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FERNANDES
Avaliações e Perícias de Engenharia

EXMA. SR.ª DR.ª JUÍZA DE DIREITO DA 2 8 ª VARA CÍVEL DO FORO


CENTRAL DE SÃO PAULO-SP

Ref.: Processo nº 0195433-16.2012.8.26.0100

FÁBIO COSTA FERNANDES, Engenheiro Civil,


devidamente registrado no CREA sob nº 060134.5895, Perito Judicial, louvado e
compromissado nos autos da AÇÃO DE NUNCIAÇÃO DE OBRA COM PEDIDO DE
MEDIDA LIMINAR requerida por CONDOMÍNIO EDIFÍCIO “SPAZIO UNO”
em face de HENRY MONTEIRO DE PAULA NOVAES, tendo procedido às
diligências necessárias ao cumprimento de s u a missão, vêm apresentar à V.Exa. o
resultado de seu trabalho, fundamentado no presente

LAUDO TÉCNICO

São Paulo, 31 de janeiro de 2.019.

__________________________________________
FÁBIO COSTA FERNANDES
Engenheiro Civil – CREA 060134.5895

Membro do IBAPE – N° 7

Rua José Senno, 160 – casa 71 – Cep. 11630-000 – Ilhabela – São Paulo – Fone: (12) 3896.6527; Cel. (11) 9 8556 8579
E-mail – fcfernan@uol.com.br
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ÍNDICE

1. PRELIMINARES .................................................................................................. 4

2. VISTORIA .............................................................................................................. 8

3. OBJETIVO DA PERÍCIA ..................................................................................... 8

4. LOCALIZAÇÃO .................................................................................................... 9

5. DO IMÓVEL VISTORIADO (do autor) ............................................................ 10

6. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO ..........................................................................11

7. ANÁLISE DOS PROJETOS E DIVERGÊNCIAS COM O EXECUTADO .... 21

8. Do RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA REFORMA ........................................ 30

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS: ............................................................................. 33

10. CONCLUSÕES ................................................................................................ 33

11. QUESITOS FORMULADOS PELO AUTOR ( FLS. 847/853) .................... 34

12. QUESITOS FORMULADOS PELO REQUERIDO (FLS. 838/841) ............ 43

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LISTA DE FOTOS

Fotos 1 e 2: Vista superior do apartamento 173, pavimento superior. Detalhes para a


cobertura instalada sobre os pergolados, indicadas pelas setas. .............................. 12
.................................................................................................................................... 12
Fotos 3 e 4: Área coberta do pavimento superior. ..................................................... 13
Fotos 5 e 6 Vista do inferior da cobertura executada sobre os pergolados. ............. 14
Foto 7: Vista da área coberta no pavimento superior................................................ 15
.................................................................................................................................... 15
Foto 8: Área da piscina, onde foi instalada banheira de hidromassagem. ............... 15
Foto 9: Área descoberta do pavimento superior. ....................................................... 16
Foto 10: Detalhe da área de banho executada ao lado banheira............................... 16
.................................................................................................................................... 16
Fotos 11 e 12: Banheira instala e seu sistema de funcionamento com filtro, aquecedor
e bomba. ..................................................................................................................... 17
Fotos 13, 14 e 15: Pavimento inferior do apto. 173, local onde foi removida a parede
divisória entre a sala e o dormitório........................................................................... 18
Foto 16: Na parede removida corria a prumada da antena coletiva, que teve de ser
adaptada para não cortar o sinal dos apartamentos inferiores. ................................ 19
Fotos 17 e 18: Vista da cozinha, onde também foram removidas paredes. Uma à
frente, próxima à sala, e a segunda aos fundos, conforme será melhor detalhado ao
longo deste trabalho. .................................................................................................. 20

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1. PRELIMINARES

Trata-se o presente Laudo Oficial da AÇÃO DE NUNCIAÇÃO DE


OBRA NOVA COM PEDIDO DE MEDIDA LIMINAR requerida por
CONDOMÍNIO EDIFÍCIO “SPAZIO UNO” em face de NASCIEL PEREIRA DA
CUNHA E HENRY MONTEIRO DE PAULA NOVAES, autos do p r o c e s s o ora
em epígrafe.

Conforme vem na peça preambular, de fls. 01/18, o Autor informa que


ajuizou ação demolitória contra o primeiro requerido, processo nº 582.00.2008.235432-7,
a qual teve decisão com procedência do pedido de demolição das construções irregulares,
executadas pelo primeiro Requerido, que deveria retornar o imóvel às condições do projeto
original. Alega o Autor que, entretanto, o primeiro Requerido não cumpriu a sentença,
interpondo recurso. Neste intervalo de tempo, o segundo Requerido, novo possuidor do
imóvel, teria avisado a administradora do condomínio que realizaria obras no seu
apartamento, sem, contudo, atender ao regulamento interno do condomínio, que exige a
comunicação por escrito de quais reformas pretende realizar ao Síndico, e aos órgãos
públicos quando se tratar de modificações na estrutura da unidade ou qualquer canalização
de água, esgoto ou instalações elétricas. E, também, da apresentação dos demais
documentos exigíveis pela legislação vigente.
Segue informando o Autor que no dia 21/09/2012, ainda sem apresentar
documentação pertinente à reforma pretendida, ingressou com materiais para a realização
de obras em seu apartamento, principalmente “toras de madeira”. Esse episódio motivou
o Condomínio-Autor a ingressar com a presente ação, pois não se sabia qual a real obra
que o segundo Requerido, Sr. Henry, iria executar em seu imóvel; se o cumprimento da
sentença anterior ou obra diversa. Assim, pede pela nunciação da obra do Segundo
Requerido, até que seja apresentada toda a documentação exigível, como projeto aprovado
pela municipalidade, assinado por profissional competente, acompanhado da respectiva
ART.
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O Requerido Sr. Henry apresentou Contestação às Fls. 65/73, onde informa


