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GABARITO
(Comentado)
DPE/MG
Licenciado para - Thaianny Melo - 11239971443 - Protegido por Eduzz.com
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GABARITO SIMPLIFICADO
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
D E B A A D A D B C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E B D D C B E C E C
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
B E E B C E C C B B
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
D D C E D C E C E E
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
A D D D C D C B C E
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
C A C C C C D A A B
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
D D C E D D A D E E
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
A C B A D E D C B C
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
B B B E D B A E C E
91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
E C D B A B D E E E
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GABARITO COMENTADO
DIREITO PENAL E CRIMINOLOGIA
TEXTO 02
Mortes em decorrência de intervenção policial têm alta de 12% em Minas.
Ryans, Jeffersons, Felipes, Josés e Antônios. Jovens, negros e moradores da periferia.
Em cada nome que entra para a estatística, histórias de vida interrompidas brutalmente
e famílias dilaceradas pela perda.
Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelaram que, mesmo com a
pandemia da Covid-19, o número de mortes provocadas durante intervenções policiais
cresceu 12% em Minas Gerais entre 2019 e 2020 – os óbitos saltaram de 107 para 120.
Quase 80% dos mortos são negros e 44,8% possuíam entre 18 e 24 anos. Conforme a
entidade, o levantamento foi realizado com base nos índices da Secretaria de Estado de
Segurança Pública e da Polícia Civil. [...] A pesquisa apontou ainda que o grau aceitável
de uso da força letal pela polícia é de 12 civis mortos para cada policial morto. Em Minas,
o índice subiu de 17,8 em 2019 para 24 em 2020, um salto de 35%. (fonte:
https://www.otempo.com.br/cidades/mortes-em-decorrencia-de-intervencao-policial-
tem-alta-de-12-em-minas-1.2530296)
Acerca da reportagem trazida, assinale a alternativa correta:
a) Os meios de comunicação, seja por meio da televisão ou redes sociais, em nada
corroboram com o aumento da seletividade penal, justamente por colocarem
um holofote sobre a atuação policial, evitando com que estes atuem de forma
seletiva.
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b) O sistema penal brasileiro instituiu uma política criminal que acaba realizando a
criminalização da população negra levado a efeito pela polícia, mas contido por
meio da atuação judicial.
c) A mídia, realizando um papel contramajoritário, impossibilita a criação no
imaginário social da figura dos inimigos sociais. Isso se dá pela diminuição da
espetacularização e do sensacionalismo das pessoas presas ou em conflito com
a lei.
d) O estereótipo, ao ser confirmado pela respeitabilidade institucional da mídia,
transformar-se em desqualificação permanente da pessoa, criando um
processo de estigmatização.
e) A Corte IDH aceita a realização dos autos de oposição em incursão policial, na
medida que justificam a atuação policial de forma objetiva, sem qualquer análise
enviesada dos fatos.
Gabarito: D
Comentários:
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https://www.conjur.com.br/2019-jan-15/tribuna-defensoria-preciso-fim-medievais-apresentacoes-
presos-imprensa
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DICA DE IMPACTO ⭐
Consta do artigo, ainda, atuação da DPE/MG nesse sentido:
Em Minas Gerais, no bojo de ação civil pública ajuizada pela Defensoria, o
Tribunal de Justiça local concedeu parcialmente a antecipação da tutela recursal em
sede de agravo de instrumento para reconhecer a absoluta excepcionalidade da
apresentação involuntária da imagem e/ou voz de pessoas presas pela Polícia Civil
e determinar ao estado que a autoridade policial presidente de cada investigação
motive por escrito cada decisão excepcional de apresentação de imagem/voz da
pessoa presa, “de forma individual, concreta e objetiva, indicando os aspectos fáticos
e jurídicos que a embasam, quanto à necessidade e adequação e proporcionalidade
da medida em favor da administração da justiça ou para a elucidação das
investigações”.
Determinou-se ainda que cada apresentação seja comunicada à Defensoria
Pública e ao Ministério Público para que no limite de suas atribuições façam o
controle da prática.
Autos 5087042-63.2018.8.13.0024 – 2ª Vara de Fazenda Pública e Autarquias;
decisão proferida no Agravo de Instrumento 1.0000.18.108797-4/001.
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Por fim, em análise a alternativa “E”, recordamos ainda sobre o Caso Favela
Nova Brasília vs. Brasil que, além do direito à participação da vítima e seus familiares
na investigação e da necessidade de investigação imparcial e independente,
reconheceu a ilegalidade dos “autos de resistência/oposição à prisão”.
A regra geral de confrontos entre civis e policiais que tinham como resultado a
morte dos civis passou a ser percebida e processada como um procedimento centrado
na incriminação do opositor morto, tendo como consequência a não autuação em
flagrante dos policiais envolvidos e a comprovação da extinção de sua punibilidade.
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Gabarito: E
Comentários:
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portanto, a atipicidade da conduta" (AgRg no REsp 1.937.949/MG, Rel. Ministra Laurita Vaz,
Sexta Turma, DJe de 27/8/2021). AgRg no REsp 1.999.604-MG, Rel. Ministro Ribeiro Dantas,
Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 20/3/2023, DJe 24/3/2023.
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infopenmulheres-junho2017.pdf (www.gov.br)
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Gabarito: B
Comentários:
É importante lembrar que a aplicação da Lei Maria da Penha leva em conta não
apenas o sexo biológico, mas também questões relativas à vulnerabilidade. Com base
nesse argumento, também é possível a concessão de medidas protetivas de urgência
em relações entre irmãs, em relações homoafetivas entre mulheres, etc.
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características biológicas dos aparelhos reprodutores feminino e masculino, bem como ao seu
funcionamento, de modo que, o conceito de sexo, como visto, não define a identidade de
gênero. Em uma perspectiva não meramente biológica, portanto, mulher trans mulher é.
Estabelecido entendimento de mulher trans como mulher, para fins de aplicação da Lei n.
11.340/2006, vale lembrar que a violência de gênero é resultante da organização social de
gênero, a qual atribui posição de superioridade ao homem. A violência contra a mulher nasce
da relação de dominação/subordinação, de modo que ela sofre as agressões pelo fato de ser
mulher.
Com efeito, a vulnerabilidade de uma categoria de seres humanos não pode ser resumida à
objetividade de uma ciência exata. As existências e as relações humanas são complexas e o
Direito não se deve alicerçar em argumentos simplistas e reducionistas.
Assim, é descabida a preponderância de um fator meramente biológico sobre o que realmente
importa para a incidência da Lei Maria da Penha, com todo o seu arcabouço protetivo, inclusive
a competência jurisdicional para julgar ações penais decorrentes de crimes perpetrados em
situação de violência doméstica, familiar ou afetiva contra mulheres. (STJ - REsp 1977124/SP.
Data do Julgamento:05/04/2022. Data da Publicação:22/04/2022. Órgao Julgador: SEXTA
TURMA. Relator: Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ)
A DPE-MG inclusive aderiu, em junho de 2023, a uma nota técnica firmada por
várias Defensorias Públicas Estaduais, defendendo a importância da atuação da
Defensoria na assistência qualificada às mulheres em situação de violência doméstica3.
Art. 27. Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a mulher em situação de violência
doméstica e familiar deverá estar acompanhada de advogado, ressalvado o previsto no art. 19 desta Lei.
3
https://defensoriasti-
my.sharepoint.com/personal/jady_costa_defensoria_mg_def_br/_layouts/15/onedrive.aspx?id=%2Fpersonal%2Fja
dy%5Fcosta%5Fdefensoria%5Fmg%5Fdef%5Fbr%2FDocuments%2FI%20NT%20NUDEMs%20%2D%20assist%C3%AA
ncia%20qualificada%20%2Epdf&parent=%2Fpersonal%2Fjady%5Fcosta%5Fdefensoria%5Fmg%5Fdef%5Fbr%2FDocu
ments&ga=1
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Art. 28. É garantido a toda mulher em situação de violência doméstica e familiar o acesso aos
serviços de Defensoria Pública ou de Assistência Judiciária Gratuita, nos termos da lei, em sede policial e
judicial, mediante atendimento específico e humanizado.
Neste sentido, a Lei Maria da Penha prevê que a vítima deve ser notificada dos
atos processuais relativos a seu agressor, especialmente no que se refere à entrada e
saída dele da prisão, sem prejuízo de intimação do(a) defensor(a) ou do(a) advogado(a).
Neste ponto, cumpre ressaltar que a assistência qualificada à vítima não tem
como objetivo precípuo a condenação do agressor, mas sim evitar a vitimização
secundária da mulher e garantir que sua vontade seja efetivamente manifestada e
seus interesses resguardados.
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Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério
Público ou a pedido da ofendida.
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Comentários:
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A alternativa “c” está incorreta porque erro de TIPO não exclui a culpabilidade.
É o erro de proibição direto inevitável que exclui a potencial consciência da ilicitude e,
portanto, a culpabilidade.
O erro é a falsa percepção da realidade. É a ignorância ou equívoco que recai
sobre as elementares, circunstâncias ou qualquer dado agregado ao tipo penal.
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Obs.: Se o erro for sobre a própria causa justificante ou seus limites - e não sobre seus
pressupostos de fato - será tratado como erro de proibição. Nesse caso, a pessoa tem
plena compreensão da situação de fato, mas erra quanto a aspectos jurídicos. É tratado
como erro de proibição indireto.
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- Critério formal: tem que conhecer o tipo penal, saber que a conduta praticada
é prevista como crime;
- Critério material: baseia-se numa concepção material do injusto, exigindo o
conhecimento da antissociabilidade, da injustiça e da imoralidade de uma
conduta. Defendido por Max Ernst Mayer e Kaufmann, esbarrou na existência de
infrações penais de pura criação legislativa, que não correspondem ao conceito
de injusto material, bem como em condutas reconhecidamente danosas,
embora não tipificadas pelo Direito Penal.
- Valoração paralela na esfera do profano: corrente intermediária. Parte-se de
uma perspectiva leiga. O agente deve ter condições de perceber que pratica um
ato que não tem respaldo no direito. O sujeito deve apenas, com o esforço de
sua consciência, conhecer ou poder conhecer, o caráter ilícito de sua conduta. É
o critério de maior aceitação.
A alternativa “e” está incorreta porque a embriaguez preordenada é prevista
como uma agravante de pena, de acordo com o art. 61, II, “l”, CP.
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No que diz respeito à letra C, o STJ entende que a droga não necessita adentrar
efetivamente o presídio para a incidência da majorante do art. 40, III, da Lei 11.343/06.
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Gabarito: A
Comentários:
“O prazo prescricional será 1 dia antes do mesmo mês de quantos anos sejam”
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II - pela pronúncia;
III - pela decisão confirmatória da pronúncia;
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; (Redação dada
VI - pela reincidência.
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Gabarito: D
Comentários:
Os tribunais superiores sempre oscilam nos casos que reconhecem crime continuado;
tendo divergência, ainda, se caracterizado concurso formal ou material. Vejamos alguns
julgados importantes desta temática:
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Gabarito: A
Comentários:
O examinador tem uma preferência pela temática das teorias da pena, por isso
achamos importante que vocês revisem.
Nosso gabarito é a alternativa A, uma vez que a teoria retributiva é uma espécie
de teoria absoluta, na qual a pena tem função exclusiva de castigar o agente que
infringiu a norma penal, para que ele retribua à sociedade o mal causado.
Nesse aspecto, a pena não possui qualquer finalidade social, apenas assume o
ideal de justiça, ao colocar a dor como estímulo de reflexão daquele considerado
culpado pela prática do delito.
O principal legado dessa teoria é o estabelecimento de limites à imposição da
pena. Como garantia do indivíduo frente ao arbítrio estatal, a pena passou a variar de
forma proporcional ao mal causado pelo agente. No entanto, legitimou sistemas
autoritários de direito penal máximo, já que não justifica claramente nem os reais
fundamentos da retribuição, nem o limite físico/corporal/social de ingerência do Estado
na vida privada.
Por outro lado, ao contrário do afirmado pela alternativa B, as teorias
utilitaristas (também conhecidas como relativas ou preventivas) favorecem a aplicação
de um direito penal do autor, já que a punição é dada como meio de prevenir a não
ocorrência de crimes no futuro e não como retribuição pelo mal causado. A função
utilitária do direito penal tem como premissa o grau de danosidade social do crime, e
não o caráter imoral da conduta humana.
Quanto ao item C, a teoria mista ou unificadora busca uma pluralidade funcional
da pena, estabelecendo marcante diferença entre o fundamento da pena (legitimidade
interna) e a sua finalidade (legitimidade externa). Desse modo, o erro da assertiva está
em afirmar que a teoria unificadora visa somente salvaguardar a validade da norma,
esquecendo-se de mencionar o objetivo de punir o autor do dano.
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Gabarito: D
Comentário:
No que tange os crimes contra o preconceito é importante ter em mente o texto da
legislação e a jurisprudência:
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Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de
raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional.
Pena: reclusão de um a três anos e multa.
§ 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou
propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.
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a) Nos termos do Código Penal, a prescrição começa a correr do dia em que transita
em julgado a sentença condenatória, para a acusação, ou a que revoga a
suspensão condicional da pena ou o livramento condicional.
b) Se Marcelo não começar a cumprir a pena até 18/11/2028, se dará a prescrição
da pretensão executória.
c) O STF decidiu, em regime de repercussão geral, que o prazo para a prescrição da
execução da pena concretamente aplicada somente começa a correr do dia em
que a sentença condenatória transita em julgado para ambas as partes.
d) O STJ, por meio de sua 3ª Seção, adota a compreensão de que o termo inicial da
contagem do prazo da prescrição da pretensão executória é o trânsito em
julgado para ambas as partes.
e) O STF declarou a não recepção pela Constituição Federal da locução “para a
acusação”, contida art. 112, inciso I (primeira parte), do Código Penal.
Gabarito: B
Comentários:
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Info 1101 – STF - O prazo para a prescrição da execução da pena concretamente aplicada
somente começa a correr do dia em que a sentença condenatória transita em julgado para
ambas as partes, momento em que nasce para o Estado a pretensão executória da pena,
conforme interpretação dada pelo Supremo Tribunal Federal ao princípio da presunção de
inocência (art. 5º, inciso LVII, da Constituição Federal) nas ADC 43, 44 e 54. STF. Plenário. ARE
848.107/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 01/7/2023 (Repercussão Geral – Tema 788).
O STF decidiu que o entendimento acima explicado se aplica aos casos em que:
i) a pena não foi declarada extinta pela prescrição; e
ii) cujo trânsito em julgado para a acusação tenha ocorrido após 12/11/2020.
Info 755 – STJ - O termo inicial da contagem do prazo da prescrição da pretensão executória
é o trânsito em julgado para ambas as partes. STJ. 3ª Seção. AgRg no REsp 1.983.259-PR, Rel.
Min. Sebastião Reis Júnior, julgado 26/10/2022.
DICA DE IMPACTO ⭐
Prescrição é a perda do direito do Estado de punir (pretensão punitiva) ou de executar uma
punição já imposta (pretensão executória) em razão de não ter agido (inércia) nos prazos
previstos em lei.
São espécies de prescrição:
Prescrição da pretensão punitiva, que pode ser: prescrição da pretensão punitiva
propriamente dita; prescrição superveniente ou intercorrente; prescrição retroativa;
Prescrição da pretensão executória: Ocorre quando o Estado perde o seu poder-dever de
executar uma sanção penal já definitivamente imposta pelo Poder Judiciário em razão de não
ter agido nos prazos previstos em lei.
A prescrição da pretensão executória da pena privativa de liberdade é calculada com base na
pena concreta, fixada na sentença ou no acórdão que já transitou em julgado e, portanto,
não pode mais ser alterada.
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No julgado do STF acima, a Corte declarou a não recepção pela Constituição Federal da
locução “para a acusação”, contida art. 112, inciso I (primeira parte), do Código Penal,
conferindo-lhe interpretação conforme a Constituição no sentido de que a prescrição
começa a correr do dia em que transita em julgado a sentença condenatória para ambas
as partes.
.QUESTÃO 10 – De acordo com a Lei 14.344/2022 – Lei Henry Borel e as alterações que
esta produziu nas demais normas, responda assinalando o item correto:
Gabarito: C
Comentários:
Olá galera! A Lei Henry Borel é forte candidata a cair nessa prova! Vamos acompanhar
os itens e artigos correspondentes:
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Item B: Errado, pois a Lei não prevê a possibilidade de o Conselho Tutelar determinar
medidas de proteção, mas sim de solicitá-las. Vejamos:
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Item D: Não há exigência, no Código Penal, de que o crime tenha sido praticado em
contexto de violência doméstica ou familiar.
Item E: A Lei Henry Borel NÃO dispõe expressamente sobre a competência judiciária!
Item falso!
Gabarito: E
Comentários:
O acordo de não persecução penal é tema certo na DPE/MG, seja por ser uma
alteração trazida pela Lei nº 13.964/19, seja pelos entendimentos jurisprudenciais sobre
o tema.
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As alternativas podem ser analisadas com a leitura do CPP, bem como com a
atualização dos informativos.
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Info. 780/STJ - No caso de recusa de oferecimento do acordo de não persecução penal pelo
representante do Ministério Público, o recurso dirigido às instâncias administrativas contra
o parecer da instância superior do Ministério Público não detém efeito suspensivo capaz
de sustar o andamento de ação penal.
No caso, verifica-se que, diante da recusa do representante do Ministério Público Federal em
primeiro grau para propor o acordo, a defesa pugnou pela reapreciação do tema pela Câmara
de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal - MPF, o que foi deferido no próprio
âmbito administrativo.
Contudo o órgão superior do Ministério Público ratificou o entendimento acerca da
impossibilidade concreta da propositura do acordo aos acusados. Nesse caso, por ausência
de previsão legal, afasta-se a obrigatoriedade de suspensão das duas ações penais em curso
na origem diante da pendência do julgamento de recurso administrativo interposto pela
defesa no âmbito interno do Ministério Público Federal. Isso porque cumpre ao Ministério
Público, como titular da ação penal pública, a propositura, ou não, do ANPP (art. 28-A do
CPP).
Processo em segredo de justiça, Rel. Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma,
por unanimidade, julgado em 5/6/2023, DJe 7/6/2023.
Info. 772/STJ - Nos casos em que houver a modificação do quadro fático-jurídico, e, ainda,
em situações em que houver a desclassificação do delito - seja por emendatio ou mutatio
libelli -, uma vez preenchidos os requisitos legais exigidos para o Acordo de Não Persecução
Penal, torna-se cabível o instituto negocial.
No caso, houve uma relevante alteração do quadro fático-jurídico, tornando-se
potencialmente cabível o instituto negocial do Acordo de Não Persecução Penal - ANPP.
Afinal, o Tribunal a quo, ao julgar o recurso de apelação interposto pela defesa, deu-lhe
parcial provimento, a fim de reconhecer a continuidade delitiva entre os crimes de falsidade
ideológica (CP, art. 299), tornando, assim, objetivamente viável a realização do referido
acordo, em razão do novo patamar de apenamento - pena mínima cominada inferior a 4
(quatro) anos.
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Trata-se, mutatis mutandis, de raciocínio similar àquele constante da Súmula n. 337 desta
Corte Superior, a saber: "É cabível a suspensão condicional do processo na desclassificação
do crime e na procedência parcial da pretensão punitiva".
Cabe salientar, ainda, que, no caso, não se faz necessária a discussão acerca da questão da
retroatividade do ANPP, mas, sim, unicamente a circunstância de que a alteração do quadro
fático-jurídico tornou potencialmente cabível o instituto negocial, de maneira que o
entendimento externado na presente decisão não entra em confronto com a jurisprudência
desta Corte Superior.
AgRg no REsp 2.016.905-SP, Rel. Ministro Messod Azulay Neto, Quinta Turma, por
unanimidade, julgado em 7/3/2023, DJe 14/4/2023.
Gabarito: B
Comentários:
Pessoal, outro tema que é super importante para a nossa prova é Tribunal do
Júri, considerando a atuação do examinador no núcleo de Júri.
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Info 777/STJ - Não há nulidade da condenação pelo simples fato de o juiz presidente ter
tido uma postura firme e dura durante a inquirição da testemunha no plenário do Júri.
Não se pode compreender que uma postura mais firme (ou até mesmo dura) do Juiz
Presidente ao inquirir testemunha, durante a sessão plenária, influencie os jurados, a quem
a Constituição da República pressupôs a plena capacidade de discernimento, ao conceber o
direito fundamental do Tribunal do Júri.
A alegada suspeição do Juiz Togado, no caso, parece até ser desinfluente para a solução da
controvérsia, porque o magistrado Presidente não tem competência constitucional para
julgar os crimes dolosos contra a vida.
Dessa forma, incide na espécie a regra prevista no art. 563 do CPP de que o reconhecimento
de vício que enseja a anulação de ato processual exige a efetiva demonstração de prejuízo.
STJ. 6ª Turma. HC 682.181-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 16/5/2023 (Info 777).
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Info. 748/STJ - Há nulidade no quesito que não questiona os jurados sobre a ciência dos
mandantes do crime em relação ao modus operandi pelos executores diretos - emboscada
-, já que as qualificadoras objetivas do homicídio só se comunicam entre os coautores
desde que tenham ciência do fato que qualifica o crime.
STJ. 5ª Turma. REsp 1973397-MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 06/09/2022 (Info
748).
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Dessa forma, compete ao STJ sanar ele próprio, diretamente, a nulidade detectada, a fim de
retificar o cálculo das reprimendas dos acusados, como manda o art. 593, § 2º, do CPP.
Nem existiria utilidade prática na instauração de novo júri, porque não haveria nenhuma
cognição adicional que os jurados pudessem exercer sobre a qualificadora da paga
(diferentemente, por exemplo, da hipótese de manifesta contrariedade entre o veredito e as
provas, em que os juízes leigos podem se debruçar novamente sobre os mesmos dados
probatórios). A exclusão da referida qualificadora decorre somente da necessidade de
correlação entre denúncia e quesitação, tema jurídico que nem poderia ser reexaminado
pelo júri em um novo julgamento. REsp 1.973.397-MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta
Turma, por unanimidade, julgado em 06/09/2022. (Info 748)
I - As normas do juiz das garantias não se aplicam aos processos de competência do Tribunal do
Júri .
II - As normas do juiz das garantias não se aplicam às infrações de menor potencial ofensivo.
III – As normas do juiz das garantias não se aplicam aos casos de violência doméstica.
V - O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá proferir a
sentença ou acórdão.
a) I, III, IV
b) II, III, IV, V
c) II, III, V
d) I, II, III
e) I, II, IV
Gabarito: D
Comentários:
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Esse julgado tem altíssima chance de cair nas próximas provas! Por isso, seguem
os principais pontos definidos pelo STF no referido julgamento, lembrando que, como
foi decisão em controle concentrado de constitucionalidade, é VINCULANTE.
1. Atribuir interpretação conforme ao art. 3º-A do CPP, incluído pela Lei nº 13.964/2019, para
assentar que o juiz, pontualmente, nos limites legalmente autorizados, pode determinar a
realização de diligências suplementares, para o fim de dirimir dúvida sobre questão relevante
para o julgamento do mérito, vencidos os Ministros Cristiano Zanin e Edson Fachin;
2. Declarar a constitucionalidade do caput do art. 3º-B do CPP, incluído pela Lei nº 13.964/2019,
e por unanimidade fixar o prazo de 12 (doze) meses, a contar da publicação da ata do
julgamento, para que sejam adotadas as medidas legislativas e administrativas necessárias à
adequação das diferentes leis de organização judiciária, à efetiva implantação e ao efetivo
funcionamento do juiz das garantias em todo o país, tudo conforme as diretrizes do Conselho
Nacional de Justiça e sob a supervisão dele. Esse prazo poderá ser prorrogado uma única vez,
por no máximo 12 (doze) meses, devendo a devida justificativa ser apresentada em
procedimento realizado junto ao Conselho Nacional de Justiça, vencido, apenas quanto à
inconstitucionalidade formal, o Relator, que entendia competir às leis de organização judiciária
sua instituição;
4. Atribuir interpretação conforme aos incisos IV, VIII e IX do art. 3º-B do CPP, incluídos pela Lei
nº 13.964/2019, para que todos os atos praticados pelo Ministério Público como condutor de
investigação penal se submetam ao controle judicial (HC 89.837/DF, Rel. Min. Celso de Mello)
e fixar o prazo de até 90 (noventa) dias, contados da publicação da ata do julgamento, para os
representantes do Ministério Público encaminharem, sob pena de nulidade, todos os PIC e
outros procedimentos de investigação criminal, mesmo que tenham outra denominação, ao
respectivo juiz natural, independentemente de o juiz das garantias já ter sido implementado na
respectiva jurisdição;
5. Atribuir interpretação conforme ao inciso VI do art. 3º-B do CPP, incluído pela Lei nº
13.964/2019, para prever que o exercício do contraditório será preferencialmente em audiência
pública e oral;
6. Atribuir interpretação conforme ao inciso VII do art. 3º-B do CPP, incluído pela Lei nº
13.964/2019, para estabelecer que o juiz pode deixar de realizar a audiência quando houver
risco para o processo, ou diferi-la em caso de necessidade;
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7. Declarar a inconstitucionalidade do inciso XIV do art. 3º-B do CPP, incluído pela Lei nº
13.964/2019, e atribuir interpretação conforme para assentar que a competência do juiz das
garantias cessa com o OFERECIMENTO DA DENÚNCIA;
#Atenção – anota no Vade: o CPP previa competência até o recebimento da denúncia!
