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ARBITRAGEM “Ad hoc”

SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Anexos:
https://pt.scribd.com/document/441216643/Processo-6-078-999-Embargos-Sentenca-
Parcial
https://pt.scribd.com/document/560595151/Nota-Arbitral-25-878-980-2022-Arbitro-
CESAR-AUGUSTO-VENANCIO-DA-SILVA-2022#

SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

PROCESSO ARBITRAL 5.991.234.APACivil/2019.


EMENTA: AÇÃO DE INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL COM HOMOLOGAÇÃO
DE ACORDO DE PARTILHA DE BENS. INEXISTÊNCIA DE MENORES DE 18
ANOS OU PORTADORES DE DEFICIÊNCIA IMPEDITIVA PARA
MANIFESTAÇÃO DE VONTADE. EXISTÊNCIA DE CLÁUSULA
COMPROMISSÓRIA E CLÁUSULA ARBITRAL “CHEIA”. ADMISSIBILIDADE
DE PROCEDIMENTO EM FACE DE FUNDAMENTAÇÃO LEGAL PELA VIA
ARBITRAL. EXISTÊNCIA DE DIREITOS DISPONÍVEIS QUE PODEM SER
RECONHECIDO PELA VIA DA ARBITRAGEM.
DESPACHO 24.894.275-2021.
https://wwwjuizoarbitralcjc.blogspot.com/
ALTERAÇÃO DE CLASSE PROCESSUAL ARBITRAL – INVENTÁRIO
EXTRAJUDICIAL – ARROLAMENTO SUMÁRIO.

César Augusto Venâncio da Silva, investido das funções de


Árbitro/Juiz, junto a COMISSÃO DE JUSTIÇA E CIDADANIA, unidade
departamental dentro da organização do INSTITUTO DE ENSINO, PESQUISA,
EXTENSÃO E CULTURA, entidade com fins de desenvolver ações de arbitragem,
mediação e conciliação, reconhecida como entidade de Utilidade Pública na cidade de
Fortaleza, através da Lei Municipal nº 10.162, DE 27 DE FEVEREIRO DE
2014(DECLARA DE UTILIDADE PÚBLICA O INSTITUTO DE ENSINO,
PESQUISA, EXTENSÃO E CULTURA-INESPEC) nos termos da LEI FEDERAL Nº
9.307, DE 23 DE SETEMBRO DE 1996 – Artigos 17, 18(Art. 17. Os árbitros, quando
no exercício de suas funções ou em razão delas, ficam equiparados aos funcionários

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públicos, para os efeitos da legislação penal. Art. 18. O árbitro é juiz de fato e de
direito, e a sentença que proferir não fica sujeita a recurso ou a
homologação pelo Poder Judiciário), 26, I, II, III, IV - Parágrafo único e. 27 C/C
a LEI FEDERAL Nº 13.129, DE 26 DE MAIO DE 2015(Altera a Lei no 9.307, de 23
de setembro de 1996, e a Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, para ampliar o
âmbito de aplicação da arbitragem e dispor sobre a escolha dos árbitros quando as partes
recorrem a órgão arbitral, a interrupção da prescrição pela instituição da arbitragem, a
concessão de tutelas cautelares e de urgência nos casos de arbitragem, a carta arbitral e a
sentença arbitral, e revoga dispositivos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996),
artigos 1o, § 4o ; 19, § 1o ; 23, § 1o , § 2o; 30 e Parágrafo único (O árbitro ou o
tribunal arbitral decidirá no prazo de 10 (dez) dias ou em prazo acordado com as partes,
aditarão a sentença arbitral e notificará as partes na forma do art. 29. ”-NR).

I - RELATÓRIO.

FRANCISCO ADAUBERTO TAVARES, devidamente qualificado


nos autos do PROCESSO ARBITRAL, vinculado a presente SENTENÇA PARCIAL,
ajuizou em Juízo da ARBITRAGEM “AÇÃO DE INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL
COM HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO DE PARTILHA DE BENS. INEXISTÊNCIA DE
MENORES DE 18 ANOS OU PORTADORES DE DEFICIÊNCIA IMPEDITIVA PARA
MANIFESTAÇÃO DE VONTADE. EXISTÊNCIA DE CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA
E CLÁUSULA ARBITRAL ‘CHEIA’. ADMISSIBILIDADE DE PROCEDIMENTO EM
FACE DE FUNDAMENTAÇÃO LEGAL PELA VIA ARBITRAL. EXISTÊNCIA DE
DIREITOS DISPONÍVEIS QUE PODEM SER RECONHECIDO PELA VIA DA
ARBITRAGEM”, na qualidade dePRIMEIRO CONTRATANTE, PARTE
PROVÁVEL,HERDEIRO DO ESPÓLIO DEANTONIA DALCIR TAVARES
PARENTE, NA QUALIDADE DE IRMÃO,BENEFICIÁRIO DE INVENTÁRIO, nos
termos declarados neste expediente, e nassentenças parciais já prolatadas (Sequência
das sentença):
https://wwwsentencacjc.blogspot.com/2019/10/sentenca-
parcial-de-admissibilidade-de.html;
https://wwwinventario5991234.blogspot.com/2019/11/
(...) ressaltando que as decisões arbitrais aqui mencionadas se enquadra na previsão
legal(...)
“Art. 30. No prazo de 5 (cinco) dias, a contar do
recebimento da notificação ou da ciência pessoal da

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sentença arbitral, salvo se outro prazo for acordado entre


as partes, a parte interessada, mediante comunicação à
outra parte, poderá solicitar ao árbitro ou ao tribunal
arbitral que: (Redação dada pela Lei nº 13.129, de 2015).
I - corrija qualquer erro material da sentença arbitral; II -
esclareça alguma obscuridade, dúvida ou contradição da
sentença arbitral, ou se pronuncie sobre ponto omitido a
respeito do qual devia manifestar-se a decisão. Parágrafo
único. O árbitro ou o tribunal arbitral decidirá no prazo
de 10 (dez) dias ou em prazo acordado com as partes,
aditará a sentença arbitral e notificará as partes na forma
do art. 29(Redação dada pela Lei nº 13.129, de 2015).

Posteriormente o procedimento evoluiu:

DESPACHO 24.894.275-2021
https://wwwjuizoarbitralcjc.blogspot.com/
ALTERAÇÃO DE CLASSE PROCESSUAL ARBITRAL
– INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL –
ARROLAMENTO
SUMÁRIO.https://wwwjuizoarbitralcjc.blogspot.com/202
1/12/

Registrar evolução de classe na Arbitragem.

(...)A evolução de classe processual na Arbitragem pode


acontecer quando um processo arbitral, originalmente
vinculado a uma classe processual, tem a classe alterada,
mantendo-se o número do processo, anterior, e pode
receber um novo número para controle gerencial. Essa
prática é mais convencional na arbitragem institucional,
porém pode ser utilizada na Arbitragem “Ah doc”, quando
acontecer, o sistema de controle de procedimento arbitral
deve permitir a identificação da classe originária do
processo, bem como das posições processuais originárias.

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Nova Classe Arbitral: Arrolamento Sumário Art. 659 CPC-2015-

(...)ARROLAMENTO SUMÁRIO. ARTIGO 659 CPC-


2015. A partilha amigável, celebrada entre partes capazes,
nos termos da lei, será homologada de plano pelo juiz(*),
com observância dos arts. 660 a 663. § 1º O disposto neste
artigo aplica-se, também, ao pedido de adjudicação,
quando houver herdeiro único. § 2º Transitada em julgado
a sentença de homologação de partilha ou de adjudicação,
será lavrado o formal de partilha ou elaborada a carta de
adjudicação e, em seguida, serão expedidos os alvarás
referentes aos bens e às rendas por ele abrangidos,
intimando-se o fisco para lançamento administrativo do
imposto de transmissão e de outros tributos porventura
incidentes, conforme dispuser a legislação tributária, nos
termos do § 2º do art. 662.

NOTA(*) - Art. 17. Os árbitros, quando no exercício de


suas funções ou em razão delas, ficam equiparados aos
funcionários públicos, para os efeitos da legislação penal.
Art. 18. O árbitro é juiz de fato e de direito, e a sentença
que proferir não fica sujeita a recurso ou a homologação
pelo Poder Judiciário. LEI FEDERAL Nº 9.307, DE 23
DE SETEMBRO DE 1996. Dispõe sobre a arbitragem.
“CAPÍTULO IV-B - DA CARTA ARBITRAL - Art. 22-C. O
árbitro ou o tribunal arbitral poderá expedir carta
arbitral para que o órgão jurisdicional nacional pratique
ou determine o cumprimento, na área de sua competência
territorial, de ato solicitado pelo árbitro. Parágrafo único.
No cumprimento da carta arbitral será observado o
segredo de justiça, desde que comprovada a
confidencialidade estipulada na arbitragem.”. LEI
FEDERAL Nº 13.129, DE 26 DE MAIO DE 2015. Altera a
Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996, e a Lei nº 6.404,
de 15 de dezembro de 1976, para ampliar o âmbito de
aplicação da arbitragem e dispor sobre a escolha dos
árbitros quando as partes recorrem a órgão arbitral, a

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interrupção da prescrição pela instituição da arbitragem,


a concessão de tutelas cautelares e de urgência nos casos
de arbitragem, a carta arbitral e a sentença arbitral, e
revoga dispositivos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de
1996”
Recebida a inicial da PETIÇÃO ARBITRAL instaurou-se o expediente (Fls 001-1455).

Com a evolução, recebi os autos PROCEDIMENTO ARBITRAL de ordem


5.991.234.APACivil.2019, Volume I; Volume II; Volume III; Volume IV; Volume V e
Volume VI para fins de conclusão e julgamento.

Realizada uma audiência de instrução em 30 de novembro de 2021, e em Audiência


Arbitral, as partes, todos habilitados e representados decidiram alterar a Classe
Processual para ARROLAMENTO SUMÁRIO.

Empós determinou-seque as folhas:

1. 0004-0119;
2. 0326-0342.E;
3. 0344-0384;
4. 0462-0482;
5. 0494-0502;
6. 0513-0517;
7. 0518-0520;
8. 0551-0568;
9. 0577-0584;
10. 0618-0646;
11. 0648-0653;
12. 0654-0670;
13. 0777-0785;
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14. 0795-0800;
15. 0671-0678
16. 0682-0716;-
17. 0789-0793;
18. 0803-0819;
19. 0820-0837;
20. 0846-0883;
21. 0884-0855;
22. 0887-0892;
23. 0916-0920;
24. 0929-0927;
25. 0939-1160;
26. 0941-0950;
27. 1008-1010;
28. 1114-1129 – (APENSO PROCESSO 6.052.501);
29. 1185-1191;
30. 1244-1246;
31. 1247-1252;
32. 1259-1268;
33. 1272-1298;
34. 1299-1312;
35. 1313-1345;
36. 1346-1350;
37. 1356-1370;
38. 1383-1418;
39. 1441-1443;

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(...)Sejam desentranhadas para compor o PROCEDIMENTO ARBITRAL


HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EM ARROLAMENTO DE BENS DE
INVENTÁRIO.
Na audiência de 30 de novembro de 2021, que ocorreu as 19:00 horas, na Cidade de
Nova-Russas-Ceará, as partes abaixo relacionadas foram representadas, e decidiram
pelas seguintes medidas extrajudiciais a serem ordenadas pelo árbitro:

1º. Comunicar o falecimento dos irmãos da De cujus, e por


consequência apontar os sobrinhos da “De cujus” que irá representar
os irmãos falecidos, com autorização dos demais sucessores dos
herdeiros falecidos.

2º. Considerando as informações(PRELIMINARES) patrimoniais apresentadas pelo


inventariante, decidem que o Procedimento pode evoluir para Arrolamento Sumário,
observando as regras do Código de Processo Civil. As informações encontram-se as
folhas 395-398; 399-405; 425-434; 438-450; 458-495; 562-597.

3º. Deve-se instaurar um PROCEDIMENTO ARBITRAL DE ARROLAMENTO


SUMÁRIO e providenciar a conclusão do processo com o julgamento do feito.

4º. Dos irmãos da De cujus, que se encontram vivos, serão


representados por si ou por terceiro, podendo ser Procuração
Pública ou Procuração nos autos do Processo Arbitral.
OBSERVAÇÃO: Ressalte-se QUE ATÉ A PRESENTE
DATA A MEDIDA (Item 4º.) AQUI COMPROMETIDA
PELOS SUCESSORES NÃO FORAM ATENDIDAS. Assim,
os falecidos não tem representação formal.

5º. O filho do herdeiro falecido se for único não precisa de procuração de terceiros;
todavia, se for mais de um irmão este deve outorgar procuração a quem vai representar
o herdeiro falecido no Processo de Arrolamento Sumário pela via Arbitral.

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6º. Por tratar-se de Arrolamento Sumário, decidiram os herdeiros que deve se constituir
um PERITO PARA AVALIAR OS BENS apresentados, e empós definir sobre a
partilha, e pagar os tributos que são de lei.

7º. Instituir uma linha telefônica com o PROGRAMA WhatsApp como meio para as
intimações procedimentais em Arbitragem. Em petição dirigida ao árbitro os herdeiros
devem aderir ao Procedimento, pois, não é compulsório, e não é obrigado, precisa
autorizar, autorizar, ai sim, é válido sem contestação.

8º. A audiência de 30 de novembro de 2021 deve ser sustentada pelo inventariante


conforme decisão publicada e anuída. Ver link:

Visando formalizar as pretensões assinada no item 4º. O árbitro do feito fez publicar a:

(...)NOTA ARBITRAL: 01.21.24.894.280.

De início, é importante definir do que se trata um


mandato para atuação em Processo Arbitral que resultará
em uma decisão de mérito. Atento, pois, de acordo com a
lei: “sentença arbitral é o comando privado emitido por
árbitro ou tribunal arbitral constituído legitimamente e
com jurisdição para prolação da decisão. O artigo 29 da
Lei de arbitragem ("LA") optou por dar um sentido
finalístico ao conceito de sentença arbitral: depois de
proferida a sentença pelo árbitro, estaria exaurida a
arbitragem. Sobre a sentença arbitral, deve-se atinar que
a mesma se encontra em pé de igualdade com a sentença
judicial, o que importa dizer que ambas formam títulos
executivos judiciais que se não cumpridos
espontaneamente ensejam a necessidade de procedimento
de cumprimento de sentença. A sentença arbitral, que
segundo prescreve o artigo 26 da LA e o artigo 458
Código de Processo Civil ("CPC"), tem os mesmos
requisitos que a sentença judicial, deve ser fundamentada,
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sob pena de nulidade. Isso se dá pela interpretação


sistemática do artigo 93, IX da Constituição Federal de
1988 ("CF/88"). Anteriormente, pelo Código Processo
Civil de 1939, classificava-se a sentença em ser
terminativa ou definitiva. Ultrapassada essa definição
pois, classifica-se, hoje, a sentença em com resolução de
mérito e sem resolução de mérito.

Por fim a Procuração nos autos, em uma breve definição,


é um contrato em espécie, pelo qual o herdeiro na linha de
sucessão sobrinho (outorgante) outorgará poderes, para
atuação no Processo Arbitral, para o representante dos
demais herdeiros, pode ser advogado ou não profissional
do direito(outorgado). Um importante detalhe é que essa
outorga pode ser feita de forma escrita em Cartório,
Procuração Pública (instrumentalizada pela
"procuração") ou pela forma verbal em juízo arbitral,
tomado a termo e juntado nos autos. O início do mandato
para atuação em Juízo Arbitral pode se dar em dois
momentos. O início do mandato se dará com a assinatura
do instrumento de outorga de poderes, ou seja, com a
assinatura da procuração. De forma facultativa a parte
pode solicitar que o procurador seja nomeado, ou seja o
árbitro nomeia o procurador para representar o herdeiro
em Juízo Arbitral, o mandato terá início no ato da
nomeação. ATENÇÃO: Tal procedimento tem custas.

Se ressalte que as primeiras declarações foram apresentadas (Fls 395-398; 399-405;


425-434; 438-450; 458-495; 562-597), todavia os sucessores dos herdeiros falecidos
não se habilitaram, logo não pode ser considerados “habilitados nos autos”.

Se observa que um dos irmão da “DE CUJUS” tinha procurador nos autos, porém, veio
a falecer, caducando a procuração, e devendo os filhos do herdeiro falecido nomear o
representante do HERDEIRO FALECIDO, junto ao expediente.

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Não se habilitando, a cota do herdeiro falecido será “creditada em conta a ser


incorporada ao inventário do herdeiro falecido, como determina a lei vigente”.
Considerando que os sucessores abaixo relacionados foram “NOTIFICADOS PELO
ARBITRO”, e não se manifestaram, a decisão será no sentido de que “DESIGNE SE
OS BENS LIVRES PARA PARTILHA”, e a cota de cada irmão da “DE CUJUS” que
faleceu no curso do inventário, lhe seja assegurado para figurar no polo de seu
inventário.

E que competirá a estes, requerer em juízo estatal a abertura do inventário do herdeiro


falecido e arrolar sua quota no inventário da Sra ANTONIA DAUCY PARENTE.

LISTA DOS HERDEIROS REPRESENTADOS (Irmãos da “De cujus” e os falecidos


irmão foram representados pelos filhos, que são sobrinhos da “De cujus”.

Devidamente NOTIFICADOS PELA VIA ARBITRAL, AS PARTES


ESTIVERAM PRESENTES:

a) FRANCISCA JURACY BRAGA TAVARES - Na


herança, figura como sucessão de herdeiro colateral
(is), nascida em 4 de março do ano de 1924, foi esposa
do Sr. DERMEVAL JÚLIO DE MESQUITA, tiveram
oito filhos (e segundo comentários esta senhora faleceu
em 30 de julho de 2013 na cidade de Nova-Russas,
Estado do Ceará).

I. MARIA DERMECI TAVARES DE MESQUITA -


Na herança, figura como sucessão de herdeiro
colateral (is).
II. FRANCISCA DAS GRAÇAS DE MESQUITA Na
herança, figura como sucessão de herdeiro
colateral (is).
III. JOÃO JÚLIO NETO - Na herança, figura como
sucessão de herdeiro colateral (is).

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IV. ANTONIA TAVARES DE MESQUITA, alcunhada


como “Toinha” - Na herança, figura como
sucessão de herdeiro colateral (is)

V. JOAQUINA VALQUÍRIA TAVARES DE


MESQUITA- Na herança, figura como sucessão de
herdeiro colateral (is).
VI. EROTILDES TAVARES DE MESQUITA- Na
herança, figura como sucessão de herdeiro
colateral (is).
VII. RAIMUNDO ERIVAN TAVARES DE MESQUITA-
Na herança, figura como sucessão de herdeiro
colateral (is).
VIII. QUITÉRIA TAVARES DE MESQUITA- Na
herança, figura como sucessão de herdeiro
colateral (is).

b) MARIA OSMAR BRAGA TAVARES DOS SANTOS


–Na herança, figura como sucessão de herdeiro colateral
(is)(falecida), nascida em 11 de fevereiro de 1927, faleceu
em 21 de março de 1981, foi esposa do Sr. FRANCISCO
RODRIGUES DOS SANTOS (falecido em 5 de outubro
de 1980), casou em 12 dedezembro de 1953, na Cidade
Nova-Russas, Estado do Ceará, e faleceu em 21 de março
de 1981 nacidade de Fortaleza, Estado do Ceará. Do
matrimônio nasceram

I. ROBERTO TAVARES DOS SANTOS - Na herança,


figura como sucessão de herdeiro colateral (is)
II. BELARMINA MARIA TAVARES DOS SANTOS-
Na herança, figura como sucessão de herdeiro
colateral (is).
III. ROGÉRIO TAVARES DOS SANTOS- Na herança,
figura como sucessão de herdeiro colateral (is)
IV. MARIA DO SOCORRO TAVARES DOS SANTOS-
Na herança, figura como sucessão de herdeiro
colateral (is).

