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Assim, trabalharemos os assuntos mais importantes para a sua prova com foco na
banca FUMARC e nos concursos anteriores da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Caso tenha qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando seus
questionamentos para o seguinte e-mail: cadernomapeado@gmail.com
Bons estudos
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2) HISTÓRICO ............................................................................................................................................... 27
3) EXCLUENTES ............................................................................................................................................ 28
4) RESPONSABILIDADE DO ESTADO ...................................................................................................... 28
5) DIREITO DE REGRESSO.......................................................................................................................... 29
6) PRAZO ....................................................................................................................................................... 29
7) RESPONSABILIZAÇÃO DO ESTADO POR ATOS OMISSIVOS ........................................................ 29
7.1) Doutrina tradicional e do Superior Tribunal de Justiça ............................................................ 29
7.2) Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal .............................................................................. 29
8) RESPONSABILIDADE POR ATO JURISDICIONAL ............................................................................ 30
9) COVID-19.................................................................................................................................................. 30
10) RESPONSABILIDADE POR ATO LEGISLATIVO ............................................................................... 30
11) SITUAÇÕES ESPECÍFICAS .................................................................................................................... 30
CONCEITO, PRINCÍPIOS E MODALIDADES DE LICITAÇÃO (LEI FEDERAL Nº 14.133, DE 2021).
......................................................................................................................................................................... 32
Conceito ......................................................................................................................................................... 32
Princípios ........................................................................................................................................................ 32
Modalidades .................................................................................................................................................. 35
Concorrência .................................................................................................................................................. 35
Concurso ........................................................................................................................................................ 36
Leilão ............................................................................................................................................................... 36
Pregão............................................................................................................................................................. 37
Diálogo Competitivo..................................................................................................................................... 37
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Pessoal!
CONTEÚDO
5 - Agentes públicos.
DOS PRINCÍPIOS
1) PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS
Ex.: proibição de aplicação retroativa de novas interpretações da lei e das normas administrativas.
Faz-se necessário, portanto, a manutenção dos atos administrativos, ainda que estes sejam
qualificados como antijurídicos, quando verificada a expectativa legítima.
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Atos das partes podem influenciar a aplicação da teoria, tais como: ausência de dolo e sem
contestação de ninguém, vigorando por anos com aparência de legalidade;
Quando o assunto for concurso público e tutela provisória para nomeação, você tem que defender
que não pode haver o instituto da posse precária (quando alguém assume cargo mediante tutela
provisória), porque depende de prévia aprovação.
Tome nota!
Exceções à continuidade do serviço público: (i) situações emergenciais; (ii) caso fortuito e força maior;
(iii) interrupção por aviso prévio, quando justificada por razões de ordem técnica; (iv) inadimplência
do usuário.
Outra exceção é a interrupção por aviso prévio, quando justificada por razões de ordem técnica, em
função de manutenções para segurança ou mesmo melhor funcionamento do sistema.
Cumpre frisar que o aviso prévio também é necessário quando há inadimplência do usuário, o que
se dá para priorizar a coletividade, que não pode ser prejudicada.
A revogação ocorre quando o ato não é mais de interesse da Administração, pois passou a ser
inoportuno ou inconveniente (ou seja, não tem a ver com a legalidade).
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É a adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida
superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.
O princípio da oficialidade é um princípio que torna o impulso oficial muito mais amplo no processo
administrativo do que no judicial. Trata-se do poder-dever de instaurar, fazer andar e rever de ofício
a decisão. Está previsto no inciso XII, do art. 2º, da Lei n. 9.784/99.
Reflete a ideia de descentralização da administração, em que se criam entidades (por meio de lei)
para o desempenho de finalidades específicas.
2) PRINCÍPIOS EXPRESSOS
Legalidade
Impessoalidade
Publicidade
Mnemônico: L-I-M-P-E
Eficiência
A administração tem o poder-dever de só fazer o que estiver previsto em lei. Diferentemente do que
ocorre na órbita privada, onde o indivíduo pode fazer tudo o que a lei não vede.
