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Rebeca Radassa dos Santos Araujo - r.radassa@hotmail.com - CPF: 065.391.165-35


Você acaba de adquirir o material: Legislação Mapeada para o concurso de Técnico
Judiciário - Área Administrativa/Judiciária - do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ SE) – 2023.

Esse material é totalmente focado no certame e aborda todos os tópicos da disciplina


de Noções de Administração.

Além disso, nos trechos e dispositivos mais importantes para a prova do concurso de
Técnico Judiciário - Área Administrativa/Judiciário -, constam algumas explicações para fa-
cilitar a compreensão do aluno.

Galera, fiquem bastante atentos às novidades legislativas, pois a sua banca poderá co-
brá-las em sua prova.

A leitura da lei é fundamental para a sua aprovação, pois, em análise estatística do


concurso, verificou-se que a grande maioria das questões de direito cobradas nesse certame
são resolvidas somente com base da lei seca.

Bons Estudos!

Rumo à aprovação!!

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SUMÁRIO
CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................................................................... 5
FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO................................................................................................................ 6
1) Introdução.................................................................................................................................................. 6
2) Conceito...................................................................................................................................................... 6
3) Da Função de Planejar............................................................................................................................. 8
4) Da Função de Direção ............................................................................................................................. 8
5) Da Função de Organizar ......................................................................................................................... 9
6) Da Função de Controle e Avaliação ................................................................................................... 10
7) Da Comunicação ..................................................................................................................................... 10
DEPARTAMENTALIZAÇÃO ........................................................................................................................ 12
1) Introdução................................................................................................................................................ 12
2) Noções Gerais de Departamentalização ........................................................................................... 12
3) Tipos de Departamentalização ........................................................................................................... 12
3.1) Departamentalização por funções .................................................................................................. 12
3.2) Departamentalização por clientes .................................................................................................. 12
3.3) Departamentalização por processos .............................................................................................. 13
3.4) Departamentalização por produtos ............................................................................................... 13
3.5) Departamentalização geográfica .................................................................................................... 13
3.6) Departamentalização por projetos ................................................................................................. 14
3.7) Departamentalização matricial........................................................................................................ 14
4) Definição de Empreendedorismo governamental e novas lideranças no setor público ....... 15
4.1) Postulados do empreendedorismo governamental ................................................................... 16
COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL ............................................................................................... 17
1) Introdução................................................................................................................................................ 17
2) Da Motivação e Desempenho ............................................................................................................. 17
3) Teorias Motivacionais ........................................................................................................................... 18
4) Teorias de Conteúdo ............................................................................................................................. 19
5) Teoria dos Dois Fatores ........................................................................................................................ 19
6) Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow ....................................................................... 20
7) Teoria ERC OU ERG ................................................................................................................................ 21
8) Teoria das Necessidades Adquiridas ................................................................................................. 22
9) Teoria X e Y .............................................................................................................................................. 22
10) Teorias de Processo ............................................................................................................................. 23
11) Teoria da Equidade .............................................................................................................................. 23

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12) Teoria da Expectativa .......................................................................................................................... 23
13) Teoria do Reforço ................................................................................................................................ 24
14) Teoria do Estabelecimento de Metas .............................................................................................. 24
15) Liderança ................................................................................................................................................ 25
16) Clima e Cultura Organizacional ........................................................................................................ 25
GESTÃO DA QUALIDADE ........................................................................................................................... 25
1) Introdução................................................................................................................................................ 25
2) Conceito.................................................................................................................................................... 26
3) Foco no Cliente ....................................................................................................................................... 26
4) Liderança e Comprometimento .......................................................................................................... 27
5) Abordagem Baseada em Processos ................................................................................................... 27
6) Melhoria Contínua ................................................................................................................................. 27
7) Envolvimento dos Colaboradores ...................................................................................................... 27
8) Tomada de Decisões Baseada em Fatos ........................................................................................... 27
9) Parcerias com Fornecedores ................................................................................................................ 28
NOÇÕES DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS ..................................................................................... 28
1) Introdução................................................................................................................................................ 28
2) Conceito.................................................................................................................................................... 28
3) Principais Elementos.............................................................................................................................. 28
3.1) Definição do Projeto .......................................................................................................................... 28
3.2) Planejamento do Projeto .................................................................................................................. 29
3.3) Organização e Alocação de Recursos ............................................................................................. 29
3.4) Execução do Projeto........................................................................................................................... 29
3.5) Controle do Projeto ............................................................................................................................ 29
3.6) Gerenciamento de Riscos .................................................................................................................. 29
3.7) Encerramento do Projeto .................................................................................................................. 29
3) Benefícios da Gestão de Projetos ....................................................................................................... 30

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Pessoal!

Antes de iniciarmos o estudo de Noções de Administração, apresentaremos os assuntos que foram


cobrados no edital de Técnico Judiciário - Área Administrativa/Judiciária do TJ SE.

CONTEÚDO

Funções da administração: planejamento, organização, direção e controle. Papéis do administra-

dor. Tomada de decisão em Administração. Tipos de estrutura organizacional. Critérios de depar-

tamentalização. Controle: tipos de controle; sistemas de controle. Comportamento organizacional:

liderança, motivação, trabalho em equipe. Noções de gestão da qualidade. Noções de gerencia-

mento de projetos.

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FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO

1) Introdução

Neste momento iniciaremos o estudo pelo tema referente às funções da administração.

2) Conceito

O processo administrativo ou processo organizacional, tem como escopo a busca pela explicação
das várias funções administrativas que são desenvolvidas dentro das organizações, ou seja, tudo
aquilo que é estudado dentro da administração está dentro de algumas destas funções do processo
organizacional.

As funções são, portanto, partes menores pertencentes à parte maior que é o processo organizaci-
onal. Esta subdivisão em funções facilita que o tema seja melhor estudado e compreendido.

