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LAUDO TÉCNICO DE VISTORIA

SOBRE O ESTADO FÍSICO DA


ESTRUTURA DE CONCRETO
ARMADO E PROCEDIMENTOS DE
RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DO
RESERVATÓRIO ELEVADO
LOCALIZADO NA RODOVIA SE-160,
311, 245 – TOMAR DE GERU – SE

CLIENTE: NOVO TEMPO CONSTRUÇÃO CIVIL LTDA


ENDEREÇO DA OBRA: RODOVIA SE-160, 311-245 – TOMAR DE GERU – SE –
CEP 49280-000.
ENGENHEIRO RESPONSÁVEL PELO LAUDO TÉCNICO E PROCEDIMENTOS
DE RECUPERAÇÃO DA ESTRUTURA:
José Roberto Oliveira Santos – ENGENHEIRO CIVIL - CREA 3299/D – SE.

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Lista de Ilustração

Figura 1: Apicoamento manual do concreto............................................................................. 16


Figura 2: Apicoamento do concreto manual na pratica. ........................................................... 16
Figura 3: Jateamento com areia e água na alta pressão. ........................................................... 17
Figura 4: Lavagem do concreto após o jateamento de área. ..................................................... 17
Figura 5: Procedimento de recomposição de armadura............................................................ 18
Figura 6: Técnica de aplicação na substituição de armaduras longitudinais de viga. .............. 18
Figura 7: Tipos e emendas e procedimento executivo. ............................................................ 19
Figura 8: Aplicação do adesivo estrutural na interfase concreto velho com o concreto novo. 20
Figura 9: Procedimento de execução para recompor o concreto no pilar utilizando forma. .... 21
Figura 10: Procedimento de execução para recompor o concreto na viga utilizando forma.... 22
Figura 11: Procedimento executivo para a remoção do concreto após a recomposição
utilizando forma com cachimbo. .............................................................................................. 22
Figura 12: Procedimento executivo para aplicação de concreto projetado. Nessa opção é
dispensado a utilização de forma. ............................................................................................. 23
Figura 13: Vista parcial da estrutura de concreto armado do reservatório elevado em estudo.27
Figura 14: Vista parcial de outro ângulo da estrutura do reservatório elevado. ....................... 27
Figura 15: Vista da célula de armazenamento de água do reservatório, neste laudo
denominada de cuba. ................................................................................................................ 28
Figura 16: Vista parcial da laje (cúpula) do fundo do reservatório. Nesta foto observa-se
alguns pontos de infiltrações na laje do fundo com a presença de pontos de expansão das
armaduras na viga de contorno do fundo.................................................................................. 28
Figura 17: Observa-se na imagem abaixo trecho da viga circular de travamento intermediário
em concreto armado com parte de suas armaduras expostas. As maduras apresentam elevado
grau de corrosão, fato este que causou expansão e desfragmentação do concreto no ponto
indicado. Nesse caso, deve-se avaliar no local a perda de seção da armadura para aplicar o
procedimento correto. Observe que a estrutura apresenta um acabamento rustico, onde temos
a impressão que a estrutura já passou por uma intervenção. .................................................... 29
Figura 18: Vista das armaduras longitudinais e transversais do pilar e da viga parcialmente
comprometidas. Nesse caso será necessária a substituição das armaduras nos trechos que
apresentarem perda de seção transversal maior que 10% da seção original. Essa observação
deve ser feita no local para aplicar o procedimento correto. .................................................... 30

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Figura 19: Armadura longitudinal e transversal do pilar e da viga nível 01 com elevado grau
de corrosão na ligação (viga x pilar). Aplicar os procedimentos de recuperação. .................. 30
Figura 20: Armadura longitudinal do pilar oxidada e expandida. Fato este que levou a
desfragmentação do concreto de cobrimento a sua volta. Observe um tubo do sistema
hidráulico totalmente comprometido pelo elevado grau de corrosão. ...................................... 31
Figura 21: Armaduras longitudinais e transversais do pilar e da viga estão oxidadas e expostas
ao tempo. Aplicar os procedimentos de recuperação. .............................................................. 31
Figura 22: Expansão das armaduras e a desfragmentação do concreto decorrente da
concentração de armaduras (transpasse) e do recobrimento mínimo utilizado na execução da
estrutura. No ponto inferior uma fissura causada pela corrosão e expansão e corrosão da
armadura longitudinal. .............................................................................................................. 32
Figura 23: Fissura longitudinal no pilar causada pelo processo de oxidação e expansão das
armaduras (longitudinais e transversais). ................................................................................. 32
Figura 24: Processo avançado de oxidação das armaduras no trecho do pilar próximo a base
que motivada pela umidade do solo levou ao desplacamento do concreto. Observa-se na
imagem que durante o processo executivo não foi obedecido um padrão de cobrimento das
armaduras nas formas. .............................................................................................................. 33
Figura 25: Vista parcial do fundo do reservatório. Observa-se alguns pontos permeáveis na
estrutura que propiciou o processo de lixiviação do concreto. Podemos notar também as
armaduras expostas nos pilares................................................................................................. 33
Figura 26: Observa-se o processo de lixiviação no pilar do reservatório. ............................... 34
Figura 27: Pilar do reservatório com expansão de armaduras (longitudinais e transversais)
decorrente da oxidação das armaduras. Nota-se que ao passar do tempo a própria armadura
rompe o concreto devido a sua expansão. Observa-se também alguns pontos de concentração
com carbonato de cálcio oriundos dos vazamentos da cuba, ou motivados pela ação das águas
das chuvas. ................................................................................................................................ 34
Figura 28: Vista parcial da estrutura no nível térreo. Observamos alguns elementos estruturais
em concreto armado com elevado grau de corrosão, além de armaduras longitudinais e
transversais expostas ao tempo. ................................................................................................ 35

