Você está na página 1de 197

Aula 03

Direito do Consumidor p/ Carreira


Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor
Maciel

Autores:
Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03

22 de Fevereiro de 2021

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03

Sumário
Considerações Iniciais .......................................................................................................................... 5

1 – O Microssistema de Tutela Coletiva do Processo Civil Brasileiro: Análise do CDC. ....................... 6

1.1 – Disposições Gerais ................................................................................................................... 6

1.2 – Introdução ao Processo Coletivo ............................................................................................. 6

2 – Princípios do Processo Civil Coletivo ............................................................................................ 10

2.1 – Princípio do Devido Processo Legal Coletivo ......................................................................... 10


1798054
2.2 – Princípio da Primazia do Conhecimento do Mérito do Processo Coletivo ............................ 11

2.3 – Princípio da Indisponibilidade da Demanda Coletiva............................................................ 13

2.4 – Princípio da Reparação Integral do Dano ............................................................................. 14

2.5 – Princípio da Não Taxatividade .............................................................................................. 15

2.6 – Princípio da Predominância de Aspectos Inquisitoriais......................................................... 16

3 – Classificação dos Direitos Coletivos ............................................................................................. 17

3.1 - Direitos ou Interesses Difusos ................................................................................................ 18

3.2 - Direitos ou Interesses Coletivos ............................................................................................. 18

3.3 - Direitos ou Interesses Individuais Homogêneos .................................................................... 20

4 – Dos Legitimados Ativos para a Defesa dos Direitos dos Consumidores ...................................... 22

4.1 – Defensoria Pública ................................................................................................................. 23

4.2 – Associação ............................................................................................................................. 25

5 – Da tutela específica nas obrigações de fazer ou não fazer .......................................................... 27

5.1 – Considerações Iniciais............................................................................................................ 27

5.2 – Tutela Liminar ....................................................................................................................... 28

5.2 – Custas e Emolumentos .......................................................................................................... 29

Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

5.3 – Denunciação à lide ................................................................................................................ 30

6 – Das Ações Coletivas para a defesa dos interesses individuais homogêneos ............................... 32

6.1 – Considerações Iniciais............................................................................................................ 32

6.2 – Liquidação e Execução das Sentenças................................................................................... 34

6.3 – Legitimidade para Execução e Procedimento ....................................................................... 36

6.4 – Competência da Execução..................................................................................................... 41

6.5 – Concurso de Créditos ............................................................................................................. 42

6.6 – Fundo de Defesa dos Direitos Difusos ................................................................................... 42

7 – Das Ações de responsabilidade do Fornecedor de Produtos e Serviços ..................................... 47

8 – Ônus da prova em ações coletivas ............................................................................................... 48

9 – Da coisa julgada............................................................................................................................ 49

10 – Sistema Nacional de Defesa do Consumidor. ............................................................................ 53

10.1 – Da Competência dos Órgãos Integrantes Do SNDC ............................................................ 56

10.2 – Da Fiscalização .................................................................................................................... 64

10.3 – Das Práticas Infrativas ........................................................................................................ 65

10.4 – Das Penalidades Administrativas ........................................................................................ 66

10.5 – Da Destinação da Multa e da Administração dos Recursos ............................................... 69

10.6 – Do Processo Administrativo ................................................................................................ 71

10.7 – Do Elenco de Cláusulas Abusivas......................................................................................... 72

10.8 – Do Cadastro de Fornecedores ............................................................................................. 72

10.9 – Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor - SINDEC .............................. 73

10.10 – Disposições Gerais ............................................................................................................. 74

11 – Convenção Coletiva de Consumo: uma atribuição às associações ............................................ 75

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Como este tema já foi cobrado em prova? .................................................................................................... 76

12 – Bibliografia ................................................................................................................................. 80

13 – Resumo....................................................................................................................................... 81

14 – Questões objetivas ..................................................................................................................... 86

14.1 – Questões .............................................................................................................................. 86

14.1.1 - Procuradorias Estaduais e Municipais ............................................................................................... 86

14.1.2 - Magistratura Estadual ....................................................................................................................... 90

14.1.3 - Magistratura Federal e do Trabalho ................................................................................................ 102

14.1.4 - Defensoria Pública ........................................................................................................................... 102

14.1.5 - Ministério Público............................................................................................................................ 114

14.2 – Gabaritos ........................................................................................................................... 121

14.2.1 - Procuradorias Estaduais e Municipais ............................................................................................. 121

14.2.2 - Magistratura Estadual ..................................................................................................................... 121

14.2.3 - Magistratura Federal e do Trabalho ................................................................................................ 121

14.2.4 - Defensoria Pública ........................................................................................................................... 122

14.2.5 - Ministério Público............................................................................................................................ 122

14.3 – Comentários ...................................................................................................................... 123

14.3.1 - Procuradorias Estaduais e Municipais ............................................................................................. 123

14.3.2 - Magistratura Estadual ..................................................................................................................... 131

14.3.3 - Magistratura Federal e do Trabalho ................................................................................................ 156

14.3.4 - Defensoria Pública ........................................................................................................................... 158

14.3.5 - Ministério Público............................................................................................................................ 184

15 – Considerações Finais ................................................................................................................ 196

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Olá meus amigos, tudo bem?

Tudo certo com o curso? Vamos seguir com mais uma aula.

Deixarei abaixo meus contatos para quaisquer dúvidas ou sugestões.

Estou à disposição dos senhores. Espero que aproveitem nosso curso.

Grande abraço,

Igor Maciel

duvidas@profigormaciel.com.br

Convido-os a seguir minhas redes sociais. Basta clicar no ícone desejado:

@ProfIgorMaciel

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

1 – O MICROSSISTEMA DE TUTELA COLETIVA DO


PROCESSO CIVIL BRASILEIRO: ANÁLISE DO CDC.

1.1 – DISPOSIÇÕES GERAIS


A defesa do consumidor em juízo pode ser feita de forma individual ou de forma coletiva,
sendo certo que o tratamento diferenciado dado à parte mais fraca na relação jurídica se expande
também para o campo processual, sendo certo que, nos termos do artigo 83 do CDC:

Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses protegidos por este código são
admissíveis todas as espécies de ações capazes de propiciar sua adequada e efetiva
tutela.

Fato é que a defesa individual do consumidor em juízo não mereceu do legislador o mesmo
cuidado que este despendeu para a defesa coletiva e, ainda que existam dispositivos comuns a essas
duas formas de defesa, a maior parte das normas do CDC dizem respeito à atuação coletiva em favor
do consumidor (TARTUCE, 2016, pg. 569).

Assim, daremos atenção neste curso à defesa coletiva do consumidor em juízo, consoante
os próximos tópicos.

1.2 – INTRODUÇÃO AO PROCESSO COLETIVO


O processo coletivo nada mais é que uma demanda litigiosa onde uma das partes (sujeito
ativo ou passivo) é um ente de natureza coletiva. Um sindicato, uma associação, o Ministério Público
e a Defensoria Pública são exemplos de litigantes que demandam em juízo interesses coletivos,
inerentes a um determinado grupo de pessoas.

Segundo Fredie Didier (2016, pg. 30):

o núcleo do conceito de processo coletivo está em seu objeto litigioso e na tutela do


grupo: coletivo é o processo que tem por objeto litigioso uma situação jurídica coletiva
ativa ou passiva de titularidade de um grupo de pessoas.

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Já a ação coletiva é exatamente a demanda que dá origem a um determinado processo


coletivo. São exemplos ou espécies de ações coletivas a ação civil pública, a ação popular, o
mandado de segurança coletivo, dentre outros que serão vistos ao longo do nosso curso.

Trata-se de instrumento criado pelo ordenamento jurídico para dar efetividade aos direitos
materiais tanto de natureza individual quanto aos de natureza coletiva. É que (DIDIER, 2016, pg. 34):

Os processos coletivos (...) servem às demandas judiciais que envolvam, para além dos
interesses meramente individuais, aqueles referentes à preservação da harmonia e à
realização dos objetivos constitucionais da sociedade e da comunidade.

Assim, interesses como a defesa de consumidores, do meio ambiente, do patrimônio


artístico, histórico e cultural, saúde, são exemplos de matérias passíveis de defesa pela via da ação
coletiva.

Mas professor, porque se diz que a Lei 7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública) e a
Constituição Federal foram importantes para a defesa de direitos coletivos?

A Lei 7.437/85 surgida antes da Constituição Federal de 88 trouxe em seu artigo 1º a


possibilidade de se proteger por intermédio de Ação Civil Pública a responsabilidade por danos
morais e patrimoniais causados ao meio ambiente, ao consumidor, aos bens de valor artístico,
estético ou histórico, e a qualquer outro interesse difuso ou coletivo.

Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de
responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados:
l - ao meio-ambiente;
ll - ao consumidor;
III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo.
V - por infração da ordem econômica;
VI - à ordem urbanística.

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos.


VIII – ao patrimônio público e social.

Além disso, em seu artigo 5º, referida lei previu a legitimidade ativa para propositura da
demanda ao Ministério Público e para associações constituídas há pelo menos um ano e que
incluíssem a defesa de direitos difusos e coletivos em suas finalidades institucionais, dentre outros.

Ampliando o rol de legitimados para defender os interesses difusos e coletivos, referida Lei
naturalmente passou a lhes dar mais efetividade. Da mesma forma, a Constituição Federal, em
diversos dispositivos previu a legitimidade de agir na defesa de interesses difusos e coletivos a
diversos entes, como sindicatos, associações, ao Ministério Público, dentre outros (artigos 5º e 129,
parágrafo 1º).

Para Lúcia Valle Figueiredo (2006):

O alargamento da tutela dos direitos difusos tem que, necessariamente, estar atrelado
ao alargamento da legitimidade para agir.
Na medida que a Lei da Ação Civil Pública amplia a legitimidade para agir, estendendo-
a a terceiros (art. 129, §1º da Constituição da República), e dá tal legitimidade, já de
início, ao Ministério Público, vemos que não subsiste mais a necessidade do difícil
enfrentamento da questão da possibilidade de tutela de certos direitos fundamentais
arrolados na carta constitucional, tais sejam, direito do consumidor, do meio-ambiente,
do patrimônio histórico, da moralidade administrativa, etc.

Como o processo coletivo é regulado no Brasil?

Diz-se que o processo coletivo brasileiro é regulado por um microssistema de tutela coletiva,
composto por disposições previstas no Código de Defesa do Consumidor, na Lei da Ação Civil
Pública, na Lei da Ação Popular, na Constituição Federal e no próprio CPC, além de outros
dispositivos esparsos.

O Título III (artigos 81 a 104) do CDC (Lei 8.078/1990) regula a defesa do consumidor em
juízo prevendo diversas disposições acerca da atuação coletiva na defesa de interesses difusos,
coletivos e individuais homogêneos, inclusive esclarecendo a definição de cada um deles.

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Além disso, referidos dispositivos regulam a legitimidade ativa, o procedimento judicial e os


efeitos da coisa julgada em demandas coletivas por eles reguladas, chegando, inclusive, a
expressamente alterar alguns dispositivos da Lei da Ação Civil Pública.

Ademais, o artigo 90, do CDC estabelece para as ações previstas no referido dispositivo, a
aplicação subsidiária da Lei da Ação Civil Pública e do CPC. Exatamente por isto a doutrina defende
que (DIDIER, 2016, pg. 52):

Com isso, criou-se a novidade de um microssistema processual para as ações coletivas.


No que for compatível, seja a ação popular, a ação civil pública, a ação de improbidade
administrativa e mesmo o mandado de segurança coletivo, aplica-se o Título III, do CDC.

Neste sentido também é trilhada a jurisprudência pátria:

AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO ESPECIAL.


PROCESSUAL CIVIL. SIMILITUDE FÁTICO-JURÍDICA E DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL.
CARACTERIZAÇÃO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA, AÇÃO POPULAR E CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. MICROSSISTEMA LEGAL. PROTEÇÃO COLETIVA DO CONSUMIDOR.
PRAZO PRESCRICIONAL. LEI 7.347/85. CDC. OMISSÃO. APLICAÇÃO ANALÓGICA DA LEI
4.717/65. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. AGRAVO DESPROVIDO.
1. Acham-se caracterizadas a similitude fático-jurídica e a divergência jurisprudencial
entre os arestos confrontados, pois ambos, buscando colmatar a lacuna existente na Lei
7.347/85, no que concerne ao prazo prescricional aplicável às ações civis públicas que
visam à proteção coletiva de consumidores, alcançaram resultados distintos.
2. O aresto embargado considera que, diante da lacuna existente, tanto na Lei da Ação
Civil Pública quanto no Código de Defesa do Consumidor, deve-se aplicar o prazo
prescricional de dez anos disposto no art. 205 do Código Civil.
3. O aresto paradigma (REsp 1.070.896/SC, Relator Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO)
reputa que, em face do lapso existente na Lei da Ação Civil Pública, deve-se aplicar o
prazo quinquenal previsto no art. 21 da Lei da Ação Popular (Lei 4.717/65), tendo em
vista formarem um microssistema legal, juntamente com o Código de Defesa do
Consumidor.
4. Deve prevalecer o entendimento esposado no aresto paradigma, pois esta Corte tem
decidido que a Ação Civil Pública, a Ação Popular e o Código de Defesa do Consumidor
compõem um microssistema de tutela dos direitos difusos, motivo pelo qual a supressão
das lacunas legais deve ser buscada, inicialmente, dentro do próprio microssistema.
5. A ausência de previsão do prazo prescricional para a propositura da Ação Civil Pública,
tanto no CDC quanto na Lei 7.347/85, torna imperiosa a aplicação do prazo quinquenal

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

previsto no art. 21 da Lei da Ação Popular (Lei 4.717/65). 6. Agravo regimental


desprovido.
(AgRg nos EREsp 995.995/DF, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em
11/03/2015, DJe 09/04/2015)

2 – PRINCÍPIOS DO PROCESSO CIVIL COLETIVO


Com o advento do Novo Código de Processo Civil, Fredie Didier defende que a única leitura
atualmente possível para esse microssistema que regula o processo coletivo brasileiro deve ser
aquela que articula, em um diálogo de fontes, com a Constituição Federal e o CPC/2015 (2016, pg.
53).

Exatamente por isto, o Autor propõe que os princípios que regem o Processo Civil Coletivo
no Brasil devem ser analisados à luz dos princípios que compõem o Novo Código de Processo Civil,
opinião com a qual concordamos e adotamos nesta aula.

Assim, os princípios que regem o processo coletivo brasileiro, para Fredie Didier, são os
seguintes.

2.1 – PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL COLETIVO


Para além da cláusula geral que regula todos os processos (individuais ou coletivos), para a
devida observância do devido processo legal coletivo, é necessário que se observe a adequada
legitimação ativa ou passiva que, nos dizeres de DIDIER (2016, pg. 98):

Nessa perspectiva, busca-se que esteja a classe/grupo/categoria bem representada nas


demandas coletivas, quer dizer, representada por um legitimado ativo ou passivo que
efetivamente exerça a situação jurídica coletiva em sua plenitude e guie o processo com
os recursos financeiros adequados, boa técnica e probidade.

Além disso, é necessário que todos os membros do grupo substituídos ou representados


judicialmente tenham direito a uma informação e publicidade adequadas, como forma de viabilizar
que o litigante individual possa exercer seu direito de ser abrangido ou não pela decisão coletiva,
tal qual previsto no artigo 94 do CDC:

10

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial, a fim de que os
interessados possam intervir no processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla
divulgação pelos meios de comunicação social por parte dos órgãos de defesa do
consumidor.

Por fim, o artigo 93 do CDC estabelece que a competência para processar e julgar a demanda
coletiva será do foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de âmbito local ou do
foro da Capital do Estado ou no DF, para os danos de âmbito nacional ou regional.

Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é competente para a causa a


justiça local:
I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de âmbito local;
II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os danos de âmbito
nacional ou regional, aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos casos de
competência concorrente.

Dada a permissão legal para a existência de foros com competência concorrente, eis que
poderá o Autor escolher onde deseja propor a demanda nas hipóteses do inciso II, a doutrina
defende a necessidade de observar o subprincípio da competência adequada, como corolário do
princípio do devido processo legal coletivo.

A ideia é que para se evitar abusos, como dificultar a defesa do réu, poderia o magistrado, a
seu arbítrio, recusar a prestação jurisdicional, quando outro foro competente se revele mais
adequado a atender aos interesses das partes ou às exigências da justiça em geral (DIDIER, 2016).

2.2 – PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DO CONHECIMENTO DO


MÉRITO DO PROCESSO COLETIVO
Trata-se de princípio que visa assegurar o julgamento do mérito da demanda, evitando-se
julgamentos eminentemente processuais, cuja previsão encontrava-se já no artigo 16 da Lei da Ação
Civil Pública (7.347/85):

11

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da competência
territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por
insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra
ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.

Assim, em caso de extinção do processo sem resolução do mérito ou acaso o pedido seja
julgado improcedente por insuficiência de provas, qualquer legitimado poderá intentar outra ação
com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova. O Novo CPC previu referido princípio em
seus artigos 4º e 282, dentre outros:

Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito,
incluída a atividade satisfativa.

Art. 282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará
as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados.
§ 1o O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte.
§ 2o Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da
nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.

Segundo Fredie Didier (2016, pg. 104), de acordo com o princípio da primazia do julgamento
do mérito:

deve o julgador priorizar a decisão de mérito, tê-la como objetivo e fazer o possível para
que ocorra. A demanda deve ser julgada – seja ela principal (veiculada pela petição
inicial), seja um recurso, seja uma demanda incidental.

Ademais, conforme decidiu o STJ:

PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.


AJUIZAMENTO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO. ILEGITIMIDADE ATIVA.
CONTINUIDADE DA AÇÃO. INTIMAÇÃO DO ÓRGÃO MINISTERIAL COMPETENTE.
CABIMENTO. (...)
12

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

3. Alegando ser teratológica tal decisão, foi ajuizado Mandado de Segurança, que dá
origem ao Recurso Especial ora em análise, em que o Tribunal de origem concedeu a
ordem para cassar o ato impetrado, pois considerou incabível a intimação do Ministério
Público Estadual para manifestar interesse em continuar no polo ativo da Ação Civil
Pública.
4. Com efeito, a decisão de origem destoa da jurisprudência do STJ, pois deve ser
preservada a continuidade das ações coletivas mediante intimação do legitimado ativo
sobre o interesse em prosseguir com a ação.
5. "A norma inserta no art. 13 do CPC deve ser interpretada em consonância com o
§ 3º do art. 5º da Lei 7.347/85, que determina a continuidade da ação coletiva.
Prevalece, na hipótese, os princípios da indisponibilidade da demanda coletiva e da
obrigatoriedade, em detrimento da necessidade de manifestação expressa do Parquet
para a assunção do pólo ativo da demanda. Em outras palavras, deve-se dar
continuidade às ações coletivas, a não ser que o Parquet demonstre
fundamentadamente a manifesta improcedência da ação ou que a lide é temerária"
(REsp 855.181/SC, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, DJe 18.9.2009). No
mesmo sentido: REsp 1.372.593/SP, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma,
DJe 17.5.2013.6. Agravo Regimental não provido. (AgRg no REsp 1499995/SC, Rel.
Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 07/04/2016, DJe
31/05/2016)

2.3 – PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DA DEMANDA


COLETIVA
Em demandas individuais, regra geral, os direitos são disponíveis, podendo as partes não
propor eventual demanda ou, acaso proposta, a qualquer momento e respeitados os limites legais,
desistir ou renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação.

Ocorre que em demandas coletivas, prevalece o entendimento de que não se pode desistir
da ação livremente, dado o interesse público que circunda tal tipo de ação. Segundo Didier (2016,
pg. 107):

Tal indisponibilidade não é, contudo, integral, visto que há uma obrigatoriedade


temperada com a conveniência e a oportunidade para o ajuizamento da ação coletiva.

13

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Isto porque o artigo 9º, da Lei da Ação Civil Pública estabelece a possibilidade de o Ministério
Público arquivar determinada denúncia, sem propor qualquer ação, acaso, esgotadas as diligências,
o órgão se convencer da inexistência de fundamento que justifique a propositura de ação.

Art. 9º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as diligências, se convencer da


inexistência de fundamento para a propositura da ação civil, promoverá o arquivamento
dos autos do inquérito civil ou das peças informativas, fazendo-o fundamentadamente.
§ 1º Os autos do inquérito civil ou das peças de informação arquivadas serão remetidos,
sob pena de se incorrer em falta grave, no prazo de 3 (três) dias, ao Conselho Superior
do Ministério Público.
§ 2º Até que, em sessão do Conselho Superior do Ministério Público, seja homologada
ou rejeitada a promoção de arquivamento, poderão as associações legitimadas
apresentar razões escritas ou documentos, que serão juntados aos autos do inquérito
ou anexados às peças de informação.
§ 3º A promoção de arquivamento será submetida a exame e deliberação do Conselho
Superior do Ministério Público, conforme dispuser o seu Regimento.
§ 4º Deixando o Conselho Superior de homologar a promoção de arquivamento,
designará, desde logo, outro órgão do Ministério Público para o ajuizamento da ação.

Além disso, de acordo com o artigo 5º, da referida lei, proposta a demanda por qualquer
legitimado ativo, em caso de eventual desistência infundada, deverá o Ministério Público ou outro
legitimado assumir a titularidade ativa:

Artigo 5º.
§ 3° Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação legitimada,
o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa.

2.4 – PRINCÍPIO DA REPARAÇÃO INTEGRAL DO DANO


Trata-se de princípio segundo o qual o dano coletivo deve ser reparado integralmente e
possui previsão na Lei da Ação Popular (Lei 4.717/65) em seu artigo 11:

14

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Art. 11. A sentença que, julgando procedente a ação popular, decretar a invalidade do
ato impugnado, condenará ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua
prática e os beneficiários dele, ressalvada a ação regressiva contra os funcionários
causadores de dano, quando incorrerem em culpa.

Assim, (DIDIER, 2016, pg. 111):

Fica evidente aqui a presença do princípio de reparação integral do dano: mesmo que
não tenha sido feito o pedido de condenação, este se retira da natureza da ação popular
e da ação de improbidade administrativa, admitindo-se uma espécie de pedido
implícito.

2.5 – PRINCÍPIO DA NÃO TAXATIVIDADE


Trata-se de princípio que possui dupla faceta.

Uma delas diz que o rol de direitos previstos em lei é meramente exemplificativo, tal qual
previsto no inciso IV, do artigo 1º, da Lei 7.347/85:

Art. 1º. Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de
responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados. (...)
IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo.

Além disso, qualquer medida judicial a ser proposta para garantia de tais direitos será
admitida pelo ordenamento jurídico, não sendo taxativos também os tipos de ação a serem
utilizados. Neste sentido, tem-se o artigo 83, do CDC:

Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses protegidos por este código são
admissíveis todas as espécies de ações capazes de propiciar sua adequada e efetiva
tutela.

15

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Possível, portanto, na defesa de interesses coletivos, inclusive dos direitos do consumidor, a


propositura de ação civil pública, ação popular, mandado de segurança coletivo, ação civil de
improbidade administrativa além de qualquer outra espécie de ação capaz de propiciar a adequada
e efetiva tutela dos interesses coletivos.

2.6 – PRINCÍPIO DA PREDOMINÂNCIA DE ASPECTOS


INQUISITORIAIS
Há a predominância no processo coletivo de um modelo mais inquisitorial no processo, com
uma conduta mais ativa ou participativa por parte do magistrado em prol do legitimado coletivo.
Tem-se como exemplo o disposto no artigo 7º, da Lei 7.347/85:

Art. 7º Se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais tiverem conhecimento de


fatos que possam ensejar a propositura da ação civil, remeterão peças ao Ministério
Público para as providências cabíveis.

Segundo Fredie Didier (2016, pg. 118), em razão do interesse público que o circunda:

O processo coletivo, como tendência, reforça a inquisitividade em razão a) do direito


material envolvido; b) da legitimação por substituição processual; c) do menor espaço
para a negociação processual e disponibilidade do direito material.

16

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

3 – CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS COLETIVOS


Tarefa árdua da doutrina era a distinção entre direitos coletivos, direitos individuais
homogêneos e direitos difusos. Isto porque todos são espécies dos direitos coletivos lato sensu.
Contudo, o artigo 81, do CDC veio sistematizar os conceitos emprestando definição legal
para os institutos:

Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser
exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os


transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas
e ligadas por circunstâncias de fato;

II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os


transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de
pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;

III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de


origem comum.

Expliquemos um a um.

Antes porém, cabe-nos transcrever as palavras de Fredie Didier ao citar Kazuo Watanabe,
mostrando-nos que (2016, pg. 69):

os termos interesses e direitos foram utilizados como sinônimos , certo é que, a partir
do momento em que passam a ser amparados pelo direito, os interesses assumem o
status de direitos, desaparecendo qualquer razão prática, e mesmo teórica, para a busca
de uma diferenciação ontológica entre eles.

Ressalte-se que direito coletivo é o gênero, cujas espécies são as seguintes:


17

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

3.1 - DIREITOS OU INTERESSES DIFUSOS


De acordo com o inciso I, do parágrafo único, do artigo 81, do CDC, interesses difusos são
aqueles transindividuais de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e
ligadas por circunstâncias de fato.

Atentem que a identificação dos direitos difusos faz-se exatamente pela


indeterminabilidade dos titulares do direito. Tais direitos são ainda indivisíveis e os seus titulares
são ligados por uma determinada circunstância de fato.

Trata-se de tema um tanto quanto abstrato, razão pela qual traremos alguns exemplos para
facilitar a compreensão. Para Ada Pelegrini (1984, pg. 30), o direito difuso:

“(...) compreende interesses que não encontram apoio em uma relação base bem
definida, reduzindo-se o vínculo entre as pessoas a fatores conjunturais ou
extremamente genéricos, a dados de fato freqüentemente acidentais ou mutáveis:
habitar a mesma região, consumir o mesmo produto, viver sob determinadas condições
sócio-econômicas, sujeitar-se a determinados empreendimentos, etc.”

Já Fredie Didier nos aponta que (2016, pg. 69):

Entre os componentes do grupo não existe um vínculo comum de natureza jurídica, v.g.,
a publicidade enganosa ou abusiva, veiculada através de imprensa falada, escrita ou
televisionada, a afetar um número incalculável de pessoas, sem que entre elas exista
uma relação jurídica base, a proteção do meio ambiente e a preservação da moralidade
administrativa.

3.2 - DIREITOS OU INTERESSES COLETIVOS


Os direitos coletivos, considerados em sentido estrito, tem sua definição prevista no inciso
II, do parágrafo único, do artigo 81, do CDC e são definidos como aqueles transindividuais, de
natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com
a parte contrária por uma relação jurídica base.

18

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Em que pese tratados de forma coletiva, os titulares do direito são determináveis ou


passíveis de identificação. Para Fredie Didier, este é exatamente o motivo de diferenciação entre os
direitos coletivos e os direitos difusos, além da coesão do grupo, categoria ou classe anterior à lesão
sofrida (2016, pg. 70).

Segundo o Autor:

A relação-base forma-se entre associados de uma determinada associação, os acionistas


de uma sociedade, ou ainda os advogados, enquanto membros de uma classe, quando
unidos entre si (...); ou pelo vínculo jurídico que os liga a parte contrária, e.g.,
contribuintes de um mesmo tributo, estudantes de uma mesma escola (...)

Já Pedro Lenza qualifica referidos direitos dando os seguintes exemplo (2003, pg. 100):

a) aumento ilegal das prestações de um consórcio: o aumento não será mais ou menos
ilegal para um ou outro consorciado. (...);
b) os direitos dos alunos de certa escola de terem a mesma qualidade de ensino em
determinado curso;
c) o interesse que aglutina os proprietários de veículos automotores ou os contribuintes
de certo imposto;
d) a ilegalidade do aumento abusivo das mensalidades escolares, relativamente aos
alunos já matriculados;
e) o aumento abusivo das mensalidades de planos de saúde, relativamente aos
contratantes que já firmaram contratos; (...)
g) o dano causado a acionistas de uma mesma sociedade ou a membros de uma
associação de classe (...);
h) contribuintes de um mesmo tributo; prestamistas de um sistema habitacional; (...)
i) moradores de um mesmo condomínio”.

19

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

3.3 - DIREITOS OU INTERESSES INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS


Já os interesses individuais homogêneos são aqueles decorrentes de uma origem comum,
conforme previsto no inciso III, do parágrafo único, do artigo 81, do CDC. Segundo Fredie Didier nos
direitos individuais homogêneos o grupo é formado após a lesão (2016, pg. 72):

O CDC conceitua laconicamente os direitos individuais homogêneos como aqueles


decorrentes de origem comum, ou seja, os direitos nascidos em consequência da
própria lesão, em que a relação jurídica entre as partes é post factum (fato lesivo). Não
é necessário, contudo, que dele decorra a homogeneidade entre os direitos dos diversos
titulares de pretensões individuais.

Para Pedro Lenza, são exemplos de direitos individuais homogêneos (2003, pg. 101):

a) os compradores de carros de um lote com o mesmo defeito de fabricação (a ligação


entre eles, pessoas determinadas, não decorre de uma relação jurídica, mas, em última
análise, do fato de terem adquirido o mesmo produto com defeito de série);
b) o caso de uma explosão do Shopping de Osasco, em que inúmeras vítimas sofreram
danos;
c) danos sofridos em razão do descumprimento de obrigação contratual relativamente
a muitas pessoas;
d) um alimento que venha gerar a intoxicação de muitos consumidores;
e) danos sofridos por inúmeros consumidores em razão de uma prática comercial
abusiva (...);
f) sendo determinados, os moradores de sítios que tiveram suas criações dizimadas por
conta da poluição de um curso d’água causada por uma indústria; (...)
k) prejuízos causados a um número elevado de pessoas em razão de fraude financeira;
l) pessoas determinadas contaminadas com o vírus da AIDS, em razão de transfusão de
sangue em determinado hospital público”.

20

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

FCC – Juiz do Trabalho/TRT 1a Região – 2016 - Considerando a Lei nº 8.078/90 (Código de


Defesa do Consumidor) e sua aplicação subsidiária ao Direito do Trabalho, por força do artigo
8º, da Consolidação das Leis do Trabalho:

I. São direitos difusos aqueles transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares
pessoas determinadas e ligadas por circunstâncias de fato.

II. São interesses individuais homogêneos aqueles decorrentes de origem comum.

III. São direitos coletivos aqueles de que são titulares grupos, categorias ou classes de pessoas
ligadas entre si ou com a parte contrária por relação jurídica base e que, embora sem
transcender a esfera individual, são indivisíveis.

IV. São direitos coletivos de natureza plena aqueles que, sendo indivisíveis, decorrem de
origem comum.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I.

b) II.

c) I e IV.

d) II e III.

e) III e IV.

Comentários

Gabarito oficial, Letra B. Apenas o item II estaria verdadeiro. Analisemos um a um.

O item I está falso uma vez que os titulares dos direitos difusos são indetermináveis, tal qual
previsto no inciso I, do parágrafo único, do artigo 81, do CDC. O quesito tentou confundir o
candidato ao afirmar que os titulares de direitos difusos são pessoas determinadas.

21

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

O item II está correto por ser exatamente a dicção do inciso III, do parágrafo único, do artigo
81, do CDC, sendo certo que os direitos individuais homogêneos são aqueles decorrentes de
origem comum.

Já o item III está falso, uma vez que os direitos coletivos em sentido estrito são de natureza
transindividual, ou seja, transcendem a esfera individual de seus titulares.

O item IV está errado, uma vez que direitos coletivos de natureza plena são os direitos difusos
e aqueles direitos que decorrem de origem comum são os direitos individuais homogêneos.

4 – DOS LEGITIMADOS ATIVOS PARA A DEFESA DOS


DIREITOS DOS CONSUMIDORES
De acordo com o artigo 82, do CDC, são legitimados concorrentemente para a defesa dos
interesses dos consumidores em juízo:

I - O Ministério Público;

II - A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;

III - As entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem
personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos
protegidos por este código;

IV - As associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre


seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código,
dispensada a autorização assemblear.

Todos são legitimados concorrentes, ou seja, qualquer um destes, a qualquer momento


pode entrar com a ação desejada, não dependendo de qualquer providência prévia de outro
legitimado.

Além disso, segundo pacificado pelo Superior Tribunal de Justiça, o Ministério Público possui
legitimidade ativa para atuar na defesa dos direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos
consumidores ainda que estes direitos sejam decorrentes da prestação de serviços públicos.

22

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Neste sentido:

Súmula 601 – STJ - O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de
direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que
decorrentes da prestação de serviço público.

Aqui, cabe-nos apontar alguns aspectos relevantes e passíveis de cobrança em prova. Antes,
porém, vamos transcrever o dispositivo citado:

Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente:
I - o Ministério Público,
II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;
III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem
personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos
protegidos por este código;
IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre
seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código,
dispensada a autorização assemblear.
§ 1° O requisito da pré-constituição pode ser dispensado pelo juiz, nas ações previstas
nos arts. 91 e seguintes, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela
dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido.

4.1 – DEFENSORIA PÚBLICA


A Defensoria Pública não consta no rol dos legitimados ativos para a defesa dos interesses
dos consumidores em juízo e, originalmente não constava também entre os legitimados para propor
a Ação Civil Pública.

Contudo, o próprio STJ entendia que – sendo um órgão da União ou dos Estados – poderia a
Defensoria propor ações em defesa dos consumidores com base no artigo 82, inciso II, do CDC.

Mas, como forma de dar ainda mais ênfase à importância da Defensoria Pública, em 2007, a
Lei 11.448 alterou a Lei 7.345/85 para incluir entre os legitimados para propositura da Ação Civil
Pública a Defensoria Pública.
23

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

O dispositivo legal teve a constitucionalidade questionada no Supremo Tribunal Federal que


reconheceu inexistir qualquer vício de inconstitucionalidade, afirmando não deter o Ministério
Público a exclusividade para ajuizamento de ação civil pública.

Assim, possível o manejo de Ação Civil Pública também pela Defensoria e em defesa dos
direitos do consumidor.

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEGITIMIDADE ATIVA DA


DEFENSORIA PÚBLICA PARA AJUIZAR AÇÃO CIVIL PÚBLICA (ART. 5º, INC. II, DA LEI N.
7.347/1985, ALTERADO PELO ART. 2º DA LEI N. 11.448/2007). TUTELA DE INTERESSES
TRANSINDIVIDUAIS (COLETIVOS STRITO SENSU E DIFUSOS) E INDIVIDUAIS
HOMOGÊNEOS. DEFENSORIA PÚBLICA: INSTITUIÇÃO ESSENCIAL À FUNÇÃO
JURISDICIONAL. ACESSO À JUSTIÇA. NECESSITADO: DEFINIÇÃO SEGUNDO PRINCÍPIOS
HERMENÊUTICOS GARANTIDORES DA FORÇA NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO E DA
MÁXIMA EFETIVIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS: ART. 5º, INCS. XXXV, LXXIV,
LXXVIII, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. INEXISTÊNCIA DE NORMA DE EXCLUSIVIDAD
DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA AJUIZAMENTO DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA. AUSÊNCIA DE
PREJUÍZO INSTITUCIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO PELO RECONHECIMENTO DA
LEGITIMIDADE DA DEFENSORIA PÚBLICA. AÇÃO JULGADA IMPROCEDENTE.
(ADI 3943, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 07/05/2015,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-154 DIVULG 05-08-2015 PUBLIC 06-08-2015)

Ocorre que, segundo aponta Didier (2016, pg. 203) a Defensoria Pública não possui
legitimidade para LIQUIDAR e EXECUTAR os direitos individuais decorrentes da sentença coletiva
em relação aos jurisdicionados NÃO necessitados. É dizer: a Defensoria apenas poderá atuar na fase
de liquidação e execução da sentença em favor dos necessitados, conforme já decidido pelo STJ:

RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. DEFENSORIA PÚBLICA. LEGITIMIDADE ATIVA.


AÇÃO CIVIL PÚBLICA. TUTELA DE INTERESSES INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. MUTUÁRIOS.
SISTEMA FINANCEIRO HABITACIONAL. PERTINÊNCIA SUBJETIVA. NECESSITADOS.
SENTIDO AMPLO. PERSPECTIVA ECONÔMICA E ORGANIZACIONAL.
1.Cinge-se a controvérsia a saber se a Defensoria Pública da União detém legitimidade
para propor ação civil pública em defesa de direitos individuais homogêneos, a exemplo
dos mutuários do SFH.
2. A Defensoria Pública é um órgão voltado não somente à orientação jurídica dos
necessitados, mas também à proteção do regime democrático e à promoção dos
direitos humanos e dos direitos individuais e coletivos.

24

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

3. A pertinência subjetiva da Defensoria Pública para intentar ação civil pública na defesa
de interesses transindividuais está atrelada à interpretação do que consiste a expressão
"necessitados" (art. 134 da CF) por "insuficiência de recursos" (art. 5º, LXXXIV, da CF).
4. Deve ser conferido ao termo "necessitados" uma interpretação ampla no campo da
ação civil pública para fins de atuação inicial da Defensoria Pública, de modo a incluir,
para além do necessitado econômico (em sentido estrito), o necessitado organizacional,
ou seja, o indivíduo ou grupo em situação especial de vulnerabilidade existencial.
5. O juízo prévio acerca da coletividade de pessoas necessitadas deve ser feito de forma
abstrata, em tese, bastando que possa haver, para a extensão subjetiva da legitimidade,
o favorecimento de grupo de indivíduos pertencentes à classe dos hipossuficientes,
mesmo que, de forma indireta e eventual, venha a alcançar outros economicamente
mais favorecidos.
6. A liquidação e a execução da sentença proferida nas ações civis públicas movidas pela
Defensoria Pública somente poderá ser feita aos que comprovarem insuficiência de
recursos, pois, nessa fase, a tutela de cada membro da coletividade ocorre de maneira
individualizada. 7. Recurso especial provido.
(REsp 1449416/SC, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA,
julgado em 15/03/2016, DJe 29/03/2016)

4.2 – ASSOCIAÇÃO
Para que a Associação possa manejar a ação coletiva em favor dos direitos dos
consumidores, faz-se necessário que tenha sido constituída há pelo menos um ano, nos termos da
lei civil e inclua entre suas finalidades institucionais a defesa dos direitos do consumidor, dispensada
a autorização da Assembleia.

Todavia, o requisito da pré-constituição pode ser dispensado pelo juiz quando haja
manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância
do bem jurídico a ser protegido.

Destaque-se que em recente decisão, ao analisar o tema 499 de repercussão geral, o STF
declarou a constitucionalidade do artigo 2º-A, da Lei 9.494/97 e proferiu julgamento segundo o qual
(INFORMATIVO 863, STF)

A eficácia subjetiva da coisa julgada formada a partir de ação coletiva, de rito ordinário,
ajuizada por associação civil na defesa de interesses dos associados, somente alcança os
filiados, residentes no âmbito da jurisdição do órgão julgador, que o fossem em

25

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

momento anterior ou até a data da propositura da demanda, constantes da relação


jurídica juntada à inicial do processo de conhecimento.

Assim, em demandas coletivas propostas por associações, apenas os associados filiados


antes da propositura da ação e que constem na relação juntada à inicial é que serão abrangidos pela
coisa julgada quando réu o Poder Público. Além disso, necessário que os filiados residam no âmbito
da jurisdição do órgão julgador.

Eis a disposição da Lei 9.494/97:

Lei 9.494/1997.
Art. 2º-A. A sentença civil prolatada em ação de caráter coletivo proposta por entidade
associativa, na defesa dos interesses e direitos dos seus associados, abrangerá apenas
os substituídos que tenham, na data da propositura da ação, domicílio no âmbito da
competência territorial do órgão prolator.
Parágrafo único. Nas ações coletivas propostas contra a União, os Estados, o Distrito
Federal, os Municípios e suas autarquias e fundações, a petição inicial deverá
obrigatoriamente estar instruída com a ata da assembleia da entidade associativa que a
autorizou, acompanhada da relação nominal dos seus associados e indicação dos
respectivos endereços.

E se proposta uma Ação Coletiva o Magistrado verificar a ilegitimidade ativa? Qual deve
ser o procedimento a ser adotado?

Fredie Didier (2016, pg. 197) defende que a consequência desta situação não pode ser
necessariamente a extinção do processo sem resolução do mérito e defende que deve ser
aproveitado o processo coletivo com a substituição (sucessão) da parte que se reputa inadequada
para a condução do processo.

