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Além disso, nos trechos e dispositivos mais importantes para a prova do concurso da
PM PA, constam algumas explicações para facilitar a compreensão do aluno.
Galera, fiquem bastante atentos às novidades legislativas, pois a sua banca poderá
cobrá-las em sua prova.
Bons Estudos!
Rumo à aprovação!!
Pessoal!
CONTEÚDO
Conceito
O Direito Administrativo pode ser definido como o conjunto de normas e princípios que regem a
atividade administrativa do Estado, visando a proteção do interesse público, a organização dos
órgãos e entidades públicas, o exercício dos poderes administrativos e a relação entre a
Administração Pública e os administrados.
Leis e Constituição: As leis e a Constituição Federal (no caso do Brasil) estabelecem as bases
legais para a atuação da Administração Pública. A Constituição, em particular, define os princípios
fundamentais e a estrutura do Estado.
Regulamentos: São normas infralegais elaboradas pelo Poder Executivo (como decretos e
regulamentos) para detalhar a aplicação das leis.
O Direito Administrativo é dividido em dois grupos: o Direito Público, o qual tem a finalidade de
regular os interesses da coletividade e o Direito Privado que tem por objetivo regulamentar os
interesses entre os particulares.
Nesse viés é possível afirmar que o administrador público somente poderá realizar o que está
descrito na lei, enquanto que o administrador privado pode realizar tudo o que a lei não proíba.
A Administração Pública é composta de entes políticos e entes administrativos, que, por sua vez, são
compostos por órgãos públicos.
As prerrogativas da administração são típicas do direito público, fato que não existe no direito
privado, no qual predomina a igualdade entre as partes.
De acordo com Marçal Justen Filho, “o regime jurídico de direito público consiste no conjunto de
normas jurídicas que disciplinam o desempenho de atividades e de organizações de interesse
coletivo, vinculadas direta ou indiretamente à realização dos direitos fundamentais, caracterizado
pela ausência de disponibilidade e pela vinculação à satisfação de determinados fins. ”
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, são dois os supraprincípios: a) supremacia do interesse
público sobre o privado; b) indisponibilidade do interesse público.
Isso significa que os interesses da coletividade são mais importantes do que os interesses individuais,
razão pela qual a Administração Pública, como defensora dos interesses públicos, recebe da lei
poderes especiais não extensivos aos particulares.
Além do mais é possível afirmar que tal princípio trata da possibilidade de constituir obrigações para
terceiros mediante atos unilaterais, sendo tais atos imperativos como quaisquer atos do Estado.
Em resumo, é possível dizer que os agentes públicos não são donos do interesse por eles defendido
e, por essa razão, não se admite que renunciem aos poderes legalmente conferidos ou que
transacionem em juízo.
Mazza nos traz dois exemplos de mitigação desse princípio: 1) possibilidade de a Fazenda transigir
nos JEFs; 2) utilização dos mecanismos privados para resolução de disputas nos contratos de
concessão e nas PPPs.
DOS PRINCÍPIOS
Princípios Implícitos
Trata-se da estabilidade das relações jurídicas, evitando mudanças abruptas, sobressaltos e surpresas
decorrentes de ações governamentais.
Ex.: proibição de aplicação retroativa de novas interpretações da lei e das normas administrativas.
Conforme explica Humberto Ávila, o princípio da proteção da confiança legítima integra uma
aplicação subjetivada da segurança jurídica, que é, “representante da eficácia reflexiva do princípio
da segurança jurídica, e igualmente serve de proteção do cidadão em face do Estado”.
Faz-se necessário, portanto, a manutenção dos atos administrativos, ainda que estes sejam
qualificados como antijurídicos, quando verificada a expectativa legítima.
De acordo com Teoria do fato consumado as relações jurídicas consolidas pelo decorrer do tempo,
“amparadas por decisão judicial, não devem ser desconstituídas, em razão do princípio da segurança
jurídica e da estabilidade das relações sociais” (STJ REsp 709.934/RJ).
Os atos das partes podem influenciar a aplicação da teoria, tais como: ausência de dolo e sem
contestação de ninguém, vigorando por anos com aparência de legalidade;
Quando o assunto for concurso público e tutela provisória para nomeação, é necessário defender
que não poderá haver o instituto da posse precária (quando alguém assume cargo mediante tutela
provisória), porque depende de prévia aprovação.
Conforme o STJ a teoria do fato consumado estabelece que “as situações jurídicas consolidadas pelo
decurso do tempo, amparadas por decisão judicial, não devem ser desconstituídas, em razão do
princípio da segurança jurídica e da estabilidade das relações sociais” (STJ, REsp n.º 709.934/RJ, Rel.
Min. HUMBERTO MARTINS, J. 21/06/2007).
O princípio da continuidade dos serviços públicos significa que o fornecimento de serviço prestado
ao cidadão não pode ser interrompido, pois são serviços relevantes.
Tome nota!
Entretanto, existem algumas exceções a esse princípio, como: (I) situações emergenciais; (II) caso
fortuito e força maior; (III) interrupção por aviso prévio, quando justificada por razões de ordem
técnica; (IV) inadimplência do usuário.
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Cumpre frisar que o aviso prévio também é necessário quando há inadimplência do usuário, o que
se dá para priorizar a coletividade, que não pode ser prejudicada.
Princípio da autotutela
É o direito que a Administração tem de anular e revogar seus atos, poderá anular os atos ilegais e
revogar os inoportunos ou inconvenientes.
A revogação ocorre quando o ato não é mais de interesse da Administração, pois passou a ser
inoportuno ou inconveniente (ou seja, não tem a ver com a legalidade).
Princípio da proporcionalidade
Princípio da oficialidade
A oficialidade é um princípio que torna o impulso oficial muito mais amplo no processo
administrativo do que no judicial. Trata-se do poder-dever de instaurar, fazer andar e rever de ofício
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Princípio da especialidade
Princípios expressos
Legalidade
Impessoalidade
Mnemônico: L-I-M-P-E
Publicidade
Eficiência
Princípio da legalidade
O princípio da legalidade dispõe que a administração tem o poder-dever de fazer somente o que
estiver previsto em lei. Diferentemente do que ocorre na órbita privada, onde o indivíduo pode fazer
tudo o que a lei não vede.
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É dizer: o particular pode fazer tudo que não for proibido pela lei (trata-se do princípio da autonomia
da vontade)
À Administração Pública: a Administração Pública apenas pode agir quando houver previsão
legal (princípio da legalidade estrita).
Princípio da impessoalidade
Este princípio determina que o Estado deverá agir de maneira imparcial, ou seja, é o dever de realizar
o interesse público sem a promoção do servidor público ou autoridade que realizou o ato.
Princípio da finalidade (= interesse público): o ato administrativo deve seguir o fim público e a
finalidade discriminada em lei.
Validado dos atos dos agentes de fato: entende-se como agente de fato aquele cuja investidura
no cargo ou seu exercício esteja maculada por algum vício, como, por ex., agente que não possui
formação universitária exigida em cargo público, etc.
Princípio da moralidade
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Ex.: Organizações Sociais que, apesar de não precisarem fazer concurso público para contratar
pessoal, devem adotar um processo de seleção imparcial e moral.
