreto, segundo
Bauer (2008), o fator água/cimento é um dos que mais alteram a resistência, mas
outras causas também influem, como o adensamento, temperatura, cura,
lançamento, umidade entre outros.

1.1.5 Controle de qualidade da produção e aceitação do concreto

Como menciona Bauer (2008), que o concreto tem grande responsabilidade


na segurança das edificações, por isso necessita um maior controle de qualidade
sabendo que, há variáveis que influenciam na sua resistência.
De acordo com Chust (2014), vários fatores podem alterar a resistência do
concreto endurecido, tendo como principais causas o traço, que é a relação de
cimento, agregado, água e a idade do concreto.
Afirma ainda Bauer (2008), que o aspecto que merece mais atenção na hora
de executar um edifício são as resistências de esforços mecânicos, que são
especificadas em projeto, como a resistência a compressão, tração, flexão e
abrasão. Assim deve-se tomar bastante cuidado nas execuções e sempre deve
verificar se tais valores impostos então sendo atingidos.

1.6 REFORÇO ESTRUTURAL

Segundo Pantoja (2015), o reforço estrutural é o acréscimo de uma estrutura


a fim de buscar o aumento da capacidade inicial de projeto ou recuperar algum
problema como patologias. Para isso, é necessário que o projeto de reforço seja
feito por profissionais habilitados.

Para um reforço bem executado, é necessário conhecer o comportamento


estrutural da edificação, inspecionar a estrutura danificada para avaliar a
sua capacidade resistente e analisar as diferentes possibilidades de reforço
para que haja eficiência, economia e desempenho satisfatórios (ZUCCHI,
2015).

As técnicas utilizadas para reforço estrutural não são muitos estudadas ainda,
“os profissionais ainda contam com técnicas baseadas em experimentações de
20

outros construtores, pois as técnicas envolvem um trabalho específico para cada


situação manifestada nas estruturas” (ZUCCHI, 2015).
Portanto, antes de escolher qual método a ser utilizado, deve-se estudar
quais os materiais disponíveis no mercado, buscando vantagens entre eles, a figura
4 a seguir mostra um reforço de vigas com estrutura metálica. Assim Souza (1998)
diz que talvez as técnicas menos estudados, porém com mais avanço tecnológico,
podem ser uma opção mais viável para determinando reforço, em relação as
técnicas comumente mais utilizada.

Figura 4 – Reforço de laje com estrutura metálica

Fonte: MDC Projetos

1.1.1 Materiais utilizados em reforço de estruturas

Em harmonia com Souza (1998), os materiais mais utilizados para reforços e


recuperação de estruturas, são o concreto e a argamassa, tendo custo e praticidade
na obtenção dos materiais como pontos principais para essa afirmativa.
21

Outros materiais também são muitos utilizados para técnicas de reforço em


estruturas, como o aço, os polímeros e o concreto. Souza (1998) cita que é
necessário avaliar, os materiais existentes no mercado que são normalmente
empregados em trabalhos desse tipo, pois apenas com o perfeito conhecimento dos
materiais poderá o analista utilizá-los de forma adequada.

1.1.1.1 Concreto

O concreto é a mistura dosada de cimento, agregados graúdos, agregados


miúdos e a água. Chust (2014) detalha as principais características do concreto,
sendo elas consistência, trabalhabilidade, homogeneidade, adensamento, pega do
concreto e cura do concreto. Deve ser feito um planejamento para definir as
propriedades desejadas, para depois escolher o traço, matérias, transporte,
adensamento e cura, para que o concreto seja executado de acordo com as
propriedades desejadas.
De acordo com Campos (2012), o reforço estrutural de concreto envolve
vários aspectos, como o tipo de cimento, os agregados, a classe do aço e os
materiais em geral. O tipo de execução também deve ser analisado, levando em
consideração o diagnóstico da estrutura.

1.1.1.1 Aço

“No Brasil o início de sua fabricação foi no ano de 1812, sendo que o grande
avanço na fabricação de perfis em larga escala ocorreu com a implantação das
grandes siderúrgicas. Como exemplo tem-se a Companhia Siderúrgica Nacional”
(PINHEIRO, 2005).
A Definição dada por Pignatta (2012) sendo o aço como uma liga metálica,
composta de ferro com carbono, o que lhe dá algumas características como
resistência e ductilidade, sendo adequadas na construção civil. O processo de
produção do aço surge de uma série de transformações e composições realizadas
nas siderúrgicas, como mostra a figura 5 a seguir. A produção do aço confere no
aproveitamento do ferro, fazendo-se a eliminação das sujeiras que estão contidas no
ferro. Na forma liquida o ferro irá receber as adições de matérias primas, que já
possuem um preparo prévio, como o objetivo de aumentar a eficiência nos altos
22

fornos e reduzir o consumo de energia. Finalizando o processo com a conformação


mecânica, que irá dar as formas ao aço, através da laminação.

Figura 5 – Processo simplificado da fabricação do aço

Fonte: Biblio Tech Materiais (2011)

Segundo Bauer (2008), as principais características do aço são, resistência a


tração, a compressão, ao desgaste, ao impacto (flexão dinâmica), corrosão e fadiga.
Sua principal aplicação em reforços estruturais, é no uso de chapas e perfis
metálicos, tendo outros materiais utilizados como complemento, como os parafusos,
as telas e barras.

1.7 TÉCNICAS DE REFORÇO ESTRUTURAL EM LAJES

Neste tópico abordaremos duas técnicas de reforço estrutural em lajes, a


primeira sendo o uso de vigas de concreto armado e as vigas de perfis metálicos,
sendo um método de reforço não muito utilizada, mas que vem substituindo aos
poucos as estruturas de concreto. Segundo Zucchi (2015), em alguns casos o
método construtivo tradicional de concreto armado se mostra ineficiente, fazendo
com que os engenheiros busquem novas formas construtivas para poder solucionar
tais problemas.
23

1.1.2 Reforço com vigas de concreto armado

As vigas são “elementos lineares em que a flexão é preponderante” (NBR


6118).
Silva (2015), afirma que o uso de vigas de concreto armado, pode ser
utilizado para reduzir vãos de lajes, tal técnica é muito empregada, pois não
necessita de mão de obra especializada como outras técnicas necessitam, assim
como não possui alto custo de implementação, a figura 6 abaixo mostra um reforço
com a inserção de vigas de concreto armado.

Figura 6 – Armadura de viga de concreto

Fonte: Portal Metálica (2012)

1.1.1.2 Flexão simples

Segundo Chust (2014), a flexão simples é quando não há esforço normal na


seção (N=0). Assim, as vigas geralmente possuem esforço normal desprezível, por
isso, inicialmente só são considerados os esforços de flexões normais simples e
pura.
24

Para Chust (2014), há uma maior valorização no cálculo de armaduras


longitudinal de flexão necessária, para isso é preciso saber os princípios de colapso
(ruina), assim terá um bom detalhamento da armadura permitindo uma execução
correta, trazendo maior vida útil as estruturas.
Afirma Costa (2015) que devem ser considerados as seguintes hipóteses:
cálculos das ações e solicitações, dimensões das seções transversais,
dimensionamentos de armaduras de flexões e os respectivos detalhamentos de
armaduras.

1.1.1.3 Estado de limite último

O estado de limite último está associado ao colapso ou ruína das estruturas,


assim determinando a suspensão do uso da estrutura. Para Chust (2014),
caracteriza-se em três estádios de deformação de uma viga na flexão normal
simples:
 Estádio I (estado elástico): o momento fletor (M) é de pequeno valor,
não ultrapassando a resistência a tração, assim não há o surgimento de fissuras
visíveis. Geralmente se adota a armadura mínima;
 Estádio II (estado de fissuração): há um aumento no valor do momento
fletor, surgindo o aparecimento de fissuras visíveis, considerando que somente o aço
possa resistir aos esforços de tração;
 Estádio III: há um aumento significante do momento fletor, até o valor
próximo da ruina, assim a peça fica bastante fissurada;
Chust (2014) finaliza o tópico resumindo que os estádios I e II corresponde as
situações de serviços, já o estádio III, corresponde ao estado de limite último.
Portanto o dimensionamento de estruturas de concreto aramado é feito no estádio
III, fazendo com que a estrutura suporte todos os esforços sem chegar ao colapso.

1.1.1.4 Domínios de deformação

Conforme Costa (2015) diz que o domínio “são representações das


deformações que ocorrem na seção transversal dos elementos estruturais. As
deformações são de alongamento e de encurtamento, oriundas de tensões de tração
e compressão”
25

Segundo Chust (2014) classifica os domínios em cinco grupos:


 Domínio 1 (tração não uniforme, sem compressão): o início é
caracterizado por Ɛs=10‰ e Ɛc=10‰, o termino é com Ɛs=10‰ e Ɛc=0, já o estado
de limite último é caracterizado pela a deformação Ɛₛ=10‰, a linha neutra é externa
a seção transversal e a resistência é composta pelo aço;
 Domínio 2 (flexão simples ou composta): o início é caracterizado por
Ɛs=10‰ e Ɛc=0, o termino é com Ɛs=10‰ e Ɛc=3,5‰, o estado de limite último é
caracterizado pela a deformação Ɛₛ=10‰, o concreto não alcança a ruptura, a linha
neutra corta a seção transversal de tração e compressão, já a resistência é
composto por aço tracionado e concreto comprimido;
 Domínio 3 (flexão simples ou composta): ): o início é caracterizado por
Ɛs=10‰ e Ɛc=3,5‰, o termino é com Ɛs=Ɛyd, que é a deformação de escoamento
do aço, e Ɛc=3,5‰, o estado de limite último é caracterizado pela a deformação
Ɛₛ=13,5‰, que é a deformação de ruptura do concreto, a linha neutra corta a seção
da tração e compressão, entre o domínio 3 e 4, variando sua altura de acordo com o
aço utilizado, a resistência é composta por aço tracionado e concreto comprimido, a
ruina ocorre com aviso, a estrutura sofre grandes deformações;
 Domínio 4 (flexão simples ou composta): o início é caracterizado por
Ɛs= Ɛyd e Ɛc=3,5‰, o termino é com Ɛs=0 e Ɛc=3,5‰, o estado de limite último é
caracterizado pela a deformação Ɛₛ=13,5‰, que é a deformação de ruptura do
concreto, a linha neutra corta a seção da tração e compressão, a resistência é
composta por aço tracionado e concreto comprimido, já a ruptura é frágil, sem dar o
aviso prévio;
 Domínio 5 (compressão não uniforme, sem tração): o início é
caracterizado por Ɛs<0 e Ɛc=3,5‰, o termino é com Ɛs=2,0‰ e Ɛc=2‰, a linha
neutra não corta a seção transversal, que está comprimida, a resistência é composta
por aço e concreto comprimidos e a ruptura é frágil, sem aviso prévio;

1.1.3 Reforços com vigas de perfis metálicos

Souza (1998) diz que, os perfis metálicos, como mostra a figura 7, são
bastantes utilizados quando se busca um reforço para poder aumentar as cargas na
estrutura, por ter alta resistência estrutural e rápida execução. Utilizado também
26

quando há pressa para poder fazer o reforço, ou quando se busca peças menos
robustas para não haver alterações em projetos arquitetônicos.