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c) LUISA BRAGA TAVARES - Na herança, figura como


sucessão de herdeiro colateral (is); nascida em 13 de
março de 1929, foi esposa do Sr. FRANCISCO MOSAR
MIRA(falecido em 2016), casou em 25 de setembro de
1948, na Cidade de SANTA QUITÉRIA, Estado do Ceará,
não consta nos autos se esta faleceu. Do matrimônio
nasceram:

I. RAIMUNDO EVALDO TAVARES MIRA


(FALECIDO) - Na herança, figura como sucessão
de herdeiro colateral (is).
II. ANTONIA MIRACI TAVARES MIRA(FALECIDA)
- Na herança, figura como sucessão de herdeiro
colateral (is).
III. ANTONIO JUNIOR MIRA - Na herança, figura
como sucessão de herdeiro colateral (is)
IV. MARIA FÁTIMA TAVARES MIRA - Na herança,
figura como sucessão de herdeiro colateral (is)
V. FRANCISCO JOSÉ TAVARES MIRA - Na
herança, figura como sucessão de herdeiro
colateral (is)(Alcunhado como ZÉ MOZAR).
VI. MIRALVA TAVARES MIRA - Na herança, figura
como sucessão de herdeiro colateral (is)
VII. LUZIMEIRE TAVARESMIRA - Na herança, figura
como sucessão de herdeiro colateral (is).

d) RAIMUNDA NEUSA BRAGA TAVARES (Falecida) -


Na herança, figura como sucessão de herdeiro colateral
(is); nascida em 4 de outubro de 1930, foi esposa do Sr.
FIRMINO DE MESQUITA CHAVES (falecido), casou em
18 de abril 1954, na Cidade de SANTA QUITÉRIA,
Estado do Ceará,consta nos autos os atestados de óbitos
dos falecidos. Do matrimônio nasceram

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I. RAIMUNDO RODRIGUES TAVARES NETO - Na


herança, figura como sucessão de herdeiro
colateral (is).

II. JOSÉ ANTONIO TAVARES CHAVES - Na


herança, figura como sucessão de herdeiro
colateral (is).
III. JOSÉ MARCELO TAVARES CHAVES - Na
herança, figura como sucessão de herdeiro
colateral (is).
IV. JOÃO JOSÉ TAVARES CHAVES - Na herança,
figura como sucessão de herdeiro colateral (is).
V. FRANCISCO JOSÉ TAVARES CHAVES,
alcunhado como “Neném –Na herança, figura
como sucessão de herdeiro colateral (is).
VI. GILBERTO TAVARES CHAVES - Na herança,
figura como sucessão de herdeiro colateral (is)

e) JOSÉ RODRIGUES SOBRINHO - Na herança, figura


como sucessão de herdeiro colateral (is); nascido em 18
de março de 1932, casou com MARIA DILMA TIMBÓ
MARTINS, casou em 26 de dezembro de 1961, na Cidade
de NOVA-RUSSAS, Estado do Ceará, não consta nos
autos os atestados de óbitos dos citados e o árbitro não
tem notícias se são vivos ou falecidos. Do matrimônio
nasceram.

I. JANEMAYRE TIMBÓ RODRIGUES –Na herança,


figura como sucessão de herdeiro colateral (is).
II. MARIA JOSEDILMA TIMBÓ RODRIGUES –- Na
herança, figura como sucessão de herdeiro
colateral (is).
III. RAIMUNDO ARNÓBIO TIMBÓ RODRIGUES – -
Na herança, figura como sucessão de herdeiro
colateral (is).
IV. FRANCISCO JOSÉ TIMBÓ RODRIGUES – - Na
herança, figura como sucessão de herdeiro
colateral (is).

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V. RAQUEL TIMBÓ RODRIGUES – - Na herança,


figura como sucessão de herdeiro colateral (is)

f) CREMILDA BRAGA TAVARES - Na herança, figura


como sucessão de herdeiro colateral (is); nascida em 12
de dezembro de 1935, não casou, é solteira.

NÃO EXISTE PROLE.

g) JULIETA BRAGA TAVARES - Na herança, figura


como sucessão de herdeiro colateral (is); nascida em 30
de julho de 1937, casou com LUIZ LIBERATO PINTO
(Falecido em 2016), casou em 9 de dezembro de 1956, na
Cidade de SANTA QUITÉRIA, Estado do Ceará, não
consta nos autos e o árbitro não tem notícias se JULIETA
BRAGA encontra-se viva. Do matrimônio nasceram:

I. RAIMUNDO ERIBERTO TAVARES PINTO NETO


- Na herança, figura como sucessão de herdeiro
colateral (is).
II. TERESA MARIA TAVARES PINTO DO
NASCIMENTO - Na herança, figura como
sucessão de herdeiro colateral (is).
III. MARIA SELMA TAVARES PINTO DOS SANTOS -
Na herança, figura como sucessão de herdeiro
colateral (is)
IV. FRANCISCA MARIA TAVARES PINTO DO
NASCIMENTO - Na herança, figura como
sucessão de herdeiro colateral (is).
V. VERA LÚCIA TAVARES PINTO GUERREIRO -
Na herança, figura como sucessão de herdeiro
colateral (is)
VI. LUIZ FILHO TAVARES PINTO - Na herança,
figura como sucessão de herdeiro colateral (is)
VII. FRANCISCO PINTO TAVARES - Na herança,
figura como sucessão de herdeiro colateral (is)
VIII. ALEXANDRA TAVARES PINTO - Na herança,
figura como sucessão de herdeiro colateral (is)

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h) FRANCISCO ADALBERTO RODRIGUES TAVARES -


Na herança, figura como sucessão de herdeiro colateral
(is); nascido em 7 de outubro de 1939, casou com MARIA
ENGRÁCIA EVANGELISTA TAVARES, casou em 31 de
maio de 1966, na Cidade de NOVA-RUSSAS, Estado do
Ceará.O Sr Adalberto Tavares convocou o árbitro para
iniciar o procedimento preliminar que poderá resultar no
PROCESSO DO JUÍZO ARBITRAL. Do matrimônio
nasceram:

I. FRANCISCO EVANGELISTA TAVARES -Na


herança, figura como sucessão de herdeiro
colateral (is) – Porém ressalte-se que estando o
Francisco Adalberto habilitado, os demais se
habilitam em expectativa de direito
II. FRANCISCO ADALBERTO FILHO - Na herança,
figura como sucessão de herdeiro colateral (is) –
Porém ressalte-se que estando o Francisco
Adalberto habilitado, os demais se habilitam em
expectativa de direito.
III. ANTONIOCÉSAR EVANGELISTA TAVARES - Na
herança, figura como sucessão de herdeiro
colateral (is) – Porém ressalte-se que estando o
Francisco Adalberto habilitado, os demais se
habilitam em expectativa de direito
IV. FRANCISCO ANTONIO EVANGELISTA
TAVARES - Na herança, figura como sucessão de
herdeiro colateral (is) – Porém ressalte-se que
estando o Francisco Adalberto habilitado, os
demais se habilitam em expectativa de direito.

Observo que as diligências determinadas no expediente (...)

“DESPACHO 24.894.275-2021 -
https://wwwjuizoarbitralcjc.blogspot.com/ - ALTERAÇÃO
DE CLASSE PROCESSUAL ARBITRAL – INVENTÁRIO

15
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

EXTRAJUDICIAL – ARROLAMENTO SUMÁRIO. Rh.


PROCESSO ARBITRAL 5.991.234.APACivil/2019.
EMENTA: AÇÃO DE INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL
COM HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO DE PARTILHA
DE BENS. INEXISTÊNCIA DE MENORES DE 18 ANOS
OU PORTADORES DE DEFICIÊNCIA IMPEDITIVA
PARA MANIFESTAÇÃO DE VONTADE. EXISTÊNCIA
DE CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA E CLÁUSULA
ARBITRAL “CHEIA”. ADMISSIBILIDADE DE
PROCEDIMENTO EM FACE DE FUNDAMENTAÇÃO
LEGAL PELA VIA ARBITRAL. EXISTÊNCIA DE
DIREITOS DISPONÍVEIS QUE PODEM SER
RECONHECIDO PELA VIA DA ARBITRAGEM”.

1º. Comunicar o falecimento dos irmãos da De cujus, e por


consequência apontar os sobrinhos da “De cujus” que irá
representar os irmãos falecidos, com autorização dos
demais sucessores dos herdeiros falecidos.

4º. Dos irmãos da De cujus, que se encontram vivos, serão


representados por si ou por terceiro, podendo ser
Procuração Pública ou Procuração nos autos do Processo
Arbitral.

5º. O filho do herdeiro falecido se for único não precisa de


procuração de terceiros; todavia, se for mais de um irmão
este deve outorgar procuração a quem vai representar o
herdeiro falecido no Processo de Arrolamento Sumário
pela via Arbitral.

O inventário deve proceder com a antecipação de despesas


de diligência aqui apuradas - ANTECIPAÇÃO DE
DESPESAS:
https://wwwsentencacjc.blogspot.com/2019/12/despacho-
termo-de-recebimento-de.html

16
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Devem ainda apresentar as procurações,


que podem ser nos autos ou escritura
pública.
NÃO EXISTE NOS AUTOS
PROCURAÇÃO DOS
REPRESENTANTES DOS HERDEIROS
FALECIDOS COM PODERES PARA
CONCORDAR OU DISCORDAR DE
TERMOS DE PARTILHA. ISTO POSTO,
NÃO É LICITO HOMOLOGAR O
INVENTÁRIO NOS TERMOS COMO SE
APRESENTA, POIS, IMPLICARÁ EM
NULIDADE DE SENTENÇA ARBITRAL
(Art. 31. A sentença arbitral produz, entre as partes e
seus sucessores, os mesmos efeitos da sentença
proferida pelos órgãos do Poder Judiciário e, sendo
condenatória, constitui título executivo. Art. 32. É nula a
sentença arbitral se: I - for nula a convenção de arbitragem;
(Redação dada pela Lei nº 13.129, de 2015); II - emanou de
quem não podia ser árbitro; III - não contiver os
requisitos do art. 26 desta Lei;IV - for proferida
fora dos limites da convenção de
arbitragem; VI - comprovado que foi
proferida por prevaricação, concussão ou
corrupção passiva;VII - proferida fora do
prazo, respeitado o disposto no art. 12,
inciso III, desta Lei; eVIII - forem
desrespeitados os princípios de que trata o
art. 21, § 2º, desta Lei.LEI FEDERAL Nº
9.307, DE 23 DE SETEMBRO DE
1996.Dispõe sobre a arbitragem.
Combinada com a LEIFEDERAL Nº

17
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

13.129, DE 26 DE MAIO DE 2015.Altera a


Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996, e
a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976,
para ampliar o âmbito de aplicação da
arbitragem e dispor sobre a escolha dos
árbitros quando as partes recorrem a órgão
arbitral, a interrupção da prescrição pela
instituição da arbitragem, a concessão de
tutelas cautelares e de urgência nos casos de
arbitragem, a carta arbitral e a sentença
arbitral, e revoga dispositivos da Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996)

NOTA ARBITRAL 25.890.324.22 – 21 DE


FEVEREIRO DE 2022. “O instituto da
arbitragem constitui um meio privado e
alternativo de hetocomposição, envolvendo
direitos patrimoniais disponíveis, tendo
como objetivo a prolação de uma sentença
arbitral proferida pelo árbitro escolhido
pelas partes, que normalmente possui
conhecimento na seara em que está sendo
discutido o litígio, constituindo tal decisão
um título executivo judicial, conforme o
artigo 515 do CPC/15, a ser executado em
juízo.

A alternatividade da arbitragem, se dá
pelocaráter de ser uma outra escolha de
18
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

composição de conflito por terceiro


imparcial que esteja além do judiciário,
tendo esse terceiro poderes jurisdicionais,
ou seja, de aplicar uma norma às partes e
estas serem obrigadas a cumprirem, pois
assim acordaram.

O acordo arbitral feito entre dois


particulares, versando sobre direitos
disponíveis se aperfeiçoa por meio da
convenção de arbitragem, que por sua
vez é dividida em cláusula
compromissória, estabelecida
previamente em um contrato e por meio do
compromisso arbitral, que é
estabelecido por um acordo a posteriori.


A decisão final proferida pelo árbitro
de ser a sentença arbitral, que
assim como a sentença proferida
pelo juiz de direito, também possui
seus requisitos a serem observados
e havendo alguma mácula em sua
formação, deverá ser nula conforme
as hipóteses previstas no artigo 32 da lei
federal número 9.307/96, que abrangem em

19
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

sua maioria hipóteses que extrapolaram a


sentença, hipóteses de ilegitimidade do
árbitro ou se foi nula a cláusula que deu
origem a arbitragem.
(...) não foram cumpridas por parte dos herdeiros(sobrinhos),
todavia, os herdeiros irmãos, vivos e falecidos devem a luz da
legalidade serem protegidos.

Razões pelas quais se prolata a presente sentença para assegurar a homologação do


inventário com a relação dos bens apresentados, e aguardar no prazo não superior a
90(noventa) dias a manifestação dos representantes dos herdeiros falecidos.

Embora a lei defina que não existem recursos apelativos na arbitragem, abre-se
precedente para a INTERPOSIÇÃO DE UM RECURSO ESPECIAL EM
ARBITRAGEM para os fins, ainda, de proteger os interesses dos representantes dos
herdeiros falecidos, e posteriormente se expedir o competente FORMAL(IS) DE
PARTILHA.

É fato que no DESPACHO 24.894.275-2021, listaram-se os herdeiros do de cujus,


irmão e sobrinhos, os bens, porém a fração cabível não pode ser homologada neste
momento sem a presença dos sucessores habilitados.

Narrou-se que os herdeiros do autos da herança são todos maiores, concordes e capazes,
razão pelas quais requerem a homologação do plano de partilha.

Todavia, nem todos juntaram seus documentos de qualificação pessoal nem nomearam
por procuração o seu representante junto ao Inventariante.

É o relatório, no que julgo essencial.

20
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

DECIDO PRELIMINARMENTE. Passado, os 90(noventa) dias se julga em definitivo o


processo, e não estando habilitados os representantes dos herdeiros falecidos, se
extingue o PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO.
II – FUNDAMENTAÇÃO.

Preliminarmente, defiro que os honorários do árbitro, na razão de 10% sobre os valores


apurados na partilha, lhe sejam devidos quando da expedição do FORMAL DE
PARTILHA, com encaminhamento de ESCRITURA PÚBLICA em Cartório, na
Comarca de Santa Quitéria-Ceará.

Outrossim, considerando a ausência de dissenso dos herdeiros homologo e determino a


conversão do inventário em arrolamento, em face da existência de COMPROMISSO
ARBITRAL e CLÁUSULAS DE ADESSÃO A TERMOS DE ARBITRAGEM
constantes nos autos (Consta ainda no expediente (PROCESSO ARBITRAL): I -
CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA; II - E COMPROMISSO ARBITRAL. Fls 577-584; 682-
717 – Volume II dos autos do arrolamento).

As despesas do Processo Arbitral devem ser pagas empós a sentença de homologação


final da PARTILHA, que deve ser prolatada no prazo não superior a 90(noventa) dias
conforme decidido nesta sentença parcial e nos seus termos.

No mérito, em se tratando de PROCEDIMENTO ESPECIAL DE JURISDIÇÃO


VOLUNTÁRIA o Código de Processo Civil faculta ao juiz (Neste caso o árbitro, por
força do artigo 18 da lei federal número 9.307, de 1996 - Artigo 18 da Lei da Arbitragem: O
árbitro é juiz de fato e de direito, e a sentença que proferir não fica sujeita a recurso ou a
homologação pelo Poder Judiciário), nos termos limites da razoabilidade e de
proporcionalidade, aplicar a medida que entender mais correta ao caso.

Em sentença anterior, o árbitro do procedimento se decidiu que:

(...)DESPACHO 24.472.340-2021 PRORROGAÇÃO DE AUDIÊNCIA


DE INSTRUÇÃO EM PROCESSO ARBITRAL.
https://wwwjuizoarbitralcjc.blogspot.com/2021/11/despacho-
24472340-2021-prorrogacao-de.html

21
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

https://wwwjuizoarbitralcjc.blogspot.com/2021/11/despacho-
24172129-2021-despacho.html
Segunda-feira, 22 de novembro de 2021.
DESPACHO 24.172.129-2021 - Despacho vinculado a Sentença
Parcial nº 24.147.893/2021 (EXTRATO DECISÃO).
Despacho vinculado a Sentença Parcial nº 24.147.893/2021
(EXTRATO DECISÃO)
DESPACHO 24.172.129-2021
https://wwwjuizoarbitralcjc.blogspot.com/

Considerando o que consta nos autos do PROCEDIMENTO


ARBITRAL (Volume I – fls 001/342) citado na epígrafe e a sessão
deliberativa aprovada nos autos(...);

Considerando o que consta nos autos do PROCEDIMENTO


ARBITRAL (Volume II – fls 343/678) citado na epígrafe e a sessão
deliberativa aprovada nos autos(...);

Considerando o que consta nos autos do PROCEDIMENTO


ARBITRAL (Volume III – fls 679/787-937) citado na epígrafe e a
sessão deliberativa aprovada nos autos(...);

Considerando o que consta nos autos do PROCEDIMENTO


ARBITRAL (Volume IV – fls 938/1160) citado na epígrafe e a sessão
deliberativa aprovada nos autos(...);

Considerando o que consta nos autos do PROCEDIMENTO


ARBITRAL (Volume V – fls 1161/1272) citado na epígrafe e a sessão
deliberativa aprovada nos autos(...);

Considerando os termos da Sentença Arbitral Parcial


6.678.297.1257.2019, folhas 005-119 que na data de 14 de outubro de
2019 deu início ao Processo Arbitral;

Considerando o que consta nos autos do PROCEDIMENTO


ARBITRAL (Volume II – fls 343/678) citado na epígrafe e a sessão
deliberativa aprovada nos autos(...);

22
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Considerando os termos do Edital 6-PRT 6.029.799.2019, de 22 de


outubro de 2019 que convoca as partes para ciência da proposta de
abertura de Processo Arbitral, fls 344-;

Considerando o que consta nos autos do PROCEDIMENTO


ARBITRAL (Volume IV – fls 938/1160) citado na epígrafe e a sessão
deliberativa aprovada nos autos(...);

Considerando os termos do PROCEDIMENTO ARBITRAL:


“SENTENÇA PARCIAL DE RECEBIMENTO DE EMBARGO DE
DECLARAÇÃO EBdecl PRT 6.078.610/2019. Sentença em
Procedimento Arbitral. Autor: FRANCISCO ADALBERTO TAVARES,
e outros. Na data de quarta-feira, 13 de novembro de 2019, às
18h15min: 59 ...que adiante seguem. Clique aqui
https://wwwsentencacjc.blogspot.com/2019/12/sentenca-parcial-de-
recebimento-de.html

Considerando os termos da SENTENÇA PARCIAL DE


RECEBIMENTO DE EMBARGO DE DECLARAÇÃO EBdecl PRT
6.078.610/2019, Sentença em Procedimento Arbitral. Autor:
FRANCISCO ADALBERTO TAVARES, e outros. Na data de quarta-
feira, 13 de novembro de 2019, às 18h15min: 59 autuam as peças que
adiante seguem(...)