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Sumário

1. DESCRIÇÃO ...................................................................................................................... 5
2. REGULAMENTAÇÃO DOS LAUDOS ............................................................................ 7
3. QUALIFICAÇÃO DAS EQUIPES DE VISTORIA OU INSPEÇÃO ............................... 7
4. CRITÉRIO E METODOLOGIA DA VISTORIA OU INSPEÇÃO ................................... 8
5. ELEMENTOS E SISTEMAS CONSTRUTIVOS INSPECIONADOS ............................. 9
6. ANÁLISE TÉCNICA DA ESTRUTURA ........................................................................ 10
7. RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS. .................................................................................. 11
8. PROCEDIMENTOS DE RECUPERAÇÃO ..................................................................... 16
9. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 23
10. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO.................................................................................... 26
11. REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 36

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LAUDO TÉCNICO

A/C – NOVO TEMPO CONSTRUÇÃO CIVIL LTDA


Solicitante: COMPANHIA DE SANEAMENTO DE SERGIPE;
Ref.: Avaliação do estado físico da estrutura em concreto armado e procedimentos de
recuperação da estrutura do reservatório elevado.

1. DESCRIÇÃO

Este Laudo Técnico tem como objetivo avaliar o estado físico da estrutura de concreto
armado do reservatório elevado de propriedade da Companhia de Saneamento de Sergipe
(DESO), e descrever os procedimentos de recuperação da estrutura do Reservatório Elevado
que está localizado na Rodovia SE – 160, 311, 245 – Tomar de Geru – SE, através da
realização de inspeções nos elementos estruturais para avaliar e diagnosticar as patologias;
avaliar à resistência, a durabilidade, as deformações e recalques; para dessa forma,
diagnosticar e corrigir essas patologias através de procedimentos de recuperação estrutural,
para prolongar a sua vida útil.
É importante frisar que as inspeções foram visuais, utilizando-se uma câmera
fotográfica para efetuar o registro da situação existente; auxiliado por uma fita métrica.
Para melhor fundamentar este Laudo Técnico, solicitaremos a realização de ensaios
não destrutivos (esclerometria) para auxiliar nos diagnósticos. Caso os resultados desses
ensaios indique uma resistência que não corresponda com a vida útil da estrutura, podemos
solicitar ensaios destrutivos com a retirada de amostras de corpos de prova para avaliar
melhor a resistência. É possível que sejam solicitados ensaios de carbonatação e de cloretos.
Ao avaliar a idade da estrutura existente através da análise dos projetos e de
informação colhidas no local e na DESO, constatamos que a mesma tem uma idade
aproximada de 40 anos.
Ao descrever a estrutura do reservatório elevado, informamos que o reservatório é
formado por uma cuba. A cuba é composta de uma parede circular de concreto armado
formando um anel, interligada a uma laje inclinada em forma de setor circular através de uma
viga tipo anel de concreto que por sua vez é conectada a uma laje do fundo em forma de uma
cúpula. Na parte superior as paredes interligam as lajes inclinadas da tampa.

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A cuba está apoiada sobre uma viga circular tipo anel, e esta viga se apoia sobre os
seis pilares que são travados por dois níveis de vigas circulares. Os pilares estão apoiados
sobre sapatas isoladas que são travadas por uma viga baldrame circular.
Toda estrutura foi executada com elementos de concreto armado moldados “in loco”.
As informações relatadas acima foram obtidas no projeto fornecido pela DESO, e
confirmadas no local através da vistoria.
Ao vistoriar a estrutura, e analisar o projeto estrutural sob a ótica das Normas
atualmente em vigor, observamos no local e no projeto que os elementos estruturais: pilares,
paredes, vigas e lajes apresentam seções superiores às dimensões mínimas recomendadas na
Norma ABNT NBR 6118/2014 (NORMA EM VIGÊNCIA). Se levarmos em consideração
que a concepção do projeto estrutural é datada de 1979, conforme podemos identificar na
prancha do arquivo (2 - MV-08-~1.pdf) fornecido pela CONSTRUTORA Novo Tempo
Construção Civil LTDA, e conforme descrito no projeto estrutural, a Norma ABNT que
serviu de referencia para a época é a NB-1 de 1960, e o concreto empregado na execução
apresenta uma resistência de projeto de 150 kgf/cm², um concreto de resistência quase padrão
para a época.
Após a vistoria e inspeção na estrutura, constatamos que seus elementos de um modo
geral devido à idade da estrutura apresentam diversas patologias tais como: desagregação e
porosidade do concreto, oxidação e expansão das armaduras de lajes, vigas e pilares,
cobrimentos mínimos; concreto poroso com características de baixa resistência nos elementos
estruturais que apresentam patologias definidas. Não foi possível observar patologias mais
graves nos elementos que compõe a estrutura da cuba. O que pôde ser observado; foram
algumas infiltrações, estalactites (reação do hidróxido de cálcio lixiviado e o CO2 da
atmosfera resultando no carbonato de cálcio) e manchas de bolor na aparência externa.
Não foi possível avaliar as fundações; de forma que serão inspecionadas e avaliadas
durante a recuperação estrutural do reservatório, quando serão descobertas para avaliar as
vigas baldrames, os fustes e as sapatas.
Não foi possível avaliar os estado das faces internas das lajes, paredes e da cúpula do
fundo da cuba, em função do reservatório está em carga e operação. Estes elementos serão
avaliados e inspecionados durante a recuperação estrutural, quando será previsto um
esvaziamento total, ou a redução da carga de operação para um quarto da sua capacidade.
Não identificamos recalques diferenciais aparentes que fosse possível serem
observados a olho nu.