O processo organizacional na Administração Pública refere-se às etapas e atividades envolvidas na


estruturação e gestão das instituições públicas. Esse processo visa garantir a eficiência, eficácia e
transparência na execução das políticas públicas e no atendimento às demandas da sociedade.

O francês Jules Henri Fayol foi tido como o primeiro a tratar e explicitar sobre as chamadas funções
básicas do administrador. Sua teoria (clássica) ficou conhecida como POC3, segundo a qual seriam
as seguintes funções:

Planejar;

Organizar;

POC3 Comandar;

Coordenar;

Controlar.

Atualmente surgiram novas teorias, prevalecendo como funções administrativas as seguintes


(PODC), as quais são atualmente usadas no processo organizacional da administração pública:

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Planejar;

Organizar;
PODC

Dirigir;

Controlar.

O processo organizacional na Administração Pública pode ser dividido em quatro etapas principais:

Planejamento: É a etapa inicial do processo, em que são estabelecidos os objetivos, metas e


diretrizes que nortearão a atuação da instituição pública. O planejamento envolve a definição de
estratégias, a identificação de recursos necessários, a previsão de custos e a alocação de responsa-
bilidades.

Organização: Nesta etapa, ocorre a estruturação da instituição pública de forma a viabilizar o


alcance dos objetivos estabelecidos. São definidas as unidades organizacionais, as atribuições de
cada setor, os cargos e as funções dos servidores. Também são estabelecidos os mecanismos de
coordenação e comunicação interna.

Direção: A etapa de direção envolve a liderança e o gerenciamento das equipes de trabalho. É


responsabilidade dos gestores públicos conduzir e orientar os servidores, delegar tarefas, promover
a motivação, estimular o trabalho em equipe e garantir a execução adequada das atividades. Além
disso, é fundamental o estabelecimento de canais de comunicação eficientes entre os diferentes
níveis hierárquicos.

Controle: O controle é a etapa em que são avaliados e monitorados os resultados alcançados em


relação aos objetivos estabelecidos. É necessário verificar se as atividades estão sendo executadas
conforme o planejado, se os recursos estão sendo utilizados de forma adequada e se os resultados
estão sendo alcançados de maneira eficiente e eficaz. O controle pode envolver a utilização de indi-
cadores de desempenho, auditorias internas, avaliações de impacto, entre outros mecanismos.

Estas funções, quando consideradas de forma unitária, como o todo, formam o que chamamos
processo administrativo. Por outro lado, quando analisadas de forma isolada, formam as funções
administrativas.

O processo organizacional da Administração Pública é fundamental para garantir a boa gestão dos
recursos e o alcance dos objetivos institucionais, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida
da população e o desenvolvimento do país.

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3) Da Função de Planejar

Segundo Idalberto Chiavenato, o planejamento é um processo permanente e contínuo, pois é rea-


lizado continuamente dentro da empresa e não se esgota na simples montagem de um plano de
ação.

Definição de objetivos;

Identificação de recursos;

Análise do ambiente;

Definição de estratégias;

Estabelecimento de metas;
Principais Elementos
Elabiração de planos de ação;

Revisão e monitoramento;

Comunicação e engajamento;

Avaliação de riscos;

Monitoramento e avaliação.

O conceito de planejamento inclui o aspecto de temporalidade e de futuro: o planejamento é uma


relação entre coisas a fazer e o tempo disponível para fazê-las. Como o passado já se foi e o presente
vai andando, é com o futuro que o planejamento se preocupa.

Planejar, portanto, é uma função administrativa que busca a determinação antecipada dos objeti-
vos/metas traçadas pela organização, bem como também os caminhos a serem seguidos para
atingi-los.

É através do planejamento que se define de onde se pretende partir, como chegar e o que dever ser
feito quando atingir esse objetivo. Planejar, portanto, é um modelo para ação futura.

4) Da Função de Direção

Nos dizeres de Chiavenato, direção é a função administrativa que se refere ao relacionamento


interpessoal do administrador com os seus subordinados.

Através da direção, é possibilitado ao gestor guiar o comportamento dos empregados com fulcro a
atingir as metas da organização.

Pelo fato de cada indivíduo reagir de uma determinada maneira, a tarefa do gestor se torna árdua,
devendo ter o discernimento de encontrar a melhor forma de agir em cada caso. Para tanto, o ad-
ministrador deve se valer da comunicação, liderança e motivação.

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A função de direção desempenha um papel fundamental na Administração Pública, pois é respon-
sável por guiar, motivar e coordenar os servidores públicos, garantindo que suas atividades sejam
realizadas de maneira eficiente e eficaz.

Liderança;

Gestão de equipe;

Orientação e acompanhamento;
Principais Elementos
Tomar decisão;

Gestão de desempenho;

Promoção Ética e de Transparência.

5) Da Função de Organizar

A organização é a função administrativa que se encarrega de estabelecer uma estrutura organizaci-


onal. Ela envolve a estruturação dos recursos disponíveis, sejam eles humanos, materiais, financei-
ros ou tecnológicos, de forma a otimizar o funcionamento da instituição pública e o alcance de seus
objetivos.

Com a função de organizar é que se consegue estabelecer os trabalhos a serem realizados pelos
indivíduos, bem como o modo que devem ser dispostos os recursos da organização, sejam eles
financeiros, humanos ou mesmo físicos.

Estrutura organizacional;

Departamentalização;

Definição de cargos e funções;

Principais Elementos Distribuição de recursos;

Coordenação e integração;

Fluxo de trabalho;

Manutenção de registro.

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6) Da Função de Controle e Avaliação

Conforme ensina Augustinho Taludo:

Controlar consiste em comparar o que foi planejado, os objetivos estabelecidos, os resultados


pretendidos – com os alcançados – para avaliar o sucesso ou insucesso de todo o processo
administrativo. O controle visa assegurar bons resultados e a melhoria contínua do Processo
de Administrar.

