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LAUDO TÉCNICO DE INSPEÇÃO RESIDENCIAL

Rua Coronel Antônio Durães, 158, bairro Alto São João Montes Claros,
Minas Gerais.

1. INTRODUÇÃO
O presente Laudo Técnico de Inspeção Predial, solicitado pela professora
Mariana Oliveira – ministrante da disciplina de “Patologias das Construções” do curso de
graduação em Arquitetura e Urbanismo das Faculdades Santo Agostinho em Montes
Claros, Minas Gerais e elaborado pelo acadêmico Bruno Ruas Costa, do 7° período
noturno do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo.
Este trabalho apresenta um caráter de inspeção predial, como triagem, tendo
como objetivo principal levantar um diagnóstico geral sobre o estado em que se encontra
a edificação – Residência localizada na cidade de Montes Claros, Mg– identificando
possíveis anomalias construtivas e falhas de manutenção, principalmente no que se diz
respeito a materiais especificados pelo solicitante.

2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

2.1. Identificação
Edificação: Residência do acadêmico Bruno Ruas Costa
Endereço: Rua Coronel Antônio Durães, n° 158 bairro Alto São João, Montes Claros ,
Minas Gerais.
Imagem 1: Vista aérea da residência
Fonte: Google Earth (2018)

2.2. Realização do Laudo


Entidade: RUAS Acadêmico do 7º Período Noturno do curso de graduação em
Arquitetura e Urbanismo.
Responsável: Bruno Ruas Costa
2.3. Data das Vistorias
As vistorias técnicas foram realizadas no período compreendido entre os dias
12 de novembro de 2018 e 25 de novembro de 2018, no turno vespertino.

2.4. Objeto da inspeção


A residência no município de Montes Claros foi edificada no ano 2000 é uma
edificação composta por uma sala, uma cozinha, 3 quartos, dois banheiros, sendo um na
área externa. Apresenta as seguintes características construtivas: estrutura em concreto
armado, alvenaria de blocos cerâmico, cobertura em laje pré-moldada – com lajotas
cerâmicas, telhado, esquadrias de madeira, pavimentação de cerâmica.
Imagem 2: Fachada da residência.
Fonte: Google Earth (2018)

3. METODOLOGIA
Trabalho avaliativo, apresentando à disciplina de Patologia, sob supervisão da
professora Mariana Oliveira, como requisito parcial de aprovação na disciplina.

3.1. Critério Utilizado


A vistoria realizada no local está condicionada em uma “triagem” da
edificação, que tem como objetivo a análise prática da condição relativa à conservação
de cada material construtivo, definidos a priori.
Foram realizadas visitas e identificação dos agentes patológicos através dos
cinco sentidos humanos – tato, visão, audição, olfato e paladar. Definindo, assim,
anomalias construtivas e ausência de manutenção que danificam o estado de utilização da
edificação e suas instalações.
Nota: Não foram realizados testes, medições ou ensaios por ocasião das vistorias,
consoante o nível de inspeção estabelecido como escopo para este trabalho.

3.2. Nível de Inspeção


Estabelecida como “Inspeção de Nível 1”, demonstra a análise de sistemas
construtivos examinados, identificando anomalias e imperfeições aparentes.

4. PATOLOGIA
O laudo teve ênfase em inspecionar materiais especificados na área interna e
externa da residência, locando patologias a fim de averiguar as possíveis causas.
• Estruturas de concreto;
• Revestimentos pétreos;
• Revestimentos cerâmicos;
• Estruturas de aço.

5. DESENVOLVIMENTO
Após a identificação e registro das anomalias na residência, segue abaixo as
patologias encontradas em todo o seu perímetro.

5.1. Patologias em Concreto

Através da imagem abaixo, identifica-se uma das patologias de trincamento em


concreto, através da visualização de trincas na parede.