A lei baliza toda a atuação da administração pública. Ninguém pode fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei.
É dizer: o particular pode fazer tudo que não for proibido pela lei (trata-se do princípio da autonomia
da vontade)
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b) à Administração Pública: a Administração Pública apenas pode agir quando houver previsão
legal (princípio da legalidade estrita)
É o dever de realizar o interesse público sem a promoção do servidor público ou autoridade que
realizou o ato;
i) p. da finalidade (= interesse público): o ato administrativo deve seguir o fim público e a finalidade
discriminada em lei
iv) impedimento e suspeição: visa evitar que as pessoas atuem com parcialidade
v) validado dos atos dos agentes de fato: diz-se agente de fato aquele cuja investidura no cargo
ou seu exercício esteja maculada por algum vício, como, por ex., agente que não possui formação
universitária exigida em cargo público, etc.
Tome nota
A publicação resumida do contrato é condição indispensável para a eficácia e deve ser feita em até
5 dias úteis.
“A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”.
Fique atento!
Quando se fala em eficiência na administração pública, significa que o gestor público deve gerir a
coisa pública com efetividade, economicidade, transparência e moralidade visando cumprir as metas
estabelecidas.
Alexandre de Moraes
O princípio da eficiência é o que impõe à administração pública direta e indireta e a seus agentes
a persecução do bem comum, por meio do exercício de suas competências de forma imparcial,
neutra, transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e sempre em busca da qualidade,
primando pela adoção dos critérios legais e morais necessários para melhor utilização possível
dos recursos públicos, de maneira a evitarem-se desperdícios e garantir-se maior rentabilidade
social.
1) ABUSO DE PODER
É o uso irregular do poder. Trata-se um vício que torna o ato administrativo nulo.
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Esse abuso é a conduta do gestor demarcada pela ilegalidade, que pode se subdividir em: ausência
de competência, falta de interesse público e por meio da omissão.
Quadro comparativo entre excesso de poder e desvio de poder (MAZZA, op. cit., p. 409)
Exorbitância de competência: o agente vai além da Ato visando interesse diverso do interesse público.
sua competência.
conduta praticada
competência
2) ESPÉCIE DE PODERES
Poder vinculado
Poder discricionário
Poder disciplinar
Poder hierárquico
Poder normativo
Poder regulamentar
Poder de polícia
A lei atribui competência e define todos os aspectos da conduta a ser praticada. Não há margem
de liberdade para o agente escolher a melhor forma de agir (competência, forma e finalidade são
requisitos sempre vinculados; motivo e objeto, não);
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A lei atribui competência, mas reserva certa margem de discricionariedade para que, diante da
situação concreta, o agente possa selecionar a opção mais apropriada para a defesa do interesse
público. Essa discricionariedade só pode residir no motivo ou no objeto do ato administrativo.
É a possibilidade da Administração aplicar punições aos agentes públicos que cometem infrações
funcionais.
Esse poder tem relação com a natureza, a gravidade da infração e com os danos que ela causar ao
serviço público.
Poder interno: só se aplica aos particulares quando eles forem contratados da Administração;
Tome nota!
É o poder da administração para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos e ordenar e rever
a atuação de seus agentes, estabelecendo relação de subordinação entre os servidores do seu
quadro de pessoal.
a) Poder interno: só se manifesta dentro da mesma pessoa jurídica. Lembrando que não há
hierarquia entre administração direta e indireta.
É mais amplo do que o "poder regulamentar", pois permite a edição de todas as categorias de atos
(regimentos, instruções, deliberações, resoluções e portarias).
É mais restrito que o "poder normativo", pois é a possibilidade de edição de decretos e regulamentos,
tidos como atos administrativos gerais. ATENÇÃO: esse poder dispensa previsão na lei a ser
regulamentada.
Atos não são concretos, são normativos, ou seja, sem destinatários individualizados.
a) atributos
autorização do Judiciário.