O controle como função administrativa, visa, portanto, verificar o desempenho organizacional, ou


seja, busca, de forma minuciosa, verificar se o planejamento está sendo executado de acordo com a
previsão inicial.

Além disso, se é pela função de controlar que se pode acompanhar as ações, consequentemente é
através do controle que são identificados erros ou faltas, os quais poderão ser reparados ou cor-
rigidos para evitar que se repitam.

Estabelecimetno de critérios;

Monitoramento contínuo;

Análise e interpretação de dados;


Principais Elementos
Identificação de desvios e problemas;

Ações corretivas;

Feedback e melhoria continua.

7) Da Comunicação

Segundo os dizeres de Chiavenato: Comunicação é a troca de informações entre pessoas. Significa


tornar comum uma mensagem ou informação. Constitui um dos processos fundamentais da experi-
ência humana e da organização social. A comunicação requer um código para formular uma men-
sagem e enviá-la na forma de sinal (como ondas sonoras, letras impressas, símbolos), por meio de
um canal (ar, fios, papel) a um receptor da mensagem que a decodifica e interpreta seu significado.

Na comunicação pessoal direta falada, ou seja, na conversação, a linguagem funciona como código
e é reforçada por elementos de comunicação não-verbal (como gestos, sinais, símbolos). A comuni-
cação interpessoal também se pode dar à distância, por meio da escrita, do telefone ou da internet
como meio de transmitir as mensagens.

Os principais aspectos da comunicação na Administração Pública:

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Fluxo de informações;

Canais de comunicação;

Comunicação vertical e horizontal;


Principais Elementos
Comunicação interna e externa;

Comunicação interpessoal e institucional;

Transparência e participação.

O enfoque das relações humanas mostrou que as comunicações dentro das organizações são terri-
velmente falhas e alertou os administradores a:

Assegurar a participação das pessoas dos escalões inferiores na solução dos problemas da em-
presa.

Incentivar franqueza e confiança entre indivíduos e grupos nas empresas.

A comunicação é uma atividade administrativa que tem dois propósitos principais:

Proporcionar informação e compreensão necessárias


para que as pessoas possam se conduzir em suas
tarefas.

Propósitos da Comunicação

Proporcionar as atitudes necessárias que promovam


a motivação, a cooperação e a satisfação nos cargos.

Esses dois propósitos promovem um ambiente que conduz a um espírito de equipe e a um melhor
desempenho das tarefas.

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DEPARTAMENTALIZAÇÃO

1) Introdução

Neste momento estudaremos o tema referente à departamentalização.

2) Noções Gerais de Departamentalização

A departamentalização também é conhecida como especialização horizontal, sendo uma forma de


divisão do trabalho por meio da especialização presente na estrutura organizacional.

Departamentalizar pode ser entendido como o agrupamento de atividades organizacionais a partir


de critérios de lógica e racionalidade. Dentro da organização, os departamentos passam a ter co-
nhecimentos específicos acerca das atividades desempenhadas, gerando eficiência e otimização dos
recursos.

Nos dizeres de Idalberto Chiavenato, a especialização horizontal ocorre quando se verifica a neces-
sidade de aumentar a perícia, a eficiência e a melhor qualidade do trabalho em si. Corresponde a
uma especialização de atividade e de conhecimentos.

3) Tipos de Departamentalização

Trataremos agora sobre os tipos de departamentalização existentes para Chiavenato.

3.1) Departamentalização por funções

Trata-se de tipo de departamentalização muito cobrado em provas de concursos. Consiste em um


dos tipos mais utilizados, sendo baseado no agrupamento lógico de acordo com a identidade de
funções e semelhança de tarefas, ou seja, de acordo com as diferentes funções organizacionais, como
financeira, marketing dentre outras.

Como vantagem da departamentalização por funções, cita-se a especialização das pessoas na


função, o que acaba por gerar a cooperação técnica, economia de escalas e produtividade.

Já como desvantagens destacam-se a falta de cooperação entre os diversos departamentos da


organização, com cada um focado apenas nos próprios objetivos e problemas de forma centralizada.
Dessa forma, é uma espécie de departamentalização indicada para ambientes estáveis.

3.2) Departamentalização por clientes

Também conhecida como departamentalização por clientela, realiza-se de acordo com os


diferentes tipos de clientes da organização. É utilizado de acordo com as necessidades heterogêneas

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das categorias de clientes. Um exemplo clássico deste tipo de departamentalização é a criação do
departamento masculino e departament7o feminino em uma loja de vestuários ou calçados.

Destaca-se como uma grande vantagem a facilitação da flexibilidade no atendimento às exigências


de cada categoria de clientes.

Já como desvantagem, é possível citar a falta de eficiência causada pela multiplicação de funções
semelhantes nos diversos departamentos, isso acaba por gerar também grandes dificuldades na
coordenação de acordo com os objetivos gerais da empresa.

3.3) Departamentalização por processos

A departamentalização por processos constitui-se na agregação das atribuições da organização nos


processos mais importantes.

Este tipo de departamentalização foca em evitar desperdícios de recursos, por isso é sempre muito
utilizado em linhas de produção.

Uma grande vantagem é propiciar de forma mais facilitada o emprego, na organização, de novas
tecnologias, de maquinários e conhecimentos.

Como desvantagem pode-se citar a falta de flexibilidade, a dificuldade de adaptação às mudanças e


o maior risco operacional.

3.4) Departamentalização por produtos

A departamentalização por produtos proporciona o arranjo da organização em volta de seus


distintos tipos de produtos/serviços.

Este tipo de departamentalização busca garantir que os produtos/serviços sejam ofertados com o
máximo de qualidade, conforto e segurança.

Facilitar a coordenação entre departamentos envolvidos em determinado nicho específico, é uma


vantagem da departamentalização por produtos.

Já a baixa interação entre os departamentos de nichos distintos, dificultando a comunicação e a troca


de experiências é tida como uma grande desvantagem.