Princípio da publicidade
O princípio da publicidade diz respeito a divulgação dos atos praticados pela Administração Pública,
pois o poder público tem o dever de agir com transparência para que a população tenha ciência de
todos os atos praticados.
Além disso, dá início à produção de efeitos do contrato administrativo, salvo previsão de alguma
condição suspensiva, permitindo a todos os administrados o conhecimento do negócio celebrado.
A publicação resumida do contrato é condição indispensável para a eficácia e deve ser feita em até
5 dias úteis.
“A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”.
Além do mais, existe a possibilidade de mitigação desse princípio diante de situações excepcionais
e justificadas: quando o sigilo for imprescindível à segurança do estado e da sociedade ou para
intimidade dos envolvidos (art. 5º, X, da CF).
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Segundo fundamenta Hely Lopes Meirelles, o princípio da eficiência é caraterizado como, “o que se
impõe a todo o agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento
profissional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser
desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e
satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros”, e além disso diz que
“o dever da eficiência corresponde ao dever da boa administração”
Tome nota
Quando se fala em eficiência na administração pública, significa que o gestor público deve gerir a
coisa pública com efetividade, economicidade, transparência e moralidade visando cumprir as metas
estabelecidas.
Segundo Alexandre de Moraes, o princípio da eficiência é o que impõe à administração pública direta
e indireta e a seus agentes a persecução do bem comum, por meio do exercício de suas
competências de forma imparcial, neutra, transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e sempre
em busca da qualidade, primando pela adoção dos critérios legais e morais necessários para melhor
utilização possível dos recursos públicos, de maneira a evitarem-se desperdícios e garantir-se maior
rentabilidade social.
Estado: O Estado é uma entidade política soberana que exerce autoridade sobre um território e
sua população. Ele é composto por três elementos principais:
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Povo São os habitantes que vivem dentro desse território e estão sujeitos às leis e
autoridade do Estado.
Soberania Isso significa que o Estado tem o poder supremo e independente de tomar
Esses três elementos - Estado, governo e administração pública - estão interligados e desempenham
papéis cruciais na governança de um país. O Estado é a estrutura mais ampla que engloba o território
e a população, o governo é responsável pela liderança política e pelas decisões executivas, e a
administração pública executa as políticas e programas estabelecidos pelo governo para atender às
necessidades da população. Uma gestão eficiente desses elementos é essencial para o bom
funcionamento de uma nação.
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Conceitos importantes
economia mista.
economia mista.
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apoio.
Entidades políticas
As entidades políticas são os entes federativos previstos na Constituição Federal. São eles:
a) Autoadministração
b) Auto-organização
c) Autogoverno
Entidades administrativas
As entidades administrativas são as pessoas jurídicas de direito público ou privado, criadas pelas
entidades políticas para exercer parte de sua capacidade de autoadministração.
Este tópico é um dos assuntos mais relevantes do Direito Administrativo, pois ele serve de base para
o entendimento da maior parte da disciplina.
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Centralização
Descentralização
Desconcentração
Concentração
Centralização
Ocorre quando a entidade política (Administração Direta) realiza a execução das tarefas
administrativas pelo próprio Estado, por meio de órgãos internos integrantes da administração
direta.
Ex.: Órgãos de segurança, como: polícia civil, polícia militar, guarda municipal, bombeiro; e órgãos
de arrecadação, como: secretaria da receita federal, secretaria das receitas estaduais e municipais.
Descentralização
Também é conhecida como descentralização por serviços / descentralização por serviço / outorga /
técnica / funcional. O Estado cria uma nova entidade (uma pessoa jurídica) e a ela transfere
determinado serviço público. É o que ocorre na criação das entidades da administração indireta.
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Mediante lei.
Também é chamada descentralização por colaboração. O Estado transfere por contrato (concessão
ou permissão) ou por ato unilateral (autorização) unicamente a execução do serviço, para que a
pessoa delegada o preste à população, em seu próprio nome e por sua conta e risco, sob fiscalização
do Estado.
Desconcentração
Criam Órgãos Públicos. É uma técnica de distribuição interna de competências. Esses Órgãos não
possuem Personalidade Jurídica Própria e possuem relação de subordinação e hierarquização.
Denominando-se, assim, as chamadas Secretárias.
Concentração
É uma técnica administrativa que promove a extinção de determinado órgão público. Uma pessoa
jurídica integrante da Administração Pública extingue órgãos antes existentes em sua estrutura,
reunindo em um número menor de unidades as respectivas competências.
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Órgãos públicos são centros de competências – sem personalidade jurídica – instituídos para o
desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica
a que pertencem.
O alemão Otto Gierke, fez a comparação do Estado com o corpo humano, segundo ele o Estado
seria uma pessoa com personalidade e os órgãos seriam partes integrantes do Estado.
De acordo com ele, os órgãos são centros de competências que tem o objetivo de desempenhar
funções públicas, e são ligados à pessoa jurídica a que pertencem. Toda conduta dos agentes é
imputada ao órgão, que é ligado ao ente (e este ente é quem responde civilmente). Essa teoria
substitui as teorias do mandato e da representação.
Nosso ordenamento adota a teoria da imputação volitiva, a qual sustenta que o agente público
atua em nome do Estado.
Os órgãos são criados por meio de desconcentração, com a finalidade de desempenhar funções
estatais, podem ser parte da administração direta ou indireta (dependendo da pessoa jurídica
original).
Há diversos critérios que tratam da classificação dos órgãos públicos. No entanto, a mais utilizada
nas provas de concursos públicos é a classificação dada por Hely Lopes Meirelles, um dos principais
doutrinadores do Direito Administrativo no Brasil.
O referido autor classifica órgãos públicos quanto à: composição, estrutura, posição estatal e
atuação.
a) quanto à composição
Segundo essa classificação, os órgãos públicos podem ser definidos como: singulares ou colegiados.
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II) colegiados: também conhecidos como órgãos pluripessoais, são aqueles formados por vários
agentes e as decisões são tomadas por meio de uma deliberação coletiva. Exemplo de órgão
colegiado: Conselho Nacional de Justiça, Poder Judiciário, dentre outros.
b) quanto à estrutura
Quanto à sua estrutura os órgãos públicos podem ser classificados como simples (ou unitários) e
compostos.
I) simples: possuem um único centro de competência, não possui outro órgão em sua estrutura que
o auxilie na aplicação de suas funções. Esses órgãos contam com estruturas simplificadas, sem
subdivisões, como acontece em órgãos maiores.
II) compostos: são formados pela união de diversos órgãos menores. Sob a supervisão de um órgão
chefe, as suas incumbências são distribuídas por outros centros de competência. São bons exemplos:
Ministérios de Estado, Secretarias Estaduais e Municipais.
Independentes
Autonômos
Superiores
Subalternos
I) independentes: são os órgãos que decorrem diretamente da Constituição, sem que tenham
subordinação hierárquica a qualquer outro. Cúpula dos poderes.
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II) locais: atuam apenas em parte do território como é o caso das Delegacias de Polícia.