Discricionariedade
Autoexecutoriedade
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b) ciclos
Ordem é a norma legal que estabelece as restrições e as condições para o exercício das
consentimento de polícia;
Sanção é a medida coercitiva aplicada ao particular que descumpre a ordem de polícia. Ex.:
Ordem
Consentimento
Fiscalização
Sanções
Fique atento!
Ordem e sanção são indelegáveis, pois são aplicadas com coercibilidade (para o STF, só a ordem
seria indelegável – vide abaixo).
Quadro resumo entre polícia administrativa e judiciária (extraído das explicações do Prof. Cyonil
Borges)
PODER DE POLÍCIA
ADMINISTRATIVA JUDICIÁRIA
de crimes
público
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
1) CONCEITOS IMPORTANTES
economia mista.
economia mista.
São pessoas jurídicas privadas, sem fins lucrativos, que não integram a
Entidades paraestatais fomento. Ex.: os serviços sociais autônomos (conhecido como sistema
a) Autoadministração
b) Auto-organização
c) Autogoverno
São as pessoas jurídicas de direito público ou privado criadas pelas entidades políticas para exercer
parte de sua capacidade de autoadministração
As técnicas administrativas são métodos utilizados pelo Estado para administrar o exercício de suas
competências. São elas: centralização, descentralização, desconcentração e concentração.
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Centralização
Descentralização
Desconcentração
Concentração
3.1) Centralização
Ocorre quando a entidade política (Administração Direta) realiza a execução das tarefas
administrativas pelo próprio Estado, por meio de órgãos internos integrantes da administração
direta.
3.2) Descentralização
Criam Entidades. Essas entidades possuem Personalidade Jurídica Própria, podendo ser pública ou
privada. Não possuem relação de hierarquia com os entes políticos que os criaram (Administração
Direta), possuindo apenas uma relação de vinculação, denominando-se ''supervisão ministerial'' ou
''controle finalístico'', formando, assim, a chamada Administração Indireta (Autarquias, Fundações
Públicas, Empresas Públicas e por fim, as Sociedades de Economia Mista).
Também é conhecida como descentralização por serviços / descentralização por serviço / outorga /
técnica / funcional. O estado cria uma nova entidade (uma pessoa jurídica) e a ela transfere
determinado serviço público. É o que ocorre na criação das entidades da administração indireta.
Mediante lei.
Também é chamada descentralização por colaboração. O Estado transfere por contrato (concessão
ou permissão) ou por ato unilateral (autorização) unicamente a execução do serviço, para que a
pessoa delegada o preste à população, em seu próprio nome e por sua conta e risco, sob fiscalização
do Estado.
Esquema
3.3) Desconcentração
Criam Órgãos Públicos. É uma técnica de distribuição interna de competências. Esses Órgãos não
possuem Personalidade Jurídica Própria e possuem relação de subordinação e hierarquização.
Denominando-se, assim, as chamadas Secretárias.
Esquema
3.4) Concentração
É uma técnica administrativa que promove a extinção de determinado órgão público. Uma pessoa
jurídica integrante da Administração Pública extingue órgãos antes existentes em sua estrutura,
reunindo em um número menor de unidades as respectivas competências.
4) ÓRGÃOS PÚBLICOS
Otto Gierke: os órgãos são centros de competências que tem o objetivo de desempenhar funções
públicas, e são ligados à pessoa jurídica a que pertencem. Toda conduta dos agentes é imputada ao
órgão, que é ligado ao ente (e este ente é quem responde civilmente). Essa teoria substitui as teorias
do mandato e da representação.
Nosso ordenamento adota a teoria da imputação volitiva, que sustenta que o agente público atua
em nome do Estado;
4.2) Conceito
Órgãos públicos são centros de competências – sem personalidade jurídica – instituídos para o
desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica
a que pertencem. Ex.: Ministérios, suas secretarias, coordenadorias e departamentos.