3.5) Departamentalização geográfica

A departamentalização geográfica também é conhecida como departamentalização territorial, sendo


espécie de departamentalização utilizada nos casos em que a organização se estabelece em
diferentes áreas geográficas.

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Este tipo de departamentalização visa a alocação de recursos e esforços de acordo com a
necessidade de cada localidade em que se encontra instalada a organização. Deve-se ter eme mente
que os interesses e costumes mudam de um país para outro, ou mesmo de uma região para outra
e, assim sendo, a empresa atuará para melhor atender a demanda de acordo com as especificidades
de cada localidade.

Uma vantagem é atingir maior lucratividade pelo fato de poder focar em atender o público de cada
região da melhor maneira.

Já como desvantagem é possível citar a limitação de ação da organização e a colocação da


coordenação em segundo plano em caso de grande autonomia das unidades regionais.

3.6) Departamentalização por projetos

Quando se fala em departamentalização por projetos, necessário atentar para o fato de que o foco
dos departamentos se dá de acordo com cada projeto da organização.

Assim, este tipo de departamentalização, para Chiavenato, envolve a diferenciação e o agrupamento


das atividades de acordo com as saídas e os resultados relativos a um ou a vários projetos da
empresa.

Um exemplo clássico é de uma construtora que poderá dividir os departamentos de acordo com os
projetos (construções) que são geridos pela empresa - por exemplo “1”, “2” e “3”.

Uma vantagem é a autonomia de cada projeto, gerando maior flexibilidade e facilitação na execução
de cada projeto, o que tende a propiciar melhores resultados.

É uma grande desvantagem a insegurança dos empregados devido ao fato de não terem certeza de
continuidade em novos projetos.

3.7) Departamentalização matricial

A departamentalização matricial também conhecida como organização em grade é um tipo híbrido


de departamentalização, no qual há a combinação dos tipos projetos e funcional.

Na departamentalização matricial, cada equipe trabalha para dois comandos simultaneamente, o


gerente funcional e o gerente de produtos ou projetos. Dessa forma, busca-se satisfazer as
necessidades de especialização e de coordenação da organização.

Como vantagens é possível citar a maior eficiência de comunicação, funcionários mais motivados, a
maximização do uso de recursos e maior desenvolvimento profissional dos funcionários.

As desvantagens são a possibilidade de conflitos entre os gerentes, choque de autoridades, eficácia


reduzida dos funcionários e aumento dos custos indiretos de gerenciamento.

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Para facilitar a fixação do conteúdo relacionado à departamentalização, atente-se a este resumo dos
tipos de departamentalização por Chiavenato:

consiste no agrupamento das atividades e tarefas


Por funções de acordo com as funções principais
desenvolvidas

envolve diferenciação e agrupamento de


Por produtos ou atividades de acordo com o resultado da
serviços organização, isto é, de acordo com o produto ou
serviço realizado.

denominada departamentalização territorial ou


regional ou por localização geográfica. Requer
Por localização diferenciação e agrupamento das atividades de
geográfica acordo com a localização onde o trabalho será
desempenhado ou uma área de mercado a ser
servida pela empresa.
Tipos de
Departamentalização
a organização na base da clientela envolve a
diferenciação e o agrupamento das atividades de
Por clientes
acordo com o tipo de pessoa ou pessoas para
quem o trabalho é executado.

a diferenciação e o agrupamento se fazem por


Por fases do
meio de sequência do processo produtivo
processo (ou
ouoperacional ou, ainda, por meio do arranjo e
processamento)
disposição racional do equipamento utilizado.

envolve a diferenciação e o agrupamento das


atividades de acordo com as saídas e os
Por projetos
resultados (out-puts) relativos a um ou a vários
projetos da empresa.

4) Definição de Empreendedorismo governamental e novas lideranças no setor público

Segundo Augustinho Vicente Paludo, o empreendedorismo pode ser entendido como a capacidade
de aproveitar oportunidades, imaginar, desenvolver e realizar visões, capacidade de criar ou penetrar
em novos mercados, pronto para assumir todo o controle e risco calculado.

Para Dornelas: o empreendedorismo significa fazer algo novo, diferente, mudar a situação atual e
buscar novas oportunidades de negócio, tendo como foco a inovação e a criação de valor.

Quanto ao empreendedorismo governamental, na visão de David Osborne e Ted Gaebler é preciso


redefinir a atividade governamental, oferecendo a flexibilidade necessária para reagir às condições
complexas que mudam rapidamente. Ainda segundo os referidos autores, o serviço público prestado

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deve gerar benefícios individuais a seus beneficiários e devem ser executados de forma eficiente e
eficaz.

Assim, segundo estes autores, o empreendedorismo governamental se destaca por:

Ser uma forma de melhorar governos;

Cultura empreendedora;

Um governo empreendedor pertence à comunidade;

Adoção de gestão moderna;

4.1) Postulados do empreendedorismo governamental

Além disso, os autores, na obra Reinventando o Governo, trouxeram alguns postulados a balizar o
empreendedorismo governamental:

POSTULADOS DO EMPREENDEDORISMO GOVERNAMENTAL

Governo catalisador – governos devem harmonizar a ação de diferentes agentes sociais na solução de
problemas coletivos, assumir sozinho o papel de implementador de políticas públicas;

Governo que pertence à comunidade – necessidade de participação popular nos governos;

Governo competitivo – necessidade de competição dentro das organizações públicas e entre organizações
públicas e privadas, que devem ser estimuladas pelos governos;

Governo orientado por missões – dirigir o fim à direção da sua verdadeira missão;

Governo de resultados – substituição do foco no controle de inputs para o controle de outputs e impactos
de suas ações, e para isso adotar a administração por objetivos;

Governo orientado ao cliente – substituição da autorreferencialidade pela lógica de atenção às necessi-


dades dos clientes/cidadãos;

Governo empreendedor – esforço governamental a fim de aumentar seus ganhos por meio de aplicações
financeiras e ampliação da prestação de serviços;

Governo preventivo – abandono dos comportamentos reativos na solução de problemas pela ação proa-
tiva, elaborando planejamento estratégico de modo a antever problemas potenciais;

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Governo descentralizado – os governos devem envolver os funcionários nos processos deliberativos, apro-
veitando o seu conhecimento e capacidade inovadora;

Governo orientado para o mercado – os governos devem promover e adentrar na lógica competitiva de
mercado.