Figura 7 – Perfil metálico do tipo I


INCLUDEPICTURE
"https://www.gerdau.com/br/pt/productsservices/products/PublishingImages/perfis-estruturais-
gerdau.jpg" \* MERGEFORMATINET

Fonte: Gerdau (2015)

Segundo Zucchi (2015) a estrutura deverá ser reduzida de todas as cargas


existente, devendo assim a estrutura ser ancorada para poder receber o esforço
estrutural. “O concreto existente deverá ser preparado: a camada deteriorada deverá
ser removida, e a rugosidade da superfície aumentada através de escarificarão”,
para poder receber o adesivo colante, geralmente são usados os adesivos epóxi,
assim não deverá haver umidade no local da aplicação. Os perfis metálicos, também
podem ser fixados com a ajuda de chapas e parafusos, que deverão ser
dimensionados para a estrutura.
Pinheiro (2005) define os principais tipos de perfis sendo em I, H, U, T e
cantoneiras, esses perfis são os mais utilizados na construção civil, principalmente
quando se trata de estruturas.

1.1.1.5 Propriedades mecânicas do aço


27

 Resistência tração: segundo Bauer (2008) os aços são metais mais


resistentes a esforços mecânicos. A resistência a tração varia de acordo com o tipo
de aço, como mostra a figura 8 a seguir.
Figura 8 – Diagrama tensão e deformação do aço

Fonte: Bauer (2008)

 Resistência a compressão: em relação a resistência á compressão,


Bauer (2008) diz que apresenta alta flambagem, assim eles não são indicados a
estruturas mais esbeltas, elas tendem a flambarem mais.
 Resistência ao desgaste e ao impacto: “É bastante grande,
principalmente quando se adotam ligas apropriadas” (BAUER, 2008).
 Corrosão: deve-se ter cuidado ao utilizar o aço na construção civil, pois
ele possui alto índice de corrosão, segundo Bauer (2008) os principais agentes
causadores da corrosão são a água, os cloretos, nitratos e gás sulfídricos.
 Fadiga: Bauer (2008) cita que a fadiga é de suma importância, pois
pode levar a acidentes. É mais comumente em estruturas que sofrem vibrações,
como pontes ou outras peças.
Guanabara (2010) cita que as propriedades do aço variam em relação ao
material que é utilizado, pois o aço possui várias ligas. A NBR 8800 define as
propriedades do aço com os seguintes valores:
 Módulo de Elasticidade (E)= 200GPa
 Coeficiente de Poisson (ν)=0,3
 Coeficiente de dilatação térmica (β) = 12x10-6 ºC-
 Peso Especifico ( γa)=77Kn/m³
 Modulo de elasticidade transversal (G) = 0,385E

1.1.1.6 Estado de limite


28

Conforme Pinheiro (2005), o estado de limite pode ser classificado em último


e de serviço. O estado de limite se entende quando acontece a ruptura mecânica na
estrutura, ou um deslocamento alto.
Os carregamentos que atuam não estruturas são conhecidos como ações.
Pinheiro (2005), classifica as ações como permanentes (G), variáveis (Q) e
excepcionais (E)
O coeficiente de majoração dos esforços, é uma constante usada para os
valores das resistências de cálculos, esses coeficientes são dados em tabelas
normatizadas pela NBR 8800.

1.1.1.7 Esbeltes

Existe um outro fator a ser estudada no dimensionamento de perfis metálicos,


a esbeltes. A NBR 8800 define esbeltes sendo a relação entre largura e espessura,
da seção transversal dos perfis.

1.1.1.8 Perfis

Conforme Maier (2015), os perfis mais usados na construção civil são os do


tipo I, H, U, Z e L, podendo ser laminados e soldados. Os laminados, como mostra a
figura 9, são peças únicas, feitos por deformação a quente.

Figura 9 – Perfil Laminado

Fonte: Gerdau (2015)


29

Os perfis soldados, mostrado na figura 10, segundo Pignatta (2012), é


constituído por chapas estruturais unidas, por soldagem ou arco elétrico, podendo
ser feito com versatilidade nas dimensões, diminuindo assim o peso da estrutura,
comparando os perfis laminados disponíveis no mercado, mas o seu custo pode ser
um pouco mais elevado

Figura 10 – Perfil Soldado

Fonte: Fam construções pesadas (2018)

1.1.1.9 Conexões

As conexões, como mostra a figura 12, das estruturas metálicas podem


serem definidas em três de acordo com Maier (2015), parafusadas e soldadas. Os
parafusos, como mostra a figura 11 a seguir, são identificados pelo diâmetro nominal
e diâmetro afetivo, onde está a função de resistência a tração.

Figura 11 – Parafuso
30

Fonte: Luis Andrade (2006)


Figura 12 – Conexões parafusadas

Fonte: Múltiplos Software técnico (2018)

Já as conexões soldáveis, mostrada na figura 13 abaixo, são definidas por


Maier (2015), como a união de dois ou mais peças estruturais, conservando suas
propriedades físicas e químicas, dando maior rigidez a ligação, porem a dificuldade
na desmontagem da peça.

Figura 13 – Conexões soldadas


31

Fonte: Fam construções pesadas (2018)

1.1.1.10 Vantagens e desvantagens do aço

Segundo Pinheiro (2005), o aço tem como principais vantagens alta


resistências estruturais, resistência a vibrações e choques, execução mais rápidas e
limpas, alto controle de qualidade do produto, reaproveitamento de materiais e alto
controle de qualidade do produto acabado.
Como desvantagens tem-se a produção do aço, que é limitado a algumas
fabricas e de perfis estruturais, mão de obra especializada, necessita de tratamento
contra oxidações e limitações de fornecimento. Tais vantagens e desvantagens são
citadas por Pinheiro (2005).
32

1 METODOLOGIA

O tipo de metodologia utilizado foi o descritivo-comparativo, com uma


abordagem quantitativa e qualitativa. Se procedeu com uma fundamentação teórica,
análise de documentos (planta arquitetônica, planta de forma da laje e vigas, projeto
estrutural da laje e vigas, relatórios de resistências a compressão do concreto,
projetos de reforço estrutural com perfis metálicos), e também foi feito um estudo de
campo coletando informações para o trabalho, com visitas ao local da obra. Assim
este tópico mostra como foi feito o desenvolvimento do trabalho.

1.1 APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS E PROJETOS PARA O ESTUDO DE


CASO

Com o referencial teórico finalizado, o trabalho teve prosseguimento com o


estudo de caso, assim o primeiro passo foi apresentar algumas documentações e
projetos necessários para o desenvolvimento do trabalho, como o projeto
arquitetônico do edifício mostrado no anexo A, que através dele foi possível definir
as cargas atuantes na estrutura, como as paredes sobre as vigas e lajes e as
aberturas existentes, como portas, janelas e basculantes, o projeto de formas
situado no anexo B, com as dimensões das estruturas já executadas na obra, que foi
33

de suma importância para o lançamento das estruturas no software eberick v8, como
as vigas, lajes e pilares, os projetos de armações de vigas e lajes, apresentados nos
anexos C e D, que foram utilizados para fazer as verificações dos resultados no
dimensionamento de concreto armado, comparando as armaduras das estruturas
existentes com as armaduras calculadas após a inserção das vigas de concreto
armado e os relatórios de ensaios a resistência a compressão do concreto que estão
em anexo F e G, que foi utilizado para definir qual o fck a ser adotado no
dimensionamento da laje, tais foram fornecidos pela construtora responsável da obra
em estudo.
Também foi apresentado pela construtora o projeto de reforço estrutural do
Engenheiro Calculista Jorge André da cidade de Teresina, com perfis metálicos, que
foi contratado pela empresa para fazer o projeto de reforço, mostrado em anexo E,
assim através desse projeto foi possível fazer a comparação das duas técnicas em
estudo, utilizando o projeto já existente de vigas metálicas com o projeto de concreto
armado dimensionado.

1.1.4 Informações sobre a obra de estudo

Foi feito uma visita na obra no dia 25 de julho de 2018, para fazer um
levantamento de dados da obra de estudo, a figura 14 mostra a foto da laje que teve
o problema na resistência característica do concreto abaixo do esperado.