que adquiriu o imóvel objeto da lide em 20/07/2012, do primeiro Requerido Nasciel. Na
ocasião, estava ciente da ação demolitória anterior, movida pelo condomínio-Autor.
Porém, teria sido avisado pelo proprietário anterior que a sentença já havia sido cumprida,
e que o recurso em andamento visava apenas evitar as custas processuais, das quais não
concordava.
Alega o Requerido ter certificado-se de que o antigo proprietário realmente
dera cumprimento à decisão judicial, pois vistoriou o imóvel e verificou que as construções
supostamente irregulares haviam sido demolidas e a planta do imóvel coincidia com a
planta original. Desta forma, alega o Requerido que o imóvel estaria regularizado, e
portanto necessitava realizar reformas para torná-lo habitável.
Entretanto, o Condomínio-Autor impediu as obras do Requerido, por
exemplo, impedindo a entrega de materiais. Neste cenário, o Sr. Henry, ora Requerido,
moveu ação face ao condomínio, na qual obteve liminar para a realização de obras em seu
imóvel, conforme sentença às Fl. 133.
Por fim, pede a total improcedência da ação, visto que a sentença da ação
demolitória anterior já teria sido cumprida, regularizando o imóvel, e que o Requerido tem
o direito de reformar seu imóvel.

À fl. 139 há homologação da desistência parcial da ação em face do Sr. Nasciel


Pereire de Souza (proprietário anterior), tornado o Sr. Henry Monteiro de Paula Novaes
único Requerido na presente demanda.

Às fls. 141/154 e 157/163 há manifestação do Autor que indica ter ocorrido


remoção de parede no imóvel do Requerido, bem como alterações em instalações elétricas.

As fls. 155/156 e 191/192 contém notificações da prefeitura, informando


que o imóvel do Requerido encontra-se Irregular, datadas de 23/04/2013 e 22/07/2013,
respectivamente.
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Às fls. 220 e 229 o Requerido apresentou projeto da reforma realizada por


ele, junto à respectiva ART assinada pelo responsável técnico.

Às fls. 320/323 há sentença emitida pela MM Juíza de Direito, onde profere


que, na qualidade de adquirente do imóvel em litígio, o réu Henry deve comprovar o
cumprimento da ordem de demolição e retorno às características da planta original.
Qualquer obra nova, que não o cumprimento daquela sentença, é precipitada. Que em sua
contestação, o réu não esclareceu a natureza das reformas iniciadas em seu imóvel.
Na sequência, a MM Juíza de Direito constata que o Réu só tomou as
providências necessárias para a regularização da obra durante o curso da ação, e que o
condomínio tem o direito de exigir do condômino documentos técnicos da reforma que
pretende realizar, bem como a comprovação da regularidade da reforma perante o órgão
público. Por fim, julga procedente o pedido do Condomínio-Autor de apresentação da
documentação pertinente, previamente à realização das obras, incluindo os documentos
exigidos pela Prefeitura Municipal para aprovação, especialmente projeto e ART quando o
procedimento resultar em modificações da estrutura da unidade autônoma.

Às fls. 376/378 há manifestação do Autor informando que o Requerido


descumpriu decisões judiciais, pois não retornou o imóvel às características da planta
original e, ainda, que o projeto juntado aos autos, e protocolado na prefeitura, não
corresponde à situação real executada.

Às fls. 488/490 há projeto com aprovação da prefeitura e alvará para


execução da reforma.

Às fls. 596/673 há Laudo Técnico produzido pelo nobre colega Engº Mario
de Souza Junior, referente ao processo 0235432-15.2008.8.26.0100, da ação demolitória
movida contra o proprietário anterior do imóvel.
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Às fls. 674/678 e 748/771 constam os Pareceres técnicos elaborados pelos


Assistentes Técnicos das partes, referentes ao Laudo das fls. 696/673.

Às fls. 773/808 contém documentos técnicos complementares, incluindo


Parecer técnico de constatação, elaborados pelo Assistente Técnico do Autor.

Saneado o feito e cadente a prova pericial, foi o signatário nomeado


jurisperito às fl. 809, “para determinação sobre o cumprimento da sentença”, assumindo o
compromisso de, bem e fielmente, sem dolo nem malícia, apresentar seu parecer sobre a
lide ora focalizada, o que o faz por meio do presente LAUDO TÉCNICO.

Ambas as partes nomearam Assistente Técnico e apresentaram quesitos.

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2. VISTORIA

Após o estudo acurado da matéria, procedeu o signatário à vistoria do


imóvel objeto da lide, quando então buscou observar seu dimensionamento, características
aparentes e demais detalhes de interesse à mais completa e perfeita elucidação da matéria.

Ressalta o técnico que o exame pericial se aterá aos documentos existentes nos
autos bem como àqueles colhidos por ocasião da vistoria empreendida.

Para bem caracterizar a situação fática local, o jurisperito empreendeu a


diligência oficial em 07/11/2018, onde estiveram presentes, além do signatário, os Assistentes
Técnicos do Autor e do Requerido.

Os convites para comparecimento na vistoria foram realizados atendendo o art.


431-A do CPC. Os anexos ao laudo são:

3. OBJETIVO DA PERÍCIA

O Objetivo da Perícia é, em suma: Analisar as declarações das partes e


documentos anexados ao processo, bem como vistoriar o imóvel do Requerido. Verificar
o cumprimento da sentença judicial, identificando possíveis incompatibilidades entre o
projeto aprovado e o estado atual do imóvel.

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4. LOCALIZAÇÃO

O imóvel objetivado situa-se na Rua Abílio Soares, nº 942, Paraíso, São


Paulo-SP. O apartamento do Requerido é o de nº 173.