Neste sentido, leciona Paludo:

O empreendedorismo governamental procura mobilizar a atuação de todos os setores — pú-


blico, privado e voluntário — para a ação conjunta dirigida à resolução de problemas e ao
atendimento das demandas sociais, tornando mais eficiente e mais transparente a utilização
dos recursos públicos, e mais eficaz o resultado de suas ações.

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

1) Introdução

Neste momento estudaremos o tema referente ao comportamento organizacional.

O comportamento organizacional se refere ao estudo/análise sobre a conduta humana na perspec-


tiva das atitudes e ações individuais/grupais no ambiente de trabalho, ou seja, foca nas relações
existentes entre os indivíduos e a organização ou mesmo entre os próprios indivíduos dentro da
organização.

O comportamento organizacional é muito importante para as empresas, uma vez que, por ele, se
pode melhor avaliar o ambiente e adotar práticas efetivas de gestão de pessoas. Dessa forma é
possível garantir um ambiente de trabalho salutar e produtivo.

2) Da Motivação e Desempenho

Vários são os fatores ou forças que podem determinar o comportamento humano. Estes fatores
podem ser tanto conscientes ou inconscientes.

As causas/motivos que movem o comportamento das pessoas, varia de pessoa para pessoa. Moti-
vação, portanto, é uma força que movimento o comportamento das pessoas. Não é possível, porém,
que uma mesma pessoa tenha sempre a mesma motivação para tudo na vida.

Uma pessoa motivada dentro de uma organização é aquela que demonstra um alto grau de dispo-
sição para atuar nas tarefas que lhe são confiadas.

Para que haja essa motivação, é necessária a combinação de motivos internos e os estímulos exter-
nos sobre uma pessoa.

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Esses motivos internos são os que satisfazem as necessidades, interesses e aptidões das pessoas e,
portanto, possuem estímulos de natureza fisiológica ou até psicológica.

Já os motivos externos são gerados pelo ambiente em que se encontra o indivíduo, ou mesmo pelos
seus objetivos.

A soma desses motivos internos e externos produz a motivação. A motivação, portanto, pode se dar:

Motivações Internas Motivações Externas

Necessidades e
motivos inerentes à Geradas através de
própria incentivos
pessoa - fatores e punições;
psicológicos;

Ex: Recompensa dada


Ex: Satisfação ao
por outra pessoa,
atingir
como aumentos e
um bom resultado.
promoções.

3) Teorias Motivacionais

Quanto as teorias motivacionais, podem assim ser divididas:

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Teorias de Conteúdo
Teorias de Processo -
- concentram - se
concentram-se no
nas razões que levam
modo em que o
uma pessoa a ficar
comportamento é
motivada (o QUE
motivado (COMO a
motiva
motivação ocorre)
alguém).

Teoria da Teoria dos dois


Equidade - fatores -
Adams Herzberg

Teoria da Teoria ERC -


Expectativa - Alderfer
Vroom

Da Hierarquia
das
Teoria do Necessidades -
Reforço - Skinner Maslow

Necessidades
Teoria do Adquiridas -
Estabelecimento McClelland
de Objetivos
(Autoeficácia)

Teoria X e Y

4) Teorias de Conteúdo

As teorias de conteúdo, basicamente, buscam explicar os fatores que motivam as pessoas. Estão
ligadas com aquilo que vem internamente, do indivíduo ou do ambiente organizacional que convive.

5) Teoria dos Dois Fatores

Teoria dos Dois Fatores foi criada através de estudo realizado nos anos 50 pelo estudioso Frederick
Herzberg, o qual propôs esse estudo a fim de compreender como as pessoas se relacionam com o
ambiente de trabalho.

Trata-se de teoria que defende que condições relacionadas às circunstâncias do trabalho e condições
relacionadas às questões interpessoais, são responsáveis por definir o nível de satisfação e motivação
do funcionário com a companhia.

A Teoria dos Dois Fatores baseia-se em dois conceitos:

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são fatores externos que afetam na motivação no
trabalho.
Não são responsáveis por motivar os
Fatores higiênicos
colaboradores. Porém, a falta deles pode ser a
causa de insatisfação no trabalho.
Ex.: Salário, espaço físico e cultura da empresa

diretamente relacionados com a motivação do


Fatores motivacionais. trabalhador no ambiente de trabalho.
Ex.: Autonomia e reconhecimento

6) Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow

Referida teoria foi criada por Abraham Maslow, segundo o qual, as necessidades humanas estão
divididas em cinco graus de hierarquia. Assim, ao se atender uma necessidade, o indivíduo passa
para a necessidade hierarquicamente seguinte na pirâmide.

Dentro dessa teoria advém o princípio da emergência, segundo o qual somente irá ganhar desta-
que uma necessidade quando as de nível inferiores estiverem satisfeitas de forma razoável.

Também surge o princípio da dominância, pelo qual se entende que após uma necessidade ser
atendida a de próximo nível se torna dominante.

Para Maslow, há cinco necessidades divididas em dois grandes grupos, quais sejam:

Necessidades Primárias fisiológicas e de segurança.

Necessidades Secundárias sociais, de estima e de autorrealização.