Figura 14 - Laje ancorada na obra de estudo


34

Fonte: Autor (2018)

1.1.5 Análise dos relatórios do ensaio de resistência a compressão

Os ensaios de resistência à compressão foram executados seguindo-se as


recomendações da NBR 5739, com coeficiente k4: 0,00. A Kalfix foi a empresa
responsável pelos ensaios.
O projeto estrutural da laje exigia um fck de 30Mpa do concreto, mas de
acordo com os ensaios uma parte da laje obteve fck variando de 17,06Mpa a
24,76Mpa, como mostra os laudos nos anexos F e G.
Para fazer o reforço estrutural, foi necessário analisar os relatórios de ensaios
para determinar qual os fck de cada laje, assim os utilizar nos cálculos de
dimensionamento, como o software Eberick não dispõe de aplicar uma resistência a
cada laje, foi usado o menor fck, de 17Mpa mostrado na figura 15 a seguir, como o
pior caso para toda a estrutura em estudo.
Para isso foi necessário inserir uma nova configuração de resistência
características, pois o programa só dispõe de no mínimo 20 Mpa a ser utilizado na
estrutura, assim foi acrescentado uma nova resistência de 17 Mpa no programa em
35

configuração de materiais e durabilidades – classes, como mostra a figura 15


abaixo.

Figura 15 – Inserção de uma nova classe de resistência

Fonte: Autor (2018)

Após a inserção da resistência caraterística de 17 Mpa, mostrado na figura 15


anterior, foi feito a mudança da resistência da laje no 17 pavimento, onde se
encontra a laje com problema, fazendo a alteração de 30Mpa pra 17Mpa, que foi a
resistência adotada como pior caso para a laje. A figura 16 mostra a nova
configuração do 17º pavimento.
Figura 16 – Fck adotado na laje do 17 pavimento
36

Fonte: Autor (2018)

1.1 DIMENSIONAMENTO DE REFORÇO ESTRUTURAL COM VIGAS DE


CONCRETO NO SOFTWARE EBERICK V8

Através do eberick v8 foi dimensionado todo o reforço estrutural nas lajes com
a inserção de vigas de concreto armado nas lajes que apresentaram problemas na
obra em estudo.
A seguir é mostrado todos os passos feitos no dimensionamento das vigas de
concreto armado para o reforço estrutural. Alguns parâmetros foram adotados no
dimensionamento, pois não haviam dados suficientes da execução de cálculo do
calculista responsável pelo dimensionamento do prédio, sendo que ele também
pode ter utilizado outro programa para fazer o dimensionamento da estrutura já
executada, tais dados são necessários para o lançamento das estruturas já
executadas, como as vigas, lajes e pilares. Ao decorrer do tópico foi exposto os
parâmetros usados no dimensionamento do programa eberick v8.

1.1.6 LANÇAMENTO DAS ESTRUTURAS EXISTENTES


37

O primeiro passo do dimensionamento, foi lançar os pavimentos do edifício,


como mostra a figura 17, assim posteriormente lançar a planta de forma existente
com as dimensões de toda a estrutura, as lajes, vigas e pilares.
Na configuração de projeto novo, foi inserido 1 pavimento sendo tipo, com 19
repetições, sendo o número total de pavimentos no edifício, inserindo também a
altura de 300 centímetros para cada pavimento, que é a unidade utilizada pelo
programa eberick v8, os outros dados se preenchem automaticamente como mostra
a figura 17.

Figura 17 – Lançamento de pavimentos no Eberick

Fonte: Autor (2018)

Após o lançamento dos pavimentos, uma nova pagina se abre com os


pavimentos detalhados para seguir o dimensionamento, como mostra a imagem 18
a seguir. Essa separação de pavimentos é importante para ser trabalhado cada um
de forma isolada, sendo que o reforço só é necessário na laje do 17º pavimento.
Cada pavimento possui uma subparte, como mostra a figura 18, como o
croqui, forma, arquitetura, lajes, vigas e pilares de cada pavimento, como toda a
estrutura existente do pavimento é tipo, sem modificação da estrutura, todos os
38

pavimentos possuem as mesmas estruturas de dimensionamento, com exceção da


laje do 17º pavimento que possui as vigas de reforço estrutural.

Figura 18 – Partes dos pavimentos no Eberick

Fonte: Autor (2018)

Seguindo o dimensionamento, foi preciso lançar a planta de forma tipo já


existente fazendo a importação da planta em DWG (arquivo do auto cad), para o
eberick v8, para posteriomente inserir as estruturas que encontra-se nela, mostrado
na imagem 19 seguir. A planta de forma foi lançada para todos os pavimentos, para
inserir as estruturas como vigas e pilares em todo o edificio, com a finalidade de
mostrar no tabalho o pórtico em 3d, da estrutura de estudo.
No anexo B está situada a planta de forma em prancha como um melhor
detalhamento da mesma.

Figura 19 – Planta de forma existente da obra de estudo


39

Fonte: Autor (2018)

1.1.6.1 Lançamento de lajes existente no edifício

Após o lançamento da planta de forma, em anexo B, deu-se inicio ao


dimensionamento com os lançamentos das estruturas, a primeira estrutura a ser
lançada foi a laje nervurada, que é o tipo de laje existente no edifício, o parâmetro
usado para a carga acidental foi de 150 kgf/m² e a carga do revestimento de 100
kgf/m², seguindo as dimensões e cobrimento do projeto de formas da laje já
existente, com as cubetas de B18/60/60 e ec de 4 cm, a imagem 20 mostra a
configuração das lajes nervuradas inseridas.

Figura 20 – Lançamento de laje nervurada no Eberick


40

Fonte: Autor (2018)

Teve-se que inserir as cargas das paredes que estavam sobre as lajes, como
cargas lineares, mostrado na figura 21, essas cargas foram lançadas de acordo com
as distâncias das paredes tiradas no projeto arquitetônico, e inseridas sobre o eixo
das paredes, inserindo também as aberturas nelas existentes.

Figura 21 – Lançamento de parede no Eberick

Fonte: Autor (2018)


1.1.6.2 Lançamento de pilares existentes no edifício
41

Após o lançamento das lajes o trabalho teve prosseguimento com os


lançamentos dos pilares existente, mostrado na figura 22 a seguir, com as
dimensões de 25 por 100 e 40 por 50, dimensões já determinadas no projeto de
forma existente do edifício.

Figura 22 – Lançamento de pilares no Eberick

Fonte: Autor (2018)

1.1.6.3 Lançamento de vigas existentes no edifício

Seguindo o dimensionamento foi-se necessário o lançamento das vigas de


concreto já existente na planta de forma para depois lançar as vigas de reforço nas
lajes que necessitaram.
Primeiro foram lançadas as vigas existentes, através da planta baixa foi
possível identificar onde iriam ter cargas sobre as vigas e também as aberturas de
portas, janelas e basculante. Assim foi possível acrescentar essas cargas, com os
parâmetros de peso próprio da alvenaria igual a 1300 kgf/m², altura da parede de
250cm, que é a diferença do pé esquerdo de 300cm com as alturas de vigas iguais a
50cm e largura da parede de 15cm. Também teve que tirar as cargas onde se
haviam os vãos, tendo que fazer a inserção de nós onde existiam tais aberturas, a
42

imagem 23 mostra a configuração de lançamento de vigas e a inserção de cargas


sobre as vigas.

Figura 23 – Lançamento de vigas e paredes sobre as vigas no Eberick

Fonte: Autor (2018)

1.1.7 Lançamento de vigas de reforço de concreto armado

Após o lançamento das lajes, vigas e pilares de toda a estrutura existente, o


próximo passo foi o lançamento das vigas de reforço nas lajes, assim foram
lançadas vigas com base de 15cm e altura de 50cm, com altura não superior das
vigas que a apoiam e com o fck de 30Mpa. A imagem 24 a seguir mostra a viga 84
lançada na laje 2 para reforçar a laje, a mesma está apoiada nas vigas 73 e 80.

Figura 24 – Lançamento de vigas de reforço no Eberick

Fonte: Autor (2018)


43

Nas lajes L2 e L6 as vigas foram inseridas no meio da laje na direção de Y,


dividindo a laje 2 em L2 e L3 e a laje 6 em L15 e L16, onde também foi inserida uma
viga com base de 15 cm e altura de 50 cm, como mostra a figura 25 e 26.

Figura 25 – Divisão da laje L2

Fonte: Autor (2018)

Figura 26 – Divisão da laje L6

Fonte: Autor (2018)


44

Nas lajes 4 e 8, foi necessário a inserção de 2 vigas para o reforço na direção


de X, como mostra a figura 27, pois com apenas uma viga as armaduras da laje
dimensionadas davam superiores as armaduras da laje existente, mostrando assim
que a laje não estaria reforçada, com o lançamento das duas vigas as armaduras
das lajes deram inferiores comparado com as que estão executadas, confirmando
assim o seu reforço. Lembrando que no dimensionamento no eberick todas as
estruturas estão com 30 Mpa, menos a laje que está com 17 Mpa.
A laje que antes era a L4, se dividiu em 3 lajes, a L9, L10 e L11, já a laje 8,
ficou dividida em L20, L21 e L22.