Neste sentido:

26

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. EMBARGOS INFRINGENTES. LEGITIMIDADE DA


DEFENSORIA PÚBLICA PARA A PROPOSITURA DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LIMITADOR
CONSTITUCIONAL. DEFESA DOS NECESSITADOS. PLANO DE SAÚDE. REAJUSTE. GRUPO
DE CONSUMIDORES QUE NÃO É APTO A CONFERIR LEGITIMIDADE ÀQUELA
INSTITUIÇÃO.
(...)
6. No caso, a Defensoria Pública propôs ação civil pública requerendo a declaração de
abusividade dos aumentos de determinado plano de saúde em razão da idade.
7. Ocorre que, ao optar por contratar plano particular de saúde, parece intuitivo que
não se está diante de consumidor que possa ser considerado necessitado a ponto de ser
patrocinado, de forma coletiva, pela Defensoria Pública. Ao revés, trata-se de grupo que
ao demonstrar capacidade para arcar com assistência de saúde privada evidencia ter
condições de suportar as despesas inerentes aos serviços jurídicos de que necessita, sem
prejuízo de sua subsistência, não havendo falar em necessitado.
8. Diante do microssistema processual das ações coletivas, em interpretação sistemática
de seus dispositivos (art. 5°, § 3°, da Lei n. 7.347/1985 e art. 9° da Lei n. 4.717/1965),
deve ser dado aproveitamento ao processo coletivo, com a substituição (sucessão) da
parte tida por ilegítima para a condução da demanda. Precedentes.
9. Recurso especial provido.
(REsp 1192577/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em
15/05/2014, DJe 15/08/2014)

5 – DA TUTELA ESPECÍFICA NAS OBRIGAÇÕES DE FAZER


OU NÃO FAZER

5.1 – CONSIDERAÇÕES INICIAIS


De acordo com o artigo 84 do CDC:

Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não
fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que
assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.

27

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

A conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível se por elas optar o
autor ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente e se
fará sem prejuízo da multa correspondente (parágrafos 1º e 2º).

Ademais, para a tutela específica ou para a obtenção do resultado prático equivalente,


poderá o juiz determinar as medidas necessárias, tais como busca e apreensão, remoção de coisas
e pessoas, desfazimento de obra, impedimento de atividade nociva, além de requisição de força
policial (parágrafo 5º).

5.2 – TUTELA LIMINAR


De acordo com os parágrafos 3º e 4º do artigo 84, do CDC:

§ 3° Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de


ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após
justificação prévia, citado o réu.

§ 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na sentença, impor multa diária ao réu,


independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a
obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.

Ora, o Novo Código de Processo Civil trouxe novas expressões e institutos em relação à tutela
provisória, sendo certo que a tutela jurisdicional poderá ser definitiva ou provisória. Segundo Fredie
Didier (2016, pg. 577):

A tutela definitiva é aquela obtida com base em cognição exauriente, com profundo
debate acerca do objeto da decisão, garantindo-se o devido processo legal, o
contraditório e a ampla defesa. É predisposta a produzir resultados imutáveis,
cristalizados pela coisa julgada.

Assim, com base na nova nomenclatura trazida pelo CPC/2015, o juiz poderá conceder tutela
provisória liminarmente ou após justificação prévia, citado o réu. Além disso, o juiz poderá fixar,

28

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

inclusive na sentença, imposição de multa diária ao réu independentemente do pedido do autor


para obrigar o réu ao cumprimento de sua obrigação.

Ressalte-se que a tutela definitiva poderá ser satisfativa, quando visa a efetivar um direito
material (entregar o bem de vida pretendido ao litigante) ou cautelar que possui escopo de
assegurar ou conservar o direito guerreado para futura satisfação.

Satisfativa ou cautelar a tutela definitiva estará sujeita ao regular trâmite processual


brasileiro que, inevitavelmente, gera males por vezes irreversíveis às partes;

Com o objetivo de diminuir os efeitos maléficos do tempo no processo e garantir a


efetividade da jurisdição, criou-se o instituto da Tutela Antecipada que, no Novo Código de Processo
Civil, fora denominada de Tutela Provisória.

No intuito de abrandar os efeitos perniciosos do tempo do processo, o legislador


instituiu uma importante técnica processual: a antecipação provisória dos efeitos finais
da tutela definitiva, que permite o gozo antecipado e imediato dos efeitos próprios da
tutela definitiva pretendida (seja satisfativa, seja cautelar). (DIDIER, 2016, pg. 581)

Trata-se, assim, de decisão tomada com base em cognição sumária e concede imediata
eficácia à tutela definitiva pretendida, seja ela cautelar ou satisfativa. Tal decisão provisória será
substituída no futuro por uma tutela definitiva, que a confirme, revogue ou modifique.

O Novo Código de Processo Civil dispões sobre o instituto da Tutela Provisória em seu Livro
V (artigos 294 a 311) e previu os institutos da tutela de urgência e da tutela de evidência que serão
estudados adiante.

Tanto a tutela cautelar como a tutela satisfativa poderão ser deferidas de forma antecipada,
sendo certo que a tutela cautelar provisória será sempre de urgência e a tutela satisfativa provisória
poderá ser de urgência ou de evidência.

5.2 – CUSTAS E EMOLUMENTOS


Inexistirá, ainda, o pagamento de custas e emolumentos nas ações coletivas ajuizadas em
defesa dos interesses dos consumidores, salvo em caso de litigância de má-fé, conforme leciona o
artigo 87, do CDC:

29

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Art. 87. Nas ações coletivas de que trata este código não haverá adiantamento de custas,
emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da
associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de advogados, custas e
despesas processuais.
Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé, a associação autora e os diretores
responsáveis pela propositura da ação serão solidariamente condenados em honorários
advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e
danos.

5.3 – DENUNCIAÇÃO À LIDE


De acordo com o artigo 13, do CDC:

Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior,


quando:
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados;
II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor,
construtor ou importador;
III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis.

Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá exercer o


direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na
causação do evento danoso.

Já o artigo 88:

Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único deste código, a ação de regresso poderá
ser ajuizada em processo autônomo, facultada a possibilidade de prosseguir-se nos
mesmos autos, vedada a denunciação da lide.

30

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

De acordo com o artigo 88, portanto, não cabe a denunciação à lide pelo réu na ação de
consumo a outro legitimado que entenda responsável, instituto previsto no artigo 125 do CPC:

Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:
I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao
denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva,
o prejuízo de quem for vencido no processo.
§ 1o O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da
lide for indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida.

Isto porque de acordo com artigo 14 do CDC, a responsabilidade do fornecedor é objetiva,


ou seja, independentemente da existência de dolo ou culpa do agente. Assim, cabe ao consumidor
provar em juízo tão somente a conduta, o dano e o nexo causal entre ambos para configurar a
responsabilidade civil do Hospital.

Aceitar a denunciação à lide seria trazer ao processo um elemento estranho: a necessidade


de se demonstrar a culpa ou dolo do pretenso responsável.

Contudo, em caso concreto específico julgado pelo STJ, este entendeu ser cabível a
denunciação à lide, em razão da ausência de resistência do consumidor. Vedar a denunciação
naquele caso concreto seria o mesmo que privilegiar o denunciado em prejuízo do consumidor.

Isto porque a única parte que se insurgiu alegando a impossibilidade de denunciação à lide
fora o próprio denunciado, principal interessado na demora do processo em atingir-lhe. Segundo o
STJ:

A interpretação do art. 88, portanto, deve ser aqui realizada em harmonia com o
princípio da facilitação do acesso do consumidor aos órgãos judiciários, bem como da
celeridade e economia processual para todas as partes do processo.

É dizer: há que se interpretar os institutos sempre em harmonia com a finalidade do CDC: a


proteção do consumidor. Se este, principal beneficiário da norma, não se opôs à denunciação à lide,
não poderá o magistrado indeferi-la apenas por insurgência do denunciado.

31

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

INTERPRETAÇÃO DO ART. 88 DO CDC. DENUNCIAÇÃO À LIDE.


Descabe ao denunciado à lide, nas relações consumeristas, invocar em seu benefício a
regra de afastamento da denunciação (art. 88 do CDC) para eximir-se de suas
responsabilidades perante o denunciante.
REsp 913.687-SP, Rel. Min. Raul Araújo, por unanimidade, julgado em 11/10/2016, DJe
4/11/2016.

6 – DAS AÇÕES COLETIVAS PARA A DEFESA DOS


INTERESSES INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS

6.1 – CONSIDERAÇÕES INICIAIS


De acordo com o artigo 91, do CDC, os legitimados ativos poderão propor em nome próprio
e no interesse das vítimas ou sucessores ação civil coletiva para responsabilizar os fornecedores
pelos danos individualmente sofridos:

Art. 91. Os legitimados de que trata o art. 82 poderão propor, em nome próprio e no
interesse das vítimas ou seus sucessores, ação civil coletiva de responsabilidade pelos
danos individualmente sofridos, de acordo com o disposto nos artigos seguintes.

Nesta hipótese, o Ministério Público, se não ajuizar a ação, atuará sempre como fiscal da lei
(artigo 92). E, proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial, a fim de que os interessados
possam intervir no processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla divulgação pelos meios de
comunicação social por parte dos órgãos de defesa do consumidor (artigo 94).

Quanto à competência, o artigo 93, do CDC estabelece que:

Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é competente para a causa a


justiça local:
I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de âmbito local;

32

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os danos de âmbito


nacional ou regional, aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos casos de
competência concorrente.

Assim, quanto à competência territorial, não restam quaisquer dúvidas: será competente o
foro do local onde ocorrer o dano para processar e julgar a demanda coletiva. Acaso o dano seja de
âmbito regional, a competência será da capital do Estado e se o dano for de âmbito nacional, a
competência será do Distrito Federal.

A dúvida surge em razão da previsão do artigo 109, parágrafo 3º, da Constituição Federal
que assim dispõe:

§ 3º Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados


ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e
segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada
essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e
julgadas pela justiça estadual.

Ora, e se a União for parte no processo e a comarca não for sede da Justiça Federal?
Caberá ao juiz estadual apreciar a Ação Coletiva?

Inicialmente, o Superior Tribunal de Justiça assim pacificou a matéria:

Súmula 183 – STJ – CANCELADA - Compete ao Juiz Estadual, nas Comarcas que não
sejam sede de vara da Justiça Federal, processar e julgar ação civil pública, ainda que a
União figure no processo.

Contudo, após manifestação do Supremo Tribunal Federal no sentido de ser necessária a


apreciação da ação por juízo federal, o STJ cancelou a Súmula 183 adequando-se ao seguinte
julgamento do STF:

33

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

EMENTA: AÇÃO CIVIL PÚBLICA PROMOVIDA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL.


COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. ART. 109, I E § 3º, DA CONSTITUIÇÃO. ART. 2º DA
LEI Nº 7.347/85. O dispositivo contido na parte final do § 3º do art. 109 da Constituição
é dirigido ao legislador ordinário, autorizando-o a atribuir competência (rectius
jurisdição) ao Juízo Estadual do foro do domicílio da outra parte ou do lugar do ato ou
fato que deu origem à demanda, desde que não seja sede de Varas da Justiça Federal,
para causas específicas dentre as previstas no inciso I do referido artigo 109. No caso
em tela, a permissão não foi utilizada pelo legislador que, ao revés, se limitou, no art. 2º
da Lei nº 7.347/85, a estabelecer que as ações nele previstas "serão propostas no foro
do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e
julgar a causa". Considerando que o Juiz Federal também tem competência territorial e
funcional sobre o local de qualquer dano, impõe-se a conclusão de que o afastamento
da jurisdição federal, no caso, somente poderia dar-se por meio de referência expressa
à Justiça Estadual, como a que fez o constituinte na primeira parte do mencionado § 3º
em relação às causas de natureza previdenciária, o que no caso não ocorreu. Recurso
conhecido e provido.
(RE 228955, Relator(a): Min. ILMAR GALVÃO, Tribunal Pleno, julgado em 10/02/2000,
DJ 24-03-2001 PP-00070 EMENT VOL-01984-04 PP-00842 REPUBLICAÇÃO: DJ 14-04-
2000 PP-00056 RTJ VOL-00172-03 PP-00992)

Assim, conforme defendido por Didier (2016, pg. 126):

se a ação civil pública se encaixar em qualquer das hipóteses previstas no art. 109 da
Constituição Federal, que estabelece a competência do juiz federal, deverá tramitar na
Justiça Federal necessariamente, não lhe sendo aplicável a regra do parágrafo 3º do
mesmo art. 109.

6.2 – LIQUIDAÇÃO E EXECUÇÃO DAS SENTENÇAS


A liquidação da sentença é a fase do processo que define com segurança o valor da prestação
(quantum debeatur) e ainda individualiza o objeto da prestação (quid debeatur) nas decisões
proferidas de forma ilíquidas. Quanto às obrigações de fazer e não fazer, não há necessidade de
liquidação, haja vista que o artigo 11, da Lei 7.347/85 é cristalino:

34

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Art. 11. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não
fazer, o juiz determinará o cumprimento da prestação da atividade devida ou a cessação
da atividade nociva, sob pena de execução específica, ou de cominação de multa diária,
se esta for suficiente ou compatível, independentemente de requerimento do autor.

É que, segundo Fredie Didier (2016, pg. 424):

O objetivo da liquidação é, portanto, o de integrar a decisão liquidanda, chegando a uma


solução acerca dos elementos que faltam para a completa definição da norma jurídica
individualizada, a fim de que essa decisão possa ser objeto de execução.
Dessa forma, liquidação de sentença é atividade judicial cognitiva pela qual se busca
complementar a norma jurídica individualizada estabelecida num título judicial.

De acordo com o artigo 509, do Código de Processo Civil, dois são os tipos de liquidação de
sentença: a liquidação por arbitramento e a liquidação pelo procedimento comum. Tais hipóteses
são também aquelas previstas para as sentenças individuais, razão pela qual discutir-se-á apenas a
aplicação destas aos processos coletivos.

Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-


á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:
I - por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes
ou exigido pela natureza do objeto da liquidação;
II - pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato
novo.

Trata-se de tema previsto nos artigos 95 a 100 do Código de Defesa do Consumidor, sobre
os quais cabe-nos comentar o que se segue.

35

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

6.3 – LEGITIMIDADE PARA EXECUÇÃO E PROCEDIMENTO


A sentença coletiva que diga respeito a direitos coletivos em sentido estrito ou a direitos
difusos pode ser executada nos próprios autos pelo autor coletivo ou pela vítima através do
transporte in utilibus da coisa julgada coletiva.

Tal liquidação quando feita nos próprios autos pelo legitimado coletivo não se distingue do
processo individual, eis que apenas irá se buscar a identificação do quanto é devido. Isto porque
(DIDIER, 2016, pg. 431):

Os demais elementos da obrigação já foram certificados, inclusive o cui debeatur (a


quem se deve, no caso a comunidade lesada, titular do direito coletivo).

Já no caso de liquidação pela própria vítima ou por seus sucessores, necessário que seja feita
tanto a identificação do valor executado como também do titular do crédito, sendo necessário ser
dado início a um processo executivo. É que se aplica à hipótese o previsto no artigo 95 do Código
de Defesa do Consumidor, pertinente também quanto à condenação coletiva relativa a direitos
individuais homogêneos.

Julgado procedente o pedido, a sentença coletiva será genérica fixando a responsabilidade


do réu pelos danos causados.

Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a condenação será genérica, fixando a


responsabilidade do réu pelos danos causados.

A liquidação de tais julgados, portanto, irá apurar (DIDIER, 2016, pg. 430):

a) Os fatos e alegações referentes ao dano individualmente sofrido pelo demandante;


b) A relação de causalidade entre esse dano e o fato potencialmente danoso acertado
na sentença;
c) A titularidade individual do direito;

36

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Isto porque tal sentença poderá ser executada por qualquer vítima ou por seus sucessores ou
ainda por qualquer legitimado coletivo:

Art. 97. A liquidação e a execução de sentença poderão ser promovidas pela vítima e
seus sucessores, assim como pelos legitimados de que trata o art. 82.

Neste sentido já se pronunciou o Superior Tribunal de Justiça:

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. BRASIL TELECOM.


CUMPRIMENTO INDIVIDUAL DE SENTENÇA PROFERIDA EM AÇÃO COLETIVA.
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. ALEGAÇÃO DE OMISSÃO. INEXISTÊNCIA.
1. A sentença de procedência na ação coletiva tendo por causa de pedir danos
referentes a direitos individuais homogêneos (art. 95 do CDC) será, em regra, genérica,
dependendo, assim, de superveniente liquidação, não apenas para simples apuração do
quantum debeatur, mas também para aferição da titularidade do crédito (art. 97, CDC).
Precedentes. (...)
(AgRg no AREsp 283.558/MS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA,
julgado em 15/05/2014, DJe 22/05/2014)

Ademais, mesmo em caso de execuções individuais do título coletivo, caberá a condenação


do Réu ao pagamento de honorários advocatícios:

RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL COLETIVA. LIQUIDAÇÃO E


EXECUÇÃO DE SENTENÇA GENÉRICA. DIREITO A HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
1. Consoante a jurisprudência desta Corte Superior, o advogado do
liquidante/exequente de sentença genérica prolatada em sede de ação coletiva tem
direito a honorários tendo em conta a litigiosidade estabelecida, a causalidade e o
efetivo labor por ele desempenhado no curso da fase liquidatória de elevada carga
cognitiva, em face da necessidade de definir, além do valor devido a mais de setecentos
exequentes, a titularidade destes em relação ao direito material.
2. Independência e autonomia entre as verbas fixadas na fase cognitiva e, agora,
liquidatória/executiva, de modo a se manter o dever de pagamento dos honorários
arbitrados na sentença, reconhecendo-se o direito à fixação de honorários nesta
segunda fase processual. (...)
37

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

(REsp 1602674/SP, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA,


julgado em 13/09/2016, DJe 21/09/2016)

Ressalte-se que nos termos do artigo 98 do CDC, a execução coletiva poderá ser feita pelos
legitimados coletivos abrangendo as vítimas cujas indenizações já foram fixadas individualmente
em sentença de liquidação, sem prejuízo de outras execuções individuais.

Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo promovida pelos legitimados de que trata
o art. 82, abrangendo as vítimas cujas indenizações já tiveram sido fixadas em sentença
de liquidação, sem prejuízo do ajuizamento de outras execuções.

Ademais, a execução coletiva será feita com base em certidão das sentenças de liquidação,
da qual deverá constar a ocorrência ou não do trânsito em julgado. (parágrafo 1º, artigo 98, CDC).

E se transitado em julgado o processo coletivo de


conhecimento, nenhuma vítima promover a execução do
julgado?

Decorrido o prazo de um ano sem habilitação de interessados em número compatível com


a gravidade do dano, surge a legitimidade ativa extraordinária e subsidiária dos legitimados
coletivos para execução do julgado, nos termos do artigo 100, do CDC:

Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem habilitação de interessados em número


compatível com a gravidade do dano, poderão os legitimados do art. 82 promover a
liquidação e execução da indenização devida.
Parágrafo único. O produto da indenização devida reverterá para o fundo criado pela Lei
n.° 7.347, de 24 de julho de 1985.

Trata-se de dispositivo oriundo do direito americano denominado de fluid recovery (DIDIER,


2016, pg. 431):

38

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Trata-se de uma liquidação coletiva proveniente de uma sentença condenatória


proferida em ação envolvendo direitos individuais homogêneos. (...)
O produto desta execução reverterá ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD) e se
chama fluid recovery (“indenização fluida” ou recuperação fluida – já que se trata dos
valores referentes aos titulares dos direitos individuais recuperados para o FDD para
garantir o princípio da tutela integral do bem jurídico coletivo, conforme parágrafo único
do art. 100, do CDC.

Ressalte-se que este prazo de um ano não implica na perda do direito da vítima em liquidar
e executar os créditos individuais, sendo certo tratar-se de prazo legal que legitima o surgimento da
instauração do pedido de liquidação do fluid recovery (DIDIER, 2016, pg. 433).

A ideia da regra é exatamente evitar que o condenado em ação coletiva envolvendo direitos
individuais homogêneos obtenha uma vantagem em razão da ausência de execução do título por
legitimados individuais. Assim, o fluid recovery visa a compensar a execução do título quando o
número de exequentes individuais não for compatível com a gravidade do dano.

Para DIDIER, o objetivo desta liquidação é exatamente obter o valor residual devido,
cabendo ao réu, nesta ação de liquidação, apontar a existência de liquidações individuais em
andamento e o eventual pagamento das mesmas, para que o magistrado possa quantificar mais
justamente o valor da indenização fluida (2016, pg. 434).

Quanto ao tema:

RECURSO ESPECIAL - DIREITO DO CONSUMIDOR - AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO


COLETIVA - INTERESSES INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS - SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA -
LIQUIDAÇÃO E EXECUÇÃO DA SENTENÇA GENÉRICA REQUERIDA PELO MINISTÉRIO
PÚBLICO, COM FUNDAMENTO NO ART. 100 DO CDC (FLUID RECOVERY) - PEDIDO
INDEFERIDO PELAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS, SOB O ARGUMENTO DE QUE O
TRANSCURSO DO PRAZO DE UM ANO DEVE TER COMO TERMO INICIAL A PUBLICAÇÃO
DE EDITAIS EM JORNAIS DE AMPLA CIRCULAÇÃO, OBRIGAÇÃO A QUE FORAM
CONDENADOS OS RÉUS - IMPOSSIBILIDADE DE SE CONDICIONAR O INÍCIO DO REFERIDO
PRAZO AO CUMPRIMENTO DA CITADA OBRIGAÇÃO DE FAZER. INSURGÊNCIA RECURSAL
DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL.
Hipótese: liquidação de sentença genérica, proferida nos autos de ação coletiva,
requerida pelo Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, com fulcro no artigo
100 do Código de Defesa do Consumidor. Pretensão indeferida pelas instâncias
ordinárias, sob o argumento de que seria necessária, previamente, a publicação de
editais em jornais de ampla circulação - obrigação determinada aos réus da demanda
coletiva, na sentença condenatória.
39

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

1. Sendo o Ministério Público o autor da ação coletiva, a sua atuação como custos legis
não é obrigatória, pois, nos termos do princípio da unidade, o Ministério Público é uno
enquanto instituição, razão pela qual, uma vez figurando como parte do processo, é
dispensada a sua presença como fiscal da lei.
2. Nos termos do artigo 100, caput, do Código de Defesa do Consumidor, "decorrido o
prazo de um ano sem habilitação de interessados em número compatível com a
gravidade do dano, poderão os legitimados do art. 82 promover a liquidação e execução
da indenização devida", hipótese denominada reparação fluida - fluid recovery,
inspirada no modelo norte-americano da class action.
2.1. Referido instituto, caracterizado pela subsidiariedade, aplica-se apenas em situação
na qual os consumidores lesados desinteressam-se quanto ao cumprimento individual
da sentença coletiva, transferindo à coletividade o produto da reparação civil individual
não reclamada, de modo a preservar a vontade da Lei, qual seja a de impedir o
enriquecimento sem causa do fornecedor que atentou contra as normas jurídicas de
caráter público, lesando os consumidores.
2.2. Assim, se após o escoamento do prazo de um ano do trânsito em julgado, não houve
habilitação de interessados em número compatível com a extensão do dano, exsurge a
legitimidade do Ministério Público para instaurar a execução, nos termos do
mencionado artigo 100 do Código de Defesa do Consumidor; nesse contexto, conquanto
a sentença tenha determinado que os réus publicassem a parte dispositiva em dois
jornais de ampla circulação local, esta obrigação, frise-se, destinada aos réus, não pode
condicionar a possibilidade de reparação fluida, ante a ausência de disposição legal para
tanto e, ainda, a sua eventual prejudicialidade à efetividade da ação coletiva, tendo em
vista as dificuldades práticas para compelir os réus ao cumprimento.
2.3. Todavia, no caso em tela, observa-se que não obstante as alegações do Ministério
Público Estadual, deduzidas no recurso especial, no sentido de que "no presente caso
houve a regular publicação da sentença, conforme documento da fl. 892 [dos autos de
agravo de instrumento, correspondente à fl. 982, e-STJ]", ao compulsar os autos,
verifica-se que a mencionada folha refere-se à publicação do edital, em 20/02/2003,
relativo à cientificação dos interessados sobre a propositura da ação coletiva. Assim, o
citado edital não se destinou à cientificação dos interessados quanto ao conteúdo da
sentença, mas à propositura da ação coletiva, o que constitui óbice à sua habilitação,
razão pela qual não se pode reputar iniciado o prazo do artigo 100 do Código de Defesa
do Consumidor. Precedente: REsp 869583/DF, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta
Turma, DJe 05/09/2012 3. RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE PROVIDO, a fim de (i)
afastar a necessidade de cumprimento da obrigação de publicar editais em dois jornais
de ampla circulação local para fins de contagem do prazo previsto no artigo 100 do
Código de Defesa do Consumidor, bem assim (ii) determinar o retorno dos autos à
origem, para que se proceda à publicação de edital, sobre o teor da sentença
exequenda, em órgão oficial, nos termos do artigo 94 do diploma consumerista.
(REsp 1156021/RS, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em
06/02/2014, DJe 05/05/2014)

40

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

6.4 – COMPETÊNCIA DA EXECUÇÃO


De acordo com o artigo 98, do CDC:

Artigo 98.
§ 2° É competente para a execução o juízo:
I - da liquidação da sentença ou da ação condenatória, no caso de execução individual;
II - da ação condenatória, quando coletiva a execução.

Contudo, em razão da necessidade de se facilitar a efetividade dos direitos albergados pelas


ações coletivas, o Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento segundo o qual é possível
o ajuizamento da demanda executória individual no foro do domicílio do credor:

DIREITO PROCESSUAL. RECURSO REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA (ART. 543-C,


CPC). DIREITOS METAINDIVIDUAIS. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. APADECO X BANESTADO.
EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. EXECUÇÃO/LIQUIDAÇÃO INDIVIDUAL. FORO
COMPETENTE. ALCANCE OBJETIVO E SUBJETIVO DOS EFEITOS DA SENTENÇA
COLETIVA. LIMITAÇÃO TERRITORIAL. IMPROPRIEDADE. REVISÃO JURISPRUDENCIAL.
LIMITAÇÃO AOS ASSOCIADOS. INVIABILIDADE. OFENSA À COISA JULGADA.
1. Para efeitos do art. 543-C do CPC: 1.1. A liquidação e a execução individual de
sentença genérica proferida em ação civil coletiva pode ser ajuizada no foro do
domicílio do beneficiário, porquanto os efeitos e a eficácia da sentença não estão
circunscritos a lindes geográficos, mas aos limites objetivos e subjetivos do que foi
decidido, levando-se em conta, para tanto, sempre a extensão do dano e a qualidade
dos interesses metaindividuais postos em juízo (arts. 468, 472 e 474, CPC e 93 e 103,
CDC).
1.2. A sentença genérica proferida na ação civil coletiva ajuizada pela Apadeco, que
condenou o Banestado ao pagamento dos chamados expurgos inflacionários sobre
cadernetas de poupança, dispôs que seus efeitos alcançariam todos os poupadores
da instituição financeira do Estado do Paraná. Por isso descabe a alteração do seu
alcance em sede de liquidação/execução individual, sob pena de vulneração da coisa
julgada. Assim, não se aplica ao caso a limitação contida no art. 2º-A, caput, da Lei n.
9.494/97.
2. Ressalva de fundamentação do Ministro Teori Albino Zavascki.
41

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

3. Recurso especial parcialmente conhecido e não provido.


(REsp 1243887/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, CORTE ESPECIAL, julgado em
19/10/2011, DJe 12/12/2011)

6.5 – CONCURSO DE CRÉDITOS


De acordo com o artigo 99, do Código de Defesa do Consumidor, em caso de concurso de
créditos decorrentes da condenação existente em Ação Civil Pública, terão preferência os prejuízos
individuais relacionados ao mesmo evento danoso.

Art. 99. Em caso de concurso de créditos decorrentes de condenação prevista na Lei n.°
7.347, de 24 de julho de 1985 e de indenizações pelos prejuízos individuais resultantes
do mesmo evento danoso, estas terão preferência no pagamento.

Exatamente por isto, eventual condenação destinada ao Fundo de Defesa dos Direitos
Difusos ficará sustada enquanto pendente de decisão no segundo grau as ações de indenização
pelos danos individuais. A exceção é a hipótese do patrimônio do devedor ser manifestamente
suficiente para responder pela integralidade das dívidas.

Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, a destinação da importância


recolhida ao fundo criado pela Lei n°7.347 de 24 de julho de 1985, ficará sustada
enquanto pendentes de decisão de segundo grau as ações de indenização pelos danos
individuais, salvo na hipótese de o patrimônio do devedor ser manifestamente
suficiente para responder pela integralidade das dívidas.

6.6 – FUNDO DE DEFESA DOS DIREITOS DIFUSOS


De acordo com o artigo 13, da Lei 7.347/85, havendo condenação em dinheiro nas demandas
que versem sobre direitos difusos ou coletivos em sentido estrito, o dinheiro arrecadado deverá ser
destinado a um fundo que também receberá recursos advindos de multas por descumprimento de
decisões judiciais e doações de pessoas naturais ou jurídicas, dente outros.

42

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Art. 13. Havendo condenação em dinheiro, a indenização pelo dano causado reverterá
a um fundo gerido por um Conselho Federal ou por Conselhos Estaduais de que
participarão necessariamente o Ministério Público e representantes da comunidade,
sendo seus recursos destinados à reconstituição dos bens lesados.
§ 1o. Enquanto o fundo não for regulamentado, o dinheiro ficará depositado em
estabelecimento oficial de crédito, em conta com correção monetária.
§ 2o Havendo acordo ou condenação com fundamento em dano causado por ato de
discriminação étnica nos termos do disposto no art. 1o desta Lei, a prestação em
dinheiro reverterá diretamente ao fundo de que trata o caput e será utilizada para ações
de promoção da igualdade étnica, conforme definição do Conselho Nacional de
Promoção da Igualdade Racial, na hipótese de extensão nacional, ou dos Conselhos de
Promoção de Igualdade Racial estaduais ou locais, nas hipóteses de danos com extensão
regional ou local, respectivamente.

Trata-se do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, regulado pelo Decreto 1.306/94 e tem por
finalidade a reparação dos danos causados aos interesses difusos e coletivos.

Art. 1º O Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD), criado pela Lei nº 7.347, de 24 de
julho de 1985, tem por finalidade a reparação dos danos causados ao meio ambiente,
ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico,
paisagístico, por infração à ordem econômica e a outros interesses difusos e coletivos.

Art. 2º Constituem recursos do FDD o produto da arrecadação:


I - das condenações judiciais de que tratam os arts. 11 e 13, da Lei nº 7.347, de 24 de
julho de 1985;
II - das multas e indenizações decorrentes da aplicação da Lei nº 7.853, de 24 de outubro
de 1989, desde que não destinadas à reparação de danos a interesses individuais;
III - dos valores destinados à União em virtude da aplicação da multa prevista no art. 57
e seu parágrafo único e do produto de indenização prevista no art. 100, parágrafo único,
da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990;
IV - das condenações judiciais de que trata o parágrafo 2º, do art. 2º, da Lei nº 7.913, de
7 de dezembro de 1989;
V - das multas referidas no art. 84, da Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994;
VI - dos rendimentos auferidos com a aplicação dos recursos do Fundo;

43

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

VII - de outras receitas que vierem a ser destinadas ao Fundo;


VIII - de doações de pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras.

A gestão do Fundo (FDD) compete ao Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa dos
Direitos Difusos (CFDD), órgão colegiado integrante da estrutura do Ministério da Justiça, composto
dos seguintes membros:

Art. 3º O FDD será gerido pelo Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos
Difusos (CFDD), órgão colegiado integrante da estrutura organizacional do Ministério da
Justiça, com sede em Brasília, e composto pelos seguintes membros:
I - um representante da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, que
o presidirá; (Inciso com redação dada pelo Decreto nº 7.738, de 28/5/2012)
II - um representante do Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal; (Inciso
retificado no DOU de 11/11/1994)
III - um representante do Ministério da Cultura;
IV - um representante do Ministério da Saúde vinculado à área de vigilância sanitária;
V - um representante do Ministério da Fazenda;
VI - um representante do Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE;
VII - um representante do Ministério Público Federal;
VIII - três representantes de entidades civis que atendam aos pressupostos dos incisos I
e II, do art. 5º, da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985.
§ 1º Cada representante de que trata este artigo terá um suplente, que o substituirá nos
seus afastamentos e impedimentos legais.
§ 2º É vedada a remuneração, a qualquer título, pela participação no CFDD, sendo a
atividade considerada serviço público relevante.
Art. 4º Os representantes e seus respectivos suplentes serão designados pelo Ministro
da Justiça; os dos incisos I a V dentre os servidores dos respectivos Ministérios, indicados
pelo seu titular; o do inciso VI dentre os servidores ou Conselheiros, indicado pelo
Presidente da Autarquia; o do inciso VII indicado pelo Procurador-Geral da República,
dentre os integrantes da carreira, e os do inciso VIII indicados pelas respectivas
entidades devidamente inscritas perante o CFDD.
Parágrafo único. Os representantes serão designados pelo prazo de dois anos, admitida
uma recondução, exceto quanto ao representante referido no inciso I, do art. 3º, que
poderá ser reconduzido por mais de uma vez.

44

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Art. 5º Funcionará como Secretaria-Executiva do CFDD a Secretaria Nacional do


Consumidor do Ministério da Justiça.

A competência do CFDD é definida pelo artigo 6º, do Decreto 1.306/94:

Art. 6º Compete ao CFDD:


I - zelar pela aplicação dos recursos na consecução dos objetivos previstos nas Leis nºs
7.347, de 1985, 7.853, de 1989, 7.913, de 1989, 8.078, de 1990 e 8.884, de 1994, no
âmbito do disposto no art. 1º deste decreto;
II - aprovar convênios e contratos, a serem firmados pela Secretaria Executiva do
Conselho, objetivando atender ao disposto no inciso I deste artigo;
III - examinar e aprovar projetos de reconstituição de bens lesados, inclusive os de
caráter científico e de pesquisa;
IV - promover, por meio de órgãos da administração pública e de entidades civis
interessadas, eventos educativos ou científicos;
V - fazer editar, inclusive em colaboração com órgãos oficiais, material informativo sobre
as matérias mencionadas no art. 1º deste Decreto;
VI - promover atividades e eventos que contribuam para a difusão da cultura, da
proteção ao meio ambiente, do consumidor, da livre concorrência, do patrimônio
histórico, artístico, estético, turístico, paisagístico e de outros interesses difusos e
coletivos;
VII - examinar e aprovar os projetos de modernização administrativa dos órgãos públicos
responsáveis pela execução das políticas relativas às áreas a que se refere o art. 1º deste
Decreto;
VIII - elaborar o seu Regimento Interno.

Além disso os recursos arrecadados pelo Fundo serão distribuídos para a efetivação das
medidas dispostas no artigo 6º e suas aplicações deverão estar relacionadas com a natureza da
infração ou do dano causado, sendo certo que serão prioritariamente aplicados na reparação
específica do dano causado, sempre que possível (artigo 7º).

Por fim, transcreve-se o disposto no artigo 11 do referido Decreto:

45

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Art. 11. O CFDD, mediante entendimento a ser mantido com o Poder Judiciário e os
Ministérios Públicos Federal e Estaduais, será informado sobre a propositura de toda
ação civil pública, a existência de depósito judicial, de sua natureza, e do trânsito em
julgado da decisão.

46

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

7 – DAS AÇÕES DE RESPONSABILIDADE DO


FORNECEDOR DE PRODUTOS E SERVIÇOS
O CDC regulou ainda, nos artigos 101 e 102, as ações de responsabilidade do fornecedor de
produtos e serviços. De acordo com o artigo 101:

Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços, sem


prejuízo do disposto nos Capítulos I e II deste título, serão observadas as seguintes
normas:
I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor;
II - o réu que houver contratado seguro de responsabilidade poderá chamar ao processo
o segurador, vedada a integração do contraditório pelo Instituto de Resseguros do
Brasil. Nesta hipótese, a sentença que julgar procedente o pedido condenará o réu nos
termos do art. 80 do Código de Processo Civil. Se o réu houver sido declarado falido, o
síndico será intimado a informar a existência de seguro de responsabilidade, facultando-
se, em caso afirmativo, o ajuizamento de ação de indenização diretamente contra o
segurador, vedada a denunciação da lide ao Instituto de Resseguros do Brasil e
dispensado o litisconsórcio obrigatório com este.

Assim nas ações que versem sobre a defesa do consumidor em juízo, o consumidor terá o
benefício de poder ajuizar a ação em seu domicílio. Trata-se, pois, de exceção à regra da
competência fixada pelo Código de Processo Civil que estabelece o domicílio do réu como
competente para processar e julgar a causa.

Já o inciso II, do artigo 101, estabelece a possibilidade do Réu que houver contratado seguro
de responsabilidade chamar o segurador ao processo e a sentença ter os efeitos previstos no artigo
132 do atual CPC:

Art. 132. A sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que
satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de
cada um dos codevedores, a sua quota, na proporção que lhes tocar.

Ademais, quando se tratar de produto nocivo à saúde ou incolumidade pessoal do


consumidor, os legitimados ativos das ações coletivas poderão propor ação visando compelir o
Poder Público competente a proibir, em todo o território nacional, a produção, divulgação

47

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

distribuição ou venda, ou a determinar a alteração na composição, estrutura, fórmula ou


acondicionamento de produto.

Art. 102. Os legitimados a agir na forma deste código poderão propor ação visando
compelir o Poder Público competente a proibir, em todo o território nacional, a
produção, divulgação distribuição ou venda, ou a determinar a alteração na composição,
estrutura, fórmula ou acondicionamento de produto, cujo uso ou consumo regular se
revele nocivo ou perigoso à saúde pública e à incolumidade pessoal.

8 – ÔNUS DA PROVA EM AÇÕES COLETIVAS


Quanto ao ônus da prova, sabe-se que, em regra, compete ao Autor demonstrar o fato
constitutivo do seu direito, conforme previsão do artigo 373 do CPC:

Art. 373. O ônus da prova incumbe:


I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

Contudo, o artigo 6º, inciso VIII, do CDC estabelece ser direito básico do consumidor a
facilitação da defesa dos seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova:

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:


VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova,
a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou
quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;

Utilizando-se de tal fundamento, o Superior Tribunal de Justiça já determinou a inversão do


ônus da prova em demandas que versem quanto a questões de consumo, mesmo quando o
Ministério Público é o autor da ação:

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.


AÇÃO CIVIL PÚBLICA. TELEFONIA. COBRANÇA INDEVIDA DE TARIFAS. OFENSA AO ART.
535. DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA. ANATEL. LEGITIMIDADE PASSIVA. INEXISTÊNCIA.
COMPETÊNCIA. DANO LOCAL. DEMANDA PROPOSTA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO.
48

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. POSSIBILIDADE. ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA


TUTELA. ANÁLISE DOS REQUISITOS. NECESSIDADE DE REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA.
SÚMULA 7/STJ. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA
NÃO IMPUGNADOS. SÚMULA 182/STJ. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. (...)
V. Nos termos da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, "o Ministério Público,
no âmbito de ação consumerista, faz jus à inversão do ônus da prova, a considerar que
o mecanismo previsto no art. 6º, inc. VIII, do CDC busca concretizar a melhor tutela
processual possível dos direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos e de seus
titulares - na espécie, os consumidores -, independentemente daqueles que figurem
como autores ou réus na ação" (STJ, REsp 1.253.672/RS, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJe de 09/08/2011). Nesse sentido: STJ, AgRg
no REsp 1.300.588/RJ, Rel. Ministro CESAR ASFOR ROCHA, SEGUNDA TURMA, DJe de
18/05/2012; STJ, AgRg no REsp 1.241.076/RS, Rel. Ministro PAULO DE TARSO VIEIRA
SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, DJe de 09/10/2012.
VI. É firme a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que, em regra,
a análise dos requisitos necessários à concessão da antecipação dos efeitos da tutela ou
do deferimento da inversão do ônus da prova demanda o reexame de matéria fática, o
que é vedado em Recurso Especial, nos termos da Súmula 7/STJ.(...)VIII. Agravo
Regimental improvido.
(AgRg no REsp 1318862/BA, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA,
julgado em 18/02/2016, DJe 01/03/2016)

Ressalte-se que a inversão do ônus da prova não se dá de forma absolutamente cega. Ela se
dará, conforme inteligência do inciso VIII, do artigo 6º, do CDC, a critério do juiz, acaso seja
verossímil a alegação do consumidor ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras
ordinárias de experiências.

Assim o consumidor terá que provar minimamente o seu direito, não bastando a mera
alegação genérica dos fatos existentes.

9 – DA COISA JULGADA
De acordo com o artigo 103, do CDC a coisa julgada no processo coletivo operar-se-á da
seguinte forma::

Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:

49

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas,
hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico
fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do
art. 81; (direitos difusos)

II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência


por insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese
prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81; (direitos coletivos)

III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as
vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81.
(individuais homogêneos)

§ 1° Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos I e II não prejudicarão interesses e


direitos individuais dos integrantes da coletividade, do grupo, categoria ou classe.

§ 2° Na hipótese prevista no inciso III, em caso de improcedência do pedido, os


interessados que não tiverem intervindo no processo como litisconsortes poderão
propor ação de indenização a título individual.

§ 3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art. 16, combinado com o art. 13 da Lei
n° 7.347, de 24 de julho de 1985, não prejudicarão as ações de indenização por danos
pessoalmente sofridos, propostas individualmente ou na forma prevista neste código,
mas, se procedente o pedido, beneficiarão as vítimas e seus sucessores, que poderão
proceder à liquidação e à execução, nos termos dos arts. 96 a 99.