Esses órgãos são criados por meio de desconcentração e, por isso, podem ser parte da
administração direta ou indireta (dependendo da pessoa jurídica original);
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Há diversos critérios que tratam da classificação dos órgãos públicos. No entanto, a mais utilizada
nas provas de concursos públicos é a classificação dada pelo Hely Lopes Meirelles, um dos principais
doutrinadores do Direito Administrativo do Brasil.
O referido autor classifica órgãos públicos quanto à: composição, estrutura, posição estatal e
atuação.
a) quanto à composição
Segundo essa classificação, os órgãos públicos podem ser definidos como: singulares ou colegiados.
i) singulares: são aqueles que atuam, ou são integrados, através de um único agente. Exemplo de
órgão simples: o cargo de Presidente da República.
ii) colegiados: também conhecidos como órgãos pluripessoais, são aqueles formados por vários
agentes e as decisões são tomadas por meio de uma deliberação coletiva. Exemplo de órgão
colegiado: Conselho Nacional de Justiça, Poder Judiciário, dentre outros.
b) quanto à estrutura
Quanto à sua estrutura os órgãos públicos podem ser classificados como simples (ou unitários) e
compostos.
i) simples: possuem um único centro de competência, não possui outro órgão em sua estrutura que
o auxilie na aplicação de suas funções. Esses órgãos contam com estruturas simplificadas, sem
subdivisões, como acontece em órgãos maiores.
ii) compostos: são formados pela união de diversos órgãos menores. Sob a supervisão de um órgão
chefe, as suas incumbências são distribuídas por outros centros de competência. São bons exemplos:
Ministérios de Estado, Secretarias Estaduais e Municipais.
Independentes
Autonômos
Superiores
Subalternos
i) independentes: são os órgãos que decorrem diretamente da Constituição, sem que tenham
subordinação hierárquica a qualquer outro. Cúpula dos poderes. Ex. parlamentos, tribunais, MPs;
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ii) autônomos: estão logo abaixo dos independentes. São órgãos igualmente localizados no ápice
da Administração, contudo subordinados diretamente aos independentes, com plena autonomia
financeira, técnica e administrativa Ex. ministérios, secretarias e AGU;
iv) subalternos: são os órgãos comuns dotados de atribuições meramente executórias. Ex.: portarias,
seções de expediente e protocolos.
ii) locais: atuam apenas em parte do território como é o caso das Delegacias de Polícia.
5.1) Autarquias
Pessoas jurídicas de direito público, mas que fazem parte da Administração Pública Indireta.
Criadas e extintas por lei específica: como são criadas por lei, não precisam ser registradas nos
órgãos de registros públicos.
Controle finalístico (ou “tutela” ou "supervisão ministerial") exercido pelo ente que a criou: essa
supervisão é exercida pelo ente que criou a pessoa jurídica e visa à verificação da realização dos
objetivos que justificaram a criação da autarquia.
a) Autarquias corporativas
Tais conselhos são autarquias corporativas. Por isso, são pessoas jurídicas de direito público;
Exige-se concurso público para contratação dos agentes, que podem ser celetistas;
Tome nota!
i) agência reguladora
Vale para: autarquias, fundações públicas e órgãos que celebrem contrato de gestão para ampliação
de sua autonomia mediante a fixação de metas de desempenho.
c) fundações
As Fundações públicas podem ter natureza jurídica de direito privado ou de direito público.
Por outro lado, as fundações Públicas de direito privado recebem autorização legislativa para
criação, mas dependem do registro do ato constitutivo no registro civil de pessoas jurídicas para que
adquiram a personalidade jurídica. As Fundações públicas de direito privado não fazem jus à isenção
das custas processuais, somente as entidades com personalidade de direito público (info 676/STJ).
É equiparada a uma autarquia (e por isso Necessita de registro civil (assim como as empresas
Não se sujeitam aos precatórios, salvo se: prestarem serviços públicos em regime não concorrencial.
Tribunais de Contas podem controlar as contas das estatais (pois há transferência de recursos
públicos a elas), exceto quando forem exploradoras de atividade econômica no que diz respeito à
atividade-fim.