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A comprovação das informações citadas acima será comprovada através do relatório
fotográfico e ensaios não destrutivos do concreto, ou ensaios destrutivos que serão solicitados
durante os trabalhos de recuperação estrutural.

2. REGULAMENTAÇÃO DOS LAUDOS

As Diretrizes Básicas apresentadas neste Laudo de Vistoria baseiam-se nos conceitos,


definições, procedimentos e metodologia da Norma de Inspeção Predial do Ibape/SP –
Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo, ABNT NBR 5674 –
Manutenção de Edificações: Procedimentos e ABNT NBR 13752 – Perícias de engenharia na
construção civil e a Lei Municipal 1765/99 do Município de Aracaju utilizada como
parâmetro, tendo em vista que é específica para o Município de Aracaju.
A denominada vistoria de engenharia é caracterizada pela inspeção predial que
contempla um diagnóstico geral sobre a edificação, com a identificação de falhas e anomalias
dos sistemas construtivos listados neste documento, classificações quanto à criticidade dessas
deficiências e à urgência de reparos, recuperações, reformas, medidas de manutenção
preventivas e corretivas, dentre outras orientações técnicas saneadoras. Esta iniciativa visa
contribuir para o estabelecimento de um padrão mínimo no processo de melhoria das
vistorias, com a prevenção de acidentes - inclusive fatais - provocados pela falta de
manutenção preventiva e corretiva, bem como de investimentos patrimoniais que assegurem
conforto, logística, segurança, funcionalidade e a qualidade dos serviços prestados aos
usuários.

3. QUALIFICAÇÃO DAS EQUIPES DE VISTORIA OU INSPEÇÃO

A realização das vistorias de engenharia ou inspeções prediais é de responsabilidade e


da exclusiva competência dos profissionais, Engenheiros e Arquitetos, legalmente habilitados
pelos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREAs, de acordo
com a Lei Federal nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e resoluções do CONFEA.
Recomenda-se equipe multidisciplinar mínima, formada por Engenheiro Civil ou Arquiteto
com formação profissional plena e comprovada mediante a apresentação de Acervo Técnico
registrado pelo Sistema CONFEA/CREA.

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4. CRITÉRIO E METODOLOGIA DA VISTORIA OU INSPEÇÃO
Este documento considera, conceitualmente, que as Vistorias de Engenharia são
baseadas nas Inspeções Prediais, definidas na Norma de Inspeção Predial do Ibape/SP,
Normas ABNT e Lei Municipal do Município de Aracaju (parâmetro). A Vistoria de
Engenharia, portanto, é definida, conforme a referida Norma: “É a avaliação isolada ou
combinada das condições técnicas, de uso e de manutenção da edificação”.
Caracteriza-se pela análise e avaliação de falhas e anomalias, classificação dessas
deficiências quanto ao grau de risco e indicações de orientações técnicas para cada problema
verificado.
A definição citada complementa o disposto na ABNT NBR 5674, conforme
mencionado, onde a inspeção é “avaliação do estado da edificação e de suas partes
constituintes, realizadas para orientar as atividades de manutenção”.
O critério utilizado para elaboração dos Laudos de Vistoria de Engenharia baseia-se,
também, no critério para elaboração dos Laudos de Inspeção Predial, caracterizado pela
análise do risco oferecido aos usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio, diante das
condições técnicas, de uso, operação e manutenção da edificação, bem como da natureza da
exposição ambiental, conforme as normas técnicas.
A análise do risco consiste na classificação das anomalias e falhas identificadas nos
diversos componentes de uma edificação, quanto ao seu grau de risco, relacionado com
fatores de conservação, depreciação, saúde, segurança, funcionalidade, comprometimento de
vida útil e perda de desempenho. A classificação das falhas e anomalias quanto ao grau de
risco deve atender às seguintes definições e níveis de classificação, de acordo com a norma de
Inspeção Predial citada:

 “CRÍTICO”

Anomalias ou falhas referentes aos riscos contra saúde, segurança, perda excessiva de
desempenho, causando possíveis paralisações, aumento de custos, comprometimento sensível
de vida útil, recomendando intervenção imediata.

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 “REGULAR”

Anomalias ou falhas referentes aos riscos de perda de funcionalidade sem prejuízos a


operação direta dos sistemas, perda pontual de desempenho com possibilidade de
recuperação, deterioração precoce, recomendando intervenção a curto prazo.