§ 4º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior à sentença penal condenatória.

A coisa julgada no processo coletivo, portanto, opera-se de acordo com o resultado da


demanda. Acaso a demanda seja julgada improcedente por insuficiência de provas, qualquer outro
legitimado coletivo poderá propor nova demanda desde que acoste novas provas aos autos.

Pode-se, portanto, resumir a coisa julgada da sentença coletiva da seguinte forma:

50

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

a) Processo extinto sem resolução do mérito – produz apenas coisa


julgada formal;
b) Pedido julgado improcedente por insuficiência de provas – Não atinge
as demandas coletivas que venham a ser novamente intentadas, desde que
baseadas em novas provas;

c) Sentença julgada procedente – Transporte da coisa julgada – todos


beneficiados de acordo com a lei;

E não só isso, de acordo com o parágrafo 3º, do artigo 103, acima transcrito, as ações de
reparação de danos propostas na forma do artigo 13, da Lei 7.347/85 não prejudicarão as ações de
danos pessoalmente sofridos pelos indivíduos.

Art. 13. Havendo condenação em dinheiro, a indenização pelo dano causado reverterá
a um fundo gerido por um Conselho Federal ou por Conselhos Estaduais de que
participarão necessariamente o Ministério Público e representantes da comunidade,
sendo seus recursos destinados à reconstituição dos bens lesados.

Trata-se do princípio do máximo benefício da tutela jurisdicional coletiva.

FCC – Procurador Município de Campinas/SP – 2016 - O princípio do máximo benefício da


tutela jurisdicional coletiva

a) possui previsão normativa expressa, aludindo à impossibilidade de a coisa julgada coletiva


prejudicar eventuais ações individuais de indenização que tenham o mesmo objeto da ação
coletiva.

51

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

b) deriva de construção doutrinária e jurisprudencial, aludindo à necessidade de o


pronunciamento judicial abarcar, de forma mais ampla possível, a resolução da lide coletiva,
com enfrentamento abrangente de todos os seus aspectos.

c) possui previsão normativa expressa aludindo à possibilidade de habilitação individual na


ação coletiva, de forma a possibilitar a mais ampla reparação do dano ao maior número de
beneficiários.

d) decorre de preceito legal, consolidado posicionamento jurisprudencial e ampla aceitação


doutrinária, aludindo à possibilidade de utilização de todas as espécies de ações para a defesa
de interesses e direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos.

e) deriva de construção doutrinária e jurisprudencial, aludindo à possibilidade de integração


das diversas fontes normativas do microssistema processual coletivo, de modo a possibilitar
a solução integral da lide coletiva.

Comentários

Exatamente na esteira do que aqui fora discutido, o princípio do máximo benefício da tutela
jurisdicional coletiva é aquele previsto no parágrafo 3º, do artigo 103, do CDC, segundo o qual
a coisa julgada coletiva não prejudica eventuais ações individuais de indenização eu tenham
o mesmo objeto da ação coletiva.

Alternativa correta, Letra A.

Por outro lado, o artigo 104, do CDC, estabelece que a ação coletiva não induz litispendência
para as ações individuais, eis que nestas busca-se o direito individual e não o direito coletivo lato
sensu, gerando situações jurídicas ativas distintas e não podendo ser consideradas idênticas
demandas.

Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do parágrafo único do art. 81,
não induzem litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada
erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e III do artigo anterior não
beneficiarão os autores das ações individuais, se não for requerida sua suspensão no
prazo de trinta dias, a contar da ciência nos autos do ajuizamento da ação coletiva.

No processo coletivo, a sentença fará coisa julgada de acordo com o resultado da demanda.
Acaso a demanda seja julgada improcedente, não haverá coisa julgada em relação aos titulares
individuais do direito, que poderão ajuizar demandas individuais, sem qualquer vinculação com a
demanda coletiva.

52

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Ao mesmo tempo, não há qualquer impedimento para que os titulares individuais do direito,
mesmo tomando conhecimento da propositura de coletiva, permaneçam litigando individualmente
com sua demanda própria. Todavia, de acordo com o artigo 104, do CDC, tais litigantes não serão
beneficiados pela decisão coletiva se não requererem a suspensão do seu processo individual em
um prazo de até 30 (trinta) dias, a contar da ciência da propositura da ação coletiva.

Assim, não haverá litispendência entre tais demandas (individual e coletiva) podendo
inclusive as decisões serem tomadas de forma divergente em cada um dos processos.

10 – SISTEMA NACIONAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR.


O CDC estabelece que o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor é formado por órgãos
federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais, além das entidades privadas de defesa do
consumidor. Os PROCONS são exemplos de órgãos criados pelos estados e municípios na defesa do
consumidor.

Art. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), os órgãos


federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais e as entidades privadas de defesa
do consumidor.

Tal sistema é coordenado pelo Departamento Nacional de Defesa do Consumidor (DNDC),


conforme previsto no artigo 106 do CDC. Aqui, meus amigos, apenas a leitura rápida do dispositivo
nos interessa. A ideia é que tenhamos uma noção das funções do DNDC:

Art. 106. O Departamento Nacional de Defesa do Consumidor, da Secretaria Nacional


de Direito Econômico (MJ), ou órgão federal que venha substituí-lo, é organismo de
coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe:
I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a política nacional de proteção ao
consumidor;
II - receber, analisar, avaliar e encaminhar consultas, denúncias ou sugestões
apresentadas por entidades representativas ou pessoas jurídicas de direito público ou
privado;
III - prestar aos consumidores orientação permanente sobre seus direitos e garantias;

53

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

IV - informar, conscientizar e motivar o consumidor através dos diferentes meios de


comunicação;
V - solicitar à polícia judiciária a instauração de inquérito policial para a apreciação de
delito contra os consumidores, nos termos da legislação vigente;
VI - representar ao Ministério Público competente para fins de adoção de medidas
processuais no âmbito de suas atribuições;
VII - levar ao conhecimento dos órgãos competentes as infrações de ordem
administrativa que violarem os interesses difusos, coletivos, ou individuais dos
consumidores;
VIII - solicitar o concurso de órgãos e entidades da União, Estados, do Distrito Federal e
Municípios, bem como auxiliar a fiscalização de preços, abastecimento, quantidade e
segurança de bens e serviços;
IX - incentivar, inclusive com recursos financeiros e outros programas especiais, a
formação de entidades de defesa do consumidor pela população e pelos órgãos públicos
estaduais e municipais;
X, XI e XII - (Vetado).
XIII - desenvolver outras atividades compatíveis com suas finalidades.
Parágrafo único. Para a consecução de seus objetivos, o Departamento Nacional de
Defesa do Consumidor poderá solicitar o concurso de órgãos e entidades de notória
especialização técnico-científica.

O estudo complementar e necessário do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC)


pode e deve ser feito através da leitura objetiva e organizada do Decreto nº 2.181/97. O próprio
decreto já traz em sua explicação a sua proposta prática:

“Dispõe sobre a organização do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor - SNDC,


estabelece as normas gerais de aplicação das sanções administrativas previstas na Lei
nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, revoga o Decreto Nº 861, de 9 julho de 1993, e dá
outras providências.”

Os órgãos que compõem o SNDC estão estabelecidos no art. 105 do CDC e no art. 2º do
Decreto nº 2.181/97, vide respectivamente:

54

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

CDC, Art. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), os órgãos
federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais e as entidades privadas de defesa
do consumidor.
Decreto 2.181, Art. 2º Integram o SNDC a Secretaria Nacional do Consumidor do
Ministério da Justiça e os demais órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal,
municipais e as entidades civis de defesa do consumidor.

Mas professor, e se houver um conflito de atribuições entre um


PROCON e outro órgão de defesa do consumidor?

A regulamentação do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor fora feita pelo Decreto


2.181/97 que em seu artigo 5º assim dispõe quanto ao conflito de competência:

Art. 5º Qualquer entidade ou órgão da Administração Pública, federal, estadual e


municipal, destinado à defesa dos interesses e direitos do consumidor, tem, no âmbito
de suas respectivas competências, atribuição para apurar e punir infrações a este
Decreto e à legislação das relações de consumo.
Parágrafo único. Se instaurado mais de um processo administrativo por pessoas jurídicas
de direito público distintas, para apuração de infração decorrente de um mesmo fato
imputado ao mesmo fornecedor, eventual conflito de competência será dirimido pela
Secretaria Nacional do Consumidor, que poderá ouvir a Comissão Nacional Permanente
de Defesa do Consumidor - CNPDC, levando sempre em consideração a competência
federativa para legislar sobre a respectiva atividade econômica.

Assim, caberá à Secretaria Nacional do Consumidor dirimir eventual conflito de competência


entre mais de um órgão de proteção e defesa do consumidor. Exatamente por isto, o STJ entendeu
não ser possível a aplicação de penalidade por órgão federal e estadual ao mesmo tempo pela
mesma conduta do fornecedor:

ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. MANDADO DE SEGURANÇA.


CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 535 DO CPC NÃO
CONFIGURADA. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS INSTAURADOS POR ÓRGÃOS
FEDERAL E ESTADUAL DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR. COMPETÊNCIA
55

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

CONCORRENTE. APLICAÇÃO DE MULTAS PELA MESMA INFRAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.


PODER PUNITIVO DO ESTADO. PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E DA LEGALIDADE.
ARTIGO 5º, PARÁGRAFO ÚNICO, DO DECRETO N. 2.181/97.
1. Caso em que são aplicadas multas administrativas pelo DPDC e pelo Procon-SP a
fornecedor, em decorrência da mesma infração às normas de proteção e defesa do
consumidor.
2. Constatado que o Tribunal de origem empregou fundamentação adequada e
suficiente para dirimir a controvérsia, dispensando, portanto, qualquer integração à
compreensão do que fora por ela decidido, é de se afastar a alegada violação do art. 535
do CPC.
3. No mérito, não assiste razão à recorrente, não obstante os órgãos de proteção e
defesa do consumidor, que integram o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor,
serem autônomos e independentes quanto à fiscalização e controle do mercado de
consumo, não se demonstra razoável e lícito a aplicação de sanções a fornecedor,
decorrentes da mesma infração, por mais de uma autoridade consumerista, uma vez
que tal conduta possibilitaria que todos os órgãos de defesa do consumidor existentes
no País punissem o infrator, desvirtuando o poder punitivo do Estado.
4. Nos termos do artigo 5º, parágrafo único, do Decreto n. 2.181/97: "Se instaurado mais
de um processo administrativo por pessoas jurídicas de direito público distintas, para
apuração de infração decorrente de um mesmo fato imputado ao mesmo fornecedor,
eventual conflito de competência será dirimido pelo DPDC, que poderá ouvir a Comissão
Nacional Permanente de Defesa do Consumidor - CNPDC, levando sempre em
consideração a competência federativa para legislar sobre a respectiva atividade
econômica." 5. Recurso especial não provido.
(REsp 1087892/SP, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em
22/06/2010, DJe 03/08/2010)

Por ser o referido Decreto escrito de forma bastante objetiva, o estudo detalhado do Sistema
Nacional de Defesa do Consumidor por vezes requer unicamente a leitura. Porém, necessário que
essa seja feita de forma organizada, destacando-se os principais pontos.

10.1 – DA COMPETÊNCIA DOS ÓRGÃOS INTEGRANTES DO


SNDC

56

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

As competências dos órgãos que integram o SNDC são definidas pelo art. 3º do Decreto
2.181/97, sendo cabível a sua leitura de forma objetiva. Atenta-se que as funções são dispostas nos
incisos através de verbos e, nesse sentido, importante lembrar que as bancas examinadoras
costumam cobrar um conhecimento objetivo em relação a esses verbos (“letra fria da lei”):

Art. 3º Compete à Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, a


coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe:
I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a política nacional de proteção e
defesa do consumidor;
II - receber, analisar, avaliar e apurar consultas e denúncias apresentadas por entidades
representativas ou pessoas jurídicas de direito público ou privado ou por consumidores
individuais;
III - prestar aos consumidores orientação permanente sobre seus direitos e garantias;
IV - informar, conscientizar e motivar o consumidor, por intermédio dos diferentes
meios de comunicação;
V - solicitar à polícia judiciária a instauração de inquérito para apuração de delito contra
o consumidor, nos termos da legislação vigente;
VI - representar ao Ministério Público competente, para fins de adoção de medidas
processuais, penais e civis, no âmbito de suas atribuições;
VII - levar ao conhecimento dos órgãos competentes as infrações de ordem
administrativa que violarem os interesses difusos, coletivos ou individuais dos
consumidores;
VIII - solicitar o concurso de órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, bem como auxiliar na fiscalização de preços, abastecimento,
quantidade e segurança de produtos e serviços;
IX - incentivar, inclusive com recursos financeiros e outros programas especiais, a
criação de órgãos públicos estaduais e municipais de defesa do consumidor e a
formação, pelos cidadãos, de entidades com esse mesmo objetivo;
X - fiscalizar e aplicar as sanções administrativas previstas na Lei nº 8.078, de 1990, e
em outras normas pertinentes à defesa do consumidor;
XI - solicitar o concurso de órgãos e entidades de notória especialização técnico-
científica para a consecução de seus objetivos;
XII - celebrar convênios e termos de ajustamento de conduta, na forma do § 6o do art.
5º da Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985;
XIII - elaborar e divulgar o cadastro nacional de reclamações fundamentadas contra
fornecedores de produtos e serviços, a que se refere o art. 44 da Lei nº 8.078, de 1990;

57

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

XIV - desenvolver outras atividades compatíveis com suas finalidades.

Art. 4º No âmbito de sua jurisdição e competência, caberá ao órgão estadual, do Distrito


Federal e municipal de proteção e defesa do consumidor, criado, na forma da lei,
especificamente para este fim, exercitar as atividades contidas nos incisos II a XII do art.
3º deste Decreto e, ainda:
I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a política estadual, do Distrito
Federal e municipal de proteção e defesa do consumidor, nas suas respectivas áreas de
atuação;
II - dar atendimento aos consumidores, processando, regularmente, as reclamações
fundamentadas;
III - fiscalizar as relações de consumo;
IV - funcionar, no processo administrativo, como instância de instrução e julgamento,
no âmbito de sua competência, dentro das regras fixadas pela Lei nº 8.078, de 1990,
pela legislação complementar e por este Decreto;
V - elaborar e divulgar anualmente, no âmbito de sua competência, o cadastro de
reclamações fundamentadas contra fornecedores de produtos e serviços, de que trata
o art. 44 da Lei no 8.078, de 1990 e remeter cópia à Secretaria Nacional do Consumidor
do Ministério da Justiça;
VI - desenvolver outras atividades compatíveis com suas finalidades.

A exemplo, seguem questões que já cobraram tal conhecimento:

CESPE - Defensor Público do Estado do Espírito Santo/2012 - Acerca do Sistema Nacional de


Defesa do Consumidor e da convenção coletiva de consumo, julgue o item subsequente.

São objetivos principais do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor — composto por


órgãos federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal, além de entidades privadas de
defesa do consumidor — o planejamento, a elaboração, a coordenação e a execução da
Política Nacional de Proteção ao Consumidor.

Comentários

58

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Item verdadeiro, por se tratar da disposição expressa no art. 3º, inciso I do Decreto nº
2.181/97.

CESPE - Especialista em Regulação de Aviação Civil/Área 5/2012 - Com base no disposto no


CDC, julgue o item que se segue.

Compete ao Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, órgão vinculado à Secretaria


de Direito Econômico do Ministério da Justiça, a coordenação da política do Sistema Nacional
de Defesa do Consumidor.

Comentários

Item Verdadeiro, por se tratar da disposição expressa do caput do artigo 106 do Código de
Defesa do Consumidor.

CONSULPLAN - Fiscal (Uberlândia)/Defesa do Consumidor/2012 - Integram o Sistema


Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC) os órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal e
municipais e as entidades privadas de defesa do consumidor. O Departamento Nacional de
Defesa do Consumidor, da Secretaria Nacional de Direito Econômico (MJ), ou órgão federal
que venha substitui-lo, é organismo de coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa
do Consumidor, cabendo-lhe executar as seguintes ações, EXCETO:

a) Solicitar à Polícia Judiciária a instauração de inquérito policial para a apreciação de delito


contra os consumidores, nos termos da legislação vigente.

b) Representar ao Ministério Público competente para fins de adoção de medidas processuais


no âmbito de suas atribuições.

c) Levar ao conhecimento dos órgãos competentes as infrações de ordem administrativa que


violarem os interesses difusos, coletivos ou individuais dos consumidores.

d) Ressarcir ao consumidor o valor comprovado, em moeda Real, dos prejuízos causados pelo
produto irregular adquirido e pagar indenização pelos transtornos causados em sua vida
pessoal.

e) Solicitar o concurso de órgãos e entidades da União, Estados, do Distrito Federal e


Municípios, bem como auxiliar a fiscalização de preços, abastecimento, quantidade e
segurança de bens e serviços.

Comentários

59

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

A resposta da questão é obtida através da leitura dos incisos do art. 3º do Decreto nº 2.181/97,
especificamente os incisos: V (letra “a”), VI (letra “b”), VII (letra “c”) e VIII (letra “e).

Portanto, o item que não possui atribuição correspondente no artigo referido é a letra “d)”.

Importante destacar que o enunciado da questão faz referência ao Departamento Nacional


de Defesa do Consumidor ou órgão federal que venha a substituí-lo.

Nesse caso, o Decreto nº 7.738/2012 alterou a redação do caput, alterando o nome do órgão
para Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça.

VUNESP - Analista de Promotoria (MPE SP)/Assistente Jurídico/2015 - O Departamento


Nacional de Defesa do Consumidor, da Secretaria Nacional de Direito Econômico (MJ), ou
órgão federal que venha substituí-lo, é o organismo de coordenação da política do Sistema
Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe

a) instaurar inquérito policial para apreciação de delito contra os consumidores, nos termos
de sua atuação.

b) incentivar a formação de entidades de defesa do consumidor pela população, vedada a


participação de recursos financeiros.

c) informar, conscientizar e motivar o consumidor através dos diferentes meios de


comunicação.

d) coordenar, elaborar e rever as regras da política estadual de proteção ao consumidor.

e) requisitar ao Ministério Público documentos e peças importantes para fins de adoção de


medidas administrativas.

Comentários

O item correto é a letra “c)”, visto ser esta a disposição expressa do art. 3º, inciso IV do Decreto
nº 2.181/97.

Prezados alunos, apenas para vosso conhecimento, as questões acima transcritas


representam exatamente 50% (cinquenta por cento) de todas as questões referentes ao
SNDC em acervo digital.

Ou seja, resta evidente a importância dos arts. 3º e 4º do Decreto nº 2.181/97 para as


questões que podem ser cobradas em eventual prova de concurso.

60

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

As infrações ao referido Decreto podem e devem ser apuradas e punidas por quaisquer órgãos
qualificados no caput dos artigos 3º e 4º já referidos. Havendo conflito de competência por
“litispendência” de denúncias, este deverá ser dirimido pela Secretaria Nacional do Consumidor.

Art. 5º Qualquer entidade ou órgão da Administração Pública, federal, estadual e


municipal, destinado à defesa dos interesses e direitos do consumidor, tem, no âmbito
de suas respectivas competências, atribuição para apurar e punir infrações a este
Decreto e à legislação das relações de consumo.
Parágrafo único. Se instaurado mais de um processo administrativo por pessoas jurídicas
de direito público distintas, para apuração de infração decorrente de um mesmo fato
imputado ao mesmo fornecedor, eventual conflito de competência será dirimido pela
Secretaria Nacional do Consumidor, que poderá ouvir a Comissão Nacional Permanente
de Defesa do Consumidor - CNPDC, levando sempre em consideração a competência
federativa para legislar sobre a respectiva atividade econômica.

Os desvios à boa prática de consumo, violando as bases principiológicas que fundam o Sistema
Nacional de Defesa do Consumidor, podem ser resolvidas através de formalização de compromissos
de ajustamento de conduta. A prática de tais compromissos é bem recebida pela nova orientação
conciliatória que deve reger os processos administrativos e judiciários. O Decreto 2.181/97 dispõe
de forma detalhada sobre esse procedimento:

Art. 6º As entidades e órgãos da Administração Pública destinados à defesa dos


interesses e direitos protegidos pelo Código de Defesa do Consumidor poderão celebrar
compromissos de ajustamento de conduta às exigências legais, nos termos do § 6º do
art. 5º da Lei nº 7.347, de 1985, na órbita de suas respectivas competências.
§ 1º A celebração de termo de ajustamento de conduta não impede que outro, desde
que mais vantajoso para o consumidor, seja lavrado por quaisquer das pessoas jurídicas
de direito público integrantes do SNDC.
§ 2º A qualquer tempo, o órgão subscritor poderá, diante de novas informações ou se
assim as circunstâncias o exigirem, retificar ou complementar o acordo firmado,
determinando outras providências que se fizerem necessárias, sob pena de invalidade
imediata do ato, dando-se seguimento ao procedimento administrativo eventualmente
arquivado.
§ 3º O compromisso de ajustamento conterá, entre outras, cláusulas que estipulem
condições sobre:
I - obrigação do fornecedor de adequar sua conduta às exigências legais, no prazo
ajustado
61

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

II - pena pecuniária, diária, pelo descumprimento do ajustado, levando-se em conta os


seguintes critérios:
a) o valor global da operação investigada;
b) o valor do produto ou serviço em questão;
c) os antecedentes do infrator;
d) a situação econômica do infrator;
III - ressarcimento das despesas de investigação da infração e instrução do
procedimento administrativo.
§ 4º A celebração do compromisso de ajustamento suspenderá o curso do processo
administrativo, se instaurado, que somente será arquivado após atendidas todas as
condições estabelecidas no respectivo termo.

A abrangência das competências dos demais órgãos e das entidades civis é definida pelos arts.
7º e 8º. Atentar, porém, que em relação às entidades civis as competências são restritas quando
comparadas aos demais órgãos.

Art. 7º Compete aos demais órgãos públicos federais, estaduais, do Distrito Federal e
municipais que passarem a integrar o SNDC fiscalizar as relações de consumo, no âmbito
de sua competência, e autuar, na forma da legislação, os responsáveis por práticas que
violem os direitos do consumidor.
Art. 8º As entidades civis de proteção e defesa do consumidor, legalmente constituídas,
poderão:
I - encaminhar denúncias aos órgãos públicos de proteção e defesa do consumidor, para
as providências legais cabíveis;
Il - representar o consumidor em juízo, observado o disposto no inciso IV do art. 82 da
Lei nº 8.078, de 1990;
III - exercer outras atividades correlatas.

Também dispõe o CPC sobre as entidades civis, vide art. 107 do referido código:

Art. 107. As entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou


sindicatos de categoria econômica podem regular, por convenção escrita, relações de
consumo que tenham por objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade,
62

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

à quantidade, à garantia e características de produtos e serviços, bem como à


reclamação e composição do conflito de consumo.
§ 1° A convenção tornar-se-á obrigatória a partir do registro do instrumento no cartório
de títulos e documentos.
§ 2° A convenção somente obrigará os filiados às entidades signatárias.
§ 3° Não se exime de cumprir a convenção o fornecedor que se desligar da entidade em
data posterior ao registro do instrumento.

CESPE - Juiz Estadual (TJ BA)/2012 - A respeito do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor
(SNDC), do Departamento Nacional de Defesa do Consumidor (DNDC) e da convenção coletiva
de consumo, assinale a opção correta.

a) Compete ao DNDC ajuizar ação coletiva contra os infratores das normas consumeristas, a
fim de impor-lhes condenações ao pagamento de multas.

b) As entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou sindicatos de


categoria econômica podem regular, por convenção escrita, relações de consumo. As regras
constantes nessas convenções passam a ser obrigatórias a partir do registro do instrumento
no cartório de títulos e documentos, mesmo para o fornecedor que, posteriormente, se
desligue da entidade de classe.

c) Os PROCON's, órgãos oficiais locais subordinados hierarquicamente ao DNDC e criados, na


forma da lei, para exercer as atividades contidas no CDC, atuam junto às comunidades
prestando atendimento direto aos consumidores.

d) Para a consecução de seus objetivos, o DNDC poderá requisitar o concurso de órgãos e


entidades de notória especialização técnico-científica. Se se omitir, o requisitado cometerá
crime tipificado no CDC.

e) O SNDC resulta da conjugação de esforços do Estado, nas diversas unidades da Federação,


para a implementação efetiva dos direitos do consumidor e para o respeito da pessoa humana
na relação de consumo. Para impedir a manipulação ao livre mercado, é vedada a participação
de entidades privadas no SNDC.

63

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Comentários

O item correto é a letra “b)”, conforme caput e §§1º e 3º do art. 107 do CDC.

10.2 – DA FISCALIZAÇÃO
As relações de consumo a serem fiscalizadas pelos órgãos que compõem o SNDC se
restringem às quais podem ser aplicadas o Código de Defesa do Consumidor. A competência para
fiscalizar é dos órgãos já descritos anteriormente, conforme previsão dos artigos 3º, 4º e 7º do
referido Decreto.

Tal fiscalização deve ser executada por agentes fiscais oficialmente designados, importando
destacar que estes devem ser também devidamente credenciados por meio de Cédula de
Identificação Fiscal.

Art. 9º A fiscalização das relações de consumo de que tratam a Lei no 8.078, de 1990, este
Decreto e as demais normas de defesa do consumidor será exercida em todo o território
nacional pela Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, pelos órgãos
federais integrantes do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, pelos órgãos
conveniados com a Secretaria e pelos órgãos de proteção e defesa do consumidor
criados pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, em suas respectivas áreas de
atuação e competência.
Art. 10. A fiscalização de que trata este Decreto será efetuada por agentes fiscais,
oficialmente designados, vinculados aos respectivos órgãos de proteção e defesa do
consumidor, no âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal, devidamente
credenciados mediante Cédula de Identificação Fiscal, admitida a delegação mediante
convênio.
Art. 11. Sem exclusão da responsabilidade dos órgãos que compõem o SNDC, os agentes
de que trata o artigo anterior responderão pelos atos que praticarem quando investidos
da ação fiscalizadora.

64

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

10.3 – DAS PRÁTICAS INFRATIVAS


São várias as infrações referidas no Decreto nº 2.181/97, sendo suficiente, porém
importante, a leitura objetiva de seus artigos 12 e 13. Apesar de extensos, deve-se utilizar a mesma
lógica de leitura anteriormente citada: leitura objetiva, priorizando os verbos do início dos incisos e
alíneas, quando houver.

O mais importante a destacar em relação às infrações é a diferenciação feita de alguns


termos nos artigos 14 e 17, havendo relação com significados também trabalhados no Código de
Defesa do Consumidor, destaca-se:

Art. 14. É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter


publicitário inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, esmo por
omissão, capaz de induzir a erro o consumidor a respeito da natureza, características,
qualidade, quantidade, propriedade, origem, preço e de quaisquer outros dados sobre
produtos ou serviços. (art. 37, §1º do CDC)
§ 1º É enganosa, por omissão, a publicidade que deixar de informar sobre dado essencial
do produto ou serviço a ser colocado à disposição dos consumidores. (art. 37, §1º do
CDC)
§ 2º É abusiva, entre outras, a publicidade discriminatória de qualquer natureza, que
incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de
julgamento e da inexperiência da criança, desrespeite valores ambientais, seja capaz de
induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou
segurança, ou que viole normas legais ou regulamentares de controle da publicidade.
(art. 37, §2º do CDC)
§ 3º O ônus da prova da veracidade (não-enganosidade) e da correção (não-abusividade)
da informação ou comunicação publicitária cabe a quem as patrocina. (art. 38 do CDC)
(...)
Art. 17. As práticas infrativas classificam-se em:
I - leves: aquelas em que forem verificadas somente circunstâncias atenuantes; (leitura
do art. 25 do Dec. 2.181/97)
II - graves: aquelas em que forem verificadas circunstâncias agravantes. (leitura do art.
26 do Dec. 2.181/97)

Há também previsão de procedimento para quando houver “conexão” (interesses difusos ou


coletivos - art. 16, Dec. 2.181/97) ou “litispendência” (mesmo fato gerador de prática infrativa - art.
15, Dec. 2.181/97), vide:

65

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Art. 15. Estando a mesma empresa sendo acionada em mais de um Estado federado pelo
mesmo fato gerador de prática infrativa, a autoridade máxima do sistema estadual
poderá remeter o processo ao órgão coordenador do SNDC, que apurará o fato e
aplicará as sanções respectivas.
Art. 16. Nos casos de processos administrativos em trâmite em mais de um Estado, que
envolvam interesses difusos ou coletivos, a Secretaria Nacional do Consumidor poderá
avocá-los, ouvida a Comissão Nacional Permanente de Defesa do Consumidor, e as
autoridades máximas dos sistemas estaduais

10.4 – DAS PENALIDADES ADMINISTRATIVAS


Os artigos 18 a 20 do referido Decreto tratam das penalidades cabíveis àqueles que
cometerem as práticas dispostas nos artigos 12 e 13. Destaca-se, no caso, a possibilidade de
imputação das penalidades a órgãos públicos.

Art. 18. A inobservância das normas contidas na Lei nº 8.078, de 1990, e das demais
normas de defesa do consumidor constituirá prática infrativa e sujeitará o fornecedor
às seguintes penalidades, que poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente,
inclusive de forma cautelar, antecedente ou incidente no processo administrativo, sem
prejuízo das de natureza cível, penal e das definidas em normas específicas:
I - multa;
II - apreensão do produto;
Ill - inutilização do produto;
IV - cassação do registro do produto junto ao órgão competente;
V - proibição de fabricação do produto;
VI - suspensão de fornecimento de produtos ou serviços;
VII - suspensão temporária de atividade;
VIII - revogação de concessão ou permissão de uso;
IX - cassação de licença do estabelecimento ou de atividade;
X - interdição, total ou parcial, de estabelecimento, de obra ou de atividade;
XI - intervenção administrativa;
XII - imposição de contrapropaganda.
§ 1º Responderá pela prática infrativa, sujeitando-se às sanções administrativas
previstas neste Decreto, quem por ação ou omissão lhe der causa, concorrer para sua
prática ou dela se beneficiar.

66

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

§ 2º As penalidades previstas neste artigo serão aplicadas pelos órgãos oficiais


integrantes do SNDC, sem prejuízo das atribuições do órgão normativo ou regulador da
atividade, na forma da legislação vigente.
§ 3º As penalidades previstas nos incisos III a XI deste artigo sujeitam-se a posterior
confirmação pelo órgão normativo ou regulador da atividade, nos limites de sua
competência.
Art. 19. Toda pessoa física ou jurídica que fizer ou promover publicidade enganosa ou
abusiva ficará sujeita à pena de multa, cumulada com aquelas previstas no artigo
anterior, sem prejuízo da competência de outros órgãos administrativos.
Parágrafo único. Incide também nas penas deste artigo o fornecedor que:
a) deixar de organizar ou negar aos legítimos interessados os dados fáticos, técnicos e
científicos que dão sustentação à mensagem publicitária;
b) veicular publicidade de forma que o consumidor não possa, fácil e imediatamente,
identificá-la como tal.
Art. 20. Sujeitam-se à pena de multa os órgãos públicos que, por si ou suas empresas
concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento,
deixarem de fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais,
contínuos.

De todas as penalidades, há apenas uma situação específica que requer maiores ponderações,
qual seja: a penalidade de apreensão do produto.

Art. 21. A aplicação da sanção prevista no inciso II do art. 18 terá lugar quando os
produtos forem comercializados em desacordo com as especificações técnicas
estabelecidas em legislação própria, na Lei nº 8.078, de 1990, e neste Decreto.
§ 1º Os bens apreendidos, a critério da autoridade, poderão ficar sob a guarda do
proprietário, responsável, preposto ou empregado que responda pelo gerenciamento
do negócio, nomeado fiel depositário, mediante termo próprio, proibida a venda,
utilização, substituição, subtração ou remoção, total ou parcial, dos referidos bens.
§ 2º A retirada de produto por parte da autoridade fiscalizadora não poderá incidir
sobre quantidade superior àquela necessária à realização da análise pericial.

Há também penalidades previstas para as situações em que o fornecedor se beneficie pela


aplicação/manutenção de cláusula abusiva. Tal previsão de penalidade está objetivamente disposta
em vários incisos do artigo 22 do Decreto nº 2.181/97, o qual deve ser lido conjuntamente com o
artigo 51 do CDC (“Das Cláusulas Abusivas”). Estende-se a aplicação das penalidades aos produtos

67

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

e serviços fornecidos por meio de amostra grátis, em congruência com o disposto no CDC, vide art.
23, Dec. 2.181/97:

Art. 23. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou entregues ao consumidor, na


hipótese prevista no inciso IV do art. 12 deste Decreto, equiparam-se às amostras grátis,
inexistindo obrigação de pagamento. (redação semelhante ao art. 39, parágrafo único
do CDC)

A pena de multa tem sua regra de aplicação disposta pelo art. 28 do referido Decreto:

Art. 28. Observado o disposto no art. 24 deste Decreto pela autoridade competente, a
pena de multa será fixada considerando-se a gravidade da prática infrativa, a extensão
do dano causado aos consumidores, a vantagem auferida com o ato infrativo e a
condição econômica do infrator, respeitados os parâmetros estabelecidos no parágrafo
único do art. 57 da Lei nº 8.078, de 1990.

Transcreve-se a referência feita:

Art. 57. A pena de multa, graduada de acordo com a gravidade da infração, a vantagem
auferida e a condição econômica do fornecedor, será aplicada mediante procedimento
administrativo, revertendo para o Fundo de que trata a Lei nº 7.347, de 24 de julho de
1985, os valores cabíveis à União, ou para os Fundos estaduais ou municipais de
proteção ao consumidor nos demais casos.
Parágrafo único. A multa será em montante não inferior a duzentas e não superior a três
milhões de vezes o valor da Unidade Fiscal de Referência (Ufir), ou índice equivalente
que venha a substituí-lo.

Por fim, importa destacar as regras para que o infrator possa ser considerado reincidente,
destacando-se a necessidade de “trânsito em julgado” e a “prescrição” da reincidência:

68

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Art. 27. Considera-se reincidência a repetição de prática infrativa, de qualquer natureza,


às normas de defesa do consumidor, punida por decisão administrativa irrecorrível.
Parágrafo único. Para efeito de reincidência, não prevalece a sanção anterior, se entre
a data da decisão administrativa definitiva e aquela da prática posterior houver
decorrido período de tempo superior a cinco anos.

10.5 – DA DESTINAÇÃO DA MULTA E DA ADMINISTRAÇÃO


DOS RECURSOS

São apenas 03 (três) os artigos no Decreto 2.181/97 que fazem referência à destinação da
multa e a administração desses recursos, sendo suficiente a sua leitura:

Art. 29. A multa de que trata o inciso I do art. 56 e caput do art. 57 da Lei nº 8.078, de
1990, reverterá para o Fundo pertinente à pessoa jurídica de direito público que impuser
a sanção, gerido pelo respectivo Conselho Gestor.
Parágrafo único. As multas arrecadadas pela União e órgãos federais reverterão para o
Fundo de Direitos Difusos de que tratam a Lei nº 7.347, de 1985, e Lei nº 9.008, de 21
de março de 1995, gerido pelo Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa dos Direitos
Difusos - CFDD.
Art. 30. As multas arrecadadas serão destinadas ao financiamento de projetos
relacionados com os objetivos da Política Nacional de Relações de Consumo, com a
defesa dos direitos básicos do consumidor e com a modernização administrativa dos
órgãos públicos de defesa do consumidor, após aprovação pelo respectivo Conselho
Gestor, em cada unidade federativa.
Art. 31. Na ausência de Fundos municipais, os recursos serão depositados no Fundo do
respectivo Estado e, faltando este, no Fundo federal.
Parágrafo único. O Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa dos Direitos, Difusos
poderá apreciar e autorizar recursos para projetos especiais de órgãos e entidades
federais, estaduais e municipais de defesa do consumidor.
Art. 32. Na hipótese de multa aplicada pelo órgão coordenador do SNDC nos casos
previstos pelo art. 15 deste Decreto, o Conselho Federal Gestor do FDD restituirá aos
fundos dos Estados envolvidos o percentual de até oitenta por cento do valor
arrecadado.

69

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Importante é destacar as disposições legais sobre os fundos destinatários de tais recursos. O


artigo 57 do CDC, já transcrito anteriormente, prevê a designação da penalidade de multa para os
fundos, dentre os quais pode ser o de proteção ao consumidor. Há, porém, possibilidade de
destinação de valores aos mesmos fundos através de condenações em ações coletivas. Para
relembrar o assunto, são legitimados para defender os interesses os dispostos no art. 82 do CDC,
vide:

Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente:
I - o Ministério Público,
II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;
III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem
personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos
protegidos por este código;
IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre
seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código,
dispensada a autorização assemblear.

Ainda no Código de Defesa do Consumidor, há disposição sobre a destinação dos valores


oriundos das condenações, ainda que nem todos os interessados (individuais) tenham se
habilitado no processo.

Art. 99. Em caso de concurso de créditos decorrentes de condenação prevista na Lei n.°
7.347, de 24 de julho de 1985 e de indenizações pelos prejuízos individuais resultantes
do mesmo evento danoso, estas terão preferência no pagamento.
Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, a destinação da importância
recolhida ao fundo criado pela Lei n°7.347 de 24 de julho de 1985, ficará sustada
enquanto pendentes de decisão de segundo grau as ações de indenização pelos danos
individuais, salvo na hipótese de o patrimônio do devedor ser manifestamente
suficiente para responder pela integralidade das dívidas.
Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem habilitação de interessados em número
compatível com a gravidade do dano, poderão os legitimados do art. 82 promover a
liquidação e execução da indenização devida.
Parágrafo único. O produto da indenização devida reverterá para o fundo criado pela Lei
n.° 7.347, de 24 de julho de 1985.

70

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

10.6 – DO PROCESSO ADMINISTRATIVO


O capítulo V do Decreto nº 2.181/97 trata especificamente do processo administrativo, meio
pelo qual serão apuradas as práticas infrativas às normas de proteção e defesa do consumidor. É
um procedimento muito específico e detalhado e que, até o presente momento, não foi cobrado
nas questões de concurso.

Destacam-se, no entanto, as disposições gerais sobre o processo administrativo que constam


no art. 33 do referido Decreto:

Art. 33. As práticas infrativas às normas de proteção e defesa do consumidor serão


apuradas em processo administrativo, que terá início mediante:
I - ato, por escrito, da autoridade competente;
I - lavratura de auto de infração;
III - reclamação.
§ 1º Antecedendo à instauração do processo administrativo, poderá a autoridade
competente abrir investigação preliminar, cabendo, para tanto, requisitar dos
fornecedores informações sobre as questões investigados, resguardado o segredo
industrial, na forma do disposto no § 4º do art. 55 da Lei nº 8.078, de 1990.
§ 2º A recusa à prestação das informações ou o desrespeito às determinações e
convocações dos órgãos do SNDC caracterizam desobediência, na forma do art. 330 do
Código Penal, ficando a autoridade administrativa com poderes para determinar a
imediata cessação da prática, além da imposição das sanções administrativas e civis
cabíveis.

Atenta-se, no caso, à possibilidade de crime de desobediência (art. 330, CP), prevista no §2º
acima transcrito. Em relação aos arts. 34 ao 54 do Decreto 2.181/97, estes devem ser lidos de forma
rápida e objetiva. Conforme já dito, tratam estes artigos de um procedimento muito específico,
cheio de detalhes e até então não cobrado em provas de concurso.

71

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

10.7 – DO ELENCO DE CLÁUSULAS ABUSIVAS


O Decreto 2.181/97 também dispõe sobre a possibilidade da constante atualização do rol de
hipóteses nas quais as cláusulas contratuais podem ser consideradas abusivas, respeitando-se os
termos gerais dispostos no art. 51 do Código de Defesa do Consumidor, a fim de auxiliar na aplicação
das penalidades previstas no art. 22 do referido Decreto.

Importante destacar que o rol é exemplificativo!

Art. 56. Na forma do art. 51 da Lei no 8.078, de 1990, e com o objetivo de orientar o
Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, a Secretaria Nacional do Consumidor
divulgará, anualmente, elenco complementar de cláusulas contratuais consideradas
abusivas, notadamente para o fim de aplicação do disposto no inciso IV do caput do art.
22.
§ 1º Na elaboração do elenco referido no caput e posteriores inclusões, a consideração
sobre a abusividade de cláusulas contratuais se dará de forma genérica e abstrata.
§ 2º O elenco de cláusulas consideradas abusivas tem natureza meramente
exemplificativa, não impedindo que outras, também, possam vir a ser assim
consideradas pelos órgãos da Administração Pública incumbidos da defesa dos
interesses e direitos protegidos pelo Código de Defesa do Consumidor e legislação
correlata.
§ 3º A apreciação sobre a abusividade de cláusulas contratuais, para fins de sua inclusão
no elenco a que se refere o caput deste artigo, se dará de ofício ou por provocação dos
legitimados referidos no art. 82 da Lei nº 8.078, de 1990.