Considerando os termos do Edital 8.PRT 6.042.817.2019, de 26 de


outubro de 2019, https://xdocs.com.br/doc/edital-8prt-60428172019-
de-26-de-outubro-de-2019-xn4kyy4w3poj - FRANCISCA JURACY
BRAGA TAVARES;

Considerando os termos do Edital 9.PRT 6.042.819.2019, de 26 de


outubro de 2019. https://xdocs.com.br/doc/edital-9prt-60428192019-
de-26-de-outubro-de-2019-zo23yyke458m; MARIA OSMAR BRAGA
TAVARES DOS SANTOS;

Considerando os termos do Edital 10.PRT 6.042.820.2019, de 26 de


outubro de 2019, convocam as partes, LUISA BRAGA TAVARES e
sua prole de primeiro grau identificada no corpo do Edital para ter
ciência de fato e de direito do falecimento de ANTONIA DAUCIR
TAVARES e que ocorrerá em 9 de novembro de 2019 a abertura da
sucessão e posteriormente o Inventário e Partilha pela via
administrativa, INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL, desde que não
existam incapazes e menores, ciente ainda...
https://pt.scribd.com/document/432179232/Edital-10-PRT-6-042-820-
2019-de-26-de-outubro-de-2019;

23
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Considerando os termos do Edital 11.PRT 6.042.821.2019, de 26 de


outubro de ... Edital 11/PRT 6.042.821/2019, de 26 de outubro de
2019. EMENTA: Convocam as partes, RAIMUNDA NEUSA BRAGA
TAVARES (Falecida SEM COMPROVAÇÃO NOS AUTOS) e sua
prole de primeiro grau identificada no corpo do Edital para ter
ciência de fato e de direito do falecimento de ANTONIA DAUCIR
TAVARES;
Considerando os termos do Edital 12.PRT 6.042.822.2019, de 26 de
outubro de 2019. EMENTA: Convocam as partes, JOSÉ RODRIGUES
SOBRINHO e sua prole de primeiro grau identificada no corpo do
Edital para ter ciência de fato e de direito do falecimento de
ANTONIA DAUCIR TAVARES;

Considerando os termos do Edital 13.PRT 6.042.832.2019, de 27 de


outubro de 2019, convocam as partes, CREMILDA BRAGA TAVARES
e sua prole de primeiro grau se identificada no corpo do Edital para
ter ciência de fato e de direito do falecimento de ANTONIA DAUCIR
TAVARES e que ocorrerá em 9 de novembro de 2019 a abertura da
sucessão e posteriormente o Inventário e Partilha pela via
administrativa, INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL, desde que não
existam incapazes e menores, ciente ainda que foi iniciada a abertura
de Processo Arbitral
https://pt.scribd.com/document/432290393/Edital-13-PRT-6-042-832-
2019-de-27-de-outubro-de-2019 - https://xdocs.com.br/doc/edital-
13prt-60428322019-de-27-de-outubro-de-2019-jn6kddqy1x8r;

Considerando os termos do Edital 14.PRT 6.042.834.2019, de 27 de


outubro de 2019. EMENTA: Convocam as partes, JULIETA BRAGA
TAVARES e sua prole de primeiro grau e identificada no corpo do
Edital para ter ciência de fato e de direito do falecimento de
ANTONIA DAUCIR TAVARES;

Considerando os termos do Edital 15.PRT 6.042.835.2019, de 27 de


outubro de ...Edital 15/PRT 6.042.835/2019, de 27 de outubro de
2019. EMENTA: Convocam as partes, FRANCISCO ADALBERTO
TAVARES e sua prole de primeiro grau identificada no corpo do
Edital para ter ciência de fato e de direito do falecimento de
ANTONIA DAUCIR TAVARES;
Considerando os termos do Edital 16 – “Requerimento em Juízo
Arbitral PETIÇÃO DE REDESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA
ARBITRAL Protocolo... LEI FEDERAL Nº 9.307(...)

Por fim considerando todos os termos do Processo citado na epígrafe,


passo inicialmente a descrever o relatório.

24
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Notifica as partes abaixo citadas para as providências citadas e


requestadas na sentença parcial.

(...)Em relação aos TRIBUTOS o I T C M D.


Considerando que o Processo Arbitral vai homologar os acordos na
partilha dos bens dos autos do Processo: PROCESSO ARBITRAL
5.991.234.APACivil/2019(EMENTA: AÇÃO DE INVENTÁRIO
EXTRAJUDICIAL COM HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO DE
PARTILHA DE BENS. INEXISTÊNCIA DE MENORES DE 18 ANOS
OU PORTADORES DE DEFICIÊNCIA IMPEDITIVA PARA
MANIFESTAÇÃO DE VONTADE. EXISTÊNCIA DE CLÁUSULA
COMPROMISSÓRIA E CLÁUSULA ARBITRAL “CHEIA”.
ADMISSIBILIDADE DE PROCEDIMENTO EM FACE DE
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL PELA VIA ARBITRAL. EXISTÊNCIA
DE DIREITOS DISPONÍVEIS QUE PODEM SER RECONHECIDO
PELA VIA DA ARBITRAGEM).

E que necessário se faz recolher o I T C M D antes do envio ao


Cartório de Notas para a efetivação dos requisitos exigidos pela LEI
FEDERAL Nº 11.441, DE 4 DE JANEIRO DE 2007, que altera
“dispositivos da Lei Federal no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 –
Código de Processo Civil, possibilitando a realização de inventário,
partilha, separação consensual e divórcio consensual por via
administrativa”.

Nota-se que a Lei Federal no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 –


Código de Processo Civil, foi revogada pela LEI FEDERAL Nº
13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015, que institui o Código de
Processo Civil de 2015.
https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?tipo=LEI&numero=11441
&ano=2007&ato=981ITVU90MRpWT0be -
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2007/lei/l11441.htm -
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-
2018/2015/Lei/L13105.htm#art1046

Determino aos sucessores da “De cujus” que recolham os impostos


determinados por lei. E em seguida providencie os documentos
necessários para a efetivação da partilha junto ao Cartório de Santa
Quitéria, nos termos da Lei Federal Nº 11.441, DE 4 DE JANEIRO
DE 2007. Considerando que o inventário será extrajudicial, por não
se caracterizar a hipótese do artigos:

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL:

25
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Art. 610. Havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-á


ao inventário judicial.

§ 1º Se todos forem capazes e concordes, o inventário e a partilha


poderão ser feitos por escritura pública, a qual constituirá documento
hábil para qualquer ato de registro, bem como para levantamento de
importância depositada em instituições financeiras.

§ 2 o O tabelião somente lavrará a escritura pública se todas as


partes interessadas estiverem assistidas por advogado ou por
defensor público, cuja qualificação e assinatura constarão do ato
notarial.

Art. 611. O processo de inventário e de partilha deve ser instaurado


dentro de 2 (dois) meses, a contar da abertura da sucessão,
ultimando-se nos 12 (doze) meses subsequentes, podendo o juiz
prorrogar esses prazos, de ofício ou a requerimento de parte.

Durante uma audiência virtual o representante do inventariante


solicitou ao árbitro que desse um norte sobre o Imposto que deve ser
recolhido.

Neste termos passo a explicar que o Imposto sobre Transmissão


“Causa Mortis” e Doação de quaisquer bens ou direitos, é um tributo
de competência estadual, incidente sobre transmissões de bens ou
direitos por motivo de sucessões (heranças) ou doações.

No Ceará o custo do inventário depende da análise de alguns


critérios, ou leve-se em consideração as informações que precisa
sobre os custos de um inventário no estado de Ceará.

Refuto importante aqui se manifestar dizendo que primeiro é


importante conhecer o ITCD (Imposto de Transição Causa Mortis e
Doação); Conhecer as informações sobre a sugestão de cobrança de
honorários do Advogado da OAB-CE; além de que, ter a disposição
as informações sobre as custas processuais (Inventário Judicial) e
também as tabelas de Emolumentos do Estado (Inventário
Extrajudicial).

26
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Isto, posto, é importante constar neste termo o SUMÁRIO DOS


CUSTOS, e conhecer dos valores atualizados para 2021 da:

Tabela do Imposto ITCD para o estado do Ceará;

Tabela com Honorários do Advogado, sugerida pela OAB-CE;

Tabela de Emolumentos para Cartórios do Estado do Ceará;

Lista de Custas processuais do Tribunal de Justiça (Para inventário


Judicial)

A responsabilidade do imposto recai (ou seja, quem deve pagar?).

1. No caso de sucessão, o imposto deve ser pago pelos


herdeiros ou legatários;

2. No caso de doação, o imposto deve ser pago pelos


donatários (exceto se o donatário residir em outro estado ou fora do
país; neste caso o responsável pelo pagamento do imposto será o
doador).

3. Temos neste processo uma situação neste sentido que será


relatado na sentença parcial definitiva, que complementa este extrato.

Em relação ao questionamento sobre aos valores (QUAL O VALOR


DO IMPOSTO?): “Como o ITCMD tem competência estadual, cada
estado é livre para estipular sua alíquota, que não pode ser superior a
8%, de acordo com uma resolução do Senado Federal.

Para dizer em uma linguagem simples e direta, o custo para se fazer


um processo de inventário no estado de Ceará-CE é de 10% a 25% do
valor da herança. Esse valor é estimado levando em consideração os
custos de Honorários do Advogado sugeridos pela tabela da OAB-CE,
o imposto ITCD do Ceará, o custo de Emolumentos do
Cartório(Extrajudicial) ou Encargos Processuais (no caso Judicial),
que dentre outros, serão os principais e maiores custos que estarão
presentes em todos os processos.

27
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

É importante, entretanto, entender que essa estimativa pode variar,


pois ela depende do tipo de inventário (Judicial ou Extrajudicial), da
experiência do advogado escolhido, e da
complexidade/particularidade do caso, entre outros fatores.

É importante citar que é possível em algumas hipóteses de não-


incidência e isenções, dentre as quais destaca-se: a) Isenção do
imposto na transmissão “causa mortis” dos seguintes bens: – imóvel
residencial com valor fixados pela SEFAZ, desde que os familiares
beneficiados nele residam e não possuam outro imóvel;

– único imóvel com valor definido em normas fazendárias;

– bens móveis constantes nos imóveis acima citados, com valor total
definidos em norma fazendária;

– depósitos bancários e aplicações financeiras definidas em norma


fazendária.

b) Isenção do imposto nas doações:

– Valores, definidos pela autoridade fazendária, considerando o


limite em relação ao mesmo donatário durante todo o ano.

O imposto apurado por transmissão “causa mortis” poderá ser


parcelado em até 12 parcelas mensais e consecutivas, caso não se
verifique no momento da sucessão o montante suficiente (em dinheiro
ou títulos negociáveis) para pagar integralmente o valor devido. As
parcelas serão corrigidas mensalmente e não poderão ter valor
inferior aqueles definidos pela autoridade fazendária.

A norma fazendária ainda pode dispor de dispensa de recolhimento


do imposto apurado inferior ao definido em norma fazendária.

Em relação as data para pagamento do tributo (O PRAZO PARA


PAGAMENTO?).

28
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

1. Na hipótese de transmissões “causa mortis”, até 30 dias


após a decisão judicial que homologar o valor do imposto, no prazo
máximo de 180 dias após a abertura da sucessão, após o qual serão
aplicados multa e juros por atraso no pagamento (exceto se houver
prorrogação por decisão judicial);

2. Para as doações judiciais (partilhas), até 15 dias após o


trânsito em julgado da sentença;

3. Para as doações extrajudiciais, no ato da doação – caso


haja celebração de instrumento particular, o imposto deverá ser pago
antes do respectivo registro;

4. No caso de reserva de usufruto sobre bens imóveis, no ato


da lavratura da escritura.

Aos participantes do Processo devem ter ciência da processualística


do pagamento (E COMO É FEITO O PAGAMENTO DO
IMPOSTO?).

1. Com relação às transmissões “causa mortis” ou partilhas


judiciais, geralmente o advogado que está responsável pelo processo
se encarrega de calcular o imposto e emitir a guia de recolhimento
(GARE/ITCMD).

2. Já no caso de doações extra-judiciais, é o próprio donatário


quem deve calcular o imposto e emitir a respectiva guia, sendo que no
Estado de São Paulo existe uma declaração eletrônica obrigatória
para este procedimento, disponível no site da Secretaria da Fazenda
(www.fazenda.sp.gov.br).

O imposto de Inventário no Ceará (ITCMD)

A Sigla ITCMD se refere ao Imposto de transição Causa Mortis e


Doação, e é obrigatório para que aconteça a transferência oficial de
bens entre as pessoas no Brasil (inventário ou doação). A
Constituição Federal de 1988 define no art.155 uma alíquota máxima
para esse imposto no valor de cobrança em 8% do inventário. A
partir dessa premissa, cada estado tem a liberdade de escolher como
cobrá-lo.

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Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir


impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de
1993)

I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;


(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

O estado do Ceará, por sua vez, definiu a alíquota desse imposto de


forma progressiva, que varia entre 2% e 8% do valor do inventário,
conforme ilustrado na tabela a baixo, e definido pela Lei Estadual
Cearense nº 15.812/2015.

Lei Nº 15812 DE 20/07/2015.

O Governador do Estado do Ceará.

Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu sanciono a


seguinte Lei:

CAPÍTULO I - DA COMPETÊNCIA

Art. 1º O Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação - ITCD,


compete a este Estado nas seguintes situações:

I - relativamente a bens imóveis situados em seu território e


respectivos direitos, na transmissão de propriedade ou domínio útil;

II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, desde que nele se


tenha processado o inventário ou arrolamento;

III - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, desde que nele


tenha domicílio o doador.

Art. 2º Tratando-se de bens, títulos e créditos, o ITCD compete a este


Estado quando o donatário, o herdeiro ou o legatário estiver nele
domiciliado, nas hipóteses em que:

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I - o doador resida ou tenha domicílio no exterior;

II - o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve seu


inventário processado fora do país.

CAPÍTULO II - DAS HIPÓTESES DE INCIDÊNCIA

Art. 3º Constitui hipótese de incidência do ITCD a transmissão de


quaisquer bens ou direitos:

I - decorrente de sucessão legítima ou testamentária, inclusive na


sucessão provisória, nos termos definidos na Lei Federal nº 10.406,
de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil);

II - mediante doação.

§ 1º Para os efeitos deste artigo, considera-se doação o ato ou fato


em que o doador, por liberalidade, transmitir bem, vantagem ou
direito de seu patrimônio ao donatário, que o aceitará expressa,
tácita ou presumidamente, incluindo a doação efetuada com encargo
ou ônus e o adiantamento da legítima.

§ 2º Nas transmissões de que trata este artigo, ocorrem tantos fatos


geradores distintos quantos forem os herdeiros, legatários, donatários
e usufrutuários, ainda que o bem ou direito seja indivisível.

§ 3º Ficam sujeitos à incidência do ITCD a herança e o legado, ainda


que gravados nos termos da lei civil.

§ 4º Está compreendida na incidência do ITCD a transmissão de bens


e direitos que, na divisão de patrimônio comum, na partilha ou na
adjudicação, forem atribuídos a um dos cônjuges, a um dos
companheiros, ou a qualquer herdeiro, acima do valor da meação ou
do respectivo quinhão.

§ 5º Haverá nova incidência do imposto quando as partes se


retratarem de contrato ou qualquer outro instrumento que importe em
transmissão não onerosa, observado o disposto no art. 117 do Código
Tributário Nacional.

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§ 6º Considera-se também como doação a renúncia, a cessão não


onerosa e a desistência de herança, com identificação do respectivo
beneficiário.

§ 7º Tendo sido feita a renúncia, a cessão não onerosa e a desistência


de herança em favor do monte, e não de alguém particularmente, não
incide o ITCD.

Art. 4º Sujeita-se à incidência do ITCD a transmissão causa mortis ou


mediante doação de:

I - bem imóvel e direitos a ele relativos;

II - bem móvel, mesmo que representado por título, crédito,


certificado ou registro, inclusive:

a) semovente, joia, obra de arte e mercadoria;

b) qualquer título ou direito representativo do patrimônio ou capital


de sociedade e companhia, tal como ação, quota, quinhão,
participação civil ou comercial, nacional ou estrangeira, direito
societário, debênture e dividendo;

c) dinheiro, em moeda nacional ou estrangeira, depósito bancário, em


conta corrente, em caderneta de poupança e a prazo fixo, quota ou
participação em fundo mútuo de ações, de renda fixa, de curto prazo,
e qualquer outra aplicação financeira e de risco, seja qual for o prazo
e a forma de garantia;

d) bem incorpóreo em geral, direitos autorais e qualquer direito ou


ação que deva ser exercido;

e) desincorporação de bens e direitos do patrimônio de pessoa


jurídica, que implique redução de capital social, nos termos definidos
em regulamento.

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CAPÍTULO III - DO MOMENTO DA OCORRÊNCIA DO FATO


GERADOR

Art. 5º Ocorre o fato gerador do ITCD:

I - quando da transmissão causa mortis, na data da:


a) abertura da sucessão legítima ou testamentária, mesmo no caso de
sucessão provisória;

b) substituição de fideicomisso;

II - quando da transmissão por doação, na data:

a) da doação, ainda que a título de adiantamento da legítima;

b) da instituição de usufruto convencional ou de qualquer outro


direito real;

c) da renúncia à herança ou ao legado em favor de pessoa


determinada;

d) da homologação da partilha ou adjudicação, decorrente de


inventário, separação, divórcio ou dissolução de união estável, em
relação aos excedentes de meação e quinhão que beneficiar uma das
partes;

e) da lavratura da escritura pública de partilha ou adjudicação


extrajudicial, decorrente de inventário, divórcio ou dissolução de
união estável, em relação aos excedentes de meação e quinhão que
beneficiar uma das partes;

f) do arquivamento na Junta Comercial, na hipótese de:

1. transmissão de quotas de participação em empresas ou do


patrimônio de empresário individual;

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2. desincorporação do patrimônio de pessoa jurídica, que implique


em redução de capital social;

g) da formalização do ato ou negócio jurídico, nos casos não


previstos nas alíneas "a" a "f" deste inciso.

Parágrafo único. O disposto na alínea "a" do inciso II do caput deste


artigo aplica-se, inclusive, na hipótese de doação declarada no
Imposto de Renda.

Art. 6º Considera-se iniciada a contagem do prazo decadencial, nos


termos do art. 173 da Lei Federal nº 5.172, de 25 de outubro de 1966
(Código Tributário Nacional), após a comunicação ao Fisco, pelos
respectivos interessados, da concretização dos fatos geradores
previstos no art. 5º desta Lei.

CAPÍTULO IV - DA NÃO INCIDÊNCIA

Art. 7º O ITCD não incide sobre a transmissão causa mortis ou por


doação:

I - em que figurem como adquirentes ou beneficiários:

a) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

b) autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

c) partido político, inclusive suas fundações;

d) templo de qualquer culto;

e) entidade sindical de trabalhadores, instituição de educação e de


assistência social, sem fins lucrativos;

II - de livro, jornal, periódico e de papel destinado a sua impressão;

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III - de fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil,


contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou
obras em geral interpretadas por artistas brasileiros, bem como os
suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham.