Tudo conforme reprodução do mapa da cidade a seguir apresentado:

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5. DO IMÓVEL VISTORIADO (do autor)


O imóvel objetivado na presente perícia técnica vem constituído por
apartamento assobradada. O terreno possui topografia plana.
No que concerne às construções, neste caso do Requerido, segundo o
conhecido e consagrado estudo “VALORES DE EDIFICAÇÕES DE IMÓVEIS
URBANOS – IBAPE/2017”, a mesma pode ser classificada como “APARTAMENTO
PADRÃO SUPERIOR”, com idade estimada de 25 anos. No momento da vistoria, o
imóvel apresentava-se ao final de reforma, visando melhorar o seu estado de conservação e
acabamento. Além disso houve modificações nos layouts dos espaços interiores, inclusive
com alterações nas locações de paredes.
Mais detalhes das construções objetivadas poderão ser melhor apreciados
pelas fotos dos “Relatório Fotográfico” a seguir.

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6. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO

Apresenta-se o relatório fotográfico da vistoria, contatando a atual situação do imóvel.

Legenda:
Sentido de leitura das fotos

01 02
01

OU

03

02

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Fotos 1 e 2: Vista superior do apartamento 173, pavimento superior. Detalhes para a


cobertura instalada sobre os pergolados, indicadas pelas setas.

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Fotos 3 e 4: Área coberta do pavimento superior.

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Fotos 5 e 6 Vista do inferior da cobertura executada sobre os pergolados.

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Foto 7: Vista da área coberta no pavimento superior.

Foto 8: Área da piscina, onde foi instalada banheira de hidromassagem.

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Foto 9: Área descoberta do pavimento superior.

Foto 10: Detalhe da área de banho executada ao lado banheira.

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Fotos 11 e 12: Banheira instala e seu sistema de funcionamento com filtro, aquecedor
e bomba.

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Fotos 13, 14 e 15: Pavimento inferior do apto. 173, local onde foi removida a parede
divisória entre a sala e o dormitório.

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Foto 16: Na parede removida corria a prumada da antena coletiva, que teve de ser
adaptada para não cortar o sinal dos apartamentos inferiores.

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Fotos 17 e 18: Vista da cozinha, onde também foram removidas paredes. Uma à
frente, próxima à sala, e a segunda aos fundos, conforme será melhor detalhado ao
longo deste trabalho.

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7. ANÁLISE DOS PROJETOS E DIVERGÊNCIAS COM O


EXECUTADO
Este Capítulo se divide em duas análise. A primeira sobre as divergências entre o projeto
original do apartamento e o estado real do imóvel. A segunda quanto ao projeto aprovado
na Prefeitura municipal.
A. DO PROJETO ORIGINAL

Abaixo representação do projeto original do apartamento.

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• Pavimento inferior do apto 173 (apontado pela seta vermelha)

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• Pavimento superior do apto 173 (apontado peça seta vermelha)

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• Planta detalhada do pavimento superior do apto 173

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• Das divergências entre o projeto original e o pavimento inferior do apto 173

No pavimento inferior, foram removidas as paredes indicadas pelas setas vermelhas.


Além disso, na parede assinalada com ‘X’ passava a prumada da antena coletiva de TV, que
teve de ser desviada para seguir para os apartamentos inferiores. Estas alterações podem ser
visualizadas nas fotos 13 a 18 do relatório fotográfico.

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• Das divergências entre o projeto original e o pavimento superior do apto 173

No pavimento superior do apto 173 as divergências em relação ao projeto aprovado são:


- Cobertura sobre a área dos pergolados (fotos 1 a 7);
- Troca da piscina por banheira de hidromassagem (fotos 11 e 12);
- Criação de área para ducha (foto 10);
- Diminuição da área do deck da piscina e mudança do local da escada (foto 8);
- Remoção das jardineiras (área permeável) (fotos 8 e 9);
Abaixo planta com indicação das alterações:

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B. DO PROJETO APROVADO PARA REFORMA

Também existem divergências entre o projeto aprovado para a reforma (fl. 488) e a
situação real do imóvel. Abaixo representação do projeto aprovado da reforma.

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• Das divergências entre o projeto da reforma e o pavimento inferior do apto


173

No o pavimento inferior do imóvel, para as paredes que foram removidas, o projeto


indicava alguma alteração nas paredes apontadas pelas setas amarelas, porém é confuso
em relação a legenda, não indicando sua demolição. Já as paredes indicadas pelas setas
vermelhas, não era indicada nenhuma alteração, entretanto foram removidas. (Fotos 13
a 18).

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• Das divergências entre o projeto da reforma e o pavimento superior do apto


173

No pavimento superior do apto 173 as divergências em relação ao projeto aprovado de


reforma e o real executado são:
- Prevista demolição da cobertura sobre a área dos pergolados – Não demolida
(fotos 1 a 7);
- Não prevista troca da piscina por banheira de hidromassagem – Executada troca
da piscina (fotos 11 e 12);
- Não prevista criação de área para ducha – Executada área para ducha (foto 10);
- Não prevista diminuição da área do deck da piscina e mudança do local da escada
- Alterada área do deck e posição da escada de acesso (foto 8);
- Não prevista remoção das jardineiras - Removidas (área permeável) (fotos 8 e 9);
Abaixo planta com apontamento dos pontos divergentes entre o projeto aprovado e
a situação real do imóvel.