 “MÍNIMO”

Anomalias ou falhas referentes aos riscos de perda estética e/ou atividades


programáveis e planejadas sem incidência; ou sem a probabilidade de ocorrência dos riscos
acima expostos, recomendando intervenção a médio prazo.

O inspetor predial deve analisar condições de desempenho potencial ou perda de


desempenho ao longo do tempo e, quando possível, descrever evolução provável dos sintomas
e indicar possíveis desdobramentos (consequências) a curto e médio prazo, em caso de não
intervenção.
As orientações técnicas para os reparos ou estudos mais específicos das anomalias e
falhas constatadas devem ser ordenadas e formuladas em função da criticidade do evento ou
fato verificado.

As orientações técnicas devem ser apresentadas por ordem de prioridade.

5. ELEMENTOS E SISTEMAS CONSTRUTIVOS


INSPECIONADOS
Os sistemas construtivos foram inspecionados em seus elementos aparentes, conforme
relatados anteriormente, considerada a abrangência restrita da lista de verificação, descritas
abaixo.

AS LISTAS DE VERIFICAÇÃO deste documento compreende exclusivamente o


sistema estrutural.

Sistema estrutural – A verificação será restrita aos elementos estruturais aparentes:


lajes, vigas, paredes e pilares, além dos elementos de fundação, a fim de constatar a existência
de anomalias e falhas, bem como a exposição ambiental das estruturas, se revestidas ou não,

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idade e condições de manutenção. Dependendo das condições de exposição, podem ser
recomendadas investigações mais aprofundadas quanto aos ataques de agentes químicos. É
preciso investigar, também, no local, a ocorrência de intervenções posteriores à construção
original, principalmente as que se referem aos serviços relacionados a qualquer tipo de reparo,
reforço ou obras que resultem em carregamento adicional à estrutura. Para a tipologia em
estudo, deve-se investigar, também, se já foi realizado algum tipo de monitoramento na
estrutura ligado às cargas. Conforme a inspeção foi possível constatar aparentes sintomas de
que parte da estrutura já sofreu uma intervenção devido à aparência atual de alguns elementos
de concreto. Aspectos observados e constatados dos elementos pilares e vigas indicam
acabamento de chapisco rustico.
A fundação, sempre que houver anomalias relacionadas às trincas e manifestações
típicas de recalques, reações adversas, deverá ter recomendada sua investigação. A
recomendação é que sejam investigadas durante a recuperação estrutural.

6. ANÁLISE TÉCNICA DA ESTRUTURA

Após a coleta de informações e de acordo com a situação avaliada no local,


constatamos a necessidade de ensaios complementares para confirmar a resistência do
concreto e o estado das armaduras. Devido a idade da estrutura, a probabilidade da resistência
ser superior a de projeto é grande devido a atmosfera em que a mesma está localizada, os
ataques de átomos de dióxido de carbono sobre a estrutura provoca endurecimento da
superfície. Essa situação ocorre em função da agressividade do ambiente e pode mascarar a
resistência superficial do concreto. Dessa forma para não ter dúvidas, recomendamos como
complemento os ensaios destrutivos.
Os ensaios serão do tipo: destrutivos e não destrutivos. Inicialmente serão solicitados
os ensaios não destrutivos. Os ensaios destrutivos pode ser uma contra prova para confirmar
os resultados.
Após a análise dos resultados dos ensaios destrutivos, e com a confirmação da
resistência do concreto, podem ser recomendadas outras intervenções para melhorar o
desempenho e a vida útil da estrutura. O autor deste Laudo Técnico deve ser informado
sempre que forem detectados resultados com desvio considerado.
Todo concreto segregado, concreto que não apresentar resistência adequada, ou ninhos
de concretagem, serão removidos e recompostos com graute, ou através de concreto
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projetável, ou através da moldagem no local utilizando formas e adesivo estrutural nas duas
interfaces do concreto antigo e o recém-aplicado.
Todas as armaduras que apresentarem perda de seção acima de 10% serão
recompostas através de barras adicionais equivalentes ou superiores a área perdida. Sua
aplicação se dará por traspasse, colagem com adesivo estrutural ou por soldagem, sempre
obedecendo aos prescritos da NBR 6118/2014. Ressalva que a soldagem não é permitida para
aços ENCRUADOS, AÇOS DO TIPO B DE USO COMUM NA ÉPOCA.
Para se executar as colagens, soldagem, emendas por transpasse, essas armaduras
oxidadas serão tratadas através de abrasivos deixando-as no metal branco. Nesse caso, podem
ser dispensadas as pinturas inibidoras de corrosão.
Na inspeção das fundações existentes, as sapatas que apresentarem alguma patologia
relacionada à deterioração do concreto, serão recuperadas utilizando as técnicas descritas
acima, exceto se for detectada alguma reação álcali-agregado; nesse caso, a sapata que
apresentar essa patologia será demolida e reconstruída. Caso alguma sapata apresente essa
situação, a estrutura deve ser escorada e trabalhando com 1/4 da capacidade total do
reservatório para a execução dos serviços.
Concluindo essa análise, e de acordo com as informações colhidas no local, e em
função das patologias detectadas na estrutura, as anomalias são consideradas como anomalias
CRÍTICAS requerendo uma INTERVENÇÃO IMEDIATA, devido ao estado critico das
vigas e pilares e estado mínimo da cuba.
Para as anomalias consideradas CRÍTICAS com intervenção imediata, o tempo de
recuperação é de TRÊS MESES.

7. RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS.
Considerando as anomalias e os respectivos prazos para recuperação, algumas
medidas devem ser tomadas com o intuito de melhorar a estabilidade da estrutura e prolongar
a vida útil, além de garantir a segurança estrutural. São elas:

1. Em função da situação atual da estrutura no todo, para a realização dos


trabalhos de recuperação estrutural, a mesma deve ser totalmente escorada, conforme projeto
específico de escoramento. Esse escoramento só deve ser removido ou deslocado após quinze
dias da conclusão dos trabalhos de recuperação, tendo em vista que a estrutura existente
permanece solicitada através das sobrecargas de construção e peso próprio. A remoção deve

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obedecer aos mesmos procedimentos de descimbramento das vigas e lajes de concreto; ou
seja, sempre removendo os escoramentos do meio do vão para os apoios; no caso especifico
da cuba, os escoramentos serão removidos dos balanços para o centro.
2. Após a recuperação da mesoestrutura, os escoramentos da cuba podem ser
removidos parcialmente para a recuperação da mesma, porém é imprescindível que seja
mantido a outra parte desse escoramento para servir de andaime para os operários.
3. O escoramento será posicionado no solo sobre pranchas e sapatas de madeira
que serão apoiadas no solo após uma preparação e nivelamento. Deve-se atentar para os
locais das sapatas que devem estar livres dos escoramentos para as devidas intervenções,
escavações, inspeções, etc. Dessa forma as inspeções devem ser iniciadas pelas escavações
das sapatas. Devem ser inspecionadas os fustes e a base de cada sapata individualmente. Em
momento algum a escavação passa do nível da base para evitar o descalço. Após a escavação
e caso seja detectada alguma patologia, recupera-se primeiro a base e em seguida o fuste.
Concluída esta etapa, passamos para as vigas baldrames, cintas de travamento e pilares. A
estrutura da cuba será a última etapa da obra.
4. Os elementos que apresentarem exposição, deterioração das armaduras com
perda de seção superior a 10%, serão complementadas por armaduras adicionais, equivalente
ou superior a existente. As armaduras que apresentarem perda superior a 30% da seção serão
removidas e substituídas por armaduras novas, ou reforçadas através das armaduras
complementarem equivalentes as existentes. As emendas por transpasse, solda ou colagem
com adesivo estrutural deve ser seguido os procedimentos da Norma ABNT NBR 6118/2014,
e de acordo com os detalhes em anexo.
5. O procedimento de recuperação das sapatas deve obedecer às seguintes
recomendações:
5.1. Os procedimentos para recuperação das sapatas, seguirão a mesma
metodologias dos pilares e lajes. As sapatas serão descobertas até no máximo no nível da base
superior para evitar descalçamento. Serão avaliadas no seu estado físico aparentes. Caso não
seja detectado alguma anomalia como oxidação e expansão das armaduras com desagregação
do concreto nas suas bordas, devem ser avaliadas os seu estado quanto as reações álcalis-
agregados. Caso apresente patologias como expansão e exposição das armaduras, a
recuperação pode ser feita adotando o mesmo critério da recuperação dos pilares e lajes.

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5.2. Caso sejam detectadas reações álcalis-agregados, a estrutura no entorno
da sapata deve ser escorada, a sapata será demolida, o concreto removido e reconstruída nos
padrões da existente.
5.3. Após a execução ou recuperação, ou as sapatas que não apresentarem
patologias aparente, a cava será reaterrrada e o contra piso e piso refeitos.
6. O procedimento de recuperação dos pilares e vigas deve obedecer às
seguintes recomendações:
6.1. Inspecionar cada pilar e cada viga, observando seu estado crítico. Caso
o mesmo apresente início de exposição de armadura com expansão e fissuração do concreto,
deve-se realizar a prospecção através do martelete e ponteiros manuais de aço. Se for
constatado que as armaduras estão oxidadas com perda de seção maior que 30% da seção de
aço original, será seguindo o descrito no item 3. As armaduras oxidadas serão tratadas pelos
processos de jateamento de mistura de areia e água ou granalha, e as desgastadas pela
corrosão serão totalmente removidas no trecho danificado para a introdução das armaduras
novas ou complementares adicionais, através da colagem, soldagem ou transpasse. Após o
procedimento de substituição ou complemento das armaduras, o trecho será recuperado pela
concretagem; seja através da utilização de formas e concreto ou graute moldado no local, ou
através do emprego do concreto projetável. Independente do trecho dos elementos que serão
recuperados ou não, é imprescindível nesse caso que todos os elementos recebam uma
camada adicional de concreto projetável ou de concreto moldado no local, para atender aos
cobrimentos mínimos da Norma ABNT NBR 6118/2014. A opção pode ficar a cargo do
construtor e fiscalização. Como o reservatório está localizado em uma área urbana, os
cobrimentos mínimos adotados para um concreto de 30,0 MPa é de 2,50 cm para os pilares e
vigas, considerando camada de concreto existente mais a projetável ou moldado no local. Para
a cuba, o cobrimento mínimo total considerando o cobrimento existente a camada do concreto
projetável, deve ser de 2,00 cm. É muito importante frisar que vários autores recomendam que
a resistência do concreto empregado na recuperação deve se aproximar o máximo da
resistência do concreto existente.
6.2. Havendo uma perda de seção menor que 10%, as armaduras das vigas e
pilares, podem ser limpas com hidro jateamento, jateamento de areia, granalha ou escovação
deixando o aço em metal branco, de forma que serão acrescentadas barras de reforço
adicionais com o mesmo diâmetro da barra existente, ou com área equivalente à perda de
seção das barras existentes de forma a compensar e manter a taxa de armadura existente. Será