Imagem 3: Parede Externa


Autor: RUAS, Bruno (2018)

• Patologia: Trincas
• Causa: Devido ao recalque da fundação; dilatação térmica, esmagamento e
elementos construtivos por diversas causas, incluindo sobrecarga; e falha no
cálculo ou execução da estrutura.
• Tratamento: Pode se usar o fundo preparador, selante acrílico,
impermeabilizante de lajes e paredes ou tela de poliéster.
5.1.2. Patologias em concreto

A patologia analisada, apresenta bolores na parte externa da residência , sendo


visível através de manchas na parede, devido à falta de manutenção.

Imagem 4: Parede Externa


Autor: RUAS, Bruno (2018)

• Patologia: Bolor no reboco


• Causa: A patologia é decorrente a falta de pintura adequada, intempéries e falta
de manutenção. Sendo analisado a umidade ocorrida por causa da chuva.
• Tratamento: Limpeza com substâncias químicas, e pintura para área externa.

5.1.3. Patologia em Parede Interna

Através da imagem abaixo, identifica-se a patologia bolores em uma parede da


área interna da residência na imagem é nítido que a edificação possuiu algum tipo de
vazamento tendo em vista que é decorrente a uma má execução da obra.
Imagem 5: Parede Interna
Autor: RUAS, Bruno (2018)

• Patologia: Bolor na área interna


• Causa: A patologia é decorrente a umidade consequente algum vazamento que foi
ocasionado em dias chuvosos.
A falta de pintura adequada, intempéries e falta de manutenção.
• Tratamento: Limpeza com substâncias químicas, e pintura para área interna e
troca do telhado, sendo viável alguma impermeabilização na laje.

5.1.4. Patologia em Parede Interna

Através da imagem abaixo, identifica-se a patologia eflorescência, em uma parede


da área interna da residência. Na imagem é nítido que a edificação possuiu algum tipo de
vazamento onde resulta migração de soluções aquosas salinizadas.

Imagem 6: Parede Interna


Autor: RUAS, Bruno (2018)
• Patologia: Eflorescência
• Causa: A eflorescência foi iniciada pela chuva, devido a água em pé de paredes,
aspersores, em suma qualquer umidade na superfície porque a água provoca a
reação para produzir eflorescência.
• Tratamento: Limpeza com o hidróxido de cálcio que se combina com dióxido de
carbono e nova demão de tinta.

5.1.5. Patologia Desgaste de Tinta em Vaso de Concreto

Através da imagem abaixo, identifica-se a patologia de desgaste de pintura em


um vaso. Na imagem é nítido que o vaso possuiu falta de manutenção e desgaste
excessivo.

Imagem 7: Vaso
Autor: RUAS, Bruno (2018)

• Patologia: Desgaste em pintura


• Causa: Ocorrido por tinta de baixa qualidade, pintura sobre superfície suja.
• Tratamento: Lixar, aplicar fundo preparador para evitar manchas na pintura,
aplicar o acabamento desejado.
5.1.6. Patologia em Porta de Metal

A patologia analisada, apresenta corrosão generalizada na parte inferior da


porta, através da visualização de intempéries, devido à falta de manutenção.

Imagem 8: Porta em metal


Autor: RUAS, Bruno (2018)

• Patologia: Corrosão generalizada


• Causa: A patologia é decorrente a falta manutenção e exposição a intempéries.
• Tratamento: Como a corrosão já está em estágio avançado o ideal será a troca do
material.

5.1.7. Patologia em Portão de Ferro

A patologia analisada, apresenta desgaste de tinta generalizada no portão,


através da visualização da imagem é notável a falta de manutenção.

Imagem 9: Portão
Autor: RUAS, Bruno (2018)
• Patologia: Desgaste na pintura
• Causa: A patologia é decorrente a falta manutenção e o mau uso.
• Tratamento: Nesta situação o melhor para o aproveitamento do portão será o
lixamento do mesmo e uma nova pintura eletrostática

5.1.8. Patologias Revestimentos Cerâmico

A patologia analisada, apresenta descolamento em uma parte da parede


revestida, através da visualização da imagem é notável a má execução, possível
dosagem ou especificação incorreta da argamassa de assentamento.