8. Atribuir interpretação conforme ao § 1º do art. 3º-B do CPP, incluído pela Lei nº 13.964/2019,
para estabelecer que o preso em flagrante ou por força de mandado de prisão provisória será
encaminhado à presença do juiz das garantias, no prazo de 24 horas, salvo impossibilidade
fática, momento em que se realizará a audiência com a presença do ministério público e da
defensoria pública ou de advogado constituído, cabendo, excepcionalmente, o emprego de
videoconferência, mediante decisão da autoridade judiciária competente, desde que este meio
seja apto à verificação da integridade do preso e à garantia de todos os seus direitos;
9. Atribuir interpretação conforme ao § 2º do art. 3º-B do CPP, incluído pela Lei nº 13.964/2019,
para assentar que:
a) o juiz pode decidir de forma fundamentada, reconhecendo a necessidade de novas
prorrogações do inquérito, diante de elementos concretos e da complexidade da investigação;
e
b) a inobservância do prazo previsto em lei não implica a revogação automática da prisão
preventiva, devendo o juízo competente ser instado a avaliar os motivos que a ensejaram, nos
termos da ADI nº 6.581;
10. Atribuir interpretação conforme à primeira parte do caput do art. 3º-C do CPP, incluído pela
Lei nº 13.964/2019, para esclarecer que as normas relativas ao juiz das garantias NÃO SE
APLICAM às seguintes situações:
a) processos de competência originária dos tribunais, os quais são regidos pela Lei nº
8.038/1990;
b) processos de competência do tribunal do júri;
c) casos de violência doméstica e familiar; e
d) infrações penais de menor potencial ofensivo;
#Atenção: o CPP previa exclusão apenas das infrações de menor potencial ofensivo. Anota lá
no vade!
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14. Declarar a inconstitucionalidade, com redução de texto, dos §§ 3º e 4º do art. 3º-C do CPP,
incluídos pela Lei nº 13.964/2019, e atribuir interpretação conforme para entender que os autos
que compõem as matérias de competência do juiz das garantias serão remetidos ao juiz da
instrução e julgamento;
15. Declarar a inconstitucionalidade do caput do art. 3º-D do CPP, incluído pela Lei nº
13.964/2019, que previa: “Art. 3º-D. O juiz que, na fase de investigação, praticar qualquer ato
incluído nas competências dos arts. 4º e 5º [inquérito policial] deste Código ficará impedido de
funcionar no processo”.
16. Declarar a inconstitucionalidade formal do parágrafo único do art. 3º-D do CPP, incluído pela
Lei nº 13.964/2019 - “Art. 3º-D, Parágrafo único: Nas comarcas em que funcionar apenas um
juiz, os tribunais criarão um sistema de rodízio de magistrados, a fim de atender às disposições
deste Capítulo”.
17. Atribuir interpretação conforme ao art. 3º-E do CPP, incluído pela Lei nº 13.964/2019, para
assentar que o juiz das garantias será investido, e não designado, conforme as normas de
organização judiciária da União, dos Estados e do Distrito Federal, observando critérios objetivos
a serem periodicamente divulgados pelo respectivo tribunal;
18. Declarar a constitucionalidade do caput do art. 3º-F do CPP, incluído pela Lei nº 13.964/2019
– “Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o cumprimento das regras para o tratamento
dos presos, impedindo o acordo ou ajuste de qualquer autoridade com órgãos da imprensa para
explorar a imagem da pessoa submetida à prisão, sob pena de responsabilidade civil,
administrativa e penal”.
19. Atribuir interpretação conforme ao parágrafo único do art. 3º-F do CPP, incluído pela Lei nº
13.964/2019, para assentar que a divulgação de informações sobre a realização da prisão e a
identidade do preso pelas autoridades policiais, ministério público e magistratura deve
assegurar a efetividade da persecução penal, o direito à informação e a dignidade da pessoa
submetida à prisão;
20. Atribuir interpretação conforme ao caput do art. 28 do CPP, alterado pela Lei nº
13.964/2019, para assentar que, ao se manifestar pelo arquivamento do inquérito policial ou de
quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público submeterá
sua manifestação ao juiz competente e comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade
policial, podendo encaminhar os autos para o Procurador-Geral ou para a instância de revisão
ministerial, quando houver, para fins de homologação, na forma da lei;
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21. Atribuir interpretação conforme ao § 1º do art. 28 do CPP, incluído pela Lei nº 13.964/2019,
para assentar que, além da vítima ou de seu representante legal, a autoridade judicial
competente também poderá submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão
ministerial, caso verifique patente ilegalidade ou teratologia no ato do arquivamento;
22. Declarar a constitucionalidade dos arts. 28-A, caput, incisos III, IV e §§ 5º, 7º e 8º do CPP,
introduzidos pela Lei nº 13.964/2019 - (regras relativas ao ANPP são constitucionais);
23. Por maioria, declarar a inconstitucionalidade do § 5º do art. 157 do CPP, incluído pela Lei nº
13.964/2019 – “art. 157, § 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível
não poderá proferir a sentença ou acórdão”. Ou seja, o juiz que conhecer de prova inadmissível
PODE proferir sentença ou acórdão!
24. Atribuir interpretação conforme ao caput do art. 310 do CPP, alterado pela Lei nº
13.964/2019, para assentar que o juiz, em caso de urgência e se o meio se revelar idôneo,
poderá realizar a audiência de custódia por videoconferência;
25. Atribuir interpretação conforme ao § 4º do art. 310 do CPP, incluído pela Lei nº 13.964/2019,
para assentar que a autoridade judiciária deverá avaliar se estão presentes os requisitos para a
prorrogação excepcional do prazo ou para sua realização por videoconferência, sem prejuízo da
possibilidade de imediata decretação de prisão preventiva;
26. Por unanimidade, fixar a seguinte regra de transição: quanto às ações penais já instauradas
no momento da efetiva implementação do juiz das garantias pelos tribunais, a eficácia da lei não
acarretará qualquer modificação do juízo competente.
(STF. ADIs 6298, 6299, 6300 e 6305. Presidência da Ministra Rosa Weber. Plenário, 24.8.2023).
c) Cabe revisão criminal para questionar a motivação dada pelo órgão julgador na dosimetria da
pena.
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e) A revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou por procurador legalmente habilitado ou pelo
seu cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Gabarito: D
Comentários:
- de competência originária dos Tribunais (ou da Turma Recursal, no caso dos Juizados)
Então a revisão criminal pode ser proposta a qualquer tempo? SIM. A revisão
poderá ser requerida em qualquer tempo, mesmo após já ter sido extinta a pena (art.
622 do CPP).
Natureza jurídica: A revisão criminal NÃO é um recurso. Trata-se de uma ação autônoma
de impugnação, mais precisamente uma ação penal de natureza constitutiva (tem por
objetivo desconstituir uma decisão transitada em julgado).
Info 958-STF: Não cabe revisão criminal para questionar a motivação dada pelo órgão julgador
na dosimetria da pena - Voltando especificamente ao caso concreto, o STF afirmou que não se
pode, por meio da revisão criminal, modificar a dosimetria da pena alterando a
discricionariedade conferida ao órgão jurisdicional naturalmente competente para essa análise.
Em outras palavras, não se pode, na revisão criminal, refazer a dosimetria da pena imposta na
condenação, salvo se houvesse algo nitidamente contrário ao texto expresso da lei penal ou à
evidência dos autos. Na revisão criminal, só se admite a análise de eventual ilegalidade na
condenação criminal, ou seja, se seus fundamentos contrariaram normas legais, o que não se
aplica aos critérios discricionários utilizados na fixação da pena. Para o STF, “a revisão criminal
não se presta ao escrutínio da motivada avaliação por parte do órgão competente acerca da
exasperação da pena-base”. STF. Plenário. RvC 5475/AM, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em
6/11/2019 (Info 958).
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De início, consigna-se que a jurisprudência da Quinta Turma à época não reconhecia bis in idem
na prática de majorar a pena-base e também afastar o tráfico privilegiado com fundamento na
quantidade e/ou natureza de entorpecentes, distinguindo tal situação da julgada pelo Supremo
Tribunal Federal no ARE 666.334/AM.
Sendo assim, considerando que a revisão criminal tem por objeto rever decisão monocrática
que se conformava com o posicionamento do órgão colegiado ao tempo em que proferida, não
há como conhecer de seus fundamentos, tendo em vista que a jurisprudência dessa Corte está
consolidada no sentido de que "a mudança de entendimento jurisprudencial não autoriza o
ajuizamento de Revisão Criminal" (AgRg no HC 439.815/SC, Rel. Ministro Rogério Schietti Cruz,
Sexta Turma, DJe 17/9/2019), a não ser em hipóteses excepcionalíssimas que não estão
presentes no caso.
Ademais, não se olvida que a Terceira Seção do STJ já se pronunciou no sentido de que é "cabível
o manejo da revisão criminal fundada no art. 621, I, do CPP em situações nas quais se pleiteia
a adoção de novo entendimento jurisprudencial mais benigno, desde que a mudança
jurisprudencial corresponda a um novo entendimento pacífico e relevante" (RvCr 3.900/SP,
Rel. Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Terceira Seção, DJe 15/12/2017).
Contudo, nos julgamentos em que a Terceira Seção excepcionou o entendimento de que não
cabe revisão criminal em face de mudança de jurisprudência foram identificadas peculiaridades
que não estão presentes no caso em análise. No julgamento da Revisão Criminal 3.900/SP,
concluiu-se que a decisão revisada, na data em que proferida (6/8/2015), contrariou a
jurisprudência desta Casa já consolidada anteriormente, sendo citados precedentes de 2013
em diante. Já no caso da Revisão Criminal 5.627/DF, aplicou-se o entendimento advindo de
relevante alteração jurisprudencial, qual seja, reconhecimento de inconstitucionalidade do
preceito secundário do art. 273 do Código Penal pelo Supremo Tribunal Federal, em recurso
com repercussão geral reconhecida (RE n. 979.962/RS). (...)
Atenção: quando a decisão é de uma das Seções do STJ, quer dizer que o entendimento é
pacificado, pois a Seção é composta por todas as Turmas com competência relativa à matéria
decidida.
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I - quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência dos
autos;
Art. 622. A revisão poderá ser requerida em qualquer tempo, antes da extinção da pena ou após.
Parágrafo único. Não será admissível a reiteração do pedido, salvo se fundado em novas provas.
Art. 623. A revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou por procurador legalmente habilitado ou, no
caso de morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Art. 626. Julgando procedente a revisão, o tribunal poderá alterar a classificação da infração, absolver
o réu, modificar a pena ou anular o processo.
Parágrafo único. De qualquer maneira, não poderá ser agravada a pena imposta pela decisão revista.
Art. 630. O tribunal, se o interessado o requerer, poderá reconhecer o direito a uma justa indenização
pelos prejuízos sofridos.
§ 1o Por essa indenização, que será liquidada no juízo cível, responderá a União, se a condenação
tiver sido proferida pela justiça do Distrito Federal ou de Território, ou o Estado, se o tiver sido pela
respectiva justiça.
Art. 631. Quando, no curso da revisão, falecer a pessoa, cuja condenação tiver de ser revista, o
presidente do tribunal nomeará curador para a defesa.
E por fim, mais um julgado, para não confundir mais revisão criminal com
recurso:
STJ – REVISÃO CRIMINAL NÃO É APELAÇÃO - Não é cabível revisão criminal quando utilizada
nova apelação, com vista a reexame de fatos e provas, não se verificando contrariedade ao texto
expresso da lei penal ou à evidência dos autos, consoante previsão do art. 621, I, do Código de
Processo Penal.
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Cumpre lembrar que este "Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento no sentido do
não cabimento da revisão criminal quando utilizada como nova apelação, com vista ao mero
reexame de fatos e provas, não se verificando hipótese de contrariedade ao texto expresso da
lei penal ou à evidência dos autos, consoante previsão do art. 621, I, do CPP" (AgRg no REsp n.
1.781.148/RJ, Ministro Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, DJe 18/10/2019).
No caso concreto, a pretensão do autor é rediscutir tudo aquilo que fora objeto de análise no
processo penal originário. A prova já foi objeto de apreciação pelas instâncias competentes, não
havendo nenhuma informação adicional a modificar a conclusão alcançada.
(AgRg na RvCr 5.735-DF, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em
11/05/2022, DJe 16/05/2022).
a) I, II e III
b) I e III.
c) I, II, III e IV.
d) II, III e IV.
e) I, III e IV
Gabarito: C
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Comentários:
Pessoal, quanto ao item I devemos ter em mente que a luz do Direito Internacional dos
Direitos Humanos, os Estados têm obrigação de assegurar efetiva investigação e
responsabilização por violações de direitos humanos; esta obrigação de meio,
compreende, também, o dever de oportunizar às vítimas e seus familiares de
acompanharem e participarem do processo – forma de ACESSO À JUSTIÇA
SUBSTANCIAL – (Corte IDH, Caso Nova Favela Brasília v. Brasil)
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o Corte IDH, Caso Gomes Lund. e outra vs. Brasil (Guerrilha do Araguaia):
”as vítimas de violações de direitos humanos ou seus familiares
devem contar com amplas possibilidades de ser ouvidos e atuar nos
respectivos processos, tanto à procura do esclarecimento dos fatos e
da punição dos responsáveis, como em busca de uma devida
reparação".
o Corte IDH, Caso Radilla Pacheco vs. México: “a negativa de expedir
cópias do expediente da investigação para as vítimas constitui uma
carga desproporcional em seu prejuízo, incompatível com o direito
de participar da averiguação prévia. Estados devem usar mecanismos
menos lesivos ao direito de acesso à justiça para tutelar a difusão do
conteúdo das investigações em curso e a integridade dos expedientes.
Isso porque, “em nenhum caso o sigilo pode ser invocado para
impedir que a vítima tenha acesso ao expediente de uma causa
penal”
Item II - CPP, art. 28-A § 9º A vítima será intimada da homologação do acordo de não
persecução penal e de seu descumprimento.
Item III - CPP, art. 28 §1 Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o
arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do recebimento
da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão
ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica.
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Gabarito: B
Comentários:
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Gabarito: E
Comentários:
Para resolver essa questão é importante ter em mente jurisprudência recente do STJ:
Ex: determinação ao Google a identificação dos IPs ou Device IDs que tenham se utilizado
do Google Maps e/ou do Waze no dia do crime, no período das 19h até as 23h, para realizar
consulta do endereço onde ocorreu o delito. Isso é, em tese, válido.
Assim, será inválida a ordem se o juiz determinou que o Google fornecesse o acesso aos
seguintes dados das pessoas estiveram no local:conteúdo dos e-mails do Gmail; conteúdo
do Google Fotos e do Google Drive; listas de contatos; históricos de localização, incluindo os
trajetos pesquisados; pesquisas feitas no Google; e listas de aplicativos baixados.
STJ. 5ª Turma. RMS 68119-RJ, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do
TJDFT), julgado em 15/03/2022 (Info 730).
4 Técnica investigativa na qual se usam dados de geolocalização do Google para saber, por
exemplo, quem esteve no local de um crime durante um determinado horário, a partir dos
dados de celulares conectados à internet.
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Vale ressaltar que os arts. 22 e 23 do Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/2014) não exigem
a indicação ou qualquer elemento de individualização pessoal na decisão judicial.5
Assim, para que o magistrado possa requisitar dados pessoais armazenados por provedor de
serviços de internet, mostra-se satisfatória a indicação dos seguintes elementos previstos na
lei:
Não é necessário que o magistrado fundamente a requisição com indicação da pessoa alvo
da investigação, tampouco que justifique a indispensabilidade da medida, ou seja, que a prova
da infração não pode ser realizada por outros meios.
Logo, a quebra do sigilo de dados armazenados não obriga a autoridade judiciária a indicar
previamente as pessoas que estão sendo investigadas, até porque o objetivo precípuo dessa
medida é justamente o de tentar identificar o usuário do serviço ou do terminal utilizado.
Vale ressaltar que, no caso concreto, o juiz determinou também que o Google fornecesse o
acesso aos seguintes dados das pessoas estiveram no local:
• listas de contatos;
NÃO.
O Poder Judiciário não deve determinar a quebra de sigilo de dados informáticos estáticos
obtidos por registros de geolocalização do Google nos casos em que há a possibilidade de
5
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/35ec253885cf090f80881
b44180afb00
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Como vimos acima, os arts. 22 e 23 do Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/2014) não
exigem a indicação ou qualquer elemento de individualização pessoal na decisão judicial.
Entretanto, esse mesmo raciocínio não subsiste (não se mantém) nos casos em que haja a
possibilidade de violação da intimidade e vida privada de pessoas não comprovadamente
relacionadas à investigação criminal.
Desta feita, no que tange o item A, o STJ estabeleceu que não é possível que se
determine a quebra de sigilo de um universo indeterminado de pessoas quando os
dados envolvem informações íntimas, mesmo que haja uma justificativa razoável para a
investigação.
Quanto ao item B, o STJ considerou válida a ordem que solicitava o acesso ao conteúdo
dos e-mails do Gmail, conteúdo do Google Fotos e do Google Drive, listas de contatos,
históricos de localização e pesquisas feitas no Google, desde que esses dados fossem
diretamente relevantes para a investigação criminal.
O item C está incorreto, pois o STJ estabeleceu que não é possível a quebra de
sigilo de dados informáticos estáticos, como registros de geolocalização, nos casos em
que haja a possibilidade de violação da intimidade e vida privada de pessoas não
diretamente relacionadas à investigação criminal.
O item D também está incorreto, considerando que o STJ considerou válido o uso
da geofencing como técnica de investigação criminal, com atingimento de dados
telemáticos de pessoas não identificadas, desde que haja uma fundamentação
adequada e que os dados sejam diretamente relevantes para a investigação.
.QUESTÃO 18 – Maria foi denunciada pelo Ministério Público por ter cometido um crime
cuja pena máxima cominada é de 1 ano de detenção. O Ministério Público, ao oferecer
a denúncia, propôs a suspensão do processo, nos termos do art. 89 da Lei 9.099/95.
Maria aceitou a proposta, e o juiz decidiu suspender o processo submetendo-a a um
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período de prova. Com base na Lei dos Juizados Especiais Criminais, assinale a
alternativa correta:
a) A suspensão do processo não pode ser concedida a Maria, uma vez que o crime
pelo qual ela foi denunciada não se enquadra nos casos previstos na lei.
b) Maria poderá se ausentar da comarca onde reside sem autorização do juiz
durante o período de suspensão do processo, desde que comunique sua
ausência ao Ministério Público.
c) Caso Maria não efetue, sem motivo justificado, a reparação do dano durante o
período de suspensão do processo, a suspensão será automaticamente
revogada.
d) A suspensão do processo implica automaticamente a extinção da punibilidade,
independentemente de qualquer outra condição ou requisito.
e) A suspensão deverá ser revogada, caso Maria seja processada, no curso do
prazo, por contravenção penal.
Gabarito: C
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.QUESTÃO 19 – O juiz das garantias foi inserido no Código de Processo Penal a partir da
Lei 13.964/2019. Sobre o tema, julgue as assertivas a seguir:
I. O STF, no Info 1106, atribuiu interpretação conforme ao art. 3º-A do CPP, para
assentar que o juiz, pontualmente, nos limites legalmente autorizados, pode
determinar a realização de diligências suplementares.
II. O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação
criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido
reservada à autorização prévia do Poder Judiciário.
III. No Informativo 1106, o STF declarou a constitucionalidade do juiz das garantias
do CPP, e fixou o prazo de 12 meses para que sejam adotadas as medidas
legislativas e administrativas necessárias à adequação das diferentes leis de
organização judiciária para implementação.
IV. Nos termos da jurisprudência do STF, compete ao juiz das garantias decidir sobre
o recebimento da denúncia ou queixa.
V. Compete especialmente ao juiz das garantias prorrogar o prazo de duração do
inquérito, salvo se o investigado se encontrar preso, e tendo em vista das razões
apresentadas pela autoridade policial.
Gabarito: E
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O STF (Info 1106) atribuiu interpretação conforme ao art. 3º-A do CPP, para
assentar que o juiz, pontualmente, nos limites legalmente autorizados, pode determinar
a realização de diligências suplementares, para o fim de dirimir dúvida sobre questão
relevante para o julgamento do mérito.
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.QUESTÃO 20 – “A gestão da prova deve estar nas mãos das partes (mais
especificamente, a carga probatória está inteiramente nas mãos do acusador),
assegurando-se que o juiz não terá iniciativa probatória, mantendo-se assim suprapartes
e preservando sua imparcialidade.” Aury Lopes Jr. Direito processual penal/16. ed. – São
Paulo: Saraiva Educação, 2019.
Sobre provas no âmbito do processo penal, indique a alternativa correta, de acordo com
entendimentos dos tribunais brasileiros e o ordenamento jurídico.
Gabarito: C.
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Info 778 – STJ - A confissão do réu, por si só, não autoriza a entrada dos policiais em seu
domicílio, sendo necessário que a permissão conferida de forma livre e voluntária pelo
morador seja registrada pela autoridade policial por escrito ou em áudio e vídeo. STJ. 5ª
Turma. AgRg no AREsp 2.223.319-MS, Rel. Min. Messod Azulay Neto, julgado em 9/5/2023
(Info 778).
Info 780 – STJ – O exercício do direito ao silêncio não pode servir de fundamento para
descredibilizar o acusado nem para presumir a veracidade das versões sustentadas por
policiais, sendo imprescindível a superação do standard probatório próprio do processo
penal a respaldá-las
Caso concreto: o réu foi condenado sob o seguinte argumento: “Fosse verdadeira a frágil
negativa judicial, certamente o réu a teria apresentado perante a autoridade policial, quando
entretanto, valeu-se do direito constitucional ao silêncio, comportamento que, se por um
lado não pode prejudicá-lo, por outro permite afirmar que a simplória negativa é mera
tentativa de se livrar da condenação”. O fato de o réu ter ficado em silêncio no inquérito
policial foi utilizado como premissa para se considerar que as declarações dos policiais foram
verdadeiras e que a negativa do réu em juízo foi mentirosa. Para o STJ, essa fundamentação
representou violação direta ao art. 186 do CPP. STJ. 6ª Turma. REsp 2.037.491-SP, Rel. Min.
Rogerio Schietti Cruz, julgado em 6/6/2023 (Info 780).
Info 758 – STJ – Ainda que o reconhecimento fotográfico esteja em desacordo com o
procedimento previsto no art. 226 do CPP, deve ser mantida a condenação quando houver
outras provas produzidas sob o crivo do contraditório e da ampla defesa, independentes e
suficientes o bastante, para lastrear o decreto condenatório. STJ. 6ª Turma. AgRg nos EDcl no
HC 656.845-PR, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 04/10/2022 (Info 758).
Info 775 – STJ – O reconhecimento positivo, que respeite as exigências legais, portanto, é
válido, mas não tem força probante absoluta, de sorte que não pode induzir, por si só, à
certeza da autoria delitiva, em razão de sua fragilidade epistêmica. O reconhecimento de
pessoas que obedece às disposições legais não prepondera sobre quaisquer outros meios de
prova (confissão, testemunha, perícia, acareação); ao contrário, deve ser valorado como os
demais. A confirmação, em juízo, do reconhecimento fotográfico extrajudicial, por si só, não
torna o ato seguro e isento de erros involuntários. É importante lembrar que, uma vez que a
testemunha ou a vítima reconhece alguém como o autor do delito, há tendência, por um viés
de confirmação, a repetir a mesma resposta em reconhecimentos futuros, pois sua memória
estará mais ativa e predisposta a tanto. STJ. 3ª Seção. HC 769.783-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz,
julgado em 10/5/2023 (Info 775).