Regime de trabalho:
Celetista;
Demissão dos funcionários da ECT exige procedimento formal (quanto às demais, STF afirmou
que não possui entendimento consolidado – RE 589.998).
Se a Sociedade de Economia Mista tiver ações negociadas na bolsa com finalidade de remunerar
capital dos controladores e acionistas, ela não tem direito à imunidade tributária recíproca, mesmo
que preste serviço público.
Tome nota!
Imunidade tributária recíproca é aquela em que um ente (U/E/DF/M) não pode cobrar tributo.
do outro
c) Empresa Pública
Pessoa de direito privado, com capital exclusivamente público, e poderá ser constituída em
qualquer uma das modalidades empresariais.
Criação Criada por lei Autorizada por lei Autorizada por lei Autorizada por lei
específica
Regime de bens Direito Público: Direito público: Direito privado. Direito privado.
impenhoráveis, impenhoráveis, bens são Bens são
inalienáveis e inalienáveis e penhoráveis penhoráveis
imprescritíveis. imprescritíveis.
Forma jurídica Autarquias comuns, Fundação de Direito Sempre será Qualquer forma
agências Público (autárquica) sociedade
reguladoras, ou direito privado anônima
agências executivas
(contratos de
gestão)
a) Empresas controladas
São pessoas de direito privado adquiridas integralmente ou com parcela de seu capital social
assumido por empresa estatal.
b) Empresas subsidiárias
Pessoas de direito privado criadas para integrar um grupo empresarial encabeçado por uma
empresa-matriz estatal. Ex.: Petrobras (Transpetro, Gaspetro).
Podem ser subsidiárias integral (entidade matriz detém a totalidade do capital) ou subsidiária
controlada (quando a matriz detém apenas o controle societário).
Criadas por autorização legal, integram a Administração indireta como empresas públicas ou
sociedades de economia mista, conforme seus institutos.
Dispensa-se autorização legislativa expressa para criação de subsidiária quando já houver previsão
na lei de criação da Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista (ainda que seja genérica – ADI
1.649).
Também se dispensa autorização legislativa expressa para vender controle acionário (info 1018). Em
palavras mais simples: como não se exige lei específica para criar, também não se exige lei específica
para “vender”.
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AGENTES PÚBLICOS
Funcionário de fato: se apresenta como servidor, mas não é. Seus atos são considerados válidos
(teoria da confiança legítima).
Agente putativo: é aquele que está investido irregularmente;
Agente necessário: aquele que ajuda em situações emergenciais;
Agentes públicos: todos aqueles que exercem função pública, ainda que em caráter temporário ou
sem remuneração. Segundo Hely Lopes Meireles, se subdividem em:
a) Agentes políticos: exercem funções governamentais, judiciais e quase judiciais. Ex.: chefes do
executivo (e seus auxiliares), parlamentares, membros do judiciário, MP, membros dos Tribunais de
Contas, representantes diplomáticos;
b) Agentes administrativos: servidores concursados, exercentes de cargos em comissão, servidores
temporários, empregados públicos e militares, por exemplo;
c) Agentes honoríficos: convocados para prestar, transitoriamente, determinados serviços ao
Estado. São os famosos “particulares em colaboração com o poder público”. Ex.: jurados, mesário,
comissário de menores;
d) Agentes delegados: recebem a incumbência da execução de determinada atividade, a realizam
em nome próprio, mas segundo as normas (e fiscalização) do Estado. Ex.: concessionários,
permissionários, delegados de serviços notariais e registros (cartório), leiloeiros, tradutores,
intérpretes;
Súmula 683 do STF. O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face
do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo
a ser preenchido.
