Soluções MC para recuperação de concreto

MANUAL DE SOLUÇÕES MC PARA RECUPERAÇÃO E REPARO DE CONCRETO
27 de julho 2020
Nº de páginas:12
Referência: MP 01.06.2018.000
Assunto: Soluções para recuperação e reparo de estruturas de concreto.
1 OBJETIVO
Este manual tem como objetivo apresentar as soluções técnicas da MC-Bauchemie para recuperação
e reparo estruturais.
Este documento é uma recomendação técnica e deve servir como base para estudo/projeto de
engenharia realizado por profissional habilitado, o qual deverá adequá-lo conforme condições
específicas da obra.
As informações contidas neste documento estão baseadas em nossa experiência e no melhor de
nosso conhecimento, e se referem às boas práticas de engenharia que devem sempre ser
consideradas durante o uso dos produtos. Não nos responsabilizamos por aplicações incorretas.
Recomendações verbais divergentes das descritas neste documento não são válidas sem a
confirmação por escrito da MC-Bauchemie.
2 DESCRIÇÃO DO SISTEMA
As soluções da MC-Bauchemie para este tipo de estrutura podem variar de acordo com as
características de degradação, resistência original da estrutura, condições de aplicação local, por
este motivo consideramos sistemas de básicos para situações convencionais que serão compostos
pelas seguintes etapas:
a. Inspeção e demarcação das áreas de reparo
A inspeção irá identificar as áreas com pontos de

corrosão, nichos de concretagem para que o
concreto estrutural possa ser removido. Após a
identificação estas áreas devem ser demarcadas.
Demarcar as regiões a serem recuperadas com a

utilização de giz de cera, criando figuras
geométricas regulares que envolvam a área
danificada.
Fazer o recorte com uso de serra de corte com

disco circular diamantado, criando superfícies de
corte paralelas ou perpendiculares às faces do
elemento estrutural e com corte de profundidade
média de 1 cm, podendo variar em decorrência do
cobrimento mínimo de concreto. Imagem 01 - Delimitação e Corte
1
MC-Bauchemie Brasil - www.mc-bauchemie.com.br
Matriz São Paulo: Rua Henry Martin, 235 – Vargem Grande Paulista / SP - CEP: 06730-000 – Tel.: +55 (11) 4158-9158
Fábrica São Paulo - Rua João Santana Leite, 400 - Santana do Parnaíba / SP - CEP: 06501-238 - Tel: +55 (11) 4158-9158
Fábrica Pernambuco: Rodovia Luiz Gonzaga/ BR-232 – Vitoria de Santo Antão / PE - CEP: 55602-970 – Tel.: +55 (81) 3523-2343
b. Remoção do concreto deteriorado com exposição da armadura:
Imagem 02: Corte do Concreto
O concreto do interior (bordas) deve ser chanfrado

em ângulos de 45° - DIN 18349 30°até 60° e
removido até a exposição de toda a armadura,
1~2cm por detrás da mesma em caso de corrosão.
Imagem 03 - Liberação da Armadura
A Espessura mínima de corte na face

superior deve ser de 3x a espessura do
maior agregado
Detalhe 01 - Detalhe do Corte de concreto
A remoção pode ser mecânica através de apicoamento do concreto com uso de martelete de
pequeno porte ou por sistema manual com uso de ponteiro e marreta.
2
Imagem 04 - Apicoamento manual Imagem 05 - Apicoamento Mecânico
Atenção ao limite de exposição das

armaduras, 0,5 m e 1 m dependendo
da estrutura.
A resistência ao arrancamento do
substrato deve ser de 1,5 MPa (EN
1542) para aplicação de argamassas
ou grautes.
As regiões a serem tratadas deverão

compreender no mínimo, além do
trecho que apresenta corrosão, mais
15 cm de barra integra em cada
extremidade da armadura.
Para isto a demolição deverá
compreender esta área, mesmo que
exceda a região demarcada na etapa
anterior.
Detalhe 02 – Espaçamento dos cortes
c. Limpeza das armaduras (em caso de armaduras oxidadas)
Limpar as armaduras com utilização de escova de aço manuais ou

escovas de aço circulares acopladas a equipamentos elétricos
rotativos (furadeiras) ou hidrojateamento, de modo a remover pelo
menos de 90% de oxidação. Garantir padrão do aço SA 21/2
Para estruturas com contaminação por cloretos, prever utilização de