10.8 – DO CADASTRO DE FORNECEDORES


Bem como no art. 44 do Código de Defesa do Consumidor, os arts. 57 e seguintes do Decreto
nº 2.181/97 dispõem sobre o cadastro das reclamações fundamentadas contra fornecedores, os
quais merecem uma leitura objetiva. Destaca-se que o arquivo de cadastro dos fornecedores é
considerado arquivo público:

Art. 60. Os cadastros de reclamações fundamentadas contra fornecedores são


considerados arquivos públicos, sendo informações e fontes a todos acessíveis,
72

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

gratuitamente, vedada a utilização abusiva ou, por qualquer outro modo, estranha à
defesa e orientação dos consumidores, ressalvada a hipótese de publicidade
comparativa.
Art. 62. Os cadastros específicos de cada órgão público de defesa do consumidor serão
consolidados em cadastros gerais, nos âmbitos federal e estadual, aos quais se aplica o
disposto nos artigos desta Seção.

10.9 – SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES DE DEFESA DO


CONSUMIDOR - SINDEC
O SINDEC é uma política pública que tem por objetivo a integração do Sistema Nacional de
Defesa do Consumidor (SNDC) e fortalecer a ação entre os seus órgãos, observando os objetivos do
art. 106 do CDC. São procedimentos permitidos pelo SINDEC:

 Registro dos atendimentos individuais a consumidores;


 Instrução dos procedimentos de atendimento e dos processos de reclamação;
 Gestão das políticas de atendimento e do fluxo interno dos PROCONs de forma
integrada;
 Elaboração de Cadastros Estaduais e Nacional de Reclamações Fundamentadas.

A consolidação da base de dados do SINDEC é importante tanto para o consumidor, como


também para os órgãos que defendem seus direitos ou mesmo para os próprios fornecedores, a fim
de que aperfeiçoem a sua maneira de agir frente ao mercado consumidor, evitando a repetição ou
ocorrência de prejuízos/danos.

A replicação dos conhecimentos, atendimentos e julgamentos dos PROCONs também


fortalece a segurança jurídica, possibilitando um retorno mais rápido ou até mesmo a repreensão
de um ato abusivo por parte do fornecedor, evitando/suspendendo um dano ao consumidor.

Por fim, importante destacar que a base de dados do SINDEC deve observar o direito de
acesso à informação previstos no art. 37 da Constituição Federal e na Lei nº 12.527/2011, sendo
livre e público o acesso às informações.

73

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

10.10 – DISPOSIÇÕES GERAIS


Por fim, seguem os artigos com as disposições gerais:

Art. 63. Com base na Lei no 8.078, de 1990, e legislação complementar, a Secretaria
Nacional do Consumidor poderá expedir atos administrativos, visando à fiel observância
das normas de proteção e defesa do consumidor.
Art. 64. Poderão ser lavrados Autos de Comprovação ou Constatação, a fim de
estabelecer a situação real de mercado, em determinado lugar e momento, obedecido
o procedimento adequado.
Art. 65. Em caso de impedimento à aplicação do presente Decreto, ficam as autoridades
competentes autorizadas a requisitar o emprego de força policial.
Art. 66. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

FCC - DP (DPE AP)/DPE AP/2018 - O Sistema Nacional de Defesa do Consumidor reúne


PROCONs, Ministério Público, Defensoria Pública e entidades civis de defesa do consumidor.
Sobre o funcionamento desses órgãos e entidades,

a) os PROCONs são órgãos municipais que prestam apoio local aos consumidores, com papel
fundamental na Política Nacional de Defesa do Consumidor.

b) compete à Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Fazenda, a coordenação


do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor.

c) as práticas infrativas às normas de proteção e defesa do consumidor deverão ser apuradas


mediante processo administrativo que se inicie por reclamação do consumidor, desde que
pessoal, a um dos órgãos que compõem o sistema nacional.

d) da decisão da autoridade competente que aplicar sanção caberá recurso, com efeito
suspensivo, qualquer que seja a penalidade, no prazo de dez dias da intimação da decisão.

74

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

e) as entidades civis de proteção e defesa do consumidor, legalmente constituídas, poderão


representar o consumidor em juízo, observadas as previsões trazidas pelo Código de Defesa
do Consumidor.

Comentários

Gabarito, letra E.

Trata-se da interpretação do artigo 8º, inciso II, do Decreto 2.181/87:

Art. 8º As entidades civis de proteção e defesa do consumidor, legalmente constituídas,


poderão: (...) Il - representar o consumidor em juízo, observado o disposto no inciso IV do art.
82 da Lei nº 8.078, de 1990;

11 – CONVENÇÃO COLETIVA DE CONSUMO: UMA


ATRIBUIÇÃO ÀS ASSOCIAÇÕES

A Convenção Coletiva de Consumo está prevista no artigo 107 do Código de Defesa do


Consumidor.

Trata-se da possibilidade de as associações civis de consumidores e de fornecedores, bem


como dos sindicatos de categoria econômica regularem por convenção escrita as relações de
consumo relativas ao preço, qualidade, quantidade garantia e características dos produtos ou
serviços. Possível ainda a regulação quanto à reclamação e composição do conflito de consumo.

Naturalmente, a formatação de uma convenção coletiva de consumo visa à antecipação de


eventuais conflitos que possam surgir no âmbito de tais relações, buscando-se um meio de se
solucionar preventivamente os conflitos coletivos. Os acertos celebrados na convenção coletivas
terão reflexo direto nos contratos individuais que serão celebrados pelos participantes.

Da Convenção Coletiva de Consumo


Art. 107. As entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou
sindicatos de categoria econômica podem regular, por convenção escrita, relações de
consumo que tenham por objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade,
à quantidade, à garantia e características de produtos e serviços, bem como à
reclamação e composição do conflito de consumo.

75

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

A convenção tornar-se-á obrigatória a partir do registro do instrumento no cartório de


títulos e documentos (parágrafo 1º) e somente obrigará os filiados às entidades signatárias
(parágrafo 2º). Ademais, de acordo com o parágrafo 3º:

§ 3° Não se exime de cumprir a convenção o fornecedor que se desligar da entidade em


data posterior ao registro do instrumento.

Para a doutrina, a convenção coletiva de consumo não poderá suprimir direitos e garantias
previstas no CDC, devendo ser celebrada tão somente para ampliar os direitos dos consumidores,
nunca para diminuí-los ou suprimi-los.

Como este tema já foi cobrado em prova?

O CESPE, em concurso para Juiz do TJDFT realizado em 2014, cobrou na segunda fase a
seguinte pergunta:

CESPE – TJDFT – 2014 - Discorra sobre a convenção coletiva de consumo, abordando os


seguintes aspectos:

i) conceito (0,20);

ii) objeto e finalidade do instituto (0,25);

iii) possibilidade da previsão de restrição pontual de direitos e garantias previstos no CDC


(0,25);

iv) a exigência de forma para a convenção e o início de sua eficácia (0,20).

Comentários

Esperava-se do candidato a resposta segundo o seguinte Padrão Oficial de resposta disponível


em:

76

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

http://www.cespe.unb.br/concursos/TJDFT_13_JUIZ/arquivos/DIREITO_DO_CONSUMIDOR_
PADR__O_DE_RESPOSTAS_DEFINITIVO.PDF

Utilização correta do idioma oficial e capacidade de exposição ‐ item 8.4 do edital (0,10).

i) Conceito: a convenção coletiva de consumo é um instrumento, previsto no CDC (art. 107),


que busca a antecipação de eventuais conflitos nas relações de consumo, regulando sua
solução e estabelecendo condições para a sua composição. Trata-se de um meio de solução
de conflitos coletivos, em que fornecedores e consumidores, por suas entidades
representativas, estabelecem, de forma antecipada, condições para certos elementos da
relação de consumo, que terão incidência nos contratos individuais que serão celebrados
(0,20).

ii) Segundo dispõe o CDC, a convenção coletiva pode ter por objeto o estabelecimento de
condições relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e características de
produtos e serviços, bem como à reclamação e composição do conflito de consumo. A sua
finalidade precípua é a de buscar solucionar, de forma antecipada e coletiva, eventuais
conflitos que possam advir dos contratos futuros, individualmente firmados entre os filiados
às entidades de representação signatárias da convenção (0,25).

iii) Os direitos e garantias previstos no CDC constituem normas regidas por princípios de
ordem pública, de tal forma que não podem ser suprimidos ou restringidos por força de ajuste
entre as partes signatárias do instrumento coletivo. A convenção coletiva de consumo não
pode ter por objeto qualquer cláusula que impeça ou importe em restrição, ainda que
indireta, aos direitos previstos no CDC. Somente pode haver, por meio da convenção, a
ampliação das garantias e direitos, nunca a sua diminuição (0,25).

iv) Nos termos do que reza o artigo 107, caput, do CDC, exige-se que a convenção coletiva
observe, para a elaboração do instrumento respectivo, a forma escrita. Nos termos do
parágrafo primeiro do art. 107, a convenção se torna obrigatória, e, portanto, eficaz, a partir
do registro do instrumento em cartório de títulos e documentos (0,20).

FCC - DP (DPE AP)/DPE AP/2018 - Sobre a convenção coletiva de consumo, o Código de Defesa
do Consumidor dispõe expressamente que

77

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

a) a convenção não obriga somente os filiados às entidades signatárias.

b) torna-se obrigatória desde a sua assinatura, independentemente do registro no cartório de


títulos e documentos.

c) não é permitida a regulação escrita em convenção que diga respeito a relações de consumo
que tenham por objeto estabelecer condições relativas à quantidade de produtos ou serviços.

d) não é permitida a regulação escrita em convenção que diga respeito a relações de consumo
que tenham por objeto estabelecer condições relativas a preços de produtos ou serviços.

e) a regulação por convenção coletiva de consumo é permitida para entidades civis de


consumidores, as associações de fornecedores ou sindicatos de categoria econômica.

Comentários

Gabarito, letra E, conforme o artigo 107 do CDC: Art. 107. As entidades civis de consumidores
e as associações de fornecedores ou sindicatos de categoria econômica podem regular, por
convenção escrita, relações de consumo que tenham por objeto estabelecer condições
relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e características de produtos e
serviços, bem como à reclamação e composição do conflito de consumo.

CESPE - DP PE/DPE PE/2018 - Conforme previsão expressa no CDC, possuem legitimidade para
firmar convenção coletiva de consumo apenas as

a) associações de fornecedores ou sindicato de categoria econômica e as entidades e os


órgãos da administração pública destinados à defesa dos direitos dos consumidores.

b) entidades públicas ou privadas destinadas à defesa dos direitos dos consumidores, as


associações de fornecedores e os sindicatos de categoria econômica.

c) entidades civis de consumidores e seus respectivos filiados.

d) entidades civis representativas de consumidores e as associações de fornecedores ou


sindicatos de categoria econômica.

78

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

e) associações de fornecedores ou sindicatos de categoria econômica, o Ministério Público e


a Defensoria Pública.

Comentários

Gabarito, letra D.

A questão pedia a disposição expressa do CDC. Assim, o Ministério Público e a Defensoria


Pública não estão incluídos no artigo 107 do CDC: Art. 107. As entidades civis de consumidores
e as associações de fornecedores ou sindicatos de categoria econômica podem regular, por
convenção escrita, relações de consumo que tenham por objeto estabelecer condições
relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e características de produtos e
serviços, bem como à reclamação e composição do conflito de consumo.

79

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

12 – BIBLIOGRAFIA
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. VADE MECUM DE JURISPRUDÊNCIA DIZER O DIREITO. Manaus:
Dizer o Direito, 2016.

DIDIER JR, Fredier, BRAGA, Paula Sarno e OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. CURSO DE DIREITO
PROCESSUAL CIVIL – VOLUME 2. 11ª. Edição. Salvador: Editora JusPodivm, 2016.

DIDIER JR, Fredie e CUNHA, Leonardo Carneiro da. CURSO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL –
VOLUME 3. 13ª. Edição. Salvador: Editora JusPodivm, 2016.

DIDIER JR, Fredie e ZANETI JR, Zaneti. Curso de direito processual civil: processo coletivo. 10ª
edição. Salvador: Juspodivm, 2016.

GRINOVER, Ada Pellegrini. A tutela dos interesses difusos. São Paulo: Editora Max Limonad, 1984.

LAGES, Leandro Cardoso. Direito do consumidor: a lei, a jurisprudência e o cotidiano. Rio de


Janeiro: Editora Lumen Juris, 2014.

LENZA, Pedro. Teoria geral da ação civil pública. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003.

MIRAGEM, Bruno. CURSO DE DIREITO DO CONSUMIDOR. 5ª. Edição. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2014.

TARTUCE, Flávio. Manual de direito do consumidor: direito material e processual. Flávio Tartuce,
Daniel Amorim, Assumpção Neves. 5ª Edição. Rio de Janeiro: Forense. São Paulo: Método, 2016.

80

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

13 – RESUMO

1. O processo coletivo nada mais é que uma demanda litigiosa onde uma das partes (sujeito ativo
ou passivo) é um ente de natureza coletiva. Um sindicato, uma associação, o Ministério Público
e a Defensoria Pública são exemplos de litigantes que demandam em juízo interesses coletivos,
inerentes a um determinado grupo de pessoas.

2. Interesses como a defesa de consumidores, do meio ambiente, do patrimônio artístico,


histórico e cultural, saúde, são exemplos de matérias passíveis de defesa pela via da ação
coletiva.

3. A Lei 7.437/85 surgida antes da Constituição Federal de 88 trouxe em seu artigo 1º a


possibilidade de se proteger por intermédio de Ação Civil Pública a responsabilidade por danos
morais e patrimoniais causados ao meio ambiente, ao consumidor, aos bens de valor artístico,
estético ou histórico, e a qualquer outro interesse difuso ou coletivo.

4. Diz-se que o processo coletivo brasileiro é regulado por um microssistema de tutela coletiva,
composto por disposições previstas no Código de Defesa do Consumidor, na Lei da Ação Civil
Pública, na Constituição Federal e no próprio CPC, além de outros dispositivos esparsos.

5. São princípios que regem o processo coletivo brasileiro:


I. Devido Processo Legal Coletivo, que inclui os subprincípios da adequada legitimação
ativa ou passiva, da publicidade e da competência adequada.

II. Primazia do conhecimento do mérito do processo coletivo, consubstanciado no


artigo 16, da Lei 7.347/85, segundo o qual:

81

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da competência
territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por
insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra
ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova. (Redação dada pela Lei nº
9.494, de 10.9.1997)

Além disso, a coisa julgada no processo coletivo dá-se de acordo com o resultado da
demanda.

Acaso a demanda seja julgada improcedente, não haverá coisa julgada em relação
aos titulares individuais do direito, que poderão ajuizar demandas individuais, sem
qualquer vinculação com a demanda coletiva. Pode-se, portanto, resumir a coisa
julgada da sentença coletiva da seguinte forma:

a) Processo extinto sem resolução do mérito – produz apenas coisa julgada formal;

b) Pedido julgado improcedente por insuficiência de provas – Não atinge as


demandas individuais que porventura venham a ser propostas;

c) Sentença julgada procedente – Transporte da coisa julgada – todos


beneficiados de acordo com a lei;

III. Princípio da indisponibilidade da demanda coletiva, consubstanciado no artigo 5º,


parágrafo 3º, da Lei 7.347/85, segundo o qual:

Artigo 5º.
§ 3° Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação
legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa.

IV. Princípio da Reparação Integral do Dano

V. Princípio da não taxatividade


82

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

VI. Princípio da predominância dos aspectos inquisitoriais;

6. Quanto à classificação dos direitos coletivos, destaca-se o artigo 81 do CDC:

Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser
exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:
I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas
e ligadas por circunstâncias de fato;
II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de
pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;
III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de
origem comum.

7. São legitimados para a defesa dos consumidores em juízo:

I. O Ministério Público;

II. A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;

III. As entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem
personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos
protegidos por este código;

83

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

IV. As associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus
fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código,
dispensada a autorização assemblear.

8. Todos são legitimados concorrentes, ou seja, qualquer um destes, a qualquer momento


pode entrar com a ação desejada, não dependendo de qualquer providência prévia de outro
legitimado.

9. A Defensoria Pública não consta no rol dos legitimados ativos para a defesa dos interesses
dos consumidores em juízo e, originalmente não constava também entre os legitimados para
propor a Ação Civil Pública. Contudo, a jurisprudência foi pacificada no sentido da
possibilidade da defesa dos interesses dos consumidores em juízo pela Defensoria.

10. A sentença coletiva que diga respeito a direitos coletivos em sentido estrito ou a direitos
difusos pode ser executada nos próprios autos pelo autor coletivo ou pela vítima através do
transporte in utilibus da coisa julgada coletiva.

11. Tal liquidação quando feita nos próprios autos pelo legitimado coletivo não se distingue do
processo individual, eis que apenas irá se buscar a identificação do quanto é devido.

12. É possível a inversão do ônus da prova em demandas que versem quanto a questões de
consumo, mesmo quando o Ministério Público é o autor da ação.
13. A coisa julgada da sentença coletiva pode ser resumida da seguinte forma:

84

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

 Processo extinto sem resolução do mérito – produz apenas coisa julgada formal;

 Pedido julgado improcedente por insuficiência de provas – Não atinge as demandas coletivas
que venham a ser novamente intentadas, desde que baseadas em novas provas;

 Sentença julgada procedente – Transporte da coisa julgada – todos beneficiados;

14. As entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou sindicatos de


categoria econômica podem regular, por convenção escrita, relações de consumo que
tenham por objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à
garantia e características de produtos e serviços, bem como à reclamação e composição do
conflito de consumo.

85

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

14 – QUESTÕES OBJETIVAS

14.1 – QUESTÕES

14.1.1 - Procuradorias Estaduais e Municipais

1. FCC - Proc Mun (Caruaru)/Pref Caruaru/2018

Considere as seguintes situações hipotéticas (1, 2 e 3) elencadas abaixo.

1. Propaganda veiculada de forma abusiva ou enganosa, em rede nacional, sem identificação


dos possíveis lesados.

2. Alunos de determinada escola particular em que seus representantes legais discutem


cláusula contratual abusiva.

3. Acidente de avião em grande centro urbano, deixando relativo número de vítimas.

A natureza dos interesses protegidos relacionados em 1, 2 e 3 correspondem correta e


respectivamente a:

a) Interesse Difuso − Interesse Individual Homogêneo − Interesse Coletivo.

b) Interesse Coletivo − Interesse Individual Heterogêneo − Interesse Difuso.

c) Interesse Difuso − Interesse Coletivo − Interesse Individual Heterogêneo.

d) Interesse Difuso − Interesse Coletivo − Interesse Individual Homogêneo.

e) Interesse Coletivo − Interesse Difuso − Interesse Individual Homogêneo.

2. PUC/PR – PGE/PR – Procurador do Estado - 2015

86

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Com o objetivo de implementar um programa de fiscalização dos direitos do consumidor, o


diretor do órgão de proteção e defesa do consumidor (PROCON) de certo Estado quer saber
como enquadrar algumas relações econômicas dentro do regime jurídico consumerista
instituído pela Lei federal n. 8.078/90. Considerando a legislação consumerista vigente e a
jurisprudência atual do Superior Tribunal de Justiça (STJ), assinale a afirmativa CORRETA a
respeito das relações de consumo.

a) A jurisprudência do STJ tem mitigado a teoria finalista para autorizar a incidência do Código
de Defesa do Consumidor nas hipóteses em que a parte (pessoa física ou jurídica), embora
não seja tecnicamente a destinatária final do produto ou serviço, se apresenta em situação de
vulnerabilidade ou hipossuficiência.

b) A relação entre paciente e hospital público, financiado por receitas tributárias e sem
remuneração direta do serviço de saúde prestado pelo hospital, é considerada relação de
consumo.

c) A relação jurídica entre a entidade de previdência privada e seus participantes não é


considerada relação de consumo, pois a ela se aplica marco normativo específico sobre
seguridade social.

d) Basta que instituição financeira figure em um dos polos da relação jurídica como
fornecedora de empréstimos financeiros para que essa relação seja caracterizada como
relação de consumo.

e) A relação entre concessionária de serviço público e usuário final, para o fornecimento de


serviços públicos essenciais, tais como energia elétrica, água e esgoto, não pode ser
considerada relação de consumo, pois se trata de uma concessão de serviço público, regida
por normas específicas de direito administrativo.

3. CESPE - Especialista em Regulação de Aviação Civil/Área 5/2012

Com base no disposto no CDC, julgue o item que se segue.

Compete ao Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, órgão vinculado à Secretaria


de Direito Econômico do Ministério da Justiça, a coordenação da política do Sistema Nacional
de Defesa do Consumidor.

4. CONSULPLAN - Fiscal (Uberlândia)/Defesa do Consumidor/2012

Integram o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC) os órgãos federais, estaduais,


do Distrito Federal e municipais e as entidades privadas de defesa do consumidor. O

87

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Departamento Nacional de Defesa do Consumidor, da Secretaria Nacional de Direito


Econômico (MJ), ou órgão federal que venha substitui-lo, é organismo de coordenação da
política do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe executar as seguintes
ações, EXCETO:

a) Solicitar à Polícia Judiciária a instauração de inquérito policial para a apreciação de delito


contra os consumidores, nos termos da legislação vigente.

b) Representar ao Ministério Público competente para fins de adoção de medidas processuais


no âmbito de suas atribuições.

c) Levar ao conhecimento dos órgãos competentes as infrações de ordem administrativa que


violarem os interesses difusos, coletivos ou individuais dos consumidores.

d) Ressarcir ao consumidor o valor comprovado, em moeda Real, dos prejuízos causados pelo
produto irregular adquirido e pagar indenização pelos transtornos causados em sua vida
pessoal.

e) Solicitar o concurso de órgãos e entidades da União, Estados, do Distrito Federal e


Municípios, bem como auxiliar a fiscalização de preços, abastecimento, quantidade e
segurança de bens e serviços.

5. FCC - Procurador (Campinas)/2016

Dentre as sanções administrativas, passíveis de aplicação pelos órgãos integrantes do Sistema


Nacional de Defesa do Consumidor, incluem-se:

I. Cassação de licença de atividade.

II. Intervenção administrativa.

III. Restituição de valores aos consumidores.

IV. Cassação do registro do produto junto ao órgão competente.

Está correto o que consta APENAS em

a) II, III e IV.

b) I e II.

c) II e III.

88

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

d) I, II e IV.

e) III e IV.

6. FCC - Escriturário (BB)/"Sem Área"/2011/2

Tratando-se do Decreto no 6.523/2008, é obrigatória a manutenção da gravação das


chamadas efetuadas para o Serviço de Atendimento ao Consumidor − SAC pelo prazo mínimo
de

a) 60 dias.

b) 15 dias.

c) 30 dias.

d) 90 dias.

e) 120 dias.

7. FCC - Escriturário (BB)/"Sem Área"/2011/3

Conforme o Decreto no 6.523/2008, o serviço de atendimento telefônico das prestadoras de


serviços regulados, que tenham como finalidade resolver as demandas dos consumidores
sobre informação, dúvida, reclamação, suspensão ou cancelamento de contratos e de
serviços, é denominado

a) Procon − Proteção e defesa do consumidor.

b) Ouvidoria.

c) SAC-Serviço de atendimento ao consumidor.

d) Controladoria.

e) Auditoria.

89

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

14.1.2 - Magistratura Estadual

1. VUNESP - JE TJAC/TJ AC/2019

Os alunos de uma escola privada consumiram, na lanchonete próxima a uma escola, um


alimento que causou intoxicação e os levou ao hospital, onde ficaram internados alguns dias,
perdendo aulas importantes. A associação de pais, ao ficar sabendo do ocorrido, propôs ação
coletiva visando à indenização aos alunos atingidos pela intoxicação.

Diante desses fatos hipotéticos, assinale a alternativa correta.

a) Têm legitimidade para a propositura da ação coletiva as entidades e órgãos da


Administração Pública, direta ou indireta, desde que com personalidade jurídica.

b) Se a ação coletiva for julgada procedente, a eficácia erga omnes e ultra partes beneficiará
os autores das ações individuais, independentemente de terem requerido a suspensão das
ações individuais, em razão do princípio da hipossuficiência do consumidor.

c) A associação tem legitimidade para a propositura da ação coletiva se estiver constituída há


pelo menos um ano e incluir em seus fins institucionais a defesa dos interesses dos alunos,
desde que tenha autorização assemblear para a propositura da ação.

d) A sentença fará coisa julgada erga omnes, se o pedido for julgado procedente, beneficiando
todas as crianças que foram vítimas da intoxicação, exceto as que tiverem ingressado com
ações individuais e não requereram a suspensão dos respectivos processos no prazo legal.

2. FCC - JE TJAL/TJ AL/2019

Na defesa do consumidor em juízo, na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação
de fazer ou não fazer,

a) o Juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que


assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento, como, dentre outras, busca
e apreensão, remoção de coisas e pessoas, desfazimento de obra e impedimento de atividade
nociva, além da requisição de força policial.

b) a conversão eventual da obrigação em perdas e danos só será admissível por decisão


consensual das partes.

c) a indenização por perdas e danos far-se-á abrangendo danos emergentes e lucros


cessantes, mas sempre com prejuízo da multa processual.

90

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

d) somente após justificação prévia poderá o Juiz conceder a tutela jurisdicional pleiteada,
após citação do réu, em razão da natureza coletiva dos direitos discutidos na lide.

e) é possível impor-se multa diária ao réu, na sentença, desde que requerida expressamente
pelo autor e se suficiente ou compatível com a obrigação, fixado prazo razoável para
cumprimento do preceito.

3. FCC - JE TJAL/TJ AL/2019

Nas ações coletivas para defesa de interesses individuais homogêneos,

a) em caso de procedência do pedido, a condenação será certa e determinada, fixando-se a


responsabilidade do réu pelos danos causados e os legitimados a requererem o cumprimento
do julgado, individualizados.

b) o Ministério Público atuará somente como autor, defeso fazê-lo como fiscal da lei, o que só
se permite na defesa de interesses difusos.

c) seu ajuizamento só poderá ocorrer em nome próprio do legitimado.

d) ajuizada a demanda será publicado edital no órgão oficial, a fim de que os interessados
possam intervir no processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla divulgação pelos
meios de comunicação social por parte dos órgãos de defesa do consumidor.

e) poderá ocorrer execução coletiva da decisão, com base em certidão das sentenças de
liquidação, necessariamente após o trânsito em julgado do feito.

4. CEBRASPE (CESPE) - JE TJPA/TJ PA/2019

No que diz respeito a aspectos processuais civis previstos no CDC, assinale a opção correta.

a) Ao consumidor incumbe o ônus da prova da veracidade e correção de informação ou


comunicação publicitária.

b) A intervenção de terceiros na denunciação da lide é vedada nas hipóteses de


responsabilidade civil do comerciante por fato do produto.

c) O réu fornecedor que tenha contrato de seguro de responsabilidade não poderá chamar
ao processo o segurador.

d) Nos casos que envolvam responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços, o


consumidor deverá propor a ação em seu domicílio, obrigatoriamente.
91

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

e) A inversão do ônus da prova pelo juiz depende da presença concomitante dos requisitos
da verossimilhança da alegação e da hipossuficiência do consumidor.

5. VUNESP - JE TJRJ/TJ RJ/2019

Em conformidade com o que disciplina o Código de Defesa do Consumidor sobre os interesses


ou direitos individuais homogêneos, assinale a alternativa correta.

a) A respectiva coisa julgada terá efeitos ultra partes, com a reparabilidade indireta do bem
cuja titularidade é composta pelo grupo ou classe.

b) São interesses na sua essência coletivos, não podendo ser exercidos em juízo
individualmente.

c) O Ministério Público não é parte legítima para atuar em defesa dos interesses individuais
homogêneos dos consumidores.

d) A origem comum exigida para a configuração dos interesses individuais homogêneos pode
ser tanto de fato como de direito.

e) A marca de seu objeto é a indivisibilidade e a indisponibilidade, ou seja, não comportam


fracionamento e não podem ser disponibilizados por qualquer dos cotitulares.

6. VUNESP - JE TJRO/TJ RO/2019

Os legitimados meta-individuais constantes do Código de Defesa do Consumidor poderão


propor, em nome próprio e no interesse das vítimas ou seus sucessores, ação civil coletiva de
responsabilidade pelos danos individualmente sofridos em decorrência da colocação,
comercialização e circulação de produtos ou serviços no varejo, observando-se que

a) proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial, a fim de que os interessados possam
intervir no processo como assistentes, sem prejuízo de ampla divulgação pelos meios de
comunicação social por parte dos órgãos de defesa do consumidor.

b) o Ministério Público, se não ajuizar a ação, atuará como litisconsorte.

c) decorrido o prazo de 06 (seis) meses sem habilitação de interessados em número


compatível com a gravidade do dano, poderão os legitimados coletivos promover a liquidação
e execução da indenização devida.

92

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

d) em caso de concurso de créditos decorrentes de condenação em direitos difusos e de


indenizações pelos prejuízos individuais resultantes do mesmo evento danoso, estas terão
preferência no pagamento.

e) em caso de procedência do pedido, a condenação será certa, líquida e exigível, fixando a


responsabilidade do réu pelos danos causados.

7. CONSULPLAN - JE TJMG/TJ MG/2018

Não tem legitimidade ativa para propor ação coletiva de consumo

a) o Município.

b) a própria vítima.

c) a Defensoria Pública municipal do consumidor.

d) a associação instituída para defesa de seus associados consumidores, legalmente


constituída e funcionando há menos de um ano.

8. CEBRASPE (CESPE) - JE TJSC/TJ SC/2019

A respeito da defesa do consumidor em juízo, assinale a opção correta.

a) O Ministério Público possui legitimidade para pleitear, em demandas de saúde contra os


entes federativos, tratamentos médicos, exceto quando se tratar de feitos que contenham
beneficiários individualizados.

b) A Defensoria Pública tem legitimidade para ajuizar ação civil pública em defesa de direitos
individuais homogêneos de consumidores idosos, independentemente da comprovação de
hipossuficiência econômica dos beneficiários.

c) Associação com fins específicos de proteção ao consumidor possui legitimidade para o


ajuizamento de ação civil pública com a finalidade de tutelar interesses coletivos de
beneficiários do seguro DPVAT.

d) Em caso de ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer,
o juiz deverá dar prioridade à conversão da obrigação em perdas e danos.

93

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

e) O comerciante que indenize, em juízo, o consumidor lesado não poderá exercer o direito
de regresso contra os demais responsáveis pelo evento danoso nos mesmos autos nem
requerer a denunciação da lide.

9. VUNESP - JE TJRS/TJ RS/2018

Considerando as regras consumeristas, os empregados demitidos sem justa causa e os


aposentados que contribuíram para plano de saúde coletivo empresarial, nas condições
legais, que tenha sido extinto e um novo contratado em novas condições:

a) não têm direito de serem mantidos nesse plano, pois as condições dos planos coletivos
impede novos integrantes sem vínculo com a empresa.

b) não têm direito de serem mantidos nesse plano, por não pertencerem mais aos quadros da
empresa.

c) têm direito a serem mantidos no plano anterior, com as mesmas condições já pactuadas,
por terem ingressado anteriormente à saída da empresa.

d) não têm direito de serem mantidos nesse plano, desde que tenham sido asseguradas a eles
as mesmas condições de cobertura assistencial proporcionadas aos empregados ativos.

e) têm direito a serem mantidos no plano anterior, com as mesmas condições, por abusividade
da nova contratação.

10. CESPE – TJ/RN – Juiz - 2013

A respeito do procedimento de liquidação da sentença proferida em ação coletiva, assinale a


opção correta.

a) O procedimento de liquidação enseja a habilitação das vítimas e sucessores, de modo a


transformar a condenação pelos prejuízos globalmente causados em indenizações pelos
prejuízos individualmente sofridos, devendo ser apurados não só a quantificação dos
prejuízos, mas também a existência dos danos particulares e o nexo causal com o dano geral
reconhecido na sentença.

b) A legitimidade para a propositura de liquidação, execução e cumprimento de sentença é


restrita das vítimas do dano e seus sucessores.

c) Em ACP ajuizada para a defesa do meio ambiente e dos valores urbanísticos, artísticos e
culturais, não havendo habilitação de interessados no procedimento de liquidação, o valor

94

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

genérico da indenização será revertido ao ente público do local do dano para ser aplicado em
projetos de restauração e recuperação dos bens lesados.

d) Não promovida a liquidação ou a execução da sentença no prazo de sessenta dias pelo


autor coletivo, a pessoa jurídica de direito público interno do local do dano e a União Federal,
se o dano alcançar mais de uma unidade da Federação, deverão ser intimadas para o
cumprimento da sentença.

e) A sentença condenatória coletiva deve ser certa e líquida quanto à extensão dos danos
causados e à indenização destinada ao respectivo fundo, remanescendo a liquidação apenas
em relação às pretensões individuais pelos prejuízos sofridos.

11. VUNESP - Juiz Estadual (TJ MS)/2015/31º

Segundo o art. 84 do CDC, na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer
ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências
que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento, observando que

a) para a tutela específica ou para a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz
fazer uso exclusivo da multa.

b) a indenização por perdas e danos se fará com prejuízo da multa.

c) desde que seja requerido pelo autor, o juiz poderá, na sentença, impor multa diária ao réu,
se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento
do preceito.

d) sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do


provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia,
citado o réu.

e) a conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível se impossível a


obtenção do resultado prático correspondente.

12. VUNESP - Juiz Estadual (TJ PA)/2014

Na hipótese de ação indenizatória por vício do produto, a inversão do ônus da prova a favor
do consumidor, quando for verossímil a alegação e quando for ele hipossuficiente

a) deve ser determinada pelo Juiz preferencialmente na fase de saneamento do processo ou,
pelo menos, assegurar à parte prejudicada a reabertura de oportunidade para apresentação
de provas.
95

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

b) deve ser determinada pelo Juiz antes da citação do réu, sob pena de ofensa ao
contraditório.

c) pode ser determinada pelo Juiz na própria sentença, por se tratar de regra de julgamento e
não de procedimento.

d) prescinde de decisão judicial, ocorrendo ope legis.

e) pode ser determinada pelo Juiz a qualquer tempo, já que se refere ao aspecto subjetivo do
ônus da prova.

13. FCC - Juiz Estadual (TJ GO)/2012/55º

Examine as afirmações abaixo.

I. Nas ações de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços, o réu que houver
contratado seguro de responsabilidade poderá chamar ao processo o segurador, vedada a
integração do contraditório pelo Instituto de esseguros do Brasil.

II. Os legitimados a agir na forma do Código de Defesa do Consumidor poderão propor ação
visando a compelir o Poder Público competente a proibir, em todo o território nacional, a
produção, divulgação, distribuição ou venda, ou a determinar alteração na composição,
estrutura, fórmula ou acondicionamento de produto, cujo uso ou consumo regular se revele
nocivo ou perigoso à saúde pública e à incolumidade pessoal.

Assinale a alternativa correta.

a) I e II são verdadeiras, integralmente.

b) Apenas II é verdadeira.

c) Apenas I é verdadeira.

d) Ambas são falsas.

e) Não existem ações de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços no CDC,


mas apenas no âmbito do Código de Processo Civil e em outras leis extravagantes.

14. FCC - Juiz Estadual (TJ PE)/2013

96

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Nas ações coletivas de que trata o Código de Defesa do Consumidor, a sentença fará coisa
julgada:

I. erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas,
hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento,
valendo-se de nova prova, na hipótese dos interesses ou direitos difusos conforme tratados
no CDC.

II. ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por
insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com
idêntico fundamento, valendo-se de nova prova, quando se tratar de interesses ou direitos
coletivos conforme tratados no CDC.

III. erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e
seus sucessores, na hipótese de interesses ou direitos individuais homogêneos, assim
entendidos os decorrentes de origem comum.

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas.

b) I, II e III.

c) I e II, apenas.

d) II e III, apenas.

e) I e III, apenas.

15. FCC - Juiz Estadual (TJ SC)/2015

Em relação à defesa do consumidor em juízo, analise os enunciados seguintes:

I. A defesa coletiva será exercida, entre outras situações, quando se tratar de interesses ou
direitos individuais homogêneos, assim entendidos aqueles de que seja titular grupo,
categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com parte contrária por uma mesma relação
jurídica base.

II. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, a
conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível se por elas optar o autor
ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente.

97

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

III. Os legitimados a agir na defesa dos consumidores em juízo poderão propor ação visando
compelir o Poder Público competente a proibir, em todo o território nacional, a produção,
divulgação, distribuição ou venda, ou a determinar a alteração na composição, estrutura,
fórmula ou acondicionamento de produto, cujo uso ou consumo regular se revele nocivo ou
perigoso à saúde pública e à incolumidade pessoal.

IV. Nas ações coletivas tratadas no Código de Defesa do Consumidor, a sentença fará coisa
julgada erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as
vítimas e seus sucessores, na hipótese de defesa de interesses ou direitos difusos, assim
entendidos os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas
indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato.

É correto o que se afirma APENAS em

a) I, III e IV.

b) II e III.

c) I e IV.

d) I, II e III.

e) II, III e IV.

16. FCC - Juiz Estadual (TJ AL)/2015

Cleonice ajuizou ação de obrigação de fazer contra operadora de plano de saúde. Requereu a
realização de cirurgia ortopédica de emergência para colocação de prótese importada.
Pugnou pela concessão de liminar, comprovando periculum in mora. Extrajudicialmente, a
operadora de plano de saúde havia negado a cobertura afirmando inexistir tal previsão em
contrato. Convencendo-se de que Cleonice possui direito à realização da cirurgia, o juiz

a) determinará, necessariamente, a realização de audiência de justificação, na qual, depois de


ouvida a operadora de saúde, concederá a liminar pleiteada para determinar a realização da
cirurgia, impondo-lhe multa diária, de ofício, a fim de assegurar a efetividade do provimento.

b) concederá a liminar pleiteada para determinar a realização da cirurgia, independentemente


de justificação prévia, impondo multa diária à operadora de saúde a fim de assegurar a
efetividade do provimento apenas se Cleonice tiver formulado pedido expresso nesse sentido.

c) determinará, necessariamente, a realização de audiência de justificação, na qual, depois de


ouvida a operadora de saúde, concederá a liminar pleiteada para determinar a realização da
cirurgia, impondo-lhe multa diária a fim de assegurar a efetividade do provimento apenas se
Cleonice tiver formulado pedido expresso nesse sentido.
98

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

d) mandará citar a operadora de saúde, a fim de, exercido o contraditório, determinar a


realização da cirurgia, não podendo conceder liminar, que esgotaria o objeto da lide.

e) concederá a liminar pleiteada para determinar a realização da cirurgia, independentemente


de justificação prévia, impondo multa diária à operadora de saúde, de ofício, a fim de
assegurar a efetividade do provimento.

17. FCC - Juiz Estadual (TJ SE)/2015

No que se refere ao tema das ações coletivas para a defesa dos interesses previstos no
parágrafo único do art. 81 do Código de Defesa do Consumidor, é correto afirmar que

a) a imposição de multa diária pelo juiz no curso da ação não depende de pedido do autor da
ação.

b) a coisa jugada se limita ao grupo, categoria ou classe de interessados, quando se tratar de


interesses difusos.

c) o ajuizamento de ações de indenização a título individual induz litispendência, quando se


tratar de interesses individuais homogêneos.

d) a coisa julgada é erga omnes nos casos de interesses difusos e coletivos.

e) a improcedência da ação que tutelou interesses difusos sempre faz coisa erga omnes.

18. CESPE - Juiz Estadual (TJ BA)/2012

A respeito do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), do Departamento Nacional


de Defesa do Consumidor (DNDC) e da convenção coletiva de consumo, assinale a opção
correta.

a) Compete ao DNDC ajuizar ação coletiva contra os infratores das normas consumeristas, a
fim de impor-lhes condenações ao pagamento de multas.

b) As entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou sindicatos de


categoria econômica podem regular, por convenção escrita, relações de consumo. As regras
constantes nessas convenções passam a ser obrigatórias a partir do registro do instrumento
no cartório de títulos e documentos, mesmo para o fornecedor que, posteriormente, se
desligue da entidade de classe.

99

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

c) Os PROCON's, órgãos oficiais locais subordinados hierarquicamente ao DNDC e criados, na


forma da lei, para exercer as atividades contidas no CDC, atuam junto às comunidades
prestando atendimento direto aos consumidores.

d) Para a consecução de seus objetivos, o DNDC poderá requisitar o concurso de órgãos e


entidades de notória especialização técnico-científica. Se se omitir, o requisitado cometerá
crime tipificado no CDC.

e) O SNDC resulta da conjugação de esforços do Estado, nas diversas unidades da Federação,


para a implementação efetiva dos direitos do consumidor e para o respeito da pessoa humana
na relação de consumo. Para impedir a manipulação ao livre mercado, é vedada a participação
de entidades privadas no SNDC.

