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RESENHA “O poder, a comunicação e o diálogo no

ambiente organizacional” - Sandra Helena Terciotti

João Vitor Silva de Souza - Relações Públicas - 12/12/2023

A obra “O poder, a comunicação e o diálogo no ambiente organizacional”, de


Sandra Helena Terciotti, apresenta como principal tese a indispensabilidade do
diálogo e de uma comunicação diversa e abrangente dentro do ambiente
organizacional. Dessa forma, o artigo mostra-se de extrema importância para os
profissionais de Relações Públicas, que auxiliam na gestão da comunicação interna
e na mediação entre gestores e seus colaboradores.
Primeiramente, a autora expõe uma das definições de poder, sendo uma
destas como sinônimo do termo imposição sobre algo ou alguém, relacionando este
conceito com a influência que os cargos de liderança detém. Nesse sentido, como a
própria escritora descreve, os indivíduos ao longo da história possuem uma
“compulsão ao poder”, a qual, em alguns casos, tem como único objetivo ter uma
desestruturada fonte de poder. Segundo esta lógica, algo extremamente relevante a
pontuar neste trecho seria a falta de capacitação de alguns gestores, que só
almejam altos cargos pela dominação que exercem em seus funcionários.
Dentro deste contexto, a autora evidencia a simbiose existente entre
organização e poder, já que dentro de um ambiente organizacional é preciso que
haja uma pessoa que detém um papel de liderança que, como dito anteriormente,
exerce uma figura mais autoritária, e que se sustenta tanto com o próprio líder na
manutenção do status quo, como também na manutenção consciente e/ou
inconsciente de seus liderados. Por conta disso, as dinâmicas e as relações de
poder não são construídas somente individualmente, mas também coletivamente.
Porém, a grande questão que tem que ser apresentada seria a alta centralidade em
um único sujeito, negligenciando e até mesmo silenciando outras pessoas que
podem contribuir para com a melhora da empresa e/ou instituição.
Nessa conjuntura, observamos as duas visões, às quais o ser pode ser
atribuído dentro da organização, o simbólico e o produtor, que corresponde
respectivamente a sua identidade social e sua mão-de-obra. Nesse trecho,
analisa-se então que não deve-se focar somente na parte produtiva, mas também
simbólica, que dentro deste artigo faz um enfoque para a linguagem, que representa
a resistência contra a centralização do poder organizacional. Nesse cenário, o texto
mostra a importância do diálogo dentro do ambiente organizacional para a
descentralização do poder e também para o aumento da produtividade e satisfação
dos colaboradores.
Em suma, a obra evidencia e sustenta argumentos para a construção de uma
comunicação mais aberta. Desta forma, percebe-se que é de grande importância
para o profissional de Relações Públicas, sendo este capacitado para manusear e
planejar a comunicação interna e externa dentro de empresas e/ou instituições.

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