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legislador constituinte – apesar das investidas em contrário – por não incluir no texto
constitucional nenhuma forma de polícia municipal. (…) 9. Não é das guardas municipais, mas
sim das polícias, como regra, a competência para patrulhar supostos pontos de tráfico de
drogas, realizar abordagens e revistas em indivíduos suspeitos da prática de tal crime ou
ainda investigar denúncias anônimas relacionadas ao tráfico e outros delitos cuja prática não
atinja de maneira clara, direta e imediata os bens, serviços e instalações municipais. Poderão,
todavia, realizar busca pessoal em situações absolutamente excepcionais – e por isso
interpretadas restritivamente – nas quais se demonstre concretamente haver clara, direta e
imediata relação de pertinência com a finalidade da corporação, isto é, quando se tratar de
instrumento imprescindível para a tutela dos bens, serviços e instalações municipais. Vale
dizer, só é possível que as guardas municipais realizem excepcionalmente busca pessoal se
houver, além de justa causa para a medida (fundada suspeita de posse de corpo de delito),
relação clara, direta e imediata com a necessidade de proteger a integridade dos bens e
instalações ou assegurar a adequada execução dos serviços municipais, o que não se
confunde com permissão para realizarem atividades ostensivas ou investigativas típicas das
polícias militar e civil para combate da criminalidade urbana ordinária.
Gabarito: B.
Comentários:
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Info 670/STJ - O descumprimento das condições do livramento condicional não pode servir
para obstaculizar a concessão do indulto.
Para a análise do pedido de indulto ou comutação de penas, o magistrado deve restringir-se
ao exame do preenchimento dos requisitos previstos no decreto presidencial, uma vez que
os pressupostos para a concessão da benesse são da competência privativa do Presidente da
República.
Dessa forma, qualquer outra exigência caracteriza constrangimento ilegal.
O Decreto nº 7.873/2012 prevê que apenas falta disciplinar de natureza grave prevista na Lei
de Execução Penal, cometida nos 12 meses anteriores à data de publicação do decreto, pode
obstar a concessão do indulto.
O descumprimento das condições do livramento condicional não encontra previsão no art.
50 da Lei de Execuções Penais, o qual elenca de forma taxativa quais são as faltas graves.
Assim, eventual descumprimento de condições impostas não pode ser invocado a título de
infração disciplinar grave a fim de impedir a concessão do indulto.
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 537982-DF, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 13/04/2020
6
ConJur - A chacina ao decreto presidencial de indulto de 2017
ConJur - A sanção por falta grave como impeditivo do indulto e da comutação
ConJur - Superando expectativas negativas: o indulto natalino de Temer
7
Decreto de Indulto - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/decreto/D11302.htm
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Súmula 535/STJ: A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação de
pena ou indulto.
Gabarito: E
Comentários:
Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por
trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. (Redação dada pela Lei nº 12.433,
de 2011).
§ 1º A contagem de tempo referida no caput será feita à razão de: (Redação dada pela
Lei nº 12.433, de 2011)
I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar - atividade de ensino
fundamental, médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação profissional -
divididas, no mínimo, em 3 (três) dias; (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho. (Incluído pela Lei nº 12.433, de
2011)
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§ 3º Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de trabalho e de estudo serão
definidas de forma a se compatibilizarem. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 5º O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de 1/3 (um terço) no caso de
conclusão do ensino fundamental, médio ou superior durante o cumprimento da pena, desde que
certificada pelo órgão competente do sistema de educação. (Incluído pela Lei nº 12.433, de
2011)
§ 6º O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade
condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional, parte
do tempo de execução da pena ou do período de prova, observado o disposto no inciso I do § 1o deste
artigo. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 7º O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses de prisão cautelar. (Incluído pela Lei nº 12.433,
de 2011)
Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido,
observado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração
disciplinar. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
Art. 128. O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos os
efeitos. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 2º Ao condenado dar-se-á a relação de seus dias remidos. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
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Lei de Execução Penal. Remição pelo estudo na modalidade a distância. "A Lei de Execução
Penal permite a remição por estudo a distância, contudo, devem ser atendidos certos requisitos
para a devida comprovação de frequência escolar e de aproveitamento do conteúdo
ministrado, além do vínculo da instituição de ensino com o Poder
Público".AgRg no HC 751.459/SP, relator ministro Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma,
julgado em 20/9/2022, DJe de 26/9/2022.
Tema Repetitivo 1120, STJ: Nada obstante a interpretação restritiva que deve ser conferida ao
art. 126, §4º, da LEP, os princípios da individualização da pena, da dignidade da pessoa humana,
da isonomia e da fraternidade, ao lado da teoria da derrotabilidade da norma e da situação
excepcionalíssima da pandemia de covid-19, impõem o cômputo do período de restrições
sanitárias como de efetivo estudo ou trabalho em favor dos presos que já estavam trabalhando
ou estudando e se viram impossibilitados de continuar seus afazeres unicamente em razão do
estado pandêmico. (Ou seja: não ampliou remição ficta para todos).
E ainda:
Não cabe a remição ficta no trabalho de natureza eventual, porquanto não se pode presumir
que deixou de ser oferecido e exercido em razão do estado pandêmico. HC 684.875-DF, Rel.
Ministro Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 21/3/2023, DJe
23/3/2023.
Súmula 562 do STJ: É possível a remição de parte do tempo de execução da pena quando o
condenado, em regime fechado ou semiaberto, desempenha atividade laborativa, ainda que
extramuros.
Art. 5o Terão direito à remição de pena pela leitura as pessoas privadas de liberdade que comprovarem
a leitura de qualquer obra literária, independentemente de participação em projetos ou de lista prévia de
títulos autorizados, considerando-se que:
I – a atividade de leitura terá caráter voluntário e será realizada com as obras literárias constantes no
acervo bibliográfico da biblioteca da unidade de privação de liberdade;
II – o acervo bibliográfico poderá ser renovado por meio de doações de visitantes ou organizações da
sociedade civil, sendo vedada toda e qualquer censura a obras literárias, religiosas, filosóficas ou
científicas, nos termos dos art. 5o, IX, e 220, § 2o, da Constituição Federal;
III – o acesso ao acervo da biblioteca da unidade de privação de liberdade será assegurado a todas as
pessoas presas ou internadas cautelarmente e àquelas em cumprimento de pena ou de medida de
segurança, independentemente do regime de privação de liberdade ou regime disciplinar em que se
encontrem;
IV – para fins de remição de pena pela leitura, a pessoa em privação de liberdade registrará o empréstimo
de obra literária do acervo da biblioteca da unidade, momento a partir do qual terá o prazo de 21 (vinte
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e um) a 30 (trinta) dias para realizar a leitura, devendo apresentar, em até 10 (dez) dias após esse período,
um relatório de leitura a respeito da obra, conforme roteiro a ser fornecido pelo Juízo competente ou
Comissão de Validação;
V – para cada obra lida corresponderá a remição de 4 (quatro) dias de pena, limitando-se, no prazo de
12 (doze) meses, a até 12 (doze) obras efetivamente lidas e avaliadas e assegurando-se a possibilidade
de remir até 48 (quarenta e oito) dias a cada período de 12 (doze) meses.
§ 1o O Juízo competente instituirá Comissão de Validação, com atribuição de analisar o relatório de leitura,
considerando-se, conforme o grau de letramento, alfabetização e escolarização da pessoa privada de
liberdade, a estética textual (legibilidade e organização do relatório), a fidedignidade (autoria) e a clareza
do texto (tema e assunto do livro lido), observadas as seguintes características:
I – a Comissão de Validação será composta por membros do Poder Executivo, especialmente aqueles
ligados aos órgãos gestores da educação nos Estados e Distrito Federal e responsáveis pelas políticas de
educação no sistema prisional da unidade federativa ou União, incluindo docentes e bibliotecários que
atuam na unidade, bem como representantes de organizações da sociedade civil, de iniciativas autônomas
e de instituições de ensino públicas ou privadas, além de pessoas privadas de liberdade e familiares;
II – a participação na Comissão de Validação terá caráter voluntário e não gerará qualquer tipo de vínculo
empregatício ou laboral com a Administração Pública ou com o Poder Judiciário; e
III – a validação do relatório de leitura não assumirá caráter de avaliação pedagógica ou de prova, devendo
limitar-se à verificação da leitura e ser realizada no prazo de 30 (trinta) dias, contados da entrega do
documento pela pessoa privada de liberdade.
§ 2o Deverão ser previstas formas de auxílio para fins de validação do relatório de leitura de pessoas em
fase de alfabetização, podendo-se adotar estratégias específicas de leitura entre pares, leitura de
audiobooks, relatório de leitura oral de pessoas não-alfabetizadas ou, ainda, registro do conteúdo lido
por meio de outras formas de expressão, como o desenho.
§ 3o O Poder Público zelará pela disponibilização de livros em braile ou audiobooks para pessoas com
deficiências visual, intelectual e analfabetas, prevendo-se formas específicas para a validação dos
relatórios de leitura;
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Gabarito: E
Comentários:
67
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TRABALHO EXTERNO
• É aquele realizado fora das dependências do estabelecimento prisional
• Requisitos para a admissão do trabalho externo
o Autorização do diretor do estabelecimento penal (+ quando em
entidade privada, será necessário consentimento expresso do preso)
o Análise de aptidão, disciplina e responsabilidade
o Necessário cumprimento mínimo de 1/6 da pena
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Gabarito: B
Comentário:
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A alternativa D está incorreta. O RDD prevê o direito do preso à saída da cela por
2 horas diárias para banho de sol, em grupos de até 4 presos, desde que não haja contato
com presos do mesmo grupo criminoso.
Gabarito: C
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Comentários:
Código Penal:
Art. 83 – O juiz poderá conceder livramento condicional ao
condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2
(dois) anos, desde que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
I – cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for
reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes;
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II – cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em
crime doloso; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III – comprovado: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de
2019)
a) bom comportamento durante a execução da pena;
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
b) não cometimento de falta grave nos últimos 12 (doze) meses;
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; e
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
d) aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho
honesto; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
IV – tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o
dano causado pela infração; (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
V – cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de
condenação por crime hediondo, prática de tortura, tráfico ilícito
de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo,
se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa
natureza. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)
Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido
com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do
livramento ficará também subordinada à constatação de
condições pessoais que façam presumir que o liberado não
voltará a delinquir.
Lei 12.850/13
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Estão corretas:
a) I e II.
b) I, II, e III.
c) II e III.
d) II, III e IV.
e) I, III e IV.
Gabarito: E
Comentários:
72
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8
https://www.editoradplacido.com.br/a-7-onda-de-acesso-a-justica-acesso-a-ordem-
juridica-justa-globalizada
9
https://www.conjur.com.br/2023-jan-08/marcos-oliveira-sete-ondas-renovatorias-
acesso-justica
10
Panorama do Livro – Global Access to Justice Project
73
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Gabarito: C
Comentários:
74
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Sendo assim, diante relação própria com o território que ocupam, por
representar a sua reprodução física, social, econômica e cultural, deve haver uma
proteção especial a essas terras.
Além disso, cabe ressaltar que no julgamento da ADI 3239/DF, o STF não
acolheu a tese do marco temporal aos povos quilombolas. Ou seja, mesmo que na data
da promulgação da CF/88 a terra não mais estivesse sendo ocupada pelas comunidades
quilombolas, é possível, em tese, que seja garantido o direito previsto no art. 68 do
ADCT.
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Info 1095/STF - Lei estadual pode autorizar a exploração dos serviços ou do uso de áreas
para ecoturismo e exploração de madeireira ou de subprodutos florestais, desde que
respeitada a legislação ambiental e desde que não incida sobre áreas indígenas ou de
quilombolas. Teses fixadas pelo STF:
1. É constitucional norma estadual que, sem afastar a aplicação da legislação nacional em
matéria ambiental (inclusive relatório de impacto ambiental) e o dever de consulta prévia às
comunidades indígenas e tradicionais, quando diretamente atingidas por ocuparem zonas
contíguas, autoriza a concessão à iniciativa privada da exploração de serviços ou do uso de
bens imóveis do Estado;
2 A concessão pelo Estado não pode incidir sobre áreas tradicionalmente ocupadas por povos
indígenas, remanescentes quilombolas e demais comunidades tradicionais.
STF. Plenário. ADI 7.008/SP, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 22/05/2023 (Info 1095).
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Info 497/STJ - A União deverá figurar como litisconsorte necessária em ação na qual se
discute com particulares se determinada área é remanescente das comunidades dos
quilombos (art. 68 do ADCT), mesmo que na ação já exista a presença da Fundação Cultural
Palmares (fundação federal). STJ. 3ª Turma. REsp 1116553-MT, Rel. Min. Massami Uyeda,
julgado em 17/5/2012 (Info 497).
77
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Gabarito: C
Comentários:
78
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CF, Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo
órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder
Público.
Atenção: Essa cláusula só se aplica aos tribunais. Não se aplica aos juízes
singulares, nem às turmas recursais.
➔ Objeto
➔ Competência
➔ Legitimidade ativa
➔ Quórum
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➔ Efeitos:
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de
segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria
de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha
eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado
Lembrar da previsão do art. 52, X, CF, que permite a produção de efeitos erga
omnes quando houver resolução do Senado Federal:
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva
do Supremo Tribunal Federal;11
Ademais, o STF entende que a causa de pedir é aberta nas ações do controle
abstrato de constitucionalidade:
Info 856-STF: O STF, ao julgar as ações de controle abstrato de constitucionalidade, não está
vinculado aos fundamentos jurídicos invocados pelo autor. Assim, pode-se dizer que na ADI,
ADC e ADPF, a causa de pedir (causa petendi) é aberta. Isso significa que todo e qualquer
dispositivo da CF/88 ou do restante do bloco de constitucionalidade poderá ser utilizado pelo
STF como fundamento jurídico para declarar uma lei ou ato normativo inconstitucional. STF.
ADI 3796/PR, 2017 (Info 856).
11
Vale lembrar: o art. 52, X, da CF é o maior exemplo de mutação constitucional reconhecida pelo STF.
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Gabarito: B
Comentários:
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta (limitação de iniciativa):
II - do Presidente da República;
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III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada
uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa
ou de estado de sítio (limitações circunstanciais).
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros
(limitações formais).
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, com o respectivo número de ordem.
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir (limitações materiais –
cláusulas pétreas):
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser
objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa (limitação temporal).
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a) III e IV
b) II, III e IV
c) II e III.
d) I e IV
e) I, II, III e IV
Gabarito: B
Comentários:
FINALIDADE do IDC
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LEGITIMIDADE ATIVA – IDC deve ser suscitado pelo Procurador Geral da República
COMPETÊNCIA – STJ
CONSTITUCIONALIDADE DO IDC
STF, julgamento conjunto das ADI 3.486 e ADI 3.493, finalizado em 12-09-2023.
É constitucional a inclusão do §5, do art. 109, da CRFB/88, feita pela EC n.45/04 (IDC)
Em primeiro lugar, foi constatada ausência de ofensa ao pacto federativo, pois o IDC
meramente realiza modificação das regras de competência jurisdicional. O Poder
Judiciário nacional é uno, não existindo diferentes "Judiciários estaduais ou federais",
mas sim apenas uma diversidade administrativa sujeita à coordenação do Conselho
Nacional de Justiça. Não houve ofensa ao devido processo legal e ao princípio do juiz
natural pelo "deslocamento", uma vez que o próprio texto constitucional convive com
tal instituto. Para o ministro Fachin, os entes federados detêm uma autonomia
funcionalizada, subordinada à realização dos direitos humanos, não podendo
nenhuma disposição da Constituição ser invocada para "justificar a ineficiência
estatal". Frise-se que o ministro relator Dias Toffoli destacou que as graves violações de
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direitos humanos anteriores à EC 45 não podem ser objeto do IDC, pois "houvesse tal
possibilidade, aí, sim, se estaria diante de nítido juízo ex post facto". O uso do conceito
indeterminado "grave violação de direitos humanos" está sujeito ao crivo do STJ e,
posteriormente, ao do STF na via do recurso extraordinário. Além do crivo judicial, há
caso semelhante adotado pelo Poder Constituinte originário que é a autorização de
intervenção federal por violação dos "direitos da pessoa humana" (artigo 34, VII, b, da
CF): não se listou quais seriam esses "direitos da pessoa humana" e nunca houve ameaça
ao federalismo. Além disso, a expressão "grave violação de direitos humanos" permite
densificação, podendo se subsumir em ofensa de grande impacto a direitos humanos
previstos nas normas internacionais de direitos humanos vinculantes ao Brasil. O relator
ministro Dias Toffoli destacou que certa indeterminação no IDC é incontornável, pois
seria impossível o legislador elencar "todas as situações concretas passíveis de
ocorrência no mundo fenomênico e que causem grave violação dos direitos humanos".
Ou seja, o conceito é indeterminado, não sendo parte de um rol taxativo, mas é
determinável a partir da baliza acima exposta. Já a atuação do procurador-geral da
República não pode ser vista como fonte de arbítrio, uma vez que seu poder-dever
encontra balizas constitucionais, que serão, depois, aferidas pelo STJ. O ministro relator
Dias Toffoli expressamente afastou, como requisito de deferimento do IDC, a
comprovação da inércia, negligência, falta de vontade política ou de condições das
instituições do sistema policial e de justiça do ente federado. Tal requisito não consta
da EC 45/04, mas foi imposto pela prática do STJ desde o IDC nº 01 (a chamada "Doutrina
Stang"). Tal requisito, além de não constar do texto da EC 45, desconsidera que o risco
de violação das obrigações internacionais possa decorrer de outros fatores, como, por
exemplo, a existência de caso na iminência de ser apreciado em um Tribunal
internacional. Nesse sentido, o ministro Toffoli apontou que o IDC pode ser manejado
de forma preventiva, ou seja, antes mesmo que haja a constatação da ineficiência ou
inércia das autoridades policiais, ministeriais ou judiciais do ente federado. Desde o Caso
Dorothy Stang (IDC nº 1), o STJ indeferiu em vários casos o deslocamento justamente
por considerar que a PGR não havia provado a desídia ou incapacidade dos órgãos do
sistema policial ou de justiça do ente federado, como ocorreu no caso Marielle Franco
e Anderson Gomes (IDC nº 24).Além de condizente com a finalidade constitucional, o
incidente de deslocamento, como já salientado anteriormente, deixa de ter como
fundamento uma suposta debilidade da Justiça estadual ou uma putativa superioridade
da Justiça Federal, fincando-se na máxima proteção dos direitos humanos e na
possibilidade de a União atuar, inclusive internamente, como garantidora do
cumprimento das obrigações internacionais assumidas pelo Estado brasileiro. Dessa
forma, para além dos casos de ineficiência do aparato estadual, o incidente se justifica
por fatores outros que estejam pondo ou possam pôr em ameaça o cumprimento de
normas internacionais.
85
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Gabarito: D
Comentários:
O transconstitucionalismo aponta para o fato de que surgem cada vez mais questões
que poderão envolver instâncias estatais, internacionais, supranacionais e
transnacionais (arbitrais), assim como instituições jurídicas locais nativas, na busca da
solução de problemas tipicamente constitucionais
12
https://www.jusbrasil.com.br/noticias/defensores-publicos-mineiros-palestram-em-congresso-
mundial-sobre-filosofia-do-direito-na-suica/734627685
13
NEVES, Marcelo. Transconstitucionalismo. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
14
https://www12.senado.leg.br/ril/edicoes/51/201/ril_v51_n201_p193.pdf
86
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Gabarito: D
Comentário:
Essa lei está de acordo com o direito social à segurança (art. 6º, da CF/88), com
o direito de propriedade (art. 5º, “caput” e XXII) e com o princípio da proporcionalidade.
Além disso, não viola a competência da União para legislar sobre direito civil (art. 22, I).
Isso porque a ampliação ou construção de unidades prisionais constitui matéria de
direito penitenciário, cuja competência legislativa é concorrente (art. 24, I).
87
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Caso concreto: lei do Estado do Espírito Santo (Lei estadual 6.191/2000) proibiu
a construção de presídio dentro do raio de 20km quilômetros de outros já existentes e
a ampliação dos edifícios prisionais com capacidade para 500 detentos. O STF julgou
constitucional essa norma, que objetiva garantir a dignidade dos presos e a segurança
tanto deles quanto dos habitantes do entorno das unidades prisionais.
STF. Plenário. ADI 2.402/ES, Rel. Min. Nunes Marques, julgado em 26/6/2023
(Info 1101).
Tese fixada pelo STF: “É inconstitucional, por violação à competência da União para
legislar sobre direito civil e seguros (art. 22, I e VII, CF/88), lei estadual que estabelece
88
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STF. Plenário. ADI 3703/RJ, Rel. Min. Edson Fachin, redator do acórdão Min. Gilmar
Mendes, julgado em 6/3/2023 (Info 1085).
STF. Plenário. ADI 7172/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 17/10/2022 (Info 1072).
STF. Plenário. ADI 7029/PB, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 6/5/2022 (Info 1053).
É inconstitucional lei estadual que estabeleça prazo máximo para que os planos de saúde
autorizem solicitações de exames e procedimentos cirúrgicos. É inconstitucional lei estadual
que estabeleça prazo máximo de 24 horas para as empresas de plano de saúde regionais
autorizarem ou não solicitações de exames e procedimentos cirúrgicos em seus usuários que
tenham mais de 60 anos. Essa lei é inconstitucional por usurpar competência privativa da
União para legislar sobre Direito Civil e política de seguros (art. 22, I e VII, da CF/88).
STF. Plenário. ADI 6452/ES, Rel. Min. Edson Fachin, redator do acórdão Min. Alexandre de
Moraes, julgado em 11/6/2021 (Info 1021).
É inconstitucional lei estadual que obriga planos de saúde a atenderem os clientes com
Covid-19 mesmo que eles estejam no período de carência contratual É inconstitucional
legislação estadual que impeça as operadoras de planos de saúde de recusarem o
atendimento ou a prestação de alguns serviços, no âmbito de seu território, aos usuários
diagnosticados ou suspeitos de estarem com Covid-19, em razão de período de carência
89
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contratual vigente. Essa norma é inconstitucional por usurpar competência privativa da União
para legislar sobre Direito Civil, Comercial e política de seguros (art. 22, I e VII, da CF/88).
STF. Plenário. ADI 6493/PB, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 11/6/2021 (Info 1021).
Lei estadual não pode proibir a suspensão de planos de saúde por inadimplência, mesmo
durante a pandemia. Por usurpar a competência da União para legislar privativamente sobre
direito civil e política de seguros, é formalmente inconstitucional lei estadual que estabelece
a possibilidade de o Poder Executivo proibir a suspensão ou o cancelamento de planos de
saúde por falta de pagamento durante a situação de emergência do novo coronavírus (Covid-
19).
STF. Plenário. ADI 6441/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 14/5/2021 (Info 1017).
Gabarito: C
90
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Comentário:
91
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Gabarito:E
Comentários:
92
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Gabarito: D
Comentários:
94
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ente público, inclusive aquele que integra; 2. O valor recebido a título de honorários
sucumbenciais deve ser destinado, exclusivamente, ao aparelhamento das
Defensorias Públicas, vedado o seu rateio entre os membros da instituição.STF.
Plenário. RE 1.140.005/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 26/6/2023
(Repercussão Geral – Tema 1002) (Info 1100).
Info 1092 - STF - É inconstitucional norma estadual que fixa o tempo de serviço
público no ente federado ou o tempo de serviço público em geral como critério de
desempate na aferição da antiguidade para a promoção e a remoção dos defensores
públicos locais. Essa norma afronta a competência do legislador complementar
nacional para tratar sobre o tema (arts. 61, § 1º, II, “d”; 93; e 134, §§ 1º e 4º, CF/88),
além de violar o princípio da isonomia (arts. 5º, “caput”; e 19, III, CF/88). STF.
Plenário. ADI 7.317/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 3/5/2023 (Info 1092).
95
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Gabarito: C
Comentários:
96
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Art. 4º O reconhecimento da pessoa como parte da população LGBTI será feito exclusivamente por
meio de autodeclaração, que deverá ser colhida pelo magistrado em audiência, em qualquer fase do
procedimento penal, incluindo a audiência de custódia, até a extinção da punibilidade pelo
cumprimento da pena, garantidos os direitos à privacidade e à integridade da pessoa declarante.
Parágrafo único. Nos casos em que o magistrado, por qualquer meio, for informado de que a pessoa
em juízo pertence à população LGBTI, deverá cientificá-la acerca da possibilidade da autodeclaração
e informá-la, em linguagem acessível, os direitos e garantias que lhe assistem, nos termos da presente
Resolução.
Art. 5º Em caso de autodeclaração da pessoa como parte da população LGBTI, o Poder Judiciário fará
constar essa informação nos seus sistemas informatizados, que deverão assegurar a proteção de seus
dados pessoais e o pleno respeito aos seus direitos e garantias individuais, notadamente à intimidade,
privacidade, honra e imagem.