Figura 27 – Divisão das lajes L4 e L8

Fonte: Autor (2018)

A diferença da numeração das lajes e vigas é por causa da inserção de novas


vigas de reforço, fazendo com que as lajes se dividam, por isso há a diferença da
numeração do projeto de forma existente do edifício, para o dimensionado.
Após o lançamento das vigas, foram feitas as verificações das lajes e das
vigar, para saber se satisfazerem ao reforço estrutural, assim foram comparadas por
meio de tabela, como mostra a tabela 1 das lajes e tabela 2 das viga a seguir,
comparando a estrutura existente, com a estrutura calculada após a inserção das
vigas.
45

Tabela 1 – Comparativos de armaduras das lajes existente e calculadas

Armadura
Estrutura Espessura(cm) Positiva Negativa
X Y X Y
Laje existente

Nova laje calculado

Fonte: Autor (2018)

Tabela 2 – Comparativos de armaduras da viga existente e calculada

Apoio
Pilar Seção As Inferior As Superior
Viga 1 e 1o
Trecho (cm) (cm²) (cm²)
(cm)

Viga existente

Nova v
calculado

Fonte: Autor (2018)

1.1 ORÇAMENTO

Após a compatibilização de projeto, foi feito um orçamento dos dois métodos,


vigas com perfis metálicos com o projeto existente e as vigas de concreto armado
dimensionado, para ver qual irá trazer menos custos. O orçamento de concreto
armado e perfis metálicos tiveram como base as tabelas do SINAPI mais atualizada,
outubro de 2018.
Foi também necessário fazer o orçamento do reforço das vigas já existentes
no prédio, pois essas obtiveram armaduras superiores as calculadas, a tabela 3
abaixo mostra o modelo dos quantitativos desse reforço pelo método de
encamisamento.

Tabela 3 – Quantitativos de reforço nas vigas existentes com encamisamento

Serviços Vigas
V9 V421 V473 V474

Fonte: Autor (2018)


46

A seguir o modelo do orçamento de vigas de concreto armado e metálicas na


tabela 4.

Tabela 4 – Modelo de orçamento do Reforço Estrutural

Planilha orçamentaria de
Sinapi
vigas metálicas
Piauí - outubro 2018 pci.817.01 -
Base: custo de composições –
sintético
Custo Custo
Código Item Descrição do serviço Qntd. Unid.
Unitário Total

Fonte: Autor (2018)

Nos resultados, foram detalhados os quantitativos dos materiais de reforço


estrutural com vigas metálicas, estes já vieram anexados no projeto de reforço
existente. Os quantitativos foram tirados do próprio programa eberick v8, na parte do
detalhamento, onde ficam os relatórios dos materiais.
A composição dos materiais do projeto de estruturas metálicas e as de
concreto foram definidos pela tabela de composições ativas analíticas com custo do
SINAPI – outubro de 2018, pegos de acordo com os códigos dos serviços no
orçamento.
No orçamento de vigas metálicas, foi adotado o estrutural perfil I 12 X 5 ¼,
que possui o maior valos por kg no SINAPI, pois o perfil adotado pelo calculista do
projeto de reforço com estruturas metálicas, não é descrito na tabela orçamentaria,
assim adotou-se um perfil com características mais próximas ao do projeto.

1.1 ANÁLISE FINAL

Primeiramente foi feito a compatibilização do projeto de reforço com o projeto


arquitetônico do edifício, pois o método utilizado não deve interferir na sua estética.
Assim, as alturas de vigas não poderão exceder a altura máxima do pé direito do
edifício, para que elas não fiquem aparente na residência.
Foi também analisado se as lajes e vigas que apoiaram as do reforço podem
receber as cargas nelas aplicadas, fazendo a comparação das armaduras existentes
com as armaduras dimensionadas após a inserção das vigas de concreto, caso não
suportem será necessário fazer um reforço das vigas em questão.
47

Por ter diminuído o vão das lajes, obrigatoriamente diminuíram as armaduras


no novo dimensionamento, assim as lajes receberam o reforço estrutural.
Em relação ao projeto com perfis metálicos, mostrado no anexo E, deve-se
analisar as alturas das vigas, para não interferir no arquitetônico, e será analisado os
quantitativos para definição dos custos no orçamento, para depois fazer a devida
comparação com o reforço de vigas de concreto armado.
Para finalizar o trabalho e apresentar os resultados, foi feito uma análise
completa para definir qual a melhor opção a ser adotada pelo construtor no caso
estudado, levando em consideração o projeto de reforço estrutural com os
dimensionamentos, qual a melhor técnica a ser executada, a praticidade da
execução e por fim verificação dos custos. Após essa análise, foi mostrado qual a
técnica escolhida como melhor opção para o caso estudado.
48

1 RESULTADOS

1.2 APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS E PROJETOS PARA O ESTUDO DE


CASO

Nos anexos foram apresentados em pranchas, os projetos arquitetônicos, em


anexo A, projetos de formas das lajes, vigas e pilares, no anexo B, os projetos de
armação das lajes e vigas existentes no edifícios, em pranchas nos anexos C, e D.
Também estão em anexos os relatórios de ensaio a compressão do concreto, nos
anexos F e anexo G e o projeto de reforço estrutural com perfis metálicos existente,
em prancha no anexo F.

1.2.1 Informações sobre a obra de estudo

A obra de estudo fica situada em Teresina na zona Leste da cidade, possui


uma estrutura de grande porte com 19 pavimentos, 6 apartamentos por andar, sendo
uma obra residencial com pé esquerdo de 3m e pé direito de 2,4m no local mais
baixo da estrutura.
As lajes que tiveram o problema de resistência característica abaixo do
pedido no projeto, foi uma parte da laje do 17º pavimento, que possui 102,80m² de
área, sendo que as lajes que apresentaram problemas são as L2, L4, L6 e L8, que
estão identificadas no projeto de forma no anexo B.

1.2.2 Análise dos relatórios do ensaio de resistência a compressão

Com os relatórios de ensaio de extração do concreto, foi possível admitir que


a resistência adota no dimensionamento de reforço com vigas de concreto será de
17 Mpa, pois é o menor valor, assim será adotado como pior caso para a laje do 17º
pavimento.
Nos anexos F e G estão os laudos de extração do concreto da laje na obra de
estudo, no anexo F está descrito no testemunho de número 5 que a resistência
adquirida até a data da extração era de 17,06 Mpa, enquanto o requerido no projeto
é de 30 Mpa, uma diferença de 12,94 Mpa.
49

1.3 DIMENSIONAMENTO DE REFORÇO ESTRUTURAL COM VIGAS DE


CONCRETO NO SOFTWARE EBERICK V8

Nos apêndices A, estão detalhadas as vigas que foram inseridas para


satisfazer o reforço estrutural na laje, sendo elas a v 83, v 84, v 87, v88, v 89 e v90,
todas com dimensões de 15x50.
O item 4.4.4 está detalhando as armaduras das vigas inseridas para o reforço,
a comparação da armação das lajes existentes para as novas lajes calculadas, e a
comparação das armaduras das vigas que apoiaram as vigas inseridas, pegando as
armações existentes com as novas vigas calculadas no eberick.
Em apêndices B e C estão os projetos de armação das lajes de estudo, a L2,
L4, L6 e L8, e em apêndices D está o projeto de armação das novas vigas
calculadas que apoiaram as vigas inseridas.

1.3.1 Lançamento das estruturas existentes

Nos apêndices A, estão descritas no novo projeto de forma calculado as


estruturas já existentes no edifício, como as lajes, vigas e pilares, somente
acrescidos das vigas de reforço estruturais, que serão descritos no item 4.2.2
abaixo.

1.3.2 Lançamento de vigas de reforço de concreto armado

As tabelas das novas lajes e vigas calculadas estão com as áreas de aço
calculadas e não referentes a área de aço adotado no detalhamento, essas áreas de
aço foram retiradas dos relatórios de cálculos das vigas do programa utilizado para
fazer o dimensionamento do projeto.

1.3.2.1 Viga de reforço na laje 2

A viga de reforço inserida na laje 2 foi a V84 com dimensões de 15x50, a


seguir a figura 28 mostra o detalhamento da viga inserida.
50

Figura 28 – Detalhamento da viga 84

Fonte: Autor (2018)

Após a inserção da viga, houve alteração nas armaduras das lajes existentes
do edifício, a tabela a seguir mostra a laje 2 existente e as novas lajes 2 e 3
calculadas após a inserção da viga v84 na laje 2.

Tabela 5 – Comparativo de armaduras da laje 2 existente com as novas lajes


calculadas

Armadura
Estrutura Espessura(cm) Positiva Negativa
X Y X Y
As = 1.25 As = 1.25 As = O,315 As =
cm²/N cm²/N cm²/N 0,315
(1ø12.5 c/N - (1ø12.5 (1ø6.3 c/N - cm²/N
Laje 2 existente 22 1.25 cm²/N) c/N - 1.25 0,315 (1ø6.3
cm²/N) cm²/N) c/N -
0,315
cm²/N)
As = O,52 As = 0,43 As = 0,00 As = 0,11
cm²/N cm²/N cm²/N cm²/N
Nova laje 2 calculado 22 (1ø8.0c/N - (1ø8.0 c/N (mínimo) (1ø5.0
0,5 cm²/N) - 0,315 c/N - 0,20
cm²/N) cm²/N)
As = O,56 As = 0,67 As = 0,26 As = 0,11
cm²/N cm²/N cm²/N cm²/N
Nova laje 3 calculado 22 (1ø10.0c/N - (1ø10.0 (1ø5.0 c/N - (1ø5.0
0,8 cm²/N) c/N - 0,8 0,20 cm²/N) c/N - 0,20
cm²/N) cm²/N)

Fonte: Autor (2018)


51

Houve uma diminuição significativa nas armaduras das novas lajes 2 e 3,


após a inserção da viga 84, confirmando assim o reforço da laje, pois além da
diminuição do vão, as novas armaduras calculadas são menores que as armaduras
existentes no edifício, atentando-se que a resistência da laje calculada foi de 17
Mpa.
Pontuando que as armaduras existentes das lajes não precisam ser alteradas,
pois a comparação foi feita apenas para mostrar que as armaduras das novas lajes
calculadas diminuíram significativamente.
A tabela 6 a seguir mostra o comparativo da viga 482 existente no edifício,
com a nova viga calculada após a inserção da viga 84, sendo que as vigas
analisadas abaixo são as que apoiaram a viga inserida.