água quente (70° C).
Imagem 06 - Condição SA 21/2
3
Imagem 07 – Padrões de limpeza para as armaduras
Quando as barras de aço apresentarem redução de seção superior a 10% adicionar nova
barra de aço (com o mesmo diâmetro original da barra oxidada) no trecho com seção reduzida,
respeitando os comprimentos de transpasse e ancoragem de barras.
Imagem 08– Limpeza das Imagem 09 – Limpeza das Imagem 10 – Limpeza das
armaduras com auxílio de armaduras com jateamento armaduras com auxílio de
escova manual escova mecânica
4
d. Tratamento das armaduras com corrosão e recomposição do concreto:
Para proteger as armaduras contra a corrosão temos duas opções de sistema,
Opção 1:
Recomposições superficiais com Nafufill CR - argamassa de reparo com inibidor de corrosão
em sua formulação.
Imagem 11 - Recomposição com Nafufill CR Imagem 12 - Laje recomposta com Nafufill CR
Esta argamassa de recomposição estrutural contém fibras para evitar fissuras, alta resistência
e excepcional aderência devido a composição rica em polímeros. Fornecida monocompente,
deve ser feita a mistura de modo mecânico em balde, com furadeira dotada de hélice
helicoidal, adicionando o pó à água (máximo 3,5 litros/ saco de Nafufill CR).
Opção 2:
Tratamento da armadura com pintura cimentícia inibidora de corrosão e que atua também
como ponte de aderência - Nafufill KMH;
Recomposição superficial até 50mm com Nafufill GM2 ou recomposição profunda com
Emcekrete 40 até 100mm ou Emcekrete 50 até 300mm.
Imagem 13 – Hélice Imagem 14 – Misturador Imagem 15 – Aparelho furadeira dotada de

helicoidal para manual dotado de hélice hélice helicoidal para mistura
mistura helicoidal para mistura
5
• Argamassa modificada com polímeros Nafufill GM 2 para reparos em concreto, reforçada
com fibras, excelente consistência mesmo com o mínimo e água permitido e elevadas
resistências iniciais e finais, podendo ser aplicada de forma manual ou projetada.
Imagem 16 – Aplicação da Imagem 17 – Aplicação da Imagem 18 – Aplicação da

argamassa protetora e argamassa de reparo Nafufill argamassa de reparo Nafufill
promotora de aderência GM 2 de forma manual GM 2 de forma projetada
Nafufill KMH
• Recomposição profunda da área de concreto removida

Grauteamento de áreas de difícil acesso.
Utilização de graute de alto desempenho Emcekrete 40 com baixa permeabilidade,
não retrátil, monocomponente. Excelentes resistências iniciais e finais, ótimo fluxo com
baixo teor de água – flow 900 mm;
Recomposição com Microconcreto fluído de alto desempenho para maiores volumes

Utilização de Emcekrete 50, microconcreto fluido de baixa permeabilidade, excelente
aderência, altas resistências iniciais e finais, indicado para execução de reparos com
espessuras até 300 mm;
Imagem 19 - Espalhamento do graute Imagem 20 - Encamisamento para

reforço de Pilar
6
1 2 3
Imagem 21 - Passo a passo de grauteamento de pilar
e. Reabilitação do concreto carbonatado
Como tratamento para melhorar as condições da

estrutura já carbonatada, indicamos o sistema de
realcalinização que tem por objetivo a
reestabelecer a alcalinidade do concreto através
da elevação do pH e assim podendo proporcionar
a repassivação das armaduras, condição perdida
com a entrada do dióxido de carbono no concreto.
Imagem 22: Ensaio com fenolftaleína
A realcalinização recomendável é realizada de forma química com uso do MC-Realc onde é

aplicado sobre a superfície do concreto carbonatado para a indução do transporte de íons
através da migração osmótica.
Portanto, a realcalinização ocorre da parte externa da superfície para a parte interna, conforme
mostrado na figura abaixo:
Imagem 23 – Evolução ao longo do tempo da realcalinização química
7
CLASSIFICAÇÃO E LISTAGEM DE PRODUTOS
Os produtos de recomposição atendem a norma europeia CEN EN 1504 - Parte 3: Reparos
estruturais e não estruturais e são classificados como classe R4.
Tabela 01 – Classificação dos tipos de reparo
Segue abaixo listagem dos produtos recomendados com o consumo e tipo de utilização:
Produto Categoria Uso Consumo Espessura

