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ANÁLISE DE DESABAMENTO

CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO RESIDENCIAL ANDREA


Rua Tiburcio Cavlcante nº2405,
Bairro Dionísio Torres, Fortaleza/CE - Cep.60120-002
ELABORADO POR: CREA REVISÃO: DATA: DOC.Nº PÁGINA:
Eng.Alexandre Lima Tavares 01 20/10/2019 01 1 de 06
2008129799

1 Indice
1 Indice.................................................................. 1
2 HISTÓRICO ....................................................... 1
3 Objetivo .............................................................. 1
4 Documentos e Órgãos de Consulta .................. 1
5 Identificação das partes envolvidas .................. 1
6 Definições da Demanda .................................... 1
7 Considerações Iniciais....................................... 2
8 Relatos Importantes .......................................... 2
9 Encerramento .................................................... 6

2 HISTÓRICO
REVISÃO NATUREZA DAS PRINCIPAIS MODIFICAÇÕES
01 20/10/2019

3 Objetivo
Inspecionar através dos materiais divulgados em mídias (internet, televisão e demais
contribuições), para verificação de possíveis falhas e responsabilidades.
Utilização do material como estudo de caso, para evitarmos novas tragédias previstas.

4 Documentos e Órgãos de Consulta


Artigo 26 do CDC, Artigo 618 CC, ART. 6º DA LEI Nº 9099 /95, ART.437 e 130 CPC,
NBR9050, NBR15575, NR12, demais citadas no documento, LEI 6400/13, demais citadas
no laudo, Prefeitura, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro,
CREACE, CAUCE.

5 Identificação das partes envolvidas


Engenheiro Civil e demais contribuições de interessados

6 Definições da Demanda
As responsabilidades do condomínio, serão citadas com a observação de necessidade de
manutenções preditivas, preventivas e corretivas (NBR5674), bem como dos demais
responsáveis.
Art. 618. Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções
consideráveis, o empreiteiro de materiais e execução responderá, durante o prazo
irredutível de cinco anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim em razão
dos materiais, como do solo.
Parágrafo único. Decairá do direito assegurado neste artigo o dono da obra que
não propuser a ação contra o empreiteiro, nos cento e oitenta dias seguintes ao
aparecimento do vício ou defeito."
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A NBR15575 e NBR6118 serão citadas como elementos fundamentais para o entendimento


deste documento.

7 Considerações Iniciais
O Edifício Andrea, está situado na Rua Tibúrcio Cavalcante nº2405, Bairro Dionísio Torres,
Fortaleza/CE, CEP.:60120002.
Em 15/10/2019 a edificação desabou por completo.
Por imagens e vídeos adquiridas no Google, imagens fornecidas/adquiridas por terceiros
e expostas neste laudo, caracterizado como não atendimento a NBR5674 (Manutenção
em Edificações) por parte do Condomínio, haja visto o alto grau de corrosão do aço
estrutural, das diversas camadas de revestimentos ineficazes sobre o aço dos pilares,
bem como pelas imagens da própria fachada, além de demais elementos citados neste
documento imparcial.

8 Relatos Importantes

As diversas paredes da edificação, apresentam sinais de tratamentos superficiais de


deformações, bem como demonstra também, que trechos deste emboço, estavam
deteriorados, necessitando de tratamento para evitar seu desprendimento.
Link para visualização do momento do desabamento: https://youtu.be/qloZMjwvcfE
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Link para visualização em vídeo: https://youtu.be/h6iwUzKlJlA

Através destas 05 imagens acima, observa-se nitidamente que havia um recobrimento do


aço estrutural, realizado exclusivamente por emboço, material sem finalidade de
sustentação estrutural.
Emboço em diversas tonalidades, mostrando que tais pilares, já sofreram intervenções
anteriores, de forma negliente, onde, o aço estrutural enferrujado/oxidado, não foi tratado
de forma eficaz, mas simplesmente tamponado com massas em várias espessuras, onde
deveria haver um recobrimento mínimo de concreto em 2,0 centímetros (NBR6118), com
concreto alcalino suficientemente para a proteção do aço.
Além do não recobrimento constatado, soma-se outro fator gravíssimo, a perda de seção
do pilar, ou seja, a resistência a compressão já estava afetada, diminuída e restringida
percentualmente, alterando a distribuição de cargas estruturais, quando estas começaram
a sofrer esmagamentos e se redistribuírem por outros pontos da edificação (NBR6118,
NBR15575 e NBR5674).
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Através do link a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=joCKrdZv5kY é possível


observar que não houve aplicação de força suficiente para ser removida uma camada de
concreto agregada a estrutura, mas, tão somente um recobrimento de massa e/ou partes
de concreto já desprendidas da estrutura principal, ou seja, demostra-se que a estrutura já
estava prejudicada.