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8. DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA REFORMA


O projeto juntado à fl. 488, aprovado na Prefeitura como parte do Alvará de Reforma,
possui como autor e responsável técnico o Engº Carlos Marino de Santis Escudeiro.
Entretanto, este profissional possui formação em engenharia de produção mecânica,
conforme consulta ao site do CONFEA
(http://www.confea.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=1609, acessado em
27/01/2019):

A Resolução nº 288/83 do Confea atribui ao engenheiro de produção, oriundo da área


mecânica, as mesmas atribuições do engenheiro mecânico, que conforme Resolução nº
218/73 são:

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As atividades 01 a 18, as quais se refere o artigo anterior são:

Ou seja, o engenheiro de produção mecânica não possui em suas atribuições o projeto


e execução de reformas de âmbitos da engenharia civil e arquitetura. Isto é confirmado na
seção de “perguntas frequentes” no website do CREA-SP, conforme a seguir:

(http://www.creasp.org.br/perguntas-frequentes/mecanica, Acessado em 27/01/2019)


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Assim, de acordo com o Art. 15 da Lei Nº 5.194, DE 24 DEZ 1966, e considerando


a incompatibilidade entre a formação do profissional responsável pela reforma e a formação
necessária para o feito, pode-se concluir que é nula de pleno direito sua responsabilidade
técnica sobre os serviços:

Além disso, não consta nos Autos ART emitida pelo responsável técnico.

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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Em vistoria empreendida à obra objeto da lide, e ao imóvel dos


Requerentes, pôde o jurisperito coletar os elementos necessários para o deslinde técnico
do feito de forma direta, pois a situação do imóvel se perpetuou até a data da vistoria
e a parte autora não realizou nenhum tipo de reparo ou reforma no imóvel que
pudesse comprometer a vistoria técnica, razão pela qual seja possível identificar o
nexo causal dos danos narrados. Aplicando com base a boa técnica da engenharia.

10. CONCLUSÕES

Apresenta o signatário a seguir a conclusão alcançada no presente Laudo


Oficial, consubstanciadas em todo o exposto:
• Foram constatadas divergências entre a situação atual do imóvel e o seu projeto
original.
• Foram constatadas divergências entre a situação atual do imóvel e o seu projeto
aprovado para a reforma.
• Foi constatada incompatibilidade entre a formação do responsável técnico pela
reforma e a formação necessária para o feito, além da ausência da respectiva ART.

As respostas aos quesitos completam o Laudo Técnico:

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11. QUESITOS FORMULADOS PELO AUTOR ( FLS. 847/853 dos


Autos)
1.1. As obras foram realizadas sob projeto e responsabilidade de profissional
legalmente habilitado para o feito? Em caso positivo juntar a pertinente
documentação comprobatória de acordo com a Legislação em vigência
principalmente em conformidade com a Norma NBR 16.280? Completar com o
que se fizer tecnicamente necessário.
Resposta do Perito: Não, vide capítulo 8.

1.2. Queira do Digno Perito, de acordo com as pertinentes legislações que regem as
Profissões de Engenharia e Arquitetura, apresentar as definições do que seja:
- Responsabilidade Técnica por Projeto
- Responsabilidade Técnica por Execução
Resposta do Perito: Não cabe explanação aprofundada, que foge ao âmbito da
perícia. Em suma, responsabilidade técnica por projeto é a responsabilidade do
autor de determinado projeto pela sua concepção, por exemplo, quando ocorrem
danos causados por erro no dimensionamento de peças estruturais (dimensão e
posicionamento da armadura, especificação do concreto, etc). Enquanto a
responsabilidade técnica por execução aplica-se ao construtor/executor, quando a
origem dos danos ocorre por erro executivo, ou seja, seguindo a linha do exemplo
anterior, caso o construtor aplique, em peça estrutural que venha à ruína, armadura
com dimensão ou posicionamento diferentes do previsto em projeto, e
insuficientes.

1.3. De acordo com as pertinentes legislações que regem as profissões de Engenharia


e Arquitetura, para o caso de reformas em apartamentos que englobam várias
tipologias de serviços da construção civil, queira o Digno Perito esclarecer se
Engenheiro Mecânicos por formação são aptos a responder tecnicamente por
projetos e por execução de serviços de Arquitetura, Elétrica, TV a cabo/Telefonia,
Hidráulica (água e esgoto), Estrutura, dentre outros, inerentes a reformas ligadas
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diretamente à Construção Civil? Em caso negativo a que sansões, perante o


conselho de classe o profissional incorrera ao assumir a responsabilidade da
execução de tais trabalhos? Completar com o que se fizer necessário.
Resposta do Perito: Não. Vide capítulo 8. Acerca das sansões, a LEI Nº 5.194,
DE 24 DEZ 1966, traz em seu Art. 6º:

Destaca-se a alínea b) o profissional que se incumbir de atividade estranhas às


atribuições descriminadas em seu registro;
Conforme os Artigos 71 e 73 da mesma lei, o profissional infrator da alínea supracitada (b)
está sujeito ao pagamento de multa:

1.4. Com relação ao pavimento inferior do apartamento Duplex (17º andar). Foram
suprimidas paredes (alvenarias), ou abertos vãos em desconformidade com o que
consta do projeto original? Em caso positivo apresentar peça gráfica que
comprove o feito.
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Resposta do Perito: Sim, foram suprimidas paredes. Vide capítulo 7 do Laudo


Técnico.

1.5. Queira o Digno Perito informar se nas paredes (alvenarias) ou vãos abertos,
passavam tubulações de energia ou de telefonia/TV a cabo/Telefonia? Em caso
positivo, pode a perícia descrever qual a derivação (encaminhamento) que foi
executada? Por conseguinte tal(is) intervenção(ões) geraram problemas aos demais
condôminos? Completar com o que se fizer necessário.
Resposta do Perito: Sim, na parede divisória entre sala e dormitório passava
prumada da antena coletiva de TV, conforme documento encartado às fl. 144 e
Foto 16 do relatório fotográfico. Foi executado desvio para dar continuidade na
prumada, reestabelecendo o sinal para os apartamentos inferiores. Os problemas
gerados aos demais condôminos resumem-se à perda de sinal temporária, até que
fosse restituído o cabeamento

1.6. O autor da reforma/adaptação com demolição (supressão) de paredes (17º pav.) e


acréscimo de carga (18º pav.), produziu alguma peça técnica de
engenharia/arquitetura que retratasse a íntegra do que se pretendia realizar? Em
caso positivo solicitamos juntar ao trabalho pericial.
Resposta do Perito: O Jurisperito não recebeu tal documentação, apenas os
projetos já juntados aos autos, às fls. 220 e 488, que, conforme exposto ao longo
do trabalho, não retratam a situação real do imóvel.