Tabela 6 – Comparativo de armaduras da viga 482 existente com a nova viga


calculada

Apoio
Pilar Seção As Inferior As Superior
Viga 1 e 1o
Trecho (cm) (cm²) (cm²)
(cm)

2 ø 12.5
2 ø 12.5 2.5cm²
P10 25.00
2.5 cm² 1 ø 10.
0.8cm²
V482 existente
15.00
2 ø 12.5 2 ø 10.0
1 385.00 x
2.5cm² 1,6cm²
50.00
2 ø 12.5 2 ø 10.0
P6 25.00
2.5 cm² 1.6cm²
3 ø 10.0 2 ø 10.0
P10 25.00
2.4 1.6cm²
15.00
3 ø 10.0 2 ø 10.0
Nova v482 calculado 1 385.00 x
2.4cm² 1.6cm²
50.00
3 ø 10.0 2 ø 10.0
P6 25.00
2.4cm² 1.6cm²

Fonte: Autor (2018)

A tabela 7 a seguir mostra o comparativo da viga 474 existente no edifício,


com a nova viga calculada após a inserção da viga 84.
52

Tabela 7 – Comparativo de armaduras da viga 474 existente com a nova viga


calculada

Apoio
Pilar Seção As Inferior As Superior
Viga 1 e 1o
Trecho (cm) (cm²) (cm²)
(cm)

2 ø 16.0 2 ø 10.
V9 25.00
4.0cm² 1.6cm²

V474 existente 15.00


2 ø 16.0 2 ø 10.0
1 385.00 x
4.0cm² 1,6cm²
50.00

2 ø 16.0 2 ø 16.0
P5 25.00
4.0cm² 4.0cm²

2 ø 10.0 3 ø 16.0
V9 25.00
1.12 cm² 5.77 cm²

15.00
2 ø 10.0 3 ø 16.0
Nova v474 calculada 1 385.00 x
1.12 cm² 5.77 cm²
50.00

2 ø 10.0 3 ø 16.0
P5 25.00
1.12 cm² 5.77 cm²

Fonte: Autor (2018)

Algumas vigas que apoiaram as vigas de reforço, necessitaram de um reforço


estrutural, pois após a inserção das vigas de reforço, as novas vigas calculadas
obtiveram armaduras superiores as armaduras existentes. Assim o método adotado
foi o de encamisamento de vigas
Percebe-se que, a armadura da nova viga 474 calculada ultrapassou o limite
de área de aço comparado com a viga existente, com a diferença de As= 4,17 cm²
no apoio v9 e no meio do vão sendo os piores casos, necessitando assim de um
reforço estrutural na viga, que pode ser feita por encamisamento, acrescentando
duas barras de ferro CA 50 de 20mm na parte superior da viga existente, assim
obtendo um novo As= 6,3 cm², satisfazendo assim o reforço.
A figura 29 abaixo mostra o detalhamento em corte da viga com o
encamisamento, lembrando-se que o mesmo satisfaz a NBR 6118:2014, com
cobrimento de 3cm, e distância mínima entre as barras de 2,5cm.
53

Figura 29 – Detalhamento do encamisamento de viga 474

Fonte: Autor (2018)

1.3.2.2 Vigas de reforço na Laje 4

As vigas de reforço inseridas na laje 4 foram as v90 e v89 com as dimensões


de 15x50 cada, as figuras 30 e 31 mostram os detalhamentos das vigas inseridas.
Foi necessário inserir 2 vigas para satisfazer o reforço estrutural, pois quando
se inseriu apenas uma viga, a armadura da nova laje deu superior a existente.

Figura 30 – Detalhamento da viga 89

Fonte: Autor (2018)


Figura 31 – Detalhamento da viga 90
54

Fonte: Autor (2018)

A tabela 8 a seguir mostra a laje 4 existente e as novas lajes 9, 10 e 11


calculadas após a inserção das viga v89 e v90 na laje 4.

Tabela 8 – Comparativo de armaduras da laje 4 existente com as novas lajes


calculadas

Armadura
Estrutura Espessura(cm) Positiva Negativa
X Y X Y
As = 1.25 As = 1.25 As = As = 0,8
cm²/N cm²/N O,315 cm²/N
(1ø12.5 c/N - (1ø12.5 cm²/N (1ø10.0 c/N
Laje 4 existente 22
1.25 cm²/N) c/N - 1.25(1ø6.3 c/N - 0,8cm²/N)
cm²/N) - 0,315
cm²/N)
As = O,43 As = 0,48 As = 0,26 As = 0,00
cm²/N cm²/N cm²/N cm²/N
(1ø8.0c/N - (1ø8.0 (1ø5.0 c/N (mínimo)
Nova laje 9 calculado 22
0,5 cm²/N) c/N - - 0,20
0,315 cm²/N)
cm²/N)
As = O,58 As = 0,82 As = 0,0 As = 0,0
cm²/N cm²/N cm²/N cm²/N
Nova laje 10 calculado 22 (1ø10.0c/N - (1ø10.0 (mínimo) (mínimo)
0,8 cm²/N) c/N - 0,8
cm²/N)

(continuação)
55

Armadura
Estrutura Espessura(cm) Positiva Negativa
X X X X
As = As = 0,69 As = 0,31 As = 0,0
O,545cm²/N cm²/N cm²/N cm²/N
Nova laje 11 calculado 22 (1ø8.0c/N - 0,5 (1ø10.0 (1ø5.0 (mínimo)
cm²/N) c/N - 0,8 c/N - 0,20
cm²/N) cm²/N)

Fonte: Autor (2018)

Assim como a laje 2 anterior, houve uma diminuição significativa das


armaduras das lajes 9, 10 e 11, após a inserção das vigas 89 e 90, confirmando
assim o reforço da laje.
A tabela 9 mostra o comparativo da viga 9, com a nova viga calculada.

Tabela 9 – Comparativo de armaduras da viga 9 existente com a nova viga


calculada

Apoio
Pilar Seção As Inferior As Superior
Viga 1 e 1o
Trecho (cm) (cm²) (cm²)
(cm)

3 ø 12.5 3 ø 16.0
P10 25.00
2.5cm² 6.0cm²

V9 existente 15.00
3 ø 12.5 2 ø 8.0
1 385.00 x
2.5cm² 1,0
50.00
3 ø 12.5 3 ø 12.0
P9 25.00
2.5 cm² 2.5cm²
3 ø 12.5 3 ø 20.0
P10 25.00
2.5cm² 9.45cm²
15.00
Nova v9 3 ø 12.5 2 ø 20.0
1 385.00 x
Calculada 2.5cm² 6.3cm²
50.00
3 ø 12.5 2 ø 20.0
P9 25.00
2.5cm² 6.3cm²
Fonte: Autor (2018)

Percebe-se que, a armadura da nova viga 9 calculada ultrapassou o limite de


área de aço comparado com a viga existente, com a diferença de As= 5,3 cm² no
meio do vão da viga sendo o pior caso, necessitando assim de um reforço estrutural
na viga, acrescentando duas barras de ferro CA 50 de 20mm na parte superior da
56

viga existente, assim obtendo um novo As= 7,3 cm², satisfazendo assim o reforço na
viga 9.
A figura 32 abaixo mostra o detalhamento em corte da viga com o
encamisamento, lembrando que o mesmo satisfaz a NBR 6118:2014, com
cobrimento de 3cm, e distância mínima entre as barras de 2,5cm.

Figura 32 – Detalhamento do encamisamento da viga 9

Fonte: Autor (2018)

A tabela 10 mostra o comparativo da viga 416, com a nova viga calculada.

Tabela 10 – Comparativo de armaduras da viga 416 existente com a nova viga


calculada

Apoio
Pilar Seção As Inferior As Superior
Viga 1 e 1o
Trecho (cm) (cm²) (cm²)
(cm)
2 ø 20.0 2 ø 20.
P13 25.00
6.3cm² 6.3cm²
15.00
2 ø 20.0 2 ø 20.0
V416 existente 1 385.00 x
6.3cm² 6,3cm²
50.00
2 ø 20.0 2 ø 20.0
P14 25.00
6.3cm² 6.3cm²

(continuação)
57

Apoio
Pilar Seção As Inferior As Superior
Viga 1 e 1o
Trecho (cm) (cm²) (cm²)
(cm)
2 ø 12.5
2 ø 20.
2.5 cm²
V13 25.00
1 ø 8.0
6.3cm²
0.5 cm²
15.00
2 ø 12.5 2 ø 20.
Nova v416 1 385.00 x
2.5 cm² 6.3cm²
calculado 50.00
2 ø 12.5
2.5 cm²
2 ø 20.
P14 25.00 1 ø 8.0
6.3cm²
0.5 cm²

Fonte: Autor (2018)

1.3.2.3 Viga de reforço na Laje 6

A viga de reforço inserida na laje 6 foi a viga 83 com as dimensões de 15x50,


a figura 33 mostra o detalhamento da viga inserida no meio do vão da laje 6.

Figura 33 – Detalhamento da viga 83

Fonte: Autor (2018)


58

Após a inserção da viga, houve alterações nas armaduras das lajes existentes
no edifício, a tabela 11 a seguir mostra a laje 6 existentes e as novas lajes 15 e 16
calculadas após a inserção das viga na laje 6.

