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GUEDES & GUEDES

ADVOGADOS ASSOCIADOS

Drª Krislayne de Araujo Guedes –


OAB/TO 5.097 OAB/PA
19.392-A OAB/MA 13.281-A
Drª Gislayne de Araujo Guedes Oliveira – OAB/TO 7.349 –
OAB/PA 29.011-A
Fones: (63) 3415-3489 / 99219-3142 / 99987-4054

DOUTO JUÍZO DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL ADJUNTO À 1ª VARA FEDERAL


DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE ARAGUAÍNA, ESTADO DO TOCANTINS

Autos nº 5232-93.2018.4.01.4301
Recorrente: ELIENE GOMES DOS SANTOS DA SILVA
Recorrido: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS

ELIENE GOMES DOS SANTOS DA SILVA, por suas advogadas e


bastante procuradoras a que esta subscrevem, não se conformando com a respeitável
sentença proferida nos autos do processo em epígrafe, vem, à digna presença de Vossa
Excelência, interpor:
RECURSO INOMINADO

na forma prevista no artigo 5º da Lei nº 10.259/01 c/c artigo 41 da Lei n° 9.099/95,


pugnando pelo seu processamento e remessa à Turma Recursal, com as razões anexas,
após observadas as formalidades de estilo.

Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
Araguaína/TO, 29 de abril de 2020

Dr.ª Krislayne de Araújo Guedes Dr.ª Gislayne de Araújo Guedes Oliveira


OAB/TO nº 5.097 OAB/TO 7.349
OAB/ PA n° 19.392-A OAB/PA 29.011-A
Rua 13 de Outubro, nº 312, Bairro Neblina, Araguaína-TO 1
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OAB/MA nº 13.281-A

EGREGIA TURMA RECURSAL

Autos nº 5232-93.2018.4.01.4301
Recorrente: ELIENE GOMES DOS SANTOS DA SILVA
Recorrido: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS

Senhor (a) Relator(a)


Eméritos Julgadores,

RAZÕESDORECURSO

A parte Recorrente pleiteou judicialmente o benefício previdenciário


de auxílio doença cumulado com conversão em aposentadoria por invalidez, sob
justificativa de encontrar-se incapacitada para atividades habituais de serviços gerais. Na
instrução processual foram acostados aos autos laudos, exames e receitas de
medicamentos que comprovam que a Recorrente possui todas as doenças indicadas na
inicial, quais sejam: deformidade adquirida da pelve CID M95.5; desigualdade
(adquirida) do comprimento dos membros CID M21.7; coxartroses pós-traumáticas
CID M16.5; fratura do sacro CID S32.1; fratura do ílio CID S32.3; fratura do púbis CID

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S32.5; luxação de outras partes e das não especificadas da coluna lombar e da


pelve CID S33.3 e fratura da extremidade distal do radio CID S52.5;
Ocorre, que de modo contraditório a todo o conjunto fático exposto
nos autos, a perícia médica concluiu que a recorrente estaria apta a desenvolver suas
atividades habituais. No mesmo sentido foi a sentença da magistrada de primeira
instância.
Insta salientar que tal situação não pode ser aceita nobre turma. O
direito da recorrente ao benefício em comento se mostra patente, posto que as provas
nos autos são robustas e embasam as pretensões da recorrente.
Por se tratar de caso de uma decisão equivocada do órgão a quo é
que se interpõe o presente recurso, visando a reforma da sentença em questão.

DA INCAPACIDADE DA RECORRENTE

No caso exposto dos autos mostra-se patente que a parte


recorrente preenche os requisitos à concessão do benefício pleiteado. Frisa-se que a
recorrente trouxe aos autos documentação médica atestando sua incapacidade.
Importante consignar que há nos autos vasta documentação
médica que explicitam contundentemente o quadro de saúde da parte recorrente. Dentre
tais documentações podemos citar vários atestados médicos e exames, inclusive,
recentes, contemporâneos ao laudo pericial, conforme Laudo Médico datado de
07/05/2019 da lavra do médico ortopedista Dr José Carlos Pereira da Silva, CRM-TO 890;
Em que pese as conclusões contrárias do médico perito Nobre
Turma, há de se mencionar e insistir em sentido contrário à perícia realizada no curso dos
autos pelo perito de confiança do juízo.
Mostra-se impossível que uma pessoa com tantas moléstias como
as que afligem a recorrente possa exercer suas funções de forma minimamente
satisfatória, ainda mais quando se trata de atividades laborais que exigem além de vigor
físico, boas condições de saúde.