Vejamos representação da pirâmide de Maslow:

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7) Teoria ERC OU ERG

Trata-se de uma teoria criada por Aldefer. Referida teoria é quase que uma adaptação da teoria da
hierarquia das necessidades de Maslow. Aldefer reduziu para apenas três níveis hierárquicos:

Existência (existence): aqui entram as necessidades fisiológicas e de segurança (dois primeiros ní-
veis da pirâmide de Maslow)

Relacionamento (relatedness): relativo ao nível social da pirâmide de Maslow.

Crescimento (growth): estão presentes a estima e autorrealização dois últimos níveis da pirâmide
de Maslow.

Na teoria ERG não se busca uma hierarquia tão rígida como na teoria criada por Maslow. Assim, é
possível se buscar mais de um nível de necessidade de forma concomitante, não sendo necessário
atingir um nível para buscar o seguinte.

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8) Teoria das Necessidades Adquiridas

Trata-se de teoria idealizada por David McClelland, através da qual entende-se que a motivação
também se relaciona com a satisfação das necessidades, as quais são adquiridas ao longo da exis-
tência, sendo um resultado das experiências vividas por cada pessoa.

A Teoria das Necessidades Adquiridas possui 3 pilares (necessidades):

visa a busca pela excelência, o atingimento de


padrões de sucesso. Os indivíduos com tais
Realização necessidades tendem a ser competitivos e
cumprir metas em busca das mudanças na
vida.

necessidade de exercer influência, de buscar


com que outros indivíduos ajam de forma
diferente da que teriam naturalmente.
Portanto, essa necessidade visa influenciar e
Teoria das
Poder comandar outras pessoas. Os indivíduos com
Necessidades
essas necessidades gostam de situações de
competição de status, preocupando-se
sempre com o prestígio e influência e menos
com o desempenho.

também conhecida como necessidade de


associação. É uma necessidade de ter
Afiliação
relacionamentos interpessoais próximos e
amigáveis.

A Teoria das Necessidades se equivale aos níveis mais altos da pirâmide de hierarquia de Maslow.

9) Teoria X e Y

Trata-se de teoria criada por Douglas McGregor e que possui como primado a filosofia do gestor
sobre os indivíduos, bem como sua forma de relação com a motivação dos subordinados.

Os empregados sofrem uma influência de crenças ou ideias desenvolvidas pelos gestores sobre eles.
Estas crenças ou ideias são divididas em dois grupos: Teoria X e Teoria Y, as quais são antagônicas
entre si.

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prevê que as pessoas são preguiçosas e indolentes,
evitando trabalho e responsabilidades para que
possam se sentir mais seguras. Essas pessoas
Teoria X precisam ser controladas e dirigidas, além de serem
ingênuas e sem iniciativa. Tendo o gestor esta visão
sobre as pessoas, torna-se controlador e repressor
afindo de forma mais rígida.

o trabalho é algo simples e leve, como qualquer


outra atividade corriqueira. Por isso, os indivíduos
são esforçadas, responsáveis, criativas, competentes
Teoria Y e gostam de ser automotivadas e autodirigidas.
gestor, por sua vez, delega poderes e
responsabilidades. Gestão mais participativa e
democrática

10) Teorias de Processo

Tais teorias concentram-se no modo em que o comportamento é motivado (COMO a motivação


ocorre).

11) Teoria da Equidade

A teoria da equidade foi proposta por John Stacy Adams em 1963, tendo como base a noção que o
indivíduo tem sobre seu trabalho, o qual estará mais ou menos motivado devido à maneira em que
vislumbra a presença (ou não) da justiça e igualdade nas relações laborais.

Trata-se de teoria que reforça as afirmações trazidas na teoria de McGregor.

12) Teoria da Expectativa

A Teoria da Expectativa de Vroom defende que o comportamento é resultante de escolhas consci-


entes realizadas pelos indivíduos diante de opções em que o propósito seja maximizar o prazer e
diminuir a dor.

Para esta teoria, o desempenho do indivíduo decorre de fatores individuais como a personalidade,
o conhecimento adquirido e as habilidades que possui.

Dessa forma, o esforço, o desempenho e a motivação dos indivíduos estão atrelados à motivação de
qualquer pessoa.
Importante!

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A Teoria da Expectativa de Vroom utiliza a seguinte fórmula para calcular a força motivacional:

Força Motivacional = Expectativa x Instrumentalidade x Valência

Dessa forma, o esforço, o desempenho e a motivação dos indivíduos estão atrelados à motivação de
qualquer pessoa.

13) Teoria do Reforço

Para a Teoria do Reforço (Behaviorismo), o reforço condiciona o comportamento. Através de estí-


mulos aplicados aos indivíduos (reforço) eles passam a ser moldados a agirem de forma determi-
nada.

O grande teórico dessa teoria é Skinner e para a teoria do reforço, o que causa o comportamento é
o ambiente, ou seja, os reforços externos.

Os estímulos positivos reforçam o comportamento ( ex.: bônus por meta atingida). Já os estímulos
negativos anulam o comportamento ( ex.: punição por atraso).

Para os estudiosos desta teoria, são 4 as estratégias comuns modificadoras do comportamento, a


saber:

Reforço Positivo: recompensa em caso de comportamento desejado atingido;

Reforço Negativo: retirada de algo como decorrência do comportamento indesejado;

Punição: aplicação de medida negativa pela prática do comportamento indesejado.

Extinção: retirada de recompensas positivas devido a ocorrência de comportamento indesejado.

14) Teoria do Estabelecimento de Metas

A Teoria do Estabelecimento de Metas foi desenvolvida por Edwin Locke e Gary Latham, e prevê a
necessidade do estabelecimento de metas e objetivos, bem como a determinação de cada indivíduo
para alcançá-las.

Esta teoria afirma a necessidade de existência de metas claras, bem definidas e mensuráveis a fim de
que seja melhorado o desempenho. Afinal, caso sejam revelados objetivos vagos, será mais difícil
atingi-los.

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15) Liderança

Liderança pode ser definida como um fenômeno social realizado por meio da comunicação,
sendo ainda uma capacidade de conquistar a adesão de pessoas a um determinado princípio meta
ou mesmo missão, tudo isso influenciando seu comportamento.