Tabela 11 – Comparativo de armaduras da laje 6 existente com as novas lajes


calculadas

Armadura
Estrutura Espessura(cm) Positiva Negativa
X Y X Y
As = 1.25 As = As = As = 0,8
cm²/N 1.25 O,315 cm²/N
(1ø12.5 c/N cm²/N cm²/N (1ø10.0
Laje 6 existente 22 - 1.25 (1ø12.5 (1ø6.3 c/N - 0,8
cm²/N) c/N - c/N - cm²/N)
1.25 0,315
cm²/N) cm²/N)
As = O,53 As = As = 0,00 As = 0,00
cm²/N 0,43 cm²/N cm²/N
(1ø8.0c/N - cm²/N (mínimo) (mínimo)
Nova laje 15
22 0,5 cm²/N) (1ø8.0
calculado
c/N -
0,315
cm²/N)
As = O,57 As = As = 0,24 As = 0,20
cm²/N 0,68 cm²/N cm²/N
Nova laje 16 (1ø10.0c/N cm²/N (1ø5.0 (1ø5.0
22
calculado - 0,8 cm²/N) (1ø10.0 c/N - c/N -
c/N - 0,8 0,20 0,20
cm²/N) cm²/N) cm²/N)

Fonte: Autor (2018)

Assim como as lajes anteriores, houve uma diminuição significativa das


armaduras das lajes 15 e 16, após a inserção da viga e 83, confirmando assim o
reforço da laje.
A tabela 12 mostra o comparativo da viga existente no edifício, com a nova
viga calculada após a inserção da viga 84.
59

Tabela 12 – Comparativo de armaduras da viga 473 existente com a nova viga


calculada

Apoio
Pilar Seção As Inferior As Superior
Viga 1 e 1o
Trecho (cm) (cm²) (cm²)
(cm)
2 ø 12.5 2 ø 10.0
V21 25.00
2.5 cm² 1,6cm²
15.00
V473 existente 2 ø 12.5 2 ø 10.0
1 385.00 x
2.5cm² 1,6cm²
50.00
2 ø 12.5 2 ø 10.0
P13 25.00
2.5 cm² 1.6cm²
2 ø 12.5 2 ø 5.0
V21 25.00
2.5cm² 0.4cm²
15.00
2 ø 12.5 2 ø 16.0
NOVA V473 calculada 1 385.00 x
2.5cm² 4.0cm²
50.00
2 ø 12.5 2 ø 16.0
P13 25.00
2.5cm² 4.0cm²
Fonte: Autor (2018)

Percebe-se que, a armadura da nova viga 473 calculada ultrapassou o limite


de área de aço comparado com a viga existente, com a diferença de As= 2,4 cm² no
meio do vão da viga sendo o pior caso, necessitando assim de um reforço estrutural
na viga, acrescentando duas barras de ferro CA 50 de 12,5mm na parte superior da
viga existente, assim obtendo um novo As= 4,1 cm², satisfazendo assim o reforço.
A figura 34 abaixo mostra o detalhamento em corte da viga com o
encamisamento.

Figura 34 – Detalhamento do encamisamento da viga 473

Fonte: Autor (2018)


60

A tabela 13 mostra o comparativo da viga 480 existente no edifício, com a


nova viga 480 calculada após a inserção da viga 84, mostrando que a armadura da
viga calculada é menor ou igual a viga existente, confirmando que a viga existente
tem capacidade de apoiar a nova viga inserida.

Tabela 13 – Comparativo de armaduras da viga 480 existente com a nova viga


calculada

Apoio
Pilar Seção As Inferior As Superior
Viga 1 e 1o
Trecho (cm) (cm²) (cm²)
(cm)

2 ø 12.5 2 ø 12.5.
P14 25.00
2.5cm² 2.5cm²

2 ø 10.0
V480 existente 15.00
2 ø 12.5 1.6 cm²
1 385.00 x
2.5cm² 2 ø 16.0
50.00
4.0 cm²
2 ø 12.5 2 ø 16.0
P18 25.00
2.5cm² 4.0cm²
2 ø 10.0 3 ø 10.0
P14 25.00
1.6cm² 2.4 cm²
15.00
2 ø 10.0 2 ø 10.0
Nova v480 calculada 1 385.00 x
1.6cm² 1.6 cm²
50.00
2 ø 10.0 4 ø 10.0
P18 25.00
1.6cm² 3.2 cm²

Fonte: Autor (2018)

1.3.2.4 Vigas de reforço na Laje 8

As vigas de reforço inseridas na laje 8 com as dimensões de V87 15x50 e a


V88 15x50.
Foi necessária a inserção de duas vigas porque quando se inseriu apenas
uma, a armação da laje calculada deu superior a armação da laje existente, assim
sendo necessário duas vigas de reforço estrutural.
A seguir a figura 35 mostra o detalhamento da viga 87 inserida na laje 8, com
dimensão de 15x50.
61

Figura 35 – Detalhamento da viga 87

Fonte: Autor (2018)

A figura 36 mostra o detalhamento da viga 88 inserida na laje 8, com a


dimensão de 15x50.

Figura 36 – Detalhamento da viga 88

Fonte: Autor (2018)

A tabela 14 mostra as estruturas existentes da laje 8 e as novas estruturas


calculadas após a inserção das viga na laje 4.
62

Tabela 14 – Comparativo de armaduras da laje 8 existente com as novas lajes


calculadas

Armadura
Estrutura Espessura(cm) POSITIVA NEGATIVA
X Y X Y
As = 1.25 As = 1.25 As = As = 0,8
cm²/N cm²/N O,315 cm²/N
(1ø12.5 c/N (1ø12.5 cm²/N (1ø10.0
Laje 8 existente 22
- 1.25 c/N - (1ø6.3 c/N c/N -
cm²/N) 1.25 - 0,315 0,8cm²/N)
cm²/N) cm²/N)
As = O,43 As = 0,46 As = 0,12 As = 0,00
cm²/N cm²/N cm²/N cm²/N
(1ø8.0c/N - (1ø8.0 (1ø5.0 c/N (mínimo)
Nova laje 20 calculado 22
0,5 cm²/N) c/N - - 0,20
0,315 cm²/N)
cm²/N)
As = O,58 As = 0,69 As = 0,0 As = 0,0
cm²/N cm²/N cm²/N cm²/N
Nova laje 21 calculado 22 (1ø10.0c/N - (1ø10.0 (mínimo) (mínimo)
0,8 cm²/N) c/N - 0,8
cm²/N)
As = O,45 As = 0,66 As = 0,29 As = 0,0
cm²/N cm²/N cm²/N cm²/N
Nova laje 22 calculado 22 (1ø8.0c/N - (1ø10.0 (1ø5.0 c/N (mínimo)
0,5 cm²/N) c/N - 0,8 - 0,20
cm²/N) cm²/N)

Fonte: Autor (2018)

Assim como as lajes anteriores, houve uma diminuição significativa das


armaduras das lajes 20, 21 e 22, após a inserção das vigas 87 e 8, confirmando
assim o reforço da laje.
A tabelas 15 e 16 a seguir, mostram o comparativo das vigas 421 e 425.

Tabela 15 – Comparativo de armaduras da viga 421 existente com a nova viga


calculada

Apoio
Pilar Seção As Inferior As Superior
Viga 1 e 1o
Trecho (cm) (cm²) (cm²)
(cm)
2 ø 16.0 2 ø 10.0
P17 25.00
4.0cm² 1.0cm²
15.00
V421 existente 2 ø 16.0 3 ø 6.3
1 385.00 x
4.0cm² 0,945
50.00
2 ø 16.0 2 ø 10.0
18 25.00
4.0cm² 1.6cm²
63

(continuação)
Apoio As
Pilar Seção As Inferior
Viga 1 e 1o Superior
Trecho (cm) (cm²)
(cm) (cm²)
2 ø 16.0 3 ø 16.0
P17 25.00
4.0cm² 4.0cm²
15.00
V421 2 ø 16.0 2 ø 60.0
1 385.00 x
Calculado 4.0cm² 4.0cm²
50.00
2 ø 16.0 4 ø 16.0
P18 25.00
4.0cm² 8.0cm²
Fonte: Autor (2018)

Percebe-se que, a armadura da nova viga 421 calculada ultrapassou o limite


de área de aço comparado com a viga existente, com a diferença de As= 6,4 cm² no
P18 da viga sendo o pior caso, necessitando assim de um reforço estrutural na viga,
acrescentando duas barras de ferro CA 50 de 20mm na parte superior da viga
existente, assim obtendo um novo As= 8,0 cm², satisfazendo assim o reforço na viga
9.
As barras de ferro foram inseridas no comprimento de toda a viga, para
facilitar o processo construtivo, a figura 37 mostra o detalhamento em corte da nova
viga 421 com o encamisamento.

Figura 37 – Detalhamento do encamisamento da viga 421

Fonte: Autor (2018)


64

Tabela 16 – Comparativo de armaduras da viga 425 existente com a nova viga


calculada

Apoio
Pilar Seção As Inferior As Superior
Viga 1 e 1o
Trecho (cm) (cm²) (cm²)
(cm)

2 ø 20.0 2 ø 20.
P21 25.00
6.3cm² 6.3cm²

V425 existente 15.00


2 ø 20.0 2 ø 20.0
1 385.00 x
6.3cm² 6,3cm²
50.00
2 ø 20.0 2 ø 25.0
P22 25.00
6.3cm² 10.0cm²
2 ø 10.0
1.6 cm²
3 ø 12.5.
V21 25.00 1 ø 8.0
3.75cm²
0.5 cm²

15.00
2 ø 10.0 2 ø 12.5
V425=v25 calculado 1 385.00 x
1.6 cm² 2.5cm²
50.00
2 ø 10.0
1.6 cm²
4 ø 12.5
P22 25.00 1 ø 8.0
5.0cm²
0.5 cm²

Fonte: Autor (2018)

1.4 ORÇAMENTO

Foram feitos dois orçamentos pela tabela do SINAPI- Custo de composições,


de outubro de 2018, com os orçamentos de matérias e mão de obra, já incluso
encargos sociais desonerados: 88,54%(hora) 51,00%(mês), tirados da tabela com
desoneração.