de utilização
Argamassa de reparo
estrutural com 6 a 60 mm
Recomposição estrutural
Nafufill CR agente adesivo 1849 kg/m3
sem forma (por camada)
integrado e inibidor
de corrosão
Argamassa de reparo 5 a 50 mm
Recomposição estrutural
Nafufill GM 2 estrutural modifica 1812 kg/m3
sem forma (por camada)
compolímeros
Ponte de
aderência: 1,0
a 1,1 kg/m²
Ponte de aderência e Tratamento de armadura 0,5 a 1,0 mm
Nafufill KMH Proteção
inibidor de corrosão com corrosão (por camada)
anticorrosiva:
0,12
kg/m.linear
Graute de alto Recomposição estrutural
Emcekrete 40 2094 kg/m3 10 a 100 mm
desempenho com forma
Microconcreto de alto Recomposição estrutural
Emcekrete 50 2095 kg/m3 100 a 300 mm
desempenho com forma
Solução Impregnação sobre
MC-Realc 750 ml/m2 N.A.
Realcalinizante concreto carbonatado
Tabela 02 - Sistema de recomposição e tratamento estrutural
8
DADOS DE DESEMPENHO
Nafufill CR
Argamassa estrutural polimérica cimentícea, monocomponente, composta por fibras sintéticas e
aditivos especiais que garantem aderência e inibem a corrosão de armadura.
Principais vantagens:
• Dispensa ponte de aderência e pintura de tratamento de armadura em situações de recomposição
de áreas com corrosão de armadura;
• Reforçada com fibras;
• Alta resistência à carbonatação;
• Baixa penetração de água;
• Dispensa a utilização de formas.
Tabela de dados técnicos

Características Resultado Norma
Resistência a compressão NBR 7215:1996
01 dia ≥ 35,0 MPa
03 dias ≥ 40,0 MPa
07 dias ≥ 45,0 MPa
28 dias ≥ 60,0 MPa
Resistência à tração NBR 13279:2005

01 dia ≥ 5,0 MPa
03 dias ≥ 7,0 MPa
07 dias ≥ 8,0 MPa
28 dias ≥ 9,0 MPa
Aderência (28 dias) ≥ 2,0 MPa NBR 15258:2005

Módulo de Deformação (ES0,4) 31 GPa NBR 8522:2008
Norma técnica Classe R4 EN 1504-3
Tabela 03 – Dados de desempenho Nafufill CR – Dados complementares consultar a ficha técnica do produto
9
Nafufill KMH
Revestimento mineral monocomponte, utilizado como ponte de aderência e proteção anticorrosiva
para reparos em concreto.
• Aumenta a aderência entre substrato e argamassa de reparo
• Pequenos períodos de espera;
• Fácil aplicação;
Características Resultado Observações / Norma
Tempo de trabalhabilidade 30 minutos 20° C e 50% de umidade relativa
Período entre demãos 3 horas 1ª e 2ª demão
Fresco no fresco
2ª demão e argamassa de reparo
Classificação - Norma técnica Classe R3 EN 1504-3
Reparos Estruturais/Não estruturais, Atende EN 1504-7
Proteção contra corrosão de
armadura, princípio 11.1 –
Revestimento Ativo
Tabela 04 – Dados de desempenho Nafufill KMH- Dados complementares consultar a ficha técnica do produto
10
Nafufill GM 2
Argamassa polimérica cimentícea, monocomponente, composta por agregados selecionados, fibras
sintéticas e aditivos especiais.
• Boas resistências mecânicas;
• Reforçada com fibras;
• Excelente consistência mesmo com o mínimo de água permitido;
• Elevadas resistências iniciais e finais;
• Dispensa a utilização de formas.

01 dia ≥ 25,0 MPa
03 dias ≥ 35,0 MPa
07 dias ≥ 45,0 MPa
28 dias ≥ 55,0 MPa

01 dia ≥ 5,0 MPa
03 dias ≥ 6,0 MPa
07 dias ≥ 6,5 MPa
28 dias ≥ 7,0 MPa

Classificação - Norma técnica Classe R3 EN 1504-3
Tabela 05 – Dados de desempenho Nafufill GM2 - Dados complementares consultar a ficha técnica do produto
11
Emcekrete 40
Graute flauido pré-dosado, composto de cimento Portland e matérias primas selecionadas que
garantem o alto desempenho.
• Dispensa vibração e tem fácil passagem em locais de difícil acesso;
• Ótimo fluxo com baixo teor de água – flow 900 mm;
• Excelentes resistências mecânicas iniciais e finais;

01 dia ≥ 40,0 MPa
03 dias ≥ 50,0 MPa
07 dias ≥ 60,0 MPa
28 dias ≥ 70,0 MPa

01 dia ≥ 5,0 MPa
03 dias ≥ 6,0 MPa
07 dias ≥ 8,0 MPa
28 dias ≥ 9,0 MPa

Flow 800 mm/m NBR 15823:2010
Tabela 04 – Dados Emcekrete 40 - Dados complementares consultar a ficha técnica do produto
12
Emcekrete 50
Microconcreto fluido pré-dosado, composto de cimento Portland, agregados com granulometria
selecionada e aditivos especiais que garantem o alto desempenho.
• Dispensa vibração e pode ser aplicado em maiores espessuras e volumes;
• Excelentes resistências mecânicas iniciais e finais;
• Ótima fluidez com baixo teor de água;
• Resistência à compressão aos 28 dias superior a 50 MPa.