19. FCC - Juiz Estadual (TJ GO)/2012/55º

É correto afirmar:

a) Não há sanções administrativas autônomas no CDC, estando todas as medidas possíveis


inseridas nos âmbitos civil e penal.

b) Se aplicadas sanções administrativas por infrações ao CDC, ficarão prejudicadas as sanções


de natureza civil e penal, pela maior amplitude daquelas.

c) Os órgãos oficiais poderão notificar os fornecedores para que, sob pena de desobediência,
prestem informações sobre questões de interesse do consumidor, ainda que digam respeito
a segredos industriais, pela prevalência do interesse social.

d) As sanções administrativas no CDC são multa, apreensão e inutilização do produto e


proibição de sua fabricação, somente.

e) As sanções administrativas previstas no CDC serão aplicadas pela autoridade


administrativa, no âmbito de sua atribuição, podendo ser cumulativas, inclusive por medida
cautelar antecedente ou incidente de procedimento administrativo.

20. FCC - Juiz Estadual (TJ GO)/2015/56º

No tocante às sanções administrativas previstas no Código de Defesa do Consumidor:

a) A pena de multa, graduada de acordo com a gravidade da infração, a vantagem auferida e


a condição econômica do fornecedor, será aplicada mediante procedimento administrativo,
revertendo-se metade para os consumidores lesados e a outra metade para o Fundo de que
100

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

trata a Lei no 7.347/1985, se os valores cabíveis à União, ou para os Fundos estaduais ou


municipais de proteção ao consumidor nos demais casos.

b) As penas de apreensão, de inutilização de produtos, de proibição de fabricação de


produtos, de suspensão do fornecimento de produto ou serviço, de cassação do registro do
produto e revogação da concessão ou permissão de uso serão aplicadas mediante
procedimento administrativo, assegurada ampla defesa, quando o fornecedor reincidir na
prática das infrações de maior gravidade previstas neste código e na legislação de consumo.

c) As penas de cassação de alvará de licença, de interdição e de suspensão temporária da


atividade, bem como a de intervenção administrativa, serão aplicadas pela administração,
mediante procedimento administrativo, assegurada ampla defesa, quando forem constatados
vícios de quantidade ou de qualidade por inadequação ou insegurança do produto ou serviço.

d) Pendendo ação judicial na qual se discuta a imposição de penalidade administrativa, não


haverá reincidência até a prolação da sentença monocrática.

e) A imposição de contrapropaganda será cominada quando o fornecedor incorrer na prática


de publicidade enganosa ou abusiva, sempre às expensas do infrator e será divulgada pelo
responsável da mesma forma, frequência e dimensão e, preferencialmente no mesmo veículo,
local, espaço e horário, de forma capaz de desfazer o malefício da publicidade enganosa ou
abusiva.

21. FCC - Juiz Estadual (TJ SE)/2015

No que se refere à aplicação das sanções administrativas com base no Código de Defesa do
Consumidor, é INCORRETO afirmar:

a) A sanção de contrapropaganda pode ser imposta tanto administrativamente, quanto


judicialmente.

b) Havendo ação judicial na qual se discuta a imposição de sanção, a reincidência só se opera


após o trânsito em julgado da decisão judicial.

c) Em se tratado de serviços públicos concedidos, os órgãos integrantes do Sistema Nacional


de Defesa do Consumidor não podem aplicar a pena de revogação de concessão, devendo
encaminhar o tema à respectiva agência reguladora.

d) A sanção de suspensão de atividade só pode ser aplicada no caso de reincidência do


infrator.

e) A Secretaria Nacional do Consumidor poderá avocar processos sancionatórios que apurem


infração a direitos difusos em fase de apuração por mais de um Estado da federação.

101

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

14.1.3 - Magistratura Federal e do Trabalho

1. CESPE/TRF-5ªR – Juiz Federal Substituto – 2015

A empresa Aurum, indústria fabricante de automóveis, lançou, em setembro de 2014, veículo


cuja campanha publicitária afirmou tratar-se de modelo 2014-2015, antecipando, assim, a
comercialização do modelo do ano seguinte, como é a praxe no Brasil e em alguns outros
países. Em janeiro de 2015, a empresa Aurum abandonou a fabricação do referido modelo e
passou a fabricar outro, diferente, denominado simplesmente de modelo 2015. Sentindo-se
lesados, compradores do automóvel modelo 2014-2015 ingressaram com ações judiciais
individuais buscando reparação, afirmando que houve quebra de uma legítima expectativa e
consequente desvalorização exagerada de seus veículos no mercado. Concomitantemente, o
MP ingressou com ação coletiva contra a empresa Aurum, objetivando a proteção desses
mesmos interesses.

Acerca da situação hipotética apresentada, assinale a opção correta à luz da jurisprudência do


STJ.

a) Configurou-se lesão a direitos difusos, pois o ato lesivo atingiu um número indeterminado
de pessoas, abrangendo desde o primeiro comprador de cada veículo até seus futuros
proprietários.

b) Caso veiculada a demanda por ação coletiva, o CDC prevê expressamente a legitimidade
ativa do MP e da defensoria pública, entre outros entes, de forma concorrente.

c) Os efeitos da coisa julgada na ação coletiva não beneficiarão os consumidores que forem
autores de ações individuais se não for requerida sua desistência no prazo de trinta dias a
contar da ciência do ajuizamento da ação coletiva.

d) No caso da ação coletiva, eventual condenação poderá ser genérica e será posteriormente
liquidada pelas vítimas, por seus sucessores ou pelos legitimados para a propositura da ação.

e) O ato praticado pela empresa Aurum não poderá ser considerado publicidade enganosa se,
no momento da sua veiculação, não havia a intenção deliberada de enganar o consumidor ou
induzi-lo a erro.

14.1.4 - Defensoria Pública

1. CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019

102

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Julgue o próximo item, acerca de direitos do consumidor e da defesa do consumidor em juízo,


segundo a legislação pertinente e o entendimento dos tribunais superiores.

Defensoria Pública estadual ou a distrital não têm legitimidade para ajuizar demanda que
tutele direitos coletivos quando, apesar da existência de circunstâncias de fato comuns, os
interesses e supostos prejuízos forem heterogêneos e disponíveis para os possíveis
beneficiários da demanda coletiva.

2. CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019


Julgue o próximo item, acerca de direitos do consumidor e da defesa do consumidor em juízo,
segundo a legislação pertinente e o entendimento dos tribunais superiores.

Situação hipotética: Associação de defesa dos consumidores em determinado estado da


Federação promoveu demanda coletiva discutindo a ilegalidade da cobrança de taxa de
conveniência por fornecedor que oferecia a venda pela Internet de ingressos para
apresentação de renomado artista.

Assertiva: Nesse caso, segundo entendimento do STJ, os efeitos e a eficácia da sentença


coletiva restringem-se aos limites do território da competência do órgão judicante,
considerando-se sempre a extensão do dano e a qualidade dos interesses metaindividuais
postos em juízo.

3. CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019

Julgue o próximo item, acerca de direitos do consumidor e da defesa do consumidor em juízo,


segundo a legislação pertinente e o entendimento dos tribunais superiores.

Consoante entendimento do STJ, nas demandas coletivas de consumo, o dano moral coletivo
não se caracteriza como categoria autônoma de dano, pois está relacionado à integridade
psicofísica da coletividade e se identifica com os atributos da pessoa humana (dor, sofrimento
ou abalo psíquico).

4. CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019

Julgue o próximo item, relativo à prevenção, conexão, continência e litispendência no


processo coletivo.

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, não se vislumbra a ocorrência de


litispendência entre uma demanda coletiva que busque a tutela de um direito coletivo strictu
sensu e uma demanda individual.
103

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

5. CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019

Julgue o próximo item, relativo à prevenção, conexão, continência e litispendência no


processo coletivo.

Entende o STJ que, ajuizada ação coletiva atinente a uma macrolide geradora de processos
multitudinários, é possível a suspensão, pelo magistrado, de ação individual existente sobre a
mesma matéria discutida no feito coletivo, de ofício e independentemente do consentimento
do autor da respectiva lide individual, a fim de aguardar o julgamento da ação coletiva.

6. CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019

Acerca de legitimidade em demandas coletivas, julgue o item subsequente.

Parte da doutrina entende que a natureza jurídica da legitimidade ativa para a tutela coletiva
é de legitimação autônoma para a condução do processo, categoria que se confunde com a
legitimação extraordinária.

7. CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019

Acerca de legitimidade em demandas coletivas, julgue o item subsequente.

Segundo o STJ, o magistrado que concluir pela falta de legitimidade ativa coletiva do autor
proponente da demanda deve extinguir o feito sem exame do mérito e encaminhar as peças
do processo ao Ministério Público e à Defensoria Pública, para que tomem ciência e, caso
queiram, promovam a demanda coletiva.

8. CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019

Acerca de legitimidade em demandas coletivas, julgue o item subsequente.

Tanto a vítima do dano quanto seus sucessores detêm legitimidade para promover liquidação
e execução de sentença condenatória coletiva proferida em ação coletiva para defesa de
interesses individuais homogêneos.

9. CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019

104

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Acerca do direito coletivo, julgue o item a seguir.

Os interesses difusos, coletivos strictu sensu e individuais homogêneos possuem como


característica comum a indivisibilidade do objeto.

10. CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019

Acerca do direito coletivo, julgue o item a seguir.

Entende o STJ que, no âmbito do direito privado, é de cinco anos o prazo prescricional para
ajuizamento de execução individual em pedido de cumprimento de sentença proferida em
ação civil pública, contado esse prazo a partir do trânsito em julgado da sentença exequenda.

11. CEBRASPE (CESPE) - DP PE/DPE PE/2018

A respeito do ajuizamento de ação civil pública pela Defensoria Pública para tutela de defesa
de interesses individuais homogêneos de consumidores, assinale a opção correta de acordo
com o entendimento jurisprudencial do STJ.

a) Na hipótese de tutela de direitos individuais homogêneos, a Defensoria Pública somente


pode atuar em nome dos indivíduos que expressa e previamente autorizaram propositura de
ação coletiva.

b) A Defensoria Pública tem legitimidade para instaurar inquérito civil para reunir elementos
de fato e de direito necessários para o ajuizamento de ação civil pública.

c) A Defensoria Pública apenas tem legitimidade para tomar medida individual, e não coletiva,
para representar consumidores hipossuficientes ou carentes de recursos financeiros.

d) A legitimidade da Defensoria Pública abrange diversas formas de vulnerabilidades sociais,


não se limitando à atuação em nome de carente de recursos econômicos.

e) É vedado à Defensoria Pública firmar compromisso de ajustamento de conduta com


entidade responsável por aumento abusivo em mensalidades de plano de saúde em razão de
mudança de faixa etária.

12. FCC - DP RS/DPE RS/2018

Com relação à defesa do consumidor em juízo, é correto afirmar:

105

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

a) É incabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam tributos.

b) A estipulação de multa diária pelo juiz depende de pedido expresso do autor, sob pena de
nulidade por configurar decisão ultra petita.

c) A Defensoria Pública tem legitimação extraordinária para defesa coletiva em matéria


consumerista, salvo no caso de proteção a direitos individuais homogêneos.

d) É vedado, em se tratando de direitos coletivos lato sensu, que a liquidação e a execução


da sentença sejam propostas por substituto processual diverso do autor da ação de
conhecimento.

e) É imprescindível à Defensoria Pública a demonstração de pertinência temática ou de


hipossuficiência econômica do grupo de eventuais beneficiados individuais.

13. CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019

Julgue o próximo item, acerca de direitos do consumidor e da defesa do consumidor em juízo,


segundo a legislação pertinente e o entendimento dos tribunais superiores.

O PROCON tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa de direitos individuais
homogêneos, com clara repercussão social, em matéria de direito do consumidor, inclusive
podendo postular reparação por dano moral coletivo.

14. CEBRASPE (CESPE) - DP PE/DPE PE/2018

Conforme previsão expressa no CDC, possuem legitimidade para firmar convenção coletiva de
consumo apenas as

a) associações de fornecedores ou sindicato de categoria econômica e as entidades e os


órgãos da administração pública destinados à defesa dos direitos dos consumidores.

b) entidades públicas ou privadas destinadas à defesa dos direitos dos consumidores, as


associações de fornecedores e os sindicatos de categoria econômica.

c) entidades civis de consumidores e seus respectivos filiados.

d) entidades civis representativas de consumidores e as associações de fornecedores ou


sindicatos de categoria econômica.

106

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

e) associações de fornecedores ou sindicatos de categoria econômica, o Ministério Público e


a Defensoria Pública.

15. FCC - DP (DPE AP)/DPE AP/2018

Sobre a convenção coletiva de consumo, o Código de Defesa do Consumidor dispõe


expressamente que

a) a convenção não obriga somente os filiados às entidades signatárias.

b) torna-se obrigatória desde a sua assinatura, independentemente do registro no cartório


de títulos e documentos.

c) não é permitida a regulação escrita em convenção que diga respeito a relações de consumo
que tenham por objeto estabelecer condições relativas à quantidade de produtos ou serviços.

d) não é permitida a regulação escrita em convenção que diga respeito a relações de consumo
que tenham por objeto estabelecer condições relativas a preços de produtos ou serviços.

e) a regulação por convenção coletiva de consumo é permitida para entidades civis de


consumidores, as associações de fornecedores ou sindicatos de categoria econômica.

16. CESPE – DPE/PE - 2015

A respeito dos direitos difusos, coletivos e individuais, da tutela do direito coletivo, da


liquidação, dos efeitos da sentença, da competência e da intervenção no processo, julgue o
item seguinte.

Além da ação civil pública, admite-se a tutela de um direito coletivo por meio de mandado de
segurança, ação de improbidade administrativa ou ação popular.

17. FCC – DPE/AM - 2013

Com relação à coisa julgada nas ações coletivas, considere as afirmações abaixo.

I. Nas causas de interesses difusos, a sentença de improcedência fará coisa julgada erga
omnes.

II. Nas causas de interesses coletivos, a sentença fará coisa julgada erga omnes, exceto se o
pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas.
107

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

III. Nas causas de interesses difusos, após o trânsito em julgado de sentença procedente,
qualquer legitimado poderá ajuizar outra ação com mesmo pedido e causa de pedir, valendo-
se de nova prova.

IV. Os efeitos da coisa julgada, tanto nas causas de interesses difusos como nas de coletivos,
não prejudicarão interesses e direitos individuais dos integrantes

V. Na hipótese de direitos individuais homogêneos, a sentença fará coisa julgada erga omnes,
apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores.
da coletividade, do grupo, categoria ou classe.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e III.

b) III, IV e V.

c) IV e V.

d) II e V.

e) I, II e III.

18. FCC – DPE/CE – 2014

Nas ações coletivas de que trata o Código de Defesa do Consumidor, a sentença fará coisa
julgada:

a) ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por
insuficiência de provas, no caso de a ação visar à defesa de interesses ou direitos individuais
homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum.

b) ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por
insuficiência de provas, no caso de a ação visar à defesa de interesses ou direitos coletivos,
assim entendidos os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas
indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato.

c) erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e
seus sucessores, no caso de a ação visar à defesa de interesses ou direitos coletivos, assim
entendidos os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou
classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base.

d) erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, no
caso de a ação visar à defesa de interesses ou direitos difusos, assim entendidos os
108

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e


ligadas por circunstâncias de fato.

e) erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, no
caso de a ação visar à defesa de interesses ou direitos coletivos, assim entendidos os
transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de
pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base.

19. CESPE – DPE/SE - 2012

A respeito da competência nas ações coletivas e da liquidação e execução da sentença,


assinale a opção correta.

a) Tratando-se de liquidação e cumprimento da sentença em ação coletiva que imponha


obrigação de pagar, se a ação objetivar a reparação de outros valores, diversos do patrimônio
público, tais como os direitos dos idosos e dos consumidores, os valores serão vertidos a um
fundo de reparação de bens lesados.

b) O juiz federal não dispõe de competência para processar e julgar a ACP e a ação popular
quando o presidente da República figurar como autoridade demandada.

c) De acordo com a legislação de regência, o juízo perante o qual seja proposta a primeira ACP
é prevento para todas as ações coletivas que, posteriormente ajuizadas, possuam a mesma
causa de pedir ou o mesmo pedido, exigindo-se ainda, para a incidência da prevenção, a
identidade de partes.

d) Compete à justiça federal processar e julgar todas as ações coletivas cujo objeto seja a
proteção ao meio ambiente.

e) Nas ações coletivas, o cumprimento de sentença que imponha a obrigação de fazer ou não
fazer contra o poder público segue o rito previsto no CPC, devendo o poder público ser citado
para opor embargos, com a posterior expedição de ofício requisitório.

20. FCC - Defensor Público do Estado do Maranhão/2009

A defesa coletiva será exercida quando se tratar de interesses ou direitos

a) difusos, assim entendidos os transindividuais, de natureza divisível, de que

109

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

b) coletivos, assim entendidos os transindividuais, de natureza divisível de que seja titular


grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma
relação jurídica base.

c) individuais homogêneos, assim entendidos os transindividuais, de natureza divisível de que


seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária
decorrentes de origem comum.

d) coletivos, assim entendidos os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular


grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma
relação jurídica base.

e) difusos, assim entendidos os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular


grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por
circunstâncias de fato.

21. FCC - Defensor Público do Estado do Rio Grande do Sul/2011

Atenção: Para responder à questão assinale a alternativa que contém a afirmação correta em
relação ao assunto indicado.

Ação Coletiva.

a) A ação coletiva que pretenda indenização por danos de consumidores vítimas do


descumprimento de contrato de prestação de assistência à saúde tem por objeto espécie de
direito coletivo stricto sensu.

b) A indenização por lesão a direitos individuais não reverterá, em nenhuma hipótese, a fundo
estatal de reparação de bens lesados.

c) A isenção de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, para


ingresso das ações coletivas de consumo não abrange as interpostas por órgãos estatais que
atuem como representantes ou substitutos processuais dos consumidores.

d) A improcedência de ação coletiva que tenha por objeto a tutela de direito individual
homogêneo, não afeta a possibilidade de interposição de nova ação individual pelo
consumidor substituído na primeira demanda, desde que não tenha nela atuado como
litisconsorte.

e) A Defensoria Pública não tem legitimidade para a tutela coletiva de direitos que envolvam
relações de consumo.

110

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

22. FCC - Defensor Público do Estado de São Paulo/2006/I

Em regra geral, com relação à legitimidade, as associações, que incluam entre seus fins
institucionais a defesa do consumidor, devem ser legalmente constituídas há, pelo menos,

a) 1 ano, dispensada a autorização em assembleia.

b) 1 ano, autorizada em assembleia por pelo menos 1/3 de seus membros.

c) 2 anos, dispensada a autorização em assembleia.

d) 2 anos, autorizada em assembleia por pelo menos 1/3 de seus membros.

e) 5 anos, autorizada em assembleia por pelo menos 1/3 de seus membros.

23. FCC - Defensor Público do Estado de São Paulo/2009/III

Da matéria processual extraída do Sistema de Proteção do Código de Defesa do Consumidor,


é FALSO afirmar:

a) Nas ações coletivas reguladas pelo Código de Defesa do Consumidor, a sentença fará coisa
julgada ultra partes, limitada ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por
insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com
idêntico fundamento valendo-se de nova prova, desde que a ação verse sobre direitos
transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular o grupo, a categoria ou a classe de
pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base.

b) As ações coletivas especificadas pelo Código de Defesa do Consumidor não induzem


litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra
partes regulamentados no Sistema de Proteção ao Consumidor não beneficiarão os autores
das ações individuais, se não for requerida sua suspensão no prazo de trinta dias, a contar da
ciência nos autos da publicação da sentença procedente proferida na ação coletiva.

c) Na esfera estadual, a ação civil coletiva de responsabilidade pelos danos individualmente


sofridos, é da competência do juízo do foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano,
quando de âmbito local.

d) Na esfera estadual, a ação civil coletiva de responsabilidade pelos danos individualmente


sofridos deve ser intentada no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os
danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos
casos de competência concorrente.

e) Nas ações coletivas reguladas pelo Código de Defesa do Consumidor, a sentença fará coisa
julgada erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as
111

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

vítimas e seus sucessores e quando versar sobre interesses ou direitos individuais


homogêneos, decorrentes de origem comum.

24. FCC - Defensor Público do Estado do Rio Grande do Sul/2014/IV

Quanto à facilitação da defesa do consumidor em juízo no Sistema Nacional de Proteção ao


Consumidor, em se tratando de relação de consumo,

a) a inversão do ônus da prova depende de requerimento do consumidor e de determinação


judicial, não podendo ser pronunciada de ofício pelo juiz.

b) as partes somente poderão estabelecer cláusula de inversão do ônus da prova em prejuízo


do consumidor, se esta for redigida de forma clara e com destaque, permitindo sua imediata
e fácil compreensão.

c) o Magistrado poderá inverter o ônus da prova em benefício do consumidor sempre que for
verossímil sua alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
experiência.

d) a denunciação à lide é admitida em casos excepcionais e previstos em lei, como na hipótese


do direito de regresso do fornecedor que indenizar o consumidor pelos danos decorrentes de
fato do produto em face dos demais responsáveis legais.

e) a inversão do ônus da prova nas ações civis públicas não são admissíveis em favor do autor
se este for a Defensoria Pública, o Ministério Público ou uma das associações legitimadas.

25. FCC - Defensor Público do Estado de São Paulo/2015/VII

A reparação fluida (fluid recovery) em ação coletiva consumerista,

a) deve ter o resultado financeiro obtido partilhado proporcionalmente entre as vítimas


habilitadas no processo, de acordo com os danos suportados por cada um.

b) configura hipótese de execução individual plúrima.

c) pode ser manejada pelas vítimas do dano ou pelos legitimados extraordinários.

d) exige o transcurso do lapso anual, cujo termo inicial deve ser contado a partir da data da
decisão condenatória.

e) tem sua avaliação de cabimento como resultado da ponderação entre a gravidade do dano
e o número de vítimas efetivamente habilitadas.
112

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

26. CESPE - Defensor Público do Estado do Espírito Santo/2012

Acerca do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor e da convenção coletiva de consumo,


julgue o item subsequente.

São objetivos principais do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor — composto por


órgãos federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal, além de entidades privadas de
defesa do consumidor — o planejamento, a elaboração, a coordenação e a execução da
Política Nacional de Proteção ao Consumidor.

27. FCC - Defensor Público do Estado do Espírito Santo/2016

As infrações penais tipificadas no Código de Defesa do Consumidor podem acarretar

a) pena de reclusão, interdição temporária de direitos e prestação de serviços à comunidade


e a publicação em órgãos de comunicação de grande circulação ou audiência, de notícias sobre
os fatos e a condenação, às expensas do condenado.

b) pena de detenção e a publicação, em órgãos de comunicação de grande circulação ou


audiência, de notícias sobre os fatos e a condenação, às expensas do condenado.

c) somente penas de interdição temporária de direitos e prestação de serviços à comunidade.

d) somente a pena de multa e as penas restritivas de direitos, como a perda de bens e valores
e de prestação de serviço à comunidade.

e) pena de detenção, que não pode ser substituída por pena restritiva de direitos ou de multa.

28. FCC - Defensor Público do Estado do Rio Grande do Sul/2014/IV

De acordo com o Sistema Nacional de Proteção ao Consumidor, é correto afirmar:

a) Informações relativas a inadimplemento de débitos pelos consumidores deverão ser


excluídas dos bancos de dados de proteção ao crédito no prazo de 03 (três) anos.

b) Não é considerada prática abusiva o envio de cartão de crédito bloqueado à residência do


consumidor, ainda que sem prévia e expressa solicitação deste, já que ficará a critério do
consumidor a sua utilização.

113

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

c) O CDC admite a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica em prol dos interesses


dos consumidores mesmo em casos em que não há abuso de direito, sempre que a sua
personalidade jurídica for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos
causados aos consumidores.

d) O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor
igual ao dobro do que pagou, salvo se tal cobrança houver sido feita apenas
extrajudicialmente.

e) É admitido o corte ou a interrupção da prestação de serviços públicos essenciais, como o


de fornecimento de energia elétrica, em face de inadimplemento do consumidor, ainda que
haja contestação judicial do referido débito e independentemente de sua prévia notificação.

29. FCC - Defensor Público do Estado da Paraíba/2014

Quanto à tutela extrajudicial das relações de consumo, individual ou coletiva, é correto


afirmar:

a) A convenção coletiva de consumo pode ser firmada, de um lado, pelos legitimados para a
ação civil pública, e, de outro lado, pelas associações ou sindicatos de fornecedores.

b) A convenção coletiva de consumo obriga todos os fornecedores de determinada categoria


ou classe, desde que sediados ou atuantes na área de atribuição territorial da associação ou
sindicato signatário.

c) O termo de ajustamento de conduta, no âmbito das relações de consumo, pode ser firmado
por quais quer dos legitimados para a ação civil pública.

d) Um termo de ajustamento de conduta firmado por um dos integrantes do Sistema Nacional


de Defesa do Consumidor não impede que outro, desde que mais vantajoso para o
consumidor, seja lavrado.

e) A Defensoria Pública não compõe o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, seja em


razão de sua autonomia constitucional, seja porque sua atuação nessa seara é
eminentemente judicial.

14.1.5 - Ministério Público

1. CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE PI)/MPE PI/2019

114

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, em ação coletiva que tenha por objeto o
cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, há a possibilidade de conversão dessa
obrigação em pagamento de indenização por perdas e danos somente se

a) o autor optar pela conversão.

b) o réu optar pela conversão.

c) a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente for impossível.

d) o autor optar pela conversão ou se for impossível a tutela específica ou a obtenção do


resultado prático correspondente.

e) o réu optar pela conversão ou se for impossível a tutela específica ou a obtenção do


resultado prático correspondente.

2. Com. Exam. (MPE SC) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2019

Nas ações coletivas, a sentença de procedência, fará coisa julgada erga omnes. Assim, a
liquidação e execução individual de sentença deve ser ajuizada no foro do órgão que a proferiu
e em relação aos substituídos processuais que ali são domiciliados.

3. Com. Exam. (MPE SC) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2019

Nas ações coletivas de que trata o Código de Defesa do Consumidor, a sentença fará coisa
julgada, ultra partes, em todo e qualquer caso, limitado ao grupo ou classe que guarde relação
com o tema demandado.

4. Com. Exam. (MPE SC) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2019

Compete à Justiça Federal julgar causas entre consumidor e concessionária de serviço público
de telefonia, quando a ANATEL for litisconsorte passiva necessária, assistente, ou opoente.

5. Com. Exam. (MPE SC) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2019

Nas ações coletivas de defesa do consumidor, a sentença fará coisa julgada erga omnes,
exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que
qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de
nova prova, na hipótese de tutela de direitos ou interesses difusos.
115

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

6. Com. Exam. (MPE SC) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2019

Nas ações coletivas e individuais de defesa do consumidor, o Ministério Público, se não ajuizar
a ação, atuará, obrigatoriamente, como fiscal da lei.

7. Com. Exam. (MPE SC) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2019

Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, baseada na
defesa do consumidor, a conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível
se por elas optar o autor ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado
prático correspondente.

8. Com. Exam. (MPE GO) - PJ (MPE GO)/MPE GO/2019

Segundo lição de Hugo Nigro Mazilli, entre o interesse público e privado, há interesses
metaindividuais ou coletivos, referentes a um grupo de pessoas, que excedem o âmbito
individual mas não chegam a constituir interesse público. A definição legal de Direitos ou
Interesses Difusos, Coletivos ou Individuais Homogêneos encontra-se exposta no artigo 81 do
Código de Defesa do Consumidor (Lei n. 8.078/90). Segundo o mencionado diploma legal:

a) Constituem interesses ou direitos coletivos, os transindividuais, de natureza indivisível, de


que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;

b) Constituem interesses ou direitos difusos, os transindividuais, de natureza indivisível de


que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária
por uma relação jurídica base;

c) Constituem interesses ou direitos individuais homogêneos os decorrentes de origem


comum;

d) Constituem interesses ou direitos coletivos, os transindividuais, de natureza indivisível, de


que sejam titulares pessoas determinadas e ligadas por circunstâncias de fato.

9. Com. Exam. (MPE PR) - PJ (MPE PR)/MPE PR/2019

Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa incorreta:

116

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

a) Nos contratos bancários é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das


cláusulas.

b) O Código de Defesa do Consumidor é aplicável aos empreendimentos habitacionais


promovidos pelas sociedades cooperativas.

c) O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades abertas de previdência


complementar, não incidindo nos contratos previdenciários celebrados com entidades
fechadas.

d) Cabe ao mantenedor do Cadastro de Proteção ao Crédito a notificação do devedor antes


de proceder à inscrição.

e) O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de direitos difusos
coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, exceto os decorrentes da prestação
de serviço público.

10. CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE PI)/MPE PI/2019

Em relação ao Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC) e à convenção coletiva de


consumo, julgue os itens a seguir.

I A convenção coletiva de consumo torna-se obrigatória a partir do registro desse instrumento


no cartório de títulos e documentos e somente obrigará os filiados às entidades signatárias.

II Compete ao Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do SNDC, entre outras


atribuições, requisitar à polícia judiciária a instauração de inquérito policial para a investigação
de delito contra consumidores.

III O SNDC é integrado exclusivamente por órgãos públicos.

Assinale a opção correta.

a) Apenas o item I está certo.

b) Apenas o item II está certo.

c) Apenas os itens I e III estão certos.

d) Apenas os itens II e III estão certos.

e) Todos os itens estão certos.

117

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

11. Com. Exam. (MPE SP) - PJ (MPE SP)/MPE SP/2019

A respeito da convenção coletiva de consumo, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Tornar-se-á obrigatória a partir da homologação pelo órgão do Ministério Público com


atribuição.

b) Pode regular as relações de consumo, envolvendo condições relativas ao preço, à


qualidade, à quantidade, à garantia e características de produtos e serviços.

c) Pode ser firmada entre as entidades civis de consumidores e as associações de


fornecedores ou sindicatos de categoria econômica.

d) Pode dispor sobre a forma de reclamação e de composição do conflito de consumo.

e) Somente obrigará os filiados às entidades signatárias.

12. FCC – MPE/RS – 2010 - ADAPTADA

Sobre as ações coletivas para a defesa de interesses individuais homogêneos é correto


afirmar:

I. A liquidação e a execução de sentença não poderão ser promovidas pela vítima e seus
sucessores.

II. É competente para a execução, quando se tratar de execução coletiva, o juízo da liquidação.

13. CESPE – MPE/SE - 2010

Acerca da sentença e da execução nas ações coletivas, assinale a opção correta.

a) Julgada procedente a demanda coletiva, a condenação será certa, fixando a obrigação de


indenizar do réu, o ressarcimento dos danos causados e dos prejuízos das vítimas.

b) Em procedimento de liquidação da sentença coletiva, as vítimas e os sucessores devem


demonstrar, em amplo contraditório e cognição exauriente, a existência do dano pessoal e o
nexo de causalidade com o dano global, bem como a sua quantificação.

118

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

c) O MP não tem legitimidade para promover a execução coletiva da sentença condenatória


proferida em ação civil pública, na qualidade de representante das vítimas, quando as
indenizações já estiverem determinadas em liquidação.

d) Havendo concurso de crédito decorrente de indenização cumulativa pelos danos


provocados e o ressarcimento pelos prejuízos pessoalmente sofridos, tem preferência a
reparação coletiva em confronto com a individual.

e) Os legitimados concorrentes à ação coletiva, após o decurso do prazo legal sem que haja
habilitação dos prejudicados, podem promover a liquidação das indenizações pessoais, por
amostragem, cujas certidões constituirão título hábil a embasar a execução coletiva.

14. VUNESP - Analista de Promotoria (MPE SP)/Assistente Jurídico/2015

O Departamento Nacional de Defesa do Consumidor, da Secretaria Nacional de Direito


Econômico (MJ), ou órgão federal que venha substituí-lo, é o organismo de coordenação da
política do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe

a) instaurar inquérito policial para apreciação de delito contra os consumidores, nos termos
de sua atuação.

b) incentivar a formação de entidades de defesa do consumidor pela população, vedada a


participação de recursos financeiros.

c) informar, conscientizar e motivar o consumidor através dos diferentes meios de


comunicação.

d) coordenar, elaborar e rever as regras da política estadual de proteção ao consumidor.

e) requisitar ao Ministério Público documentos e peças importantes para fins de adoção de


medidas administrativas.

15. FCC - Analista do Ministério Público de Sergipe/Direito/2009

Constituem sanções administrativas, previstas no Código de Defesa do Consumidor, aplicáveis


às infrações das normas de defesa do consumidor, APENAS

a) multa, suspensão temporária de atividade e obrigação de indenizar.

b) cassação de licença do estabelecimento, prisão dos gerentes da empresa e apreensão do


produto.
119

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

c) intervenção administrativa, multa e prisão dos gerentes da empresa.

d) cassação do registro do produto junto ao órgão competente, obrigação de indenizar e


intervenção administrativa.

e) suspensão temporária de atividade, inutilização do produto e revogação de concessão ou


permissão de uso.

120

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

14.2 – GABARITOS

14.2.1 - Procuradorias Estaduais e Municipais

1-D 5-D

2-A 6-D

3 - Certo 7-C

4-D

14.2.2 - Magistratura Estadual

1-D 12 - A

2-A 13 - A

3-D 14 - B

4-B 15 - B

5-D 16 - E

6-D 17 - A

7-D 18 - B

8-B 19 - E

9-D 20 - E

10 - A 21 - C

11 - D

14.2.3 - Magistratura Federal e do Trabalho

1-D

121

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

14.2.4 - Defensoria Pública

1 - Certo 11 - D 21 - D

2 - Errado 12 - A 22 - A

3 - Errado 13 - Certo 23 - B

4 - Certo 14 - D 24 - C

5 - Certo 15 - E 25 - E

6 - Errado 16 - Certo 26 - Certo

7 - Errado 17 - C 27 - B

8 - Certo 18 - D 28 - C

9 - Errado 19 - A 29 - D

10 - Certo 20 - D

14.2.5 - Ministério Público

1-D 6 - Errado 11 - A

2 - Errado 7 - Certo 12 - Errado/Errado

3 - Errado 8-C 13 - B

4 - Certo 9-E 14 - C

5 - Certo 10 - A 15 - E

122

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

14.3 – COMENTÁRIOS

14.3.1 - Procuradorias Estaduais e Municipais

1. FCC - Proc Mun (Caruaru)/Pref Caruaru/2018

Considere as seguintes situações hipotéticas (1, 2 e 3) elencadas abaixo.

1. Propaganda veiculada de forma abusiva ou enganosa, em rede nacional, sem identificação dos
possíveis lesados.

2. Alunos de determinada escola particular em que seus representantes legais discutem cláusula
contratual abusiva.

3. Acidente de avião em grande centro urbano, deixando relativo número de vítimas.

A natureza dos interesses protegidos relacionados em 1, 2 e 3 correspondem correta e


respectivamente a:

a) Interesse Difuso − Interesse Individual Homogêneo − Interesse Coletivo.

b) Interesse Coletivo − Interesse Individual Heterogêneo − Interesse Difuso.

c) Interesse Difuso − Interesse Coletivo − Interesse Individual Heterogêneo.

d) Interesse Difuso − Interesse Coletivo − Interesse Individual Homogêneo.

e) Interesse Coletivo − Interesse Difuso − Interesse Individual Homogêneo.

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 81. Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

I - interesses ou direitos difusos [item 1], assim entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por
circunstâncias de fato;

II - interesses ou direitos coletivos [item 2] , assim entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas
entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;

III - interesses ou direitos individuais homogêneos [item 3], assim entendidos os decorrentes de
origem comum.

123

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Letra B. Incorreta. Art. 81. Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

I - interesses ou direitos difusos [item 1], assim entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por
circunstâncias de fato;

II - interesses ou direitos coletivos [item 2] , assim entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas
entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;

III - interesses ou direitos individuais homogêneos [item 3], assim entendidos os decorrentes de
origem comum.

Letra C. Incorreta. Art. 81. Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

I - interesses ou direitos difusos [item 1], assim entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por
circunstâncias de fato;

II - interesses ou direitos coletivos [item 2] , assim entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas
entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;

III - interesses ou direitos individuais homogêneos [item 3], assim entendidos os decorrentes de
origem comum.

Letra D. Correta. Art. 81. Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

I - interesses ou direitos difusos [item 1], assim entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por
circunstâncias de fato;

II - interesses ou direitos coletivos [item 2] , assim entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas
entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;

III - interesses ou direitos individuais homogêneos [item 3], assim entendidos os decorrentes de
origem comum.

Letra E. Incorreta. Art. 81. Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

I - interesses ou direitos difusos [item 1], assim entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por
circunstâncias de fato;

124

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

II - interesses ou direitos coletivos [item 2] , assim entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas
entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;

III - interesses ou direitos individuais homogêneos [item 3], assim entendidos os decorrentes de
origem comum.

2. PUC/PR – PGE/PR – Procurador do Estado - 2015

Com o objetivo de implementar um programa de fiscalização dos direitos do consumidor, o diretor do


órgão de proteção e defesa do consumidor (PROCON) de certo Estado quer saber como enquadrar
algumas relações econômicas dentro do regime jurídico consumerista instituído pela Lei federal n.
8.078/90. Considerando a legislação consumerista vigente e a jurisprudência atual do Superior Tribunal
de Justiça (STJ), assinale a afirmativa CORRETA a respeito das relações de consumo.

a) A jurisprudência do STJ tem mitigado a teoria finalista para autorizar a incidência do Código de
Defesa do Consumidor nas hipóteses em que a parte (pessoa física ou jurídica), embora não seja
tecnicamente a destinatária final do produto ou serviço, se apresenta em situação de vulnerabilidade
ou hipossuficiência.

b) A relação entre paciente e hospital público, financiado por receitas tributárias e sem remuneração
direta do serviço de saúde prestado pelo hospital, é considerada relação de consumo.

c) A relação jurídica entre a entidade de previdência privada e seus participantes não é considerada
relação de consumo, pois a ela se aplica marco normativo específico sobre seguridade social.

d) Basta que instituição financeira figure em um dos polos da relação jurídica como fornecedora de
empréstimos financeiros para que essa relação seja caracterizada como relação de consumo.

e) A relação entre concessionária de serviço público e usuário final, para o fornecimento de serviços
públicos essenciais, tais como energia elétrica, água e esgoto, não pode ser considerada relação de
consumo, pois se trata de uma concessão de serviço público, regida por normas específicas de direito
administrativo.

Comentários

Letra A. Correta. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL CIVIL. PROCESSO CIVIL.
RECURSO MANEJADO SOB A ÉGIDE DO CPC/73. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. RECURSO ESPECIAL. PESSOA
JURÍDICA. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. APLICAÇÃO DO CDC. TEORIA FINALISTA MITIGADA. PRESCRIÇÃO
QUINQUENAL. ART. 27 DO CDC. SÚMULA Nº 83 DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. (...)

2. A jurisprudência desta Corte tem mitigado os rigores da teoria finalista para autorizar a incidência
do CDC nas hipóteses em que a parte (pessoa física ou jurídica), embora não seja tecnicamente a
125

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

destinatária final do produto ou serviço, se apresente em situação de vulnerabilidade. Tem


aplicação a Súmula nº 83 do STJ.

(AgRg no AREsp 646.466/ES, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 07/06/2016,
DJe 10/06/2016)

Letra B. Incorreta. 3. As Turmas de Direito Público que integram esta Corte já se manifestaram no
sentido de inexiste qualquer tipo de remuneração direta no serviço de saúde prestado por hospital
público, posto que seu custeio ocorre por meio de receitas tributárias, de modo que não há falar em
relação consumerista ou aplicação das regras do Código de Defesa do Consumidor à hipótese.

Letra C. Incorreta. Súmula 321 do STJ O Código de Defesa do Consumidor é aplicável à relação jurídica
entre a entidade de previdência privada e seus participantes. CANCELADA

Letra D. Incorreta. MÚTUO. REDUÇÃO DA MULTA CONTRATUAL DE 10% PARA 2%. INEXISTÊNCIA NO
CASO DE RELAÇÃO DE CONSUMO.- Tratando-se de financiamento obtido por empresário, destinado
precipuamente a incrementar a sua atividade negocial, não se podendo qualificá-lo, portanto, como
destinatário final, inexistente é a pretendida relação de consumo. Inaplicação no caso do Código de
Defesa do Consumidor. Recurso especial não conhecido. (STJ. REsp 218505 MG 1999/0050614-6.
Relator Ministro Barros Monteiro. T4 – Quarta Turma. Julgamento 16/09/1999. DJ 14/02/2000).

Letra E. Incorreta. Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias,
permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços
adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.

Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações referidas neste
artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma
prevista neste código.

3. CESPE - Especialista em Regulação de Aviação Civil/Área 5/2012

Com base no disposto no CDC, julgue o item que se segue.

Compete ao Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, órgão vinculado à Secretaria de


Direito Econômico do Ministério da Justiça, a coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa
do Consumidor.