Acumulação de cargos:
1) FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL
2) HISTÓRICO
(i) teoria da irresponsabilidade: Estado não responde civilmente, pois é representante de DEUS,
que não erra.
a) Atos de império X atos de gestão: o Estado não responde por atos de império, mas responde
por atos de gestão, caso em que sua responsabilidade será SUBJETIVA.
c) Culpa do serviço (faut du service ou culpa anônima): não precisa provar a culpa do agente,
mas apenas que (i) o serviço não foi prestado; (ii) foi prestado com falha ou (iii) foi prestado com
atraso.
(iii) teorias publicistas: A responsabilidade do Estado passa a ser objetiva. São duas:
contudo, em alguns julgados, já disse que a responsabilidade será sempre objetiva, pois a CF (art.
37, §6º) não distingue ação de omissão.
b) Teoria do risco integral: não admite a exclusão do nexo causal (ex. dano ambiental).
3) EXCLUENTES
Aplicam-se normalmente todas as excludentes do nexo de causalidade (caso fortuito, força maior e
culpa exclusiva da vítima). Na hipótese de culpa concorrente, deve ser diminuído o valor da
indenização.
Caso fortuito
Culpa exclusiva da vítima: o dano é causado pela própria pessoa que se lesou;
Culpa de terceiro: quando o ato foi praticado por outra pessoa (e não um agente do público).
Tome nota!
Nos termos do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal, não se caracteriza a responsabilidade
civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime praticado por pessoa foragida do
sistema prisional, quando não demonstrado o nexo causal direto entre o momento da fuga e a
conduta praticada. STF. Plenário. RE 608880, Rel. Min. Marco Aurélio, Relator p/ Acórdão
Alexandre de Moraes, julgado em 08/09/2020 (Repercussão Geral – Tema 362) (Info 993).
4) RESPONSABILIDADE DO ESTADO
Em 2019, o STF pacificou, em sede de repercussão geral, a teoria da DUPLA GARANTIA, segundo a
qual a vítima só pode ajuizar a ação contra o Poder Público, e não contra o agente público causador
do dano, uma vez que o servidor tem, a seu favor, a garantia de só ser processado via ação de
regresso proposta pelo Estado.
Para o STF, a necessidade de ação de regresso (Estado X agente) representa uma dupla garantia: 1)
em favor do particular: que ajuíza ação diretamente contra quem pode pagar; 2) em favor do agente
público: que somente responderá futuramente.
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1º passo: ação do cidadão contra o ente público (U/E/DF/M). Nessa ação, não se verifica se o agente
que causou o dano agiu com culpa ou dolo.
2º passo: ação de regresso: depois que ressarcir o cidadão, o Estado vai entrar com uma ação contra
o agente que praticou o ato e, nesse caso, irá verificar se ele agiu com culpa ou dolo. Se ele não teve
nem mesmo culpa, não vai pagar pelo erro.
Em resumo: primeiro o Estado paga o cidadão e depois tenta receber do agente público que
cometeu o erro.
Com base nas explicações acima, um ponto merece ATENÇÃO: a responsabilidade do estado é
objetiva, mas a do servidor é subjetiva.
5) DIREITO DE REGRESSO
O STJ entende que, processado apenas o Poder Público, NÃO É OBRIGATÓRIA a denunciação da lide
em face do servidor.
6) PRAZO
São imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e materiais decorrentes de atos de
perseguição política com violação de direitos fundamentais ocorridos durante o regime militar.
Na doutrina, ainda hoje, a posição majoritária é a de que a responsabilidade civil do Estado em caso
de atos omissivos é SUBJETIVA, baseada na teoria da culpa administrativa (culpa anônima). Assim,
em caso de danos causados por omissão, o particular, para ser indenizado, deveria provar: a) a
omissão estatal; b) o dano; c) o nexo causal; d) a culpa administrativa (o serviço público não
funcionou, funcionou de forma tardia ou ineficiente). Esta é a posição que você encontra na maioria
dos Manuais de Direito Administrativo. Vide: STJ. 2ª Turma. AgRg no REsp 1345620/RS, Rel. Min.
Assusete Magalhães, julgado em 24/11/2015.