1.7. Na(s) peça(s) técnica(s) de reforma/adaptação apresentada(s) à perícia constam os


novos encaminhamentos das tubulações bem como as novas indicações dos
pontos de energia/telefonia/TV a cabo, e, por fim, a(s) indicação(ões) do(s)
ponto(s) de comando(s) de iluminação (interruptores), em posição(ões)
divergentes do projeto original? Se não constam qual o motivo de tal
procedimento? O que faltou? Completar com o que se fizer necessário.

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Resposta do Perito: Não constam, entretanto projetos entregues para aprovação


na municipalidade não costumam conter tais informações.

1.8. O que foi apresentado à análise da Prefeitura como projeto de reforma/adaptação,


para os 2 pavimentos, corresponde integralmente ao que foi constatado na data da
vistoria? Em caso negativo queira a perícia elencar quais as divergências, entre o
projetado e o realizado.
Resposta do Perito: Não, existem várias divergências entre o projeto de reforma
aprovado (fls. 488) e a realidade executada. Vide capítulo 7 do Laudo Técnico.

1.9. As alterações propostas através do Projeto nº 2014-0.022.867-2, que tramitou


perante a P.M.S.P., tais como abertura de vãos e demolições de alvenarias originais,
condizem com a realidade fática encontrada no dia da Diligência Pericial,
principalmente no tange à dimensão dos vãos? Em caso negativo, favor detalhar
quais são as divergências bem como informar o motivo de suas origens.
Resposta do Perito: Não, vide capítulo 7 do Laudo Técnico.

1.10. Favor declinar a qualificação do profissional que assinou a planta perante a


P.M.S.P., e, se este era habilitado para o feito? Caso não seja habilitado a Anotação
de Responsabilidade Técnica que acompanha o processo, é válida ou nula de pleno
direito?
Resposta do Perito: O Profissional que assinou a planta junto à PMSP possui
formação em engenharia de produção mecânica, ou seja, não habilitado para o feito.
Vide resposta do Quesito 1. Dessa forma,

1.11. Apresentar croqui de superposição indicando as divergências existentes entre o


real e o projeto modificativo protocolizado na Prefeitura.
Resposta do Perito: Vide capítulo 7.

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1.12. A fiação de alimentação elétrica que vai da área de lazer (18º pavimento
descoberto) até o quadro de distribuição de energia do apartamento e deste até o
centro de medição do edifício onde está instalado o relógio da concessionária estão
dimensionados para suportar a carga de consumo dos novos pontos elétricos
criados e principalmente do equipamento que substituiu a piscina original?
Resposta do Perito: Prejudicado, não faz parte do escopo da perícia, que tem
como objetivo verificar o cumprimento sentença judicial, conforme decisão às fl.
809.

1.13. Existe algum Laudo de Especialista em Elétrica que relata ou alega algo em
contrário? Em caso positivo o que consta do citado Laudo? Completar como que
se fizer necessário.
Resposta do Perito: Existe Parecer técnico sobre estudo de acréscimo de cargas
no edifício, visando a instalação de ar condicionados (Fls.157/163). Neste parecer,
há menção ao dispositivo de proteção (disjuntor) do apto. 173 (requerido), instalado
na sala de medição, o qual tendo sido alterado, apresentando especificação
incompatível com o seu respectivo cabeamento.

1.14. A piscina de acordo com a configuração original possuía algum equipamento


elétrico acoplado à mesma, diferentemente do que ocorre com o equipamento
instalado no apto. 173? Em caso positivo a que categoria profissional de
engenharia caberia a responsabilidade pelo projeto, execução e emissão de ART
da parte elétrica? Seria a um Engenheiro Mecânico?
Resposta do Perito: No projeto original não estão representados os sistemas da
piscina original. Além disso, pela descaracterização, também não é possível dizer
quais equipamentos estavam associados à piscina original. Usualmente, piscinas
em coberturas de edifícios possuem bomba elétrica associada ao sistema de
filtragem. Alterações nas instalações elétricas do apartamento (projeto e execução)
seriam de responsabilidade de engenheiro civil, engenheiro eletricista ou arquiteto.

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1.15. O Projeto Original contemplava a existência alvenaria para chuveiro junto à


piscina? Em caso negativo pode-se concluir que a atual área de chuveiro está em
desconformidade com os projetos, com isto descaracterizando-os?
Resposta do Perito: Não, o projeto original não previa esta alvenaria junto ao
chuveiro (vide capítulo 7). Neste sentido, existe divergência com o projeto original.
Entretanto, esta alteração é pouco significativa, não alterando a área construída do
imóvel, e não representando um aumento de carga significativo.

1.16. Foi entregue ao condomínio o Projeto “As Built” (Como construído), onde
obrigatoriamente devem constar a realidade de todas as alterações promovidas na
unidade autônoma nº 173, principalmente quanto às demolições, acréscimos de
cargas, e modificações nas redes de infraestrutura elétrica, TV a cabo, Rede
Hidrossanitária (17º e 18º pavimentos)?
Resposta do Perito: Não há informação sobre entrega de projeto “As Built”.