§ 1º O ITCD também não incide:


I - sobre a transmissão em que o herdeiro ou legatário renuncie à
herança ou ao legado, somente quando feita sem ressalva ou
condição, em benefício do monte, configurando renúncia pura e
simples e que não tenha o renunciante praticado qualquer ato que
demonstre aceitação da herança ou do legado;

II - no recebimento de capital estipulado de seguro de vida ou pecúlio


por morte;

III - na extinção de usufruto ou de qualquer outro direito real que


resulte na consolidação da propriedade plena;

IV - sobre o fruto e rendimento do bem do espólio havidos após o


falecimento do autor da herança ou do legado.

§ 2º As hipóteses de não incidência, previstas para as entidades


mencionadas nas alíneas "b" e "d" do inciso I do caput deste artigo,
aplicam-se às transmissões de bens ou direitos vinculados a suas
finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

§ 3º A não incidência de que tratam as alíneas "c" e "e" do inciso I do


caput deste artigo:

I - compreende somente bens ou direitos relacionados às finalidades


essenciais das entidades ali mencionadas, ou às delas decorrentes;

II - condiciona-se à observância dos seguintes requisitos pelas


entidades nelas referidas:

a) não distribuir qualquer parcela de seu patrimônio ou de sua renda,


a qualquer título;

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b) aplicar integralmente, no país, os seus recursos na manutenção dos


seus objetivos institucionais;

c) manter escrituração de suas receitas e despesas em livros


revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.
§ 4º O disposto neste artigo não dispensa a prática de atos
assecuratórios do cumprimento das obrigações acessórias quando
previstas na legislação tributária alusiva ao ITCD.

§ 5º A não incidência a que se refere à alínea "e" do inciso I do caput


deste artigo aplica-se à instituição de educação ou de assistência
social, sem fins lucrativos, que preste os serviços para os quais foi
instituída e os coloque à disposição da população em geral, em
caráter complementar às atividades do Estado.

§ 6º Para os efeitos de aplicação da não incidência a que se refere a


alínea "e" do inciso I do caput deste artigo, as entidades e as
organizações de assistência social deverão estar registradas no órgão
competente e ser detentoras do respectivo certificado.

CAPÍTULO V - DAS ISENÇÕES

Art. 8º São isentas do ITCD:

I - a transmissão causa mortis:

a) do patrimônio transmitido pelo de cujus ao herdeiro ou legatário


cujo valor do respectivo quinhão ou legado não ultrapasse 7.000 (sete
mil) Ufirces;

II - as transmissões causa mortis ou por doação:

a) imóveis estabelecidos em núcleos oficiais ou reconhecidos pelo


Governo, em atendimento à política de redistribuição de terras, e de
habitação de interesse social, desde que feita à pessoa que não seja
proprietária de imóvel de qualquer natureza no município da doação;

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b) bens e direitos a associações comunitárias de moradores de


habitação de interesse social, atendidas as condições estabelecidas
nas alíneas "a", "b" e "c" do inciso II do § 3º do art. 7º desta Lei.

c) bens, direitos e dinheiro, em moeda nacional ou estrangeira,


quando destinados ao enfrentamento da pandemia causada pelo Novo
Coronavírus (COVID-19), realizadas por pessoas físicas ou jurídicas,
ainda que recebidos por terceiro para posterior encaminhamento,
desde que destinados ao Estado do Ceará. (Alínea acrescentada pela
Lei Nº 17193 DE 27/03/2020).

III - a transmissão causa mortis de imóvel rural de área não superior


a 3 (três) módulos rurais, assim caracterizados na forma de
legislação pertinente, desde que feitas a quem não seja proprietário
de imóvel de qualquer natureza.

IV - transmissão por doação de valores até R$ 50,00 (cinquenta


reais). (Inciso acrescentado pela Lei Nº 17457 DE 30/04/2021).

V - a transmissão por doação de valores efetuada por pessoa física ou


jurídica a pessoa física, destinatária final dos valores doados,
cadastrada em projeto de complementação de renda voltado a
amenizar os efeitos decorrentes da crise provocada pela Covid-19, no
montante mensal de até R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais).
(Inciso acrescentaado pela Lei Nº 17563 DE 16/07/2021).

§ 1º O valor alcançado pela isenção será deduzido da base de cálculo


para fins de aplicação da alíquota do imposto de que trata esta Lei.
(Redação do parágrafo dada pela Lei Nº 17563 DE 16/07/2021).

§ 2º A isenção de que trata o inciso V aplica-se ainda que a doação


seja operacionalizada com a interveniência de associações,
instituições financeiras e correspondentes bancários encarregados da
arrecadação, depósito, gerenciamento, controle e distribuição dos
recursos à pessoa física destinatária final dos valores doados.
(Parágrafo acrescentado pela Lei Nº 17563 DE 16/07/2021).

§ 3º A isenção de que trata o inciso V do caput deste artigo somente


produzirá efeitos enquanto perdurar neste Estado a situação de
emergência em saúde pública decorrente da pandemia ocasionada
pelo novo coronavírus - Covid-19. (Parágrafo acrescentado pela Lei
Nº 17563 DE 16/07/2021).

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CAPÍTULO VI - DA SUJEIÇÃO PASSIVA

Seção I - Do Contribuinte

Art. 9º São contribuintes do ITCD:

I - o herdeiro ou o legatário, na transmissão causa mortis;

II - o donatário, na doação;

III - o beneficiário, na desistência de quinhão ou de direito, por


herdeiro ou legatário;

IV - o cessionário, na cessão de herança ou de bem ou direito a título


não oneroso;

V - o fiduciário, na instituição do fideicomisso;

VI - o fideicomissário, na substituição do fideicomisso;

VII - o beneficiário, na instituição de direito real.

Parágrafo único. Na hipótese de doação, se o donatário não residir


nem for domiciliado neste Estado, o contribuinte do imposto será o
doador residente ou domiciliado neste Estado.

Seção II - Da Responsabilidade Solidária

Art. 10. Nos casos de impossibilidade de exigir do contribuinte o


pagamento do ITCD, respondem solidariamente com este nos atos que
intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:

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I - o doador, o cedente de bem ou direito, ou, no caso do parágrafo


único do art. 9º desta Lei, o donatário;

II - os notários, os registradores, os escrivães e os demais servidores


do Poder Judiciário, em relação aos atos praticados por eles ou
perante eles, em razão de seu ofício, bem como a autoridade judicial
que não exigir o cumprimento do disposto nesta Lei;
III - a sociedade empresária, a instituição financeira ou bancária e
todo aquele a quem caiba a responsabilidade pelo registro ou pela
prática de ato que implique na transmissão de bem móvel ou imóvel e
respectivos direitos e ações;

IV - o inventariante ou o testamenteiro, em relação aos atos que


praticarem;

V - o titular, o administrador e o servidor dos demais órgãos ou


entidades de direito público ou privado onde se processe o registro, a
anotação ou a averbação de doação;

VI - qualquer pessoa natural ou jurídica que detenha a posse do bem


transmitido ou doado;

VII - a pessoa natural ou jurídica que tenha interesse comum na


situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;

VIII - o doador, na inadimplência do donatário.

CAPÍTULO VII - DO CÁLCULO DO IMPOSTO

Seção I - Da Base de Cálculo

Art. 11. A base de cálculo do ITCD é o valor venal dos bens ou


direitos transmitidos, expresso em moeda nacional.

§ 1º O valor venal do bem ou do direito transmitido será apurado na


data da declaração ou da avaliação pelo Fisco deste Estado, e
atualizado nos termos definidos nesta Lei.

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§ 2º O valor venal do bem ou direito transmitido, declarado pelo


contribuinte ou responsável, fica sujeito à avaliação pelo Fisco deste
Estado.

§ 3º O valor mínimo dos bens e direitos para efeito de base de cálculo


do ITCD poderá ser estabelecido pelo Fisco deste Estado por meio de
valores de referência, conforme definido em regulamento.
Art. 12. Na hipótese de desmembramento da propriedade, a base de
cálculo do ITCD será:

I - de 2/3 (dois terços) do valor venal do bem, em se tratando de


disposição da nua propriedade;

II - de 1/3 (um terço) do valor venal do bem, em se tratando dos


demais direitos reais.

Art. 13. No caso de bem móvel ou direito não abrangido pelo disposto
nos arts.11 e 12 desta Lei, a base de cálculo é o valor corrente de
mercado do bem, título, crédito ou direito, na data da constituição do
crédito tributário.

§ 1º Na falta do valor de que trata este artigo, admitir-se-á o que for


declarado pelo interessado, ressalvada a revisão do lançamento pela
autoridade competente, nos termos do art. 149 do Código Tributário
Nacional - CTN, e do art. 14 desta Lei.

§ 2º Em se tratando de ações representativas do capital de sociedade,


a base de cálculo é determinada por sua cotação média na Bolsa de
Valores na data da transmissão, ou na data imediatamente anterior
quando não houver pregão ou quando estas não tiverem sido
negociadas naquele dia, regredindo-se, se for o caso, até o máximo de
180 (cento e oitenta) dias.

§ 3º No caso em que a ação, quota, participação ou qualquer título


representativo do capital de sociedade não tenha sido objeto de
negociação nos últimos 180 (cento e oitenta) dias, admitir-se-á seu
valor patrimonial na data da transmissão, nos termos do
regulamento.

§ 4º Na hipótese em que o capital da sociedade tiver sido


integralizado em prazo inferior a 5 (cinco) anos, mediante

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incorporação de bens móveis e imóveis ou de direitos a eles relativos,


a base de cálculo do imposto não será inferior ao valor venal
atualizado dos referidos bens e direitos.

Art. 14. O contribuinte ou responsável que discordar do valor


atribuído pelo Fisco deste Estado poderá impugná-lo
administrativamente no prazo de até 30 (trinta) dias, contado a partir
da ciência da notificação expedida pelo Fisco, nos termos definidos
em regulamento.
§ 1º Em relação à decisão proferida após análise da impugnação:

I - sendo indeferida, o contribuinte ou responsável será notificado


para recolher o crédito tributário no prazo de até 30 (trinta) dias,
contados a partir do primeiro dia útil subsequente ao da ciência da
notificação;

II - sendo deferida, no todo ou em parte, o contribuinte ou


responsável será notificado para recolher no prazo de até 30 (trinta)
dias, contados a partir do primeiro dia útil subsequente ao da ciência
da notificação, nos termos da decisão.

§ 2º As disposições constantes deste artigo, inclusive a competência


para análise da impugnação e do recurso, serão regulamentadas pelo
Poder Executivo.

Art. 15. No caso de sobrepartilha, à base de cálculo original serão


acrescentados os novos bens, conforme definido em regulamento.

Seção II - Das Alíquotas

Art. 16. As alíquotas do ITCD, considerando-se o valor da respectiva


base de cálculo, são:

I - nas transmissões causa mortis:

a) 2% (dois por cento), até 10.000 (dez mil) Ufirces;

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b) 4% (quatro por cento), acima de 10.000 (dez mil) e até 20.000


(vinte mil) Ufirces;

c) 6% (seis por cento), acima de 20.000 (vinte mil) e até 40.000


(quarenta mil) Ufirces;

d) 8% (oito por cento), acima de 40.000 (quarenta mil) Ufirces;

II - nas transmissões por doação:


a) 2% (dois por cento), até 25.000 (vinte e cinco mil) Ufirces;

b) 4% (quatro por cento), acima de 25.000 (vinte e cinco mil) e até


150.000 (cem mil) Ufirces;

c) 6% (seis por cento), acima de 150.000 (cinquenta mil) e até


250.000 (duzentas e cinquenta mil) Ufirces;

d) 8% (oito por cento), acima de 250.000 (duzentas e cinquenta mil)


Ufirces;

Art. 17. A apuração do imposto devido será efetuada mediante a


decomposição em faixas de valores totais dos bens e direitos
transmitidos, que será convertida em Ufirce, ou outro índice que a
substitua, sendo que a cada uma das faixas será aplicada a respectiva
alíquota.

§ 1º As alíquotas deste imposto serão definidas com base no resultado


da soma do valor da totalidade dos bens e direitos transmitidos,
inclusive na hipótese de liberação de parte dos bens do espólio, por
meio de autorização ou alvará judicial.

§ 2º O imposto de transmissão causa mortis é devido pela alíquota


vigente ao tempo da abertura da sucessão, nos termos do art. 1.784
da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que institui o Código Civil
Brasileiro.

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CAPÍTULO VIII - DA CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO


TRIBUTÁRIO, DO LANÇAMENTO, DOS PRAZOS DE
RECOLHIMENTO E DO PARCELAMENTO

Seção I - Da Constituição do Crédito Tributário

Art. 18. Na constituição do crédito tributário relativo ao ITCD, sem


prejuízo das normas constantes do Código Tributário Nacional (Lei nº
5.172, de 25 de outubro de 1965), observar-se-á o disposto nesta Lei.

Seção II - Do Lançamento
Art. 19. O lançamento do ITCD ocorre no momento da apuração do
tributo pela autoridade fazendária, conforme definido em
regulamento.

Art. 20. São modalidades de lançamento, visando à constituição do


crédito tributário relativo ao ITCD:

I - lançamento de ofício, mediante intimação formalizada pelo Fisco,


com ou sem lavratura de auto de infração, e regularmente notificada
ao contribuinte ou responsável;

II - lançamento por declaração, efetuado pelo Fisco mediante


informações prestadas pelo contribuinte ou responsável ou, conforme
o caso, pela autoridade judicial.

III - lançamento, por homologação, nos casos dispostos em ato do


Poder Executivo, para as hipóteses em que o sujeito passivo tenha o
dever de antecipar o pagamento do tributo sem prévio exame da
autoridade administrativa. (Inciso acrescentado pela Lei Nº 16904
DE 03/06/2019).

§ 1º O lançamento efetuado de ofício poderá ser contestado pelo


contribuinte ou responsável nos termos definidos em regulamento.

§ 2º O Fisco poderá desconsiderar o valor declarado pelo


contribuinte ou responsável caso este não seja compatível com o valor
de mercado, nos termos definidos em regulamento.

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§ 3º O Fisco, mediante processo administrativo regular, poderá


arbitrar o valor da base de cálculo do ITCD nos casos omissos ou
quando não mereçam fé as informações prestadas ou os documentos
apresentados pelo contribuinte ou responsável ou, ainda, do terceiro
obrigado.

Art. 21. O regulamento deverá definir a forma e os prazos para


contestação do valor apurado ou arbitrado pelo Fisco, concedendo-se
ao contribuinte ou responsável o contraditório e a ampla defesa.

Seção III - Do Recolhimento

Art. 22. Nas transmissões causa mortis, o imposto deve ser recolhido
em até 60 (sessenta) dias, contados da notificação, ao sujeito passivo,
pela autoridade fazendária.

Parágrafo único. Na hipótese da ocorrência de desistência ou


renúncia à herança, o imposto deve ser recolhido no mesmo prazo
definido no caput deste artigo.

Art. 23. Nas transmissões por doação, o imposto deve ser recolhido:

I - em até 30 (trinta) dias do seu lançamento pela autoridade


fazendária e antes da lavratura do instrumento público;

II - em até 30 (trinta) dias do trânsito em julgado da sentença ou


antes da lavratura da escritura pública, no caso de partilha de bem
ou divisão do patrimônio comum;

III - em até 30 (trinta) dias após a lavratura do instrumento


particular.

Art. 24. Nas transmissões formalizadas por quaisquer instrumentos,


públicos ou particulares, lavrados fora do Estado, o imposto deverá
ser recolhido em até 60 (sessenta) dias, contados da lavratura do ato
ou contrato ou da ciência do fato pelo Fisco.

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
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Art. 25. Não tendo o contribuinte recolhido o imposto lançado no


prazo previsto nos arts.22, 23 e 24, a autoridade competente
inscreverá o crédito tributário na Dívida Ativa do Estado.

Seção IV - Do Parcelamento

Art. 26. O crédito tributário relativo ao ITCD não recolhido nos


prazos regulamentares, inclusive o inscrito em Dívida Ativa do
Estado, poderá ser parcelado em até 30 (trinta) parcelas mensais e
sucessivas, desde que o valor de cada parcela não seja inferior a 50
(cinquenta) Ufirces.

§ 1º Aplicam-se ao ITCD, no que couber, as disposições relativas ao


parcelamento de ICMS, inclusive quanto à competência para a
concessão.
§ 2º O parcelamento implicará confissão irretratável e irrevogável do
débito.

CAPÍTULO IX - DA FISCALIZAÇÃO, DAS INFRAÇÕES E DAS


PENALIDADES

Seção I - Da Fiscalização

Art. 27. A fiscalização do ITCD compete aos servidores do Grupo


Ocupacional Tributação, Arrecadação e Fiscalização da Secretaria
da Fazenda, nos termos definidos em regulamento.

Parágrafo único. São competentes para designar servidores para


procederem a diligências de fiscalização, objetivando constituir o
crédito tributário decorrente do ITCD:

I - quaisquer dos coordenadores da Coordenadoria de Administração


Tributária;

II - exercentes de funções gerenciais na Célula de Execução da


Administração Tributária (CEXAT).

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Art. 28. A ação fiscal de que trata o art. 27 desta Lei será precedida
de ato designatório expedido pela respectiva autoridade competente,
devendo ser concluída no prazo máximo de 90 (noventa) dias,
conforme o disposto em regulamento.

§ 1º Os procedimentos relativos à ação fiscal, inclusive a constituição


do crédito tributário decorrente do ITCD, quando for o caso, serão
definidos em regulamento.

§ 2º O desatendimento das normas previstas nesta seção não


resultará em nulidade dos atos de fiscalização, autuação e cobrança,
salvo se o contribuinte comprovar prejuízo para sua defesa ou para a
lisura do procedimento fiscalizatório.

Seção II - Das Infrações

Art. 29. Considera-se infração à legislação tributária relacionada


com o ITCD toda ação ou omissão, voluntária ou involuntária,
praticada por pessoa física ou jurídica, que resulte em
descumprimento de obrigação tributária principal ou acessória.

Art. 30. As infrações serão apuradas de acordo com as formalidades


processuais específicas, no âmbito administrativo, com ou sem
lavratura de auto de infração, nos termos definidos em regulamento.

Art. 31. Considerando a natureza da infração, as multas poderão ser


calculadas tendo como base de cálculo:

I - o valor do ITCD;

II - valor da Ufirce.

Art. 32. A responsabilidade por infração à legislação tributária


relativa ao ITCD independe da intenção do contribuinte ou
responsável, bem como da efetividade, natureza ou extensão dos
efeitos do ato praticado.

Parágrafo único. Respondem pela infração todos aqueles que, em


conjunto ou isoladamente, concorram para a sua prática.

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Seção III - Das Penalidades

Art. 33. Nas transmissões causa mortis ou por doação, o contribuinte


ou responsável que recolher o imposto fora dos prazos legais, antes
de qualquer procedimento do Fisco, fica sujeito à multa de 0,15%
(zero vírgula quinze por cento) ao dia, limitada ao total de 15%
(quinze por cento).

Art. 34. As infrações relacionadas com as transmissões causa mortis


são punidas com a aplicação das seguintes penalidades, sem prejuízo
da cobrança do imposto, quando for o caso:

I - multa equivalente a 10% (dez por cento) sobre o valor do imposto


devido, pelo atraso no requerimento do inventário ou arrolamento,
que deverá dar-se no prazo previsto na legislação processual civil,
aumentada para 20% (vinte por cento) quando o atraso ultrapassar
180 (cento e oitenta) dias;

II - multa equivalente a 3 (três) vezes o valor do imposto devido, pela


falta de seu recolhimento, decorrente de fraude, dolo ou simulação.