Parágrafo único. O magistrado poderá, de ofício ou a pedido da defesa ou da pessoa interessada,
determinar que essa informação seja armazenada em caráter restrito, ou, nos casos previstos pela
lei, decretar o sigilo acerca da autodeclaração.
Art. 6º Pessoas autodeclaradas parte da população LGBTI submetidas à persecução penal têm o
direito de ser tratadas pelo nome social, de acordo com sua identidade de gênero, mesmo que distinto
do nome que conste de seu registro civil, como previsto na Resolução CNJ nº 270/2018.
Parágrafo único. Caberá ao magistrado, quando solicitado pela pessoa autodeclarada parte da
população LGBTI ou pela defesa, com autorização expressa da pessoa interessada, diligenciar pela
emissão de documentos, nos termos do artigo 6º da Resolução CNJ nº 306/2019, ou pela retificação
da documentação civil da pessoa.
Art. 7º Em caso de prisão da pessoa autodeclarada parte da população LGBTI, o local de privação de
liberdade será definido pelo magistrado em decisão fundamentada. (Redação dada pela Resolução n.
366, de 20/01/2021)
§ 1º A decisão que determinar o local de privação de liberdade será proferida após questionamento
da preferência da pessoa presa, nos termos do art. 8º, o qual poderá se dar em qualquer momento do
processo penal ou execução da pena, assegurada, ainda, a possibilidade de alteração do local, em
atenção aos objetivos previstos no art. 2º desta Resolução. (Redação dada pela Resolução n. 366, de
20/01/2021)
§ 1º-A. A possibilidade de manifestação da preferência quanto ao local de privação de liberdade e de
sua alteração deverá ser informada expressamente à pessoa pertencente à população LGBTI no
momento da autodeclaração. (Incluído pela Resolução n. 366, de 20/01/2021)
§ 2º Para os fins do caput, a autodeclaração da pessoa como parte da população LGBTI poderá ensejar
a retificação e emissão dos seus documentos quando solicitado ao magistrado, nos termos do art. 6º
da Resolução CNJ nº 306/2019.
§ 3º A alocação da pessoa autodeclarada parte da população LGBTI em estabelecimento prisional,
determinada pela autoridade judicial após escuta à pessoa interessada, não poderá resultar na perda
de quaisquer direitos relacionados à execução penal em relação às demais pessoas custodiadas no
mesmo estabelecimento, especialmente quanto ao acesso a trabalho, estudo, atenção à saúde,
alimentação, assistência material, assistência social, assistência religiosa, condições da cela, banho de
sol, visitação e outras rotinas existentes na unidade.
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15
ADPF527decisao19mar.pdf (stf.jus.br)
98
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Gabarito: E
Comentários:
16
https://www.anadep.org.br/wtksite/cms/conteudo/52996/E-BOOK_RACISMO.pdf
17
https://www.youtube.com/watch?v=PwZubP9eT6g
18
https://drive.google.com/file/d/1MCxMVHND_9aUw_EhYpe2a8tkDQ-MdVt2/view?usp=sharing
99
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( V ) O caso Simone André Diniz foi julgado pela CIDH e é paradigmático quanto ao racismo
institucional. Nos classificados de um jornal de grande circulação, foi publicada uma nota por
meio da qual uma pessoa comunicava seu interesse em contratar uma empregada doméstica
de cor branca. Simone André Diniz, negra, apresentou-se para a vaga e foi recusada,
denunciando a situação às autoridades competentes. O caso foi investigado, mas o Ministério
Público arquivou o inquérito policial e houve homologação pelo Poder Judiciário. O fundamento
do arquivamento foi que não se identificou crime de racismo ou de injúria racial.
( V ) Recentemente, a CIDH apresentou perante a Corte o Caso Luiza Melinho, que reporta
violações a direitos no acesso a uma cirurgia de afirmação de gênero. A CIDH recomendou à
Corte, dentre outras medidas de reparação, a eliminação dos obstáculos nos protocolos de
saúde que tornem ineficiente a prestação da cirurgia de afirmação de gênero.
( F ) No caso Favela Nova Brasília, a Corte julgou o Brasil pela violência policial empregada em
uma incursão em favela no Rio de Janeiro, em que muitos homens foram vítimas de homicídio
e mulheres foram vítimas de violência sexual. Entre as medidas de reparação estabelecidas pela
100
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Corte, contudo, critica-se a ausência de recomendação para que, em casos envolvendo policiais,
se delegue a investigação a um órgão independente e diferente da força pública envolvida no
incidente.
a) V, F, F, V
b) F, V, F, F
c) V, V, F, V
d) V, V, F, F
Gabarito: C
Comentários:
Simone André Diniz, negra, apresentou-se para a vaga e foi recusada, denunciando a
situação às autoridades competentes. O caso foi investigado, mas o Ministério Público arquivou
o inquérito policial e houve homologação pelo Judiciário. O fundamento do arquivamento foi
que não identificaram crime de racismo ou de injúria racial.
A CIDH chamou a atenção do governo brasileiro que “a omissão das autoridades públicas
em efetuar diligente e adequada persecução criminal de autores de discriminação racial e
racismo cria o risco de produzir não somente um racismo institucional, onde o Poder Judiciário
é visto pela comunidade afrodescendente como um poder racista, como também resulta grave
impacto que tem sobre a sociedade na medida em que a impunidade estimula a prática do
racismo”.
101
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II - Caso Luiza Melinho - CIDH: recentemente (em junho de 2023) a CIDH remeteu o caso
para a Corte. Luiza buscou a realização de cirurgia de transgenitalização pela rede pública de
saúde, mas não conseguiu. Houve debate e controvérsias nos Tribunais brasileiros a respeito da
possibilidade ou não da cirurgia de transgenitalização ser custeada pelo SUS.
A Comissão concluiu que o Estado não garantiu o acesso à saúde de Luiza Melinho em igualdade de
condições, o que foi demonstrado por meio dos obstáculos para acessar a cirurgia solicitada, como a
escassez de estabelecimentos capazes de realizá-la, a distância geográfica e as demoras no processo.
Ademais, considerou que houve uma falta de acesso equitativo aos serviços de saúde, especialmente
dada a vulnerabilidade da vítima. Também se argumentou que as demoras judiciais afetaram a vida
privada de Luiza Melinho e seu direito a definir sua identidade de gênero de maneira autônoma.
Quanto às garantias judiciais e à proteção judicial, a Comissão estabeleceu que houve uma demora
injustificada nos cinco anos e meio de tramitação do caso, o que teve um impacto negativo na saúde
física e mental de Luiza Melinho, o que incluiu tentativas de suicídio, depressão e ansiedade.
Assim, a Comissão concluiu que o Estado brasileiro é responsável pela violação dos direitos
contemplados nos artigos 5.1 (integridade pessoal), 8.1 (direito às garantias judiciais), 11 (proteção da
honra e da dignidade), 24 (igualdade perante a lei), 25.1 (direito à proteção judicial) e 26 (direitos
econômicos, sociais e culturais), combinados com o artigo 1.1 do referido instrumento.
3. Adotar medidas para evitar que situações similares se repitam no futuro, o que deve incluir a
eliminação dos obstáculos nos protocolos de saúde que tornem ineficiente a prestação da cirurgia de
afirmação de gênero, a garantia de que os recursos promovidos pela via judicial relacionados a cirurgias
de afirmação sejam decididos de modo célere e a promoção da capacitação do pessoal médico que trata
das pessoas trans, não binárias e de gênero diverso para garantir o acesso imediato a serviços de saúde
de maneira não discriminatória.
Para aprofundamento, mais informações sobre o caso podem ser encontradas em: Mais informações
em: https://www.oas.org/pt/cidh/jsForm/?File=/pt/cidh/prensa/notas/2023/190.asp
III – Caso Favela Nova Brasília (Corte IDH): O precedente versa sobre a
responsabilidade internacional do Estado brasileiro pela violação do direito à vida e à
integridade pessoal das vítimas – 26 homens vítimas de homicídio e 3 mulheres vítimas
de violência sexual – durante operações policiais realizadas na Favela Nova Brasília,
Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, em duas incursões ocorridas nos dias 18 de
outubro de 1994 e em 8 de maio de 1995. Trata, também, da responsabilidade do Estado
relativamente aos direitos dos familiares e das vítimas, relacionados à proteção e
garantias judiciais. O caso desenvolve parâmetros sobre o dever de investigar com a
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Segundo o apurado pela Corte IDH, em 18 de outubro de 1994, foi realizada uma
incursão policial na Favela Nova Brasília, envolvendo de 40 a 80 policiais civil e militares
do Estado do Rio de Janeiro. Os policiais, durante a operação, teriam invadido cinco
casas e realizaram disparos com armas de fogo contra quem estava nas residências,
resultando na morte de 13 homens (entre eles, quatro eram crianças). Após as mortes,
os policiais alteraram a cena do crime ao levarem os corpos à praça central da Favela
Nova Brasília. Ademais, em duas das cinco casas invadidas durante a operação, foram
realizados atos de violência sexual contra três mulheres que eram adolescentes na
época dos fatos (15 e 16 anos). As mortes foram registradas no inquérito policial aberto
como “resistência com morte dos opositores”.
103
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- O Estado deverá arbitrar os meios para que, no prazo de seis meses a contar da
presente decisão, se compute em dobro cada dia de privação de liberdade
cumprido no IPPSC, para todas as pessoas ali alojadas, que não sejam acusadas
de crimes contra a vida ou a integridade física, ou de crimes sexuais, ou não
tenham sido por eles condenadas;
a) No caso Órdenes Guerra vs. Chile, a Corte IDH afirmou explicitamente que a
imprescritibilidade se aplica também às ações civis de reparação.
b) O Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional prevê que a tortura, quando
cometida no quadro de um ataque, generalizado ou sistemático, contra qualquer
população civil, havendo conhecimento desse ataque, é considerada como crime contra
a humanidade, que se sujeita à competência do Tribunal.
104
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Gabarito: E
Comentários:
Súmula 647-STJ: São imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e materiais
decorrentes de atos de perseguição política com violação de direitos fundamentais ocorridos
durante o regime militar.
Ainda, o STJ está julgando a ação declaratória ajuizada pela família de vítima de tortura
determinada por Carlos Alberto Brilhante Ustra, na época da ditadura, e há relevantes
discussões a respeito da (im)prescritibilidade do reconhecimento da responsabilidade de Ustra,
105
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bem como considerações a respeito do direito à memória e à verdade. Para saber mais, pode-
se consultar o seguinte artigo: https://www.migalhas.com.br/coluna/migalhas-de-
responsabilidade-civil/388479/responsabilidade-civil-e-direito-a-verdade
Artigo 5o
1. A competência do Tribunal restringir-se-á aos crimes mais graves, que afetam a comunidade
internacional no seu conjunto. Nos termos do presente Estatuto, o Tribunal terá competência para
julgar os seguintes crimes:
a) O crime de genocídio;
c) Crimes de guerra;
d) O crime de agressão.
2. O Tribunal poderá exercer a sua competência em relação ao crime de agressão desde que, nos termos
dos artigos 121 e 123, seja aprovada uma disposição em que se defina o crime e se enunciem as
condições em que o Tribunal terá competência relativamente a este crime. Tal disposição deve ser
compatível com as disposições pertinentes da Carta das Nações Unidas.
Artigo 6o
Crime de Genocídio
Para os efeitos do presente Estatuto, entende-se por "genocídio", qualquer um dos atos que a seguir se
enumeram, praticado com intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial
ou religioso, enquanto tal:
c) Sujeição intencional do grupo a condições de vida com vista a provocar a sua destruição física, total
ou parcial;
Artigo 7o
106
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1. Para os efeitos do presente Estatuto, entende-se por "crime contra a humanidade", qualquer um dos
atos seguintes, quando cometido no quadro de um ataque, generalizado ou sistemático, contra
qualquer população civil, havendo conhecimento desse ataque:
a) Homicídio;
b) Extermínio;
c) Escravidão;
e) Prisão ou outra forma de privação da liberdade física grave, em violação das normas fundamentais de
direito internacional;
f) Tortura;
g) Agressão sexual, escravatura sexual, prostituição forçada, gravidez forçada, esterilização forçada ou
qualquer outra forma de violência no campo sexual de gravidade comparável;
h) Perseguição de um grupo ou coletividade que possa ser identificado, por motivos políticos, raciais,
nacionais, étnicos, culturais, religiosos ou de gênero, tal como definido no parágrafo 3o, ou em função
de outros critérios universalmente reconhecidos como inaceitáveis no direito internacional,
relacionados com qualquer ato referido neste parágrafo ou com qualquer crime da competência do
Tribunal;
j) Crime de apartheid;
k) Outros atos desumanos de caráter semelhante, que causem intencionalmente grande sofrimento, ou
afetem gravemente a integridade física ou a saúde física ou mental.
2. Para efeitos do parágrafo 1º (...) e) Por "tortura" entende-se o ato por meio do qual uma dor ou
sofrimentos agudos, físicos ou mentais, são intencionalmente causados a uma pessoa que esteja sob a
custódia ou o controle do acusado; este termo não compreende a dor ou os sofrimentos resultantes
unicamente de sanções legais, inerentes a essas sanções ou por elas ocasionadas;
- Aplica-se o princípio da complementaridade (art. 1º): Tribunais Nacionais tem prioridade para
investigar, e TPI só atua se o Estado não quer ou é incapaz de investigar. Também se aplica se a pena
pelo Estado for aplicada de forma fraudulenta, ou seja, uma pena irrisória apenas para evitar a
jurisdição do TPI.
a) Pena de prisão por um número determinado de anos, até ao limite máximo de 30 anos; ou
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Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes (ONU):
ARTIGO 1º: 1. Para os fins da presente Convenção, o termo "tortura" designa qualquer ato pelo qual
dores ou sofrimentos agudos, físicos ou mentais, são infligidos intencionalmente a uma pessoa a fim de
obter, dela ou de uma terceira pessoa, informações ou confissões; de castigá-la por ato que ela ou uma
terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita de ter cometido; de intimidar ou coagir esta pessoa ou
outras pessoas; ou por qualquer motivo baseado em discriminação de qualquer natureza; quando tais
dores ou sofrimentos são infligidos por um funcionário público ou outra pessoa no exercício de funções
públicas, ou por sua instigação, ou com o seu consentimento ou aquiescência. Não se considerará como
tortura as dores ou sofrimentos que sejam consequência unicamente de sanções legítimas, ou que
sejam inerentes a tais sanções ou delas decorram.
19
Para acessar a íntegra do Protocolo, consulte o link: http://www.dhnet.org.br/dados/manuais/a_pdf/manual_protocolo_istambul.pdf
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ARTIGO 2º: Para os efeitos desta Convenção, entender-se-á por tortura todo ato pelo qual são infligidos
intencionalmente a uma pessoa penas ou sofrimentos físicos ou mentais, com fins de investigação
criminal, como meio de intimidação, como castigo pessoal, como medida preventiva, como pena ou
com qualquer outro fim. Entender-se-á também como tortura a aplicação, sobre uma pessoa, de
métodos tendentes a anular a personalidade da vítima, ou a diminuir sua capacidade física ou mental,
embora não causem dor física ou angústia psíquica.
a) Os empregados ou funcionários públicos que, atuando nesse caráter, ordenem sua comissão
ou instiguem ou induzam a ela, cometam-no diretamente ou, podendo impedi-lo, não o façam;
b) As pessoas que, por instigação dos funcionários ou empregados públicos a que se refere a
alínea a, ordenem sua comissão, instiguem ou induzam a ela, comentam-no diretamente ou nela sejam
cúmplices.
Por fim, é IMPORTANTE: lembrar que apenas a Lei brasileira que trata da tortura
(Lei nº 9.555/97) é que prevê que pode ser autor da tortura pessoa que não seja
funcionário público. Tanto a Convenção da ONU quanto a Convenção Interamericana
contra a Tortura preveem que apenas se configura tortura quando o agente for
funcionário público ou tiver sido influenciado por funcionário público.
Gabarito: E
Comentários:
109
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1) Mecanismos extraconvencionais
2) Mecanismos convencionais
MECANISMOS EXTRACONVENCIONAIS
b. Procedimento n. 1503
▪ Caráter privado: confidencial
▪ Procedimento obsoleto, quando comparado ao n. 1235
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MECANISMOS CONVENCIONAIS
3) PIDESC
o Ratificado pelo Brasil – dec. 591/92
▪ Comitê DESC
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112
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Gabarito: A
Comentários:
• Perspectiva plural
• Em sintonia com os objetivos fundamentais previstos em nossa constituição,
busca a inclusão social, erradicação da marginalização.
• Combatendo desigualdade e todas as formas de discriminação
113
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• Múltiplas formas de discriminação têm seu conteúdo abarcado pelo nosso bloco
de constitucionalidade – internalização, sob o rito do art. 5 §3, da CRFB/88, de
tratados internacionais de direitos humanos basilares na perspectiva
antidiscriminatória: Convenção de NY e Convenção Interamericana contra o
Racismo e todas as formas de intolerância
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115
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Gabarito: D
Comentário:
No que tange a letra C, o Caso Fontevecchia e D’Amico vs. Argentina tem como
ponto central a possibilidade de a ameaça ou a concretização de uma indenização cível
inibir o direito à liberdade de expressão de jornalistas. Portanto, não é somente a
ameaça de uma sanção penal que pode resfriar o direito à liberdade de expressão.
Por fim, o Caso Poblete Vilches e outros vs. Chile representa o primeiro caso da
Corte IDH sobre o direito à saúde das pessoas idosas.
116
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c) O programa "Housing First" visa retirar as pessoas da situação de rua por meio
de uma série de atendimentos da rede de proteção, antes de oferecer moradia.
d) As medidas cautelares da ADPF 976/STF incluem a criação de instrumentos de
diagnóstico permanente da população em situação de rua, a formação de
agentes públicos para tratamento humanizado, a proibição do recolhimento
forçado de bens e o emprego de técnicas de arquitetura hostil.
e) A ADPF 976/STF não estabelece prazos ou diretrizes específicas para a atuação
dos Poderes Executivos municipais e distrital em relação à população em
situação de rua.
Gabarito: D
Comentário:
No que tange a alternativa B, a Lei 14.489, conhecida como "Lei Padre Júlio Lancellotti",
tem como objetivo vedar o emprego de materiais, estruturas, equipamentos e técnicas
construtivas hostis que tenham como objetivo ou resultado o afastamento de pessoas
em situação de rua, idosos, jovens e outros segmentos da população, não o incentivar.
Por fim, a ADPF 976/STF estabelece diretrizes específicas e prazos para a atuação
dos Poderes Executivos municipais e distrital em relação à população em situação de
rua, conforme descrito nas medidas cautelares.
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
117
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(…)
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
a) I e II.
b) I, II, e III.
c) II e III.
d) III, IV e V..
e) I, III e IV.
Gabarito:D
Comentários:
118
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119
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único meio para ter acesso a respeito e dignidade. Estudos de saúde realizados
em épocas distintas têm apontado que os negros vítimas de discriminação
explícita tornam-se suscetíveis psiquicamente a desenvolverem, mais
comumente: ansiedade, ataques de pânico, baixa autoestima, depressão,
comprometimento/crises de identidade e distorção do autoconceito.”20
IV. No Brasil, a questão racial passou por um processo de invisibilização
representado pelo “mito da democracia racial”, que disseminou a ideia de que
não existiriam conflitos raciais e que há convivência harmônica e igualdade de
direitos.
Verdadeiro demais né? Vejamos: A questão racial no Brasil é emblemática: há o
mito de uma democracia racial coexistindo com o racismo. A democracia racial
se manifesta no imaginário brasileiro e escamoteia os problemas
socioeconômicos que enfrentam os afrodescendentes. O racismo se manifesta
na manutenção da superestrutura escravista, aonde os brancos continuam
sendo os donos da “Casa Grande” e os negros continuam nas “Senzalas”. Só que
hoje a casa grande são os condomínios fechados e as senzalas a favela, a
periferia.”
V. É exemplo da discriminação institucional do Estado a submissão das pessoas
negras a um tratamento penal mais rigoroso que aquele destinado às pessoas
brancas.
Correto! Neste sentido, direto do site do Superior Tribunal de Justiça21:
“Cor preta, suspeito padrão. Esse é o estereótipo presente na maior parte das
abordagens e na identificação de pessoas consideradas suspeitas pelos agentes
de segurança do Estado.
Divulgada em fevereiro deste ano, uma pesquisa coordenada pelo Centro de
Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) confirmou, com dados inéditos, o que
20https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2021/02/4906416-autoestima-da-raca-negra.html
120
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.QUESTÃO 45 – “Nas comunidades de Fechos de Pastos o gado era solto nas frentes das
roças, nas áreas de uso coletivo, terras comunais denominadas pelas famílias
camponesas da região como “os Gerais”. Grandes extensões de terras que iam das roças
até as cabeceiras dos rios, fazendo divisa com os Estados de Goiás e Minas Gerais. Todas
estas terras eram usadas pelas famílias camponesas para a criação de seus animais, não
existindo limite. O gado aproveitava a pastagem nativa, mantendo o Cerrado em pé e
pastava por onde queria. Por um ou dois meses, os donos dos rebanhos os traziam para
as matas, as roças, para alimentá-los com um pasto diferente, pasto de cultura que
fornece uma alimentação com maior valor nutritivo e tinha a função de “tirar a areia do
bucho” como falavam os criadores.” Fonte: http://ispn.org.br/site/wp-
content/uploads/2018/10/ComunidadesTradicionaisDeFechoDePastoESeuModoPr%C3
%B3prioDeConviv%C3%AAnciaComOCerrado.pdf
121
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Gabarito: C
Comentários:
Pessoal, o objetivo dessa questão foi trabalhar com vocês os seguintes pontos
do edital: Marco legal protetivo e grupos vulnerabilizados no Brasil: comunidades
tradicionais + Conferência Mundial contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia
e Intolerância Correlata (Conferência de Durban).
Sobre o tema22:
O item C cobrou entendimento recente do STF na ADI (ADI) 5.783, ajuizada pelo
MPF em 2017 contra dispositivo da Lei 12.910/2013 do Estado da Bahia, norma que
impunha prazo (marco temporal) para a regularização fundiária das comunidades
tradicionais de Fundo e Fecho de Pasto:
123
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ADI 5.783
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (6) anular o limite temporal para
regularização de territórios de comunidades tradicionais de fundo e fecho de pasto da Bahia.
A partir de uma ação protocolada em 2017 pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o
Supremo declarou inconstitucional o trecho da Lei 12.910/2013, da Bahia, que estabeleceu
prazo de 31 de dezembro de 2018 para apresentação de requerimento com objetivo de
reconhecer a posse das terras.
Na ação, a PGR afirmou que a norma limitou o direito à existência das comunidades ao definir
limite temporal de cinco anos após a edição da lei para regularização.
A maioria de votos contra o marco temporal foi obtida a partir da manifestação da relatora
e presidente do STF, ministra Rosa Weber.
A ministra entendeu que o limite temporal é inconstitucional. Para Rosa Weber, as
comunidades tradicionais têm direito a reivindicar os documentos de territórios ocupados
por séculos a qualquer tempo.
Em seguida, o ministro Cristiano Zanin também reconheceu que as comunidades de fundo e
fecho de pasto são protegidas pela Constituição. Para o ministro, o limite temporal “aprisiona
as futuras gerações”, que não poderiam solicitar o direito ao reconhecimento das terras.
O voto da relatora foi seguido pelos ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luiz Fux,
Roberto Barroso e Cármen Lúcia.
Nunes Marques divergiu em parte e afirmou que os estados podem fixar prazos para o
reconhecimento de terras. No entanto, o ministro entendeu, que, no caso específico da
Bahia, o prazo estipulado pela lei foi irrazoável e deveria contar a partir do julgamento de
hoje.
O Artigo 42 preleciona:
124
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(...)
DIREITO ADMINISTRATIVO.
Gabarito: D
Comentários:
125
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126
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Gabarito: C
Comentários:
128
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Além disso, poder de polícia pode ser preventivo (ex: licença de funcionamento
de estabelecimento) ou repressivo (ex: imposição de sanção por venda de mercadorias
vencidas).
Info. 996/STF - É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas
jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social
majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria
do Estado e em regime não concorrencial.
O fato de a pessoa jurídica integrante da Administração Pública indireta destinatária da
delegação da atividade de polícia administrativa ser constituída sob a roupagem do regime
privado não a impede de exercer a função pública de polícia administrativa.