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seguido o procedimento descrito no item 3. É preciso observar para que as taxas de aço nas
regiões das emendas não superem a área máxima recomendada da ABNT 6118.
7. Procedimentos para recuperação das paredes, lajes e a casca do fundo da
cuba.
7.1. Os procedimentos de tratamento das armaduras serão executados de
acordo com o descrito no item 3. Por serem elementos delgados lamelares e esbeltos onde as
condições de trabalho é mais complexa; os elementos serão apicoados manualmente ou
através de martelete nos locais em que o concreto apresenta sintomas de corrosão e expansão
das armaduras, desagregação do concreto, pontos de vazamento, infiltrações e estalactite.
Após a remoção do concreto que pode ser parcial ou total, será inspecionado o estado das
armaduras. Caso seu estado apresente sintomas de acordo com o descrito no item 3; todas as
armaduras oxidadas serão complementadas com armadura equivalente, e as armaduras
deterioradas serão removidas e substituídas por uma armadura equivalente. O trecho de
armadura que permanecer quase intacto juntamente com o concreto em boas condições devem
ser hidro jateado na alta pressão, de forma a remover todas as partículas soltas do concreto e
das armaduras. Na avaliação da remoção das armaduras deterioradas, deve-se usar o bom
senso e a experiência profissional na tomada de decisão;
7.2. Após a remoção do concreto fragmentado e após o hidro jateamento, as
armaduras complementares serão reposicionadas seguindo os procedimentos anteriormente
descritos, aplicando sobre a camada de concreto existente o concreto projetável e em seguida
o acabamento com sarrafeamento, desempenamento e alisamento a colher de pedreiro, nesse
caso, na face externa.
7.3. O concreto projetável deve ser preparado com uma mistura de areia
grossa peneirada e pedrisco para atingir uma resistência mínima equivalente a do concreto
existente aos 28 dias. Porém a mistura deve se aproximar ao máximo da resistência do
concreto existente, obtida através dos ensaios. O fator água cimento deve varia entre 0,35 e
0,55, conforme o grau de dificuldade, e deve ser aplicado a uma pressão de até 60 lbs/pol2.
Após sua aplicação, deve-se entrar com o sarrafeamento ou desempenamento para induzir o
acabamento original, ou deixar o elemento com aparência de uma chapisco rustico a critério
da fiscalização. A critério da fiscalização pode-se usar concreto auto adensável na
recuperação dos elementos moldados no local, aditivado com o inibidor de corrosão
FERROGARD da SIKA.

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7.4. O cimento recomendado para o serviço é o CP II-Z 25 ou 32 de acordo
com a NBR 15578. Pode ser usado o cimento CP IV – 25 ou 32 de acordo com a NBR 5736.
7.5. Como não tivemos acesso a laje da cobertura e a área interna da cuba,
recomendamos que caso a laje da tampa e as faces das internas das paredes apresentem
sintomas de corrosão, os procedimentos serão usados no descrito no item 3. Por se tratar de
uma recuperação na face superior da laje, o concreto deteriorado será removido, as armaduras
recompostas e a área escareada será adesivada e recomposta imediatamente com graute ou
concreto em um prazo máximo de 15 minutos. O acabamento será executado através de
desempenadeira e alisado a colher para aparentar o acabamento existente.
7.6. Após a execução da recuperação dos elementos estruturais, os
cimbramentos serão removidos quinze dias após a última aplicação.
7.7. Após a recuperação de toda estrutura do reservatório, antes do
reservatório entrar em carga, é recomendável que a cuba seja esvaziada por um período
mínimo de cinco dias para reduzir a umidade, e em seguida passe por um tratamento interno
com revestimento de fibra ou manta asfáltica para melhorar a impermeabilidade. Após a
execução dos serviços de impermeabilização, três dias após o reservatório pode ser
abastecido.
7.8. Durante a recuperação, deve-se verificar e corrigir os vazamentos das
interfaces do concreto com as tubulações de ferro fundido. Deve ser substituído todas
tubulações que apresentem elevado estado de corrosão e as tubulações que apresentam início
de corrosão, devem ser jateadas com areia seca e água para em seguida receber duas camadas
de prime anticorrosivo e em seguida duas demãos de tinta epoxídica bi-componente na cor
especificada pela Fiscalização.

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8. PROCEDIMENTOS DE RECUPERAÇÃO
1. Apicoamento manual ou mecânico para a remoção do concreto
fragmentado até o limite do concreto sadio.

Figura 1: Apicoamento manual do concreto.

Fonte: Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto.

Figura 2: Apicoamento do concreto manual na pratica.

Fonte: Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto.