Através deste vídeo disponibilizado pelo link a seguir: https://youtu.be/mY1wMxHnT0o


pode-se observar que haviam 02 operários da empreiteira, trabalhando pelo lado direito
da imagem/vídeo, momento em que os gestores de obra e condomínio já se deslocam
sentido fora do prédio, que colapsou ás 10:30 de 15/10/2019.
Nitidamente, por todas as imagens e vídeos produzidos, observou-se que ocorreram
intervenções em vários pilares, simultaneamente, sem haver um escoramento mínimo,
fator negligenciado pelos responsáveis pelas obras.
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A ART gerada pelo profissional, engenheiro civil, Sr. José Andrerson Gonzaga dos
Santos, consta com valor de pouco mais de 22 mil reias, valor insuficiente para tais ações
de recuperações estruturais vistas nas imagens e vídeos.

Observase que a emissão de ART-Anotação de Responsabilidade Técnica, em seu


formato atual, de mera arrecadação, não serve para impedir nenhum desastre, como os
vistos cotidianamente, salientando que a fiscalização das Prefeitura, são ineficientes a
nível Brasil, havendo desculpas de desconhecimento da edificação, link abaixo:
https://www.opovo.com.br/noticias/ceara/2019/10/15/predio-que-desabou-nao-possui-
registro-de-construcao-na-prefeitura-de-fortaleza.html
As prefeituras e Conselhos Profissionais se beneficiam da cobrança de Taxas e Impostos,
porém, não exercem fiscalização de obras e serviços, quem executou os primeiros
reparos neste prédio, ocultou os problemas gravíssimos.
A empresa e atual prestador de serviços falhou em não escorar, em não possuir um
relatório NBR16280 que determina que deveria ter sido apresentado ao condomínio, um
estudo de ações, com um relatório contendo tudo que seria executado, materiais
utilizados, procedimentos e normas envolvidas, documento este que somente após a
avaliação da síndica, ou conselho a seu mando, poderia ter sido iniciada.
Neste ponto tratamos da responsbilização do Condomínio, junto ao profissional, pois, no
condomínio existiam pessoas com conhecimento técnico que poderiam ter retardado a
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tragédia, digo retardar, porque a edificação já estava com suas falhas e ineficiências
escondidas, tendo sido tratado os efeitos e não as causas, igualmente ocorre nas praias
de santos com os prédios que estão sendo “desentortados”, renivelados, sem prestarem
atenção que o problema é estarem não apioados sobre solo firme (NOVA TRAGÉDIA JÁ
ANUNCIADA).

9 Encerramento
A edificação já estava fadada ao desabamento, quando os pilares tinham seu aço
estrutural em alto estado de corrosão, somado ao revestimento com emboço onde deveria
existir concreto; (NBR6118)
A empresa e profissional prestador de serviços, errou em não seguir os procedimento
mínimos para garantir o não colapso, ou mesmo, a evacuação da edificação; (NBR16280)
O Condomínio Andrea negligenciou a NBR5674 que dista sobre as manutenções em
edificações habitacionais;
A prefeitura errou em não fiscalizar as edificações existentes, criando leis e cobrando seu
seguimento, assim como a Lei 6400 do RJ, dentre outras.
A estrutura se encontrava em seu estado limite de esforços, onde já haviam falta de
recobrimento de concreto que agiria na compressão (falha responsável pelo colapso),
estando o aço/concreto distribuindo cargas com outros elementos que não deveriam ter
tal finalidade, tal acúmulo de erros, acarretou igualmente ao efeito do Edifício Liberdade
no centro do Rio de Janeiro, no que chama-se última gota antes do transbordo, ou seja,
os recobrimentos de emboços não deveriam ter função estrutural, mas, assumiram tal
função devido as diversas negligências constatadas, com seus diversos responsáveis
respectivos.
Pede-se que este documento, seja repassado aos políticos, Ministério Público, Prefeituras
e Conselhos Profissionais, para que atentem sobre a necessidade de que, TODAS as
empresas que executam obras e reformas, a nível NACIONAL, devem possuir RT-
Responsável Técnico, para que possam continuar executando Obras, Reformas e
Construções, isso vai gerar maior segurança a população e não deixará ocorrer o
exercício ilegal de profissão praticado de forma velada e não combatido pelos Conselhos
Profissionais e Prefeituras.
Quando se está doente, procura-se um médico, quando estamos com problemas em
animais, contrata-se um veterinário, quando existem problemas judiciais, contrata-se
advogados, não observa-se em nenhum estado, a existência de tais escritórios sem
medicos, veterinários ou advogados (dentre outras profissões), a área da engenharia é a
única que possibilita-se existirem MILHARES de empresas e Construção, Obras e
Reformas, sem posssuir um profissional qualificado.
Chega de desastres, chega de omissão, chega de negligência, chega de arrecadação
sem prestação de serviços.
Que a inspeção em edificações, seja obrigatória já no recebimento da mesma, sendo
recorrente a cada 05 anos, desta forma, mitigaremos desastres, ou mesmo, eliminaremos
quase todos, desta forma, pede-se o apoio dos políticos que se preocupam com a
população, não somente com as arrecadações.

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