O regime jurídico híbrido das estatais prestadoras de serviço público em regime de
monopólio é plenamente compatível com a delegação, nos mesmos termos em que se
129
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Info 742/STJ - O INMETRO não possui competência exclusiva para fiscalização quantitativa
de produtos comercializados
O STJ considerou que é possível que o MAPA (Ministério da Agricultura), em concorrência
com o INMETRO, faça a fiscalização sobre pesagem de produtos comercializados destinados
ao consumidor final. Seria desarrazoado imaginar que o INMETRO, órgão com estrutura
insuficiente para todo o território, fosse o único a vigiar a saúde e o respeito aos padrões de
todos os setores produtivos do Brasil. STJ. 2ª Turma. REsp 1832357-SC, Rel. Min. Francisco
Falcão, julgado em 14/06/2022 (Info 742).
130
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Gabarito: B
Comentários:
Está em pleno vigor a nova lei de licitações, então essa questão é para lembrar
alguns conceitos importantes da lei.
131
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I - pregão;
II - concorrência;
III - concurso;
IV - leilão;
V - diálogo competitivo.
§ 1º Além das modalidades referidas no caput deste artigo, a Administração pode servir-se dos
procedimentos auxiliares previstos no art. 78 desta Lei.
Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável a competição, em especial nos casos de:
Art. 78. São procedimentos auxiliares das licitações e das contratações regidas por esta Lei:
I - credenciamento;
132
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II - pré-qualificação;
V - registro cadastral.
I - para contratação que envolva valores inferiores a R$ 100.000,00 (cem mil reais), no caso de obras e
serviços de engenharia ou de serviços de manutenção de veículos automotores; (Vide Decreto nº
10.922, de 2021) (Vigência) (Vide Decreto nº 11.317, de 2022) Vigência
II - para contratação que envolva valores inferiores a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), no caso de
outros serviços e compras;
Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável a competição, em especial nos casos de:
Gabarito: C
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Comentários:
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) é uma lei que serve
como referência tanto para processos administrativos como judiciais, de modo que é
bem importante conhecer o seu conteúdo, especialmente o que foi acrescentado pela
Lei nº 13.655, de 2018.
A assertiva C está incorreta porque vai de encontro ao art. 27, caput, da LINDB.
Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores
jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da
decisão. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) (Regulamento)
Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação
de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas
consequências jurídicas e administrativas. (Incluído pela Lei nº 13.655, de
2018) (Regulamento)
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for o caso, indicar
as condições para que a regularização ocorra de modo proporcional e equânime e sem prejuízo aos
interesses gerais, não se podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou perdas que, em função das
peculiaridades do caso, sejam anormais ou excessivos. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)
Art. 27. A decisão do processo, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, poderá impor
compensação por benefícios indevidos ou prejuízos anormais ou injustos resultantes do processo ou da
conduta dos envolvidos. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) (Regulamento)
§ 1º A decisão sobre a compensação será motivada, ouvidas previamente as partes sobre seu
cabimento, sua forma e, se for o caso, seu valor. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)
§ 2º Para prevenir ou regular a compensação, poderá ser celebrado compromisso processual entre
os envolvidos. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)
Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em
caso de dolo ou erro grosseiro. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) (Regulamento)
Art. 29. Em qualquer órgão ou Poder, a edição de atos normativos por autoridade administrativa,
salvo os de mera organização interna, poderá ser precedida de consulta pública para manifestação de
interessados, preferencialmente por meio eletrônico, a qual será considerada na
decisão. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) (Vigência) (Regulamento)
§ 1º A convocação conterá a minuta do ato normativo e fixará o prazo e demais condições da consulta
pública, observadas as normas legais e regulamentares específicas, se houver. (Incluído pela Lei nº
13.655, de 2018) (Vigência)
134
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Gabarito: E
Comentários:
135
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136
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Gabarito: C
Comentários:
137
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138
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Gabarito: A
Comentário:
Desta feita, no caso narrado na questão, aplica-se ao Estado a regra do art. 927,
parágrafo único, do Código Civil, de responsabilidade civil objetiva por atividade
naturalmente perigosa, sendo irrelevante que a conduta seja comissiva ou omissiva.23
23 REsp 1.869.046-SP, Rel. Min. Herman Benjamin, Segunda Turma, por unanimidade, julgado
em 09/06/2020, DJe 26/06/2020
139
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140
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Polêmica. Acredito que deve ser lida como verdadeira se a “omissão for genérica, com base na culpa anônima”
(multidões, enchentes, vendaval). Porém, se a omissão for específica, em que há um dever de garante, a
responsabilidade seria objetiva (exs: presidiários, pessoas internadas em hospitais públicos, estudantes de escolas
públicas).
24
https://www.buscadordizerodireito.com.br/teses/detalhes/4e732ced3463d06de0ca9a15b615
3677?categoria=2
141
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A responsabilidade do Estado por dano ao meio ambiente decorrente de sua omissão no dever de fiscalização é
de caráter solidário, mas de execução subsidiária, na condição de devedor-reserva.
Há responsabilidade do Estado ainda que, por meios apenas indiretos, contribua para a consolidação,
agravamento ou perpetuação dos danos experimentados pela sociedade.
STJ. 2ª Turma. AgInt no REsp 1362234/MS, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 05/11/2019.
7) A Administração Pública pode responder civilmente pelos danos causados por seus
agentes, ainda que estes estejam amparados por causa excludente de ilicitude penal.
8) É objetiva a responsabilidade civil do Estado pelas lesões sofridas por vítima baleada em
razão de tiroteio ocorrido entre policiais e assaltantes.
O STF decidiu que a responsabilização objetiva do Estado em caso de morte de detento somente ocorre quando
houver inobservância do dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da Constituição Federal (RE
841526/RS).
Não haverá responsabilidade civil do Estado se o Tribunal de origem, com base nas provas apresentadas, decide
que não se comprovou que a morte do detento foi decorrente da omissão do Poder Público e que o Estado não
tinha como montar vigilância a fim de impedir que o preso ceifasse sua própria vida.
Tendo o acórdão do Tribunal de origem consignado expressamente que ficou comprovada causa impeditiva da
atuação estatal protetiva do detento, rompeu-se o nexo de causalidade entre a suposta omissão do Poder Público
e o resultado danoso.
STJ. 2ª Turma. REsp 1305259/SC, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 08/02/2018.
11) O Estado não responde civilmente por atos ilícitos praticados por foragidos do sistema
penitenciário, salvo quando os danos decorrem direta ou imediatamente do ato de fuga.
Em regra, o Estado não tem responsabilidade civil por atos praticados por presos foragidos; exceção: quando
demonstrado nexo causal direto:
Nos termos do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal, não se caracteriza a responsabilidade civil objetiva do
Estado por danos decorrentes de crime praticado por pessoa foragida do sistema prisional, quando não
demonstrado o nexo causal direto entre o momento da fuga e a conduta praticada. STF. Plenário. RE 608880, Rel.
Min. Marco Aurélio, Relator p/ Acórdão Alexandre de Moraes, julgado em 08/09/2020 (Repercussão Geral – Tema
362) (Info 993).
142
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14) Não há nexo de causalidade entre o prejuízo sofrido por investidores em decorrência de
quebra de instituição financeira e a suposta ausência ou falha na fiscalização realizada pelo
Banco Central no mercado de capitais.
15) A existência de lei específica que rege a atividade militar (Lei n. 6.880/1980) não isenta a
responsabilidade do Estado pelos danos morais causados em decorrência de acidente sofrido
durante as atividades militares.
A teor do disposto no art. 37, § 6º, da Constituição Federal, a ação por danos causados por
agente público deve ser ajuizada contra o Estado ou a pessoa jurídica de direito privado
prestadora de serviço público, sendo parte ilegítima para a ação o autor do ato, assegurado
o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
STF. Plenário. RE 1027633/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 14/8/2019 (repercussão
geral) (Info 947).
143
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Gabarito: C
Comentário:
A alternativa "b" está incorreta. A Lei Federal nº 13.460/2017 abrange uma ampla
variedade de serviços públicos, incluindo os serviços de transporte público. Portanto, a
implementação de um programa de ouvidoria pela Agência de Transporte, embasada
nessa lei, é uma medida que visa aprimorar o atendimento aos usuários e a qualidade
dos serviços públicos prestados.
A alternativa "c" está correta. A Lei Federal nº 13.460/2017 de fato assegura o direito
dos usuários a apresentarem manifestações acerca da prestação de serviços públicos.
Essas manifestações podem ser dirigidas à ouvidoria do órgão responsável e devem
conter a identificação do requerente para possibilitar o tratamento adequado das
demandas e a proteção dos direitos dos usuários.
A alternativa "d" está incorreta. A Lei Federal nº 13.460/2017 não exige consultas
públicas obrigatórias antes da implementação de um programa de ouvidoria. No
entanto, a lei estabelece que os usuários devem ser ouvidos e suas manifestações
consideradas, visando à melhoria dos serviços públicos e à participação cidadã.
Consultas públicas podem ser uma ferramenta útil nesse processo, mas não são
mandatórias para a criação da ouvidoria.
144
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Veja na legislação: Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas para participação,
proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos prestados direta ou
indiretamente pela administração pública.
Gabarito: C
Comentários:
145
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146
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Fonte: https://defensoria.mg.def.br/defensoria-de-minas-gerais-celebra-convenio-
com-ministerio-da-justica-para-desenvolver-projeto-de-protecao-integral-a-criancas-e-
adolescentes/
Gabarito: C
147
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Comentários:
Pessoal, nessa questão nosso objetivo foi tratar com vocês sobre os seguintes
pontos do edital:
148
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DIREITO CIVIL
Gabarito: C
Comentário:
149
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Assim, poderá ser estipulada uma indenização aos construtores, desde que
tenham agido de boa-fé, ou seja, que a construção da moradia tenha ocorrido com a
permissão do proprietário do terreno.
150
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.QUESTÃO 57 – Lara e Janaína são casadas sob o regime de comunhão universal de bens.
Janaína é esteticista e contraiu uma dívida em face da Beleza LTDA, pela compra de
equipamentos de estética. Ao realizar a execução do débito, a empresa não localizou
bens no nome de Janaína, razão pela qual pugnou pela penhora de valores na conta
151
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Gabarito: D
Comentários:
Também em situação semelhante à que foi trazida pela questão, o STJ definiu
no informativo 780 que:
152
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Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens
que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu
desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro.
§ 1º Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor.
§ 2º Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos:
I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua meação, ressalvado
o disposto no art. 843;
II - o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia da alienação
realizada em fraude à execução;
III - quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da personalidade
jurídica, de cujo incidente não fez parte;
IV - o credor com garantia real para obstar expropriação judicial do objeto de direito real de garantia,
caso não tenha sido intimado, nos termos legais dos atos expropriatórios respectivos.
Art. 675. Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto
não transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de execução,
até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas
sempre antes da assinatura da respectiva carta.
Parágrafo único. Caso identifique a existência de terceiro titular de interesse em embargar o ato, o juiz
mandará intimá-lo pessoalmente.
154
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Art. 676. Os embargos serão distribuídos por dependência ao juízo que ordenou a constrição e
autuados em apartado.
Parágrafo único. Nos casos de ato de constrição realizado por carta, os embargos serão oferecidos no
juízo deprecado, salvo se indicado pelo juízo deprecante o bem constrito ou se já devolvida a carta.
Art. 677. Na petição inicial, o embargante fará a prova sumária de sua posse ou de seu domínio e da
qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas.
§ 1º É facultada a prova da posse em audiência preliminar designada pelo juiz.
§ 2º O possuidor direto pode alegar, além da sua posse, o domínio alheio.
§ 3º A citação será pessoal, se o embargado não tiver procurador constituído nos autos da ação
principal.
§ 4º Será legitimado passivo o sujeito a quem o ato de constrição aproveita, assim como o será seu
adversário no processo principal quando for sua a indicação do bem para a constrição judicial.
Art. 678. A decisão que reconhecer suficientemente provado o domínio ou a posse determinará a
suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos, bem como a
manutenção ou a reintegração provisória da posse, se o embargante a houver requerido.
Parágrafo único. O juiz poderá condicionar a ordem de manutenção ou de reintegração provisória de
posse à prestação de caução pelo requerente, ressalvada a impossibilidade da parte economicamente
hipossuficiente.
Art. 679. Os embargos poderão ser contestados no prazo de 15 dias, findo o qual se seguirá o
procedimento comum.
Art. 680. Contra os embargos do credor com garantia real, o embargado somente poderá alegar que:
I - o devedor comum é insolvente;
II - o título é nulo ou não obriga a terceiro;
III - outra é a coisa dada em garantia.
Art. 681. Acolhido o pedido inicial, o ato de constrição judicial indevida será cancelado, com o
reconhecimento do domínio, da manutenção da posse ou da reintegração definitiva do bem ou do
direito ao embargante.
a) No caso de o suposto pai não ser localizado para realização de exame de DNA,
este poderá ser realizado em parentes consanguíneos. Nesse caso, a recusa do
parente importará em presunção de paternidade, a ser apreciada em conjunto
com o contexto probatório.
b) Julgada procedente a investigação de paternidade, os alimentos são devidos a
partir do nascimento da criança.
c) A jurisprudência do STJ entende que é juridicamente impossível o pedido de
nova adoção formulado pela mãe biológica, em relação à filha com mais de 18
anos adotada por outrem, anteriormente, na infância.
155
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Gabarito: A
Comentários:
Art. 2º-A. Na ação de investigação de paternidade, todos os meios legais, bem como os moralmente
legítimos, serão hábeis para provar a verdade dos fatos. (Incluído pela Lei nº 12.004, de 2009).
§ 1º. A recusa do réu em se submeter ao exame de código genético - DNA gerará a presunção da
paternidade, a ser apreciada em conjunto com o contexto probatório. (Incluído pela Lei nº 12.004,
de 2009). (Renumerado do parágrafo único, pela Lei nº 14.138, de 2021)
§ 2º Se o suposto pai houver falecido ou não existir notícia de seu paradeiro, o juiz determinará, a
expensas do autor da ação, a realização do exame de pareamento do código genético (DNA) em parentes
consanguíneos, preferindo-se os de grau mais próximo aos mais distantes, importando a recusa em
presunção da paternidade, a ser apreciada em conjunto com o contexto probatório. (Incluído pela
Lei nº 14.138, de 2021)
Atenção, ainda, para outro artigo que pode ser cobrado na prova:
156
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Info 754/STJ - A mãe pode adotar a sua filha biológica que havia sido adotada quando criança
por um casal
Caso adaptado: Viviane teve uma filha (Laura). Nessa época, Viviane enfrentava inúmeras
dificuldades pessoais e financeiras e, em razão disso, ela entregou a criança para adoção. Laura,
com 2 anos de idade, foi adotada por João e Regina. Mesmo depois da adoção ter sido
concretizada, Viviane visitava frequentemente Laura, mantendo também uma boa relação com
os pais adotivos da criança. Com o passar do tempo, Viviane e Laura foram se aproximando cada
vez mais e surgiu a vontade recíproca de se tornarem mãe e filha novamente. João e Regina
concordaram com isso. Diante desse cenário, Viviane ajuizou ação pedindo a adoção de sua filha
biológica Laura que, na época já estava com 18 anos de idade. Juiz, contudo, negou o pedido
argumentado que ele afrontaria a lei. O STJ não concordou com o magistrado. A lei não traz
expressamente a impossibilidade de se adotar pessoa anteriormente adotada. Em outras
palavras, a lei não proíbe que uma pessoa que já foi adotada anteriormente, seja novamente
adotada. Assim, o pedido de nova adoção formulado pela mãe biológica, em relação à filha
adotada por outrem, anteriormente, na infância, não se afigura juridicamente impossível, sob
o argumento de ser irrevogável a primeira adoção, porque o escopo da norma do art. 39, § 1º,
do ECA é proteger os interesses do menor adotado, vedando que os adotantes se arrependam
da adoção efetivada. Na ação não se postula a nulidade ou revogação da adoção anterior, mas
o deferimento de outra adoção. STJ. 4ª Turma. REsp 1.293.137/BA, Rel. Min. Raul Araújo, julgado
em 11/10/2022 (Info 754).
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Por isso, a decisão do STJ se difere de outra proferida em outubro, que reformou acórdão do
Tribunal de Justiça de São Paulo - TJSP. Na ocasião, um homem que buscava retificar o registro
civil de uma criança que, cinco anos depois do nascimento, descobriu não ser seu filho biológico
25
https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/14122020-Longo-periodo-de-
vinculo-socioafetivo-nao-impede-desconstituicao-da-paternidade-fundada-em-erro-induzido.aspx
158
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teve o pedido negado pela Terceira Turma. O entendimento foi de que a inexistência de vínculo
biológico não é suficiente e a mudança depende de prova robusta de que o suposto pai foi, de
fato, induzido ao erro ou coagido.
“Naquele caso, o entendimento se lastreou basicamente em dois elementos que são distintos
do acórdão que agora é noticiado. Naquele caso, houve a informação de que o pai não
demonstrou ou não comprovou vício do consentimento na assunção da paternidade, ou seja,
ele não conseguiu comprovar que teria sido induzido a erro”, difere Calderón.
No caso de São Paulo, também houve notícias da presença da socioafetividade entre o homem
e o menino. Tal situação, na esteira da jurisprudência do STJ, impede que seja revista a filiação,
em atenção ao melhor interesse da criança. “Havia também um matrimônio, um relacionamento
de conjugalidade entre pai e mãe que estava subjacente a esse nascimento ou seja a esta prole”,
acrescenta o advogado.
“No caso mais recente, do Paraná, havia um relacionamento fugaz e eventual entre o suposto
pai e a mãe, sem relacionamento afetivo de longo período entre eles. Essas particularidades
fática são fulcrais para a distinção de conclusão entre aquela deliberação do caso São Paulo e
deliberação do caso do Paraná”, explica Calderón.
A alternativa “e” está incorreta, porque o Código Civil prevê que é possível o
reconhecimento de filho perante o juiz, ainda que esse não seja o objeto do ato27. Em
razão disso, seria possível, por exemplo, o reconhecimento de filho realizado durante
audiência de instrução até mesmo de processo criminal.
Veja o que dispõe o artigo 1.609, do Código Civil:
Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será feito:
I - no registro do nascimento;
II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório;
III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado;
IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto
único e principal do ato que o contém.
26
https://ibdfam.org.br/noticias/9132/STJ+permite+anula%C3%A7%C3%A3o+de+registro+de+paternida
de+diante+de+v%C3%ADcio+de+consentimento+e+aus%C3%AAncia+de+v%C3%ADnculo+biol%C3%B3gi
co+e+socioafetivo
27
É bastante comum, inclusive, que o reconhecimento seja feito em audiências que possuem outros
objetos principais.
159
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III - quando mulheres negras recebem menos anestesia pelo falso motivo de que
pessoas negras aguentam mais dor do que pessoas brancas, isso viola os direitos da
personalidade da mulher e reflete o denominado racismo institucional, dentro dos
hospitais.
Gabarito: A
Comentários:
160
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Quanto à resolução da questão, a assertiva “I” está incorreta, porque a Lei Geral
de Proteção de Dados prevê mecanismos de transparência de controle de dados, além
de supervisão pelos controladores.
Vamos primeiro estudar o conceito de racismo algorítmico:
Racismo algorítmico é um termo cunhado para designar como os algoritmos, que são um
conjunto das regras e procedimentos lógicos que definem o funcionamento de determinado
sistema, acabam reproduzindo preconceitos raciais, seja dos seus usuários, seja dos próprios
criadores.
Para combater o racismo algorítmico, é importante garantir que os dados usados para treinar
esses algoritmos sejam imparciais e representativos. Além disso, os desenvolvedores precisam
implementar técnicas para identificar e mitigar viés nos algoritmos, realizar auditorias regulares
e envolver diversos especialistas para revisar e melhorar o desempenho ético dos sistemas
automatizados28.
28
Conceito postado no Instagram da DPE-MG. O tema racismo algorítmico também já foi cobrado em
outras provas de DPE anteriormente, como DPE-BA (FCC, 2021; na peça processual).
161
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Fonte: https://www.migalhas.com.br/depeso/354141/as-decisoes-automatizadas-e-a-
discriminacao-algoritmica-a-luz-da-lgpd
§ 1º O controlador deverá fornecer, sempre que solicitadas, informações claras e adequadas a respeito
dos critérios e dos procedimentos utilizados para a decisão automatizada, observados os segredos
comercial e industrial.
§ 2º Em caso de não oferecimento de informações de que trata o § 1º deste artigo baseado na observância
de segredo comercial e industrial, a autoridade nacional poderá realizar auditoria para verificação de
aspectos discriminatórios em tratamento automatizado de dados pessoais.
(...)
Art. 50. Os controladores e operadores, no âmbito de suas competências, pelo tratamento de dados
pessoais, individualmente ou por meio de associações, poderão formular regras de boas práticas e de
governança que estabeleçam as condições de organização, o regime de funcionamento, os
procedimentos, incluindo reclamações e petições de titulares, as normas de segurança, os padrões
técnicos, as obrigações específicas para os diversos envolvidos no tratamento, as ações educativas, os
mecanismos internos de supervisão e de mitigação de riscos e outros aspectos relacionados ao
tratamento de dados pessoais.
A assertiva “II” está correta, apresentando adequadamente o conceito de
racismo recreativo. Além disso, é cabível a indenização por danos morais e materiais
162
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advindos da prática deste tipo de racismo, inclusive mediante a utilização de ação civil
ex delicto29.
Info 944-STJ: A Lei nº 7.716/89 pode ser aplicada para punir as condutas homofóbicas e
transfóbicas.
1. Até que sobrevenha lei emanada do Congresso Nacional destinada a implementar os
mandados de criminalização definidos nos incisos XLI e XLII do art. 5º da Constituição da
República, as condutas homofóbicas e transfóbicas, reais ou supostas, que envolvem aversão
odiosa à orientação sexual ou à identidade de gênero de alguém, por traduzirem expressões
de racismo, compreendido este em sua dimensão social, ajustam-se, por identidade de razão
e mediante adequação típica, aos preceitos primários de incriminação definidos na Lei nº
7.716, de 08.01.1989, constituindo, também, na hipótese de homicídio doloso, circunstância
que o qualifica, por configurar motivo torpe (Código Penal, art. 121, § 2º, I, “in fine”);
STF. Plenário. ADO 26/DF, Rel. Min. Celso de Mello; MI 4733/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgados
em em 13/6/2019 (Info 944).
Art. 2º-A Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia ou
procedência nacional. (Incluído pela Lei nº 14.532, de 2023)
Pena: reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 14.532, de 2023)
29
Já aproveitamos para relembrar que a propositura de ação civil ex delicto pelo Ministério Público é caso
de inconstitucionalidade progressiva; assim, art. 68 do CPP será constitucional somente até que a
Defensoria Pública esteja totalmente instalada (RE 135328 - STF). Tema recorrente em provas objetivas.
30
Plus: lembrem-se, como o edital da DPE-MG permite cobrança de julgados proferidos mesmo após o
edital, que, recentemente, em 21.08.2023, o STF, ao julgar embargos de declaração no MI4733,
esclareceu que assim como a homotransfobia é espécie de racismo social, a injúria homotransfóbica é
espécie de injúria racial. INDO ALÉM: o julgamento perde algo de sua relevância já que, a partir da Lei nº
14.532/2023, já não há diferença entre injúria racial e racismo; assim, também não haveria diferença
entre injúria homotransfóbica e homotransfobia, tudo redundaria em racismo (portanto, imprescritível).
163
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e PRIVILÉGIOS com base na raça. É possível perceber a manifestação por este ângulo
quando as pesquisas dentro dos órgãos públicos e das empresas privadas demonstram
que os cargos de poder das instituições são geralmente ocupados por pessoas brancas,
e, em sua maioria, homens.
- Nos hospitais: quando mulheres negras recebem menos anestesia pelo (falso) motivo
de que pessoas negras aguentam mais dor do que pessoas brancas.
- Nas abordagens policiais: quando agentes policiais agem com base na ideia de que
pessoas negras são perigosas e mais propensas a cometer crimes.
Por fim, a assertiva “IV” também está correta. Trata-se de um tema de bastante
destaque para a Defensoria Pública, que também costuma fazer mutirões de retificação
de prenome e gênero31.
31
https://ibdfam.org.br/noticias/10857/In%C3%A9dito%3A+n%C3%A3o+bin%C3%A1rios+podem+retific
ar+g%C3%AAnero+e+nome+em+Minas+Gerais#:~:text=Em%20Minas%20Gerais%2C%20pessoas%20n%
C3%A3o,o%20m%C3%AAs%20do%20orgulho%20LGBTQIA%2B.
https://defensoria.mg.def.br/defensoria-publica-de-minas-abre-inscricoes-para-mutirao-de-retificacao-
de-nome-e-genero-em-bh/
164
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Gabarito: B
Comentários:
Pessoal, embora complexo, essa situação nos permite trabalhar diversos temas do
direito sucessório. Vejamos:
165
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Identificando uma situação problema, de sucessões, nada como fazer aquele velho
desenho na prova. Esquematizar, como acima, irá garantir que tenha uma visão geral;
não esquecendo nenhum detalhe.