Parágrafo único. Relativamente ao disposto no inciso I do caput deste


artigo, de forma excepcional, tratando-se de fatos geradores
ocorridos até 31 de dezembro de 2020, o prazo de tolerância para
requerimento do inventário ou arrolamento, judicial ou extrajudicial,
será de 180 (cento e oitenta) dias. (Parágrafo acrescentado pela Lei
Nº 17251 DE 27/07/2020).

Art. 35. As infrações relacionadas com as transmissões por doação


são punidas com a aplicação das seguintes penalidades, sem prejuízo
da cobrança do imposto, quando for o caso:

I - multa equivalente a 10% (dez por cento) sobre o valor do imposto


devido, pelo atraso na comunicação, ao Fisco, da transmissão do bem
ou direito, que se dará dentro de 60 (sessenta) dias, contados da
concretização da doação, aumentada para 20% (vinte por cento)
quando o atraso ultrapassar 180 (cento e oitenta) dias;

II - multa equivalente a 3 (três) vezes o valor do imposto, na falta de


seu recolhimento, decorrente de fraude, dolo ou simulação.

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

CAPÍTULO X - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 36. O reconhecimento da não incidência ou da isenção será


verificado em processo administrativo, mediante requerimento do
interessado ao órgão da administração fazendária que recebeu o
pedido de lançamento do tributo, nos termos definidos em
regulamento.

Art. 37. O imposto recolhido a maior ou indevidamente será


restituído, no todo ou em parte, a requerimento do sujeito passivo.

Parágrafo único. O procedimento, os termos e as condições da


restituição de que trata o caput deste artigo serão definidos em
regulamento.

Art. 38. A pessoa jurídica cujo sócio venha a falecer disponibilizará à


autoridade fazendária os haveres apurados do sócio falecido, por
meio de balanço patrimonial ou outros documentos exigidos pela
fiscalização.

Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se, ainda,


nos casos de doação de quotas ou ações.

Art. 39. A Junta Comercial do Estado do Ceará - Jucec, enviará


mensalmente à Secretaria da Fazenda informações sobre todos os
atos relativos à constituição, modificação e extinção de pessoas
jurídicas, bem como de empresários, realizados no mês
imediatamente anterior, que constituam fato gerador do imposto.

Parágrafo único. A comunicação de que trata o caput deste artigo


deverá ser efetuada até o dia 10 (dez) do mês subsequente àquele em
que ocorrer a referida entrada.

Art. 40. Os titulares de Cartórios de Notas, de Registro de Pessoas


Jurídicas, Registro de Títulos e Documentos, de Cartórios de Registro
de Imóveis e de Cartórios de Registro Civil das Pessoas Naturais
prestarão informações referentes à escritura ou registro de doação,
de constituição de usufruto ou de fideicomisso, de formalização ou
registro de qualquer instrumento que altere a participação societária
de sócios, em razão de transferência por cessão, doação, renúncia ou

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

falecimento, ou do qual decorra a transferência de imóveis, desde que


constitua fato gerador do imposto, sob pena de responder
solidariamente pela omissão.

§ 1º Para a comunicação de que trata o caput deste artigo, aplicase o


prazo de até 30 (trinta) dias, contados do primeiro dia útil após a
alteração de participação societária ou transferência de imóveis.

§ 2º Os titulares mencionados neste artigo exibirão à autoridade


fazendária, quando solicitados, livros, registros, fichas e quaisquer
outros instrumentos que estiverem em seu poder, inclusive
produzindo, se for o caso, fotocópias ou certidões de inteiro teor dos
documentos exigidos pela fiscalização.

Art. 41. O valor devido pelo sujeito passivo a título de ITCD,


decorrente da transmissão causa mortis, poderá ser compensado,
mediante prévia autorização da Procuradoria-Geral do Estado, com
precatório devido ao de cujus, nos termos definidos em regulamento.
CAPÍTULO XI - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 42. Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a editar as


normas regulamentares necessárias à fiel execução desta Lei.

Art. 43. Compete ao Secretário da Fazenda editar atos normativos


complementares necessários ao cumprimento desta Lei e do seu
regulamento.

Art. 44. Esta Lei entra em vigor em 1º de janeiro de 2016.

Art. 45. Ficam revogadas todas as disposições em contrário, em


especial a Lei nº 13.417, de 30 de dezembro de 2003.

PALÁCIO DA ABOLIÇÃO, DO GOVERNO DO ESTADO DO


CEARÁ, em Fortaleza, 20 de julho de 2015.

Camilo Sobreira de Santana

GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

O Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Fazenda (Sefaz-CE),


fixou o valor da Unidade Fiscal de Referência do Estado do Ceará
(Ufirce) em R$ 4,68333 para 2021. O novo indexador está previsto na
Instrução Normativa nº 93/2020, publicada no Diário Oficial do
Estado (DOE) de 28 de dezembro de 2020.

A Ufirce, que serve de base para a cobrança de tributos e multas,


passou a valer a partir de 1º de janeiro do de 2021. Excepcionalmente
em 2021, devido ao contexto econômico ocasionado pela pandemia de
Covid-19, a unidade fiscal será atualizada pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em substituição ao Índice
Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação
Getúlio Vargas.

Esse árbitro esclarece as partes que “Considerando a


obrigatoriedade do cadastramento da guia de ITCD via internet,
informamos que os Núcleos de Atendimento da SEFAZ-CE só deverão
recepcionar os processos de lançamento do ITCD, após a devida
inclusão dos dados da guia, pelos advogados, defensores públicos e
tabeliães previamente cadastrados” E-MAIL
ITCD@SEFAZ.CE.GOV.BR

De outro lado, na contramão da decisão citada no parágrafo anterior, tanto no


Arrolamento Sumário, bem em como no Arrolamento Comum, é cabível a homologação
do ACORDO DE PARTILHA, ou adjudicação dos bens, ainda que não realizado o
pagamento das taxas legais impositivas, inclusive dos tributos (ITCMD e ITBI), nos
termos do ordenamento legal processual vigente(...)

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL- 2015

Seção IX –

Do Arrolamento

A partilha amigável, celebrada entre partes


Art. 659.
capazes, nos termos da lei, será homologada de plano pelo
juiz, com observância dos arts. 660 a 663 .

§ 1º O disposto neste artigo aplica-se, também, ao pedido de


adjudicação, quando houver herdeiro único.

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

§ 2º Transitada em julgado a sentença de


homologação de partilha ou de adjudicação, será
lavrado o formal de partilha ou elaborada a carta de
adjudicação e, em seguida, serão expedidos os alvarás
referentes aos bens e às rendas por ele abrangidos,
intimando-se o fisco para lançamento administrativo
do imposto de transmissão e de outros tributos
porventura incidentes, conforme dispuser a
legislação tributária, nos termos do § 2º do art. 662 .

Art. 660. Na petição de inventário, que se processará na forma


de arrolamento sumário, independentemente da lavratura de
termos de qualquer espécie, os herdeiros:

I - requererão ao juiz a nomeação do inventariante que


designarem;

II - declararão os títulos dos herdeiros e os bens do espólio,


observado o disposto no art. 630 ;

III - atribuirão valor aos bens do espólio, para fins de partilha.

Art. 661. Ressalvada a hipótese prevista no parágrafo único


do art. 663 , não se procederá à avaliação dos bens do espólio
para nenhuma finalidade.

Art. 662. No arrolamento, não serão conhecidas ou apreciadas


questões relativas ao lançamento, ao pagamento
ou à quitação de taxas judiciárias e de tributos
incidentes sobre a transmissão da propriedade
dos bens do espólio.

§ 1º A taxa judiciária, se devida, será calculada com base no


valor atribuído pelos herdeiros, cabendo ao fisco, se apurar em
processo administrativo valor diverso do estimado, exigir a
eventual diferença pelos meios adequados ao lançamento de
créditos tributários em geral.

§ 2º O imposto de transmissão será objeto de lançamento


administrativo, conforme dispuser a legislação tributária, não
ficando as autoridades fazendárias adstritas aos valores dos
bens do espólio atribuídos pelos herdeiros.

Art. 663. A existência de credores do espólio não impedirá a


homologação da partilha ou da adjudicação, se forem
reservados bens suficientes para o pagamento da dívida.

Parágrafo único. A reserva de bens será realizada pelo valor


estimado pelas partes, salvo se o credor, regularmente

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

notificado, impugnar a estimativa, caso em que se promoverá a


avaliação dos bens a serem reservados.

Art. 664. Quando o valor dos bens do espólio for igual ou


inferior a 1.000 (mil) salários-mínimos, o inventário processar-
se-á na forma de arrolamento, cabendo ao inventariante
nomeado, independentemente de assinatura de termo de
compromisso, apresentar, com suas declarações, a atribuição
de valor aos bens do espólio e o plano da partilha.

§ 1º Se qualquer das partes ou o Ministério Público impugnar a


estimativa, o juiz nomeará avaliador, que oferecerá laudo em
10 (dez) dias.

§ 2º Apresentado o laudo, o juiz, em audiência que designar,


deliberará sobre a partilha, decidindo de plano todas as
reclamações e mandando pagar as dívidas não impugnadas.

§ 3º Lavrar-se-á de tudo um só termo, assinado pelo juiz, pelo


inventariante e pelas partes presentes ou por seus advogados.

§ 4º Aplicam-se a essa espécie de arrolamento, no que couber,


as disposições do art. 672 , relativamente ao lançamento, ao
pagamento e à quitação da taxa judiciária e do imposto sobre a
transmissão da propriedade dos bens do espólio.

§ 5º Provada a quitação dos tributos relativos aos bens do


espólio e às suas rendas, o juiz julgará a partilha.

Art. 665. O inventário processar-se-á também na forma do art.


664 , ainda que haja interessado incapaz, desde que
concordem todas as partes e o Ministério Público.

Art. 666. Independerá de inventário ou de arrolamento o


pagamento dos valores previstos na Lei nº 6.858, de 24 de
novembro de 1980 .

Art. 667. Aplicam-se subsidiariamente a esta Seção as


disposições das Seções VII e VIII deste Capítulo.

Ressalte-se que o presente INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL objetiva homologar o


acordo em relação a divisão dos bens do espólio, desde que os herdeiros sejam capazes.
No presente caso transfere-se do judiciário para a arbitragem somente a solução da
partilha, sendo mais simples, rápida, mais econômica e menos desgastante para os
envolvidos.

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Prolatada a sentença o árbitro poderá fazer uso a critério das partes envolvidas, da
CARTA ARBITRAL, ou seguir o roteiro definido na LeiFederal nº 11.441, DE 4 DE
JANEIRO DE 2007 - Altera dispositivos da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 –
Código de Processo Civil, possibilitando a realização de inventário, partilha, separação
consensual e divórcio consensual por via administrativa. Observação: Lei recepcionada
pelo ordenamento, NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015.

Na hipótese das partes optarem para que o árbitro emita a CARTA ARBITRAL, este
deverá observar o ordenamento vigente:

“RESOLUÇÃO No 421, DE 29 DE SETEMBRO DE 2021.


Estabelece diretrizes e procedimentos sobre a cooperação judiciária
nacional em matéria de arbitragem e dá outras providências.

Art. 1o Esta resolução dispõe sobre a cooperação judiciária nacional


em matéria de arbitragem.

Parágrafo único. Aplicam-se as diretrizes estabelecidas pela


Resolução CNJ n o 350/2020 à cooperação judiciária nacional em
matéria de arbitragem.

Art. 2o Os pedidos de cooperação judiciária previstos na Resolução


CNJ n o 350/2020 podem ser formulados entre os(as) árbitros(as) ou
órgãos arbitrais e os órgãos do Poder Judiciário, no que couber.

Parágrafo único. Os pedidos de cooperação judiciária deverão ser


encaminhados diretamente pelo(a) árbitro(a) ou órgão arbitral ao juízo
cooperante ou pelo juízo ao(à) árbitro(a) ou órgão arbitral, ou ser
remetidos por meio do Juízo de Cooperação.

Art. 3o A carta arbitral seguirá o regime previsto no artigo 22-C da


Lei n o 9.307/1996 (Lei de Arbitragem) e no artigo 260, § 3º , do
Código de Processo Civil.

§ 1o Constituem requisitos da carta arbitral:

I – identificação do(a) árbitro(a) ou órgão arbitral solicitante do


cumprimento da decisão e do juízo do Poder Judiciário competente;

II – indicação do ato processual a ser praticado;

III – assinatura do(a) árbitro(a);

IV – número do procedimento arbitral e identificação do órgão


arbitral, nos casos de arbitragem institucional; e

V – qualificação das partes.

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

§ 2o Os pedidos de cooperação judiciária formulados pelos(as)


árbitros(as) ou órgãos arbitrais deverão ser acompanhados de
cópia da convenção arbitral, de prova da instituição do tribunal
arbitral ou da nomeação do(a) árbitro(a) e de sua aceitação da
função, do inteiro teor da petição, da respectiva decisão arbitral
cujo cumprimento é solicitado, das procurações outorgadas
aos(às) advogados(as) das partes e de documento que ateste a
confidencialidade do procedimento, quando cabível.

Art. 4o Desde que a confidencialidade do procedimento arbitral seja


comprovada, os pedidos de cooperação judiciária entre juízos arbitrais
e órgãos do Poder Judiciário deverão observar o segredo de justiça, na
forma prevista no artigo 189, IV, do Código de Processo Civil, e no
artigo 22-C, parágrafo único, da Lei de Arbitragem.

Art. 5o Os tribunais poderão determinar a distribuição


preferencial de processos envolvendo arbitragem para
determinada vara ou câmara, a fim de propiciar a especialização
na matéria.

Art. 6o Altera-se o artigo 16 da Resolução CNJ no 350/2020, que


passa a vigorar com alteração nos incisos IV e V e acréscimo do
inciso VI:

“Art. 16 ................................................................................

IV – Procuradorias Públicas;

V – Administração Pública; e

VI – Tribunais arbitrais e árbitros(as)”. (NR)

Art. 7o Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Ministro LUIZ FUX

Por fim é fato que os herdeiros, ora interessados, são maiores e capazes, razão pela qual
não há necessidade de intervenção no Ministério Público, e por consequência, pode ser
avocada a via extrajudicial, ou seja, a ARBITRAGEM.

É importante esclarecer aos inexperientes em atividades de Juízo Arbitral, a importância


em relação a SENTENÇA ARBITRAL e SENTENÇA JUDICIAL.

Considerando que diversos operadores do direito não são familiarizado com esse
INSTITUTO JURÍDICO.

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

No Judiciário não é convencional a SENTENÇA PARCIAL. Diferente da


ARBITRAGEM que tem previsão legal nos termos:

(...)A sentença parcial é uma ferramenta útil para dinamizar o


processo arbitral, permitindo a decisão da parte substancial do litígio
que reduz a incerteza das partes. A sua conceituação tem sido
diferente em vários países, mas no Brasil passou a ser definida com
clareza no CPC (art. 356).

A Lei n.º 13.129/2015, que alterou a lei brasileira de arbitragem,


positivou no ordenamento pátrio a possibilidade de prolação de
sentenças parciais pelos árbitros (art. 23, § 1º da Lei n.º 9.307/1996).
Ainda, restou disposto que o prazo de 90 dias para a propositura de
ação de nulidade corre a partir da notificação de cada sentença, parcial
ou final, ou da respectiva decisão de esclarecimentos (art. 33, § 1º da
Lei n.º 9.307/1996).

Destaque-se que desde há muito a doutrina defendia a possibilidade de


opção, pelas partes, de procedimento que autorizasse os árbitros a
proferirem sentenças parciais. Para Carlos Alberto Carmona, o
obstáculo existente teria ruído com a reforma de 2005 do Código de
Processo de Civil, quando a legislação processual deixou de prever
que a sentença era o ato pelo qual o juiz colocava termo ao processo.
Em igual sentido posicionou-se Cândido Rangel Dinamarco. Segundo
Arnoldo Wald, a prolação de sentenças arbitrais parciais não
representaria qualquer violação aos princípios imperativos da lei
brasileira, às normas de ordem pública ou aos bons costumes .

Em 2015, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) firmou entendimento


no sentido de que inexistiam na lei de arbitragem, mesmo
anteriormente às modificações introduzidas pela Lei n.º 13.129/2015,
quaisquer óbices à prolação de sentenças arbitrais parciais. Ressaltou-
se, ainda, inexistirem incongruências com a lógica do sistema
processual brasileiro, notadamente após a reforma Código de Processo
de Civil em 2005. A decisão do STJ deixou clara a necessidade de
compreensão da sentença arbitral como ato dos árbitros que, em
definitivo, resolve parte da causa, finalizado a arbitragem na extensão
do que restou decidido. Por isso, inclusive, foi consignada no julgado
a necessidade de contagem do prazo de 90 dias para ação de nulidade
a partir da própria sentença parcial.

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Conforme se nota, as modificações introduzidas na lei brasileira de


arbitragem bem refletiram o entendimento doutrinário e
jurisprudencial sobre a possibilidade de prolação de sentenças arbitrais
parciais. Com efeito, a introdução de previsão legal autorizando os
árbitros a proferirem sentenças parciais representou decisiva
possibilidade de que o façam independentemente de permissão
constante da convenção arbitral ou do regulamento escolhido pelas
partes, excetuados apenas os casos de expressa vedação.

NOTA: CARMONA, Carlos Alberto. Ensaio sobre a Sentença


Arbitral Parcial. Revista de Processo, v. 33, n. 165, pp. 9-28, 2008;
CARMONA, Carlos Alberto. Arbitragem e Processo: um comentário
à Lei n.º 9.307/96. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2009, pp. 343-357.;
DINAMARCO, Cândido Rangel. A Arbitragem na Teoria Geral do
Processo. São Paulo: Malheiros Editores, 2009, pp. 176-180.;
WALD. Arnoldo. A validade da sentença arbitral parcial nas
arbitragens submetidas ao regime da CCI. Revista de Direito
Bancário, do Mercado de Capitais e da Arbitragem, v. 5, n. 17, p.
329–341, jul./set., 2002.; CARMONA, Carlos Alberto. Ensaio sobre a
Sentença Arbitral Parcial. Revista de Processo, v. 33, n. 165, pp. 9-28,
2008; CARMONA, Carlos Alberto. Arbitragem e Processo: um
comentário à Lei n.º 9.307/96. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2009, pp. 348-
349. Nesse sentido: “Considerando os termos amplos do art. 2º da Lei
de Arbitragem brasileira, que valoriza de modo significativo a
autonomia da vontade das partes, parece-me que, diante da alteração
de nosso modelo processual (devido processo legal), não há mais
óbice para que os árbitros, desde que autorizados, profiram sentenças
arbitrais parciais. Diferentemente do que ocorre na Espanha, onde os
árbitros podem, por força de lei, proferir sentença arbitral (a não ser
que as partes digam o contrário), no Brasil a autorização para a
sentença parcial deve partir dos litigantes: os árbitros apenas estarão
autorizados a usar o mecanismo se o procedimento adotado preconizar
as sentenças parciais (CARMONA, Carlos Alberto. Arbitragem e
Processo: um comentário à Lei n.º 9.307/96. 3ª ed. São Paulo: Atlas,
2009, pp. 351, originalmente grifado).; REsp 1519041/RJ, Rel.
Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA,
julgado em 01/09/2015, DJe 11/09/2015. Consigne-se que foram em
seguida rejeitados os embargos de declaração opostos pela parte
sucumbente contra o acórdão proferido no âmbito do Recurso
Especial. Ao decidir os embargos, o STJ frisou a inexistência de
contradição ou obscuridade na decisão que reconheceu que o
provimento arbitral em questão tinha natureza de sentença parcial e
era válido perante o direito brasileiro.; WAMBIER. Teresa Arruda
Alvim; CONCEIÇÃO, Maria Lúcia Lins; RIBEIRO, Leonardo Ferres
da Silva; MELLO, Rogério Licastro Torres de. Primeiros comentários
ao novo código de processo civil: artigo por artigo. 1ª ed. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2005, pp. 620-621.; FOUCHARD,
Philippe; GAILLARD, Emmanuel; GOLDMAN, Berthold.