1.17. Em caso negativo pode-se concluir, sem qualquer sombra de dúvida, que todas as
alterações foram promovidas unilateralmente pelos proprietários do imóvel, sem
projetos específicos (Elétrica, TV a cabo/telefonia, Rede Hidrossanitária e,
Estrutura), e ainda, à revelia, e sem conhecimento e autorização do Condomínio,
caracterizando simples autoconstrução?
Resposta do Perito: Não houve apresentação de documentação prévia ao
condomínio, sem detalhamento dos que se pretendia executar, em todos os
âmbitos: elétrica, hidráulica, alvenarias, etc.

1.18. Qual seria o motivo da não apresentação do Projeto “As Built”? Completar com
o que se fizer necessário?
Resposta do Perito: Impertinente. O Jurisperito não pode afirmar com certeza
qual o motivo da não entrega do projeto “As Built”.

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1.19. É notório que todos os serviços e obras inerentes às alterações promovidas, no


apto. 173 foram levadas a termo unilateralmente sem conhecimento do
condomínio, que descaracterizam o projeto original aprovado, e conforme as
normas em vigência necessitam de projetos específicos (Elétrico, Tv a
cabo/Telefonia Rede Hidrossanitária, Estrutura) e também de acompanhamento
técnico de profissional(is) legalmente habilitado(s)? Tais procedimentos
ocorreram? Quem foi(ram) o(s) profissional(is) legalmente habilitados
responsável(is) pelas obras modificativas?
Resposta do Perito: Sim, houve descaracterização do apartamento 173, em
relação ao projeto original, por meio de reforma cujo responsável técnico não era
legalmente habilitado. Vide capítulos 7 e 8 do Laudo Técnico.

1.20. Foram emitidas Anotações de Responsabilidade Técnica – ART ou Registro de


Responsabilidade Técnica -RRT? Em caso positivo queira informar qual(is) tipo(s)
de responsabilidade(s) técnica(s) foram lançados no(s) documento(s)? Em caso
negativo relatar o que não foi cumprido perante a legislação? Completar com o
que fizer necessário.
Resposta do Perito: Não consta nos Autos ART referente ao projeto aprovado
(fl. 488) e à execução da reforma. O Art. 1 da Lei nº 6.496, de 7 de dezembro de 1977
determina, em seu Art. 1º:

Art 1º - Todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou prestação de


quaisquer serviços profissionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e à
Agronomia fica sujeito à "Anotação de Responsabilidade Técnica" (ART).

1.21. Com relação às alterações promovidas na unidade autônoma, quais sejam:


Substituição de Piscina em Fibra por Banheira Jacuzzi; Construção de Alvenaria
sobre Laje para criação de área de chuveiro junto à Banheira; Demolições de
Paredes e Abertura de Vãos em Alvenarias da Sala/Dormitório/Cozinha,

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Alterações nas Instalações Elétricas, TV a cabo/Telefonia, e Rede Hidro Sanitária,


dentre outras, queira o Digno perito Esclarecer:
1) Existe ART – Anotação de Responsabilidade Técnica relativa aos serviços
de ordem estrutural (sobrecarga e demolições)? Em caso negativo informar
o motivo da ausência do documento.
Resposta do Perito: Não consta nos Autos ART referente ao projeto
aprovado (fl. 488) e execução da reforma, o que inclui os serviços de
demolição e “sobrecarga”.

2) Existe ART – Anotação de Responsabilidade Técnica relativa às alterações


de ordem Elétrica, TV a cabo/Telefonia e Rede Hidro sanitária? Em caso
negativo informar o motivo da ausência do documento.
Resposta do Perito: Não consta nos Autos ART referente ao projeto
aprovado (fl. 488) e execução da reforma, o que inclui os serviços de ordem
elétrica, TV a cabo/Telefonia e Rede hidrossanitária.

3) Existe autorização prévia do condomínio para a realização das intervenções?


Em caso negativo informar o motivo da ausência do documento.
Resposta do Perito: Não, visto que não foi apresentada nenhuma
documentação prévia da reforma.

4) De acordo com o manual do proprietário fornecido pela ENCOL é


permitido sobrecarregar as lajes com equipamentos ou paredes não
previstos no cálculo estrutural original?
Resposta do Perito: Não consta nos Autos, e nem foi fornecido ao
signatário, o Manual do proprietário.

5) Pode o Digno Perito atestar se a instalação da banheira Jacuzzi e Construção


de Parede para criação de área de chuveiro junto à mesma, não causaram
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sobrecargas adicionais na laje que possam trazer comprometimentos


estruturais? Completar com o que se fizer necessário.
Resposta do Perito: Não é função do Jurisperito atestar a segurança da
edificação. Apenas em caráter informativo, considerando que a banheira
instalada apresenta menor sobrecarga na laje, não há comprometimento
estrutural.

6) Pode o Digno Perito atestar se as Demolições e Abertura de Vãos


executados nas Paredes da Sala/Dormitório/Cozinha (nível 17º
pavimento), não comprometem as condições estruturais do Edifício?
Completar com o que se fizer necessário.
Resposta do Perito: Não é função do Jurisperito atestar a segurança da
edificação. Apenas em caráter informativo, a remoção de paredes compostas
apenas por alvenaria de vedação (sem o embutimento de pilares, vigas ou outros
elementos estruturais) não causa comprometimento estrutural.

1.22. Os profissionais que subscreveram, em várias etapas do processo protocolizado


junto à Prefeitura, para validação da reforma com acréscimo de carga e supressão
de alvenarias e alterações em instalações hidrossanitárias, elétricas e TV a cabo pré-
existentes são legalmente habilitados para o feito, que abrange responsabilidades
técnicas tanto pelo projeto e quanto pela execução das obras?
Resposta do Perito: Não, vide resposta ao quesito 1.1

1.23. De acordo com a Lei 5194/66, queira o M.D. Perito Judicial consignar quais as
atribuições legais e área de atuação de um Engenheiro Mecânico?
Resposta do Perito: Vide resposta ao quesito 1.1.