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Autarquias
São Pessoas jurídicas de direito público, que fazem parte da Administração Pública Indireta.
Possuem as seguintes características:
Criadas e extintas por lei específica: como a criação se dá por lei, não é necessário registrar nos
órgãos de registros públicos.
a) Autarquias corporativas
Tais conselhos são autarquias corporativas. Por isso, são pessoas jurídicas de direito público;
Exige-se concurso público para contratação dos agentes, que podem ser celetistas.
Tome nota!
I) agência reguladora
A agência executiva é uma autarquia ou fundação pública que recebe uma qualificação jurídica para
conseguir uma maior autonomia. É um título atribuído pelo governo federal.
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c) Fundações
As Fundações públicas podem ter natureza jurídica de direito privado ou de direito público.
Quando são de direito público, podem, também, ser chamadas de fundação autárquica, são
efetivamente criadas por lei. Dessa forma, elas ganham a personalidade jurídica no momento da
vigência da lei instituidora. Lei complementar definirá as áreas de sua atuação.
Por outro lado, as fundações Públicas de direito privado recebem autorização legislativa para
criação, mas dependem do registro do ato constitutivo no registro civil de pessoas jurídicas para que
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É equiparada a uma autarquia (e por isso Necessita de registro civil (assim como as empresas
A Empresa Pública é uma pessoa jurídica de Direito Privado, seu capital é exclusivamente público,
além disso, poderá ser constituída em qualquer forma das modalidades empresariais.
Já a Sociedade Economia Mista é uma estatal com capital misto, contudo, a maior parte do capital
deverá pertencer a um ente da Administração Pública. Além disso, por determinação legislativa a
SEM deverá ser constituída na forma de Sociedade Anônima (SA).
Não se sujeitam aos precatórios, salvo se: prestarem serviços públicos em regime não concorrencial.
Tribunais de Contas podem controlar as contas das estatais (pois há transferência de recursos
públicos a elas), exceto quando forem exploradoras de atividade econômica no que diz respeito à
atividade-fim.
Regime de trabalho:
Celetista;
Demissão dos funcionários da ECT exige procedimento formal (quanto às demais, STF afirmou
que não possui entendimento consolidado – RE 589.998).
Se a Sociedade de Economia Mista tiver ações negociadas na bolsa com finalidade de remunerar
capital dos controladores e acionistas, ela não tem direito à imunidade tributária recíproca, mesmo
que preste serviço público.
Tome nota!
Imunidade tributária recíproca é aquela em que um ente (U/E/DF/M) não pode cobrar tributo do
outro.
c) Empresa Pública
Pessoa jurídica de direito privado, com capital exclusivamente público, poderá ser constituída em
qualquer uma das modalidades empresariais admitidas em direito.
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Criação Criada por lei Autorizada por lei Autorizada por lei Autorizada por
específica lei
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a) Empresas controladas
São pessoas de direito privado adquiridas integralmente ou com parcela de seu capital social
assumido por empresa estatal.
b) Empresas subsidiárias
São pessoas jurídicas de direito privado criadas para integrar um grupo empresarial encabeçado por
uma empresa-matriz estatal.
Podem ser subsidiárias integrais (entidade matriz detém a totalidade do capital) ou subsidiária
controlada (quando a matriz detém apenas o controle societário).
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Dispensa-se autorização legislativa expressa para criação de subsidiária quando já houver previsão
na lei de criação da Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista (ainda que seja genérica – ADI
1.649).
Além disso, dispensa autorização legislativa expressa para vender controle acionário (info 1018). Em
palavras mais simples: como não se exige lei específica para criar, também não será exigida lei
específica para “vender”.
ATOS ADMINISTRATIVOS
Ao utilizar essa manifestação unilateral, utiliza-se das prerrogativas de direito público, fazendo uso
de sua superioridade.
Nem todo ato praticado pela administração pública é ato administrativo. O ato administrativo apenas
existirá quando a administração atua com as suas prerrogativas de direito público.
No sentido de conceituar ato administrativo podemos citar algumas definições dos principais
autores, vejamos:
José dos Santos Carvalho Filho: “[...] a exteriorização da vontade de agentes da Administração Pública
ou de seus delegatários, nessa condição, que, sob regime de direito público, vise à produção de
efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público. ”
Maria Sylvia Zanella Di Pietro: “[...] pode-se definir ato administrativo como a declaração do Estado
ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime
jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário. ”
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De maneira geral o conceito de ato administrativo, envolve declaração unilateral de vontade; vontade
da administração; finalidade de interesse público.
Tome nota!
Para a doutrina majoritária, o silêncio não é propriamente ato administrativo, mas sim fato
administrativo, o qual pode gerar consequências jurídicas, como a prescrição e a decadência. E,
realmente, não é ato, pois falta, ao silêncio, a declaração de vontade, algo que é essencial ao conceito
de ato administrativo. O silêncio é o oposto disso: é ausência de manifestação. E não há ato sem a
declaração de vontade.
Atos da administração A administração pratica sem as prerrogativas públicas. Ex.: compra e venda e
locação.
Ato administrativo é aquele pelo qual, mediante autorização legal, o titular abre mão de um
abdicativo direito. A peculiaridade desse ato é seu caráter incondicional e irretratável.
Móvel dos atos É a vontade pessoal e psíquica que move o agente público na elaboração dos
administrativos atos administrativos. Ex. de como foi cobrado (considerado errado): "o MÓVEL
DOS ATOS ADMINISTRATIVOS é a situação real que justifica a edição legítima
do ato administrativo".
Para Celso Antônio Bandeira de Mello, o móvel seria importante apenas para
os atos discricionários que exigem a análise subjetiva do agente na escolha
entre as opções de atuação conferidas pela legislação. Rafael Rezende defende
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Atos de administradores de empresa estatal também podem ter natureza de ato administrativo. Ex.:
decisões que indeferem requerimento de informações sobre os serviços públicos prestados pela empresa.
Ato unilateral: é aquele que é formado pela manifestação de vontade da Administração Pública.
Classificações
a) Ato vinculado
É aquele praticado pela Administração Pública sem qualquer margem de liberdade / escolha.
Uma vez que os requisitos legais forem preenchidos a Administração é obrigada a praticar o ato nos
exatos termos da lei.
b) Ato discricionário
Limites:
Lei
É praticado apenas no aspecto da legalidade. Mas, além disso, também deve ser observado o aspecto
de mérito.
a) Atos gerais
Os atos gerais ou normativos são aqueles que possuem destinatários indeterminados, ou seja, não
sabemos as pessoas que serão atingidas por aquele ato.
Por possuir caráter genérico, atingem todos aqueles que se enquadrarem na situação descrita.
b) Atos individuais
Os atos individuais ou especiais são aqueles que possuem destinatários, certos, determinados, ou
seja, sabemos quem serão os atingidos pelo ato.
Além disso podemos dizer que produzem efeitos nos casos concretos.