Assim, pela liderança se pode influenciar pessoas a agirem em prol de certos objetivos, através do
envolvimento de competências interpessoais.

Um bom chefe também deve ser um líder. Contudo nem sempre um líder será um chefe. A liderança
poderá advir naturalmente, ou ainda por processo de escolha.

A liderança não se confunde com autoridade formal. Esta ocorre pela simples existência de hierar-
quia. Um grande exemplo disso é um funcionário cumprindo uma ordem emanada pelo seu chefe.

No caso da liderança, o funcionário agiria por convencimento e não por obrigação (como na autori-
dade). Logo, com base na motivação agiria de forma consentida.

16) Clima e Cultura Organizacional

Em relação ao clima organizacional tem-se que ele está diretamente ligado ao grau de satisfação e
colaboração dos funcionários de uma organização. Assim, tendo em vista a melhora dos resultados
que ocorre quando há elevada motivação entre os colaboradores, também melhoram as relações de
satisfação, interesse e colaboração.

Nos dizeres de Chiavenato:

O Clima Organizacional refere-se ao ambiente interno existente entre os membros da organi-


zação e está intimamente relacionado com o grau de motivação de seus participantes. Na
verdade, o clima organizacional influencia o estado motivacional das pessoas e é por ele in-
fluenciado.

Por sua vez, a cultura organizacional causa influência no comportamento de todos os indivíduos e
grupos dentro de determinada organização. Porém, a cultura poderá ser modificada na medida em
que sofre influência do ambiente externo e de mudanças na sociedade.

Conforme Chiavenato, o comportamento organizacional do indivíduo nas organizações, as atitudes


predominantes, as pressuposições subjacentes, as aspirações e os assuntos relevantes nas interações
entres os membros fazem parte da cultura da organização.

GESTÃO DA QUALIDADE

1) Introdução

Seguiremos agora o estudo com relação ao tema de gestão de qualidade.

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2) Conceito

A gestão da qualidade é um conjunto de práticas e abordagens adotadas por organizações para


garantir a excelência em seus produtos, serviços e processos. Envolve a implementação de sistemas,
métodos e ferramentas que visam atingir e manter altos padrões de qualidade em todos os aspectos
das operações de uma empresa.

A gestão de qualidade pode assim ser dividida:

Garantia da qualidade: através da qual a


organização define atividades a fim de certificar a
conformidade do produto final de acordo com as
normas e exigências.

Gestão de qualidade

Melhoria da qualidade: trata dos processos


frequentes pelos quais uma marca se mantém em
constante aperfeiçoamento.

A gestão da qualidade, portanto, é importante na medida em que a organização concentra sua aten-
ção primordialmente na qualidade do que entrega.

Tome nota!

Necessário trazer um tema muito quente dentro da gestão de qualidade que é a chamada Gestão
da Qualidade Total (GQT).

A GQT, também conhecida em alguns países como ou Total Quality Management, trata-se de um
sistema com alto nível de descentralização de processos. Assim, torna-se necessária a participação
da totalidade dos membros existentes na organização, independentemente se de grau hierárquico
elevado ou inferior.

3) Foco no Cliente

A gestão da qualidade coloca o cliente como ponto central. Isso significa entender as necessidades,
expectativas e requisitos dos clientes e desenvolver produtos e serviços que atendam a essas de-
mandas de maneira consistente.

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4) Liderança e Comprometimento

A alta direção desempenha um papel fundamental na gestão da qualidade, estabelecendo uma


visão clara e demonstrando um compromisso com a qualidade em todos os níveis da organização.
A liderança é responsável por estabelecer políticas, objetivos e metas de qualidade, além de pro-
mover uma cultura de excelência.

5) Abordagem Baseada em Processos

A gestão da qualidade enfoca a compreensão e o gerenciamento dos processos organizacionais.


Isso envolve identificar os processos-chave, mapear suas interações, estabelecer responsabilidades
claras e buscar melhorias contínuas em sua eficiência e eficácia.

6) Melhoria Contínua

A gestão da qualidade incentiva a busca constante por melhorias em todos os aspectos do negó-
cio. Isso é feito por meio de métodos como Ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Act), análise de causa raiz,
benchmarking e feedback dos clientes. O objetivo é identificar oportunidades de melhoria e imple-
mentar ações corretivas e preventivas de forma sistemática.

7) Envolvimento dos Colaboradores

A gestão da qualidade valoriza o envolvimento e a participação ativa de todos os colaboradores


da organização. Isso inclui fornecer treinamento adequado, promover a conscientização sobre a
importância da qualidade, encorajar a colaboração e o trabalho em equipe, além de reconhecer e
recompensar contribuições para a melhoria da qualidade.

8) Tomada de Decisões Baseada em Fatos

A gestão da qualidade enfatiza a importância de tomar decisões com base em dados e informações
precisas. Isso envolve a coleta e análise de dados relevantes, o uso de técnicas estatísticas para obter
insights significativos e a utilização dessas informações para orientar as decisões de melhoria e to-
mada de ações corretivas.

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9) Parcerias com Fornecedores

A gestão da qualidade reconhece a importância das relações com fornecedores na obtenção de


produtos e serviços de alta qualidade. É essencial estabelecer parcerias colaborativas com forne-
cedores confiáveis, promover a comunicação eficaz e estabelecer critérios claros de qualidade para
garantir a conformidade dos produtos e serviços fornecidos.

A gestão da qualidade busca criar uma cultura organizacional orientada para a excelência, que busca
continuamente a satisfação do cliente, a eficiência operacional, a inovação e a melhoria contínua.
Ao adotar esses princípios, as organizações podem melhorar sua competitividade, fortalecer sua re-
putação e obter resultados positivos.