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Imperioso destacar que as provas nos autos são muito


contundentes Nobre Turma, e apenas reforçam a tese de que o perito médico agiu com
falta de zelo no momento da avaliação pericial da recorrente, fatos estes já mencionados
na peça de impugnação ao laudo pericial.
Há que se notar que, o Médico Perito do Juízo reconheceu e
diagnosticou apenas as seguintes doenças: fratura do sacro/ilio/púbis CID S32 e
fratura do radio CID S 52.5;
Por isso, mostra-se inaceitável a conclusão da perícia médica
realizada pelo profissional de confiança do juízo, de que a Recorrente “NÃO APRESENTA
INCAPACIDADE PARA O TRABALHO”, posto que as provas presentes nos autos são
extremamente contundentes, quanto a incapacidade, bem como quanto as moléstias que
acometem a parte recorrente;
Nesse sentido, é imperioso ressaltar que é absolutamente cabível o
entendimento de que a perícia técnica por profissional de confiança do juízo é o ponto
central da demanda, no entanto, há de se concordar que em casos como o presente,
onde há inúmeros laudos e atestados médicos, inclusive recente, contemporâneo
ao laudo judicial, os quais não podem de forma simplória serem desprezados,
indicando múltiplas moléstias causadoras de incapacidade laboral, a magistrada
possui a incumbência de olhar a causa com maior rigor, de modo a não atrelar a
sua decisão única e exclusivamente ao laudo técnico pericial.
Diante disso, levando-se em consideração o quadro de saúde
da recorrente, conforme relatado com embasamento em vasta prova médica colacionada
aos autos originários, todas dotadas de idoneidade e veracidade, é claro e evidente que a
recorrente está total e permanentemente incapacitada para exercer não só as suas
atividades laborais, mas também qualquer outra.
Cabe esclarecer que o Laudo Pericial foi impugnado na
oportunidade, conquanto, não se tenha a magistrada de primeiro grau aceitado o
inconformismo do Recorrente sobre a Perícia realizada;

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Ora, Eméritos Julgadores, em que pese o Magistrado ter a


incumbência de se guiar pelos elementos que melhor achar conveniente nos autos, não
há de se concordar com tal decisão tomada pelo Nobre Julgador de primeira instância,
visto que o simples fato de considerar que a perícia técnica realizada nos autos mostrou-
se apta a elucidar a questão, de plano já pode ser entendido como um equívoco, vez que
o referido laudo pericial reconheceu a existência das patologias que acometem a
Recorrente, mas conclui não ser incapacitante. Sendo assim fica evidente o erro do
médico perito em diagnosticar a Recorrente como apta a desempenhar suas
atividades.
Causa estranheza o fato de indivíduos com a mesma formação
médica, perito e médicos que emitiram atestados, possam ter conclusões tão desiguais.
Salienta-se que o laudo em questão mostra-se desconexo,
utilizando-se em excesso de respostas prontas e resumidas, que definitivamente não
esclarecem a real situação clínica da recorrente.
A propósito, cabe salientar que o Conselho Federal de
Medicina – CFM, já se pronunciou acerca da conduta dos profissionais peritos. Tal
entendimento é firmado na Resolução CFM 1.488/98, que estabelece alguns parâmetros
a ser seguidos pelos peritos médicos. In verbis:

Art. 2º - Para o estabelecimento do nexo causal entre os


transtornos de saúde e as atividades do trabalhador, além do
exame clínico (físico e mental) e os exames complementares,
quando necessários, deve o médico considerar:
I – a história clínica e ocupacional, decisiva em qualquer
diagnóstico e/ou investigação de nexo causal;
II – o estudo do local de trabalho;
III – o estudo da organização do trabalho;
IV – os dados epidemiológicos;
V – a literatura atualizada;
VI – a ocorrência de quadro clínico ou subclínico em trabalhador
exposto a condições agressivas;
VII – a identificação de riscos físicos, químicos, biológicos,
mecânicos, estressantes e outros;
VIII – o depoimento e a experiência dos trabalhadores;
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IX – os conhecimentos e as práticas de outras disciplinas e de


seus profissionais, sejam ou não da área da saúde.
Art. 6° – São atribuições e deveres do perito-médico de
instituições previdenciárias e seguradoras:
(...)
IV – orientar o periciando para tratamento quando
eventualmente não o estiver fazendo e encaminhá-lo para
reabilitação, quando necessária. (grifo nosso)