1º passo: identificar quem é o morto – data e local da morte, idade do falecido e seu
estado civil (incluído regime de bens)
166
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CC, Art. 1.784. Aberta a sucessão (momento da morte) a herança transmite-se, desde
logo, aos herdeiros legítimos e testamentários (princípio saisine)
IV - aos colaterais.
167
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III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança
de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.
32
https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/26052022-Para-Terceira-Turma--
atentado-contra-os-pais-cometido-por-menor-tambem-e-causa-de-exclusao-da-heranca.aspx
168
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169
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ESPIA SÓ A NOVIDADE:
CC, Art. 1.815-A. Em qualquer dos casos de indignidade previstos no art. 1.814, o
trânsito em julgado da sentença penal condenatória acarretará a imediata exclusão
do herdeiro ou legatário indigno, independentemente da sentença prevista no caput
do art. 1.815 deste Código
DICA DE IMPACTO
Caso o problema indicasse filhos deste excluído, haveria direito de representação;
sendo considerado, se fosse o caso, Joaquim como pré-morto
170
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→ Descendentes
CC, art. 1.835. Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros
descendentes, por cabeça ou por estirpe, conforme se achem ou não no mesmo grau
(igualdade sucessória entre filhos)
→ Cônjuge/companheiro: Nos bens que for meeiro, não será herdeiro; e nos bens que
não seja meeiro, logo, bens particulares, poderá herdar em concorrência com os
descendentes (se houver) SALVO se casado este com o falecido no regime da comunhão
universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se,
no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens
particulares
CC, art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao
cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser
inferior à quarta parte da herança, SE for ascendente dos herdeiros com que concorrer.
DICA DE IMPACTO
171
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Gabarito: D
Comentários:
172
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• Erro da letra b): NÃO é válida a penhora de terreno não edificado; possibilidade
de ser caracterizado como bem de família
• Erro da letra c): NÃO é válida a penhora de bem de família no qual reside o sócio
devedor, ainda que titularizado pela sociedade empresaria
• Erro da letra e): É VÁLIDA a penhora de bem de família no qual reside o sócio
devedor, ainda que titularizado pela sociedade empresaria
STJ. 4ª Turma. AgInt nos EDcl no AREsp 665.233/SC – Não se aplica aos casos
em que a hipoteca é dada como garantia de empréstimo contraído em favor de
terceiro; a penhora do bem de família somente será admitida se o imóvel foi
dado em garantia de uma dívida que beneficiou o casal ou entidade familiar.
173
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Gabarito: D
Comentário:
A Lei de registros públicos (Lei nº 6.015) foi alterada pela lei 14.383/22.
Alterações legislativas sempre são apostas nas provas de primeira fase. Essa, em
especial, é importante para atuação prática da Defensoria Pública, então fique atento.
Art. 55. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome, observado
que ao prenome serão acrescidos os sobrenomes dos genitores ou de seus ascendentes, em qualquer
ordem e, na hipótese de acréscimo de sobrenome de ascendente que não conste das certidões
apresentadas, deverão ser apresentadas as certidões necessárias para comprovar a linha ascendente.
(Redação dada pela Lei nº 14.382, de 2022)
§ 1º O oficial de registro civil não registrará prenomes suscetíveis de expor ao ridículo os seus
portadores, observado que, quando os genitores não se conformarem com a recusa do oficial, este
submeterá por escrito o caso à decisão do juiz competente, independentemente da cobrança de
quaisquer emolumentos. (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022)
§ 2º Quando o declarante não indicar o nome completo, o oficial de registro lançará adiante do
prenome escolhido ao menos um sobrenome de cada um dos genitores, na ordem que julgar mais
conveniente para evitar homonímias. (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022)
§ 4º Em até 15 (quinze) dias após o registro, qualquer dos genitores poderá apresentar, perante o
registro civil onde foi lavrado o assento de nascimento, oposição fundamentada ao prenome e
sobrenomes indicados pelo declarante, observado que, se houver manifestação consensual dos
genitores, será realizado o procedimento de retificação administrativa do registro, mas, se não houver
consenso, a oposição será encaminhada ao juiz competente para decisão. (Incluído pela Lei nº
14.382, de 2022)
Art. 56. A pessoa registrada poderá, após ter atingido a maioridade civil, requerer pessoalmente e
imotivadamente a alteração de seu prenome, independentemente de decisão judicial, e a alteração
será averbada e publicada em meio eletrônico. (Redação dada pela Lei nº 14.382, de 2022)
174
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§ 1º A alteração imotivada de prenome poderá ser feita na via extrajudicial apenas 1 (uma) vez, e sua
desconstituição dependerá de sentença judicial. (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022)
§ 4º Se suspeitar de fraude, falsidade, má-fé, vício de vontade ou simulação quanto à real intenção da
pessoa requerente, o oficial de registro civil fundamentadamente recusará a retificação. (Incluído
pela Lei nº 14.382, de 2022)
Art. 57. A alteração posterior de sobrenomes poderá ser requerida pessoalmente perante o oficial de
registro civil, com a apresentação de certidões e de documentos necessários, e será averbada nos
assentos de nascimento e casamento, independentemente de autorização judicial, a fim de:
(Redação dada pela Lei nº 14.382, de 2022)
III - exclusão de sobrenome do ex-cônjuge, após a dissolução da sociedade conjugal, por qualquer de
suas causas; (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022)
IV - inclusão e exclusão de sobrenomes em razão de alteração das relações de filiação, inclusive para
os descendentes, cônjuge ou companheiro da pessoa que teve seu estado alterado. (Incluído pela
Lei nº 14.382, de 2022)
§ 1º Poderá, também, ser averbado, nos mesmos termos, o nome abreviado, usado como firma
comercial registrada ou em qualquer atividade profissional. (Incluído pela Lei nº 6.216, de
1975).
Assim, a questão pode ser resolvida com o texto expresso no artigo 56 colado
acima.
175
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Gabarito C.
Comentário:
176
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11) O direito real de habitação pode ser exercido tanto pelo cônjuge como pelo
companheiro supérstite.
177
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33
https://www.buscadordizerodireito.com.br/teses/detalhes/f033ab37c30201f73f142449d037028d?cat
egoria=4
178
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Requisitos Gerais
Tipo de Usucapião
Posse mansa, pacífica e ininterrupta por 15 anos (regra).
O prazo da usucapião extraordinária será de 10 anos se:
a) o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia
Usucapião Extraordinário (art.
habitual; OU
1238 do CC)
b) nele tiver realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
Não se exige que a pessoa prove que tinha um justo título ou
que estava de boa-fé.
Posse mansa, pacífica e ininterrupta por 10 anos (caput)
5 anos (parágrafo único)
O prazo da usucapião ordinária será de apenas 5 anos se:
a) o imóvel tiver sido adquirido onerosamente com base no
Usucapião Ordinário(art. 1.242 do
registro e este registro foi cancelado depois; e
CC)
b) desde que os possuidores nele tiverem estabelecido
moradia, ou realizado investimentos de interesse social e
econômico.
- Justo título ou boa-fé do possuidor.
179
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adquirido pelas cessionárias por R$ 200 mil. Um ano depois, Jonas veio a sofrer processo
de curatela, o que gerou a sua interdição, nos termos da lei civil. Após a morte do
cedente, seu espólio afirmou que ele não tinha capacidade mental suficiente para
celebrar o negócio, devido à idade avançada e a graves problemas de saúde – o que,
inclusive, teria ensejado sua interdição. Conforme ordenamento jurídico e
entendimentos do Superior Tribunal de Justiça, assinale compreensão correta acerca do
caso:
Gabarito: E
Comentários:
180
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e) Nossa resposta. De fato, se comprovado que houve dolo por parte das cessionárias,
que teriam se aproveitado da situação do idoso para comprar, por R$ 200 mil, um
precatório avaliado em quase R$ 1 milhão, e este se enquadra como DOLO PRINCIPAL
(causa do negócio jurídico), deverá a cessão ser anulada. Nos termos do Código Civil:
181
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d) Nos termos da lei de investigação de paternidade, o filho maior não pode ser
reconhecido sem o seu consentimento, sendo ainda possível legitimar e
reconhecer filho na ata do casamento..
Gabarito: D
Comentário:
Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá
por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos
cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses
previstas nesta lei.
Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a construção, as
plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso
profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados.
(…)
Art. 4º Não se beneficiará do disposto nesta lei aquele que, sabendo-se insolvente, adquire de má-fé
imóvel mais valioso para transferir a residência familiar, desfazendo-se ou não da moradia antiga. § 2º
Quando a residência familiar constituir-se em imóvel rural, a impenhorabilidade restringir-se-á à sede
de moradia, com os respectivos bens móveis, e, nos casos do art. 5º, inciso XXVI, da Constituição, à
área limitada como pequena propriedade rural.
Art. 5º Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta lei, considera-se residência um único
imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente.
Art. 1° O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será feito:
I - no registro de nascimento;
II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório;
III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado;
IV - por manifestação expressa e direta perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o
objeto único e principal do ato que o contém.
Art. 3° É vedado legitimar e reconhecer filho na ata do casamento.
Parágrafo único. É ressalvado o direito de averbar alteração do patronímico materno, em decorrência
do casamento, no termo de nascimento do filho.
Art. 4° O filho maior não pode ser reconhecido sem o seu consentimento.
182
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183
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Gabarito: D
Comentários:
• Apelação;
• Ação rescisória, quando o resultado for a rescisão da sentença.
• Agravo de instrumento, quando houver reforma da decisão que julgar
parcialmente o mérito.
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DICA DE IMPACTO ⭐
Perceba que, segundo a lei, a técnica será APLICADA nos institutos que
começam com a letra A.
Então pega esse macete para não errar na prova.
Mas ATENÇÃO nos Informativos 678 e 687 do STJ que permitiu a aplicação da
teoria no julgamento de embargos de declaração:
185
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Dessa forma, segundo o STJ, a técnica poderá ser aplicada no julgamento dos
embargos de declaração que possam resultar em alteração do resultado da apelação
ou mesmo da decisão de mérito.
Info. 695/STJ - Aplica-se a técnica prevista no art. 942 do CPC no julgamento de recurso de
apelação interposto em mandado de segurança. STJ. 2ª Turma. REsp 1868072-RS, Rel. Min.
Francisco Falcão, julgado em 04/05/2021 (Info 695).
PORQUE
Gabarito: A
Comentários:
186
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O primeiro, art. 332 do CPC, que trata das hipóteses de improcedência liminar
do pedido.
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação
do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça
em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de
assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde
logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
§ 2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos
termos do art. 241.
§ 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
§ 4º Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação
do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar
contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
187
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E o segundo, o art. 927 do CPC que, segundo a doutrina, traz de forma expressa
os precedentes qualificados a serem observados pelos juízes e tribunais em suas
decisões.
188
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( ) Não atendido o prazo legal de 30 dias para formulação do pedido principal em tutela
cautelar requerida em caráter antecedente, a medida concedida mantém sua eficácia,
mas o procedimento de tutela antecedente será extinto sem exame do mérito.
( ) Caso o juiz entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada
requerida em caráter antecedente, o órgão jurisdicional determinará a emenda da
petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o processo ser
extinto sem resolução de mérito.
a) F, V, V, V.
b) V, F, V, F.
c) V, V, F, F.
d) F, F, V, V.
e) F, V, V, F.
Gabarito: D
Comentários:
189
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Sobre esse tema, é legal lembrar que o prazo de 30 dias para apresentar o pedido
principal é contado em dias ÚTEIS!
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode
limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição
da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.
§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo:
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada de
novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (QUINZE) DIAS ou em outro prazo
maior que o juiz fixar;
II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334 ;
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335 .
190
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§ 2º Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo, o processo será extinto
sem resolução do mérito.
§ 3º O aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem incidência
de novas custas processuais.
§ 4º Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor da causa, que
deve levar em consideração o pedido de tutela final.
§ 5º O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste
artigo.
§ 6º Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional
determinará a emenda da petição inicial em até 5 (CINCO) DIAS, sob pena de ser indeferida e de o
processo ser extinto sem resolução de mérito.
São constitucionais os dispositivos legais (arts. 9º, parágrafo único, III; e 311, parágrafo único,
CPC/2015) que, sem prévia citação do réu, admitem a concessão de tutela de evidência
quando os fatos alegados possam ser demonstrados documentalmente e a tese jurídica
estiver consolidada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante. Assim,
inexiste qualquer ofensa ao princípio do contraditório caso haja justificativa razoável e
proporcional para a postergação do contraditório e desde que se abra a possibilidade de a parte
se manifestar posteriormente acerca da decisão que a afetou, ou sobre o ato do qual não
participou. STF. Plenário. ADI 5.492/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 25/4/2023 (Info 1092).
STF. Plenário. ADI 5.737/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, redator do acórdão Min. Roberto Barroso,
julgado em 25/4/2023 (Info 1092).
a) Justiça e verdade são vocábulos que guardam em si elevado grau de subjetivismo. Seu
emprego não se adequa aos parâmetros constitucionais que regem a processualística
moderna, especialmente no que diz respeito à atividade instrutória. A prova, nesses
termos, não se presta à descoberta da verdade, mas à influência pelas partes sobre o
posicionamento judicial acerca de questão de fato.
b) O juiz que busca, por meio do processo, obter verdade “real”, distinta do juízo de
probabilidade viabilizado pela participação em simétrica paridade das partes, assume o
risco de arvorar-se em contraditor, com consequente rompimento da imparcialidade.
191
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d) A busca pela economia e pela celeridade processual não pode justificar a relativização
do devido processo legal, franqueando a admissão de informação adquirida fora do
processo por via da atividade instrutória irregular, independentemente da liberdade
judicial de valorar o documento emprestado e da possibilidade de sua impugnação no
processo ao qual ele é destinado.
e) Não é possível que o juiz imponha, sob pena de multa, que a parte exiba um
documento que supostamente está em seu poder e que foi requerido pela parte
contrária, ainda que prováveis a existência da relação jurídica entre as partes e do
documento ou coisa que se pretende seja exibido, e que outras medidas coercitivas
tenham sido infrutíferas.
Gabarito: E
Comentários:
Artigo 372, CPC: "o juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-
lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório".
Quanto à assertiva “e”, está incorreta porque vai na contramão da tese repetitiva
nº 1000, STJ:
192
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Tema repetitivo nº 1000, STJ: Desde que prováveis a existência da relação jurídica entre as
partes e de documento ou coisa que se pretende seja exibido, apurada em contraditório prévio,
poderá o juiz, após tentativa de busca e apreensão ou outra medida coercitiva, determinar sua
exibição sob pena de multa com base no art. 400, parágrafo único, do CPC/2015.
Ainda sobre o tema prova emprestada, aí vão mais alguns julgados importantes:
Info 543-STJ: Prova emprestada oriunda de processo no qual não figuravam as mesmas partes
Em vista das reconhecidas vantagens da prova emprestada no processo civil, é recomendável
que essa seja utilizada sempre que possível, desde que se mantenha hígida a garantia do
contraditório. No entanto, a prova emprestada não pode se restringir a processos em que
figurem partes idênticas, sob pena de se reduzir excessivamente sua aplicabilidade, sem
justificativa razoável para tanto. Independentemente de haver identidade de partes, o
contraditório é o requisito primordial para o aproveitamento da prova emprestada, de maneira
que, assegurado às partes o contraditório sobre a prova, isto é, o direito de se insurgir contra
a prova e de refutá-la adequadamente, afigura-se válido o empréstimo.
(EREsp 617.428/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, CORTE ESPECIAL, julgado em 04/06/2014,
DJe 17/06/2014)
Info 536-STJ: Utilização de provas do processo criminal para condenar o réu em ação cível
Não há óbices para que o Juízo cível fundamente a decisão em provas colhidas na seara penal,
desde que observado o devido processo legal. In casu, os réus da Ação de Ressarcimento
também figuraram no pólo passivo da Ação Penal, portanto, restaram observados os princípios
do contraditório e ampla defesa, pois os acusados tiveram oportunidade de se manifestar sobre
as provas colhidas.
(AgRg no AREsp 24.940/RJ, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA,
julgado em 18/02/2014, DJe 24/02/2014)
193
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Gabarito: E
Comentários:
Pessoal, essa pergunta exigiu conhecimento da lei seca e o modo que está sendo
aplicada pelos tribunais superiores. Vejamos:
CPC, Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo,
em conjunto, ativa ou passivamente, quando:
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações
relativamente à lide;
II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir;
III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.
194
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195
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Gabarito: A
Comentário:
Pessoal, essa pergunta exigiu conhecimento da lei seca e o modo que está sendo
aplicada pelos tribunais superiores. Vejamos:
Lei 9307/96, Art. 22-B. Instituída a arbitragem, caberá aos árbitros manter,
modificar ou revogar a medida cautelar ou de urgência concedida pelo Poder
Judiciário. Parágrafo único. Estando já instituída a arbitragem, a medida cautelar
ou de urgência será requerida diretamente aos árbitros.
196
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CPC, Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo
de justiça os processos: IV – que versem sobre arbitragem, inclusive sobre
cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na
arbitragem seja comprovada perante o juízo
197
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198
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Quanto ao item II, trata-se da literalidade da Súmula 504 do STJ: “O prazo para
ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota promissória sem força
executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título”.
Acrescentamos este item apara servir de alerta para quem está negligenciando as
súmulas!
Os itens III e IV estão incorretos e podem ser resolvidos observando a literalidade
do Código de Processo Civil:
Art. 700. § 1º A prova escrita pode consistir em prova oral documentada, produzida
antecipadamente nos termos do art. 381.
§ 2º Na petição inicial, incumbe ao autor explicitar, conforme o caso:
I - a importância devida, instruindo-a com memória de cálculo;
II - o valor atual da coisa reclamada;
III - o conteúdo patrimonial em discussão ou o proveito econômico perseguido.
§ 3º O valor da causa deverá corresponder à importância prevista no § 2º, incisos I a
III. § 4º Além das hipóteses do art. 330, a petição inicial será indeferida quando não
atendido o disposto no § 2º deste artigo.
§ 5º Havendo dúvida quanto à idoneidade de prova documental apresentada pelo
autor, o juiz intimá-lo-á para, querendo, emendar a petição inicial, adaptando-a ao
procedimento comum.
§ 6º É admissível ação monitória em face da Fazenda Pública. (mesmo texto da
súmula 339 do STJ)
§ 7º Na ação monitória, admite-se citação por qualquer dos meios permitidos para
o procedimento comum.
199
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Gabarito: B
Comentário:
O item A está correto estando previsto no art. 918. Parágrafo único. Considera-
se conduta atentatória à dignidade da justiça o oferecimento de embargos
manifestamente protelatórios.
O item B está incorreto (sendo o gabarito) uma vez que o art. 919 prevê:
Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado, conforme o
caso, na forma do art. 231 .
§ 1º Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-se a
partir da juntada do respectivo comprovante da citação, salvo no caso de cônjuges ou de
companheiros, quando será contado a partir da juntada do último. - Item cobrado na ultima
prova
200
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IV. A intervenção da Defensoria Pública nos moldes do art. 554, §1º, do CPC, como
“custos vulnerabilis”, deve estar sustentada pelo interesse institucional.
Gabarito: A
Comentários:
II. ERRADO! Maurílio Casas Maia observa que não pode-se entender que a função de
custos vulnerabilies seria de um representante postulatório da parte que não pode
pagar advogado, em razão da indispensabilidade da advocacia (art. 133, CF). Deste
modo, o referido autor conclui que “verificou-se aí uma forma de intervenção de
terceiro em nome do interesse institucional da Defensoria Pública (tutela da
coletividade necessitada)”, isso porque, prossegue, “se considerou a Defensoria Pública
34 SILVA, Franklyn Roger Alves. A nova disciplina da legitimação extraordinária da Defensoria Pública no
Novo Código de Processo Civil. In: SOUSA, José Augusto Garcia de. Defensoria Pública. Salvador:
Juspodivm, 2015, p. 335, Coleção Repercussões do Novo CPC, v. 5
201
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fora do esquema subjetivo mínimo do processo (autor-juiz-réu) e que seu atuar se daria
em nome de sua legitimidade coletiva (ou extraordinária) e com lastro em sua missão
constitucional”
III. CERTO! É função da DP exercer curadoria especial nas hipóteses legais, preenchendo
a ausência de capacidade para estar em juízo, dentre as quais o réu revel citado por
edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado (CPC, art. 72, II). A
atuação tem a missão de preservar o contraditório, para exercício da defesa, sem
permitir a disponibilidade do direito material representado;
IV. CERTO! A atuação do art. 554, §1º, do CPC é inovadora no sistema processual
brasileiro, pautada no interesse institucional da Defensoria Pública, não podendo ser
confundida com a representação postulatória ou com uma curadoria especial.
II. A citação por edital é uma modalidade de citação ficta, tratando-se, portanto, de
ato excepcionalíssimo, somente sendo admitida nas hipóteses expressamente
previstas no Código de Processo Civil de 2015.
a) I, II e IV são verdadeiras.
b) Apenas a assertiva II é verdadeira.
c) As assertivas I e II são verdadeiras.
d) As assertivas I, II e IV são verdadeiras.
e) Todas as assertivas são falsas.
Gabarito: D
Comentários:
202
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§1º Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento de
carta rogatória.
§ 2º No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será divulgada
também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão.
§ 3º O réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua localização,
inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos cadastros de órgãos
públicos ou de concessionárias de serviços públicos.
203
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interpretado no sentido de que o Juízo tem o dever de buscar todos os meios possíveis de
localização do réu, para se proceder à respectiva citação pessoal, devendo requisitar
informações sobre seu endereço nos cadastros de órgãos públicos ou de concessionárias de
serviços públicos, antes de determinar a citação por edital. No entanto, a requisição de
informações às concessionárias de serviços públicos consiste em uma alternativa dada ao
Juízo, e não uma imposição legal, não se podendo olvidar que a análise, para verificar se
houve ou não o esgotamento de todas as possibilidades de localização do réu, a fim de
viabilizar a citação por edital, deve ser casuística, observando-se as particularidades do caso
concreto. (REsp n. 1.971.968/DF, relator Ministro Marco Aurélio Bellizze, Terceira Turma,
julgado em 20/6/2023, DJe de 26/6/2023).
Gabarito: E
204
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Comentários:
Além disso, temos que ficar atentos que o recente entendimento proferido nas
ADIs 6860, 6861, 6863, NÃO SE MANIFESTOU sobre a prerrogativa de requisição em
relação à particulares e ou às entidades privadas, vejamos:
205
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Art. 9º – Compete ao Defensor Público Geral, além de outras atribuições que lhe sejam
conferidas por lei ou forem inerentes a seu cargo:
Por isso entendemos que precisamos ter bastante atenção ao tema, eis que já
foi considerada como atribuição inconstitucional anteriormente pelo STF, em normativa
de outro estado.
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O art. 134 da Constituição Federal, com redação dada pela EC 80/2014, configura
concretização do direito constitucional ao acesso à justiça, insculpido no art. 5º, LXXIV.
Assim, o direito fundamental de assistência jurídica, gratuita e integral converte-se em
verdadeira garantia constitucional, ao atribuir-se à Defensoria Pública a qualidade de
instituição permanente e essencial à função jurisdicional do Estado.
A Defensoria Pública está erigida como órgão autônomo da administração da justiça, e, por
isso, conta com independência e autonomia administrativa, financeira e orçamentária,
conferidas pelas EC 45/2004, 73 /2013 e 80/2014 e assentadas também no art. 134 da
Constituição Federal.
Delineado o papel atribuído à Defensoria Pública pela Constituição Federal, resta evidente
concluir que ela não é uma categoria equiparada à Advocacia, seja ela pública ou privada,
estando, na realidade, mais próxima ao desenho institucional atribuído ao próprio
Ministério Público.
Nesse sentido, assim como ocorre com o Ministério Público, igualmente legitimado para a
proteção de grupos vulneráveis, os poderes previstos à Defensoria Pública, seja em sede
constitucional - como a capacidade de se autogovernar - ou em âmbito infraconstitucional -
como a prerrogativa questionada de requisição - foram atribuídos como instrumentos para
a garantia do cumprimento de suas funções institucionais.
Ao conceder tal prerrogativa aos membros da Defensoria Pública, o legislador buscou
propiciar condições materiais para o exercício de suas atribuições, não havendo que se falar
em qualquer espécie de violação ao texto constitucional, mas, ao contrário, em sua
densificação.
A possibilidade de a Defensoria requisitar certidões, informações e documentos de órgãos
públicos, embora não tenha previsão constitucional expressa, é medida salutar porque
permite, inclusive, a solução de demandas pelas vias administrativas ou transacionais,
evitando o ajuizamento de processos judiciais.