Em resumo, a gestão da qualidade busca garantir que a organização atinja um nível de excelência
em seus produtos, serviços e processos, resultando em maior satisfação do cliente, eficiência opera-
cional, redução de erros, conformidade com regulamentações, melhoria da reputação e capacidade
de inovação. Essa abordagem é essencial para as organizações que desejam se destacar em um
mercado competitivo e oferecer valor superior aos seus clientes.

NOÇÕES DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS

1) Introdução

Iniciamos agora os estudos sobre noções de gerenciamento de projetos.

2) Conceito

A gestão de projetos é uma disciplina que envolve o planejamento, organização, execução e controle
de recursos para alcançar objetivos específicos dentro de um prazo determinado. Ela é amplamente
utilizada em diferentes setores e organizações para lidar com iniciativas temporárias que têm como
objetivo criar um produto, serviço ou resultado único.

3) Principais Elementos

Aqui estão os principais elementos da gestão de projetos:

3.1) Definição do Projeto

O primeiro passo é definir claramente o escopo, objetivos, requisitos e restrições do projeto. Isso
inclui identificar as partes interessadas envolvidas, entender suas necessidades e expectativas e es-
tabelecer critérios para medir o sucesso do projeto.

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3.2) Planejamento do Projeto

Nesta fase, é elaborado um plano detalhado que abrange as atividades necessárias, os recursos ne-
cessários, o cronograma, o orçamento e os riscos associados ao projeto. O plano deve ser realista e
viável, levando em consideração as restrições e os recursos disponíveis.

3.3) Organização e Alocação de Recursos

A gestão de projetos envolve a identificação e a alocação dos recursos necessários para executar as
atividades do projeto. Isso inclui recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos. É impor-
tante designar responsabilidades claras e garantir que os recursos estejam disponíveis quando ne-
cessários.

3.4) Execução do Projeto

Nesta fase, as atividades do projeto são realizadas de acordo com o plano estabelecido. O gerente
de projeto supervisiona a execução, coordena as equipes envolvidas, gerencia os riscos e faz ajustes
conforme necessário. A comunicação eficaz e o acompanhamento regular são essenciais para ga-
rantir o progresso do projeto.

3.5) Controle do Projeto

Durante toda a execução do projeto, é necessário monitorar e controlar o seu desempenho em re-
lação ao plano. Isso envolve o acompanhamento do cronograma, dos custos, da qualidade do tra-
balho e da satisfação das partes interessadas. Se ocorrerem desvios significativos, ações corretivas
devem ser tomadas para garantir que o projeto siga na direção correta.

3.6) Gerenciamento de Riscos

A gestão de projetos inclui a identificação, a avaliação e o tratamento dos riscos que podem afetar
o sucesso do projeto. Isso envolve a análise dos riscos potenciais, a definição de estratégias para
lidar com eles e a implementação de medidas para minimizar ou evitar os impactos negativos.

3.7) Encerramento do Projeto

Ao finalizar todas as atividades do projeto e alcançar os resultados desejados, é realizado o encerra-


mento formal do projeto. Isso envolve revisar os resultados, avaliar o desempenho em relação aos
objetivos estabelecidos, documentar as lições aprendidas e liberar os recursos utilizados.

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A gestão de projetos utiliza abordagens, metodologias e ferramentas específicas, como o PMBOK
(Project Management Body of Knowledge) do Project Management Institute (PMI) e a metodologia
PRINCE2, para apoiar a sua execução eficaz. Essas práticas são aplicadas para garantir que os projetos
sejam concluídos dentro do prazo, do orçamento e com os resultados desejados. Além disso, a ges-
tão de projetos também visa promover a colaboração entre as equipes, garantir a comunicação eficaz
e facilitar a tomada de decisões ao longo do projeto.

3) Benefícios da Gestão de Projetos

Os benefícios da gestão de projetos incluem:

Alinhamento com os objetivos estratégicos: A gestão de projetos ajuda a garantir que os pro-
jetos estejam alinhados com os objetivos estratégicos da organização. Isso garante que os recursos
sejam direcionados para iniciativas que contribuam para o crescimento e o sucesso da empresa.

Controle e visibilidade: Através do monitoramento regular e do controle do desempenho do


projeto, é possível ter uma visão clara do progresso, identificar desvios e tomar medidas corretivas
em tempo hábil. Isso ajuda a evitar atrasos, problemas de qualidade e custos excessivos.

Gestão eficaz dos recursos: A gestão de projetos envolve o planejamento e a alocação eficiente
dos recursos disponíveis. Isso inclui recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos. Ao ge-
renciar adequadamente esses recursos, é possível otimizar sua utilização e evitar desperdícios.

Maior qualidade e controle de riscos: Através das práticas de gestão de projetos, é possível
estabelecer processos e padrões de qualidade, garantindo que o trabalho seja realizado de acordo
com as melhores práticas. Além disso, a identificação e o gerenciamento de riscos ajudam a mitigar
possíveis problemas e impactos negativos.

Melhoria da comunicação e colaboração: A gestão de projetos incentiva uma comunicação


eficaz entre as equipes, partes interessadas e demais envolvidos no projeto. Isso facilita o comparti-
lhamento de informações, o trabalho em equipe e a resolução de problemas de forma colaborativa.

Aprendizado e melhoria contínua: Ao finalizar um projeto, é importante realizar uma análise


para identificar lições aprendidas e oportunidades de melhoria. Essas lições podem ser aplicadas em
futuros projetos, contribuindo para a evolução e o aprimoramento das práticas de gestão de projetos
na organização.

Em resumo, a gestão de projetos é uma disciplina que permite que as organizações alcancem seus
objetivos de forma eficiente e eficaz. Ela proporciona um processo estruturado para planejar, execu-
tar, monitorar e controlar projetos, garantindo que sejam concluídos com sucesso, dentro do prazo
e do orçamento estabelecidos. Ao adotar as práticas de gestão de projetos, as organizações podem
maximizar suas chances de sucesso e obter resultados consistentes.

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