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a) Ato simples
É aquele ato formado pela manifestação de vontade de um órgão, podendo ser unipessoal ou
colegiado. O número de agentes que participa do ato não é relevante, desde que se trate de uma
vontade unitária. Um ato simples poderá ser um despacho manifestando a vontade do colegiado de
um órgão, por exemplo.
b) Ato complexo
É aquele formado pela manifestação de vontade de dois ou mais órgãos, produzindo um ato.
Mnemônico
Complexo – exo – lembra sexo – Dois ou mais órgãos que se unem para praticar o mesmo ato.
c) Ato composto
Porém, é necessário a aprovação da vontade (ato acessório / instrumental), que é feita por outro
órgão.
Neste caso, há dois atos distintos, ou seja, um ato principal e um ato acessório.
Ex.: Homologação.
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Ato Dois atos, sendo um principal e outro acessório; o ato principal depende do
composto acessório para a produção de efeitos. Ex.: homologação.
Ato Manifestação de dois ou mais órgãos; único ato. Ex.: Portaria interministerial.
complexo
a) Ato de império
b) Ato de gestão
É aquele ato que a administração pratica sem utilizar a sua supremacia, são atos praticados em
situação de igualdade com os particulares.
c) Ato de expediente
São aqueles atos internos, que não possuem conteúdo decisório, apenas se destinam a dar
andamento aos processos. Além disso, os atos de expediente não geram efeitos vinculantes nem
possuem forma específica.
a) Ato perfeito
É aquele que completou o seu ciclo de formação, ou seja, todas as etapas foram realizadas.
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Caso o ato não esteja de acordo com a lei ele será inválido.
c) Ato eficaz
É aquele ato que está apto para produção de efeitos, é um ato que independe de evento posterior
para produzir seus efeitos.
Se o ato não está apto a produzir os seus efeitos ele será ineficaz.
São os chamados requisitos de validade. Requisitos que devem ser observados para que o ato seja
válido.
Competência
Forma
Motivo
Objeto
Mnemônico: CO-FI-FO-MO-OB
a) Competência
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b) Finalidade
A finalidade está ligada ao objetivo, o qual, o interesse público pretende atingir. Todo ato
administrativo é praticado necessariamente com um fim público. Além disso, é importante deixar
claro que podem existir vícios na finalidade e esses vícios são chamados de desvio de finalidade ou
desvio de poder.
Não se pode praticar o ato com fins privados, nem para beneficiar amigos e prejudicar inimigos.
A finalidade que deve ser observada é aquele prevista em lei para o ato.
c) Forma
A forma é a manifestação do ato no mundo externo, ou seja, o jeito como o ato é praticado. Como
regra, o ato é formal e escrito.
d) Motivo
O motivo é a situação de direito ou de fato, o qual, autoriza a realização do ato administrativo. Além
disso, o motivo pode ser um elemento vinculado, previsto em lei, ou discricionário, a critério do
administrador.
No caso da vinculação o ato será praticado de acordo com as diretrizes legais, a lei descreverá
exatamente como o ato deverá ser praticado e na discricionariedade, a lei traz diversos objetos e
que serão escolhidos a critério do administrador.
Situação fática (fatos – o que aconteceu no caso concreto) e jurídica (o que está na lei) que justifica
a prática do ato.
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O objeto, o qual, também pode ser chamado de conteúdo, é o efeito jurídico produzido pelo ato
administrativo. Seria o que o ato enuncia, prescreve ou dispõe.
Em resumo o objeto pode ser definido como: conteúdo, de efeito imediato, pode ser vinculado ou
discricionário, lícito, possível e certo.
A Teoria dos motivos determinantes entende que uma vez motivado o ato, a validade está vinculada
aos motivos que o fundamentam. Dessa maneira, se os motivos indicados não existirem, o ato será
nulo. Portanto, os motivos alegados para prática do ato devem ser verdadeiros.
A Teoria se aplica aos atos discricionários ou vinculados e quando a motivação for ou não obrigatória.
Tome nota!
Ex.: exoneração do titular de um cargo em comissão. A motivação neste caso não é exigida, mas,
se por acaso a motivação for feita, aplica-se esta teoria.
Discricionariedade
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Atributos
Autoexecutoriedade
Tipicidade
Imperatividade
Mnemônico: PATI
De acordo com esse atributo pressupõe-se que os atos estão de acordo com a lei, até que se prove
o contrário, ou seja, são legítimos, legais, lícitos ou válidos.
b) Autoexecutoriedade
Atributo que permite a Administração Pública executar as suas decisões de forma direta, imediata.
Sem necessidade de intervenção judicial, inclusive com o uso da força, caso seja necessário.
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c) Tipicidade
Nem todo doutrinador entende que a tipicidade é um atributo. Esse atributo está presente na obra
de Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Segunda a doutrinadora, tal atributo deve corresponder a figuras
definidas em lei para que produzam resultados.
Ou seja, a tipicidade exige que haja uma previsão legal do ato administrativo. Deve ser previsto em
lei.
Todo ato administrativo unilateral possui esse atributo. Se for ato administrativo bilateral, há doutrina
que diga que não possui esse atributo.
d) Imperatividade
É decorrente do poder de império / extroverso, ou seja, o poder público pode editar atos que estão
relacionados a terceiros e não somente para o sujeito que o emitiu.
Como impõe obrigações a terceiros, os atos administrativos são impostos de forma unilateral pelo
Estado independente da anuência (concordância) dos administrados.
Nem todo ato possui o atributo da imperativdade, como, por exemplo, os atos negociais.
Os agentes putativos são sujeitos que desempenham uma atividade pública presumindo que seja
legítima, mesmo que a investidura no cargo não tenha sido dentro do procedimento exigido.
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Ex.: entrou em exercício sem tomar posse e ninguém Ex.: bombeiro pede ajuda para cidadão ajudá-lo.
Tome nota!
Usurpador de função: fingindo ser agente público com uma finalidade ilícita. Os atos por ele
praticados não são ilegais, mas inexistentes.
A extinção é o desfazimento do ato administrativo. Retirada do ato do mundo jurídico. O ato deixa
de existir.
I) Anulação (invalidação)
A anulação também pode ser chamada de invalidação e é o desfazimento de um ato ilegal / inválido.
Pode ser decretada pela própria administração (autotutela) – de ofício ou a requerimento. Mas
como a lei foi violada, o ato também pode ser anulado pelo Poder Judiciário, que deverá ser
provocado (princípio da inércia).
A anulação poderá incidir tanto em atos vinculados quanto discricionários – não olha o mérito,
apenas os aspectos de sua legalidade.
A anulação possui efeitos retroativos – retroage a data da prática do ato. Trata-se do efeito “ex tunc”.
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Prazo decadencial de 5 anos, quando o destinatário estiver de boa-fé. Caso esteja de má-fé, a
anulação do ato poderá ser feita a qualquer momento.
II) Revogação
O ato é válido. Não há ilegalidade, pois foi praticado conforme a lei. No entanto, a administração
pública fez o juízo de conveniência e oportunidade e verifica que o ato não coaduna mais com o
interesse público.
Decretada apenas pela própria Administração Pública (autotutela – controle dos próprios atos)
A revogação possui efeitos não retroativos (prospectivos). Trata-se do efeito “ex nunc”.