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

International Commercial Arbitration. Haia: Kluwer, 1999, p. 737-


738.; Pode-se observar que a norma do CPC/2015 refletiu tanto o teor
do art. 4º § 1º quanto o teor do art. 5º, III da Resolução n.º 9/2005 do
STJ.; Nesse sentido: “Em se transportando a definição de sentença
(ofertada pela Lei n. 11.232/2005) à Lei n. 9.307/96, é de se
reconhecer, portanto, a absoluta admissão, no âmbito do procedimento
arbitral, de se prolatar sentença parcial, compreendida esta como o ato
dos árbitros que, em definitivo (ou seja, finalizando a arbitragem na
extensão do que restou decidido), resolve parte da causa, com
fundamento na existência ou não do direito material alegado pelas
partes ou na ausência dos pressupostos de admissibilidade da tutela
jurisdicional pleiteada” (REsp 1519041/RJ, Rel. Ministro MARCO
AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em
01/09/2015, DJe 11/09/2015).; Considerando-se a sentença arbitral
parcial como definitiva sobre uma parte da disputa, conclui-se pela
sua obrigatoriedade para as partes.; BRAGHETTA. Adriana. A
Importância da Sede da Arbitragem: visão a partir do Brasil. Rio de
Janeiro: Renovar, 2010, pp. 349-351.

QUESTÕES ALHEIAS A PRESENTE ARBITRAGEM QUE FORAM


QUESTIONADAS EM AUDIÊNCIA – QUE DEVE SER RESOLVIDA PELO
ÁRBITRO.

Fatos que podem resultar em atraso na resolução de um inventário judicial ou


“INVENTÁRIO” pela via arbitral.

No curso do presente inventário, antes da elevação a arrolamento sumário, surgiram


dúvidas quantoa legitimidade dos documentos de folhas 948-950 – ANEXO I –; folha
400- ANEXO II –; folhas 941-943 – ANEXO III -. – Em particular o “CASO SR
ANIBAL. PEDRA DA SAUDADE”. Bem como a legalidade da venda de bens da DE
CUJUS quando viva.Em particular o imóvel chamado de Pedra da Saudade. Imóveis
que se relaciona e coleciona nos termos que seguem.

Logo se indefere no âmbito desta arbitragem qualquer questionamento desta natureza


(Ou seja, o questionamento sobre ailegitimidade dos documentos de folhas 948-950 –
ANEXO I –; folha 400- ANEXO II –; folhas 941-943 – ANEXO III),pois, não é a
“seara legítima e legal”.

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Neste sentido se emprega o entendimento sob forma de NOTA ARBITRAL explicativa.

(...) Na maioria dos processos de inventário, o atraso na conclusão é em razão do não


entendimento entre as partes. Supondo, por exemplo, que um filho more na casa da
família com a mãe. Após o falecimento desta, este filho não teria mais direito sobre os
outros apenas por estar vivendo no local ou cuidando da mãe. A casa é a herança que a
pessoa falecida deixou e deve ser dividida igualmente entre os filhos e cônjuge
sobrevivente, nas respectivas proporções, mesmo que os outros filhos não precisem da
casa ou do dinheiro da venda dela.

A divisão dos bens deve respeitar o que é determinado pela lei, salvo a renúncia de
algum herdeiro a sua parte na herança.

Vale ressaltar, então, que, determinadas questões pessoais – quem tem condições
financeiras, ou quem cuidou da pessoa falecida, quem foi afetado pelo destino… – não
são avaliadas em um inventário.

Qualquer herdeiro legítimo deve ter seu direito garantido – a não ser que abra mão dele
por livre e espontânea vontade.

A conciliação e a prolação de uma sentença (seja judicial, juiz estatal; ou arbitral, juiz
arbitral, convocado) pode resolver a pendência entre os herdeiros, portanto, é a chave
para uma rápida partilha da herança do parente falecido.

Para decidir nesta questão levantada, ou seja, a posse do Sr. ANIBAL, em propriedade
registrada em nome de ANTONIA DAUCY TAVARES PARENTE, O árbitro faz
constar uma decisão em forma prévia de NOTA ARBITRAL.

Folhas 400- ANEXO II – REGISTRO GERAL DE IMÓVEIS –


LIVRO 2-A – FICHAS 01-02 – 16 DE JUNHO DE 1982. R.01.2.200
IMÓVEL: QUADRA DE TERRA BAIRRO “SAUDADE OU
ORIENTE. QUATRO HECTARES – ADQUIRIDA PELA SRA
ANTONIA DAUCY (I) TAVARES PARENTE EM 08 DE MAIO DE

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

1968. ESCRITURA LAVRADA EM DATA DE 16 DE JUNHO DE


1982. ESTA PROPRIEDADE ESTÁ PARCIALMENTE VENDIDA
FORMAMELNTE, OU SEJA, JÁ EXISTEM AVERBAÇÕES EM
UMA AREA TOTAL DE TERRAS JÁ ESCRITURADAS. PORÉM,
A AREA DE 27.014.88M2 FOI VENDIDA A UM SENHOR
SUPOSTAMENTE CHAMADO DE ANIBAL, QUE NÃO
ESCRITUROU SUA PARTE. PORÉM, NESTE JUÍZO ARBITRAL
NÃO FOI APRESENTADA DOCUMENTAÇÃO PARTICULAR
COM FIRMA RECONHECIDA DESTA TRANSAÇÃO, PORQUE,
NÃO COMPETE DESTE JUÍZO CONHECER DESTE
EXPEDIENTE. DEVENDO SER FEITO EM AÇÃO PROPRIA DE
DIREITO DE POSSE EM JUÍZO TOGADO, OU SEJA PODE
JUDICIÁRIO. Assim declara-se que desta propriedade entra na
partilha a área DE 27.014.88M2, independente do questionamento de
direito de posse. Compete, pois, ao herdeiro que receber esta cota,
discutir em juízo a posse de quem adquiriu de boa-fé. RECOMENDA-
SE CONTACTAR COM ESTE COMPRADOR DE POSSE, ANTES
DE VENDER A COTA REMANESCENTE PARA EVITAR
CONFLITOS QUE VÁ ALÉM DARAZOABILIDADE DE FATO E
DE DIREITO. SALVO MELHOR JUÍZO.

OBSERVE-SE A NOTA TÉCNICA QUE SEGUE.

NOTA ARBITRAL 25.878.980.2022.


Direito Civil – Posse. É RELEVANTE neste contexto, ao árbitro,
analisar a questão da posse, para prevenir os herdeiros de provável
violação à lei, o direito de posse de boa-fé.
Didaticamente é bom frisar que os conceitos a seguir devem ser
cogitados para a reflexão sobre condutas (a dos herdeiros, empós a
partilha).
Direito Real é o poder que a pessoa titular exerce sobre determinada
coisa (bem).
Direito Pessoal é relação jurídica entre pessoas, tendo como objeto
determinada prestação.

Real é (a) coisa.

Direito sobre a coisa.

Garantia Real é coisa que está sendo dada em garantia.

Na teoria da posse o Jurista, interprete da lei deve vislumbrar os


seguintes critérios:

Teoria subjetiva (Savigny) e teoria objetiva (Ihering).

Teoria Subjetiva a posse é caracterizada por dois elementos o corpus


e animus; para ter a posse teria de se ter a coisa e a vontade de
exercer o direito de propriedade.

59
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Teoria Objetiva: exteriorização da propriedade; basta ter a coisa sob


o seu poder para se ter a posse dela.

A teoria objetiva é a teoria aceita no ordenamento civil brasileiro.

Não é necessário ter a coisa por perto para ter posse.

Posse.

Posse não é direito real pois não está no artigo 1225/CC (rol
taxativo); mas está inserido no livro que trata das coisas.

Pode ser oposta ao proprietário.

Se é coisa imóvel, trata-se de hipoteca.

A posse transmite-se aos herdeiros sem alterar características (art.:


1206CC).

Os direito de posse são: usar, gozar, dispor e reaver a coisa das mãos
de quem quer que injustamente a possua; gozar, fruir, perceber
frutos; dispor: desfazer-se, vender doar, destruí (em alguns casos);
poderes de proprietário; não é necessário estar em contato com o
bem, basta ter esses poderes.

Direito de sequela: é o direito de reaver a coisa das mãos de quem


quer que a possua injustamente.

Só os direitos reais dão ao titular o direito de sequela; este direito


tem eficácia erga omnes;

Característica principal do bem imóvel: só é direito real se o imóvel


estiver registrado no cartório de registro de imóveis. Escritura não
transmite propriedade; somente o registro da a propriedade; agir com
desídia é obter a escritura de um imóvel e não realizar o seu registro,
se qualificando como não proprietário. A servidão de passagem só
dá direito sobre a coisa se esta estiver registrada no cartório de
registro de imóveis.

Posse é diferente de detenção.

Na detenção existe uma relação de dependência para com o outro,


conservação da posse em nome deste e em cumprimento de ordens
ou instruções suas (Art. 1198 /CC), caseiro por exemplo; essas
pessoas são chamadas de fâmulos da posse, também conhecidas
gestor ou servo da posse; podem exercer a autoproteção do
possuidor as coisas a eles confiadas, porém não podem entrar com
ações possessórias, pois não são possuidoras da coisa.

Ação possessória (aqui se discute a posse) é diferente de ação


reivindicatória (reivindica-se o bem).

60
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Posse direta e indireta é exercida pelo proprietário, locador de um


imóvel enquanto que a posse direta é a exercida pelo inquilino,
locatário.

Posse justa (posse legal, autorizada, por exemplo, a posse do


locatário) e injusta (posse ilegal, por exemplo, a posse que um ladrão
tem sobre um bem roubado ou furtado).

Quem tiver a sua posse agredida poderá entrar como a ação e


ganhará essa ação quem tiver a posse justa.

O possuidor direto tem direito de lançar mão dos interditos contra


turbação, esbulho e violência iminente, se tiver justo receio de ser
molestado, inclusive contra o possuidor indireto.

A posse injusta pode ser: violenta (obtida por meio violento),


clandestina (posse obtida às escuras) ou precária (deriva de uma
posse justa, se caracteriza com a recusa em devolver o bem).

Posse de boa-fé e de má-fé.

Posse de má-fé se caracteriza por ser uma posse injusta e o


possuidor injusto sabe dos vícios.

Posse de boa-fé também deriva de uma posso injusta, porém o


possuidor injusto não sabe dessa injustiça.

Ao julgar procedimentos, no âmbito da CJC-INESPEC, se


recomenda, que ao se deparar com essa situação se observe:

“a posse de boa-fé só perde este caráter no caso, e desde o momento,


em que as circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora
que possui indevidamente”

Composse(Posse exercida em conjunto por dois ou mais indivíduos


sobre a mesma coisa indivisa; compossessão).

Está descrita no Código Civil, art. 1119 que diz: “Se duas ou mais
pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela
atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros co-
possuidores”.

Trata-se, pois, de uma situação em que duas ou mais pessoas,


exercem sobre o mesmo bem, a posse de maneira simultânea.

Ao árbitro processual se recomenda a observância aos critérios e


ciência dos requisitos da composse:

Pluralidades de sujeitos;

Indivisibilidade da coisa;

Identidades de atos possessórios.

61
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Diferença entre composse e condomínio é que a composse está


relacionada a posse e o condomínio liga-se a propriedade; duas
pessoas ou mais exercendo somente a posse; duas ou mais pessoas
exercendo a propriedade tem-se o condomínio.

Considerando as ponderações acima, o árbitro deste feito não pode


conceder “MEDIDA CAUTELAR” para reintegrar ou anular atos
jurídicos vinculados as partes que não figuram no polo da
arbitragem. A arbitragem só alcança as partes citadas no Edital 6-
PRT 6029.799-2019 de, 22 de outubro de 2019; Fls 344-383 –
Volume I – Arrolamento Sumário; e Edital 7-PRT 6035.800.2019
de, 25 de outubro de 2019. Folhas 462-482 – Volume I –
Arrolamento Sumário e, termos de fls 720-755 do Volume III dos
autos do inventario.

MEDIDAS CAUTELARES.

Cautelar na arbitragem: a tutela cautelar faz parte do direito de


acesso à Justiça, seja com jurisdição estatal ou privada.

No Código de Processo Civil de 2015 a (...)” tutela provisória pode


fundamentar-se em urgência ou evidência. A tutela provisória de
urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter
antecedente ou incidental. A tutela provisória requerida em caráter
incidental independe do pagamento de custas. A tutela provisória
conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a
qualquer tempo, ser revogada ou modificada. Salvo decisão judicial
(ou arbitral) em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia
durante o período de suspensão do processo”.
Diz o Código de Processo Civil de 2015:

TÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou


evidência.

Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou


antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou
incidental.

Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental


independe do pagamento de custas.

Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do


processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.

62
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela


provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do
processo.

Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar


adequadas para efetivação da tutela provisória.

Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as


normas referentes ao cumprimento provisório da sentença, no que
couber.

Art. 298. Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a


tutela provisória, o juiz motivará seu convencimento de modo claro
e preciso.

Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e,


quando antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido
principal.

Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de


competência originária de tribunal e nos recursos a tutela
provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para
apreciar o mérito.

TÍTULO II

DA TUTELA DE URGÊNCIA

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver


elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de
dano ou o risco ao resultado útil do processo.

§ 1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme


o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os
danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser
dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder
oferecê-la.

§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após


justificação prévia.

§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida


quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser


efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro
de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida
idônea para asseguração do direito.

63
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a


parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência
causar à parte adversa, se:

I - a sentença lhe for desfavorável;

II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não


fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo
de 5 (cinco) dias;

III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese


legal;

IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da


pretensão do autor.

Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a


medida tiver sido concedida, sempre que possível.

CAPÍTULO II

DO PROCEDIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA REQUERIDA


EM CARÁTER ANTECEDENTE

Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à


propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao
requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela
final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do
perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.

§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste


artigo:

I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de


sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação
do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo
maior que o juiz fixar;

II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou


de mediação na forma do art. 334 ;

III - não havendo auto composição, o prazo para contestação será


contado na forma do art. 335.

§ 2º Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1º


deste artigo, o processo será extinto sem resolução do mérito.

§ 3º O aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo dar-


se-á nos mesmos autos, sem incidência de novas custas processuais.

§ 4º Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor


terá de indicar o valor da causa, que deve levar em consideração o
pedido de tutela final.

64
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

§ 5º O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-


se do benefício previsto no caput deste artigo.

§ 6º Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela


antecipada, o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição
inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o
processo ser extinto sem resolução de mérito.

Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303,


torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o
respectivo recurso (NA ARBITRAGEM NÃO CABE RECURSO, E
SIM PROVOCAÇÃO AO JUDICIÁRIO PARA NULIDADE).

§ 1º No caso previsto no caput, o processo será extinto.

§ 2º Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de


rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos
termos do caput.

§ 3º A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não


revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na
ação de que trata o § 2º.

§ 4º Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos


autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial
da ação a que se refere o § 2º, prevento o juízo em que a tutela
antecipada foi concedida.
§ 5º O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada,
previsto no § 2º deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos,
contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos
do § 1º.

§ 6º A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a


estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que
a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma
das partes, nos termos do § 2º deste artigo.

CAPÍTULO III
DO PROCEDIMENTO DA TUTELA CAUTELAR REQUERIDA EM
CARÁTER ANTECEDENTE

Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela


cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a
exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo
de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput


tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303.

Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias,


contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir.

65
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Art. 307. Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo


autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que
o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias.

Parágrafo único. Contestado o pedido no prazo legal, observar-se-á


o procedimento comum.

Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser


formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será
apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela
cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas
processuais.

§ 1º O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o


pedido de tutela cautelar.

§ 2º A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação


do pedido principal.

§ 3º Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para


a audiência de conciliação ou de mediação, na forma do art. 334 ,
por seus advogados ou pessoalmente, sem necessidade de nova
citação do réu.

§ 4º Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será


contado na forma do art. 335 .

Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter


antecedente, se:

I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal;

II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias;


III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo
autor ou extinguir o processo sem resolução de mérito.

Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela


cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, salvo sob novo
fundamento.

Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte


formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se
o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou
de prescrição.

TÍTULO III
DA TUTELA DA EVIDÊNCIA

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente


da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do
processo, quando:

66
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto


propósito protelatório da parte;

II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas


documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos
repetitivos ou em súmula vinculante;

III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova


documental adequada do contrato de depósito, caso em que será
decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação
de multa;

IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente


dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha
prova capaz de gerar dúvida razoável.

Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá


decidir liminarmente.
.

O legislador ordinário (Deputados Federais e Senadores, da


República), atendendo ao apelo da prudência, ditado pelo
conservadorismo, limitou os poderes do árbitro no tocante à
concessão de tutela cautelar, isso até a publicação da Lei Federal nº
13.129, DE 26 DE MAIO DE 2015. EMENTA: Altera a Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996, e a Lei nº 6.404, de 15 de
dezembro de 1976, para ampliar o âmbito de aplicação da
arbitragem e dispor sobre a escolha dos árbitros quando as partes
recorrem a órgão arbitral, a interrupção da prescrição pela
instituição da arbitragem, a concessão de tutelas cautelares e de
urgência nos casos de arbitragem, a carta arbitral e a sentença
arbitral, e revoga dispositivos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de
1996.
.

CAPÍTULO IV-A

DAS TUTELAS CAUTELARES E DE URGÊNCIA

Art. 22-A.Antes de instituída a arbitragem, as partes poderão


recorrer ao Poder Judiciário para a concessão de medida
cautelar ou de urgência.

Parágrafo único. Cessa a eficácia da medida cautelar ou de


urgência se a parte interessada não requerer a instituição da
arbitragem no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data de
efetivação da respectiva decisão.

Art. 22-B.Instituída a arbitragem, caberá aos árbitros


manter, modificar ou revogar a medida cautelar ou de
urgência concedida pelo Poder Judiciário.

67
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Parágrafo único. Estando já instituída a arbitragem, a medida


cautelar ou de urgência será requerida diretamente aos
árbitros.”

Isso quer dizer que a lei concedeu poderes ao árbitro para impor
medida cautelar. Agora a competência arbitral vai da apreciação do
pedido à solicitação ao juiz togado à efetivação da mesma. Ou seja,
o árbitro pode - e deve - apreciar e deferir o pedido de concessão de
cautelar, eis que cabe a ele julgar todas as providências cabíveis ao
efetivo exercício da "jurisdição arbitral". E, assim, englobando a
medida cautelar, seja esta incidental, eventual, ou seja preparatória,
instrumental.