1.4.1 Orçamento de vigas metálica

Os quantitativos dos materiais de vigas metálicas, foram tirados do projeto de


reforço estrutural com perfis metálicos, fornecido pela construtora do edifício em
estudo. A figura 38 abaixo, mostra os quantitativos retirado do projeto.
65

Figura 38 – Quantitativos de Reforço com vigas metálicas

Fonte: Projeto estrutural com perfis metálicos existente (2018)

O quadro 1 abaixo, detalha as composições do reforço estrutural com perfis


metálicos, estas foram utilizados no orçamento final desse método, tiradas do
catalogo de composições analíticas do Sinapi;

Quadro 1 – Composições de serviços do orçamento metálico

Estrutura metálica em aço estrutural perfil i 12 x 5


Cobe 73970/1 kg
¼

Insumo 4774 Perfil "i" de aço laminado, "w" 410 x 67 kg 1,05000

Solda topo descendente chanfrada espessura=1/4"


Composição 6391 m 0,00600
chapa/perfil/tubo aço com conversor diesel.
Composição 88315 Serralheiro com encargos complementares h 0,12000

Composição 88316 Servente com encargos complementares h 0,12000

Armação de pilar ou viga de uma estrutura


convencional de concreto armado em um edifício
Fues 92765 kg
de múltiplos pavimentos utilizando aço ca-50 de
20,0 mm - montagem. Af_12/2015

Insumo 337 Arame recozido 18 bwg, 1,25 mm (0,01 kg/m) kg 0,02500

Espaçador / distanciador circular com entrada lateral,


Insumo 39017 em plástico, para vergalhão *4,2 a 12,5* mm, un 0,11300
cobrimento 20 mm

Composição 88238 Ajudante de armador com encargos complementares h 0,00280

Composição 88245 Armador com encargos complementares h 0,01720


66

(continuação)
Corte e dobra de aço ca-50, diâmetro de 20,0 mm,
Composição 92797 utilizado em estruturas diversas, exceto lajes. kg 1,00000
Af_12/2015
Perfil "u" chapa aço dobrada, e = 3,04 mm , h = 20 cm,
Insumo 13340 m 0,04000
abas = 5 cm (4,47 kg/m)

Chapa de aço grossa, astm a36, e = 3/8 " (9,53 mm)


Insumo 1332 kg 2,00000
74,69 kg/m2

Fonte: composições ativas analíticas com custo do SINAPI (2018)

A tabela 17 mostra o orçamento final de reforço estrutural com vigas


metálicas, tendo um custo total de R$ 11.861,00, os custos foram tirados da tabela
de composições sintéticas do Sinapi.

Tabela 17 – Orçamento de reforço estrutural com vigas metálicas

Planilha orçamentaria de vigas


Sinapi
metálicas
Piauí - outubro 2018
Base: pci.817.01 - custo de
composições – sintético
Custo Custo
Código Item Descrição do serviço Qntd. Unid.
Unitário Total
Reforço estrutural com perfis
1.
metálicos
1.1 Vigas de reforço estrutural
Estrutura metálica em aço
73970/1 1.1.1 1097 kg 9,71 10650
estrutural perfil i 12 x 5 ¼
Chapa de aço grossa, astm
1.1.2
1334 a36, e = 5/8 " (15,88 mm) 125 kg 6,15 768,75
Chapa de aço grossa, astm
1.1.3
1332 a36, e = 3/8 " (9,53 mm) 32 kg 5,56 177,92
Armação de pilar ou viga de
uma estrutura convencional
de concreto armado em um
92765 1.1.4 edifício de múltiplos 54 kg 4,9 264,6
pavimentos utilizando aço ca-
50 de 20,0 mm - montagem.
Af_12/2015
Total do valor em R$ 11.861,00

Fonte: Autor (2018)


67

1.4.2 Orçamento de vigas de concreto armado

A seguir a tabela 18 com um resumo dos quantitativos de todas as vigas


inseridas nas lajes de reforço de concreto armado, retirados do programa eberick v8.

Tabela 18 – Quantitativos das vigas de concreto armado

Material Comprimento Total Peso(kg Volume(m³ Área(m²


(m) ) ) )

89,5 95,1 - -
CA50-12mm
CA60-5mm
228,4 38,6 - -
Concreto Fck30
- - 2,4 -
Formas - - - 37,16

Fonte: Autor (2018)

A tabela 19 contém os quantitativos dos reforços das vigas existente, pelo


método de encamisamento, os quantitativos foram retirados de acordo com as
dimensões das vigas.

Tabela 19 – Quantitativos de reforço nas vigas existentes com encamisamento

Serviços Vigas
V9 V421 V473 V474
Demolição (m³) 0,04 0,05 0,033 0,03
Cola estrutural (m²) 1,51 1,96 1,25 1,12
Forma (m²) 0,81 0,98 0,59 0,56
Armação (kg) 29,56 32,26 22,17 19,73
Concreto (m³) 0,061 0,074 0,04 0,042
Lançamento (m³) 0,061 0,074 0,04 0042

Fonte: Autor (2018)

A seguir o quadro 2 das composições dos serviços e a tabela 19, com o


orçamento final de reforço de vigas com concreto armado, incluso os matérias e mão
de obra, já contendo encargos sociais desonerados: 88,54%(hora) 51,00%(mês),
tirados da tabela com desoneração.
68

Quadro 2 – Composições de serviços do orçamento de concreto armado

Demolição de lajes, de forma mecanizada com martelete,


Serp 97629 m3
sem reaproveitamento. Af_12/2017

Composiçã Martelete ou rompedor pneumático manual, 28 kg, com


5795 chp 1,5562000
o silenciador - chp diurno. Af_07/2016
Composiçã Martelete ou rompedor pneumático manual, 28 kg, com
5952 chi 0,4411000
o silenciador - chi diurno. Af_07/2016
Composiçã
88309 Pedreiro com encargos complementares h 0,3051000
o
Composiçã
88316 Servente com encargos complementares h 3,1530000
o

Reparo/colagem de estruturas de concreto com adesivo


Reve 83736 m2
estrutural a base de epóxi, e=2 mm

Adesivo estrutural a base de resina epóxi, bi componente,


Insumo 156 kg 3,2000000
fluido
Composiçã
88243 Ajudante especializado com encargos complementares h 1,0000000
o
Composiçã
88270 Impermeabilizador com encargos complementares h 1,0000000
o
Montagem e desmontagem de fôrma de viga,
Fues 92452 escoramento metálico, pé-direito simples, em chapa de m2
madeira resinada, 2 utilizações. Af_12/2015

Desmoldante protetor para formas de madeira, de base


Insumo 2692 l 0,0100000
oleosa emulsionada em agua
Peça de madeira nativa / regional 7,5 x 7,5cm (3x3) não
Insumo 4491 m 0,7260000
aparelhada (p/forma)
Locação de escora metálica telescópica, com altura
Insumo 10749 regulável de *1,80* a *3,20* m, com capacidade de carga de mes 0,8300000
no mínimo 1000 kgf (10 kn), incluso tripé e forcado
Locação de viga sanduiche metálica vazada para travamento
Insumo 40275 de pilares, altura de *8* cm, largura de *6* cm e extensão de mes 0,3560000
2m
Locação de barra de ancoragem de 0,80 a 1,20 m de
Insumo 40287 mes 0,4740000
extensão, com rosca de 5/8", incluindo porca e flange
Insumo 40304 Prego de aço polido com cabeça dupla 17 x 27 (2 1/2 x 11) kg 0,0330000
Insumo 40339 Locação de cruzeta para escora metálica mes 0,8300000
Composiçã
88239 Ajudante de carpinteiro com encargos complementares h 0,3240000
o
Composiçã
88262 Carpinteiro de formas com encargos complementares h 1,7690000
o
Composiçã Fabricação de fôrma para vigas, em chapa de madeira
92265 m2 0,6210000
o compensada resinada, e = 17 mm. Af_12/2015
69

(continuação)
Concreto fck = 30mpa, traço 1:2,1:2,5 (cimento/
Fues 94966 areia média/ brita 1) - preparo mecânico com m3
betoneira 400 l. Af_07/2016
Areia media - posto jazida/fornecedor (retirado na
Insumo 370 m3 0,7350000
jazida, sem transporte)
Insumo 1379 Cimento portland composto cp ii-32 kg 388,8800000
Pedra britada n. 1 (9,5 a 19 mm) posto
Insumo 4721 m3 0,5890000
pedreira/fornecedor, sem frete
Composiçã
88316 Servente com encargos complementares h 2,3000000
o
Composiçã Operador de betoneira estacionária/misturador com
88377 h 1,4500000
o encargos complementares
Betoneira capacidade nominal de 400 l, capacidade de
Composiçã
88830 mistura 280 l, motor elétrico trifásica potência de 2 cv, chp 0,7500000
o
sem carregador - chp diurno. Af_10/2014
Betoneira capacidade nominal de 400 l, capacidade de
Composiçã
88831 mistura 280 l, motor elétrico trifásica potência de 2 cv, chi 0,7000000
o
sem carregador - chi diurno. Af_10/2014
Armação de pilar ou viga de uma estrutura convencional
Composiçã de concreto armado em um edifício de múltiplos
92759 kg 7,1300000
o pavimentos utilizando aço ca-60 de 5,0 mm -
montagem. Af_12/2015
Armação de pilar ou viga de uma estrutura convencional
Composiçã de concreto armado em um edifício de múltiplos
92763 kg 10,5300000
o pavimentos utilizando aço ca-50 de 12,5 mm -
montagem. Af_12/2015
Composiçã
74022/30 Ensaio de resistência a compressão simples – concreto un 0,0024000
o
Lançamento com uso de baldes, adensamento e
Fues 92873 m3
acabamento de concreto em estruturas. Af_12/2015
Composiçã
88262 Carpinteiro de formas com encargos complementares h 1,8460000
o
Composiçã
88309 Pedreiro com encargos complementares h 1,8460000
o
Composiçã
88316 Servente com encargos complementares h 5,5380000
o
Vibrador de imersão, diâmetro de ponteira 45mm, motor
Composiçã
90586 elétrico trifásica potência de 2 cv - chp diurno. chp 0,6720000
o
Af_06/2015
Vibrador de imersão, diâmetro de ponteira 45mm, motor
Composiçã
90587 elétrico trifásica potência de 2 cv - chi diurno. chi 1,1740000
o
Af_06/2015