01 dia ≥ 45,0 MPa
03 dias ≥ 60,0 MPa
07 dias ≥ 70,0 MPa
28 dias ≥ 75,0 MPa

01 dia ≥ 6,0 MPa
03 dias ≥ 7,0 MPa
07 dias ≥ 8,0 MPa
28 dias ≥ 9,0 MPa

Flow 750 mm/m NBR 15823:2010
Tabela 05 – Dados Emcekrete 50 - Dados complementares consultar a ficha técnica do produto
13
6 INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Este procedimento deve ser lido em conjunto com a ficha técnica, ficha de segurança e literatura
atualizada de cada produto fornecida pelo fabricante.
7 USO E MANUTENÇÃO
O sistema está dimensionado para resistir as intempéries, porém para proteção contra introdução de
agentes agressivos recomendamos o estudo de sistema de proteção superficial.
Recomendamos a inspeção visual periódica para checar as condições do concreto e dos reparos
executados, a inspeção deve ser realizada anualmente e os reparos, tratamentos ou recomposições
podem ser executados em casos de recorrência ou novas anomalias.
8 SERVIÇOS TÉCNICOS DE APLICAÇÃO

Somente as empresas de engenharia de recuperação treinadas pelo fabricante possuem
competência e habilidade para executar os serviços descritos acima, assim como diagnósticos de
recuperação estrutural para garantia de um serviço de qualidade.
Desde já agradecemos a oportunidade e colocamo-nos a disposição para esclarecimentos adicionais

que se façam necessários.
Atenciosamente,
Flávio de Camargo Martins

Gerente de Produtos
(11) 98536-7050 / (11) 4158 9158
flavio.martins@mc-bauchemie.com.br
14

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a. Inspeção e demarcação das áreas de reparo

A inspeção irá identificar as áreas com pontos de

Demarcar as regiões a serem recuperadas com a

Fazer o recorte com uso de serra de corte com

Imagem 02: Corte do Concreto

O concreto do interior (bordas) deve ser chanfrado

Imagem 03 - Liberação da Armadura

A Espessura mínima de corte na face

Detalhe 01 - Detalhe do Corte de concreto

Atenção ao limite de exposição das

As regiões a serem tratadas deverão

Detalhe 02 – Espaçamento dos cortes

c. Limpeza das armaduras (em caso de armaduras oxidadas)

Limpar as armaduras com utilização de escova de aço manuais ou

Para estruturas com contaminação por cloretos, prever utilização de

Imagem 06 - Condição SA 21/2

Para proteger as armaduras contra a corrosão temos duas opções de sistema,

Imagem 11 - Recomposição com Nafufill CR Imagem 12 - Laje recomposta com Nafufill CR

Imagem 13 – Hélice Imagem 14 – Misturador Imagem 15 – Aparelho furadeira dotada de

Imagem 16 – Aplicação da Imagem 17 – Aplicação da Imagem 18 – Aplicação da

• Recomposição profunda da área de concreto removida

Recomposição com Microconcreto fluído de alto desempenho para maiores volumes

Imagem 19 - Espalhamento do graute Imagem 20 - Encamisamento para

Imagem 21 - Passo a passo de grauteamento de pilar

e. Reabilitação do concreto carbonatado

Como tratamento para melhorar as condições da

Imagem 22: Ensaio com fenolftaleína

A realcalinização recomendável é realizada de forma química com uso do MC-Realc onde é

Imagem 23 – Evolução ao longo do tempo da realcalinização química

Tabela 01 – Classificação dos tipos de reparo

Produto Categoria Uso Consumo Espessura

Tabela 02 - Sistema de recomposição e tratamento estrutural

Tabela de dados técnicos

Resistência à tração NBR 13279:2005

Aderência (28 dias) ≥ 2,0 MPa NBR 15258:2005

Tabela de dados técnicos

Resistência à tração NBR 13279:2005

Aderência (28 dias) ≥ 1,9 MPa NBR 15258:2005

Tabela de dados técnicos

Resistência à tração NBR 13279:2005

Aderência (28 dias) ≥ 2,0 MPa NBR 15258:2005

Tabela de dados técnicos

Resistência à tração NBR 13279:2005

Aderência (28 dias) ≥ 2,0 MPa NBR 15258:2005

8 SERVIÇOS TÉCNICOS DE APLICAÇÃO

Desde já agradecemos a oportunidade e colocamo-nos a disposição para esclarecimentos adicionais

Flávio de Camargo Martins

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