Comentários

Certo. Decreto n. 2.181/97 - Art. 3º Compete à Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da


Justiça, a coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe:

126

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a política nacional de proteção e defesa do


consumidor;

4. CONSULPLAN - Fiscal (Uberlândia)/Defesa do Consumidor/2012

Integram o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC) os órgãos federais, estaduais, do


Distrito Federal e municipais e as entidades privadas de defesa do consumidor. O Departamento
Nacional de Defesa do Consumidor, da Secretaria Nacional de Direito Econômico (MJ), ou órgão federal
que venha substitui-lo, é organismo de coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa do
Consumidor, cabendo-lhe executar as seguintes ações, EXCETO:

a) Solicitar à Polícia Judiciária a instauração de inquérito policial para a apreciação de delito contra os
consumidores, nos termos da legislação vigente.

b) Representar ao Ministério Público competente para fins de adoção de medidas processuais no


âmbito de suas atribuições.

c) Levar ao conhecimento dos órgãos competentes as infrações de ordem administrativa que violarem
os interesses difusos, coletivos ou individuais dos consumidores.

d) Ressarcir ao consumidor o valor comprovado, em moeda Real, dos prejuízos causados pelo produto
irregular adquirido e pagar indenização pelos transtornos causados em sua vida pessoal.

e) Solicitar o concurso de órgãos e entidades da União, Estados, do Distrito Federal e Municípios, bem
como auxiliar a fiscalização de preços, abastecimento, quantidade e segurança de bens e serviços.

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 3º Compete à Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, a


coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe:

V - solicitar à polícia judiciária a instauração de inquérito para apuração de delito contra o


consumidor, nos termos da legislação vigente;

Letra B. Incorreta. Art. 3º Compete à Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, a


coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe:

VI - representar ao Ministério Público competente, para fins de adoção de medidas processuais,


penais e civis, no âmbito de suas atribuições;

Letra C. Incorreta. Art. 3º Compete à Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, a


coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe:

127

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

VII - levar ao conhecimento dos órgãos competentes as infrações de ordem administrativa que
violarem os interesses difusos, coletivos ou individuais dos consumidores;

Letra D. Correta. Não há essa competência no art. 3º do Decreto 2.181.

Letra E. Incorreta. Art. 3º Compete à Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, a


coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe:

VIII - solicitar o concurso de órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, bem como auxiliar na fiscalização de preços, abastecimento, quantidade e segurança de
produtos e serviços;

5. FCC - Procurador (Campinas)/2016

Dentre as sanções administrativas, passíveis de aplicação pelos órgãos integrantes do Sistema Nacional
de Defesa do Consumidor, incluem-se:

I. Cassação de licença de atividade.

II. Intervenção administrativa.

III. Restituição de valores aos consumidores.

IV. Cassação do registro do produto junto ao órgão competente.

Está correto o que consta APENAS em

a) II, III e IV.

b) I e II.

c) II e III.

d) I, II e IV.

e) III e IV.

Comentários

Item I - Correto. Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme o
caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas em
normas específicas:

128

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

IX - cassação de licença do estabelecimento ou de atividade;

Item II - Correto. Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme
o caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas
em normas específicas:

XI - intervenção administrativa;

Item III - Incorreto. Não há essa previsão no CDC.

Item IV - Correto. Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme
o caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas
em normas específicas:

IV - cassação do registro do produto junto ao órgão competente;

Gabarito, Letra D.

6. FCC - Escriturário (BB)/"Sem Área"/2011/2

Tratando-se do Decreto no 6.523/2008, é obrigatória a manutenção da gravação das chamadas


efetuadas para o Serviço de Atendimento ao Consumidor − SAC pelo prazo mínimo de

a) 60 dias.

b) 15 dias.

c) 30 dias.

d) 90 dias.

e) 120 dias.

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 15. Será permitido o acompanhamento pelo consumidor de todas as suas
demandas por meio de registro numérico, que lhe será informado no início do atendimento.

§3º É obrigatória a manutenção da gravação das chamadas efetuadas para o SAC, pelo prazo mínimo
de noventa dias, durante o qual o consumidor poderá requerer acesso ao seu conteúdo.

Letra B. Incorreta. Art. 15. Será permitido o acompanhamento pelo consumidor de todas as suas
demandas por meio de registro numérico, que lhe será informado no início do atendimento.

129

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

§3º É obrigatória a manutenção da gravação das chamadas efetuadas para o SAC, pelo prazo mínimo
de noventa dias, durante o qual o consumidor poderá requerer acesso ao seu conteúdo.

Letra C. Incorreta. Art. 15. Será permitido o acompanhamento pelo consumidor de todas as suas
demandas por meio de registro numérico, que lhe será informado no início do atendimento.

§3º É obrigatória a manutenção da gravação das chamadas efetuadas para o SAC, pelo prazo mínimo
de noventa dias, durante o qual o consumidor poderá requerer acesso ao seu conteúdo.

Letra D. Correta. Art. 15. Será permitido o acompanhamento pelo consumidor de todas as suas
demandas por meio de registro numérico, que lhe será informado no início do atendimento.

§3º É obrigatória a manutenção da gravação das chamadas efetuadas para o SAC, pelo prazo mínimo
de noventa dias, durante o qual o consumidor poderá requerer acesso ao seu conteúdo.

Letra E. Incorreta. Art. 15. Será permitido o acompanhamento pelo consumidor de todas as suas
demandas por meio de registro numérico, que lhe será informado no início do atendimento.

§3º É obrigatória a manutenção da gravação das chamadas efetuadas para o SAC, pelo prazo mínimo
de noventa dias, durante o qual o consumidor poderá requerer acesso ao seu conteúdo.

7. FCC - Escriturário (BB)/"Sem Área"/2011/3

Conforme o Decreto no 6.523/2008, o serviço de atendimento telefônico das prestadoras de serviços


regulados, que tenham como finalidade resolver as demandas dos consumidores sobre informação,
dúvida, reclamação, suspensão ou cancelamento de contratos e de serviços, é denominado

a) Procon − Proteção e defesa do consumidor.

b) Ouvidoria.

c) SAC-Serviço de atendimento ao consumidor.

d) Controladoria.

e) Auditoria.

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 2º Para os fins deste Decreto, compreende-se por SAC o serviço de
atendimento telefônico das prestadoras de serviços regulados que tenham como finalidade resolver
as demandas dos consumidores sobre informação, dúvida, reclamação, suspensão ou cancelamento
de contratos e de serviços.

130

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Letra B. Incorreta. Art. 2º Para os fins deste Decreto, compreende-se por SAC o serviço de atendimento
telefônico das prestadoras de serviços regulados que tenham como finalidade resolver as demandas
dos consumidores sobre informação, dúvida, reclamação, suspensão ou cancelamento de contratos e
de serviços.

Letra C. Correta. Art. 2º Para os fins deste Decreto, compreende-se por SAC o serviço de atendimento
telefônico das prestadoras de serviços regulados que tenham como finalidade resolver as demandas
dos consumidores sobre informação, dúvida, reclamação, suspensão ou cancelamento de contratos e
de serviços.

Letra D. Incorreta. Art. 2º Para os fins deste Decreto, compreende-se por SAC o serviço de
atendimento telefônico das prestadoras de serviços regulados que tenham como finalidade resolver
as demandas dos consumidores sobre informação, dúvida, reclamação, suspensão ou cancelamento
de contratos e de serviços.

Letra E. Incorreta. Art. 2º Para os fins deste Decreto, compreende-se por SAC o serviço de atendimento
telefônico das prestadoras de serviços regulados que tenham como finalidade resolver as demandas
dos consumidores sobre informação, dúvida, reclamação, suspensão ou cancelamento de contratos e
de serviços.

14.3.2 - Magistratura Estadual

1. VUNESP - JE TJAC/TJ AC/2019

Os alunos de uma escola privada consumiram, na lanchonete próxima a uma escola, um alimento que
causou intoxicação e os levou ao hospital, onde ficaram internados alguns dias, perdendo aulas
importantes. A associação de pais, ao ficar sabendo do ocorrido, propôs ação coletiva visando à
indenização aos alunos atingidos pela intoxicação.

Diante desses fatos hipotéticos, assinale a alternativa correta.

a) Têm legitimidade para a propositura da ação coletiva as entidades e órgãos da Administração


Pública, direta ou indireta, desde que com personalidade jurídica.

b) Se a ação coletiva for julgada procedente, a eficácia erga omnes e ultra partes beneficiará os
autores das ações individuais, independentemente de terem requerido a suspensão das ações
individuais, em razão do princípio da hipossuficiência do consumidor.

c) A associação tem legitimidade para a propositura da ação coletiva se estiver constituída há pelo
menos um ano e incluir em seus fins institucionais a defesa dos interesses dos alunos, desde que tenha
autorização assemblear para a propositura da ação.

131

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

d) A sentença fará coisa julgada erga omnes, se o pedido for julgado procedente, beneficiando todas
as crianças que foram vítimas da intoxicação, exceto as que tiverem ingressado com ações individuais
e não requereram a suspensão dos respectivos processos no prazo legal.

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente

III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade
jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código ;

Letra B. Incorreta. Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do parágrafo único do art.
81, não induzem litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada erga omnes
ou ultra partes a que aludem os incisos II e III do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações
individuais, se não for requerida sua suspensão no prazo de trinta dias, a contar da ciência nos autos
do ajuizamento da ação coletiva.

Letra C. Incorreta. Art. 82 - IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que
incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código,
dispensada a autorização assemblear.

Letra D. Correta. Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do parágrafo único do art.
81, não induzem litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada erga omnes
ou ultra partes a que aludem os incisos II e III do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações
individuais, se não for requerida sua suspensão no prazo de trinta dias, a contar da ciência nos autos
do ajuizamento da ação coletiva.

2. FCC - JE TJAL/TJ AL/2019

Na defesa do consumidor em juízo, na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer
ou não fazer,

a) o Juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o


resultado prático equivalente ao do adimplemento, como, dentre outras, busca e apreensão, remoção
de coisas e pessoas, desfazimento de obra e impedimento de atividade nociva, além da requisição de
força policial.

b) a conversão eventual da obrigação em perdas e danos só será admissível por decisão consensual
das partes.

c) a indenização por perdas e danos far-se-á abrangendo danos emergentes e lucros cessantes, mas
sempre com prejuízo da multa processual.

132

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

d) somente após justificação prévia poderá o Juiz conceder a tutela jurisdicional pleiteada, após citação
do réu, em razão da natureza coletiva dos direitos discutidos na lide.

e) é possível impor-se multa diária ao réu, na sentença, desde que requerida expressamente pelo autor
e se suficiente ou compatível com a obrigação, fixado prazo razoável para cumprimento do preceito.

Comentários

Letra A. Correta. Art. 84. § 5° Para a tutela específica ou para a obtenção do resultado prático
equivalente, poderá o juiz determinar as medidas necessárias, tais como busca e apreensão,
remoção de coisas e pessoas, desfazimento de obra, impedimento de atividade nociva, além de
requisição de força policial.

Letra B. Incorreta. Art. 84. § 1° A conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível
se por elas optar o autor ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático
correspondente.

Letra C. Incorreta. Art. 84. § 2° A indenização por perdas e danos se fará sem prejuízo da multa

Letra D. Incorreta. Art. 84. § 3° Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado
receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após
justificação prévia, citado o réu.

Letra E. Incorreta. Art. 84. § 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na sentença, impor multa diária
ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação,
fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.

3. FCC - JE TJAL/TJ AL/2019

Nas ações coletivas para defesa de interesses individuais homogêneos,

a) em caso de procedência do pedido, a condenação será certa e determinada, fixando-se a


responsabilidade do réu pelos danos causados e os legitimados a requererem o cumprimento do
julgado, individualizados.

b) o Ministério Público atuará somente como autor, defeso fazê-lo como fiscal da lei, o que só se
permite na defesa de interesses difusos.

c) seu ajuizamento só poderá ocorrer em nome próprio do legitimado.

d) ajuizada a demanda será publicado edital no órgão oficial, a fim de que os interessados possam
intervir no processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla divulgação pelos meios de
comunicação social por parte dos órgãos de defesa do consumidor.

133

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

e) poderá ocorrer execução coletiva da decisão, com base em certidão das sentenças de liquidação,
necessariamente após o trânsito em julgado do feito.

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a condenação será genérica, fixando a
responsabilidade do réu pelos danos causados.

Letra B. Incorreta. Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a ação, atuará sempre como fiscal da
lei.

Letra C. Incorreta. Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá
ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.

Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente:

I - o Ministério Público,

II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;

III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade
jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código;

IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins
institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código, dispensada a autorização
assemblear.

Letra D. Correta. Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial, a fim de que os
interessados possam intervir no processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla divulgação
pelos meios de comunicação social por parte dos órgãos de defesa do consumidor.

Letra E. Incorreta. Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo promovida pelos legitimados de que
trata o art. 82, abrangendo as vítimas cujas indenizações já tiveram sido fixadas em sentença de
liquidação, sem prejuízo do ajuizamento de outras execuções.

§ 1° A execução coletiva far-se-á com base em certidão das sentenças de liquidação, da qual deverá
constar a ocorrência ou não do trânsito em julgado.

4. CEBRASPE (CESPE) - JE TJPA/TJ PA/2019

No que diz respeito a aspectos processuais civis previstos no CDC, assinale a opção correta.
134

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

a) Ao consumidor incumbe o ônus da prova da veracidade e correção de informação ou comunicação


publicitária.

b) A intervenção de terceiros na denunciação da lide é vedada nas hipóteses de responsabilidade civil


do comerciante por fato do produto.

c) O réu fornecedor que tenha contrato de seguro de responsabilidade não poderá chamar ao processo
o segurador.

d) Nos casos que envolvam responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços, o consumidor
deverá propor a ação em seu domicílio, obrigatoriamente.

e) A inversão do ônus da prova pelo juiz depende da presença concomitante dos requisitos da
verossimilhança da alegação e da hipossuficiência do consumidor.

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da informação ou comunicação
publicitária cabe a quem as patrocina.

Letra B. Correta. Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único deste código, a ação de regresso
poderá ser ajuizada em processo autônomo, facultada a possibilidade de prosseguir-se nos mesmos
autos, vedada a denunciação da lide.

Letra C. Incorreta. Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços,
sem prejuízo do disposto nos Capítulos I e II deste título, serão observadas as seguintes normas:

II - o réu que houver contratado seguro de responsabilidade poderá chamar ao processo o segurador,
vedada a integração do contraditório pelo Instituto de Resseguros do Brasil. Nesta hipótese, a sentença
que julgar procedente o pedido condenará o réu nos termos do art. 80 do Código de Processo Civil. Se
o réu houver sido declarado falido, o síndico será intimado a informar a existência de seguro de
responsabilidade, facultando-se, em caso afirmativo, o ajuizamento de ação de indenização
diretamente contra o segurador, vedada a denunciação da lide ao Instituto de Resseguros do Brasil e
dispensado o litisconsórcio obrigatório com este.

Letra D. Incorreta. Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços,
sem prejuízo do disposto nos Capítulos I e II deste título, serão observadas as seguintes normas:

I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor;

Letra E. Incorreta. Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias de experiências;
135

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

5. VUNESP - JE TJRJ/TJ RJ/2019

Em conformidade com o que disciplina o Código de Defesa do Consumidor sobre os interesses ou


direitos individuais homogêneos, assinale a alternativa correta.

a) A respectiva coisa julgada terá efeitos ultra partes, com a reparabilidade indireta do bem cuja
titularidade é composta pelo grupo ou classe.

b) São interesses na sua essência coletivos, não podendo ser exercidos em juízo individualmente.

c) O Ministério Público não é parte legítima para atuar em defesa dos interesses individuais
homogêneos dos consumidores.

d) A origem comum exigida para a configuração dos interesses individuais homogêneos pode ser tanto
de fato como de direito.

e) A marca de seu objeto é a indivisibilidade e a indisponibilidade, ou seja, não comportam


fracionamento e não podem ser disponibilizados por qualquer dos cotitulares.

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:

III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus
sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81.

Letra B. Incorreta. Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá
ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.

Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem


comum.

Letra C. Incorreta. Súmula 601 do STJ: O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa
de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que decorrentes da
prestação de serviço público.

Letra D. Correta. Para Kazuo Watanabe, “a origem comum pode ser de fato ou de direito, e a expressão
não significa, necessariamente, uma unidade factual e temporal".

Letra E. Incorreta. Comporta fracionamento segundo consagrada doutrina.

136

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

6. VUNESP - JE TJRO/TJ RO/2019

Os legitimados meta-individuais constantes do Código de Defesa do Consumidor poderão propor, em


nome próprio e no interesse das vítimas ou seus sucessores, ação civil coletiva de responsabilidade
pelos danos individualmente sofridos em decorrência da colocação, comercialização e circulação de
produtos ou serviços no varejo, observando-se que

a) proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial, a fim de que os interessados possam intervir
no processo como assistentes, sem prejuízo de ampla divulgação pelos meios de comunicação social
por parte dos órgãos de defesa do consumidor.

b) o Ministério Público, se não ajuizar a ação, atuará como litisconsorte.

c) decorrido o prazo de 06 (seis) meses sem habilitação de interessados em número compatível com
a gravidade do dano, poderão os legitimados coletivos promover a liquidação e execução da
indenização devida.

d) em caso de concurso de créditos decorrentes de condenação em direitos difusos e de indenizações


pelos prejuízos individuais resultantes do mesmo evento danoso, estas terão preferência no
pagamento.

e) em caso de procedência do pedido, a condenação será certa, líquida e exigível, fixando a


responsabilidade do réu pelos danos causados.

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial, a fim de que os
interessados possam intervir no processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla divulgação pelos
meios de comunicação social por parte dos órgãos de defesa do consumidor.

Letra B. Incorreta. Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a ação, atuará sempre como fiscal da
lei.

Letra C. Incorreta. Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem habilitação de interessados em número
compatível com a gravidade do dano, poderão os legitimados do art. 82 promover a liquidação e
execução da indenização devida.

Letra D. Correta. Art. 99. Em caso de concurso de créditos decorrentes de condenação prevista na Lei
n.° 7.347, de 24 de julho de 1985 e de indenizações pelos prejuízos individuais resultantes do mesmo
evento danoso, estas terão preferência no pagamento. (Vide Decreto nº 407, de 1991)

Letra E. Incorreta. Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a condenação será genérica, fixando a
responsabilidade do réu pelos danos causados.

137

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

7. CONSULPLAN - JE TJMG/TJ MG/2018

Não tem legitimidade ativa para propor ação coletiva de consumo

a) o Município.

b) a própria vítima.

c) a Defensoria Pública municipal do consumidor.

d) a associação instituída para defesa de seus associados consumidores, legalmente constituída e


funcionando há menos de um ano.

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados
concorrentemente: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)

II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;

Letra B. Incorreta. Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá
ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.

Letra C. Incorreta. Não existe defensoria pública municipal.

Letra D. Correta. Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados
concorrentemente: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)

IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins
institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código, dispensada a autorização
assemblear.

8. CEBRASPE (CESPE) - JE TJSC/TJ SC/2019

A respeito da defesa do consumidor em juízo, assinale a opção correta.

a) O Ministério Público possui legitimidade para pleitear, em demandas de saúde contra os entes
federativos, tratamentos médicos, exceto quando se tratar de feitos que contenham beneficiários
individualizados.

b) A Defensoria Pública tem legitimidade para ajuizar ação civil pública em defesa de direitos
individuais homogêneos de consumidores idosos, independentemente da comprovação de
hipossuficiência econômica dos beneficiários.
138

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

c) Associação com fins específicos de proteção ao consumidor possui legitimidade para o ajuizamento
de ação civil pública com a finalidade de tutelar interesses coletivos de beneficiários do seguro DPVAT.

d) Em caso de ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, o juiz
deverá dar prioridade à conversão da obrigação em perdas e danos.

e) O comerciante que indenize, em juízo, o consumidor lesado não poderá exercer o direito de regresso
contra os demais responsáveis pelo evento danoso nos mesmos autos nem requerer a denunciação da
lide.

Comentários

Letra A. Incorreta. “Tese jurídica firmada: O Ministério Público é parte legítima para pleitear
tratamento médico ou entrega de medicamentos nas demandas de saúde propostas contra os entes
federativos, mesmo quando se tratar de feitos contendo beneficiários individualizados, porque se
refere a direitos individuais indisponíveis, na forma do art. 1º da Lei n. 8.625/1993 (Lei Orgânica
Nacional do Ministério Público).” (STJ - REsp: 1682836 SP 2017/0160235-2, Relator: Ministro OG
FERNANDES, Data de Julgamento: 25/04/2018, S1 - PRIMEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe
30/04/2018)

Letra B. Correta. A Defensoria Pública tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa de
interesses individuais homogêneos de consumidores idosos que tiveram plano de saúde reajustado
em razão da mudança de faixa etária, ainda que os titulares não sejam carentes de recursos
econômicos. EREsp 1.192.577-RS, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 21/10/2015, DJe 13/11/2015.
Informativo 573 STJ.

Letra C. Incorreta. Associação com fins específicos de proteção ao consumidor não possui legitimidade
para o ajuizamento de ação civil pública com a finalidade de tutelar interesses coletivos de
beneficiários do seguro DPVAT. REsp 1.091.756-MG, Rel. Min. Marco Buzzi, Rel. Acd. Min. Marco
Aurélio Bellizze, por maioria, julgado em 13/12/2017, DJe 05/02/2018. Informativo 618 STJ.

Letra D. Incorreta. Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não
fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o
resultado prático equivalente ao do adimplemento.

§ 1° A conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível se por elas optar o autor
ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.

Letra E. Incorreta. Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior,
quando:

Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá exercer o direito de regresso
contra os demais responsáveis, segundo sua participação na causação do evento danoso.

139

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único deste código, a ação de regresso poderá ser ajuizada
em processo autônomo, facultada a possibilidade de prosseguir-se nos mesmos autos, vedada a
denunciação da lide.

9. VUNESP - JE TJRS/TJ RS/2018

Considerando as regras consumeristas, os empregados demitidos sem justa causa e os aposentados


que contribuíram para plano de saúde coletivo empresarial, nas condições legais, que tenha sido
extinto e um novo contratado em novas condições:

a) não têm direito de serem mantidos nesse plano, pois as condições dos planos coletivos impede
novos integrantes sem vínculo com a empresa.

b) não têm direito de serem mantidos nesse plano, por não pertencerem mais aos quadros da empresa.

c) têm direito a serem mantidos no plano anterior, com as mesmas condições já pactuadas, por terem
ingressado anteriormente à saída da empresa.

d) não têm direito de serem mantidos nesse plano, desde que tenham sido asseguradas a eles as
mesmas condições de cobertura assistencial proporcionadas aos empregados ativos.

e) têm direito a serem mantidos no plano anterior, com as mesmas condições, por abusividade da nova
contratação.

Comentários

Letra A. Incorreta. Assim, considerando a própria finalidade da lei e sua submissão ao microssistema
do Código de Defesa do Consumidor – (Súmula 469/STJ: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor
aos contratos de plano de saúde) –, é curial que o valor a ser pago após a demissão seja a mesma
quantia estabelecida por ocasião da vigência do contrato de trabalho, sujeitando-se, porém, aos
critérios de reajuste e revisão que forem aplicados para os empregados em atividade.

Letra B. Incorreta. Assim, considerando a própria finalidade da lei e sua submissão ao microssistema
do Código de Defesa do Consumidor – (Súmula 469/STJ: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor
aos contratos de plano de saúde) –, é curial que o valor a ser pago após a demissão seja a mesma
quantia estabelecida por ocasião da vigência do contrato de trabalho, sujeitando-se, porém, aos
critérios de reajuste e revisão que forem aplicados para os empregados em atividade.

Letra C. Incorreta. Assim, considerando a própria finalidade da lei e sua submissão ao microssistema
do Código de Defesa do Consumidor – (Súmula 469/STJ: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor
aos contratos de plano de saúde) –, é curial que o valor a ser pago após a demissão seja a mesma
quantia estabelecida por ocasião da vigência do contrato de trabalho, sujeitando-se, porém, aos
critérios de reajuste e revisão que forem aplicados para os empregados em atividade.

140

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Letra D. Correta. Assim, considerando a própria finalidade da lei e sua submissão ao microssistema do
Código de Defesa do Consumidor – (Súmula 469/STJ: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos
contratos de plano de saúde) –, é curial que o valor a ser pago após a demissão seja a mesma quantia
estabelecida por ocasião da vigência do contrato de trabalho, sujeitando-se, porém, aos critérios de
reajuste e revisão que forem aplicados para os empregados em atividade.

Letra E. Incorreta. Assim, considerando a própria finalidade da lei e sua submissão ao microssistema
do Código de Defesa do Consumidor – (Súmula 469/STJ: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor
aos contratos de plano de saúde) –, é curial que o valor a ser pago após a demissão seja a mesma
quantia estabelecida por ocasião da vigência do contrato de trabalho, sujeitando-se, porém, aos
critérios de reajuste e revisão que forem aplicados para os empregados em atividade.

10. CESPE – TJ/RN – Juiz - 2013

A respeito do procedimento de liquidação da sentença proferida em ação coletiva, assinale a opção


correta.

a) O procedimento de liquidação enseja a habilitação das vítimas e sucessores, de modo a transformar


a condenação pelos prejuízos globalmente causados em indenizações pelos prejuízos individualmente
sofridos, devendo ser apurados não só a quantificação dos prejuízos, mas também a existência dos
danos particulares e o nexo causal com o dano geral reconhecido na sentença.

b) A legitimidade para a propositura de liquidação, execução e cumprimento de sentença é restrita das


vítimas do dano e seus sucessores.

c) Em ACP ajuizada para a defesa do meio ambiente e dos valores urbanísticos, artísticos e culturais,
não havendo habilitação de interessados no procedimento de liquidação, o valor genérico da
indenização será revertido ao ente público do local do dano para ser aplicado em projetos de
restauração e recuperação dos bens lesados.

d) Não promovida a liquidação ou a execução da sentença no prazo de sessenta dias pelo autor
coletivo, a pessoa jurídica de direito público interno do local do dano e a União Federal, se o dano
alcançar mais de uma unidade da Federação, deverão ser intimadas para o cumprimento da sentença.

e) A sentença condenatória coletiva deve ser certa e líquida quanto à extensão dos danos causados e
à indenização destinada ao respectivo fundo, remanescendo a liquidação apenas em relação às
pretensões individuais pelos prejuízos sofridos.

Comentários

Letra A. Correta. A primeira parte da resposta diz respeito a quem compete liquidar a sentença: vítimas
e os sucessores (art. 97 do CDC), além de outros possíveis legitimados.

141

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Art. 97. A liquidação e a execução de sentença poderão ser promovidas pela vítima e seus sucessores,
assim como pelos legitimados de que trata o art. 82.

Parte tal quesito de ensinamento doutrinário de Ada Pelegrini Grinover1: o processo de liquidação é
tratado como um “novo processo” no qual cada liquidante deverá provar a existência de seu dano
individual e seu nexo com o dano global.

Dessa forma, é possível comprovar: (i) a extensão e individualização do dano, (ii) bem como a existência
dele, podendo a vítima ou seu sucessor comprovar que sua situação lhe dá direito a parte do valor
então sentenciado.

Letra B. Incorreta. Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem habilitação de interessados em número
compatível com a gravidade do dano, poderão os legitimados do art. 82 promover a liquidação e
execução da indenização devida.

Letra C. Incorreta. Lei 7.347/85 - Art. 13. Havendo condenação em dinheiro, a indenização pelo dano
causado reverterá a um fundo gerido por um Conselho Federal ou por Conselhos Estaduais de que
participarão necessariamente o Ministério Público e representantes da comunidade, sendo seus
recursos destinados à reconstituição dos bens lesados.

Letra D. Incorreta. Lei 7.347/85 - Art. 15. Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado da sentença
condenatória, sem que a associação autora lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério
Público, facultada igual iniciativa aos demais legitimados.

Letra E. Incorreta. Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a condenação será genérica, fixando a
responsabilidade do réu pelos danos causados.

11. VUNESP - Juiz Estadual (TJ MS)/2015/31º

Segundo o art. 84 do CDC, na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não
fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o
resultado prático equivalente ao do adimplemento, observando que

a) para a tutela específica ou para a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz fazer uso
exclusivo da multa.

b) a indenização por perdas e danos se fará com prejuízo da multa.

1
GRINOVER, Ada Pelegrine. Código de Defesa do Consumidor comentado pelos autores do anteprojeto, Forense Universitária,2001

142

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

c) desde que seja requerido pelo autor, o juiz poderá, na sentença, impor multa diária ao réu, se for
suficiente ou compatível com a obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.

d) sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do


provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia, citado o
réu.

e) a conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível se impossível a obtenção do


resultado prático correspondente.

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 84 - § 5° Para a tutela específica ou para a obtenção do resultado prático
equivalente, poderá o juiz determinar as medidas necessárias, tais como busca e apreensão, remoção
de coisas e pessoas, desfazimento de obra, impedimento de atividade nociva, além de requisição de
força policial.

Letra B. Incorreta. Art. 84 - § 2° A indenização por perdas e danos se fará sem prejuízo da multa (art.
287, do Código de Processo Civil).

Letra C. Incorreta. Art. 84 - § 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na sentença, impor multa diária
ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação,
fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.

Letra D. Correta. Art. 84 - § 3° Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado


receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após
justificação prévia, citado o réu.

Letra E. Incorreta. Poderá ocorrer, ainda, no caso de optar o autor pela referida conversão.

12. VUNESP - Juiz Estadual (TJ PA)/2014

Na hipótese de ação indenizatória por vício do produto, a inversão do ônus da prova a favor do
consumidor, quando for verossímil a alegação e quando for ele hipossuficiente

a) deve ser determinada pelo Juiz preferencialmente na fase de saneamento do processo ou, pelo
menos, assegurar à parte prejudicada a reabertura de oportunidade para apresentação de provas.

b) deve ser determinada pelo Juiz antes da citação do réu, sob pena de ofensa ao contraditório.

c) pode ser determinada pelo Juiz na própria sentença, por se tratar de regra de julgamento e não de
procedimento.

d) prescinde de decisão judicial, ocorrendo ope legis.


143

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

e) pode ser determinada pelo Juiz a qualquer tempo, já que se refere ao aspecto subjetivo do ônus da
prova.

Comentários

Letra A. Correta. 4. Não podendo ser identificado o fabricante, estende-se a responsabilidade objetiva
ao comerciante (CDC, art. 13). Tendo o consumidor optado por ajuizar a ação contra suposto
fabricante, sem comprovar que o réu foi realmente o fabricante do produto defeituoso, ou seja, sem
prova do próprio nexo causal entre ação ou omissão do réu e o dano alegado, a inversão do ônus da
prova a respeito da identidade do responsável pelo produto pode ocorrer com base no art. 6º, VIII, do
CDC, regra de instrução, devendo a decisão judicial que a determinar ser proferida
"preferencialmente na fase de saneamento do processo ou, pelo menos, assegurando-se à parte a
quem não incumbia inicialmente o encargo, a reabertura de oportunidade" (RESP 802.832, STJ 2ª
Seção, DJ 21.9.2011). (stj, EREsp 422.778/SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Rel. p/
Acórdão Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 29/02/2012, DJe
21/06/2012).

Letra B. Incorreta. 4. Não podendo ser identificado o fabricante, estende-se a responsabilidade


objetiva ao comerciante (CDC, art. 13). Tendo o consumidor optado por ajuizar a ação contra suposto
fabricante, sem comprovar que o réu foi realmente o fabricante do produto defeituoso, ou seja, sem
prova do próprio nexo causal entre ação ou omissão do réu e o dano alegado, a inversão do ônus da
prova a respeito da identidade do responsável pelo produto pode ocorrer com base no art. 6º, VIII, do
CDC, regra de instrução, devendo a decisão judicial que a determinar ser proferida
"preferencialmente na fase de saneamento do processo ou, pelo menos, assegurando-se à parte a
quem não incumbia inicialmente o encargo, a reabertura de oportunidade" (RESP 802.832, STJ 2ª
Seção, DJ 21.9.2011). (stj, EREsp 422.778/SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Rel. p/
Acórdão Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 29/02/2012, DJe
21/06/2012).

Letra C. Incorreta. 4. Não podendo ser identificado o fabricante, estende-se a responsabilidade


objetiva ao comerciante (CDC, art. 13). Tendo o consumidor optado por ajuizar a ação contra suposto
fabricante, sem comprovar que o réu foi realmente o fabricante do produto defeituoso, ou seja, sem
prova do próprio nexo causal entre ação ou omissão do réu e o dano alegado, a inversão do ônus da
prova a respeito da identidade do responsável pelo produto pode ocorrer com base no art. 6º, VIII, do
CDC, regra de instrução, devendo a decisão judicial que a determinar ser proferida
"preferencialmente na fase de saneamento do processo ou, pelo menos, assegurando-se à parte a
quem não incumbia inicialmente o encargo, a reabertura de oportunidade" (RESP 802.832, STJ 2ª
Seção, DJ 21.9.2011). (stj, EREsp 422.778/SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Rel. p/
Acórdão Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 29/02/2012, DJe
21/06/2012).

Letra D. Incorreta. 4. Não podendo ser identificado o fabricante, estende-se a responsabilidade


objetiva ao comerciante (CDC, art. 13). Tendo o consumidor optado por ajuizar a ação contra suposto
fabricante, sem comprovar que o réu foi realmente o fabricante do produto defeituoso, ou seja, sem
prova do próprio nexo causal entre ação ou omissão do réu e o dano alegado, a inversão do ônus da
144

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

prova a respeito da identidade do responsável pelo produto pode ocorrer com base no art. 6º, VIII, do
CDC, regra de instrução, devendo a decisão judicial que a determinar ser proferida
"preferencialmente na fase de saneamento do processo ou, pelo menos, assegurando-se à parte a
quem não incumbia inicialmente o encargo, a reabertura de oportunidade" (RESP 802.832, STJ 2ª
Seção, DJ 21.9.2011). (stj, EREsp 422.778/SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Rel. p/
Acórdão Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 29/02/2012, DJe
21/06/2012).

Letra E. Incorreta. 4. Não podendo ser identificado o fabricante, estende-se a responsabilidade


objetiva ao comerciante (CDC, art. 13). Tendo o consumidor optado por ajuizar a ação contra suposto
fabricante, sem comprovar que o réu foi realmente o fabricante do produto defeituoso, ou seja, sem
prova do próprio nexo causal entre ação ou omissão do réu e o dano alegado, a inversão do ônus da
prova a respeito da identidade do responsável pelo produto pode ocorrer com base no art. 6º, VIII, do
CDC, regra de instrução, devendo a decisão judicial que a determinar ser proferida
"preferencialmente na fase de saneamento do processo ou, pelo menos, assegurando-se à parte a
quem não incumbia inicialmente o encargo, a reabertura de oportunidade" (RESP 802.832, STJ 2ª
Seção, DJ 21.9.2011). (stj, EREsp 422.778/SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Rel. p/
Acórdão Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 29/02/2012, DJe
21/06/2012).

13. FCC - Juiz Estadual (TJ GO)/2012/55º

Examine as afirmações abaixo.

I. Nas ações de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços, o réu que houver
contratado seguro de responsabilidade poderá chamar ao processo o segurador, vedada a integração
do contraditório pelo Instituto de esseguros do Brasil.

II. Os legitimados a agir na forma do Código de Defesa do Consumidor poderão propor ação visando a
compelir o Poder Público competente a proibir, em todo o território nacional, a produção, divulgação,
distribuição ou venda, ou a determinar alteração na composição, estrutura, fórmula ou
acondicionamento de produto, cujo uso ou consumo regular se revele nocivo ou perigoso à saúde
pública e à incolumidade pessoal.

Assinale a alternativa correta.

a) I e II são verdadeiras, integralmente.

b) Apenas II é verdadeira.

c) Apenas I é verdadeira.

d) Ambas são falsas.


145

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

e) Não existem ações de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços no CDC, mas
apenas no âmbito do Código de Processo Civil e em outras leis extravagantes.

Comentários

Item I - Correto. PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO CONSUMERISTA. AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL


EM FACE DE FORNECEDOR DE SERVIÇOS. CHAMAMENTO AO PROCESSO DE SEGURADORA.
FACULDADE DO RÉU. SEGURO DE DANOS CAUSADOS A TERCEIRO. INAPLICABILIDADE DO ART. 77, III,
DO CPC. VIGÊNCIA DO ART. 101, II, DO CDC. (TJ-RJ - AI: 00720129020128190000 RJ 0072012-
90.2012.8.19.0000, Relator: DES. FERNANDO FOCH DE LEMOS ARIGONY DA SILVA, Data de Julgamento:
20/12/2012, TERCEIRA CAMARA CIVEL, Data de Publicação: 08/07/2013 17:51)

Item II - Correto. Art. 102. Os legitimados a agir na forma deste código poderão propor ação visando
compelir o Poder Público competente a proibir, em todo o território nacional, a produção, divulgação
distribuição ou venda, ou a determinar a alteração na composição, estrutura, fórmula ou
acondicionamento de produto, cujo uso ou consumo regular se revele nocivo ou perigoso à saúde
pública e à incolumidade pessoal.

Gabarito, Letra A.

14. FCC - Juiz Estadual (TJ PE)/2013

Nas ações coletivas de que trata o Código de Defesa do Consumidor, a sentença fará coisa julgada:

I. erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em
que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento, valendo-se de nova
prova, na hipótese dos interesses ou direitos difusos conforme tratados no CDC.

II. ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por insuficiência
de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico
fundamento, valendo-se de nova prova, quando se tratar de interesses ou direitos coletivos conforme
tratados no CDC.

III. erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus
sucessores, na hipótese de interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os
decorrentes de origem comum.

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas.

b) I, II e III.

146

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

c) I e II, apenas.

d) II e III, apenas.

e) I e III, apenas.

Comentários

Item I - Correto. Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:

I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese
em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de
nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81;

Item II - Correto. Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:

II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por
insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese prevista no inciso
II do parágrafo único do art. 81;

Item III - Correto. Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:

III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus
sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81.

Gabarito, Letra B.

15. FCC - Juiz Estadual (TJ SC)/2015

Em relação à defesa do consumidor em juízo, analise os enunciados seguintes:

I. A defesa coletiva será exercida, entre outras situações, quando se tratar de interesses ou direitos
individuais homogêneos, assim entendidos aqueles de que seja titular grupo, categoria ou classe de
pessoas ligadas entre si ou com parte contrária por uma mesma relação jurídica base.

II. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, a conversão da
obrigação em perdas e danos somente será admissível se por elas optar o autor ou se impossível a
tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente.

III. Os legitimados a agir na defesa dos consumidores em juízo poderão propor ação visando compelir
o Poder Público competente a proibir, em todo o território nacional, a produção, divulgação,
distribuição ou venda, ou a determinar a alteração na composição, estrutura, fórmula ou

147

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

acondicionamento de produto, cujo uso ou consumo regular se revele nocivo ou perigoso à saúde
pública e à incolumidade pessoal.

IV. Nas ações coletivas tratadas no Código de Defesa do Consumidor, a sentença fará coisa julgada erga
omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores,
na hipótese de defesa de interesses ou direitos difusos, assim entendidos os transindividuais, de
natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato.

É correto o que se afirma APENAS em

a) I, III e IV.

b) II e III.

c) I e IV.

d) I, II e III.

e) II, III e IV.

Comentários

Item I - Incorreto. Art. 81, par. ún.- II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos
deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe
de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;

Item II - Correto. Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não
fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o
resultado prático equivalente ao do adimplemento.

§ 1° A conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível se por elas optar o autor
ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.

Item III - Correto. Art. 102. Os legitimados a agir na forma deste código poderão propor ação visando
compelir o Poder Público competente a proibir, em todo o território nacional, a produção, divulgação
distribuição ou venda, ou a determinar a alteração na composição, estrutura, fórmula ou
acondicionamento de produto, cujo uso ou consumo regular se revele nocivo ou perigoso à saúde
pública e à incolumidade pessoal.

Item IV - Incorreto. Aplica-se à seguinte hipótese:

III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem


comum.

Gabarito, Letra B.

148

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

16. FCC - Juiz Estadual (TJ AL)/2015

Cleonice ajuizou ação de obrigação de fazer contra operadora de plano de saúde. Requereu a
realização de cirurgia ortopédica de emergência para colocação de prótese importada. Pugnou pela
concessão de liminar, comprovando periculum in mora. Extrajudicialmente, a operadora de plano de
saúde havia negado a cobertura afirmando inexistir tal previsão em contrato. Convencendo-se de que
Cleonice possui direito à realização da cirurgia, o juiz

a) determinará, necessariamente, a realização de audiência de justificação, na qual, depois de ouvida


a operadora de saúde, concederá a liminar pleiteada para determinar a realização da cirurgia,
impondo-lhe multa diária, de ofício, a fim de assegurar a efetividade do provimento.

b) concederá a liminar pleiteada para determinar a realização da cirurgia, independentemente de


justificação prévia, impondo multa diária à operadora de saúde a fim de assegurar a efetividade do
provimento apenas se Cleonice tiver formulado pedido expresso nesse sentido.

c) determinará, necessariamente, a realização de audiência de justificação, na qual, depois de ouvida


a operadora de saúde, concederá a liminar pleiteada para determinar a realização da cirurgia,
impondo-lhe multa diária a fim de assegurar a efetividade do provimento apenas se Cleonice tiver
formulado pedido expresso nesse sentido.

d) mandará citar a operadora de saúde, a fim de, exercido o contraditório, determinar a realização da
cirurgia, não podendo conceder liminar, que esgotaria o objeto da lide.

e) concederá a liminar pleiteada para determinar a realização da cirurgia, independentemente de


justificação prévia, impondo multa diária à operadora de saúde, de ofício, a fim de assegurar a
efetividade do provimento.