Qual o prazo que a administração pública tem para revogar seus atos?
Ato vinculado
Mero ato administrativo (aquele ato cujos efeitos dependem de um outro ato, ex.: atestado,
certidão)
O Poder Judiciário não revoga ato dos outros. Mas revoga seus próprios atos quando atua em sua
função administrativa.
III) Cassação
Ex.: tinha licença para jogar entulho no terreno, vem nova lei proibindo tal prática.
Tome nota!
V) Contraposição
Anulação Ilegal
Cassação Penalidade
Convalidação
Os seus efeitos são retroativos – “ex tunc”, ou seja, sana o vício desde sua origem.
Ao Poder Judiciário cabe anular atos administrativos ilegais e não a sua convalidação.
Tome nota!
Como regra, se o vício for no elemento competência (salvo competência exclusiva, que não pode
ser delegada, e competência em razão da matéria) ou na forma (salvo se a forma for essencial à
validado do ato) poderá ser convalidado.
“FoCo na convalidação”.
Ordinatório Atos internos (ordens que a administração pública profere para ser órgãos e
servidores subordinados. Decorre do poder hierárquico. Aqueles que disciplinam o
funcionamento da Administração Pública, incluindo as condutas dos seus agentes.
Ex.: ordens de serviço, memorando, circulares internas, instruções, avisos, portaria.
Negociais São casos em que o particular precisa da anuência da administração pública. Não são
imperativos, coercitivos, autoexecutórios. Ex.: Licenças, autorizações, permissões,
homologação, visto.
Enunciativo É aquele ato que não representa uma manifestação de vontade propriamente dita. A
administração pública simplesmente emite uma opinião (juízo de valor). Apenas
declara uma situação. Ex.: atestado, parecer, certidão, apostila. Externam ou declaram
uma situação existente em registros, processo ou arquivos públicos sem qualquer
manifestação de vontade original da Administração).
Punitivo Tem o objetivo de punir a prática de infrações administrativas. Pode estar punindo
um servidor, particular ou particular com vínculo.
Mnemônico: NONEP
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Os pareceres podem ser facultativos (meramente opcional), obrigatórios (exige-se o parecer para a
realização do ato, mas é mera opinião, podendo a autoridade dele divergir) ou vinculantes (a
autoridade não pode divergir dele, nesse caso deixa de ser mera opinião).
PODERES ADMINISTRATIVOS
A Administração Pública possui algumas prerrogativas para a realização das atividades, essas
prerrogativas são chamadas de poderes. Já em decorrência da indisponibilidade do interesse
público, o administrador está vinculado ao que a lei impõe. Essas obrigações são denominadas de
deveres administrativos.
Deveres da administração
a) Poder dever de agir: significa que ao mesmo tempo que a Administração Pública possui
competência para atuar e atender as necessidades públicas, ela possui o dever de agir, ou seja, tem
uma obrigação em benefício da coletividade.
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c) Dever de prestar contas: esse dever é imposto a qualquer órgão ou agente que tenha
responsabilidade pela conservação ou gestão de bens públicos, inclusive particulares que tenham
responsabilidade por algum recurso público.
d) Dever de eficiência: tem relação com a qualidade na prestação do serviço, deve prezar pela
celeridade, economicidade e perfeição técnica.
Abuso de poder
O abuso de poder é o uso irregular do poder. Trata-se um vício que torna o ato administrativo
nulo.
Esse abuso é a conduta do gestor demarcada pela ilegalidade, que pode se subdividir em: ausência
de competência, falta de interesse público e por meio da omissão.
Quadro comparativo entre excesso de poder e desvio de poder (MAZZA, op. cit., p. 409).
Exorbitância de competência: o agente vai além da Ato visando interesse diverso do interesse público.
sua competência.
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Para iniciarmos propriamente o assunto poderes, vejamos alguns conceitos trazidos por
doutrinadores renomados:
Para José dos Santos Carvalho Filho poderes é o “conjunto de prerrogativas de direito público que
a ordem jurídica confere aos agentes administrativos para o fim de permitir que o Estado alcance
seus fins”.
Para Hely Lopes Meirelles cada agente público “é investido da necessária parcela de poder público
para o desempenho de suas atribuições”. É este poder “que empresta autoridade ao agente público
quando recebe da lei competência decisória e força para impor suas decisões aos administrados”.
Poder vinculado
Poder discricionário
Poder disciplinar
Poder hierárquico
Poder normativo
Poder regulamentar
Poder de polícia
Poder vinculado
A lei atribui competência e define todos os aspectos da conduta a ser praticada. Não há margem
de liberdade para o agente escolher a melhor forma de agir (competência, forma e finalidade são
requisitos sempre vinculados; motivo e objeto, não);
De acordo com Hely Lopes Meirelles, “atos vinculados ou regrados são aqueles para os quais a lei
estabelece os requisitos e condições de sua realização”.
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Poder discricionário
A lei atribui competência, mas reserva certa margem de discricionariedade para que, diante da
situação concreta, o agente possa selecionar a opção mais apropriada para a defesa do interesse
público.
Para Hely Lopes Meirelles, “discricionários são os que a Administração pode praticar com liberdade
de escolha de seu conteúdo, de seu destinatário, de sua conveniência, de sua oportunidade e de seu
modo de realização”.
O Poder Discricionário está ligado, inclusive com a revogação, pois quando um ato discricionário é
praticado e em seguida a administração considera que não é mais conveniente ou oportuno, poderá
haver a revogação desse ato.
Além disso, é importante frisar que o poder discricionário também encontra limites na lei, caso um
ato seja praticado com alguma ilegalidade disfarçada de discricionariedade, poderá haver a anulação,
a esse procedimento dá-se o nome de controle de legalidade.
Poder disciplinar
É a possibilidade da Administração aplicar punições aos agentes públicos que cometem infrações
funcionais.
Esse poder tem relação com a natureza, a gravidade da infração e com os danos que ela causar ao
serviço público.
Poder interno: só se aplica aos particulares quando eles forem contratados da Administração;
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O poder disciplinar pode ser aplicado ao particular que celebrou contrato com a Administração,
particular que participa de licitação, presidiários, estudantes de escola pública, pacientes de hospital
público, concessionários, permissionários e autorizatários de serviço público.
Já para o servidor, pode ser aplicado o poder disciplinar quando o servidor comete infrações
funcionais que são punidas com: advertência, suspensão, demissão, destituição de cargo
comissionado, cassação de aposentadoria, cassação de disponibilidade.
Tome nota!
Poder hierárquico
É o poder da administração para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos e ordenar e rever
a atuação de seus agentes, estabelecendo relação de subordinação entre os servidores do seu
quadro de pessoal.
a) Poder interno: só se manifesta dentro da mesma pessoa jurídica. Lembrando que não há
hierarquia entre administração direta e indireta.
De acordo com Hely Lope Meirelles “O Poder hierárquico tem por objetivo ordenar, coordenar,
controlar e corrigir as atividades administrativas, no âmbito interno da Administração Pública (...) Do
poder hierárquico decorrem faculdades implícitas para o superior, tais como a de dar ordens e
fiscalizar o seu cumprimento, a de delegar e avocar atribuições, e a de rever os atos dos inferiores
(...) Fiscalizar é vigiar permanentemente os atos praticados pelos subordinados, com o intuito de
mantê-los dentro dos padrões legais e regulamentares instituídos para cada atividade
administrativa.”