1.24. Por derradeiro o “profissional que subscreveu a responsabilidade técnica pela


execução das reformas totais levadas a termo na unidade nº 173”, com edificação
de alvenaria, alterações de redes hidro sanitárias, elétricas, telefonia e TV a cabo,
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substituição de piscina por banheira Jacuzzi, e demolição de alvenarias e abertura


de vãos, “era legalmente habilitado por competência para tal mister?” Completar
com o que se fizer necessário.
Resposta do Perito: Vide resposta ao quesito 1.1.

12. QUESITOS FORMULADOS PELO REQUERIDO (FLS. 838/841)


1. O imóvel, apartamento 173 do Edifício Spazio Uno, possui projeto de execução
aprovado pela Prefeitura Municipal de São Paulo?
Resposta do Perito: Sim, há projeto de reforma aprovado, associado ao Alvará de
aprovação e execução de reforma nº 2015/18187-00, juntado às fls. 488/490 dos
autos.

2. Qual a data de aprovação deste projeto?


Resposta do Perito: O Alvará de aprovação é datado de 31/07/2015 (fls. 488/490).

3. Qual a data de protocolo da entrada deste projeto junto à Prefeitura Municipal de


São Paulo?
Resposta do Perito: Não consta no projeto (fl. 488) a sua data de entrada na
Prefeitura Municipal. Entretanto, em consulta ao website da Prefeitura
(http://simprocservicos.prefeitura.sp.gov.br/Forms/consultarProcessos.aspx#!,
acessado em 29/01/2019), obtém-se que a primeira movimentação do processo,
provável protocolização do projeto, ocorreu em 05/02/2014.

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4. O pavimento “tipo” encontra-se “de acordo” com o projeto aprovado?


Resposta do Perito: Não, há diversas divergências entre o projeto aprovado e a
situação real do imóvel, em ambos os pavimentos. Vide Capítulo 7.

5. Conforme projeto aprovado, a área a demolir (cobertura) “foi efetivamente


demolida?
Resposta do Perito: Não, há cobertura executada sobre a área dos pergolados. Vide
fotos 1 a 7 do Relatório Fotográfico.

6. De acordo com o novo Código de Obra e Edificações (COE), reformas internas,


construção de piscinas e muros precisam ser licenciadas?
Resposta do Perito: Não.

7. O mandado constata: “o pergolado foi retirado”. O correto não seria: a cobertura


sobre o pergolado foi retirada?
Resposta do Perito: Na atual situação, constatada na diligência oficial, ambos os
dispositivos se mantém: o pergolado, original da edificação, e a cobertura executada
sobre ele, pelo Requerido.

8. O mandado constata: “junto à piscina foi colocada uma pequena parede, com um
chuveiro, que segundo informações não constava na planta inicial. “Uma pequena
parede”, ou melhor, uma parede baixa, constitui “irregularidade” de construção
perante à Prefeitura.: É computável, alterando área construída?
Resposta do Perito: Não. Não. Porém existem outras irregularidades, como a
cobertura executada sobre o pergolado.

9. O mandado constata: “”como também registros e acessórios para fins de


hidromassagem com água quente, que também não constavam da planta original”.
Em um projeto de aprovação junto à municipalidade, mais conhecida como “planta
de prefeitura” é comum constar registros e acessórios de qualquer espécie? Queira o
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Sr Perito informar se alguma vez visualizou tais peças locadas em alguma “planta de
prefeitura”.
Resposta do Perito: Não são comuns estas informações em projetos para
apresentação na Prefeitura.

10. O autor afirma que “conforme comprovado, além de desobedecer normas de


segurança da ABNT, desobedecer a convenção de condomínio e legislação de
regência, a instalação de uma banheira de hidromassagem na área externa, terraço
descoberto, não prevista na planta original, mesmo porque o prédio não suporta esse
tipo de equipamento, tem água paga por todos por rateio, sem individualização das
unidade. Item 4.2: “águas essas que tem que ser trocadas frequentemente, mais de
uma vez por semana, e há recomendação de se fazer limpeza com água aquecida, que
exige acréscimo de carga de força que demandam o motor e a bomba desse
equipamento, para que o prédio não foi projetado ao contrário da mini piscina que
existia originalmente e foi arrancada pelo réu, mas que continua existindo “no plano
abstrato” e que “por lapso” consta na planta apresentada por terceiro.

11. Quais “normas de segurança da ABNT” estão sendo desobedecidas, conforme o


autor. Se no local havia uma piscina que foi substituída por outra com
hidromassagem? A sobrecarga aumentou? Foi realizado algum laudo para tal
afirmação?
Resposta do Perito: O Autor não esclarece a quais normas se refere.

12. A “mini piscina” original citada pelo autor tinha as 2,00 m. de diâmetro interno e
0,65m. de altura útil de água. A banheira instalada é da Hidrolax
(www.hidrolax.com.br) modelo “ilha de mel”, onde, conforme manual em anexo,
possui 1,8 m de diâmetro, 180kg de peso, 900 l de água para 4 pessoas e a necessidade
de 400kg/m² de sobrecarga. Houve um aumento ou diminuição de carga total? E em
relação à sobrecarga da laje?
Resposta do Perito: Diminuição, em ambas.
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13. Por que segundo o autor “o prédio não suporta este tipo de equipamento”?
Resposta do Perito: O Autor não justificou tal afirmação.

14. Segundo o autor, “desobedecer a convenção de condomínio”. Novamente, tal


afirmação é baseada em qual artigo da convenção?
Resposta do Perito: O Autor não justificou tal afirmação.