Além disso, esse poder de requisição serve como um auxílio para o assistido conseguir obter
os documentos que necessita para a garantia de seus direitos, diminuindo o tempo que os
hipossuficientes precisarão esperar para serem atendidos.
Nesse sentido, a retirada da prerrogativa de requisição implicaria, na prática, a criação de
obstáculo à atuação da Defensoria Pública, a comprometer sua função primordial, bem
como a autonomia que lhe foi garantida.
O poder de requisitar de qualquer autoridade pública e de seus agentes, certidões, exames,
perícias, vistorias, diligências, processos, documentos, informações, esclarecimentos e
demais providências necessárias ao exercício de suas atribuições, foi atribuído aos membros
da Defensoria Pública porque eles exercem, e para que continuem a exercer de forma
desembaraçada, uma função essencial à Justiça e à democracia, especialmente, no tocante,
a sua atuação coletiva e fiscalizadora.
STF. Plenário. ADI 6860/MT, ADI 6861/PI e ADI 6863/PE, Rel. Min. Nunes Marques, julgados
em 13/9/2022.
Info 748/STJ - A Defensoria Pública tem legitimidade para propor ACP pedindo para que o
poder público disponibilize servidores e recursos técnicos para auxiliar os pequenos
agricultores a inscreverem seus imóveis no Cadastro Ambiental Rural.
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A Defensoria Pública possui legitimidade ativa para propor ação civil pública com vista a
impor ao Estado o cumprimento de obrigações legais na tutela de pequenos agricultores
familiares, sendo prescindível a comprovação prévia e concreta da carência dos assistidos.
Defensoria Pública ajuizou ação civil pública para tutelar direitos individuais homogêneos de
pequenos produtores, pretendendo dar implemento à previsão legal de necessidade de
apoio estatal, jurídico e técnico, aos pequenos agricultores de economia familiar, ou
equiparados, para registro gratuito da reserva legal no cadastro ambiental rural.
Diante disso, deve-se reconhecer que há presunção legal de hipossuficiência. Isso fica ainda
mais evidente quando se observa o art. 53, parágrafo único c/c o art. 3º, V, ambos da Lei nº
12.651/2012 (Código Florestal).
STJ. 2ª Turma. REsp 1847991-RS, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 16/08/22 (Info 748).
STF/Tema 607 Repercussão geral - Tese: A Defensoria Pública tem legitimidade para a
propositura de ação civil pública que vise a promover a tutela judicial de direitos difusos
ou coletivos de que sejam titulares, em tese, pessoas necessitadas.
A expressão "necessitados" prevista no art. 134, caput, da CF/88, que qualifica e orienta a
atuação da Defensoria Pública, deve ser entendida, no campo da Ação Civil Pública, em
sentido amplo. RE 733433.
Info 573/STJ - A Defensoria Pública tem legitimidade para propor ação civil pública em
defesa de interesses individuais homogêneos de consumidores idosos que tiveram plano
de saúde reajustado em razão da mudança de faixa etária, ainda que os titulares não sejam
carentes de recursos econômicos.
A atuação primordial da Defensoria Pública, sem dúvida, é a assistência jurídica e a defesa
dos necessitados econômicos. Entretanto, também exerce suas atividades em auxílio a
necessitados jurídicos, não necessariamente carentes de recursos econômicos.
A expressão "necessitados" prevista no art. 134, caput, da CF/88, que qualifica e orienta a
atuação da Defensoria Pública, deve ser entendida, no campo da Ação Civil Pública, em
sentido amplo. Assim, a Defensoria pode atuar tanto em favor dos carentes de recursos
financeiros como também em prol do necessitado organizacional (que são os
"hipervulneráveis").
STJ. Corte Especial. EREsp 1192577-RS, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 21/10/2015 (Info
573)
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requisição para instauração de inquérito policial para conferir tal atribuição à Defensoria
Pública.
Com base nesse entendimento, o Plenário do STF julgou parcialmente procedente o pedido
apenas para declarar a inconstitucionalidade da expressão “a instauração de inquérito
policial”, constante do art. 45, XXI, da Lei Complementar nº 65/2003 do Estado de Minas
Gerais
STF. Plenário. ADI 4346/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, redator do acórdão Min. Alexandre
de Moraes, julgado em 13/03/2023 (Info 1086)
DICA DE IMPACTO ⭐
Consta da LCE 65/03 que o Defensor Público-Geral poderá fazer requisição de
documentos, certidões de particulares, no artigo 9º, XVII, vejamos:
Art. 9º – Compete ao Defensor Público Geral, além de outras atribuições que lhe sejam
conferidas por lei ou forem inerentes a seu cargo:
XVII – requisitar de qualquer autoridade pública e de seus agentes ou de entidade particular
certidão, exame, perícia, vistoria, diligência, processo, laudo e parecer técnico, documento,
informações, esclarecimentos e demais providências indispensáveis à atuação da Defensoria
Pública.
Mas, sabemos que na ADI 230, o STF considerou inconstitucional a prerrogativa de
requisição quando realizada em face de particulares, portanto atenção redobrada!
Gabarito: D
Comentários:
210
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revés, que tenha havido a prévia pacificação da questão jurídica controvertida no âmbito
dos Tribunais, materializada em determinadas espécies de precedentes vinculantes, a saber:
súmula do STF ou do STJ; súmula do TJ sobre direito local; tese firmada em recursos
repetitivos, em incidente de resolução de demandas repetitivas ou em incidente de assunção
de competência.
Por se tratar de regra que limita o pleno exercício de direitos fundamentais de índole
processual, em especial o contraditório e a ampla defesa, as hipóteses autorizadoras do
julgamento de improcedência liminar do pedido devem ser interpretadas restritivamente,
não se podendo dar a elas amplitude maior do que aquela textualmente indicada pelo
legislador no art. 332 do novo CPC.
De igual modo, para que possa o juiz resolver o mérito liminarmente e em favor do réu, ou
até mesmo para que haja o julgamento antecipado do mérito imediatamente após a citação
do réu, é indispensável que a causa não demande ampla dilação probatória.
STJ. 3ª Turma. REsp 1854842/CE, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 02/06/2020 (Info 673).
35
Spotify ou Youtube
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• Vitorelli entende que o processo estrutural não está ligado somente ao judicial,
mas pode ser estabelecido inclusive em inquéritos civis, TAC e recomendações.
Além disso, vê como necessário um juiz que esteja favorável a construir o
processo estrutural, caso contrário é melhor as partes buscarem
autocomposição extrajudicial para maior liberdade de conciliação. O juiz deve
decidir o mínimo, para que as partes demonstrem suas condições específicas
para a resolução do problema. Assim, entende que o processo pode ser
composto por quatro etapas: 1) diagnóstico do problema/litígio e de como ele
pode ser solucionado; 2) elaboração do plano de solução com quem diagnostica
o problema, de que maneira esse diagnóstico será executado e como será a
intervenção nesse problema da sociedade; 3) implementação da intervenção; 4)
acompanhamento da intervenção para diagnosticar a realidade do problema
pós intervenção, com novo plano, nova implementação e novo
acompanhamento. Dessa forma, o juiz consegue intervir de forma progressiva
sobre os problemas que vão surgindo durante a intervenção.
• Sobre a possibilidade de o processo estrutural configurar invasão do Poder
Judiciário no Poder Executivo ou Legislativo:
- Vitorelli: a intervenção é inevitável em razão da necessidade de mudar
resultados sociais. Mesmo demandas individuais como fornecimento de
remédio fora da lista do SUS ou de matrícula em creches municipais,
acarretam uma mudança de política pública. Isso porque com o aumento
dessas demandas individuais, o poder público terá que aumentar os
instrumentos para atender os direitos sociais demandados. Além disso, é
evidente que o assunto já está pacificado: o STJ e o STF entendem ser
possível a intervenção em políticas públicas. O grande desafio é a
intervenção positiva para realizar resultados positivos para a sociedade.
- Didier: nem sempre o processo estrutural estará ligado a políticas públicas.
Por isso o problema não será o processo estrutural, mas a harmonização
dos poderes.
• Sobre os pontos positivos do processo estrutural:
- Vitorelli: o processo estrutural não trata apenas de sentenças bonitas,
mas busca efetivamente o resultado das intervenções e metas estipuladas
para alteração da estrutura social.
- Didier: é um espaço de exercício de cidadania e democracia participativa
por ter diálogo e soluções construídas em consenso.
213
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Gabarito: C
Comentários:
36
https://www.mprj.mp.br/documents/20184/1606558/Fredie_Didier_jr_%26_Hermes
_Zaneti_Jr_%26_Rafael_Alexandria_de_Oliveira.pdf
214
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Fundamento legal: Art. 654, §2º, e 580, “caput”, do CPP. Os dois artigos falam da
possibilidade de estender decisões individuais para outras pessoas. O juiz pode conceder
HC de ofício. Isso permite estender a ordem para os presos que estejam em situação
idêntica. Nos recursos, se a decisão é favorável, pode haver extensão dos efeitos da
decisão:
Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem
como pelo Ministério Público.
(...) § 2o Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício ordem de habeas corpus, quando
no curso de processo verificarem que alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal.
Art. 580. No caso de concurso de agentes (Código Penal, art. 25), a decisão do recurso interposto por um
dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos
outros.
I - pelo Ministério Público, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a defesa da ordem
jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais indisponíveis;
II - por partido político com representação no Congresso Nacional, para assegurar o exercício de direitos,
liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a finalidade partidária;
IV - pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a promoção dos
direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, na forma do inciso
LXXIV do art. 5º da Constituição Federal .
Parágrafo único. Os direitos, as liberdades e as prerrogativas protegidos por mandado de injunção coletivo
são os pertencentes, indistintamente, a uma coletividade indeterminada de pessoas ou determinada por
grupo, classe ou categoria.
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(...) 16. Ordem de habeas corpus concedida para determinar que as unidades de execução de
medida socioeducativa de internação de adolescentes não ultrapassem a capacidade projetada
de internação prevista para cada unidade, nos termos da impetração e extensões.
17. Propõe-se, ainda, a observância dos seguintes critérios e parâmetros, a serem observados
pelos Magistrados nas unidades de internação que operam com a taxa de ocupação dos
adolescentes superior à capacidade projetada: i) adoção do princípio numerus clausus como
216
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estratégia de gestão, com a liberação de nova vaga na hipótese de ingresso; ii) reavaliação dos
adolescentes internados exclusivamente em razão da reiteração em infrações cometidas sem
violência ou grave ameaça à pessoa, com a designação de audiência e oitiva da equipe técnica
para o mister; iii) proceder-se à transferência dos adolescentes sobressalentes para outras
unidades que não estejam com capacidade de ocupação superior ao limite projetado do
estabelecimento, contanto que em localidade próxima à residência dos seus familiares; iv)
subsidiariamente, caso as medidas propostas sejam insuficientes e essa transferência não seja
possível, o magistrado deverá atender ao parâmetro fixado no art. 49, II, da Lei 12.594/2012,
até que seja atingido o limite máximo de ocupação; v) na hipótese de impossibilidade de adoção
das medidas supra, que haja conversão de medidas de internação em internações domiciliares,
sem qualquer prejuízo ao escorreito cumprimento do plano individual de atendimento podendo
ser adotadas diligências adicionais de modo a viabilizar o seu adequado acompanhamento e
execução; vi) a internação domiciliar poderá ser cumulada com a imposição de medidas
protetivas e/ou acompanhada da advertência ao adolescente infrator de que o descumprimento
injustificado do plano individual de atendimento ou a reiteração em atos infracionais poderá
acarretar a volta ao estabelecimento de origem; vii) a fiscalização da internação domiciliar
poderá ser deprecada à respectiva Comarca, nos casos em que o local da residência do interno
não coincida com o da execução da medida de internação, respeitadas as regras de competência
e organização judiciária; viii) alternativamente, a adoção justificada pelo magistrado de outras
diretrizes que entenda adequadas e condizentes com os postulados constitucionais e demais
instrumentos normativos.
3) STF deferiu medida liminar em habeas corpus coletivo impetrado pela DPU para determinar
que os juízes e Tribunais do país cumpram a Recomendação 62/2020 do CNJ e adotassem uma
série de medidas para evitar a propagação da Covid-19 nos estabelecimentos prisionais. (HC
188820 MC-Ref, Relator(a): EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 24/02/2021, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-056 DIVULG 23-03-2021 PUBLIC 24-03-2021)
217
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Gabarito: B
Comentários:
Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação
no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade
partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de
parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas
finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial.
Além disso, a Lei do Mandado de Injunção e da Ação Civil Pública, que também
se inserem no microssistema processual coletivo, preveem expressamente a
legitimidade da Defensoria Pública, motivo pelo qual seria cabível a extensão desse rol
para o mandado de segurança coletivo (mas o tema é polêmico).
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É desnecessária a autorização expressa dos associados, a relação nominal destes, bem como
a comprovação de filiação prévia, para a cobrança de valores pretéritos de título judicial
decorrente de mandado de segurança coletivo impetrado por entidade associativa de caráter
civil. STF. Plenário. ARE 1293130 RG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 17/12/2020 (Repercussão
Geral – Tema 1.119).
37 https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2021/12/info-715-stj.pdf
219
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I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza indivisível, de que
seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação
jurídica básica;
II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes de origem comum e
da atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros do impetrante.
Lei 12.016/09
§ 1o Indeferido o pedido de suspensão ou provido o agravo a que se refere o caput deste artigo,
caberá novo pedido de suspensão ao presidente do tribunal competente para conhecer de eventual
recurso especial ou extraordinário.
§ 2o É cabível também o pedido de suspensão a que se refere o § 1o deste artigo, quando negado
provimento a agravo de instrumento interposto contra a liminar a que se refere este artigo.
§ 3o A interposição de agravo de instrumento contra liminar concedida nas ações movidas contra
o poder público e seus agentes não prejudica nem condiciona o julgamento do pedido de suspensão a
que se refere este artigo.
§ 5o As liminares cujo objeto seja idêntico poderão ser suspensas em uma única decisão, podendo
o presidente do tribunal estender os efeitos da suspensão a liminares supervenientes, mediante simples
aditamento do pedido original.
220
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Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente aos membros
do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante. (Vide ADIN 4296)
§ 1o O mandado de segurança coletivo não induz litispendência para as ações individuais, mas os efeitos
da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a desistência de seu
mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração da
segurança coletiva.
Por fim, sobre o tema mandado de segurança, há uma decisão importante do STJ
tratando da legitimidade do Defensor(a) Público(a) para impetrar mandado de
segurança em defesa das funções institucionais e prerrogativas de seus órgãos de
execução:
221
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Gabarito: C
Comentários:
Pessoal, essa questão cobrou o conhecimento da letra da lei de Ação Popular, bem
como da jurisprudência recente nesta temática, vejamos cada alternativa
222
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Exceção
STF. Plenário. Pet 8104 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 06/12/2019.
Competência do STF para julgar ação popular cujo pedido seja próprio de
mandado de segurança coletivo contra ato de Presidente da República, por força
do art. 102, I, “d”, da CF/88
223
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Gabarito: B
Comentários:
• Está correta a alternativa “a”: A citação válida em ação coletiva por danos
ambientais interrompe o prazo prescricional da ação indenizatória individual se
coincidente a causa de pedir das demandas
• Está incorreta a alternativa “b”: Ainda que diante de demanda proposta por
associações e fundações privadas, parte que foi vencida em ação civil pública não
tem o dever de pagar honorários advocatícios em favor do autor da ação. A
justificativa para isso está no princípio da simetria. Isso porque se o autor da ACP
perder a demanda, ele não irá pagar
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mais nobres da Lei 7.347/85, qual seja, o viabilizar e ampliar o acesso à justiça
para a sociedade civil organizada – STJ. 3ª Turma.REsp 1974436-RJ, Rel. Min.
Nancy Andrighi, julgado em 22/03/2022 (Info 730).
• Está correta a alternativa “d”: A Defensoria Pública possui legitimidade ativa para
propor ação civil pública com vista a impor ao Estado o cumprimento de
obrigações legais na tutela de pequenos agricultores familiares, sendo
prescindível a comprovação prévia e concreta da carência dos assistidos.
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Gabarito: B
Comentário:
A alternativa "a" está correta. O Estatuto da Cidade, em seu artigo 25, prevê o
direito de preempção, que permite ao Poder Público preferência na aquisição de
imóveis urbanos para a implantação de equipamentos públicos e programas de
habitação de interesse social, entre outros.
A alternativa "b" está incorreta. Pelo contrário, o Estatuto da Cidade não veda a
utilização dos instrumentos da outorga onerosa do direito de construir e da
transferência do direito de construir. Esses instrumentos são mencionados nos artigos
28 e 35 do Estatuto e têm como objetivo captar parte do valor gerado pela valorização
imobiliária para investir em melhorias urbanas e reduzir a especulação imobiliária.
A alternativa "d" está correta. A concessão de uso especial para fins de moradia
é um instrumento previsto no Estatuto da Cidade (artigo 10) que visa regularizar
ocupações informais em imóveis públicos municipais, desde que atendidos
determinados requisitos.
Art. 10. Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco
anos e cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e
cinquenta metros quadrados por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos
coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel
urbano ou rural.
227
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A alternativa "e" está correta. O Estatuto da Cidade, em seu artigo 9º, prevê a
usucapião especial de imóvel urbano para aqueles que utilizam o imóvel como moradia
própria ou de sua família por pelo menos 5 anos, não sendo proprietário de outro imóvel
urbano ou rural.
Gabarito: B
Comentário:
A alternativa "a" está incorreta porque a Lei 11.346/2006 não se limita apenas a
assegurar o acesso à alimentação, mas também busca garantir a qualidade dos
alimentos, promovendo a segurança alimentar e nutricional.
228
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I - a ampliação das condições de acesso aos alimentos por meio da produção, em especial da
agricultura tradicional e familiar, do processamento, da industrialização, da comercialização,
incluindo-se os acordos internacionais, do abastecimento e da distribuição de alimentos,
incluindo-se a água, bem como das medidas que mitiguem o risco de escassez de água potável, da
geração de emprego e da redistribuição da renda; (Redação dada pela Lei nº 13.839, de 2019)
A alternativa "b" está correta, pois apesar de o caso analisar a relação entre
direitos indígenas e a proteção ambiental. A corte condenou o Estado argentino por não
garantir a segurança jurídica à propriedade comunitária, ao meio ambiente saudável, à
identidade cultural e também identificou violações aos direitos humanos à alimentação
e à água potável.
A alternativa "d" está incorreta, pois apresenta uma afirmação que não
corresponde ao que foi decidido no caso "Lhaka Honhat (Nossa Terra) vs Argentina". A
Corte Interamericana de Direitos Humanos de fato concluiu que a negação do direito à
consulta prévia violou os direitos dos povos indígenas afetados.
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.QUESTÃO 84 – O dano moral coletivo tem sido concebido como categoria autônoma
de dano, que se caracteriza por lesão grave, injusta e intolerável a valores e a interesses
fundamentais da sociedade, independentemente da comprovação de prejuízos
concretos ou de efetivo abalo moral. Sobre o tema, é correto afirmar, segundo
entendimentos proferidos pelo Superior Tribunal de Justiça:
Gabarito: E
Comentários:
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STJ. 3ª Turma. REsp 1.929.288-TO, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 22/02/2022
(Info 726).
"(...) 5. No que concerne aos elementos caracterizadores do dano moral coletivo, este
Superior Tribunal já se manifestou no sentido de que "a possibilidade de indenização
por dano moral está prevista no art. 5º, inciso V, da Constituição Federal, não havendo
restrição da violação à esfera individual. A evolução da sociedade e da legislação tem
levado a doutrina e a jurisprudência a entender que, quando são atingidos valores e
interesses fundamentais de um grupo, não há como negar a essa coletividade a defesa
do seu patrimônio imaterial. O dano moral coletivo é a lesão na esfera moral de uma
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Gabarito: D
Comentários:
Info 1082 – STF - Não se aplica às associações genéricas — que não representam qualquer
categoria econômica ou profissional específica — a tese firmada no Tema 1.119 da
sistemática da repercussão geral, sendo insuficiente a mera regularidade registral da
entidade para sua atuação em sede de mandado de segurança coletivo, pois passível de
causar prejuízo aos interesses dos beneficiários supostamente defendidos. STF. 2ª Turma.
ARE 1.339.496 AgR/RJ, Rel. Min. Edson Fachin, redator do acórdão Min. André Mendonça,
julgado em 7/02/2023 (Info 1082).
Info 750 – STJ - Em ação civil pública ajuizada por associação civil, cujo estatuto prevê como
finalidade a defesa de direitos humanos, em que se postula por indenização por danos morais
decorrentes da prática de atos vexatórios em revistas íntimas para ingresso em centros de
detenção, não é obrigatória a juntada de autorização individual de cada uma das pessoas
interessadas. Caso concreto: Conectas Direitos Humanos, associação civil que tem como
finalidade estatutária a defesa dos direitos humanos, ajuizou ACP pedindo que o Estado de
São Paulo seja condenado a pagar indenização todas as mulheres vítimas que foram vítimas
de abusos na revista íntima realizada nos centros de detenção provisória. Neste caso, a
associação atuará como substituta processual, daí porque não é necessário que as pessoas
eventualmente lesadas sejam associadas ou autorizem, por qualquer meio, o ajuizamento da
ação. STJ. 1ª Turma. AgInt no REsp 1833056-SP, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em
22/08/2022 (Info 750).
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Gabarito: B
Comentários:
234
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Lei 14.344/2022 - Art. 5º O Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente intervirá
nas situações de violência contra a criança e o adolescente com a finalidade de:
I - mapear as ocorrências das formas de violência e suas particularidades no território nacional;
II - prevenir os atos de violência contra a criança e o adolescente;
III - fazer cessar a violência quando esta ocorrer;
IV - prevenir a reiteração da violência já ocorrida;
V - promover o atendimento da criança e do adolescente para minimizar as sequelas da violência
sofrida; e
VI - promover a reparação integral dos direitos da criança e do adolescente.
Art. 7º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios poderão criar e promover, para a criança
e o adolescente em situação de violência doméstica e familiar, no limite das respectivas competências
e de acordo com o art. 88 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente):
I - centros de atendimento integral e multidisciplinar;
II - espaços para acolhimento familiar e institucional e programas de apadrinhamento;
III - delegacias, núcleos de defensoria pública, serviços de saúde e centros de perícia médico-legal
especializados;
IV - programas e campanhas de enfrentamento da violência doméstica e familiar;
V - centros de educação e de reabilitação para os agressores.
Art. 14. Verificada a ocorrência de ação ou omissão que implique a ameaça ou a prática de violência
doméstica e familiar, com a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da criança
e do adolescente, ou de seus familiares, o agressor será imediatamente afastado do lar, do domicílio
ou do local de convivência com a vítima:
I - pela autoridade judicial;
II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca;
III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no
momento da denúncia.
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§ 1º O Conselho Tutelar poderá representar às autoridades referidas nos incisos I, II e III do caput
deste artigo para requerer o afastamento do agressor do lar, do domicílio ou do local de convivência
com a vítima.
§ 2º Nas hipóteses previstas nos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado no prazo
máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação
da medida aplicada, bem como dará ciência ao Ministério Público concomitantemente.
§ 3º Nos casos de risco à integridade física da vítima ou à efetividade da medida protetiva de urgência,
não será concedida liberdade provisória ao preso.
Art. 16. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do
Ministério Público, da autoridade policial, do Conselho Tutelar ou a pedido da pessoa que atue em
favor da criança e do adolescente.
§ 1º As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, independentemente de
audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, o qual deverá ser prontamente
comunicado.
§ 2º As medidas protetivas de urgência serão aplicadas isolada ou cumulativamente e poderão ser
substituídas a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os direitos reconhecidos nesta
Lei forem ameaçados ou violados.
§ 3º Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou do Conselho Tutelar, ou a pedido da
vítima ou de quem esteja atuando em seu favor, conceder novas medidas protetivas de urgência ou
rever aquelas já concedidas, se entender necessário à proteção da vítima, de seus familiares e de seu
patrimônio, ouvido o Ministério Público.