Na jurisprudência do STF, contudo, tem ganhado força nos últimos anos o entendimento de que a
responsabilidade civil por atos OMISSIVOS também é OBJETIVA, com base na teoria do risco
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Deve-se fazer, no entanto, uma advertência: para o STF, o Estado responde de forma objetiva pelas
suas omissões. No entanto, o nexo de causalidade entre essas omissões e os danos sofridos pelos
particulares só restará caracterizado quando o Poder Público tinha o dever legal específico de agir
para impedir o evento danoso e mesmo assim não cumpriu essa obrigação legal. Em caso de
inobservância de seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da CF/88, o Estado
é responsável pela morte de detento. STF. Plenário. RE 841526/RS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em
30/3/2016 (repercussão geral) (Info 819).
Em regra, o Estado não responde por ato jurisdicional. A CF/88 prevê a responsabilidade civil do
Estado apenas quando houver erro judiciário ou excesso de prisão. Nesses casos, haverá
responsabilidade objetiva, ou seja, a obrigação de indenizar independe de culpa ou dolo do
magistrado.
Fique atento!
O Estado poderá ajuizar ação de regresso contra o magistrado, que será responsabilizado quando
tiver agido com dolo ou fraude, ou tiver se recusado a providência que devesse ordenar, sem justa
causa (art. 143, CPC).
9) COVID-19
Ato administrativo que ensejar violação ao direito à vida, à saúde, ao meio ambiente equilibrado ou
impactos adversos à economia, por inobservância:
Exceção: lei inconstitucional + prejuízo específico e anormal e nos casos de leis de efeitos concretos
(porque são materialmente equivalentes aos atos administrativos).
União não tem responsabilidade por prejuízos causados no caso de redução de impostos de
importação (Informativo 963 do STF);
Tome nota!
STF entendeu (fev/2019) que o Estado tem responsabilidade civil objetiva para reparar danos
causados a terceiros por cartorários tabeliães e oficiais de registro no exercício de suas funções
cartoriais. Além disso, deve ajuizar ação de regresso contra o responsável pelo dano, nos casos
de dolo ou culpa, sob pena de improbidade administrativa.
Se o agente pratica crime com arma da corporação, o Estado responde objetivamente, mesmo que
ele esteja fora de suas funções. Detalhe: se for policial federal a responsabilidade é da União, se for
guarda municipal, responsabilidade do município;
Matérias ambientais;
Erro judiciário;
Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter em seus presídios os
padrões mínimos de humanidade previstos no ordenamento jurídico, é de sua responsabilidade, nos
termos do art. 37, § 6º, da Constituição, a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais,
comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência das condições
legais de encarceramento. STF. Plenário. RE 580252/MS, rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o ac.
Min. Gilmar Mendes, julgado em 16/2/2017 (repercussão geral) (Info 854).
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Conceito
Art. 37. “(...) XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras
e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações
de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente
permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações.”
um procedimento administrativo disciplinado por lei e por um ato administrativo prévio, que
determina critérios objetivos visando a seleção da proposta de contratação mais vantajosa e
a promoção do desenvolvimento nacional sustentável, com observância do princípio da
isonomia, conduzido por um órgão dotado de competência específica.
Infere-se, portanto, que a licitação decorre de uma série ordenada de atos, possibilitando aos
interessados apresentarem à Administração Pública suas propostas, competindo de forma
isonômica.
Princípios
Os princípios que regem a licitação estão elencados no art. 5º da Lei 14.133/21, que assim dispõe:
Legalidde
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência
Interesse Público
Probidade Administrativa
Igualdade
Planejamento
Transparência
Eficácia
Princípios que regem as licitações:
Segregação de Funções
Motivação
Vinculação ao Edital
Julgamento Objetivo
Segurança Jurídica
Razoabilidade
Competitividade
Proporcionalidade
Celeridade
Economicidade
participantes do certame;
diferente;
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a Administração.
licitações públicas.