Além disso, a manifestação do Poder Hierárquico pode ocorrer das seguintes maneiras: dar ordens
aos subordinados, controle de atividades de órgãos inferiores, delegação de atribuições, avocação
de atribuições, aplicação de sanções aos servidores e edição de atos normativos.
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órgãos
Aplica sanções
Há distribuição de funções
Sujeitos internos da
Poder normativo
Segundo a doutrina o poder normativo é mais amplo e mais genérico do que o "poder
regulamentar", pois permite a edição de todas as categorias de atos (regimentos, instruções,
deliberações, resoluções e portarias).
É um poder que apenas complementa a lei, não podendo alterar ou modificar o seu entendimento.
Poder regulamentar
De maneira geral o poder regulamentar é mais restrito que o "poder normativo", pois é a
possibilidade de edição de decretos e regulamentos, tidos como atos administrativos gerais.
ATENÇÃO: esse poder dispensa previsão na lei a ser regulamentada.
Além disso, decorre do poder hierárquico; se estende aos chefes do executivo federal, estadual e
municipal;
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“O poder regulamentar como uma das formas pelas quais se expressa a função normativa do
Poder Executivo pode ser definido como o que cabe ao Chefe do Poder Executivo da União,
dos Estados e dos Municípios, de editar normas complementares à lei, para sua fiel execução”.
Existem variadas situações em que o Poder Regulamentar está presente na Administração Pública,
vejamos:
a) Decretos regulamentares ou de execução: via de regra, as leis são editadas de maneira geral,
necessitando de uma complementação posterior. Nesse sentido, é que funcionam os decretos
regulamentares ou de execução, para garantir a execução das leis. Lembrando que os decretos não
trazem inovações para a lei, são atos secundários.
c) Regulamentos autorizados ou delegados: são autorizações dadas pela Lei para que o Poder
Executivo regule situações do texto legal. Esses regulamentos são utilizados para editar normas
técnicas, por exemplo.
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Poder de polícia
Art. 78. Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou Liberdade, regula a prática do ato ou abstenção do fato em
razão do interesse público concernente à segurança à higiene à ordem aos costumes à
disciplina da proteção e do mercado ao exercício das atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do poder público a tranquila pública ou ao respeito à propriedade
e aos direitos individuais e coletivos.
Dessa maneira, podemos dizer que poder de polícia é a imposição de limites à liberdade e
propriedade dos particulares. Trata-se de poder do Estado utilizado para condicionar, restringir,
limitar, frenar o exercício das atividades particulares em busca do interesse público.
Os atos não são concretos, são normativos, ou seja, sem destinatários individualizados.
a) Atributos
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autorização do Judiciário.
Discricionariedade
Autoexecutoriedade
b) Ciclos
Ordem é a norma legal que estabelece as restrições e as condições para o exercício das
atividades privadas (para o STF, é o único indelegável);
Sanção é a medida coercitiva aplicada ao particular que descumpre a ordem de polícia. Ex.:
multa de trânsito, interdição do estabelecimento;
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Consentimento
Fiscalização
Sanções
Momento da Jurisprudência
Para o STF:
Ordem e sanção são indelegáveis, pois são aplicadas com coercibilidade (para o STF, só a ordem
seria indelegável – vide abaixo).
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PODER DE POLÍCIA
ADMINISTRATIVA JUDICIÁRIA
de crimes
público
Fundamento constitucional
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I) Teoria da irresponsabilidade: Essa teoria foi adotada no período dos Estados Absolutistas onde
se tinha a ideia de que igreja e Estado eram considerados um só.
De acordo com essa Teoria o Estado não responde civilmente, pois é representante de DEUS, que
não erra.
a) Atos de império X atos de gestão: o Estado não responde por atos de império, mas responde
por atos de gestão, caso em que sua responsabilidade será SUBJETIVA.
c) Culpa do serviço (faut du service ou culpa anônima): não precisa provar a culpa do agente,
mas apenas que (i) o serviço não foi prestado; (ii) foi prestado com falha ou (iii) foi prestado com
atraso.
III) Teorias publicistas: A responsabilidade do Estado passa a ser objetiva. São duas:
b) Teoria do risco integral: A regra no Brasil é a teoria do risco administrativo, mas em casos
excepcionais, é adotada a teoria do risco integral. De acordo com essa teoria o Estado é
responsabilizado e obrigado a indenizar, não podendo utilizar nenhuma excludente. Além disso,
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Dano nuclear
Art. 21. [...] XXIII, CF/1988. Compete à União – explorar os serviços e instalações nucleares
de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento
e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados,
atendidos os seguintes princípios e condições: d) a responsabilidade civil por danos nucleares
independe da existência de culpa.
Lei nº 10.744/2003 - Art. 1º Fica a União autorizada, na forma e critérios estabelecidos pelo
Poder Executivo, a assumir despesas de responsabilidades civis perante terceiros na hipótese
da ocorrência de danos a bens e pessoas, passageiros ou não, provocados por atentados
terroristas, atos de guerra ou eventos correlatos, ocorridos no Brasil ou no exterior, contra
aeronaves de matrícula brasileira operadas por empresas brasileiras de transporte aéreo
público, excluídas as empresas de táxi aéreo.
Dano ambiental
Excludentes
Aplicam-se normalmente todas as excludentes do nexo de causalidade (caso fortuito, força maior e
culpa exclusiva da vítima). Na hipótese de culpa concorrente, deve ser diminuído o valor da
indenização.
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Culpa exclusiva da vítima: o dano é causado pela própria pessoa que se lesou;
Culpa de terceiro: quando o ato foi praticado por outra pessoa (e não um agente do público).
Tome nota!
Nos termos do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal, não se caracteriza a responsabilidade civil
objetiva do Estado por danos decorrentes de crime praticado por pessoa foragida do sistema
prisional, quando não demonstrado o nexo causal direto entre o momento da fuga e a conduta
praticada. STF. Plenário. RE 608880, Rel. Min. Marco Aurélio, Relator p/ Acórdão Alexandre de
Moraes, julgado em 08/09/2020 (Repercussão Geral – Tema 362) (Info 993).
Responsabilidade do Estado
Em 2019, o STF pacificou, em sede de repercussão geral, a teoria da DUPLA GARANTIA, segundo a
qual a vítima só pode ajuizar a ação contra o Poder Público, e não contra o agente público causador
do dano, uma vez que o servidor tem, a seu favor, a garantia de só ser processado via ação de
regresso proposta pelo Estado.
Para o STF, a necessidade de ação de regresso (Estado X agente) representa uma dupla garantia: 1)
em favor do particular: que ajuíza ação diretamente contra quem pode pagar; 2) em favor do agente
público: que somente responderá futuramente.
1º passo: ação do cidadão contra o ente público (U/E/DF/M). Nessa ação, não se verifica se o agente
que causou o dano agiu com culpa ou dolo.