Lei 13.431/2017: Art. 4º Para os efeitos desta Lei, sem prejuízo da tipificação das condutas criminosas,
são formas de violência:
I - violência física, entendida como a ação infligida à criança ou ao adolescente que ofenda sua
integridade ou saúde corporal ou que lhe cause sofrimento físico;
II - violência psicológica:
a) qualquer conduta de discriminação, depreciação ou desrespeito em relação à criança ou ao
adolescente mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, agressão
verbal e xingamento, ridicularização, indiferença, exploração ou intimidação sistemática (bullying) que
possa comprometer seu desenvolvimento psíquico ou emocional;
b) o ato de alienação parental, assim entendido como a interferência na formação psicológica da
criança ou do adolescente, promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou por quem os
tenha sob sua autoridade, guarda ou vigilância, que leve ao repúdio de genitor ou que cause prejuízo
ao estabelecimento ou à manutenção de vínculo com este;
c) qualquer conduta que exponha a criança ou o adolescente, direta ou indiretamente, a crime violento
contra membro de sua família ou de sua rede de apoio, independentemente do ambiente em que
cometido, particularmente quando isto a torna testemunha;
III - violência sexual, entendida como qualquer conduta que constranja a criança ou o adolescente a
praticar ou presenciar conjunção carnal ou qualquer outro ato libidinoso, inclusive exposição do corpo
em foto ou vídeo por meio eletrônico ou não, que compreenda:
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a) abuso sexual, entendido como toda ação que se utiliza da criança ou do adolescente para fins
sexuais, seja conjunção carnal ou outro ato libidinoso, realizado de modo presencial ou por meio
eletrônico, para estimulação sexual do agente ou de terceiro;
b) exploração sexual comercial, entendida como o uso da criança ou do adolescente em atividade
sexual em troca de remuneração ou qualquer outra forma de compensação, de forma independente
ou sob patrocínio, apoio ou incentivo de terceiro, seja de modo presencial ou por meio eletrônico;
c) tráfico de pessoas, entendido como o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou
o acolhimento da criança ou do adolescente, dentro do território nacional ou para o estrangeiro, com
o fim de exploração sexual, mediante ameaça, uso de força ou outra forma de coação, rapto, fraude,
engano, abuso de autoridade, aproveitamento de situação de vulnerabilidade ou entrega ou aceitação
de pagamento, entre os casos previstos na legislação;
IV - violência institucional, entendida como a praticada por instituição pública ou conveniada, inclusive
quando gerar revitimização.
V - violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração,
destruição parcial ou total de seus documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos
econômicos, incluídos os destinados a satisfazer suas necessidades, desde que a medida não se
enquadre como educacional. (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência
Lei 11.340/06 - Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e
diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise
degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz,
insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir
e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
(Redação dada pela Lei nº 13.772, de 2018)
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou
a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força;
que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar
qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição,
mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus
direitos sexuais e reprodutivos;
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração,
destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens,
valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
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qualquer pessoa humana, dentre os quais estão o direito à voz e participação, sobretudo
em demandas de acolhimento institucional/familiar, em que as decisões tomadas
afetarão sobremaneira a vida e dignidade desses. Nesses casos, é especialmente
importante que seja designado um Defensor Público para atuar como “Defensor da
Criança”.
III – A proteção dos interesses da criança nos processos que correm na Vara da Infância
e da Juventude é adequadamente realizada pelo Ministério Público, não se
identificando colisão de interesses entre a atuação do Parquet e a proteção da criança
no processo.
IV – O “Defensor da Criança” pode ser nomeado com fundamento no art. 206, parágrafo
único, do Estatuto da Criança e do Adolescente, que prevê: “206. A criança ou o
adolescente, seus pais ou responsável, e qualquer pessoa que tenha legítimo interesse
na solução da lide poderão intervir nos procedimentos de que trata esta Lei, através de
advogado, o qual será intimado para todos os atos, pessoalmente ou por publicação
oficial, respeitado o segredo de justiça. Parágrafo único. Será prestada assistência
judiciária integral e gratuita àqueles que dela necessitarem”.
Gabarito: A
Comentários:
Art. 3º, ECA: A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa
humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por
outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico,
mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem
discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença,
deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social,
região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em
que vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) [...]
art. 6º, ECA - Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as
exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança
e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.
Art. 28, ECA: A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção,
independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.
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§ 1º Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe
interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as
implicações da medida, e terá sua opinião devidamente considerada. (Redação dada pela Lei nº 12.010,
de 2009) Vigência
Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades pedagógicas, preferindo-se
aquelas que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
Parágrafo único. São também princípios que regem a aplicação das medidas:
XI - obrigatoriedade da informação: a criança e o adolescente, respeitado seu estágio de
desenvolvimento e capacidade de compreensão, seus pais ou responsável devem ser informados dos
seus direitos, dos motivos que determinaram a intervenção e da forma como esta se processa; (Incluído
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
XII - oitiva obrigatória e participação: a criança e o adolescente, em separado ou na companhia dos pais,
de responsável ou de pessoa por si indicada, bem como os seus pais ou responsável, têm direito a ser
ouvidos e a participar nos atos e na definição da medida de promoção dos direitos e de proteção, sendo
sua opinião devidamente considerada pela autoridade judiciária competente, observado o disposto nos
§§ 1 o e 2 o do art. 28 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
Art. 206. A criança ou o adolescente, seus pais ou responsável, e qualquer pessoa que tenha legítimo
interesse na solução da lide poderão intervir nos procedimentos de que trata esta Lei, através de
advogado, o qual será intimado para todos os atos, pessoalmente ou por publicação oficial, respeitado o
segredo de justiça.
Parágrafo único. Será prestada assistência judiciária integral e gratuita àqueles que dela necessitarem.
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https://defensoria.mg.def.br/wp-content/uploads/2021/05/TJMG_acordao-5a-
CACIV_DEFENSOR-DA-CRIANCA.pdf
a) A circunstância de ainda não ter sido proferida sentença nos autos da ação de
destituição do poder familiar veda que seja iniciada a colocação da criança em
família substituta
b) Mãe biológica não pode se opor à ação de guarda de sua filha mesmo que já
tenha perdido o poder familiar em ação proposta pelo MP com esse objetivo
c) Ante a regra da irrevogabilidade da adoção, não é possível a rescisão de sentença
concessiva de adoção ao fundamento de que o adotado, à época da adoção, não
a desejava verdadeiramente e de que, após atingir a maioridade, manifestou-se
nesse sentido.
d) É possível que a adoção conjunta seja transformada em unilateral post mortem
caso um dos autores desista e o outro morra sem ter manifestado intenção de
adotar unilateralmente
e) O registro civil de nascimento de pessoa adotada sob a égide do Código
Civil/1916 não pode ser alterado para a inclusão dos nomes dos ascendentes
dos pais adotivos
Gabarito: E
Comentários:
241
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242
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Gabarito: C
Comentário:
243
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A alternativa "b" está correta. Já que a Lei 13.812/2019, que institui a Política
Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, prevê no art. 8º. § 3º O desaparecimento
de criança ou adolescente será comunicado ao Conselho Tutelar.
A alternativa “c” está incorreta, pois o Conselho Tutelar, segundo art. 131 do ECA, é
órgão permanente e autônomo, NÃO jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar
pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta lei.
A alternativa "D" está correta. Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:
Por fim, a alternativa “e” também está correta já que em cada Município e em cada
Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar
como órgão integrante da administração pública local, composto de 5 (cinco) membros,
escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida recondução
por novos processos de escolha.
244
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Gabarito: E
Comentários:
Info 672 – STJ -O art. 46, § 1º da Lei nº 12.594/2012 (Lei do SINASE) prevê a seguinte
faculdade para o julgador: Art. 46 (...) § 1º No caso de o maior de 18 (dezoito) anos, em
cumprimento de medida socioeducativa, responder a processo-crime, caberá à autoridade
judiciária decidir sobre eventual extinção da execução, cientificando da decisão o juízo
criminal competente. STJ. 6ª Turma. HC 551.319-RS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em
12/05/2020 (Info 672).
Info 766 - STJ - O art. 400 do CPP afirma que o interrogatório será realizado ao final da
instrução criminal. O art. 184 do ECA, diferentemente do CPP, prevê que a oitiva do
adolescente infrator e de seus pais é o primeiro ato. Existe, portanto, uma antinomia
aparente de segundo grau. Neste caso, em regra, deveria prevalecer o critério da
especialidade. Logo, seria aplicada a regra do ECA (oitiva em primeiro lugar). Contudo, o STF
tem aplicado a orientação firmada no HC 127.900/AM (interrogatório como último ato da
instrução) ao procedimento de apuração de ato infracional, sob o fundamento de que o art.
400 do CPP possibilita ao representado exercer de modo mais eficaz a sua defesa. Logo, por
essa razão, em uma aplicação sistemática do direito, tal dispositivo legal deve suplantar o
estatuído no art. 184 do ECA. Diante disso, a oitiva do representado deve ser o último ato da
instrução também no procedimento de apuração de ato infracional. Assim, o adolescente irá
prestar suas declarações após ter contato com todo o acervo probatório produzido, tendo
maiores elementos para exercer sua autodefesa ou, se for caso, valer-se do direito ao
silêncio, sob pena de evidente prejuízo à concretização dos princípios do contraditório e da
ampla defesa. A aplicação do art. 400 do CPP ao procedimento de apuração de ato infracional
se justifica também porque o adolescente não pode receber tratamento mais gravoso do
aquele conferido ao adulto, de acordo com o art. 35, I, da Lei nº 12.594/2012 (Sistema
Nacional de Atendimento Socioeducativo) e o item 54 das Diretrizes das Nações Unidas para
a Prevenção da Delinquência Juvenil (Diretrizes de Riad). STJ. 6ª Turma. AgRg no HC
772.228/SC, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 28/2/2023 (Info 766).
245
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DIREITO DO CONSUMIDOR
246
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Gabarito: E
Comentários:
Art. 104-A. §1º Excluem-se do processo de repactuação as dívidas, ainda que decorrentes de
relações de consumo, oriundas de contratos celebrados dolosamente sem o propósito de
realizar pagamento, bem como as dívidas provenientes de contratos de crédito com garantia
real, de financiamentos imobiliários e de crédito rural.
247
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248
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a) De acordo com o STJ, quando houver indicação médica para atendimento home
care, o plano de saúde será obrigado a custeá-lo, salvo se houver cláusula no
contrato que o vede.
b) As operadoras de planos de saúde estão obrigadas a fornecer medicamento não
registrado pela ANVISA, mesmo que não tenham a importação autorizada, para
preservar a saúde do paciente.
c) A operadora de plano de saúde não pode negar o fornecimento de tratamento
prescrito pelo médico sob o pretexto de que a sua utilização em favor do
paciente está fora das indicações descritas na bula/manual registrado na
ANVISA (uso off-label).
d) Não é abusiva a conduta da operadora que tenta descontinuar o custeio de
internação do neonato que seja filho de dependente e neto do titular
ultrapassado o prazo de 30 dias de seu nascimento.
e) É lícita a cláusula contratual de plano de saúde que limita no tempo a internação
hospitalar do segurado.
Gabarito: C
Comentários:
As coberturas obrigatórias e cláusulas abusivas em planos de saúde são um tema
bastante jurisprudencial que tem sido bastante cobrado em provas.
Quanto ao home care, o Superior Tribunal de Justiça entende que o plano de saúde é
obrigado a custear o home care, ainda que no contrato conste cláusula que o vede,
aplicando interpretação mais favorável ao aderente, vedada pelo art. 47 CDC, sob os
seguintes requisitos:
249
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paciente;
Assim, qualquer cláusula contratual ou ato da operadora de plano de saúde que importe
em absoluta vedação da internação domiciliar como alternativa de substituição à
internação hospitalar será abusiva, visto que se revela incompatível com a equidade e a
boa-fé, colocando o consumidor em situação de desvantagem exagerada (art. 51, IV,
CDC). STJ. 3ª Turma. REsp 1378707-RJ, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em
26/5/2015 (Info 564). STJ. 3ª Turma. REsp 1537301-RJ, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas
Cueva, julgado em 18/8/2015 (Info 571). STJ. 4ª Turma. AgInt no AREsp 1673498/SP, Rel.
Min. Raul Araújo, julgado em 19/10/2020.
Por outro lado, em regra, os planos de saúde não são obrigados a fornecer
medicamentos para tratamento domiciliar. São excepcionados, conforme alíneas ‘c’ do
inciso I e ‘g’ do inciso II do art. 12: a) os antineoplásicos orais (e correlacionados); b) a
medicação assistida (home care); e c) outros fármacos incluídos pela ANS (Agência
Nacional de Saúde Suplementar) no rol de fornecimento obrigatório. STJ. 3ª Turma. REsp
1692938/SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 27/04/2021 (Info 694).
250
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251
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Info 773-STJ: É ilícita a conduta da operadora de plano de saúde que nega a inscrição
de recém-nascido no plano de saúde de titularidade de avô, sendo a genitora
dependente/beneficiária desse plano.
Assim, conclui-se que é ilícita a conduta da operadora de plano de saúde que nega a
inscrição do recém-nascido no plano de saúde de titularidade do avô, seja a genitora
dependente/beneficiária de plano individual ou coletivo.
REsp 2.049.636-SP, Rel. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, Terceira Turma, por
unanimidade, julgado em 25/4/2023, DJe 28/4/2023.
Por fim, também é abusiva a cláusula que limita no tempo a internação hospitalar
do segurado.
Súmula 302-STJ: É abusiva a cláusula contratual de plano de saúde que limita no tempo
a internação hospitalar do segurado.
252
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a) I e IV
b) I, III e IV
c) Apenas a II
d) I, II, III e IV
e) Todas alternativas estão incorretas
Gabarito: D
Comentários:
253
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‘ ATENÇÃO – distinguishing
254
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• Está correta a assertiva “III”: Nos contratos de aluguel de cofre, não é abusiva a
cláusula que impõe limite aos valores e objetos que podem ser armazenados,
sobre os quais incidirá a obrigação de segurança e proteção.
255
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I) A sentença fará coisa julgada ultra partes quando julgado procedente o pedido
em ações de defesa de interesses e direitos coletivos, não induzindo
litispendência para ações individuais. C
II) Os interesses difusos são de natureza transindividual e de caráter indivisível,
enquanto os direitos coletivos são de natureza coletiva, mas individualizáveis. E
III) A sentença fará coisa julgada ultra partes quando julgado procedente o pedido
em ações de defesa de interesses e direitos individuais homogêneos E
IV) São direitos difusos os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam
titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato. C
V) A homogeneidade dos interesses ou direitos individuais homogêneos não está
na origem da lesão sofrida por seus titulares e nem na expressão individual do
dano. E
a) todas.
b) duas.
c) três.
d) quatro.
e) apenas uma
Gabarito: B
Comentário:
256
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INDIVIDUAIS
DIFUSOS COLETIVOS
HOMOGÊNEOS
257
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Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas
poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa
julgada:
258
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DIREITOS DIFUSOS
Qualquer legitimado do
art. 82 poderá intentar
Improcedente por Não faz coisa julgada
novamente a ação
insuficiência de provas material
coletiva, bastando
possuir nova prova.
259
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DIREITOS COLETIVOS
Qualquer legitimado do
art. 82 poderá intentar
Improcedente por Não faz coisa julgada
novamente a ação
insuficiência de provas material
coletiva, bastando
possuir nova prova.
execução, provando o
dano sofrido.)
Se o consumidor integrou
o processo como
Não poderá intentar a
Improcedente litisconsorte, sofre os
ação individual.
efeitos da coisa julgada
material.
260
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Se o consumidor ficou
inerte ao processo, não Poderá intentar a ação
Improcedente
sofre os efeitos da coisa individual.
julgada material.
261
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Gabarito: A
Comentários:
Info 642 - STJ - O conceito legal de “fornecedor” previsto no art. 3º do CDC abrange também
a figura do “fornecedor aparente”, que consiste naquele que, embora não tendo participado
diretamente do processo de fabricação, apresenta-se como tal por ostentar nome, marca ou
outro sinal de identificação em comum com o bem que foi fabricado por um terceiro,
assumindo a posição de real fabricante do produto perante o mercado consumidor. O
fornecedor aparente, em prol das vantagens da utilização de marca internacionalmente
reconhecida, não pode se eximir dos ônus daí decorrentes, em atenção à teoria do risco da
atividade adotada pelo CDC. Dessa forma, reconhece-se a responsabilidade solidária do
fornecedor aparente para arcar com os danos causados pelos bens comercializados sob a
mesma identificação (nome/marca), de modo que resta configurada sua legitimidade
passiva para a respectiva ação de indenização em razão do fato ou vício do produto ou
serviço. STJ. 4ª Turma. REsp 1.580.432-SP, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 06/12/2018
(Info 642).
Info 754 – STJ – Para fins de aplicação da Teoria Menor da desconsideração da personalidade
jurídica, o § 5º do art. 28 do CDC não dá margem para admitir a responsabilização pessoal
de quem não integra o quadro societário da empresa (administrador não sócio). STJ. 3ª
Turma. REsp 1.862.557/DF, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 15/6/2021. STJ.
4ª Turma. REsp 1.860.333-DF, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 11/10/2022 (Info 754).
Info 768 – STJ – Cabe à Justiça comum estadual e/ou distrital processar e julgar as demandas
oriundas de ações de repactuação de dívidas decorrentes de superendividamento – ainda
que exista interesse de ente federal (CEF). Isso porque a interpretação do art. 109, I, da
CF/88, deve ser teleológica de forma a alcançar, na exceção da competência da Justiça
Federal, as hipóteses em que existe o concurso de credores. STJ. 2ª Seção. CC 193.066-DF,
Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 22/3/2023 (Info 768).
Info 701 – STJ - A inversão do ônus da prova prevista no art. 6º, VIII, do Código de Defesa do
Consumidor é regra de instrução e não regra de julgamento, motivo pelo qual a decisão
judicial que a determina deve ocorrer antes da etapa instrutória ou, quando proferida em
momento posterior, há que se garantir à parte a quem foi imposto o ônus a oportunidade de
apresentar suas provas, sob pena de absoluto cerceamento de defesa. STJ. 4ª Turma. REsp
1.286.273-SP, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 08/06/2021 (Info 701).
262
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Gabarito: B
Comentários:
263
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I – realizar inspeções e correições funcionais nos Núcleos e nos serviços da Defensoria Pública e
remeter relatório reservado ao Conselho Superior;
II – sugerir ao Defensor Público Geral, fundamentadamente, o afastamento do Defensor Público que
esteja sendo submetido a correição, sindicância ou processo administrativo-disciplinar;
III – receber e processar representação contra Defensor Público e encaminhá-la, com parecer, ao
Conselho Superior;
IV – propor a instauração de processo administrativo-disciplinar contra Defensor Público e servidor
administrativo auxiliar e encaminhar a proposição ao Defensor Público Geral;
V – propor ao Conselho Superior, fundamentadamente, a suspensão do estágio probatório do Defensor
Público;
VI – acompanhar a atuação do Defensor Público durante o estágio probatório, mediante avaliação
permanente de seu desempenho;
VII – propor ao Conselho Superior, fundamentadamente, a confirmação do Defensor Público no cargo,
até sessenta dias antes do término do estágio probatório;
VIII – propor, fundamentadamente, a exoneração do Defensor Público em estágio probatório, com
base em avaliação especial, procedida por comissão constituída especificamente para esse fim;
IX – representar sobre verificação de incapacidade física, mental ou pessoal de membros da Defensoria
Pública;
X – integrar como membro nato o Conselho Superior da Defensoria Pública;
XI – baixar instruções, sem caráter vinculativo e no limite de suas atribuições, visando à regularidade e
ao aperfeiçoamento das atividades da Defensoria Pública, bem como à independência funcional de
seus membros;
XII – manter atualizados os assentamentos funcionais e os registros estatísticos de atuação dos
membros da Defensoria Pública, especialmente para efeito de aferição de merecimento, neles
devendo constar:
a) os pareceres da Corregedoria-Geral, inclusive o previsto no art. 52 desta lei complementar, e a
decisão do Conselho Superior sobre o estágio probatório;
b) as observações feitas em inspeções e correições;
c) as penalidades disciplinares aplicadas;
XIII – oferecer ao Conselho Superior da Defensoria Pública, quando da composição de listas tríplices
para promoção, os assentamentos sobre a vida funcional dos Defensores Públicos que satisfaçam o
requisito de interstício, assim como outras informações consideradas necessárias;
XIV – exercer outras atribuições que lhe forem cometidas pelo Defensor Público Geral ou pelo Conselho
Superior da Defensoria Pública;
XV – encaminhar ao Defensor Público Geral o processo administrativo-disciplinar afeto à decisão deste;
XVI – apresentar, quando requisitado pelo Defensor Público Geral, relatório estatístico sobre as
atividades dos órgãos de atuação;
XVII – prestar ao Defensor Público informações de caráter pessoal e funcional, assegurando-lhe o
direito de acesso, retificação e complementação dos dados;
XVIII – requisitar informações, exames, perícias, documentos, diligências, certidões, pareceres técnicos
e informações indispensáveis ao bom desempenho de suas funções;
XIX – elaborar o regulamento do estágio probatório;
XX – propor ao Defensor Público Geral e ao Conselho Superior a expedição de instruções e outras
normas administrativas, sempre que necessário ou conveniente ao serviço;
XXI – convocar Defensores Públicos para deliberação sobre matéria administrativa ou de interesse
da instituição;
XXII – desempenhar outras atribuições previstas em lei ou no Regulamento Interno da
Defensoria Pública.
264
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265
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Gabarito: D
Comentários:
A assertiva “D” é a única incorreta, porque existe uma subordinação hierárquica
do Defensor Público no plano administrativo, em relação às normativas da instituição.
Vamos revisão um pouco sobre os princípios institucionais
A função dos princípios institucionais é basicamente a de iluminar a leitura de
toda a legislação, numa perspectiva de sistema, representando, portanto, diretrizes para
a compreensão do regime jurídico da Defensoria.
266
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O princípio da unidade estabelece que a Defensoria deve ser vista como uma
instituição única, apesar das prerrogativas e independências dos seus órgãos de
execução.
(b) unidade funcional: cada instituição deve se empenhar para que os objetivos
institucionais comuns façam parte de uma atuação conjunta;
268
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pressões econômicas exercidas por outros Poderes. De toda sorte, por força da LC nº.
132/09, o legislador infraconstitucional regulamentou a iniciativa da instituição para a
elaboração da sua proposta orçamentária, na forma do art. 97-B, veja-se:
Art. 97-B. A Defensoria Pública do Estado elaborará sua proposta orçamentária atendendo aos seus
princípios, às diretrizes e aos limites definidos na lei de diretrizes orçamentárias, encaminhando-a ao
Chefe do Poder Executivo para consolidação e encaminhamento ao Poder Legislativo.
§ 2º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites
estipulados no caput, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fim de consolidação da
proposta orçamentária anual.
§ 3º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas que
extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.
269
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Gabarito: E
Comentários:
270
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271
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CONSTITUCIONALIDADE DA OUVIDORIA-GERAL
272
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Gabarito: E
Comentário:
Passando para as alternativas, o item “a” está correto. De acordo com o Art. 4. II
§1º da Deliberação: no caso de pessoa jurídica sem fins lucrativos deverá ser
demonstrado que o objeto social se destina à defesa ou promoção de interesses dos
hipossuficientes econômicos, ou tem relevante interesse social, bem como o risco de
prejuízo para consecução do objeto social. (Incluído pela Deliberação nº 113/2019, de
18/11/2019).
A alternativa “b” está correta:
Art. 2. §2º. Consideram-se hipossuficientes jurídicos, entre outros previstos
em lei: (Alterado pela Deliberação nº 113/2019, de 18/11/2019).
a) todos aqueles que, mesmo tendo condições econômicas, se encontrem
indefesos em
273
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A alternativa “c” também está correta: Art. 4 - §2º. Em todos os casos deverá ser
verificada, ainda, a condição de hipossuficiência dos sócios, administradores,
associados, mantenedores ou daqueles que, de qualquer forma, sejam financiadores da
pessoa jurídica. (Incluído pela Deliberação nº 113/2019, de 18/11/2019).
Não deixem de fazer a leitura da íntegra da Cartilha e mais perto da prova fazer
leitura completa da Lei Estadual que rege a DPE/MG.
274
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Gabarito: E
Comentários:
275
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276
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XXI – convocar Defensores Públicos para deliberação sobre matéria administrativa ou de interesse da
instituição;
XXII – desempenhar outras atribuições previstas em lei ou no Regulamento Interno da Defensoria
Pública.
Parágrafo único – As anotações que importem demérito serão lançadas no assentamento funcional,
após prévia ciência do interessado, permitindo-se a retificação, na forma prevista no art. 124 desta lei
complementar.
LCE 65/03
Art. 94 – A remoção compulsória será aplicada quando a infração praticada, por sua gravidade e
repercussão, tornar incompatível a permanência do membro da Defensoria Pública no órgão de
atuação em que está lotado.
Art. 112 – O processo administrativo-disciplinar poderá ser confidencial, a critério da autoridade
instauradora, e as sanções disciplinares farão referência exclusivamente ao número do processo, sem
menção ao fato que lhe deu origem.
Com carinho,
277