Fonte: SINAPI- Catálogo composições analíticas (2018)

A tabela 20 mostra o orçamento final de reforço estrutural com vigas de


concreto, tendo um custo total de R$ 9.737,36, os custos foram tirados da tabela de
composições sintéticas do Sinapi.
70

Tabela 20 – Orçamento de reforço estrutural com vigas de concreto armado

Planilha orçamentaria de vigas de concreto armado

Base: SINAPI Piauí - outubro 2018 pci.817.01 - custo de composições -


sintético
Custo
Qnt uni Custo
Código Item Descrição do serviço Unitár
d. d. Total
io
Reforço estrutural com vigas
1.
concreto
1.1 Vigas de reforço estrutural
Demolição de lajes, de forma
97629 1.1.1 mecanizada com martelete, sem 8,5 m³ 85,13 723,6
reaproveitamento.
Reparo/colagem de estruturas de
175,3
83736 1.1.2 concreto com adesivo estrutural a base 8,5 m² 1490,1
1
de epóxi, e=2 mm
Montagem e desmontagem de fôrma
de viga, escoramento metálico, pé- 37,1
92452 1.1.3 m² 86,03 3196,9
direito simples, em chapa de madeira 6
resinada, 2 utilizações.
Concreto fck = 30mpa, traço 1:2,1:2,5
411,7
94966 1.1.4 (cimento/ areia média/ brita 1) - 2,5 m³ 1029
preparo mecânico com betoneira 400 l. 7

Lançamento com uso de baldes,


137,9
92873 1.4.5 adensamento e acabamento de 2,5 m³ 344,8
concreto em estruturas. 2
Armação de pilar ou viga de uma
estrutura convencional de concreto
92759 1.1.6 armado em um edifício de múltiplos 38,6 kg 8,66 334,3
pavimentos utilizando aço ca-60 de
5,0mm - montagem.
Armação de pilar ou viga de uma
estrutura convencional de concreto
92763 1.1.7 armado em um edifício de múltiplos 95 kg 5,61 533
pavimentos utilizando aço ca-50 de
12,5 mm -montagem.
74022/
Ensaio de resistência a compressão uni 129,1
3 1.1.8 1 129,1
simples - concreto d. 4
Reforço estrutural em vigas com
2.
encamisamento
Demolição de lajes, de forma
97629 2.1 mecanizada com martelete, sem 1,0 m³ 85,13 85,13
reaproveitamento.
71

Reparo/colagem de estruturas de
175,3
83736 2.2 concreto com adesivo estrutural a base 5,84 m² 1023,81
1
de epóxi, e=2 mm
(contimuação)
Custo
Qnt uni Custo
Código Item Descrição do serviço Unitár
d. d. Total
io
Montagem e desmontagem de fôrma
de viga, escoramento metálico, pé-
92452 2.3 2,95 m² 86,03 253,8
direito simples, em chapa de madeira
resinada, 2 utilizações.
Concreto fck = 30mpa, traço 1:2,1:2,5
(cimento/ areia média/ brita 1) - 1,0 m³ 411,7
94966 2.4 411,77
preparo mecânico com betoneira 400 l. 7

Lançamento com uso de baldes,


adensamento e acabamento de 137,9
92873 2.5 1,0 m³ 137,92
concreto em estruturas. 2

Armação de pilar ou viga de uma


estrutura convencional de concreto
92763 2.6 armado em um edifício de múltiplos 8,66 kg 5,61 48,58
pavimentos utilizando aço ca-50 de
12,5 mm -montagem.
Armação de pilar ou viga de uma
estrutura convencional de concreto
81,4
92765 2.7 armado em um edifício de múltiplos kg 4,90 399,3
9
pavimentos utilizando aço ca-50 de
200 mm -montagem.
74022/ Ensaio de resistência a compressão uni 129,1
2.8 1 129,1
3 simples - concreto d. 4
Valor Total em R$ 9.737,26

Fonte: Autor (2018)

1.5 ANÁLISE TÉCNICA DOS PROJETOS E EXECUÇÃO DOS REFORÇOS

As duas formas de reforço estão aptas a serem executados, nenhum


infringiram o projeto arquitetônico.
Quando se trata da forma de execução, o reforço com vigas de concreto
armado é mais trabalhoso, pois deve-se primeiramente fazer uma demolição na laje,
no comprimento da viga e na largura da mesma, para inserir a armadura da viga de
reforço. As vigas que serviram de apoio para viga inserida, deveram ser escareadas
até o descobrimento do ferro, para fazer o correto apoio da viga inserida de reforço.
72

Após a demolição no local que será inserido a viga com a devida limpeza
feita, será aplicado uma cola estrutural a base de epóxi, com espessura de 2mm,
esse adesivo estrutural é para melhorar a união do concreto antigo com o novo que
será utilizado para concretagem da nova viga inserida de reforço estrutural na laje.
Algumas vigas que apoiaram as vigas de reforço, como a V9, V421, V473 e
V474, necessitaram de um reforço estrutural, pois após a inserção das vigas de
reforço, as novas vigas calculadas obtiveram armaduras superiores as armaduras
existentes. Assim o método adotado foi o de encamisamento de vigas, que já foi
detalhado os cortes com a inserção dos ferros no item anterior nas vigas que a
necessitaram.
Para se fazer o encamisamento, é necessário escarear toda a viga até o
descobrimento do ferro superior, após a demolição, será inserido as novas barras de
aço, obedecendo a NBR 6120 com os espaçamentos entre barras de 2,5cm e novo
cobrimento após a inserção das barras de 3cm.
Após inserção das barras de reforço dessas vigas, será preciso a aplicação
da cola estrutural, tanto na barra superior existente, como no concreto antigo da
viga, para melhor aderência do novo concreto de encamisamento. O concreto
utilizado possui a mesma resistência característica do concreto antigo de 30 Mpa.
Para melhor detalhamento de método de reforço estrutural em vigas com o
encamisamento, é necessário um estudo mais especifico sobre o assunto, que não é
a base deste trabalho. O método indicado é apenas uma das diversas opções
disponíveis no mercado, que foi utilizada por ser um método que não possui altos
custos de execução.
A execução de reforço com vigas metálicas é um pouco mais simples,
necessitando apenas de mão de obra qualificada para o serviço. Assim deve-se
primeiramente chumbar os conectores e solda-los em uma chapa para fazer a
ligação com os perfis, por meio de parafusos. Nos anexos E, há uma melhor
demonstração da ligação da viga de concreto com o perfil metálico.
73

2 CONCLUSÃO

Conforme visto, em alguns casos à necessidade de se fazer um reforço em


estruturas de concreto armado. Estas estruturas, podem apresentar grande risco aos
usuários, principalmente quando há uma grande circulação dos mesmos na
edificação.
Alguns métodos são bastantes comuns no uso de reforço estrutural,
principalmente os que envolve concreto armado e estruturas metálicas. Assim o
trabalho estudou essas duas técnicas de reforço em uma obra que possuía uma laje
com fck abaixo do esperado, necessitando assim de um reforço estrutural.
Ao longo do trabalho, foram descritos o que são esses métodos e foram
estudados num âmbito geral, desde o seu dimensionamento, execução e orçamento.
Diferente do concreto armado, o uso de estruturas metálicas requer um custo
de material mais caro, como visto no orçamento, e uma mão de obra mais
especializada, mas esse método possui pontos que são de suma importância, como
a rapidez na execução, pouca sujeira e ruídos, pois não há a necessidade de
demolições, e possui poucos serviços, contrário ao de concreto armado, já que tem
uma lista vasta de serviços no reforço estrutural.
Em relação aos custos dos métodos de reforço estrutural, o de perfis
metálicos obteve um custo total de R$ 11861,00 e o de concreto armado um custo
de R$ 9737,26, com uma diferença percentual de 17,90% em relação ao uso de
perfil metálico.
Portanto, o estudo de caso tem como solução o uso de vigas de concreto
armado, pois obteve menores custos comparado ao reforço com perfis metálicos,
obedecendo o projeto arquitetônico já executado na obra. O reparo com concreto
armado também é uma opção mais simples de reforço no sentido da facilidade da
execução deste método, pois os materiais são de mais fáceis acessos, e de uso
mais recorrentes nas obras, além da mão de obra ser relativamente mais simples,
pois o preparo da superfície existente não exige equipamentos que não sejam de
uso comum. Apesar de ser uma técnica mais barata, exige na maioria das vezes
aumento de sessão, podendo haver interferências na arquitetura, que não foi o caso
da obra de estudo.
74

REFERÊNCIAS

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de estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, 2014.

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APÊNDICES

APÊNDICE A – Planta de forma com reforço de vigas de concreto e


detalhamento das vigas inseridas
77

APÊNDICE B – Armação de lajes calculados após a inserção das vigas de


reforço
78

APÊNDICE C – Armação de lajes calculados após a inserção das vigas de


reforço
79

APÊNDICE D – Armação de vigas após a inserção das vigas de reforço


estrutural
80

ANEXOS

ANEXO A – Projeto arquitetônico do pavimento tipo


81

ANEXO B – Projeto de formas da laje, vigas e pilares


82

ANEXO C – Prancha com o projeto de armaduras das lajes superiores e


inferiores que precisaram de análises para o estudo de caso
83

ANEXO D – Prancha com o projeto de armaduras das vigas, que precisaram


de análises para o estudo de caso
84

ANEXO E – Projeto de reforço estrutural com vigas metálicas


85

ANEXO F –Relatório de extração e do ensaio núm.1


86

ANEXO G - Relatório de extração e do ensaio núm.2


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