2º passo: ação de regresso: depois que ressarcir o cidadão, o Estado vai entrar com uma ação contra
o agente que praticou o ato e, nesse caso, irá verificar se ele agiu com culpa ou dolo. Se ele não teve
nem mesmo culpa, não vai pagar pelo erro.
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Com base nas explicações acima, um ponto merece ATENÇÃO: a responsabilidade do estado é
objetiva, mas a do servidor é subjetiva.
Direito de regresso
O Estado propõe ação regressiva contra o agente causador do dano, quando há dolo ou culpa. Nesse
tipo de ação, o Estado já foi processado pela vítima e condenado a pagar indenização. Dessa maneira,
é cabível ao Estado propor ação regressiva contra o agente público, para que ele ressarça o Estado.
Além disso, existe o instituto da denunciação da lide, o qual, se dá pelo ato de chamar o agente
público a integrar o processo original movido pela vítima contra a administração pública, entretanto,
o STJ entende que, processado apenas o Poder Público, NÃO É OBRIGATÓRIA a denunciação da lide
em face do servidor.
Prazo
Súmula 647 do STJ : São imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e materiais
decorrentes de atos de perseguição política com violação de direitos fundamentais ocorridos
durante o regime militar.
Na doutrina, ainda hoje, a posição majoritária é a de que a responsabilidade civil do Estado em caso
de atos omissivos é SUBJETIVA, baseada na teoria da culpa administrativa (culpa anônima). Assim,
em caso de danos causados por omissão, o particular, para ser indenizado, deveria provar: a) a
omissão estatal; b) o dano; c) o nexo causal; d) a culpa administrativa (o serviço público não
funcionou, funcionou de forma tardia ou ineficiente). Esta é a posição que você encontra na maioria
dos Manuais de Direito Administrativo. Vide: STJ. 2ª Turma. AgRg no REsp 1345620/RS, Rel. Min.
Assusete Magalhães, julgado em 24/11/2015.
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Na jurisprudência do STF, contudo, tem ganhado força nos últimos anos o entendimento de que a
responsabilidade civil por atos OMISSIVOS também é OBJETIVA, com base na teoria do risco
administrativo. (...) A jurisprudência da Corte firmou-se no sentido de que as pessoas jurídicas de
direito público respondem objetivamente pelos danos que causarem a terceiros, com fundamento
no art. 37, § 6º, da Constituição Federal, tanto por atos comissivos quanto por atos omissivos, desde
que demonstrado o nexo causal entre o dano e a omissão do Poder Público. (...) STF. 2ª Turma. ARE
897890 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 22/09/2015. No mesmo sentido: STF. 2ª Turma. RE
677283 AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 17/04/2012.
Deve-se fazer, no entanto, uma advertência: para o STF, o Estado responde de forma objetiva pelas
suas omissões. No entanto, o nexo de causalidade entre essas omissões e os danos sofridos pelos
particulares só restará caracterizado quando o Poder Público tinha o dever legal específico de agir
para impedir o evento danoso e mesmo assim não cumpriu essa obrigação legal. Em caso de
inobservância de seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da CF/88, o Estado
é responsável pela morte de detento. STF. Plenário. RE 841526/RS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em
30/3/2016 (repercussão geral) (Info 819).
Em regra, o Estado não responde por ato jurisdicional. A CF/88 prevê a responsabilidade civil do
Estado apenas quando houver erro judiciário ou excesso de prisão. Nesses casos, haverá
responsabilidade objetiva, ou seja, a obrigação de indenizar independe de culpa ou dolo do
magistrado.
Tome nota!
O Estado poderá ajuizar ação de regresso contra o magistrado, que será responsabilizado quando
tiver agido com dolo ou fraude, ou tiver se recusado a providência que devesse ordenar, sem justa
causa (art. 143, CPC).
COVID-19
Ato administrativo que ensejar violação ao direito à vida, à saúde, ao meio ambiente equilibrado ou
impactos adversos à economia, por inobservância:
Exceção: lei inconstitucional + prejuízo específico e anormal e nos casos de leis de efeitos concretos
(porque são materialmente equivalentes aos atos administrativos).
Situações específicas
União não tem responsabilidade por prejuízos causados no caso de redução de impostos de
importação (Informativo 963 do STF);
Tome nota!
STF entendeu (fev/2019) que o Estado tem responsabilidade civil objetiva para reparar danos
causados a terceiros por cartorários tabeliães e oficiais de registro no exercício de suas funções
cartoriais. Além disso, deve ajuizar ação de regresso contra o responsável pelo dano, nos casos de
dolo ou culpa, sob pena de improbidade administrativa.
Se o agente pratica crime com arma da corporação, o Estado responde objetivamente, mesmo que
ele esteja fora de suas funções. Detalhe: se for policial federal a responsabilidade é da União, se for
guarda municipal, responsabilidade do município;
Matérias ambientais;
62
Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter em seus presídios os
padrões mínimos de humanidade previstos no ordenamento jurídico, é de sua responsabilidade, nos
termos do art. 37, § 6º, da Constituição, a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais,
comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência das condições
legais de encarceramento. STF. Plenário. RE 580252/MS, rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o ac.
Min. Gilmar Mendes, julgado em 16/2/2017 (repercussão geral) (Info 854).
AGENTES PÚBLICOS
Agente público é toda pessoa que presta serviço ao Estado. A Lei 8.429/1992, conceitua agente
público, vejamos: Art. 2º. Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação
ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função [...]
Tome nota
É importante lembrar que agente público e servidor público não são sinônimos. O servidor público
é uma das espécies de agente público.
Agentes Políticos
Agentes Administrativos
Agentes Delegados
Agentes Credenciados
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Os agentes políticos, integram os escalões mais altos do Poder Público, e a natureza do vínculo que
possuem é política. São aqueles que exercem atividade de governo, como os Chefes de Poder
Executivo (presidente, governadores e prefeitos); os auxiliares imediatos do poder executivo
(ministros e secretários estaduais ou municipais); e membros de corporações legislativas (senadores,
deputados e vereadores.
b) Agentes administrativos
São aqueles que possuem um vínculo profissional, ocupam cargos, empregos ou funções públicas
na Administração Direta e Indireta.
c) Agentes honoríficos
São os cidadãos, os quais são designados ou requisitados para exercer uma prestação de serviço
específica. Além disso, não possuem vínculo profissional com a Administração Pública, mas é
necessário saber que para fins penais são considerados funcionários públicos. Jurados e mesários,
são dois exemplos desses agentes.
d) Agentes delegados
São agentes que recebem a responsabilidade de exercer alguma atividade, como os concessionários
e permissionários do serviço público.
e) Agentes credenciados
São os agentes que representam a Administração Pública ou possuem convênio com o poder
público. Um exemplo, são dentistas particulares que atendem pelo SUS e recebem do Estado.
f) Agentes de fato
Os agentes de fato são divididos em agente necessário e agente putativo. Os agentes necessários
praticam atos e atividades em situações de emergência, colaborando com o poder público. Um
exemplo, são os moradores que ajudam quando ocorre alguma tragédia. Já os agentes putativos,
exercem uma função achando ser legítima. O exemplo mais utilizado é o agente praticar atos dentro
da administração sem ter sido aprovado em concurso público.