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 84. § 3° Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado
receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após
justificação prévia, citado o réu.

Letra B. Incorreta. Art. 84. § 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na sentença, impor multa diária
ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação,
fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.

Letra C. Incorreta. Art. 84. § 3° Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado
receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após
justificação prévia, citado o réu.

149

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Art. 84. § 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na sentença, impor multa diária ao réu,
independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando
prazo razoável para o cumprimento do preceito.

Letra D. Incorreta. Art. 84. § 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na sentença, impor multa diária
ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação,
fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.

Letra E. Correta. Art. 84. § 3° Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio
de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação
prévia, citado o réu.

Art. 84. § 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na sentença, impor multa diária ao réu,
independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando
prazo razoável para o cumprimento do preceito.

17. FCC - Juiz Estadual (TJ SE)/2015

No que se refere ao tema das ações coletivas para a defesa dos interesses previstos no parágrafo único
do art. 81 do Código de Defesa do Consumidor, é correto afirmar que

a) a imposição de multa diária pelo juiz no curso da ação não depende de pedido do autor da ação.

b) a coisa jugada se limita ao grupo, categoria ou classe de interessados, quando se tratar de interesses
difusos.

c) o ajuizamento de ações de indenização a título individual induz litispendência, quando se tratar de


interesses individuais homogêneos.

d) a coisa julgada é erga omnes nos casos de interesses difusos e coletivos.

e) a improcedência da ação que tutelou interesses difusos sempre faz coisa erga omnes.

Comentários

Letra A. Correta. Art. 84 - § 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na sentença, impor multa diária
ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação,
fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.

Letra B. Incorreta. Os direitos difusos se referem a um grupo indeterminável.

Letra C. Incorreta. Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do parágrafo único do art.
81, não induzem litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada erga omnes
150

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

ou ultra partes a que aludem os incisos II e III do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações
individuais, se não for requerida sua suspensão no prazo de trinta dias, a contar da ciência nos autos
do ajuizamento da ação coletiva.

Letra D. Incorreta. Art. 103 - II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo
improcedência por insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese
prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81;

Letra E. Incorreta. Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:

I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em
que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de nova
prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81;
==1b6fa6==

18. CESPE - Juiz Estadual (TJ BA)/2012

A respeito do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), do Departamento Nacional de


Defesa do Consumidor (DNDC) e da convenção coletiva de consumo, assinale a opção correta.

a) Compete ao DNDC ajuizar ação coletiva contra os infratores das normas consumeristas, a fim de
impor-lhes condenações ao pagamento de multas.

b) As entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou sindicatos de categoria


econômica podem regular, por convenção escrita, relações de consumo. As regras constantes nessas
convenções passam a ser obrigatórias a partir do registro do instrumento no cartório de títulos e
documentos, mesmo para o fornecedor que, posteriormente, se desligue da entidade de classe.

c) Os PROCON's, órgãos oficiais locais subordinados hierarquicamente ao DNDC e criados, na forma da


lei, para exercer as atividades contidas no CDC, atuam junto às comunidades prestando atendimento
direto aos consumidores.

d) Para a consecução de seus objetivos, o DNDC poderá requisitar o concurso de órgãos e entidades
de notória especialização técnico-científica. Se se omitir, o requisitado cometerá crime tipificado no
CDC.

e) O SNDC resulta da conjugação de esforços do Estado, nas diversas unidades da Federação, para a
implementação efetiva dos direitos do consumidor e para o respeito da pessoa humana na relação de
consumo. Para impedir a manipulação ao livre mercado, é vedada a participação de entidades privadas
no SNDC.

Letra A. Incorreta. Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo serão aplicadas pela autoridade
administrativa, no âmbito de sua atribuição, podendo ser aplicadas cumulativamente, inclusive por
medida cautelar, antecedente ou incidente de procedimento administrativo.

151

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Letra B. Correta. Art. 107. As entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou


sindicatos de categoria econômica podem regular, por convenção escrita, relações de consumo que
tenham por objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e
características de produtos e serviços, bem como à reclamação e composição do conflito de
consumo.

§ 1° A convenção tornar-se-á obrigatória a partir do registro do instrumento no cartório de títulos e


documentos.

§ 2° A convenção somente obrigará os filiados às entidades signatárias.

§ 3° Não se exime de cumprir a convenção o fornecedor que se desligar da entidade em data posterior
ao registro do instrumento.

Letra C. Incorreta. Art. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), os órgãos
federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais e as entidades privadas de defesa do
consumidor.

Letra D. Incorreta. Art. 106. Parágrafo único. Para a consecução de seus objetivos, o Departamento
Nacional de Defesa do Consumidor poderá solicitar o concurso de órgãos e entidades de notória
especialização técnico-científica.

Letra E. Incorreta. Art. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), os órgãos
federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais e as entidades privadas de defesa do consumidor.

19. FCC - Juiz Estadual (TJ GO)/2012/55º

É correto afirmar:

a) Não há sanções administrativas autônomas no CDC, estando todas as medidas possíveis inseridas
nos âmbitos civil e penal.

b) Se aplicadas sanções administrativas por infrações ao CDC, ficarão prejudicadas as sanções de


natureza civil e penal, pela maior amplitude daquelas.

c) Os órgãos oficiais poderão notificar os fornecedores para que, sob pena de desobediência, prestem
informações sobre questões de interesse do consumidor, ainda que digam respeito a segredos
industriais, pela prevalência do interesse social.

d) As sanções administrativas no CDC são multa, apreensão e inutilização do produto e proibição de


sua fabricação, somente.

152

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

e) As sanções administrativas previstas no CDC serão aplicadas pela autoridade administrativa, no


âmbito de sua atribuição, podendo ser cumulativas, inclusive por medida cautelar antecedente ou
incidente de procedimento administrativo.

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme
o caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas
em normas específicas:

Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo serão aplicadas pela autoridade administrativa, no
âmbito de sua atribuição, podendo ser aplicadas cumulativamente, inclusive por medida cautelar,
antecedente ou incidente de procedimento administrativo.

Letra B. Incorreta. Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme
o caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas
em normas específicas:

Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo serão aplicadas pela autoridade administrativa, no
âmbito de sua atribuição, podendo ser aplicadas cumulativamente, inclusive por medida cautelar,
antecedente ou incidente de procedimento administrativo.

Letra C. Incorreta. Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme
o caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas
em normas específicas:

Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo serão aplicadas pela autoridade administrativa, no
âmbito de sua atribuição, podendo ser aplicadas cumulativamente, inclusive por medida cautelar,
antecedente ou incidente de procedimento administrativo.

Letra D. Incorreta. Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme
o caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas
em normas específicas:

Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo serão aplicadas pela autoridade administrativa, no
âmbito de sua atribuição, podendo ser aplicadas cumulativamente, inclusive por medida cautelar,
antecedente ou incidente de procedimento administrativo.

Letra E. Correta. Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme o
caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas em
normas específicas:

Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo serão aplicadas pela autoridade administrativa, no
âmbito de sua atribuição, podendo ser aplicadas cumulativamente, inclusive por medida cautelar,
antecedente ou incidente de procedimento administrativo.
153

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

20. FCC - Juiz Estadual (TJ GO)/2015/56º

No tocante às sanções administrativas previstas no Código de Defesa do Consumidor:

a) A pena de multa, graduada de acordo com a gravidade da infração, a vantagem auferida e a condição
econômica do fornecedor, será aplicada mediante procedimento administrativo, revertendo-se
metade para os consumidores lesados e a outra metade para o Fundo de que trata a Lei no 7.347/1985,
se os valores cabíveis à União, ou para os Fundos estaduais ou municipais de proteção ao consumidor
nos demais casos.

b) As penas de apreensão, de inutilização de produtos, de proibição de fabricação de produtos, de


suspensão do fornecimento de produto ou serviço, de cassação do registro do produto e revogação da
concessão ou permissão de uso serão aplicadas mediante procedimento administrativo, assegurada
ampla defesa, quando o fornecedor reincidir na prática das infrações de maior gravidade previstas
neste código e na legislação de consumo.

c) As penas de cassação de alvará de licença, de interdição e de suspensão temporária da atividade,


bem como a de intervenção administrativa, serão aplicadas pela administração, mediante
procedimento administrativo, assegurada ampla defesa, quando forem constatados vícios de
quantidade ou de qualidade por inadequação ou insegurança do produto ou serviço.

d) Pendendo ação judicial na qual se discuta a imposição de penalidade administrativa, não haverá
reincidência até a prolação da sentença monocrática.

e) A imposição de contrapropaganda será cominada quando o fornecedor incorrer na prática de


publicidade enganosa ou abusiva, sempre às expensas do infrator e será divulgada pelo responsável da
mesma forma, frequência e dimensão e, preferencialmente no mesmo veículo, local, espaço e horário,
de forma capaz de desfazer o malefício da publicidade enganosa ou abusiva.

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 57. A pena de multa, graduada de acordo com a gravidade da infração, a
vantagem auferida e a condição econômica do fornecedor, será aplicada mediante procedimento
administrativo, revertendo para o Fundo de que trata a Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, os valores
cabíveis à União, ou para os Fundos estaduais ou municipais de proteção ao consumidor nos demais
casos

Letra B. Incorreta. Art. 58. As penas de apreensão, de inutilização de produtos, de proibição de


fabricação de produtos, de suspensão do fornecimento de produto ou serviço, de cassação do registro
do produto e revogação da concessão ou permissão de uso serão aplicadas pela administração,
mediante procedimento administrativo, assegurada ampla defesa, quando forem constatados vícios
de quantidade ou de qualidade por inadequação ou insegurança do produto ou serviço.

154

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Letra C. Incorreta. Art. 59. As penas de cassação de alvará de licença, de interdição e de suspensão
temporária da atividade, bem como a de intervenção administrativa, serão aplicadas mediante
procedimento administrativo, assegurada ampla defesa, quando o fornecedor reincidir na prática das
infrações de maior gravidade previstas neste código e na legislação de consumo.

Letra D. Incorreta. Art. 59. As penas de cassação de alvará de licença, de interdição e de suspensão
temporária da atividade, bem como a de intervenção administrativa, serão aplicadas mediante
procedimento administrativo, assegurada ampla defesa, quando o fornecedor reincidir na prática das
infrações de maior gravidade previstas neste código e na legislação de consumo.

§ 3° Pendendo ação judicial na qual se discuta a imposição de penalidade administrativa, não haverá
reincidência até o trânsito em julgado da sentença.

Letra E. Correta. Art. 60. A imposição de contrapropaganda será cominada quando o fornecedor
incorrer na prática de publicidade enganosa ou abusiva, nos termos do art. 36 e seus parágrafos,
sempre às expensas do infrator.

§ 1º A contrapropaganda será divulgada pelo responsável da mesma forma, freqüência e dimensão


e, preferencialmente no mesmo veículo, local, espaço e horário, de forma capaz de desfazer o
malefício da publicidade enganosa ou abusiva.

21. FCC - Juiz Estadual (TJ SE)/2015

No que se refere à aplicação das sanções administrativas com base no Código de Defesa do
Consumidor, é INCORRETO afirmar:

a) A sanção de contrapropaganda pode ser imposta tanto administrativamente, quanto judicialmente.

b) Havendo ação judicial na qual se discuta a imposição de sanção, a reincidência só se opera após o
trânsito em julgado da decisão judicial.

c) Em se tratado de serviços públicos concedidos, os órgãos integrantes do Sistema Nacional de Defesa


do Consumidor não podem aplicar a pena de revogação de concessão, devendo encaminhar o tema à
respectiva agência reguladora.

d) A sanção de suspensão de atividade só pode ser aplicada no caso de reincidência do infrator.

e) A Secretaria Nacional do Consumidor poderá avocar processos sancionatórios que apurem infração
a direitos difusos em fase de apuração por mais de um Estado da federação.

Comentários

155

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Letra A. Correta. Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme o
caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas em
normas específicas:

XII - imposição de contrapropaganda.

Letra B. Correta. Art. 59. § 3° Pendendo ação judicial na qual se discuta a imposição de penalidade
administrativa, não haverá reincidência até o trânsito em julgado da sentença.

Letra C. Incorreta. Art. 59. As penas de cassação de alvará de licença, de interdição e de suspensão
temporária da atividade, bem como a de intervenção administrativa, serão aplicadas mediante
procedimento administrativo, assegurada ampla defesa, quando o fornecedor reincidir na prática das
infrações de maior gravidade previstas neste código e na legislação de consumo.

§ 1° A pena de cassação da concessão será aplicada à concessionária de serviço público, quando violar
obrigação legal ou contratual

Letra D. Correta. Art. 59. As penas de cassação de alvará de licença, de interdição e de suspensão
temporária da atividade, bem como a de intervenção administrativa, serão aplicadas mediante
procedimento administrativo, assegurada ampla defesa, quando o fornecedor reincidir na prática
das infrações de maior gravidade previstas neste código e na legislação de consumo.

Letra E. Correta. Decreto nº 2181/1997 - Art. 16. Nos casos de processos administrativos em trâmite
em mais de um Estado, que envolvam interesses difusos ou coletivos, a Secretaria Nacional do
Consumidor poderá avocá-los, ouvida a Comissão Nacional Permanente de Defesa do Consumidor,
e as autoridades máximas dos sistemas estaduais.

14.3.3 - Magistratura Federal e do Trabalho

1. CESPE/TRF-5ªR – Juiz Federal Substituto – 2015

A empresa Aurum, indústria fabricante de automóveis, lançou, em setembro de 2014, veículo cuja
campanha publicitária afirmou tratar-se de modelo 2014-2015, antecipando, assim, a comercialização
do modelo do ano seguinte, como é a praxe no Brasil e em alguns outros países. Em janeiro de 2015, a
empresa Aurum abandonou a fabricação do referido modelo e passou a fabricar outro, diferente,
denominado simplesmente de modelo 2015. Sentindo-se lesados, compradores do automóvel modelo
2014-2015 ingressaram com ações judiciais individuais buscando reparação, afirmando que houve
quebra de uma legítima expectativa e consequente desvalorização exagerada de seus veículos no
mercado. Concomitantemente, o MP ingressou com ação coletiva contra a empresa Aurum,
objetivando a proteção desses mesmos interesses.

Acerca da situação hipotética apresentada, assinale a opção correta à luz da jurisprudência do STJ.

156

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

a) Configurou-se lesão a direitos difusos, pois o ato lesivo atingiu um número indeterminado de
pessoas, abrangendo desde o primeiro comprador de cada veículo até seus futuros proprietários.

b) Caso veiculada a demanda por ação coletiva, o CDC prevê expressamente a legitimidade ativa do
MP e da defensoria pública, entre outros entes, de forma concorrente.

c) Os efeitos da coisa julgada na ação coletiva não beneficiarão os consumidores que forem autores de
ações individuais se não for requerida sua desistência no prazo de trinta dias a contar da ciência do
ajuizamento da ação coletiva.

d) No caso da ação coletiva, eventual condenação poderá ser genérica e será posteriormente liquidada
pelas vítimas, por seus sucessores ou pelos legitimados para a propositura da ação.

e) O ato praticado pela empresa Aurum não poderá ser considerado publicidade enganosa se, no
momento da sua veiculação, não havia a intenção deliberada de enganar o consumidor ou induzi-lo a
erro.

Comentários

Letra A. Incorreta. Trata-se de direito individual homogêneo.

Letra B. Incorreta. Art. 82 - I - o Ministério Público,

II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;

III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade
jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código;

IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins
institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código, dispensada a autorização
assemblear.

Letra C. Incorreta. Art. 103 - § 3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art. 16, combinado com o
art. 13 da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, não prejudicarão as ações de indenização por danos
pessoalmente sofridos, propostas individualmente ou na forma prevista neste código, mas, se
procedente o pedido, beneficiarão as vítimas e seus sucessores, que poderão proceder à liquidação e
à execução, nos termos dos arts. 96 a 99.

Letra D. Correta. Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a condenação será genérica, fixando a
responsabilidade do réu pelos danos causados.

Art. 97. A liquidação e a execução de sentença poderão ser promovidas pela vítima e seus sucessores,
assim como pelos legitimados de que trata o art. 82.

157

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Letra E. Incorreta. . 3.- Embora lícito ao fabricante de veículos antecipar o lançamento de um modelo
meses antes da virada do ano, prática usual no país, constitui prática comercial abusiva e propaganda
enganosa e não de "reestilização" lícita, lançar e comercializar veículo no ano como sendo modelo do
ano seguinte e, depois, adquiridos esses modelos pelos consumidores, paralisar a fabricação desse
modelo e lançar outro, com novos detalhes, no mesmo ano, como modelo do ano seguinte, nem
mesmo comercializando mais o anterior em aludido ano seguinte. (STJ - REsp: 1342899 RS
2011/0155718-5, Relator: Ministro SIDNEI BENETI, Data de Julgamento: 20/08/2013, T3 - TERCEIRA
TURMA, Data de Publicação: DJe 09/09/2013)

14.3.4 - Defensoria Pública

1. CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019

Julgue o próximo item, acerca de direitos do consumidor e da defesa do consumidor em juízo, segundo
a legislação pertinente e o entendimento dos tribunais superiores.

Defensoria Pública estadual ou a distrital não têm legitimidade para ajuizar demanda que tutele
direitos coletivos quando, apesar da existência de circunstâncias de fato comuns, os interesses e
supostos prejuízos forem heterogêneos e disponíveis para os possíveis beneficiários da demanda
coletiva.

Comentários

Certo. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA AJUIZADA PELA
DEFENSORIA PÚBLICA ESTADUAL. VARIADOS EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS CONTRAÍDOS POR
SERVIDORES PÚBLICOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS. DIREITOS DISPONÍVEIS E HETEROGÊNEOS.
INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. CARÊNCIA DE AÇÃO. AGRAVO INTERNO PROVIDO PARA CONHECER
DO AGRAVO E NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL. (AgInt no AREsp 197.916/RJ, Rel. Ministro
RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 06/11/2018, DJe 09/11/2018)

2. CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019

Julgue o próximo item, acerca de direitos do consumidor e da defesa do consumidor em juízo, segundo
a legislação pertinente e o entendimento dos tribunais superiores.

Situação hipotética: Associação de defesa dos consumidores em determinado estado da Federação


promoveu demanda coletiva discutindo a ilegalidade da cobrança de taxa de conveniência por
fornecedor que oferecia a venda pela Internet de ingressos para apresentação de renomado artista.

158

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Assertiva: Nesse caso, segundo entendimento do STJ, os efeitos e a eficácia da sentença coletiva
restringem-se aos limites do território da competência do órgão judicante, considerando-se sempre a
extensão do dano e a qualidade dos interesses metaindividuais postos em juízo.

Comentários

Errado. 1. Para efeitos do art. 543-C do CPC:1.1. A liquidação e a execução individual de sentença
genérica proferida em ação civil coletiva pode ser ajuizada no foro do domicílio do beneficiário,
porquanto os efeitos e a eficácia da sentença não estão circunscritos a lindes geográficos, mas aos
limites objetivos e subjetivos do que foi decidido, levando-se em conta, para tanto, sempre a extensão
do dano e a qualidade dos interesses metaindividuais postos em juízo (arts. 468, 472 e 474, CPC e 93 e
103, CDC). REsp 1.243.887-PR. Corte Especial. Relator Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO. Julgamento
19.10.2011. DJe 12.12.2011

3. CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019

Julgue o próximo item, acerca de direitos do consumidor e da defesa do consumidor em juízo, segundo
a legislação pertinente e o entendimento dos tribunais superiores.

Consoante entendimento do STJ, nas demandas coletivas de consumo, o dano moral coletivo não se
caracteriza como categoria autônoma de dano, pois está relacionado à integridade psicofísica da
coletividade e se identifica com os atributos da pessoa humana (dor, sofrimento ou abalo psíquico).

Comentários

Errado. Jurisprudencia em Teses – STJ – Edição nº 125:

2) O dano moral coletivo, aferível in re ipsa é categoria autonoma de dano relacionado à violação
injusta e intolerável de valores fundamentais da coletividade.

4. CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019

Julgue o próximo item, relativo à prevenção, conexão, continência e litispendência no processo


coletivo.

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, não se vislumbra a ocorrência de litispendência


entre uma demanda coletiva que busque a tutela de um direito coletivo strictu sensu e uma demanda
individual.

Comentários

159

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Certo. Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do parágrafo único do art. 81, não
induzem litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra
partes a que aludem os incisos II e III do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações
individuais, se não for requerida sua suspensão no prazo de trinta dias, a contar da ciência nos autos
do ajuizamento da ação coletiva.

5. CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019

Julgue o próximo item, relativo à prevenção, conexão, continência e litispendência no processo


coletivo.

Entende o STJ que, ajuizada ação coletiva atinente a uma macrolide geradora de processos
multitudinários, é possível a suspensão, pelo magistrado, de ação individual existente sobre a mesma
matéria discutida no feito coletivo, de ofício e independentemente do consentimento do autor da
respectiva lide individual, a fim de aguardar o julgamento da ação coletiva.

Comentários

Certo. ajuizada ação coletiva atinente à macrolide geradora de processos multitudinários,


suspendem-se as ações individuais, no aguardo do julgamento da ação coletiva. No mesmo diapasão,
a Primeira Seção, por ocasião também de julgamento de recurso repetitivo, REsp n. 1.353.801/RS,
relator Ministro Mauro Campbell Marques, invocando o repetitivo da Segunda Seção, sufragou o
entendimento de que, ajuizada ação coletiva atinente à macrolide geradora de processos
multitudinários, suspendem-se as ações individuais, no aguardo do julgamento da ação coletiva,
ponderando que a coletivização da demanda, seja no polo ativo, seja no polo passivo, é um dos meios
mais eficazes para a realização do acesso à justiça, porquanto, além de reduzir os custos,
consubstancia-se em instrumento para a concentração de litigantes em um polo, evitando-se, assim,
os problemas decorrentes dos inúmeros procedimentos semelhantes. Assim, o mais prudente é o
sobrestamento dos feitos individuais até a solução definitiva do litígio coletivo. REsp 1.525.327-PR, Rel.
Min. Luis Felipe Salomão, Segunda Seção, por unanimidade, julgado em 12/12/2018, DJe
01/03/2019 (Tema 923) Informativo 643 do STJ.

6. CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019

Acerca de legitimidade em demandas coletivas, julgue o item subsequente.

Parte da doutrina entende que a natureza jurídica da legitimidade ativa para a tutela coletiva é de
legitimação autônoma para a condução do processo, categoria que se confunde com a legitimação
extraordinária.

Comentários

160

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Errado. No tocante à tutela jurisdicional coletiva do direito individual homogêneo, a maior parte da
corrente doutrinária que defende a existência dessa terceira espécie de legitimidade acredita ser
aplicável a legitimação extraordinária para explicar a legitimidade dos autores coletivos. Sendo a
indeterminação dos titulares e a impossibilidade de tutelá-los individualmente a justificativa de
adoção da legitimação autônoma para a condução do processo, é uma consequência natural a
exclusão dessa espécie de legitimação nas ações coletivas que buscam a tutela de direito individual
homogêneo. TARTUCE, Flávio. Manual de direito do consumidor: direito material e processual. - 7
ed. rev. atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018, p.

7. CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019

Acerca de legitimidade em demandas coletivas, julgue o item subsequente.

Segundo o STJ, o magistrado que concluir pela falta de legitimidade ativa coletiva do autor proponente
da demanda deve extinguir o feito sem exame do mérito e encaminhar as peças do processo ao
Ministério Público e à Defensoria Pública, para que tomem ciência e, caso queiram, promovam a
demanda coletiva.

Comentários

Errado. Jurisprudência em Teses do STJ – Edição nº 22:

7) A ilegitimidade ativa ou a irregularidade da representação processual não implica a extinção do


processo coletivo, competindo ao magistrado abrir oportunidade par ao ingresso de outro
colegitimado no polo ativo da demanda.

8. CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019

Acerca de legitimidade em demandas coletivas, julgue o item subsequente.

Tanto a vítima do dano quanto seus sucessores detêm legitimidade para promover liquidação e
execução de sentença condenatória coletiva proferida em ação coletiva para defesa de interesses
individuais homogêneos.

Comentários

Certo. Art. 97. A liquidação e a execução de sentença poderão ser promovidas pela vítima e seus
sucessores, assim como pelos legitimados de que trata o art. 82.

9. CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019

161

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Acerca do direito coletivo, julgue o item a seguir.

Os interesses difusos, coletivos strictu sensu e individuais homogêneos possuem como característica
comum a indivisibilidade do objeto.

Comentários

Errado. Por outro lado, a indivisibilidade – ou unitariedade – presente nos direitos transindividuais
não é encontrada no direito individual homogêneo, porque nesse os direitos individuais somados
podem ser fruídos ou sacrificados individualmente diante de cada um de seus titulares. TARTUCE,
Flávio. Manual de direito do consumidor: direito material e processual. - 7 ed. rev. atual. e ampl. - Rio
de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018, p.

10. CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019

Acerca do direito coletivo, julgue o item a seguir.

Entende o STJ que, no âmbito do direito privado, é de cinco anos o prazo prescricional para ajuizamento
de execução individual em pedido de cumprimento de sentença proferida em ação civil pública,
contado esse prazo a partir do trânsito em julgado da sentença exequenda.

Comentários

Certo. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL DA EXECUÇÃO
INDIVIDUAL. PRESCRIÇÃO VINTENÁRIA DO PROCESSO DE CONHECIMENTO TRANSITADA EM JULGADO.
INAPLICABILIDADE AO PROCESSO DE EXECUÇÃO. RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. ART. 543-C DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. PROVIMENTO DO RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE
CONTROVÉRIA. TESE CONSOLIDADA. 1. Para os efeitos do art. 543-C do Código de Processo Civil, foi
fixada a seguinte tese: "No âmbito do Direito Privado, é de cinco anos o prazo prescricional para
ajuizamento da execução individual em pedido de cumprimento de sentença proferida em Ação civil
pública. (REsp 1273643/PR, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 27/02/2013,
DJe 04/04/2013).

11. CEBRASPE (CESPE) - DP PE/DPE PE/2018

A respeito do ajuizamento de ação civil pública pela Defensoria Pública para tutela de defesa de
interesses individuais homogêneos de consumidores, assinale a opção correta de acordo com o
entendimento jurisprudencial do STJ.

a) Na hipótese de tutela de direitos individuais homogêneos, a Defensoria Pública somente pode atuar
em nome dos indivíduos que expressa e previamente autorizaram propositura de ação coletiva.

162

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

b) A Defensoria Pública tem legitimidade para instaurar inquérito civil para reunir elementos de fato e
de direito necessários para o ajuizamento de ação civil pública.

c) A Defensoria Pública apenas tem legitimidade para tomar medida individual, e não coletiva, para
representar consumidores hipossuficientes ou carentes de recursos financeiros.

d) A legitimidade da Defensoria Pública abrange diversas formas de vulnerabilidades sociais, não se


limitando à atuação em nome de carente de recursos econômicos.

e) É vedado à Defensoria Pública firmar compromisso de ajustamento de conduta com entidade


responsável por aumento abusivo em mensalidades de plano de saúde em razão de mudança de faixa
etária.

Comentários

Letra A. Incorreta. DIREITO CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. LEGITIMIDADE


DA DEFENSORIA PÚBLICA PARA PROPOR AÇÃO CIVIL PÚBLICA EM DEFESA DE JURIDICAMENTE
NECESSITADOS. A Defensoria Pública tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa de
interesses individuais homogêneos de consumidores idosos que tiveram plano de saúde reajustado em
razão da mudança de faixa etária, ainda que os titulares não sejam carentes de recursos econômicos. A
atuação primordial da Defensoria Pública, sem dúvida, é a assistência jurídica e a defesa dos
necessitados econômicos. Entretanto, ela também exerce atividades de auxílio aos necessitados
jurídicos, os quais não são, necessariamente, carentes de recursos econômicos. (EREsp 1.192.577/RS.
Rel. Min. Laurita Vaz. DJe 13/11/2015).

Letra B. Incorreta. DIREITO CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. LEGITIMIDADE


DA DEFENSORIA PÚBLICA PARA PROPOR AÇÃO CIVIL PÚBLICA EM DEFESA DE JURIDICAMENTE
NECESSITADOS. A Defensoria Pública tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa de
interesses individuais homogêneos de consumidores idosos que tiveram plano de saúde reajustado em
razão da mudança de faixa etária, ainda que os titulares não sejam carentes de recursos econômicos. A
atuação primordial da Defensoria Pública, sem dúvida, é a assistência jurídica e a defesa dos
necessitados econômicos. Entretanto, ela também exerce atividades de auxílio aos necessitados
jurídicos, os quais não são, necessariamente, carentes de recursos econômicos. (EREsp 1.192.577/RS.
Rel. Min. Laurita Vaz. DJe 13/11/2015).

Letra C. Incorreta. DIREITO CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. LEGITIMIDADE


DA DEFENSORIA PÚBLICA PARA PROPOR AÇÃO CIVIL PÚBLICA EM DEFESA DE JURIDICAMENTE
NECESSITADOS. A Defensoria Pública tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa de
interesses individuais homogêneos de consumidores idosos que tiveram plano de saúde reajustado em
razão da mudança de faixa etária, ainda que os titulares não sejam carentes de recursos econômicos. A
atuação primordial da Defensoria Pública, sem dúvida, é a assistência jurídica e a defesa dos
necessitados econômicos. Entretanto, ela também exerce atividades de auxílio aos necessitados
jurídicos, os quais não são, necessariamente, carentes de recursos econômicos. (EREsp 1.192.577/RS.
Rel. Min. Laurita Vaz. DJe 13/11/2015).

163

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Letra D. Correta. DIREITO CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. LEGITIMIDADE


DA DEFENSORIA PÚBLICA PARA PROPOR AÇÃO CIVIL PÚBLICA EM DEFESA DE JURIDICAMENTE
NECESSITADOS. A Defensoria Pública tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa de
interesses individuais homogêneos de consumidores idosos que tiveram plano de saúde reajustado em
razão da mudança de faixa etária, ainda que os titulares não sejam carentes de recursos econômicos. A
atuação primordial da Defensoria Pública, sem dúvida, é a assistência jurídica e a defesa dos
necessitados econômicos. Entretanto, ela também exerce atividades de auxílio aos necessitados
jurídicos, os quais não são, necessariamente, carentes de recursos econômicos. (EREsp 1.192.577/RS.
Rel. Min. Laurita Vaz. DJe 13/11/2015).

Letra E. Incorreta. DIREITO CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. LEGITIMIDADE


DA DEFENSORIA PÚBLICA PARA PROPOR AÇÃO CIVIL PÚBLICA EM DEFESA DE JURIDICAMENTE
NECESSITADOS. A Defensoria Pública tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa de
interesses individuais homogêneos de consumidores idosos que tiveram plano de saúde reajustado em
razão da mudança de faixa etária, ainda que os titulares não sejam carentes de recursos econômicos. A
atuação primordial da Defensoria Pública, sem dúvida, é a assistência jurídica e a defesa dos
necessitados econômicos. Entretanto, ela também exerce atividades de auxílio aos necessitados
jurídicos, os quais não são, necessariamente, carentes de recursos econômicos. (EREsp 1.192.577/RS.
Rel. Min. Laurita Vaz. DJe 13/11/2015).

12. FCC - DP RS/DPE RS/2018

Com relação à defesa do consumidor em juízo, é correto afirmar:

a) É incabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam tributos.

b) A estipulação de multa diária pelo juiz depende de pedido expresso do autor, sob pena de nulidade
por configurar decisão ultra petita.

c) A Defensoria Pública tem legitimação extraordinária para defesa coletiva em matéria consumerista,
salvo no caso de proteção a direitos individuais homogêneos.

d) É vedado, em se tratando de direitos coletivos lato sensu, que a liquidação e a execução da sentença
sejam propostas por substituto processual diverso do autor da ação de conhecimento.

e) É imprescindível à Defensoria Pública a demonstração de pertinência temática ou de


hipossuficiência econômica do grupo de eventuais beneficiados individuais.

Comentários

Letra A. Correta. Lei nº 7.347/85 - Art. 1º. Parágrafo único. Não será cabível ação civil pública para
veicular pretensões que envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem ser
individualmente determinados.
164

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Letra B. Incorreta. Art. 84. § 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na sentença, impor multa diária
ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação,
fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.

Letra C. Incorreta. Lei nº 7.347/85 - Art. 5º Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação
cautelar:

II - a Defensoria Pública;

Letra D. Incorreta. Art. 97. A liquidação e a execução de sentença poderão ser promovidas pela vítima
e seus sucessores, assim como pelos legitimados de que trata o art. 82.

Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem habilitação de interessados em número compatível com a
gravidade do dano, poderão os legitimados do art. 82 promover a liquidação e execução da
indenização devida.

Letra E. Incorreta. 3. A pertinência subjetiva da Defensoria Pública para intentar ação civil pública na
defesa de interesses transindividuais está atrelada à interpretação do que consiste a expressão
"necessitados" (art. 134 da CF) por "insuficiência de recursos" (art. 5º, LXXXIV, da CF). 4. Deve ser
conferido ao termo "necessitados" uma interpretação ampla no campo da ação civil pública para fins
de atuação inicial da Defensoria Pública, de modo a incluir, para além do necessitado econômico (em
sentido estrito), o necessitado organizacional, ou seja, o indivíduo ou grupo em situação especial de
vulnerabilidade existencial. REsp 1449416 / SC. T3 – Terceira Turma. Rel. Min. Ricardo Villas Bôas
Cueva. Julgado em 15/03/2016, DJe 29/03/2016.

13. CEBRASPE (CESPE) - DP DF/DP DF/2019

Julgue o próximo item, acerca de direitos do consumidor e da defesa do consumidor em juízo, segundo
a legislação pertinente e o entendimento dos tribunais superiores.

O PROCON tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa de direitos individuais
homogêneos, com clara repercussão social, em matéria de direito do consumidor, inclusive podendo
postular reparação por dano moral coletivo.

Comentários

Certo. Civil e processo civil. Recurso especial. Ação civil pública proposta pelo PROCON e pelo Estado
de São Paulo. Anticoncepcional Microvlar. Acontecimentos que se notabilizaram como o 'caso das
pílulas de farinha'. Cartelas de comprimidos sem princípio ativo, utilizadas para teste de maquinário,
que acabaram atingindo consumidoras e não impediram a gravidez indesejada. Pedido de condenação
genérica, permitindo futura liquidação individual por parte das consumidoras lesadas. Discussão
vinculada à necessidade de respeito à segurança do consumidor, ao direito de informação e à

165

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

compensação pelos danos morais sofridos. - Nos termos de precedentes, associações possuem
legitimidade ativa para propositura de ação relativa a direitos individuais homogêneos.

Como o mesmo fato pode ensejar ofensa tanto a direitos difusos, quanto a coletivos e individuais,
dependendo apenas da ótica com que se examina a questão, não há qualquer estranheza em se ter
uma ação civil pública concomitante com ações individuais, quando perfeitamente delimitadas as
matérias cognitivas em cada hipótese. (STJ - REsp: 866636 SP 2006/0104394-9, Relator: Ministra
NANCY ANDRIGHI, Data de Julgamento: 29/11/2007, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJ
06/12/2007 p. 312) (grifamos).

14. CEBRASPE (CESPE) - DP PE/DPE PE/2018

Conforme previsão expressa no CDC, possuem legitimidade para firmar convenção coletiva de
consumo apenas as

a) associações de fornecedores ou sindicato de categoria econômica e as entidades e os órgãos da


administração pública destinados à defesa dos direitos dos consumidores.

b) entidades públicas ou privadas destinadas à defesa dos direitos dos consumidores, as associações
de fornecedores e os sindicatos de categoria econômica.

c) entidades civis de consumidores e seus respectivos filiados.

d) entidades civis representativas de consumidores e as associações de fornecedores ou sindicatos de


categoria econômica.

e) associações de fornecedores ou sindicatos de categoria econômica, o Ministério Público e a


Defensoria Pública.

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 107. As entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou


sindicatos de categoria econômica podem regular, por convenção escrita, relações de consumo que
tenham por objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e
características de produtos e serviços, bem como à reclamação e composição do conflito de consumo.

Letra B. Incorreta. Art. 107. As entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou


sindicatos de categoria econômica podem regular, por convenção escrita, relações de consumo que
tenham por objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e
características de produtos e serviços, bem como à reclamação e composição do conflito de consumo.

Letra C. Incorreta. Art. 107. As entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou


sindicatos de categoria econômica podem regular, por convenção escrita, relações de consumo que
166

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

tenham por objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e
características de produtos e serviços, bem como à reclamação e composição do conflito de consumo.

Letra D. Correta. Art. 107. As entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou


sindicatos de categoria econômica podem regular, por convenção escrita, relações de consumo que
tenham por objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e
características de produtos e serviços, bem como à reclamação e composição do conflito de consumo.

Letra E. Incorreta. Art. 107. As entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou


sindicatos de categoria econômica podem regular, por convenção escrita, relações de consumo que
tenham por objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e
características de produtos e serviços, bem como à reclamação e composição do conflito de consumo.

15. FCC - DP (DPE AP)/DPE AP/2018

Sobre a convenção coletiva de consumo, o Código de Defesa do Consumidor dispõe expressamente


que

a) a convenção não obriga somente os filiados às entidades signatárias.

b) torna-se obrigatória desde a sua assinatura, independentemente do registro no cartório de títulos


e documentos.

c) não é permitida a regulação escrita em convenção que diga respeito a relações de consumo que
tenham por objeto estabelecer condições relativas à quantidade de produtos ou serviços.

d) não é permitida a regulação escrita em convenção que diga respeito a relações de consumo que
tenham por objeto estabelecer condições relativas a preços de produtos ou serviços.

e) a regulação por convenção coletiva de consumo é permitida para entidades civis de consumidores,
as associações de fornecedores ou sindicatos de categoria econômica.

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 107. § 2° A convenção somente obrigará os filiados às entidades signatárias.

Letra B. Incorreta. Art. 107. § 1° A convenção tornar-se-á obrigatória a partir do registro do


instrumento no cartório de títulos e documentos.

Letra C. Incorreta. Art. 107. As entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou


sindicatos de categoria econômica podem regular, por convenção escrita, relações de consumo que
tenham por objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e
características de produtos e serviços, bem como à reclamação e composição do conflito de consumo.

167

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Letra D. Incorreta. Art. 107. As entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou


sindicatos de categoria econômica podem regular, por convenção escrita, relações de consumo que
tenham por objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e
características de produtos e serviços, bem como à reclamação e composição do conflito de consumo.

Letra E. Correta. Art. 107. As entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou


sindicatos de categoria econômica podem regular, por convenção escrita, relações de consumo que
tenham por objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e
características de produtos e serviços, bem como à reclamação e composição do conflito de consumo .

16. CESPE – DPE/PE - 2015

A respeito dos direitos difusos, coletivos e individuais, da tutela do direito coletivo, da liquidação, dos
efeitos da sentença, da competência e da intervenção no processo, julgue o item seguinte.

Além da ação civil pública, admite-se a tutela de um direito coletivo por meio de mandado de
segurança, ação de improbidade administrativa ou ação popular.

Comentários

Certo. Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses protegidos por este código são admissíveis todas
as espécies de ações capazes de propiciar sua adequada e efetiva tutela.

17. FCC – DPE/AM - 2013

Com relação à coisa julgada nas ações coletivas, considere as afirmações abaixo.

I. Nas causas de interesses difusos, a sentença de improcedência fará coisa julgada erga omnes.

II. Nas causas de interesses coletivos, a sentença fará coisa julgada erga omnes, exceto se o pedido for
julgado improcedente por insuficiência de provas.

III. Nas causas de interesses difusos, após o trânsito em julgado de sentença procedente, qualquer
legitimado poderá ajuizar outra ação com mesmo pedido e causa de pedir, valendo-se de nova prova.

IV. Os efeitos da coisa julgada, tanto nas causas de interesses difusos como nas de coletivos, não
prejudicarão interesses e direitos individuais dos integrantes

V. Na hipótese de direitos individuais homogêneos, a sentença fará coisa julgada erga omnes, apenas
no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores. da coletividade,
do grupo, categoria ou classe.

168

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e III.

b) III, IV e V.

c) IV e V.

d) II e V.

e) I, II e III.

Comentários

Item I - Incorreto. Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:

I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em
que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de nova
prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81;

Item II - Incorreto. Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:

II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por
insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese prevista no inciso
II do parágrafo único do art. 81;

Item III - Incorreto. Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:

I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em
que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de nova
prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81;

Item IV - Correto. Art. 103. § 1° Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos I e II não prejudicarão
interesses e direitos individuais dos integrantes da coletividade, do grupo, categoria ou classe.