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2. Aplicar o jateamento com areia e água sobre o concreto e as
armaduras oxidadas para a remoção das partículas de óxido de ferro
deixando a armadura no metal banco.

Figura 3: Jateamento com areia e água na alta pressão.

Fonte: Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto.

3. Aplicar jato d´água na alta pressão para a lavagem das superfícies.

Figura 4: Lavagem do concreto após o jateamento de área.

Fonte: Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto.

17
4. Repor as armaduras deterioradas ou recompor as armaduras com
equivalência de área igual ou superior a área perdida. As emendas
devem seguir os procedimentos de ABNT NBR 6118/2014.

Figura 5: Procedimento de recomposição de armadura.

Fonte: Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto.

Figura 6: Técnica de aplicação na substituição de armaduras longitudinais de


viga.

Fonte: Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto.

18
Figura 7: Tipos e emendas e procedimento executivo.

Fonte: Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto.

19
5. Aplicar o adesivo de colagem sobre o concreto existente.

Figura 8: Aplicação do adesivo estrutural na interfase concreto velho com o


concreto novo.

Fonte: www.google.com.br

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6. Posicionar a forma e executar a moldagem in-loco para vigas e
pilares ou aplicar o concreto projetável.

Figura 9: Procedimento de execução para recompor o concreto no pilar utilizando


forma.

Fonte: Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto.

21
Figura 10: Procedimento de execução para recompor o concreto na viga utilizando
forma.

Fonte: Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto.

Figura 11: Procedimento executivo para a remoção do concreto após a


recomposição utilizando forma com cachimbo.

Fonte: Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto.

22
Figura 12: Procedimento executivo para aplicação de concreto projetado. Nessa
opção é dispensado a utilização de forma.

Fonte: www.google.com.br

OBS: Para as paredes e lajes aplicar concreto projetável de mistura seca.


7. A depender da fiscalização após a aplicação do concreto projetável, pode-se executar o
acabamento com sarrafeamento e desempenamento (desempolamento).

9. CONCLUSÃO
Baseado nas informações descritas acima; informamos que os trabalhos de
recuperação da estrutura seguirão as técnicas de engenharia, visando garantir a estabilidade
estrutural para o fim que a edificação se destina.
Para avaliar melhor o estado da estrutura, recomendamos que sejam realizados ensaios
destrutivos com extração de corpos de prova e ensaios não destrutivos de esclerometria, como
objetivo de avaliar a resistência do concreto; além de ensaios de carbonatação e teor de
cloretos.
Após todo trabalho de recuperação a estrutura será totalmente reabilitada para a
utilização a que se destina.
Para o tratamento de possíveis fissuras e trincas nas lajes e paredes cubas, é
recomendado que essas patologias sejam preenchidas com adesivo estrutural de baixa
viscosidade, injetados em alta pressão.
Em si tratando da recuperação e dos pilares, vigas e sapatas, todas as emendas de
concreto novo com o concreto existente, ou concreto velho com graute, serão executadas com
23
a utilização de adesivo estrutural de média fluidez (Compound Adesivo ou de acordo com as
especificações abaixo) antes do lançamento da camada nova de concreto.
Entre os produtos industrializados recomendáveis para a recuperação estrutural,
relacionamos abaixo, inclusive podem-se usar os similares que atendam as especificações:
PARA A RECUPERAÇÃO DE REPAROS PEQUENOS DE VIGAS PILARES E
CUBA DO RESERVATÓRIO:
 V-1 GRAUTE S – ALTA RESISTÊNCIA ou SIKA GROUT 250
 V1- GRAUTE TIX – ALTARESISTÊNCIA.

 ADITIVO PARA A MISTURA DO CONCRETO PROJETÁVEL OU


PROJETADO;
 BIANCO OU SIMILAR.

 ADESIVOS ESTRUTURAIS PARA A COLAGEM DAS BARRAS


COMPLEMENTARES, CONCRETO NOVO E CONCRETO PROJETÁVEL:

 COMPOUND ADESIVO OU SIKADUR 32 (SUPERFICIES SECAS)


 COMPOUND ADESIVO 200 (SUPERFICIES UMIDAS).

 COMPOUND ADESIVO GEL DE GRANDE FLUIDEZ (SUPERFICIES


PLANAS E HORIZONTAIS).

 COMPOUND ADESIVO TIX OU SIKADUR 31 (SUPERFICIES OVER


HEADER (TETO) OU ELEMENTOS VERTICAIS).

 COMPOUND INJEÇÃO OU SIKADUR 55 SLV PARA TRINCAS E


FISSURAS
 COMPOUND FLEX PARA TRINCAS E FISSURAS ESTRUTURAIS,

Os pilares que apresentarem barras oxidadas com perda de seção superior a 10%
receberão armaduras complementares adicionais. As recomposições das seções serão
executadas através de formas deslizantes com o emprego de graute ou micro concreto. O
mesmo procedimento deve ser utilizado para as vigas.
24
Após a realização dos trabalhos, a obra deve ser acabada e entregue ao fim que se
destina.
Dessa forma, recomendo que novas vistorias devam ser feitas pelo menos a cada cinco
anos com o intuito de verificar seu comportamento estrutural, avaliando a segurança,
possíveis deformações e outras possíveis patologias que possam surgir ao longo do tempo.
Assim se detectadas, devem ser corrigidas imediatamente para garantir a segurança dos
usuários.