Todavia, a sua execução se vincula a CARTA ARBITRAL nos


termos:

CAPÍTULO IV-B

DA CARTA ARBITRAL

Art. 22-C. O árbitro ou o tribunal arbitral poderá expedir carta


arbitral para que o órgão jurisdicional nacional pratique ou
determine o cumprimento, na área de sua competência
territorial, de ato solicitado pelo árbitro.

Parágrafo único. No cumprimento da carta arbitral será


observado o segredo de justiça, desde que comprovada a
confidencialidade estipulada na arbitragem.” (Lei Federal nº
13.129, DE 26 DE MAIO DE 2015. EMENTA: Altera a Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996, e a Lei nº 6.404, de 15 de
dezembro de 1976, para ampliar o âmbito de aplicação da
arbitragem e dispor sobre a escolha dos árbitros quando as partes
recorrem a órgão arbitral, a interrupção da prescrição pela
instituição da arbitragem, a concessão de tutelas cautelares e de
urgência nos casos de arbitragem, a carta arbitral e a sentença
arbitral, e revoga dispositivos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de
1996).

Neste sentido o CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA regulou a


“Cooperação judiciária entre arbitragem e Justiça”, e nela a CARTA
ARBITRAL nos termos da legislação vigente(O árbitro ou o
tribunal arbitral poderá expedir carta arbitral para que o órgão
jurisdicional nacional pratique ou determine o cumprimento, na
área de sua competência territorial, de ato solicitado pelo
árbitro. No cumprimento da carta arbitral será observado o
segredo de justiça, desde que comprovada a confidencialidade
estipulada na arbitragem).

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Matéria de domínio público, diz o CNJ:

(...)Manuel Carlos Montenegro - Agência CNJ de Notícias

Uma medida aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ)


deve melhorar a cooperação judiciária entre árbitros, árbitras ou
tribunais arbitrais e a Justiça. O texto da resolução aprovada na 93ª
Sessão Virtual do CNJ, encerrada na sexta-feira (24/9), detalha
como será elaborada a chamada carta arbitral. O documento serve
para oficializar solicitação ao Poder Judiciário para que determine o
cumprimento da solução arbitrada para determinado litígio
estabelecido na relação entre dois contratantes.

Desde 1996, a legislação brasileira prevê que um árbitro possa ser


escolhido no lugar de um juiz como autoridade responsável por
solucionar um conflito iniciado entre duas partes que assinaram
um contrato entre si. No entanto, optar pelo instituto da
arbitragem como alternativa ao processo judicial implica que os
contratantes aceitem submeter-se à sentença de um árbitro – e
não a de um tribunal – para resolver as divergências
patrimoniais que eventualmente surgirem do negócio. Quando a
sentença arbitral não for cumprida por uma das partes, o árbitro ou
o tribunal arbitral pode solicitar ao Poder Judiciário que faça
cumprir a decisão.

Entre os requisitos que devem constar da carta arbitral, a


regulamentação do CNJ prevê a identificação tanto do árbitro(a) ou
do órgão arbitral que solicita o cumprimento da decisão quanto a
do juiz ou juíza a quem o pedido for endereçado. Também devem
ser assinalados na carta arbitral qual ato processual deverá ser
praticado e o número do procedimento arbitral ao qual
corresponde.

Outras informações que devem acompanhar a carta arbitral são a


cópia da convenção arbitral, a prova de que tribunal arbitral foi
instituído ou de nomeação de árbitro ou árbitra, assim como um
atestado de que o solicitante aceitou a função de arbitragem.

Devem fazer parte da solicitação tanto o texto da petição quanto o da


decisão arbitral que pede-se cumprir. Outros documentos necessários
são as procurações que as partes tenham outorgado a advogados ou
advogadas e o documento que ateste a confidencialidade do
procedimento, quando for o caso.
A resolução aprovada pelo CNJ incluiu no texto da resolução
anterior que tratava de cooperação judiciária os tribunais arbitrais e
o(as) árbitro(as) como uma das instituições com que a Justiça poderá
realizar a chamada cooperação judiciária interinstitucional para dar
mais celeridade e efetividade à prestação jurisdicional. Essas
instituições ganham, assim, condição que antes era reservada apenas
ao Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil, Defensoria
Pública e às Procuradorias Públicas.

69
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Alternativa.

De acordo com o relator do Ato Normativo 0006684-


33.2021.2.00.0000, conselheiro Mário Guerreiro, o texto da proposta
decorre “da necessidade de se regulamentar, em instrumento
normativo próprio, a cooperação judiciária nacional em matéria de
arbitragem, instituto este consagrador da ‘justiça multiportas’, na
medida em que integra o rol de métodos alternativos de solução
consensual de conflitos”, afirmou em seu voto, que foi acolhido por
unanimidade no Plenário, após ser discutido e aprovado pelo Comitê
Executivo da Rede Nacional de Cooperação Judiciária.

A cooperação judiciária foi criada para desburocratizar e dar mais


agilidade ao cumprimento de atos e decisões judiciais. Alinha-se aos
princípios da cooperação e da eficiência, que estruturam o processo
civil, de acordo com o Código de Processo Civil (Lei Federal nº
13.105/2015).

Em 2020, o CNJ regulamentou o instituto da cooperação judiciária


nacional, dentro e fora do Poder Judiciário. Ainda faltava, no
entanto, regular a interação entre órgãos da Justiça e os tribunais
arbitrais.
Regulamentada cooperação judiciária entre arbitragem e Justiça -
Portal CNJ
Link: você pesquisou por cooperação arbitral - Portal CNJ
Resolução Nº 350 de 27/10/2020
Tecnologia Da Informação E Comunicação; Gestão e Organização
Judiciária. Ementa: Estabelece diretrizes e procedimentos sobre a
cooperação judiciária nacional entre os órgãos do Poder Judiciário e
outras instituições e entidades, e dá outras providências.
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/3556
original182611202011035fa1a0c3a36f6.pdf (cnj.jus.br)
compilado164344202111036182bc40024fd.pdf (cnj.jus.br)
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/4150
original13424620211006615da7d63ee0f.pdf (cnj.jus.br)
https://atos.cnj.jus.br/files/original13424620211006615da7d63ee0f.p
df

Diante de tudo que doutrinariamente se discute nesta NOTA


TÉCNICA ARBITRAL, se conclui que a sentença arbitral não é
dotada de coercibilidade (ou seja, o árbitro não pode determinar a
força pública, ou outro meio de execução a seu critério processual),
se a parte vencida não cumprir espontaneamente a decisão arbitral
condenatória, a parte vencedora terá que ingressar com o processo
de cumprimento de sentença perante a Autoridade Judicial
competente para obter o bem jurídico almejado.

Neste caso, se reforça, o instrumento será CARTA ARBITRAL que


deve observar:

70
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Resolução Nº 421 de 29/09/2021.

EMENTA: Estabelece diretrizes e procedimentos sobre a


cooperação judiciária nacional em matéria de arbitragem e dá
outras providências.

O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ),


no uso de suas atribuições legais e regimentais;

CONSIDERANDO que cabe ao Conselho Nacional de Justiça a


função de planejamento estratégico do Poder Judiciário, podendo
regulamentar a administração judiciária, nos termos do artigo 103-
B, § 4o, I, da Constituição da República;

CONSIDERANDO os artigos 6o e 8o da Lei no 13.105/2015


(Código de Processo Civil), que consagram os princípios da
cooperação e da eficiência no processo civil;
CONSIDERANDO que a cooperação judiciária constitui mecanismo
contemporâneo, desburocratizado e ágil para o cumprimento de
atos judiciais;

CONSIDERANDO a previsão da carta arbitral no artigo 22-C da


Lei no 9.307/1996 (Lei de Arbitragem) e no artigo 260, § 3o, do
Código de Processo Civil, bem como que o(a) árbitro(a) ou órgão
arbitral podem formular pedido de cooperação judiciária, na forma
do artigo 237, IV, do Código de Processo Civil;

CONSIDERANDO as diretrizes e procedimentos estabelecidos na


Resolução CNJ no 350/2020, especialmente nos seus artigos 15 e
16, para a cooperação judiciária nacional entre os órgãos do Poder
Judiciário e outras instituições e entidades;

CONSIDERANDO a decisão plenária tomada no julgamento do Ato


Normativo no 0006684-33.2021.2.00.0000, na 93ª Sessão Virtual,
realizada em 24 de setembro de 2021;

RESOLVE:

Art. 1o Esta resolução dispõe sobre a cooperação judiciária


nacional em matéria de arbitragem.

Parágrafo único. Aplicam-se as diretrizes estabelecidas pela


Resolução CNJ no 350/2020 à cooperação judiciária nacional em
matéria de arbitragem.

Art. 2o Os pedidos de cooperação judiciária previstos na Resolução


CNJ no 350/2020 podem ser formulados entre os(as) árbitros(as) ou
órgãos arbitrais e os órgãos do Poder Judiciário, no que couber.

71
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Parágrafo único. Os pedidos de cooperação judiciária deverão ser


encaminhados diretamente pelo(a) árbitro(a) ou órgão arbitral ao
juízo cooperante ou pelo juízo ao(à) árbitro(a) ou órgão arbitral, ou
ser remetidos por meio do Juízo de Cooperação.

Art. 3o A carta arbitral seguirá o regime previsto no artigo 22-C da


Lei no 9.307/1996 (Lei de Arbitragem) e no artigo 260, § 3o, do
Código de Processo Civil.

§ 1o Constituem requisitos da carta arbitral:

I – identificação do(a) árbitro(a) ou órgão arbitral solicitante do


cumprimento da decisão e do juízo do Poder Judiciário competente;

II – indicação do ato processual a ser praticado;

III – assinatura do(a) árbitro(a);

IV – número do procedimento arbitral e identificação do órgão


arbitral, nos casos de arbitragem institucional; e

V – qualificação das partes.

§ 2o Os pedidos de cooperação judiciária formulados pelos(as)


árbitros(as) ou órgãos arbitrais deverão ser acompanhados de
cópia da convenção arbitral, de prova da instituição do tribunal
arbitral ou da nomeação do(a) árbitro(a) e de sua aceitação da
função, do inteiro teor da petição, da respectiva decisão arbitral
cujo cumprimento é solicitado, das procurações outorgadas aos(às)
advogados(as) das partes e de documento que ateste a
confidencialidade do procedimento, quando cabível.

Art. 4o Desde que a confidencialidade do procedimento arbitral


seja comprovada, os pedidos de cooperação judiciária entre juízos
arbitrais e órgãos do Poder Judiciário deverão observar o segredo
de justiça, na forma prevista no artigo 189, IV, do Código de
Processo Civil, e no artigo 22-C, parágrafo único, da Lei de
Arbitragem.

Art. 5o Os tribunais poderão determinar a distribuição preferencial


de processos envolvendo arbitragem para determinada vara ou
câmara, a fim de propiciar a especialização na matéria.

Art. 6o Altera-se o artigo 16 da Resolução CNJ no 350/2020, que


passa a vigorar com alteração nos incisos IV e V e acréscimo do
inciso VI:

“Art. 16 .........................................................................................

IV – Procuradorias Públicas;

V – Administração Pública; e

72
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

VI – Tribunais arbitrais e árbitros(as)”. (NR)

Art. 7o Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Ministro LUIZ FUX – Presidente do CNJ-STF

Salvo Melhor Juízo, não compete a este árbitro decidir sobre a questão “posse” no
imóvel referenciado na CERTIDÃO de REGISTRO GERAL, Livro 2ª Fichas 01-02.
Devendo o herdeiro que ficar com esta parte da partilha, questionar junto ao
POSSEIRO, supostamente: “ANIBAL”.

COM ESTE EXPEDIENTE BAIXA (COM ESTA SENTENÇA E NELA FICA


COLADA). - ANEXO I - Folha 400- “CASO SR ANIBAL. PEDRA DA
SAUDADE”. Certidão

Observa-se nos autos e durante audiência virtual e presencial, questionamento no


mesmo sentido (No curso do presente inventário, antes da elevação a arrolamento
sumário, surgiram dúvidas quanto a legitimidade e legalidade dos documentos de
folhas 945-947) do “CASO SR ANIBAL. PEDRA DA SAUDADE”.

O principal argumento dos interlocutores foi no sentido de que a Sra. ANTONIA


DAUCY(I) TAVARES PARENTE não teria idade (constando ser idosa, com mais de
70 anos) para firmar os termos do (Da escritura) contrato de compra e venda
devidamente lavrado mediante TERMO DE ESCRITURA PÚBLICA DE COMPRA E
VENDA – CARTÓRIO DA COMARCA DE SANTA QUITÉRIA – TABELIÃO
WALDEMIRO GOMES FILHO - LIVRO 09- FLS 77 datado(a) de 08.05.191, portanto,
desta data até seu óbito, são: 1991-2019 – 28 ANOS.

A escritura em questão trata de um imóvel cravado na cidade de SANTA QUITÉRIA –


ESTADO DO CEARÁ, onde figura:
I – Vendedora: ANTONIA DAUCY(I) TAVARES
PARENTE;
II – Procurador da vendedora: JOÃO JÚLIO NETO
(Sobrinho da De Cujus);
III – Compradoras:

a) Maria Dermeci Tavares (CPF ***033***-


68). Sobrinha da De Cujus;

73
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

b) MARIA SELMA TAVARES PINTO (CPF


114***-***-04). Sobrinha da De Cujus;

IV – Imóvel (Que não entra no arrolamento-inventário):

UMA CASA RESIDENCIAL SITUADA NA RUA


PADRE FRANCISCO numeral 180, construção de
tijolos, coberta com telhas cerâmicas, área de 77m2,
juntamente, e edificada em um terreno de 5,50 metros, por
36 metros. – REGISTRADO sob número 7.698 – LIVRO 3-
F em data de 21 de maio de 1968 – REGISTRO
IMOBILIÁRIO.

Carece de legitimidade e legalidade a pretensão (Dos herdeiros da DE CUJUS), todavia,


como o árbitro foi questionado dentro do PROCESSO Arbitral, não pode se esquivar de
se manifestar. E assim, se manifesta:

(...)AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE


ESCRITURA PÚBLICA C/C REIVINDICATÓRIA -
ALIENAÇÃO SUCESSIVA DO IMÓVEL – PRESCRIÇÃO
- Categoria: 11 - Procedimentos Judiciais Subcategoria: 1
– Geral - (STJ) - BDI nº 32 - ano: 2004 - (Jurisprudência).
Recurso Especial nº 184.508 - GO (1998/0057233-3).
Relator: Ministro Antônio De Pádua Ribeiro. Ação
declaratória de nulidade de ato jurídico cumulada com
reivindicatória. Alienação sucessiva do bem. Prescrição.
Caracterização. I - O prazo para anular escritura pública
de compra e venda de imóvel, sob o fundamento de fraude,
é de quatro anos a contar da sua celebração. Código
Civil, art. 178, § 9º, V, “b”. Aplicação. II - Recursos
especiais conhecidos e providos.

Assim, neste raciocínio entre, o dia 08 de maio de 1991 à 08 de maio de 1995, temos
decadência de direito, plausível, embora, o herdeiro sobrinho ou irmão, lhe carece
direito de manifestação.

74
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

DA IDADE.

Qual a idade que o idoso é considerado incapaz?


Na verdade, não há um limite de idade para considerar um idoso como incapaz.
Não é incomum se encontrar idosos com 90 anos (ou mais) tendo uma vida
perfeitamente ativa.

Não existe idade máxima para se assinar uma escritura.


Precisa ser capaz de exercer pessoalmente os atos da vida civil e estar lúcida e
orientada.
Uma pessoa é lúcida, mas não consegue assinar por problema de saúde, física, isso
nãoinvalida o ato jurídico.

A escritura pública é um documento elaborado em cartório, por agente que detém a


função pública. Esse documento é apto a ser registrado no cartório de imóveis,
transmitindo a propriedade de determinado bem imóvel(...)

” O art. 108 do Código Civil dispõe que a escritura


pública é essencial aos atos relativos aos bens imóveis
com valor superior a trinta vezes o salário mínimo. Art.
108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública
é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à
constituição, transferência, modificação ou renúncia de
direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta
vezes o maior salário mínimo vigente no País”.

Não se questiona “Fraude” nos documentos apresentados, todavia, se fosse o caso as


partes (PRÉ HERDEIROS) deveriam dentro do prazo decadencial, diferente de
prescrição, TER INTERPOSTO UMA AÇÃO JUDICIAL. Não houve essa demanda,
assim se cola nesta manifestação um(...)

75
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

“ ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos em


que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros
da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, por
unanimidade, conhecer dos recursos especiais e dar-lhes
provimento, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Carlos Alberto Menezes Direito e Nancy
Andrighi votaram com o Sr. Ministro Relator.
Impedido o Sr. Ministro Castro Filho.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Ari Pargendler.
Brasília, 19 de agosto de 2003.(Data do Julgamento)
Ministro Antônio de Pádua Ribeiro - Presidente e
Relator”

RELATÓRIO: O Exmo. Sr. Ministro Antônio de Pádua


Ribeiro:
José Racz ajuizou ação declaratória de nulidade de
atojurídico c/c reivindicatória de bem imóvel contra
Joaquim Mário Ferreira, Gerson de Melo, Lando Braga
dos Santos, Sérgio Gomes Machado, Leônidas Francisco
da Cruz, Maria Auxiliadora de Oliveira Cruz, Adelino
Manuel Mendes Pimenta e Laura Gomes Pimenta.
Alegou que, em 1982 tomou conhecimento de que seu
imóvel, situado à Rua T – 31, na Vila Americano do
Brasil, Campinas, na Cidade de Goiânia, fora alienado ao
1º requerido em 20/9/78 e, sucessivamente, aos demais.
Ocorre que, segundo alega, a 1ª alienação fora
fraudulenta, por ter Joaquim Mário Ferreira de Melo,
Gerson de Melo e Lando Braga dos Santos falsificado
uma procuração com a qual conseguiram vender o
referido imóvel a Sérgio Gomes Machado conforme se vê
da escritura pública lavrada no Cartório Teixeira Neto.
Sérgio vendeu o imóvel a Leônidas Francisco da Cruz e
sua mulher, que por sua vez alienaram-no a Adelino
Manuel Mendes Pimenta e sua mulher. Todas as
escrituras foram registradas em cartório.

76
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Afirma que conseguiu localizar Joaquim Mário e Gerson


de Melo e estes confessaram sua responsabilidade e se
comprometeram a pagar o valor do lote, equivalente a
CR$ 900.000,00 (novecentos mil cruzeiros). Foi lavrada
uma escritura pública de confissão de dívida, garantida
pela firma Empreendimentos Imobiliários Agrimóveis
Ltda. e Glei Roberto Vilela.
Como a dívida não foi quitada, o acordo feito perdeu o
valor.
Requereu, então, fossem declaradas nulas as alienações
concretizadas por escrituras públicas, com o
cancelamento dos registros de cada uma delas no
Cartório de Registro Imobiliário, com a devolução do
imóvel em questão, com seus frutos e rendimentos.
A sentença acatou a alegação de prescrição do direito de
ação e extinguiu o feito com base no art. 269, IV, do CPC
(fls. 256/257).
Houve recurso de apelação, e o Tribunal de Justiça de
Goiás, pela sua 1ª Câmara Cível, deu provimento ao
apelo em acórdão que traz a seguinte ementa (fl. 302):
“AÇÃO ANULATÓRIA DE ATO JURÍDICO. Prescrição.
Em se tratando de ação anulatória de ato jurídico
envolvendo imóvel, a prescrição do direito para exercício
da ação é regulada pelo art. 177 do Código Civil, pois,
enquanto não consumado o usucapião, vivo se encontra o
direito de propriedade e, consequentemente, o de
reivindicar o imóvel.
Apelação conhecida e provida.”
Inconformados, Sérgio Gomes Machado e
cônjugeinterpuseram recurso especial pelas letras “a” e
“c” dopermissivo constitucional, alegando que a violação
aodireito do autor ocorreu com a transcrição, no
registroimobiliário competente, da escritura pública de
compra evenda datada de 20 de setembro de 1978.Assim,
sustentam, o prazo prescricional de 10 anos, previsto no

77
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

art. 177 do Código Civil, que regulamenta a prescrição


extintiva de direitos reais(...)”