Item V - Correto. Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:

III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus
sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81.

18. FCC – DPE/CE – 2014

Nas ações coletivas de que trata o Código de Defesa do Consumidor, a sentença fará coisa julgada:

169

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

a) ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por insuficiência
de provas, no caso de a ação visar à defesa de interesses ou direitos individuais homogêneos, assim
entendidos os decorrentes de origem comum.

b) ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por insuficiência
de provas, no caso de a ação visar à defesa de interesses ou direitos coletivos, assim entendidos os
transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por
circunstâncias de fato.

c) erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus
sucessores, no caso de a ação visar à defesa de interesses ou direitos coletivos, assim entendidos os
transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas
entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base.

d) erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, no caso de a
ação visar à defesa de interesses ou direitos difusos, assim entendidos os transindividuais, de natureza
indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato.

e) erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, no caso de a
ação visar à defesa de interesses ou direitos coletivos, assim entendidos os transindividuais, de
natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a
parte contrária por uma relação jurídica base.

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:

I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese
em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de
nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81;

Letra B. Incorreta. Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:

I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese
em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de
nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81;

Letra C. Incorreta. Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:

I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese
em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de
nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81;

Letra D. Correta. Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:

170

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese
em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de
nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81;

Letra E. Incorreta. Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:

I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese
em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de
nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81;

19. CESPE – DPE/SE - 2012

A respeito da competência nas ações coletivas e da liquidação e execução da sentença, assinale a opção
correta.

a) Tratando-se de liquidação e cumprimento da sentença em ação coletiva que imponha obrigação de


pagar, se a ação objetivar a reparação de outros valores, diversos do patrimônio público, tais como os
direitos dos idosos e dos consumidores, os valores serão vertidos a um fundo de reparação de bens
lesados.

b) O juiz federal não dispõe de competência para processar e julgar a ACP e a ação popular quando o
presidente da República figurar como autoridade demandada.

c) De acordo com a legislação de regência, o juízo perante o qual seja proposta a primeira ACP é
prevento para todas as ações coletivas que, posteriormente ajuizadas, possuam a mesma causa de
pedir ou o mesmo pedido, exigindo-se ainda, para a incidência da prevenção, a identidade de partes.

d) Compete à justiça federal processar e julgar todas as ações coletivas cujo objeto seja a proteção ao
meio ambiente.

e) Nas ações coletivas, o cumprimento de sentença que imponha a obrigação de fazer ou não fazer
contra o poder público segue o rito previsto no CPC, devendo o poder público ser citado para opor
embargos, com a posterior expedição de ofício requisitório.

Comentários

Letra A. Correta. Art. 99. Em caso de concurso de créditos decorrentes de condenação prevista na Lei
n.° 7.347, de 24 de julho de 1985 e de indenizações pelos prejuízos individuais resultantes do mesmo
evento danoso, estas terão preferência no pagamento.

Art. 13. Havendo condenação em dinheiro, a indenização pelo dano causado reverterá a um fundo
gerido por um Conselho Federal ou por Conselhos Estaduais de que participarão necessariamente o

171

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Ministério Público e representantes da comunidade, sendo seus recursos destinados à reconstituição


dos bens lesados.

Letra B. Incorreta. Art. 5º Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação,
processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as
causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município.

§ 2º Quando o pleito interessar simultaneamente à União e a qualquer outra pessoas ou entidade,


será competente o juiz das causas da União, se houver; quando interessar simultaneamente ao
Estado e ao Município, será competente o juiz das causas do Estado, se houver.

Letra C. Incorreta. Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o
dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa.

Parágrafo único. A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações
posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.

Letra D. Incorreta. Regra geral é possível que haja competência tanto da Justiça Estadual como da
Justiça Federal. O juiz federal, no caso, será competente quando a causa tiver por objeto um interesse
da União.

Letra E. Incorreta. O ofício requisitório faz referência a um mandado de pagamento, o que não condiz
com a obrigação de fazer ou não fazer a princípio, bem como a impugnação (a valores).

20. FCC - Defensor Público do Estado do Maranhão/2009

A defesa coletiva será exercida quando se tratar de interesses ou direitos

a) difusos, assim entendidos os transindividuais, de natureza divisível, de que

b) coletivos, assim entendidos os transindividuais, de natureza divisível de que seja titular grupo,
categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base.

c) individuais homogêneos, assim entendidos os transindividuais, de natureza divisível de que seja


titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária decorrentes de
origem comum.

d) coletivos, assim entendidos os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo,
categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base.

e) difusos, assim entendidos os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo,
categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por circunstâncias de fato.

172

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Letra A. Incorreta. Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá
ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.

Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais,
de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou
com a parte contrária por uma relação jurídica base;

Letra B. Incorreta. Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá
ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.

Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais,
de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou
com a parte contrária por uma relação jurídica base;

Letra C. Incorreta. Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá
ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.

Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais,
de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou
com a parte contrária por uma relação jurídica base;

Letra D. Correta. Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser
exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.

Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais,
de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou
com a parte contrária por uma relação jurídica base;

Letra E. Incorreta. Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá
ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.

Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais,
de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou
com a parte contrária por uma relação jurídica base;

173

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

21. FCC - Defensor Público do Estado do Rio Grande do Sul/2011

Atenção: Para responder à questão assinale a alternativa que contém a afirmação correta em relação
ao assunto indicado.

Ação Coletiva.

a) A ação coletiva que pretenda indenização por danos de consumidores vítimas do descumprimento
de contrato de prestação de assistência à saúde tem por objeto espécie de direito coletivo stricto
sensu.

b) A indenização por lesão a direitos individuais não reverterá, em nenhuma hipótese, a fundo estatal
de reparação de bens lesados.

c) A isenção de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, para ingresso
das ações coletivas de consumo não abrange as interpostas por órgãos estatais que atuem como
representantes ou substitutos processuais dos consumidores.

d) A improcedência de ação coletiva que tenha por objeto a tutela de direito individual homogêneo,
não afeta a possibilidade de interposição de nova ação individual pelo consumidor substituído na
primeira demanda, desde que não tenha nela atuado como litisconsorte.

e) A Defensoria Pública não tem legitimidade para a tutela coletiva de direitos que envolvam relações
de consumo.

Comentários

Letra A. Incorreta. Para a resposta desse quesito, é de extrema importância lembrar um aspecto
diferenciador entre (principalmente) direitos coletivos e individuais homogêneos.

Destaca-se que a ação que tem por objeto um direito individual homogêneo é a única que pode ter
aspecto patrimonial. Dessa forma, desde já é possível concluir que o quesito trata, em verdade, de
uma ação cujo objeto é um direito individual homogêneo: o julgador irá decidir de forma genérica e,
habilitando-se as “vítimas”, estas poderão comprovar sua situação lesiva e requere o que lhes for de
direito na extensão de seu dano.

Destaca-se também que o prejuízo aos consumidores ocorreu após um fato posterior que os ligou: o
descumprimento de uma cláusula contratual. Seria diferente, a exemplo, da preexistência de uma
cláusula abusiva, a qual poderia ser suspensa via ação cujo objeto trataria de um direito coletivo
(“vítimas” determináveis).

174

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Letra B. Incorreta. Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem habilitação de interessados em número
compatível com a gravidade do dano, poderão os legitimados do art. 82 promover a liquidação e
execução da indenização devida.

Parágrafo único. O produto da indenização devida reverterá para o fundo criado pela Lei n.° 7.347,
de 24 de julho de 1985.

Letra C. Incorreta. A referida isenção está disposta no art. 87 do CDC. Porém, por ser o órgão estatal
(“órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica”)
igualmente legítimo para propor ações coletivas de consumo, tal isenção deve ser também aproveitada
por este, não fazendo o CDC qualquer distinção nesse sentido.

Letra D. Correta. Art. 103 - § 2° Na hipótese prevista no inciso III, em caso de improcedência do
pedido, os interessados que não tiverem intervindo no processo como litisconsortes poderão propor
ação de indenização a título individual.

Letra E. Incorreta. A lei nº 7.347/85, que também trata de demandas relacionadas ao consumo,
determina em seu art. 5º, inciso II que a Defensoria Pública também tem legitimidade para a referida
tutela coletiva.

22. FCC - Defensor Público do Estado de São Paulo/2006/I

Em regra geral, com relação à legitimidade, as associações, que incluam entre seus fins institucionais a
defesa do consumidor, devem ser legalmente constituídas há, pelo menos,

a) 1 ano, dispensada a autorização em assembleia.

b) 1 ano, autorizada em assembleia por pelo menos 1/3 de seus membros.

c) 2 anos, dispensada a autorização em assembleia.

d) 2 anos, autorizada em assembleia por pelo menos 1/3 de seus membros.

e) 5 anos, autorizada em assembleia por pelo menos 1/3 de seus membros.

Comentários

Letra A. Correta. Art. 82 - IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que
incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código,
dispensada a autorização assemblear.

175

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Letra B. Incorreta. Art. 82 - IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que
incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código,
dispensada a autorização assemblear.

Letra C. Incorreta. Art. 82 - IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que
incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código,
dispensada a autorização assemblear.

Letra D. Incorreta. Art. 82 - IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que
incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código,
dispensada a autorização assemblear.

Letra E. Incorreta. Art. 82 - IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que
incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código,
dispensada a autorização assemblear.

23. FCC - Defensor Público do Estado de São Paulo/2009/III

Da matéria processual extraída do Sistema de Proteção do Código de Defesa do Consumidor, é FALSO


afirmar:

a) Nas ações coletivas reguladas pelo Código de Defesa do Consumidor, a sentença fará coisa julgada
ultra partes, limitada ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por insuficiência de provas,
hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-
se de nova prova, desde que a ação verse sobre direitos transindividuais, de natureza indivisível de que
seja titular o grupo, a categoria ou a classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por
uma relação jurídica base.

b) As ações coletivas especificadas pelo Código de Defesa do Consumidor não induzem litispendência
para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra partes regulamentados
no Sistema de Proteção ao Consumidor não beneficiarão os autores das ações individuais, se não for
requerida sua suspensão no prazo de trinta dias, a contar da ciência nos autos da publicação da
sentença procedente proferida na ação coletiva.

c) Na esfera estadual, a ação civil coletiva de responsabilidade pelos danos individualmente sofridos, é
da competência do juízo do foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de âmbito
local.

d) Na esfera estadual, a ação civil coletiva de responsabilidade pelos danos individualmente sofridos
deve ser intentada no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os danos de âmbito
nacional ou regional, aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos casos de competência
concorrente.

176

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

e) Nas ações coletivas reguladas pelo Código de Defesa do Consumidor, a sentença fará coisa julgada
erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus
sucessores e quando versar sobre interesses ou direitos individuais homogêneos, decorrentes de
origem comum.

Comentários

Letra A. Correta. Art. 103 - II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo
improcedência por insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da
hipótese prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81;

Letra B. Incorreta. Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do parágrafo único do art.
81, não induzem litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada erga omnes
ou ultra partes a que aludem os incisos II e III do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações
individuais, se não for requerida sua suspensão no prazo de trinta dias, a contar da ciência nos autos
do ajuizamento da ação coletiva.

Letra C. Correta. Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é competente para a causa a
justiça local:

I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de âmbito local;

Letra D. Correta. Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é competente para a causa a
justiça local:

II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os danos de âmbito nacional ou


regional, aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos casos de competência concorrente.

Letra E. Correta. Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:

III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus
sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81.

24. FCC - Defensor Público do Estado do Rio Grande do Sul/2014/IV

Quanto à facilitação da defesa do consumidor em juízo no Sistema Nacional de Proteção ao


Consumidor, em se tratando de relação de consumo,

a) a inversão do ônus da prova depende de requerimento do consumidor e de determinação judicial,


não podendo ser pronunciada de ofício pelo juiz.

b) as partes somente poderão estabelecer cláusula de inversão do ônus da prova em prejuízo do


consumidor, se esta for redigida de forma clara e com destaque, permitindo sua imediata e fácil
compreensão.
177

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

c) o Magistrado poderá inverter o ônus da prova em benefício do consumidor sempre que for
verossímil sua alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiência.

d) a denunciação à lide é admitida em casos excepcionais e previstos em lei, como na hipótese do


direito de regresso do fornecedor que indenizar o consumidor pelos danos decorrentes de fato do
produto em face dos demais responsáveis legais.

e) a inversão do ônus da prova nas ações civis públicas não são admissíveis em favor do autor se este
for a Defensoria Pública, o Ministério Público ou uma das associações legitimadas.

Comentários

Letra A. Incorreta. A inversão do ônus da prova é questão de ordem pública e pode ser concedido de
ofício mesmo que não tenha sido requerido pelo consumidor.

Letra B. Incorreta. Não há tal exceção. Tal cláusula é nula de pleno direito.

Letra C. Correta. Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor,
no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;

Letra D. Incorreta. Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único deste código, a ação de regresso
poderá ser ajuizada em processo autônomo, facultada a possibilidade de prosseguir-se nos mesmos
autos, vedada a denunciação da lide.

Letra E. Incorreta. Deve-se que os representantes referidos estão defendendo direitos e interesses de
consumidores. Portanto, aproveitam-se também os “privilégios” processuais a estes.

25. FCC - Defensor Público do Estado de São Paulo/2015/VII

A reparação fluida (fluid recovery) em ação coletiva consumerista,

a) deve ter o resultado financeiro obtido partilhado proporcionalmente entre as vítimas habilitadas no
processo, de acordo com os danos suportados por cada um.

b) configura hipótese de execução individual plúrima.

c) pode ser manejada pelas vítimas do dano ou pelos legitimados extraordinários.

d) exige o transcurso do lapso anual, cujo termo inicial deve ser contado a partir da data da decisão
condenatória.
178

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

e) tem sua avaliação de cabimento como resultado da ponderação entre a gravidade do dano e o
número de vítimas efetivamente habilitadas.

Comentários

Letra A. Incorreta. Trata-se de dispositivo oriundo do direito americano denominado de fluid recovery
(DIDIER, 2016, pg. 431):

A ideia da regra é exatamente evitar que o condenado em ação coletiva envolvendo direitos individuais
homogêneos obtenha uma vantagem em razão da ausência de execução do título por legitimados
individuais. Assim, o fluid recovery visa a compensar a execução do título quando o número de
exequentes individuais não for compatível com a gravidade do dano.

Letra B. Incorreta. Trata-se de dispositivo oriundo do direito americano denominado de fluid recovery
(DIDIER, 2016, pg. 431):

A ideia da regra é exatamente evitar que o condenado em ação coletiva envolvendo direitos individuais
homogêneos obtenha uma vantagem em razão da ausência de execução do título por legitimados
individuais. Assim, o fluid recovery visa a compensar a execução do título quando o número de
exequentes individuais não for compatível com a gravidade do dano.

Letra C. Incorreta. Trata-se de dispositivo oriundo do direito americano denominado de fluid recovery
(DIDIER, 2016, pg. 431):

A ideia da regra é exatamente evitar que o condenado em ação coletiva envolvendo direitos individuais
homogêneos obtenha uma vantagem em razão da ausência de execução do título por legitimados
individuais. Assim, o fluid recovery visa a compensar a execução do título quando o número de
exequentes individuais não for compatível com a gravidade do dano.

Letra D. Incorreta. Trata-se de dispositivo oriundo do direito americano denominado de fluid recovery
(DIDIER, 2016, pg. 431):

A ideia da regra é exatamente evitar que o condenado em ação coletiva envolvendo direitos individuais
homogêneos obtenha uma vantagem em razão da ausência de execução do título por legitimados
individuais. Assim, o fluid recovery visa a compensar a execução do título quando o número de
exequentes individuais não for compatível com a gravidade do dano.

Letra E. Correta. Trata-se de dispositivo oriundo do direito americano denominado de fluid recovery
(DIDIER, 2016, pg. 431):

A ideia da regra é exatamente evitar que o condenado em ação coletiva envolvendo direitos individuais
homogêneos obtenha uma vantagem em razão da ausência de execução do título por legitimados
individuais. Assim, o fluid recovery visa a compensar a execução do título quando o número de
exequentes individuais não for compatível com a gravidade do dano.

179

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

26. CESPE - Defensor Público do Estado do Espírito Santo/2012

Acerca do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor e da convenção coletiva de consumo, julgue o


item subsequente.

São objetivos principais do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor — composto por órgãos
federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal, além de entidades privadas de defesa do
consumidor — o planejamento, a elaboração, a coordenação e a execução da Política Nacional de
Proteção ao Consumidor.

Comentários

Certo. Decreto nº 2.181/97 - Art. 2º Integram o SNDC a Secretaria Nacional do Consumidor do


Ministério da Justiça e os demais órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal, municipais e as
entidades civis de defesa do consumidor.

Art. 3º Compete à Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, a coordenação da


política do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe:

I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a política nacional de proteção e defesa do


consumidor;

27. FCC - Defensor Público do Estado do Espírito Santo/2016

As infrações penais tipificadas no Código de Defesa do Consumidor podem acarretar

a) pena de reclusão, interdição temporária de direitos e prestação de serviços à comunidade e a


publicação em órgãos de comunicação de grande circulação ou audiência, de notícias sobre os fatos e
a condenação, às expensas do condenado.

b) pena de detenção e a publicação, em órgãos de comunicação de grande circulação ou audiência, de


notícias sobre os fatos e a condenação, às expensas do condenado.

c) somente penas de interdição temporária de direitos e prestação de serviços à comunidade.

d) somente a pena de multa e as penas restritivas de direitos, como a perda de bens e valores e de
prestação de serviço à comunidade.

e) pena de detenção, que não pode ser substituída por pena restritiva de direitos ou de multa.

Comentários
180

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Letra A. Incorreta. Art. 78. Além das penas privativas de liberdade e de multa, podem ser impostas,
cumulativa ou alternadamente, observado o disposto nos arts. 44 a 47, do Código Penal:

II - a publicação em órgãos de comunicação de grande circulação ou audiência, às expensas do


condenado, de notícia sobre os fatos e a condenação;

Letra B. Correta. Art. 78. Além das penas privativas de liberdade e de multa, podem ser impostas,
cumulativa ou alternadamente, observado o disposto nos arts. 44 a 47, do Código Penal:

II - a publicação em órgãos de comunicação de grande circulação ou audiência, às expensas do


condenado, de notícia sobre os fatos e a condenação;

Letra C. Incorreta. Art. 78. Além das penas privativas de liberdade e de multa, podem ser impostas,
cumulativa ou alternadamente, observado o disposto nos arts. 44 a 47, do Código Penal:

II - a publicação em órgãos de comunicação de grande circulação ou audiência, às expensas do


condenado, de notícia sobre os fatos e a condenação;

Letra D. Incorreta. Art. 78. Além das penas privativas de liberdade e de multa, podem ser impostas,
cumulativa ou alternadamente, observado o disposto nos arts. 44 a 47, do Código Penal:

II - a publicação em órgãos de comunicação de grande circulação ou audiência, às expensas do


condenado, de notícia sobre os fatos e a condenação;

Letra E. Incorreta. Art. 78. Além das penas privativas de liberdade e de multa, podem ser impostas,
cumulativa ou alternadamente, observado o disposto nos arts. 44 a 47, do Código Penal:

II - a publicação em órgãos de comunicação de grande circulação ou audiência, às expensas do


condenado, de notícia sobre os fatos e a condenação;

28. FCC - Defensor Público do Estado do Rio Grande do Sul/2014/IV

De acordo com o Sistema Nacional de Proteção ao Consumidor, é correto afirmar:

a) Informações relativas a inadimplemento de débitos pelos consumidores deverão ser excluídas dos
bancos de dados de proteção ao crédito no prazo de 03 (três) anos.

b) Não é considerada prática abusiva o envio de cartão de crédito bloqueado à residência do


consumidor, ainda que sem prévia e expressa solicitação deste, já que ficará a critério do consumidor
a sua utilização.

c) O CDC admite a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica em prol dos interesses dos
consumidores mesmo em casos em que não há abuso de direito, sempre que a sua personalidade
jurídica for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.
181

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

d) O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao
dobro do que pagou, salvo se tal cobrança houver sido feita apenas extrajudicialmente.

e) É admitido o corte ou a interrupção da prestação de serviços públicos essenciais, como o de


fornecimento de energia elétrica, em face de inadimplemento do consumidor, ainda que haja
contestação judicial do referido débito e independentemente de sua prévia notificação.

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 43. § 1° Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros,
verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão, não podendo conter informações negativas
referentes a período superior a cinco anos.

Letra B. Incorreta. Súmula 532-do STJ: Constitui prática comercial abusiva o envio de cartão de crédito
sem prévia e expressa solicitação do consumidor, configurando-se ato ilícito indenizável e sujeito à
aplicação de multa administrativa.

Letra C. Correta. Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando,
em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato
ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando
houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por
má administração.

§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de
alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.

Letra D. Incorreta. Art. 42. Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito
à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção
monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.

Letra E. Incorreta. PROCESSUAL E ADMINISTRATIVO. CORTE NO FORNECIMENTO DE ENERGIA


ELÉTRICA. CONSUMIDOR INADIMPLENTE. PRÉVIA NOTIFICAÇÃO. INEXISTÊNCIA. 1. O entendimento
ocorrido no caso de que os documentos constantes dos autos não são suficientes para comprovar a
prévia notificação do consumidor inadimplente não pode ser modificado, porquanto essa premissa
passa pelo revolvimento fático-probatório, vedado na instância especial, a teor da Súmula 7/STJ. 2. Se
o usuário não foi comunicado previamente da suspensão do fornecimento de energia elétrica ante a
situação de inadimplência, mostra-se ilegítimo o corte, por infringir o disposto no artigo 6º, § 3º, II,
da Lei 8.987/95. 3. Agravo regimental não provido. (STJ. AgRg no Ag 933623 SP 2007/0176986-3. Orgão
Julgador: T2 - SEGUNDA TURMA. Relator Ministro CASTRO MEIRA. Julgado em 04.12/2007. DJ
17.12.2007 p. 162)

29. FCC - Defensor Público do Estado da Paraíba/2014

Quanto à tutela extrajudicial das relações de consumo, individual ou coletiva, é correto afirmar:
182

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

a) A convenção coletiva de consumo pode ser firmada, de um lado, pelos legitimados para a ação civil
pública, e, de outro lado, pelas associações ou sindicatos de fornecedores.

b) A convenção coletiva de consumo obriga todos os fornecedores de determinada categoria ou classe,


desde que sediados ou atuantes na área de atribuição territorial da associação ou sindicato signatário.

c) O termo de ajustamento de conduta, no âmbito das relações de consumo, pode ser firmado por
quais quer dos legitimados para a ação civil pública.

d) Um termo de ajustamento de conduta firmado por um dos integrantes do Sistema Nacional de


Defesa do Consumidor não impede que outro, desde que mais vantajoso para o consumidor, seja
lavrado.

e) A Defensoria Pública não compõe o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, seja em razão de
sua autonomia constitucional, seja porque sua atuação nessa seara é eminentemente judicial.

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 107. As entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou


sindicatos de categoria econômica podem regular, por convenção escrita, relações de consumo que
tenham por objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e
características de produtos e serviços, bem como à reclamação e composição do conflito de consumo.

Letra B. Incorreta. Art. 107 - § 2° A convenção somente obrigará os filiados às entidades signatárias.

Letra C. Incorreta. Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:

§ 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de


sua conduta às exigências legais, mediante cominações, que terá eficácia de título executivo
extrajudicial.

Letra D. Correta. Decreto nº 2.181/97 - Art. 6º As entidades e órgãos da Administração Pública


destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos pelo Código de Defesa do Consumidor poderão
celebrar compromissos de ajustamento de conduta às exigências legais, nos termos do § 6º do art. 5º
da Lei nº 7.347, de 1985, na órbita de suas respectivas competências.

§ 1º A celebração de termo de ajustamento de conduta não impede que outro, desde que mais
vantajoso para o consumidor, seja lavrado por quaisquer das pessoas jurídicas de direito público
integrantes do SNDC.

Letra E. Incorreta. Art. 2o Integram o SNDC a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da


Justiça e os demais órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal, municipais e as entidades civis de
defesa do consumidor.

183

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

14.3.5 - Ministério Público

1. CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE PI)/MPE PI/2019

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, em ação coletiva que tenha por objeto o
cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, há a possibilidade de conversão dessa obrigação em
pagamento de indenização por perdas e danos somente se

a) o autor optar pela conversão.

b) o réu optar pela conversão.

c) a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente for impossível.

d) o autor optar pela conversão ou se for impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado
prático correspondente.

e) o réu optar pela conversão ou se for impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático
correspondente.

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não
fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o
resultado prático equivalente ao do adimplemento.

§ 1° A conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível se por elas optar o autor
ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.

Letra B. Incorreta. Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não
fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o
resultado prático equivalente ao do adimplemento.

§ 1° A conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível se por elas optar o autor
ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.

Letra C. Incorreta. Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não
fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o
resultado prático equivalente ao do adimplemento.

§ 1° A conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível se por elas optar o autor
ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.

184

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Letra D. Correta. Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não
fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o
resultado prático equivalente ao do adimplemento.

§ 1° A conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível se por elas optar o autor
ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.

Letra E. Incorreta. Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não
fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o
resultado prático equivalente ao do adimplemento.

§ 1° A conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível se por elas optar o autor
ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.

2. Com. Exam. (MPE SC) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2019

Nas ações coletivas, a sentença de procedência, fará coisa julgada erga omnes. Assim, a liquidação e
execução individual de sentença deve ser ajuizada no foro do órgão que a proferiu e em relação aos
substituídos processuais que ali são domiciliados.

Comentários

Errado. 1. Para efeitos do art. 543-C do CPC: 1.1. A liquidação e a execução individual de sentença
genérica proferida em ação civil coletiva pode ser ajuizada no foro do domicílio do beneficiário,
porquanto os efeitos e a eficácia da sentença não estão circunscritos a lindes geográficos, mas aos
limites objetivos e subjetivos do que foi decidido, levando-se em conta, para tanto, sempre a extensão
do dano e a qualidade dos interesses metaindividuais postos em juízo
(arts. 468, 472 e 474, CPC e 93 e 103, CDC). (REsp 1243887-PR, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Corte
Especial, j. em 19-10-2011, DJe 12-12-2011)

3. Com. Exam. (MPE SC) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2019

Nas ações coletivas de que trata o Código de Defesa do Consumidor, a sentença fará coisa julgada,
ultra partes, em todo e qualquer caso, limitado ao grupo ou classe que guarde relação com o tema
demandado.

Comentários

Errado. 1. Para efeitos do art. 543-C do CPC: 1.1. A liquidação e a execução individual de sentença
genérica proferida em ação civil coletiva pode ser ajuizada no foro do domicílio do beneficiário,
porquanto os efeitos e a eficácia da sentença não estão circunscritos a lindes geográficos, mas aos
limites objetivos e subjetivos do que foi decidido, levando-se em conta, para tanto, sempre a extensão
185

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

do dano e a qualidade dos interesses metaindividuais postos em juízo


(arts. 468, 472 e 474, CPC e 93 e 103, CDC). (REsp 1243887-PR, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Corte
Especial, j. em 19-10-2011, DJe 12-12-2011)

4. Com. Exam. (MPE SC) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2019

Compete à Justiça Federal julgar causas entre consumidor e concessionária de serviço público de
telefonia, quando a ANATEL for litisconsorte passiva necessária, assistente, ou opoente.

Comentários

Certo. Súmula Vinculante nº 27 - Compete à Justiça Estadual julgar causas entre consumidor e
concessionária de serviço público de telefonia, quando a ANATEL não seja litisconsorte passiva
necessária, assistente, nem opoente.

5. Com. Exam. (MPE SC) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2019

Nas ações coletivas de defesa do consumidor, a sentença fará coisa julgada erga omnes, exceto se o
pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado
poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese de tutela
de direitos ou interesses difusos.

Comentários

Certo. Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:

I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese
em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de
nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81;

Art. 81. Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de
natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de
fato;

6. Com. Exam. (MPE SC) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2019

Nas ações coletivas e individuais de defesa do consumidor, o Ministério Público, se não ajuizar a ação,
atuará, obrigatoriamente, como fiscal da lei.

186

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Comentários

Errado. CAPÍTULO II

Das Ações Coletivas Para a Defesa de Interesses Individuais Homogêneos

Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a ação, atuará sempre como fiscal da lei.

7. Com. Exam. (MPE SC) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2019

Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, baseada na defesa
do consumidor, a conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível se por elas optar
o autor ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.

Comentários

Certo. Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, o juiz
concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o resultado
prático equivalente ao do adimplemento.

§ 1° A conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível se por elas optar o autor
ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.

8. Com. Exam. (MPE GO) - PJ (MPE GO)/MPE GO/2019

Segundo lição de Hugo Nigro Mazilli, entre o interesse público e privado, há interesses metaindividuais
ou coletivos, referentes a um grupo de pessoas, que excedem o âmbito individual mas não chegam a
constituir interesse público. A definição legal de Direitos ou Interesses Difusos, Coletivos ou Individuais
Homogêneos encontra-se exposta no artigo 81 do Código de Defesa do Consumidor (Lei n. 8.078/90).
Segundo o mencionado diploma legal:

a) Constituem interesses ou direitos coletivos, os transindividuais, de natureza indivisível, de que


sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;

b) Constituem interesses ou direitos difusos, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja


titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação
jurídica base;

c) Constituem interesses ou direitos individuais homogêneos os decorrentes de origem comum;

d) Constituem interesses ou direitos coletivos, os transindividuais, de natureza indivisível, de que


sejam titulares pessoas determinadas e ligadas por circunstâncias de fato.
187

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá
ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.

Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem


comum.

Letra B. Incorreta. Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá
ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.

Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem


comum.

Letra C. Correta. Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser
exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.

Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem


comum.

Letra D. Incorreta. Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá
ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.

Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem


comum.

9. Com. Exam. (MPE PR) - PJ (MPE PR)/MPE PR/2019

Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa incorreta:

a) Nos contratos bancários é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas.

b) O Código de Defesa do Consumidor é aplicável aos empreendimentos habitacionais promovidos


pelas sociedades cooperativas.

188

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

c) O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades abertas de previdência complementar,


não incidindo nos contratos previdenciários celebrados com entidades fechadas.

d) Cabe ao mantenedor do Cadastro de Proteção ao Crédito a notificação do devedor antes de


proceder à inscrição.

e) O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de direitos difusos coletivos e
individuais homogêneos dos consumidores, exceto os decorrentes da prestação de serviço público.

Comentários

Letra A. Correta. Súmula nº 381 do STJ - Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de
ofício, da abusividade das cláusulas

Letra B. Correta. Súmula nº 602 do STJ - O Código de Defesa do Consumidor é aplicável aos
empreendimentos habitacionais promovidos pelas sociedades cooperativas.

Letra C. Correta. Súmula nº 536 do STJ - O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades
abertas de previdência complementar, não incidindo nos contratos previdenciários celebrados com
entidades fechadas.

Letra D. Correta. Súmula nº 359 do STJ - Cabe ao órgão mantenedor do Cadastro de Proteção ao
Crédito a notificação do devedor antes de proceder à inscrição.

Letra E. Incorreta. Súmula nº 601 do STJ - O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na
defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que
decorrentes da prestação de serviço público.

10. CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE PI)/MPE PI/2019

Em relação ao Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC) e à convenção coletiva de consumo,


julgue os itens a seguir.

I A convenção coletiva de consumo torna-se obrigatória a partir do registro desse instrumento no


cartório de títulos e documentos e somente obrigará os filiados às entidades signatárias.

II Compete ao Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do SNDC, entre outras atribuições,


requisitar à polícia judiciária a instauração de inquérito policial para a investigação de delito contra
consumidores.

III O SNDC é integrado exclusivamente por órgãos públicos.

Assinale a opção correta.


189

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

a) Apenas o item I está certo.

b) Apenas o item II está certo.

c) Apenas os itens I e III estão certos.

d) Apenas os itens II e III estão certos.

e) Todos os itens estão certos.

Comentários

Item I - Correto. Art. 107. § 1° A convenção tornar-se-á obrigatória a partir do registro do instrumento
no cartório de títulos e documentos.

§ 2° A convenção somente obrigará os filiados às entidades signatárias.

Item II - Incorreto. Art. 106. O Departamento Nacional de Defesa do Consumidor, da Secretaria


Nacional de Direito Econômico (MJ), ou órgão federal que venha substituí-lo, é organismo de
coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe:

V - solicitar à polícia judiciária a instauração de inquérito policial para a apreciação de delito contra os
consumidores, nos termos da legislação vigente;

Item III - Incorreto. Art. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), os órgãos
federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais e as entidades privadas de defesa do consumidor.

Gabarito, Letra A.

11. Com. Exam. (MPE SP) - PJ (MPE SP)/MPE SP/2019

A respeito da convenção coletiva de consumo, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Tornar-se-á obrigatória a partir da homologação pelo órgão do Ministério Público com atribuição.

b) Pode regular as relações de consumo, envolvendo condições relativas ao preço, à qualidade, à


quantidade, à garantia e características de produtos e serviços.

c) Pode ser firmada entre as entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou


sindicatos de categoria econômica.

d) Pode dispor sobre a forma de reclamação e de composição do conflito de consumo.

190

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

e) Somente obrigará os filiados às entidades signatárias.

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 107 - § 1° A convenção tornar-se-á obrigatória a partir do registro do


instrumento no cartório de títulos e documentos.

Letra B. Correta. Art. 107. As entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou


sindicatos de categoria econômica podem regular, por convenção escrita, relações de consumo que
tenham por objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e
características de produtos e serviços, bem como à reclamação e composição do conflito de consumo.

Letra C. Correta. Art. 107. As entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou


sindicatos de categoria econômica podem regular, por convenção escrita, relações de consumo que
tenham por objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e
características de produtos e serviços, bem como à reclamação e composição do conflito de consumo .

Letra D. Correta. Art. 107. As entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou


sindicatos de categoria econômica podem regular, por convenção escrita, relações de consumo que
tenham por objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e
características de produtos e serviços, bem como à reclamação e composição do conflito de consumo .

Letra E. Correta. Art. 107 - § 2° A convenção somente obrigará os filiados às entidades signatárias .

12. FCC – MPE/RS – 2010 - ADAPTADA

Sobre as ações coletivas para a defesa de interesses individuais homogêneos é correto afirmar:

I. A liquidação e a execução de sentença não poderão ser promovidas pela vítima e seus sucessores.

II. É competente para a execução, quando se tratar de execução coletiva, o juízo da liquidação.

Comentários

Item I - Errado. Art. 91. Os legitimados de que trata o art. 82 poderão propor, em nome próprio e no
interesse das vítimas ou seus sucessores, ação civil coletiva de responsabilidade pelos danos
individualmente sofridos, de acordo com o disposto nos artigos seguintes.

Item II - Errado. Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo promovida pelos legitimados de que
trata o art. 82, abrangendo as vítimas cujas indenizações já tiveram sido fixadas em sentença de
liquidação, sem prejuízo do ajuizamento de outras execuções

§ 2° É competente para a execução o juízo:


191

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

I - da liquidação da sentença ou da ação condenatória, no caso de execução individual;

13. CESPE – MPE/SE - 2010

Acerca da sentença e da execução nas ações coletivas, assinale a opção correta.

a) Julgada procedente a demanda coletiva, a condenação será certa, fixando a obrigação de indenizar
do réu, o ressarcimento dos danos causados e dos prejuízos das vítimas.

b) Em procedimento de liquidação da sentença coletiva, as vítimas e os sucessores devem demonstrar,


em amplo contraditório e cognição exauriente, a existência do dano pessoal e o nexo de causalidade
com o dano global, bem como a sua quantificação.

c) O MP não tem legitimidade para promover a execução coletiva da sentença condenatória proferida
em ação civil pública, na qualidade de representante das vítimas, quando as indenizações já estiverem
determinadas em liquidação.

d) Havendo concurso de crédito decorrente de indenização cumulativa pelos danos provocados e o


ressarcimento pelos prejuízos pessoalmente sofridos, tem preferência a reparação coletiva em
confronto com a individual.

e) Os legitimados concorrentes à ação coletiva, após o decurso do prazo legal sem que haja habilitação
dos prejudicados, podem promover a liquidação das indenizações pessoais, por amostragem, cujas
certidões constituirão título hábil a embasar a execução coletiva.

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a condenação será genérica, fixando a
responsabilidade do réu pelos danos causados.

Letra B. Correta. Art. 97. A liquidação e a execução de sentença poderão ser promovidas pela vítima
e seus sucessores, assim como pelos legitimados de que trata o art. 82.

Letra C. Incorreta. Art. 97. A liquidação e a execução de sentença poderão ser promovidas pela vítima
e seus sucessores, assim como pelos legitimados de que trata o art. 82

Letra D. Incorreta. Art. 99. Em caso de concurso de créditos decorrentes de condenação prevista na
Lei n.° 7.347, de 24 de julho de 1985 e de indenizações pelos prejuízos individuais resultantes do
mesmo evento danoso, estas terão preferência no pagamento.

Letra E. Incorreta. Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo promovida pelos legitimados de
que trata o art. 82, abrangendo as vítimas cujas indenizações já tiveram sido fixadas em sentença de
liquidação, sem prejuízo do ajuizamento de outras execuções.
192

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente:

I - o Ministério Público,

II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;

III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade
jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código;

IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins
institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código, dispensada a autorização
assemblear.

14. VUNESP - Analista de Promotoria (MPE SP)/Assistente Jurídico/2015

O Departamento Nacional de Defesa do Consumidor, da Secretaria Nacional de Direito Econômico


(MJ), ou órgão federal que venha substituí-lo, é o organismo de coordenação da política do Sistema
Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe

a) instaurar inquérito policial para apreciação de delito contra os consumidores, nos termos de sua
atuação.

b) incentivar a formação de entidades de defesa do consumidor pela população, vedada a participação


de recursos financeiros.

c) informar, conscientizar e motivar o consumidor através dos diferentes meios de comunicação.

d) coordenar, elaborar e rever as regras da política estadual de proteção ao consumidor.

e) requisitar ao Ministério Público documentos e peças importantes para fins de adoção de medidas
administrativas.

Comentários

Letra A. Incorreta. Não existe esta competência no Decreto n. 2.181/97.

Letra B. Incorreta. Não existe esta competência no Decreto n. 2.181/97.

Letra C. Correta. Decreto n. 2.181/97 - Art. 3º Compete à Secretaria Nacional do Consumidor do


Ministério da Justiça, a coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor,
cabendo-lhe:

193

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

IV - informar, conscientizar e motivar o consumidor, por intermédio dos diferentes meios de


comunicação;

Letra D. Incorreta. Não existe esta competência no Decreto n. 2.181/97.

Letra E. Incorreta. Não existe esta competência no Decreto n. 2.181/97.

15. FCC - Analista do Ministério Público de Sergipe/Direito/2009

Constituem sanções administrativas, previstas no Código de Defesa do Consumidor, aplicáveis às


infrações das normas de defesa do consumidor, APENAS

a) multa, suspensão temporária de atividade e obrigação de indenizar.

b) cassação de licença do estabelecimento, prisão dos gerentes da empresa e apreensão do produto.

c) intervenção administrativa, multa e prisão dos gerentes da empresa.

d) cassação do registro do produto junto ao órgão competente, obrigação de indenizar e intervenção


administrativa.

e) suspensão temporária de atividade, inutilização do produto e revogação de concessão ou permissão


de uso.

Comentários

Letra A. Incorreta. Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme
o caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas
em normas específicas:

III - inutilização do produto;

VII - suspensão temporária de atividade;

VIII - revogação de concessão ou permissão de uso;

Letra B. Incorreta. Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme
o caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas
em normas específicas:

III - inutilização do produto;

VII - suspensão temporária de atividade;

194

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

VIII - revogação de concessão ou permissão de uso;

Letra C. Incorreta. Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme
o caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas
em normas específicas:

III - inutilização do produto;

VII - suspensão temporária de atividade;

VIII - revogação de concessão ou permissão de uso;

Letra D. Incorreta. Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme
o caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas
em normas específicas:

III - inutilização do produto;

VII - suspensão temporária de atividade;

VIII - revogação de concessão ou permissão de uso;

Letra E. Correta. Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme o
caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas em
normas específicas:

III - inutilização do produto;

VII - suspensão temporária de atividade;

VIII - revogação de concessão ou permissão de uso;

195

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima


Igor Maciel, Equipe Igor Maciel
Aula 03
1798054

15 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final de mais uma aula, meus amigos.

Quaisquer dúvidas, estou às ordens nos canais do curso e nos seguintes contatos:

profigormaciel@gmail.com

@ProfIgorMaciel

Aguardo vocês na próxima aula.

Grande abraço e até lá!

Igor Maciel

196

196
Direito do Consumidor p/ Carreira Jurídica 2021 (Curso Regular) - Prof. Igor Maciel
www.estrategiaconcursos.com.br

67733235251 - Neto Ferreira Lima

Você também pode gostar