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Assim, podemos difinir que são fontes do Direito os modos de formação e revelação das
normas jurídicas.
A lei: norma jurídica criada e imposta por uma autoridade com poder para o fazer (poder
legislativo)
São fontes do direito as origens do direito, ou seja, o lugar ou a matéria prima pela qual
nasce o direito. Estas fontes podem ser materiais ou formais.
As fontes formais imediatas são as normas legais. Importa observar que um dos mais
importantes princípios de direito, no âmbito fiscal, é a disposição constitucional que
estabelece que «os impostos são criados ou alterados por lei, que os fixa segundo critérios
de justiça social» vide art. 100 CRM.
Isso quer dizer que se não existir uma norma legal que defina como são criados os
impostos, não haverá outra norma que pune as infracções fiscais.
Não tendo força vinculativa própria, são contudo, importantes pelo modo como influenciam
o processo de formação e revelação da norma jurídica. Com base nesta distinção, só a lei é
considerada verdadeira fonte do Direito, isto é, fonte imediata do Direito. Todas as outras
são fontes mediatas.
A Lei
A palavra lei comporta vários sentidos. É multifacetada. Podemos falar de lei para
significar todo nosso sistema jurídico e toda nossa ordem jurídica. Pode ainda significar lei
como qualquer ramo de Direito. Pode significar lei como o acto normativo que é legislativo
propriamente dita em sentido formal que se identifica a mesma através da lei como
respectiva lei, podemos falar lei a mesma determinada regra ou norma.
No nosso estudo importa-nos referir lei em sentido formal que designa aquilo que se chama
a actividade legislativa propriamente dita, ou seja, a actividade exercida por determinado ou
determinados órgãos oficialmente qualificados. Esses órgãos constituem o que se chama o
poder legislativo que é AR- Assembleia da República.
A actividade legislativa não é feita da mesma forma pela Assembleia da República e pelo
Governo:
Temos o processo de formação das leis da Assembleia da República que se inicia com a
apresentação do texto sobre o qual se pretende que a Assembleia da República se
pronuncie. Esta apresentação pode ser efectuada:
O texto deste modo conseguido é enviado, sob a forma de decreto, para o Presidente da
República promulgar sendo que a promulgação é o acto pelo qual o Presidente da
República atesta solenemente a existência de norma e intima à sua observação.
Da hierarquia das leis, resulta que as leis de hierarquia inferior não podem contrariar
as leis de hierarquia superior, antes tem de se conformar com elas; as leis de
hierarquia igual ou superior podem contrariar leis de hierarquia igual ou inferior, e
então diz-se que a lei mais recente revoga a lei mais antiga. Para estabelecer esta
hierarquia há que distinguir:
O Costume
A base de todo o costume é uma repetição de práticas sociais que podemos designar
por uso. Mas não basta o uso para que o costume exista, é necessário ainda que essas
práticas sejam acompanhadas da consciência da sua obrigatoriedade.
A Jurisprudência
Uma questão que se coloca é a de saber se esses modos de decidir têm validade além
do respectivo processo, criando regras para os casos futuros. É o que acontece nos
sistemas jurídicos inglês e americano, em que a jurisprudência é a fonte do direito.
Entre nós, o juiz tem de julgar unicamente de “harmonia com a lei e a sua
consciência”, sendo perfeitamente irrelevante que a tal decisão contrarie a que tenha
sido tomada por outro Tribunal, ainda que de categoria mais elevada.
A doutrina
Compreende as opiniões ou pareceres dos jurisconsultos sobre a regulamentação
adequada das diversas relações sociais. Consiste nos artigos, monografias, escritos
científicos, etc., que se debruçam sobre os problemas jurídicos.