Imagem 10: Janela


Autor: RUAS, Bruno (2018)

• Patologia: Deslocamento
• Causa: A patologia é decorrente a saturação, imersão das placas cerâmicas em água
antes do assentamento, quando feito com argamassa tradicional; dosagem ou
especificação incorreta da argamassa de assentamento; técnica de assentamento
incorreta; assentamento sobre base (emboço) .
• Tratamento: Nesta situação limpar, dependendo da extensão da parede, pode-se
utilizar broxa, escova de fio de aço, escovação seguida de lavagem com
mangueira ou água pressurizada. verificar o estado do emboço onde será
reassentada a cerâmica, fazendo-se o teste do bate-choco. Se forem identificadas
áreas com som cavo,
Reexecutar o emboço, nas áreas onde o emboço estiver aderido, verificar o
estado da sua superfície, friccionando-a com uma escova de fio de aço. Caso
esteja ocorrendo desagregação, escovar e remover a camada desagregada até
encontrar material firme e coeso;

5.1.9. Patologia Revestimentos Cerâmico

A patologia analisada, apresenta infiltrações em uma parte do piso e de


uma parede revestida, através da visualização da imagem é notável a má
execução e falta de um projeto .

Imagem 11: Revestimento cerâmico


Autor: RUAS, Bruno (2018)

• Patologia: Infiltração
• Causa: A patologia é decorrente a falta um projeto arquitetônico, falta de
inclinação para pra o escoamento da água na parte do piso, sendo notório a mesma
patologia em parte de uma parede, neste caso sua causa é decorrente a má
execução e não uso de matérias de boa qualidade.
• Tratamento: Nesta situação remoção das peças, dependendo da extensão da
parede, pode-se verificar o estado do emboço onde será reassentada a cerâmica,
fazendo-se o teste do bate-choco.
5.1.10. Patologia em Revestimentos Pétreos

Imagem 12: Revestimento cerâmico


Autor: RUAS, Bruno (2018)

• Patologia: Trincas nas pedras


• Causa: A patologia é decorrente a mau uso, trepidações do solo e instalação
incorreta.
• Tratamento: Nesta situação a remoção do tanque, sendo analisada que o problema
já foi tentado ser sanado, mas foi algo inviável.

5.1.11. Patologia de Calcinação em Parede

Através da imagem abaixo, identifica-se a patologia de calcinação na pintura


em uma parte da parede.

Imagem 13: Parede externa


Autor: RUAS, Bruno (2018)
• Patologia: Calcinação
• Causa: Ocorrido pelo desgaste da pintura pela ação do tempo, tinta de baixa
qualidade, pintura sobre superfície suja.

• Tratamento: Remover todas as partes soltas, para eliminar contaminantes, lixar e


remover o pó da parede com auxílio de um pano úmido. Aplicar fundo preparador
para evitar manchas na pintura, aguardar 6 horas e aplicar o acabamento desejado.

6. CONCLUSÃO

Pode-se constatar que são várias patologias previstas em áreas externas e


internas da residência, o qual deverá ser sanado, gradativamente conforme forem
surgindo. Os proprietários deverão de forma simultaneamente buscar os serviços com as
soluções apresentada, a fim de sanar as patologias existentes já detectadas.

7. REFERÊNCIAS

• Corrosão em estruturas metálicas. Disponível em:


<http://wwwo.metalica.com.br/corrosao-em-estruturas-metalicas>. Acesso em:
15 maio 2018.

• Estruturas da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São


Paulo, 2014.

• FLORIAN, Alexandre. Principais agentes deterioradores de madeiras.


Disponível em:
<http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_materia.php?num=1652&subj
ect=Preservant

• KLEIN, D. L. Apostila do Curso de Patologia das Construções. Porto Alegre,


1999 - 10° Congresso Brasileiro de Engenharia de Avaliações e Perícias.

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