Modalidades
Concorrência
Trata-se de modalidade licitatória genérica utilizada para a contratação de bens e serviços especiais,
bem como de obras e serviços comuns e especiais de engenharia, à qual podem afluir quaisquer
interessados que preencham as condições estabelecidas.
Admite-se a utilização dos seguintes tipos de licitação (critério de escolha do vencedor) previstos na
nova Lei: menor preço, melhor técnica ou conteúdo artístico, técnica e preço, maior retorno
econômico ou maior desconto.
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Concurso
Modalidade de licitação, para selecionar trabalhos técnicos, científicos ou artísticos com certas
capacidades personalíssimas, bem como para incentivar o desenvolvimento cultural. No concurso,
há a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores.
Art. 30. O concurso observará as regras e condições previstas em edital, que indicará:
Parágrafo único. Nos concursos destinados à elaboração de projeto, o vencedor deverá ceder
à
Administração Pública, nos termos do art. 93 desta Lei, todos os direitos patrimoniais relativos
ao projeto e autorizar sua execução conforme juízo de conveniência e oportunidade das
autoridades competentes.
Leilão
Trata-se de modalidade licitatória utilizável para venda de bens móveis ou imóveis inservíveis para a
Administração ou legalmente apreendidos a quem oferecer o maior lance (art. 6º, XL da lei
14.133/21). Esta modalidade licitatória serve para alienação de bens pelo poder público àquele que
ofertar o maior preço, seja ele igual ou superior ao valor da avaliação.
Art. 31. O leilão poderá ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela autoridade
competente da Administração, e regulamento deverá dispor sobre seus procedimentos
operacionais.
§ 2º O leilão será precedido da divulgação do edital em sítio eletrônico oficial, que conterá:
I - a descrição do bem, com suas características, e, no caso de imóvel, sua situação e suas
divisas, com remissão à matrícula e aos registros;
II - o valor pelo qual o bem foi avaliado, o preço mínimo pelo qual poderá ser alienado, as
condições de pagamento e, se for o caso, a comissão do leiloeiro designado;
§ 3º Além da divulgação no sítio eletrônico oficial, o edital do leilão será afixado em local de
ampla circulação de pessoas na sede da Administração e poderá, ainda, ser divulgado por
outros meios necessários para ampliar a publicidade e a competitividade da licitação.
§ 4º O leilão não exigirá registro cadastral prévio, não terá fase de habilitação e deverá ser
homologado assim que concluída a fase de lances, superada a fase recursal e efetivado o
pagamento pelo licitante vencedor, na forma definida no edital.
Pregão
Trata-se de modalidade de licitação obrigatória para aquisição de bens e serviços comuns, cujo
critério de julgamento poderá ser o de menor preço ou o de maior desconto, de acordo com o art.
6º, XLI, da Lei 14.133/21.
Diálogo Competitivo
III - (VETADO).
II - os critérios empregados para pré-seleção dos licitantes deverão ser previstos em edital, e
serão admitidos todos os interessados que preencherem os requisitos objetivos estabelecidos;
III - a divulgação de informações de modo discriminatório que possa implicar vantagem para
algum licitante será vedada;
V - a fase de diálogo poderá ser mantida até que a Administração, em decisão fundamentada,
identifique a solução ou as soluções que atendam às suas necessidades;
VII - o edital poderá prever a realização de fases sucessivas, caso em que cada fase poderá
restringir as soluções ou as propostas a serem discutidas;
VIII - a Administração deverá, ao declarar que o diálogo foi concluído, juntar aos autos do
processo licitatório os registros e as gravações da fase de diálogo, iniciar a fase competitiva
com a divulgação de edital contendo a especificação da solução que atenda às suas
necessidades e os critérios objetivos a serem utilizados para seleção da proposta mais
vantajosa e abrir prazo, não inferior a 60 (sessenta) dias úteis, para todos os licitantes pré-
selecionados na forma do inciso II deste parágrafo apresentarem suas propostas, que deverão
conter os elementos necessários para a realização do projeto;
XII - (VETADO).