O laudo técnico produzido nos autos, apesar da decisão judicial


em acatá-lo, não mostra nenhum tipo de subsídio concreto para a decisão do Nobre
Magistrado de primeiro grau.
Ou seja, obrigatoriamente deveria também ser levado em
consideração o ofício pelo qual a recorrente provem seu sustento, a saber, de
serviços gerais, labor considerado árduo, que exige muito esforço físico, além de
sua média, mais de 40 anos. Para uma conclusão mais precisa e justa todos esses
elementos devem ser valorados, levando-se em conta a natureza alimentar que envolve a
demanda, o que resta evidente que não ocorreu no presente caso.
Salienta-se que a realidade dos fatos é outra, da proferida no
laudo pericial e confirmada na sentença do órgão a quo, vez que a recorrente não tem
condições de laborar, estando extremamente debilitada pelas moléstias que a acometem,
restando assim impossibilitado de exercer suas atividades profissionais.
Importante reiterar que o julgador não está adstrito ao laudo
pericial, ainda mais em circunstâncias discrepantes como a configurada no presente caso.
Nesse sentido temos a jurisprudência:
PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO ACIDENTÁRIA. CONVERSÃO.
AUXILÍO-DOENÇA. PROVA PERICIAL. INEXISTÊNCIA DE
NEXO DE CAUSALIDADE. OUTROS ELEMENTOS DE PROVA.
LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO. POSSIBILIDADE. Nos
termos do artigo 131 e 436 ambos do Código de Processo Civil, o
juiz não está adstrito à conclusão do laudo pericial, podendo
firmar a sua convicção com base em outros elementos de
prova constantes dos autos. Havendo dúvida sobre a existência
de nexo de causalidade entre o acidente e a incapacidade
laborativa da autora, deve prevalecer a prova mais favorável ao
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segurado, em homenagem ao princípio in dúbio pro misero


ou in dúbio pro operário. Apelação e reexame necessário a que
se negam provimento. (TJ-DF – APO: 20130110123538 DF
0004587-97.2013.8.07.0015, Relator: HECTOR VALVERDE
SANTANNA, Data de Julgamento: 10/12/2014, 6ª Turma Cível,
Data de Publicação: Publicado no DJE: 16/12/2014. Pág.: 389).

TRF – 2 – Apelação AC 00007439520174029999 RJ 0000743-


95.2017.4.02.9999 (TRF2)
Jurisprudência – Data da publicação: 13/09/2017
EMENTA
BENEFÍCIO DE AUXILIO DOENÇA. LAUDO PERICIAL
DESFAVORÁVEL. INCAPACIDADE COMPROVADA. 1. Nos
termos do art. 59 da Lei 8.213/91, o auxílio doença é devido ao
segurado que, tendo cumprido, quando for o caso, o período de
carência, ficar incapacitado para o trabalho ou para a atividade
habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos, devendo ser
concedido por motivo de incapacidade provisória. 2. O médico
perito entendeu que não incapacidade para exercer suas
atividades habituais do trabalho. Contudo, sabe-se que o
julgador não está adstrito ao laudo pericial, podendo, de forma
fundamentada, decidir em sentido diverso do orientado pelo
expert. 3. Há diversos documentos nos autos demonstrando a
existência e a gravidade da doença, inclusive diversas
perícias realizadas pela própria autarquia, além de documentos
juntados por médico da rede pública. Embora os laudos dos
peritos do juízo tenham concluído pela capacidade do autor para
o exercícios de suas atividades laborais, como afirmou a
assistente técnica do réu, a doença parece ter períodos de
agudização e remissão. Ocorre que, pelos documentos
constantes dos autos, os períodos de agudização parecem
maiores que os de remissão, além de cada vez mais frequentes,
visto se tratar de doença degenerativa. 4. Quanto ao termo final,
deve ser estendido até que a autarquia constate, de forma
fundamentada, o fim da incapacidade, ou convole
administrativamente o benefício em auxilio doença. Embora de
uma das perícias da autarquia, conste como termo final,
hipoteticamente, a data de 07.10.2015, não se sabe se, ao final
desse prazo, seria constatada a capacidade do segurado, visto
que a concessão foi recusada sob a legação de perda da
qualidade de segurado. 5. Dado provimento à apelação
Grifo nosso