25
10. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO

Local: Empreendimento:
RODOVIA SE-160, 311-245 – TOMAR DE GERU – SE ESTRUTURA EM USO

Serviço: Fotos Realizadas: 09/09/2020


LAUDO TÉCNICO E PROCEDIMENTOS DE
RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL

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Figura 13: Vista parcial da estrutura de concreto armado do reservatório elevado em
estudo.

Fonte: Tirada pelo próprio autor.

Figura 14: Vista parcial de outro ângulo da estrutura do reservatório elevado.

Fonte: Tirada pelo próprio autor.

27
Figura 15: Vista da célula de armazenamento de água do reservatório, neste laudo
denominada de cuba.

Fonte: Tirada pelo próprio autor.

Figura 16: Vista parcial da laje (cúpula) do fundo do reservatório. Nesta foto observa-se
alguns pontos de infiltrações na laje do fundo com a presença de pontos de expansão
das armaduras na viga de contorno do fundo.

Fonte: Tirada pelo próprio autor.

28
Figura 17: Observa-se na imagem abaixo trecho da viga circular de travamento
intermediário em concreto armado com parte de suas armaduras expostas. As maduras
apresentam elevado grau de corrosão, fato este que causou expansão e desfragmentação
do concreto no ponto indicado. Nesse caso, deve-se avaliar no local a perda de seção da
armadura para aplicar o procedimento correto. Observe que a estrutura apresenta um
acabamento rustico, onde temos a impressão que a estrutura já passou por uma
intervenção.

Fonte: Tirada pelo próprio autor.

29
Figura 18: Vista das armaduras longitudinais e transversais do pilar e da viga
parcialmente comprometidas. Nesse caso será necessária a substituição das armaduras
nos trechos que apresentarem perda de seção transversal maior que 10% da seção
original. Essa observação deve ser feita no local para aplicar o procedimento correto.

Fonte: Tirada pelo próprio autor.

Figura 19: Armadura longitudinal e transversal do pilar e da viga nível 01 com elevado
grau de corrosão na ligação (viga x pilar). Aplicar os procedimentos de recuperação.

Fonte: Tirada pelo próprio autor.

30
Figura 20: Armadura longitudinal do pilar oxidada e expandida. Fato este que levou a
desfragmentação do concreto de cobrimento a sua volta. Observe um tubo do sistema
hidráulico totalmente comprometido pelo elevado grau de corrosão.

Fonte: Tirada pelo próprio autor.

Figura 21: Armaduras longitudinais e transversais do pilar e da viga estão oxidadas e


expostas ao tempo. Aplicar os procedimentos de recuperação.

Fonte: Tirada pelo próprio autor.

31
Figura 22: Expansão das armaduras e a desfragmentação do concreto decorrente da
concentração de armaduras (transpasse) e do recobrimento mínimo utilizado na
execução da estrutura. No ponto inferior uma fissura causada pela corrosão e expansão
e corrosão da armadura longitudinal.

Fonte: Tirada pelo próprio autor.

Figura 23: Fissura longitudinal no pilar causada pelo processo de oxidação e expansão
das armaduras (longitudinais e transversais).

Fonte: Tirada pelo próprio autor.

32
Figura 24: Processo avançado de oxidação das armaduras no trecho do pilar próximo a
base que motivada pela umidade do solo levou ao desplacamento do concreto. Observa-
se na imagem que durante o processo executivo não foi obedecido um padrão de
cobrimento das armaduras nas formas.

Fonte: Tirada pelo próprio autor.

Figura 25: Vista parcial do fundo do reservatório. Observa-se alguns pontos permeáveis
na estrutura que propiciou o processo de lixiviação do concreto. Podemos notar
também as armaduras expostas nos pilares.

Fonte: Tirada pelo próprio autor.

33
Figura 26: Observa-se o processo de lixiviação no pilar do reservatório.

Fonte: Tirada pelo próprio autor.

Figura 27: Pilar do reservatório com expansão de armaduras (longitudinais e


transversais) decorrente da oxidação das armaduras. Nota-se que ao passar do tempo a
própria armadura rompe o concreto devido a sua expansão. Observa-se também alguns
pontos de concentração com carbonato de cálcio oriundos dos vazamentos da cuba, ou
motivados pela ação das águas das chuvas.

Fonte: Tirada pelo próprio autor.

34
Figura 28: Vista parcial da estrutura no nível térreo. Observamos alguns elementos
estruturais em concreto armado com elevado grau de corrosão, além de armaduras
longitudinais e transversais expostas ao tempo.

Fonte: Tirada pelo próprio autor.

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11. REFERÊNCIAS

 NORMA ABNT NBR 6118/2014;


 NORMA NBR 6122/2010;
 NORMA NBR 6120;
 NORMA NBR 9607/2012;
 CONSTRUÇÕES EM CONCRETO;
 TÉCNICA DE ARMAR ESTRUTURAS DE CONCRETO.

Finalizo este parecer técnico com 38 páginas.

Atenciosamente,

Jose Roberto Oliveira Santos


Engenheiro Civil Estruturalista – CREA 3299/D – SE.

Aracaju, 19 de outubro de 2020.

36
ANEXO 01
(PROJETO DE ESCORAMENTO)

37
ANEXO 02
(ART – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA)

38

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