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Os artigos de maior relevância para o estudo vão do 37 ao 41 da Constituição Federal. Eles serão
transcritos abaixo com alguns comentários pertinentes.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
Comentário:
Neste artigo são tratados sobre os princípios da Administração Pública, os quais já foram tratados
em momento oportuno.
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
Comentário:
O inciso I, trata sobre a acessibilidade dos cargos públicos, a qual, abarca brasileiros natos,
naturalizados e portugueses equiparados, quando houver reciprocidade.
Comentário:
Os cargos em comissão são reservados para funções de chefia, direção e assessoramento. Além
disso, podem ser exercidos tanto por servidores efetivos ou qualquer pessoa que tenha os requisitos
exigidos na lei. Já as funções de confiança são reservadas para servidores efetivos.
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período;
Comentário:
Lembrando sempre que a prorrogação deverá ser por igual período, o concurso não pode ter
validade de dois anos e a prorrogação ser de mais um ano.
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Comentário:
Esse inciso se diferencia da Lei 8.112/90, pois lá diz que não pode ser aberto um novo concurso,
enquanto o anterior ainda estiver vigente, mas pela regra constitucional pode ser aberto sim,
apenas deve ser observada a regra da prioridade de nomeação.
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica
Comentário:
Como não uma lei específica sobre a greve, em tese, a greve de servidores é algo ilegal. Mas para
suprir essa lacuna, é utilizada a lei que disciplina as regras do direito de greve dos servidores
privados.
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público; (Vide Emenda constitucional nº 106, de 2020)
Comentário:
Qualquer alteração na remuneração do servidor deverá ser feita por lei, não podendo ser utilizado
outro ato normativo. Mas é importante salientar que a para o STF essa revisão geral anual não é
obrigatória ser feita por lei.
66
Comentário:
Verbas indenizatórias, como diárias e auxílio moradia não são computadas no teto remuneratório.
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;
Comentário:
Comentário:
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É importante salientar que cargo técnico é aquele que exige nível superior ou técnico específico
(técnico em enfermagem, por exemplo).
Comentário:
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último
caso, definir as áreas de sua atuação;
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos
os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições
efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação
técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas,
terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive
com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da
autoridade responsável, nos termos da lei.
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§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor
ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput
deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
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§ 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de cargo cujas
atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua
capacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação
e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de
origem.
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo,
emprego ou função;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a esse
regime, no ente federativo de origem. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Comentário:
O servidor aposentado pode acumular o seu provento com a remuneração de mandato eletivo, mas
sempre respeitando o teto constitucional. Via de regra, é necessário que o servidor se afaste de seu
70
Além disso, é importante mencionar que durante o afastamento continua contando o tempo de
serviço para tudo, exceto, para promoção e merecimento.
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de
administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos
Poderes.
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII,
XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de
admissão quando a natureza do cargo o exigir.
Comentário:
Os cargos citados no inciso recebem por subsídio em parcela única e obedecem ao teto
remuneratório e a irredutibilidade. Além dos que estão citados na constituição, ganham por subsídio:
membro do poder; detentor de mandato eletivo; ministros e secretários; membros da magistratura;
membros do ministério público; membros da advocacia pública; membros da defensoria pública;
carreiras policiais civis (PF, PRF, PCS...).
71
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de
recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão,
autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e
produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do
serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.
§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos
do § 4º.
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá
caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores
ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro
e atuarial.
I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido, quando
insuscetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações periódicas
para verificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria, na
forma de lei do respectivo ente federativo;
Comentário:
III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e
cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
na idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas,
observados o tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar do
respectivo ente federativo.
§ 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor mínimo a que se refere o §
2º do art. 201 ou superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime Geral de Previdência
Social, observado o disposto nos §§ 14 a 16.
72
§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo
de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência, previamente
submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar.
§ 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo
de contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente penitenciário,
de agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do art. 51, o
inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144.
§ 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo
de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam exercidas
com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação
desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação.
§ 5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima reduzida em 5 (cinco) anos em relação
às idades decorrentes da aplicação do disposto no inciso III do § 1º, desde que comprovem tempo
de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio
fixado em lei complementar do respectivo ente federativo.
§ 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201, quando se tratar da única fonte de renda formal
auferida pelo dependente, o benefício de pensão por morte será concedido nos termos de lei do
respectivo ente federativo, a qual tratará de forma diferenciada a hipótese de morte dos servidores
de que trata o § 4º-B decorrente de agressão sofrida no exercício ou em razão da função.
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será contado para fins de
aposentadoria, observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A do art. 201, e o tempo de serviço
correspondente será contado para fins de disponibilidade
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício.
§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive
quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras
atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante
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§ 12. Além do disposto neste artigo, serão observados, em regime próprio de previdência social, no
que couber, os requisitos e critérios fixados para o Regime Geral de Previdência Social.
§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por lei de iniciativa do
respectivo Poder Executivo, regime de previdência complementar para servidores públicos
ocupantes de cargo efetivo, observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social para o valor das aposentadorias e das pensões em regime próprio de previdência
social, ressalvado o disposto no § 16.
§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos § § 14 e 15 poderá ser aplicado
ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do
correspondente regime de previdência complementar.
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime
de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime
geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os
servidores titulares de cargos efetivos.
§ 19. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do respectivo ente federativo, o servidor
titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para a aposentadoria voluntária e que
opte por permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência equivalente, no
máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar a idade para aposentadoria
compulsória.
§ 21. (Revogado).
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I - requisitos para sua extinção e consequente migração para o Regime Geral de Previdência Social;
V - condições para instituição do fundo com finalidade previdenciária de que trata o art. 249 e para
vinculação a ele dos recursos provenientes de contribuições e dos bens, direitos e ativos de qualquer
natureza;
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual
ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo
de serviço.
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Embora possam gerar confusão, as palavras cargo público, emprego públicoe função pública não
têm significados idênticos e são utilizadas para descrever distintas realidades no âmbito da
organização do setor público. É importante ressaltar que todos aqueles que desempenham um
cargo, ocupam um emprego ou exercem uma função pública são comumente referidos como
agentes públicos.
Cargo Público
Cada cargo público possui atribuições e responsabilidades claramente definidas, e essas descrições
de cargo são estabelecidas por meio de leis ou regulamentos.
Emprego Público
Um emprego público se refere a uma relação de trabalho no setor público, que pode ser temporária
ou permanente.
Esses empregados públicos podem trabalhar tanto em entidades públicas como em entidades
privadas que integram a Administração Pública indireta, como ocorre nos caso das empresas estatais.
Ao contrário dos servidores públicos que ocupam cargos, os empregados públicos têm seus vínculos
regidos pelo direito do trabalho.
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Função de Confiança: São posições de liderança e chefia dentro da Administração Pública, nas
quais os ocupantes são escolhidos com base na confiança em sua capacidade de tomar decisões
importantes e estratégicas.
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