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Nobre Julgadores, note-se, que a Recorrente fora submetida à


pericias por Perito da Autarquia-Ré e também por Perito Judicial, em outras
oportunidades onde geraram o recebimento de benefícios por incapacidade, NB
516.133.313-4, de 10/03/2006 a 30/11/2008; NB 533.713.465-1, de 31/12/2008 a
20/02/2010, e NB 547.095.688-8, de 20/02/2010 a 30/04/2018, todos cessados de forma
arbitrária, em virtude de sempre ter sido reconhecido a incapacidade laboral da autora;
Frisa-se que o simples fato de uma pessoa estar acometido de uma
doença não enseja necessariamente condição de incapacidade laboral. No entanto no
caso em tela, mostra-se gritante a dura realidade da recorrente, pois como já relatado, a
mesma ainda encontra-se incapacitada, pois as doenças vão se agravando pelo
passar do tempo, por serem degenerativas e progressivas, e tem por única atividade
laboral a de serviços gerais, atividade esta que demanda muito esforço físico, exigindo,
portanto, perfeitas condições de saúde, pois em situação contrária afetam e prejudicam o
rendimento laboral e muitas vezes chega até mesmo impossibilitar o emprego de forma
satisfatória, da força que se exige, restando então configurado o quadro de TOTAL
INCAPACIDADE para suas atividades laborais.
Há que se entender que a Recorrente apresenta restrições físicas,
efeitos colaterais, em razão do acidente de trânsito sofrido, que lhe ocasionou até
desigualdade do comprimento dos membros, e seu retorno ao trabalho, lhe trará riscos e
complicações em seu estado de saúde, não sendo, portanto, viável sua reinserção no
mercado de trabalho;
Destaca-se que caso haja a necessidade de ser realizada uma
nova perícia, que leve em consideração, minunciosamente, todo o conjunto
probatório anexado aos autos originários, o que engloba as condições pessoais do
recorrente, de modo que inquestionavelmente reforçará a tese de que é patente a
impossibilidade total e permanente para o trabalho vivenciado pelo recorrente.
Vejamos:

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ OU


AUXÍLIO-DOENÇA. INCAPACIDADE. NECESSIDADE DE
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REALIZAÇÃO DE NOVA PERÍCIA MÉDICA. BAIXA DOS


AUTOS À ORIGEM. REABERTURA DE INSTRUÇÃO.
REALIZAÇÃO DE LAUDO. 1. Consoante estabelece o
artigo 437do CPC, o juiz pode determinar a realização de
nova perícia quando a matéria não lhe parecer
suficientemente esclarecida. A segunda perícia, segundo
estatui o artigo 438 do CPC, "tem por objeto os mesmos
fatos sobre que recaiu a primeira e destina-se a corrigir
eventual omissão ou inexatidão dos resultados a que esta
conduziu", sendo certo que ao julgar o feito, cabe "ao juiz
apreciar livremente o valor de uma e outra" (parágrafo
único do art. 439 do CPC). 2. A realização de nova perícia
pressupõe reabertura da instrução processual, e,
consequentemente, julgamento da causa com consideração do
elemento de prova agregado aos autos. Quando o feito está
no Tribunal de apelação, assim, havendo necessidade de
outra perícia, só resta a anulação da sentença, pois
necessária também à manifestação do juiz de primeiro grau
acerca dos novos elementos de convicção que a Corte ad
quem reputou essenciais para o adequado julgamento da
causa. 3. Hipótese em que se impõe anular a sentença para
determinar a reabertura da instrução processual, com a
realização de nova perícia. (TRF4, AC 2009.72.99.000244-3,
QUINTA TURMA, Relator para Acórdão RICARDO TEIXEIRA
DO VALLE PEREIRA, D. E. 19/04/2010). (Grifo nosso)

DOS REQUERIMENTOS
Diante do exposto, ante as provas colacionadas aos autos bem
como a atitude equivocada da Magistrada de primeiro grau, a parte recorrente, reiterando
ainda, sua impugnação ao laudo pericial, constante dos autos, solicita que a sentença de
primeira instância seja reformada, para o fim de conceder todos os pedidos elencados na
exordial;

SUBSIDIARIAMENTE
Caso o primeiro pedido não seja atendido, requer seja a sentença
anulada, com a determinação do retorno dos autos à primeira instância, com o fulcro de

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realização de nova perícia médica, posto que a perícia médica realizada no presente
processo não se mostrou apta a elucidar a demanda adequadamente.

Nestes termos,
Pede deferimento.
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