15. O artigo que estabelece critério para modificações é o Sétimo: “Qualquer proprietário
de unidade poderá fazer à sua custa modificações nas coisas de propriedade exclusiva,
desde que tais obras não influam na estrutura ou solidez do prédio, não atinjam as
coisas comuns, não alterem as partes externas de propriedade comum, nem
prejudiquem os interesses dos demais condôminos, cujos direitos sempre devem ser
respeitados se tais reformas forem suscetíveis de influir nas coisas comuns, somente
poderão ser realizadas com consentimento da Assembleia Geral, respeitadas em
qualquer caso, as posturas municipais.” Como as alterações atualmente existentes
modificaram apenas as áreas de propriedade exclusiva, estas modificações não são de
prerrogativa exclusiva do proprietário, sem a interveniência do condomínio?
Resposta do Perito: Prejudicado, está é uma questão de interpretação jurídica, da
qual o Jurisperito se abstém. As questões de direito cabem à MM. Juíza de Direito.

16. Tecnicamente, onde confirmar que: “águas essas que tem que ser trocadas
frequentemente, mais de uma vez por semana, e há recomendação de se fazer limpeza
com água aquecida”? O manual de instruções em anexo, de utilização do
equipamento fornece em seu item 13 informações um tanto quanto diferentes em
relação ao tratamento e limpeza: “A qualidade da água é extremamente importante
para o bom uso do SPA (sempre que possível troque-a após o uso). Para fazer o
tratamento da água use produtos que promovam a desinfecção da mesma,
controlando a quantidade de bactérias, algas, etc. Existem no mercado bactericidas
apropriados para o tratamento do seu SPA, use-os consultando as instruções do
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fabricante. LIMPEZA DA ÁGUA. CUIDADO: O uso de cloro pode causar danos


a superfície do SPA. A neutralização da acidez é importante para garantir um banho
livre de irritações nos olhos e na pele. É conseguida através do uso de produtos
apropriados, devendo o PH da água ser mantido entre 7,2 e 7,6 (levemente alcalino).
Resposta do Perito: Tecnicamente é viável manter a água usada na banheira por
períodos mais longos, por meio de produtos de desinfecção da água. Porém, isto não
é comum. Tradicionalmente banheiras são usadas para banhos, sendo descartada a
água após uso. Isto, inclusive, é a recomendação do fabricante.

17. O que impediria a troca diária da água da piscina original?


Resposta do Perito: Nada “impediria” a troca diária da água da piscina. Porém, não
é costume a troca frequente de águas de piscinas pois, com tratamento adequando,
mantém-se sua qualidade por longos períodos. Diferentemente é a o uso de banheiras,
onde normalmente a água é utilizada apenas uma vez, inclusive com recomendação
do fabricante “sempre que possível troque-a após o uso”.

18. A informação a seguir: “que exige acréscimo de carga de força que demanda o motor
e a bomba desse equipamento para que o prédio não foi projetado”, procede? A
potência do motor é de 1,5 CV. Só para efeito de comparação, o consumo é maior
ou menor que, por exemplo, ao de um micro-ondas? O aquecedor é de 8 KW,
novamente, qual a relação deste consumo com o de um chuveiro elétrico ou de um
aquecedor de passagem residencial (KDT ou Cardal)? As instalações elétricas estão
de acordo a ABNT?
Resposta do Perito: Prejudicado, não faz parte do escopo da perícia, que tem como
objetivo verificar o cumprimento da sentença judicial, conforme decisão às fl. 809.

19. Queira o Sr. Perito informar se as outras unidades de cobertura também retiraram
totalmente as cobertura sobre o pergolado. E se ainda existem piscinas originais.
Resposta do Perito: A unidade 172 também possui cobertura sobre a área dos
pergolados. A unidade 174 ainda possui a piscina original. Fotos a seguir.
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20. Para finalizar, e no intuito de sanar de vez as pendências com o condomínio:

21. Face a todos os quesitos acima, e, sobretudo tomando-se como base, a convecção de
condomínio: “Qualquer proprietário de unidade poderá fazer à sua custa
modificações nas coisas de propriedade exclusiva, desde que tais obras não
influam na estrutura ou solidez do prédio, não atinjam as coisas comuns, não
alterem as partes externas de propriedade comum, nem prejudiquem os
interesses dos demais condôminos...”, a unidade encontra-se irregular?
Resposta do Perito: No entendimento do signatário, em face à cobertura executada
sobre o pergolado, alterando a área construída do imóvel, e demais divergência entre
projeto aprovado e executado, sim, a unidade encontra-se irregular.

22. Caso o senhor perito conclua que persista ainda alguma irregularidade, solicita-se, a
descrição da irregularidade e, também, as medidas (intervenções) necessárias para
extingui-las.
Resposta do Perito: Em se tratando o estado atual do imóvel, a única real
irregularidade é a cobertura executada sobre o pergolado, que altera a sua área
construída. A medida cabível é a sua remoção. As demais divergências entre o projeto
aprovado e o executado são passíveis de regularização.
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23. A R. Sentença não foi cumprida com a entrega da planta aprovada?


Resposta do Perito: Esta análise cabe à MM. Juíza de Direito. Porém, no
entendimento do signatário, as divergências entre o projeto aprovado apresentado
pelo Requerido e o que foi realmente executado na reforma, assim como a falta da
ART do responsável técnico e sua formação incompatível com o feito, invalidam a
planta aprovada, descaracterizando o cumprimento da sentença.

ENCERRAMENTO

Dada por encerrada a missão, apresento o presente Laudo Técnico Oficial em 49 (quarenta
e nove) páginas, todas numeradas e rubricadas no anverso, à exceção da primeira e desta
última que vão assinadas e datadas.

São Paulo, 31 de janeiro de 2.019.

FÁBIO COSTA FERNANDES


Engenheiro Civil – CREA 060134.5895
Membro do IBAPE – N° 79

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