Diante do exposto, logo se indefere no âmbito desta arbitragem qualquer


questionamento desta natureza (Ou seja, o questionamento sobre a legitimidade do
documento de folha 945-947), pois, não é a “seara legítima e legal desta arbitragem nem
dela pode conhecer”.

Neste sentido se emprega o entendimento sob forma de NOTA ARBITRAL explicativa


(Parágrafos anteriores). O IMÓVEL AQUI RELACIONADO NÃO VAI
INCORPORAR A LISTA DO ARROLAMENTO SUMÁRIO. BAIXA COM ESTA
SENTENÇA (E NELA FICA COLADA).ANEXO II - Folha 945-947- “CASO CASA DA RUA PADRA
FRANCISCO 180.

Certidão.

DAS DOAÇÕES.

Nas audiências virtuais e presenciais, os questionamentos sobre ilegalidades de atos de


doação, procuração e outros, foram ventilados, porém, o árbitro não tomou a termo,
mas, considerando o princípio da celeridade e da responsabilidade de decidir
fundamentadamente, o árbitro se vê na imperiosa missão de indeferir pedidos orais de
forma fundamentada.

Assim, nos autos, as folhas 432-434 se encontra uma ESCRITURA PÚBLICA DE


DOAÇÃO de autoria da Sra. ANTONIA DAUCY(I) TAVARES PARENTE, nos
termos e para os fins:

FAZENDA CAMPINAS – SANTA QUITÉRIA – ESTADO


DO CEARÁ.

145,0 CENTO E QUARENTA E CINCO) Hectares.


INSCRIÇÃO NO INCRA – 149.063.017.787 – 2.

ESCRITURA DE DOAÇÃO.

78
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

LIVRO Número 38. Folhas 62V-63, da data de 23 de


dezembro do ano de 1997.

Doadora: ANTONIA DAUCY(I) TAVARES PARENTE,


VIÚVA;

Procurador: JOÃO JÚLIO NETO;

Outorgada Donatária: MARIA DERMECI TAVARES


MESQUITA(Sobrinha);

FRAÇÃO DE 30% - USUFRUTO VITALÍCIO -


FAZENDA CAMPINAS – SANTA QUITÉRIA – ESTADO
DO CEARÁ. 145,0 CENTO E QUARENTA E CINCO)
Hectares.

Neste sentido se emprega o entendimento sob forma de NOTA ARBITRAL explicativa.


O IMÓVEL AQUI RELACIONADO NÃO VAI INCORPORAR A LISTA DO
ARROLAMENTO SUMÁRIO. BAIXA COM ESTA SENTENÇA (E NELA FICA COLADA).ANEXO
III - Folha 948-950. “CASO FAZENDA CAMPINAS DOAÇÃO DE 30% COM CLAUSULA DE USUFRUTO
VITALÍCIO. Certidão.

Ainda em relação a FAZENDA CAMPINAS. Temos as folhas 1253-1261(Volume III –


DO PROCEDIMENTO DE ARROLAMENTO), relatório que informa existir uma
doação em usufruto universal, de uma área correspondente a 70% de toda a área da
propriedade. Sendo beneficiada a Senhora MARIA SELMA TAVARES PINTO, CPF
***.290.***04(Relatório que veio aos autos em 31 de dezembro de 2019, as 17:30:.

FAZENDA CAMPINAS – SANTA QUITÉRIA –


ESTADO DO CEARÁ.

145,0 CENTO E QUARENTA E CINCO)


Hectares. INSCRIÇÃO NO INCRA –
149.063.017.787 – 2.

ESCRITURA DE DOAÇÃO.

LIVRO Número 39. Folhas 157-158..

79
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Doadora: ANTONIA DAUCY(I) TAVARES


PARENTE, VIÚVA;

Procurador: JOÃO JÚLIO NETO;

Outorgada Donatária: MARIA SELMA


TAVARES PINTO(Sobrinha);

FRAÇÃO DE 70% - USUFRUTO VITALÍCIO -


FAZENDA CAMPINAS – SANTA QUITÉRIA –
ESTADO DO CEARÁ. 145,0 CENTO E
QUARENTA E CINCO) Hectares.

Emprega-se aqui, também, o entendimento sob forma de NOTA ARBITRAL


explicativa. O IMÓVEL AQUI RELACIONADO NÃO VAI INCORPORAR A LISTA
DO ARROLAMENTO SUMÁRIO. BAIXA COM ESTA SENTENÇA (E NELA FICA
COLADA).ANEXO IV - Folha 941-942. “CASO FAZENDA CAMPINAS DOAÇÃO DE 70% COM
CLAUSULA DE USUFRUTO VITALÍCIO. Certidão.

Nesta questão, alega um dos herdeiros que a DE CUJUS não poderia ter determinado a
lavratura da escritura, com quotas acima de 50%(cinquenta) por cento, em prejuízos aos
seus herdeiros.

De plano é bom esclarecer que a DE CUJUS não deixou filhos, marido, ou pais vivos,
nem tinha união estável com terceiros. Logo seus bens sempre estiveram
desembaraçados.
DOAÇÃO DE IMÓVEL E A SUCESSÃO.

O árbitro deste procedimento já prolatou outras sentenças na mesma linha de raciocínio.

“Se alguém morre sem deixar filhos, o viúvo ou viúva é o


único herdeiro. Como proceder?”.

NOTA ARBITRAL 25.234.567.22.

80
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Na hipótese (...) “da morte de JHS, que não deixou filhos, a sua Sra. MHL pode herdar
todo o seu bem de forma única?“

Evidente que a manifestação é no sentido da negação. Não é possível. A doutrina


transmite “que inventário e partilha é uma divisão entre herdeiros, o cônjuge vivo
dividirá a herança com os ascendentes do de cujus (o falecido), se houver. Deve, pois,
ocorrer a transmissão e a partilha da herança entre o cônjuge sobrevivente e os
ascendentes, ou, no termo jurídico, a sucessão na classe dos ascendentes”.

Neste caso, tratado nestes autos, os ascendentes (DA SENHORA ANTONIA


DAUCY(I) TAVARES PARENTE) eram o pai e a mãe (JÁ FALECIDOS), que poderia
ainda em determinadas situações envolver os avós, se ainda fossem vivos.

Embora não seja neste processo competência do árbitro de conhecer o questionamento


SOBRE ILEGALIDADE E ILEGITIMIDADE das doações...(...)

FAZENDA CAMPINAS – SANTA QUITÉRIA – ESTADO DO CEARÁ.


145,0 CENTO E QUARENTA E CINCO) Hectares. INSCRIÇÃO NO
INCRA – 149.063.017.787 – 2.
ESCRITURA DE DOAÇÃO.
LIVRO Número 38. Folhas 62V-63, da data de 23 de dezembro
do ano de 1997.
Doadora: ANTONIA DAUCY(I) TAVARES PARENTE, VIÚVA;
Procurador: JOÃO JÚLIO NETO;
Outorgada Donatária: MARIA DERMECI TAVARES
MESQUITA(Sobrinha);

81
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

FRAÇÃO DE 30% - USUFRUTO VITALÍCIO - FAZENDA CAMPINAS –


SANTA QUITÉRIA – ESTADO DO CEARÁ. 145,0 CENTO E QUARENTA E
CINCO) Hectares.

FAZENDA CAMPINAS – SANTA QUITÉRIA – ESTADO DO CEARÁ.

145,0 CENTO E QUARENTA E CINCO) Hectares. INSCRIÇÃO NO


INCRA – 149.063.017.787 – 2.
ESCRITURA DE DOAÇÃO.
LIVRO Número 39. Folhas 157-158..
Doadora: ANTONIA DAUCY(I) TAVARES PARENTE, VIÚVA;
Procurador: JOÃO JÚLIO NETO;

Outorgada Donatária: MARIA SELMA TAVARES


PINTO(Sobrinha);
FRAÇÃO DE 70% - USUFRUTO VITALÍCIO - FAZENDA CAMPINAS –
SANTA QUITÉRIA – ESTADO DO CEARÁ. 145,0 CENTO E QUARENTA E
CINCO) Hectares.

(...)certo, é que houve uma contaminação de cognição no sentido “de que os atos
dedoações da de cujus foram ilegais”. E não foram. Exemplifiquemos.

Para esclarecer a questão referente ao ponto:

FAZENDA CAMPINAS – SANTA QUITÉRIA – ESTADO DO CEARÁ.


145,0 CENTO E QUARENTA E CINCO) Hectares. INSCRIÇÃO NO
INCRA – 149.063.017.787 – 2.

82
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

ESCRITURA DE DOAÇÃO.

(...)analisaremos três situações:

Primeira situação: os pais do falecido estão vivos. NÃO.

Se a resposta fosse positiva, nesse caso, a herança seria dividida em duas partes iguais,
uma para o pai e outra para a mãe do(a) falecido(a).

Segunda situação: um dos pais já falecido (Hipótese que não se aplica).


Caso um dos pais já tenha falecido, a herança será para o sobrevivente, para a mãe ou
para o pai vivo.

Assim, se fosse o caso, nesta hipótese a partilha dos bens não irá envolver os avós do
cônjuge falecido porque os parentes mais próximos do falecido excluem os mais
distantes.

Para fins didático(s) trago a colação:

(...)” Exemplo: o filho faleceu antes do pai e este falece.


Assim, a divisão da herança envolve a mãe viva e o
cônjuge sobrevivente, cada um com sua metade. Os avós
paternos não participarão da partilha.É importante
salientar este ponto porque na próxima situação os avós
serão envolvidos na partilha.
Outra situação: os pais faleceram antes do de cujus
(falecido, autor da herança que será partilhada). Neste
caso a herança ficará totalmente com cônjuge somente se
os avós do de cujus também faleceram antes
dele.Contudo, se os avós estiverem vivos, o cônjuge
dividirá a herança com os avós”.

83
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Na situação citada...

(...)a divisão ocorrerá dessa forma: metade (50% da


herança) para o cônjuge e a outra metade será dividida
em duas partes: uma para a linhagem materna e outra
para a linhagem paterna, ou seja, 25% para os avós
maternos e 25% para os avós paternos.Em cada linhagem
os 25% são divididos em duas partes de 12,5%, uma para
o avô e outra para a avó.
TERCEIRA SITUAÇÃO: Avó materna viva, avô materno
falecido. A divisão continua a mesma, sendo que a avó
materna receberá sozinha 25% da herança,
independentemente da avó paterna e do avô paterno
estarem vivos e que, neste exemplo, dividiriam entre si os
25% da herança.

Diante do exposto nesta NOTA ARBITRAL, verificamos pelas explicações e pelos


exemplos, que o único modo do cônjuge sobrevivente receber toda a herança se dá na
hipótese do cônjuge falecido não possuir qualquer ascendente ou descendente.

E não existindo as hipóteses anteriores, e sendo, IRMÃO(Ã) VIÚVO(A), SEM FILHOS


E SEM UNIÃO ESTÁVEL. Observa-se que nos autos se constata o seguinte: “CASO
CONCRETO: DE CUJUS não era casada, e não tinha filhos. Quem deve herdar seus
bens?

É importante entender conceitos no Direito Civil para fins de, antes de explicar quem
herdará os bens, em determinadas situações concretas.Aqui se aplica “a diferença entre
herdeiro e meeiro”.
Neste processo não existe meeiro. Somente herdeiros.

Conceitos: expliquemos o significado de herança e herdeiro. Vejamos:

84
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

(...) HERANÇA: “é o conjunto de bens deixados pelo


falecido; é todo o patrimônio que será herdado diante do
falecimento de uma pessoa. Assim, o recebimento de
herança é um direito que decorre do óbito de um
indivíduo”.
HERDEIRO: “é aquele que tem direito a receber os bens
deixados por quem faleceu, ou seja, é um sucessor da
pessoa falecida”.
Em relação aos herdeiros, eles podem ser legítimos e/ou
necessários. Os herdeiros legítimos são aqueles previstos
em lei e seguem uma ordem de prioridade, sendo eles:
1º Descendentes (filhos, netos, bisnetos…);
2º Ascendente (Pais, avós, bisavós…);
3º Cônjuge/Companheiro (dependendo do caso, pode
dividir a herança com descendentes e ascendentes)
4º Colaterais (irmão, sobrinho, tio, primo, tio-avô,
sobrinho-neto.)
Os herdeiros necessários, são aqueles que – como o nome
já diz – necessariamente receberão algum valor da
herança, mas sempre respeitando a ordem de prioridade –
que no Direito é chamada de ordem de vocação
hereditária. Os herdeiros necessários são: os
descendentes, os ascendentes e os cônjuges/companheiros.

O principal questionamento dos (sobrinhos listados neste processo) herdeiros nas


audiências é em relação ao limite da cota de doações. Em particular no caso da Senhora
SELMA TAVARES PINTO, que foi de 70%(setenta) por cento, e estes herdeiros
consideram ilegal.

Para fins didático, nesta sentença, e para o entendimento doutrinário, vamos analisar
algumas possibilidades, que em tese pode desfigurar o questionamento dos herdeiros
(NÃO FOI TOMADO A TERMOS TAIS QUESTIONAMENTOS NOS AUTOS, POR
NÃO SER DE COMPETÊNCIA DO ÁRBITRO DESTE PROCESSO, de conhecer, E
A MATERIA NÃO LHE CHAMA AO DEVER DE DECIDIR):

85
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

CASO:

ADTP não é casada e não tem filhos, mas possui pais


vivos. Nesse caso, os pais de ADPT são herdeiros
necessários. Em relação aos seus bens, ADPT poderá,
ainda em vida, fazer um testamento para decidir sobre
como será divido seu patrimônio quando vier a falecer.
Nesse caso, como tem pais vivos, que são herdeiros
necessários, ADPT poderá dispor em testamento apenas
50% do seu patrimônio.
Pois, “Quando a pessoa tiver herdeiros necessários (ex.:
filhos, pais, marido/mulher) poderá dispor por testamento
somente de 50% do seu patrimônio. A outra metade é
chamada de “legítima” e será transmitida para esses
herdeiros necessários.”
Portanto, ADPT poderá deixar 50% do seu patrimônio
para quem quiser e, os outros 50% serão divididos
igualmente entre seus pais. Se não tiver pais vivos, mas
tiver avós, estes serão considerados herdeiros necessários
e receberão a mesma parte que caberia aos pais de João,
e assim sucessivamente, em relação bisavós, etc., sempre
em linha reta.
Se não houver nenhum ascendente como herdeiro de
ADPT, poderá dispor, em vida, de todo o seu patrimônio,
para quem quiser. No entanto, caso ADPT não queira
fazer um testamento, seus herdeiros serão seus parentes
colaterais: irmão, sobrinho, tio, primo, tio-avô, sobrinho-
neto.
Ainda, em última hipótese, caso ADPT não faça nenhum
testamento, não tenha herdeiros necessários e, nem
colaterais, a herança será destinada ao Estado e passará
por procedimento específico até que se verifique que,
efetivamente, não há herdeiro possível.
NOTA: Herança: sucessão dos herdeiros colaterais - Os
herdeiros colaterais ou transversais são os irmãos, tios,

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

sobrinhos, primos do de cujus, são herdeiros legítimos


facultativos, não são herdeiros necessários. Sendo assim,
não têm direito à parte obrigatoriamente.
No caso presente a situação é clara: “ANTONIA
DAUCY(I) FALECEU, NÃO DEIXANDO ascendentes, a
sua herança irá para os irmãos. Se algum dos irmãos já
tiver falecido também, seus filhos, que no caso são
sobrinhos ainda terão direito a herança... Porém, deve se
habilitar nos autos”.
Hipótese do “Herdeiro por representação: aquele
chamado para receber a herança no lugar de outro, que
faleceu antes de receber aquilo que seria seu por direito.
Em regra, o herdeiro mais próximo exclui o mais remoto,
ou seja, os irmãos excluiriam os demais (em não havendo
filhos ou ascendentes).

Herdando o patrimônio da minha “tia”.

O termo “patrimônio” não abrange somente bens, ele abarca também alguns direitos e
algumas obrigações – com exceção daquelas que somente poderiam ser prestadas pelo
próprio falecido, quando em vida.

Hipótese do “Herdeiro”. Esse instituto prevê que um herdeiro será chamado a receber a
herança no lugar de outro herdeiro. Tal fato pode acontecer por haver herdeiro pré-
morto, ou seja, que faleceu antes de receber uma herança que seria sua por direito, ou
pelo herdeiro ser considerado ausente (quando ninguém sabe seu paradeiro e a ausência
é declarada por uma decisão judicial), ou que foi excluído da sucessão.Por tal, motivo, o
sucessor desse herdeiro pré-morto, ausente, ou excluído da sucessão, receberá a herança
em nome dele, ou seja, o herdeiro de direito será representado por seu sucessor(LôBO,
Paulo. Direito Civil. Sucessões. Editora Saraiva. São Paulo, 2013; Direito Civil 6 – Sucessões.
Autor: Paulo Lôbo. Formatos: eBook Kindle, PDF. Número de páginas: 454 páginas. Editora:
SARAIVA; Edição: 4 (28 de novembro de 2017).

Conclusão:

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Não assiste direito aos herdeiros da DE CUJUS, o argumento de uma doação


“inoficiosa”, pelas razões a seguir resumida: “A DE CUJUS NÃO TEVE FILHOS, SEUS
PAIS JÁ ERAM FALECIDOS QUANDO DO SEU ÓBITO, NÃO DEIXOU HERDEIROS
DE “PRIMEIRO GRAU”, OU SEJA: (Art. 1.846. CÓDIGO CIVIL - Pertence aos
herdeiros...) necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo
a legítima”herdeiros necessários (Entre os herdeiros que têm o direito a parte legítima
da herança, estão:Ascendentes: país, avós, bisavós, etc.Descendentes: filhos, netos,
bisnetos, etc.Cônjuge: companheiro ou companheira da pessoa falecida).

É dúvida recorrente o questionamento se “a doação de todos os bens de uma


determinada pessoa é licita”, nas hipóteses “seja para os filhos, seja para
terceiros, ainda que não sejam da família”.

A doação está tratada no Código Civil, entre os arts. 538 a 554. Mas há uma regra
específica dentre estes dispositivos que estabelece o seguinte:

(...)” Art. 548. É nula a doação de todos os bens sem


reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistência do
doador”

De forma que o doador deve sempre garantir para si bens suficientes para sua
subsistência.

Mas há, ainda, outra regra tratada pela lei que não permite que o doador disponha de
mais e 50% de seu patrimônio, vejamos:

(...)”Art. 549. Nula é também a doação quanto à parte que


exceder à de que o doador, no momento da liberalidade,
poderia dispor em testamento”
.
E este artigo da lei deve ser analisado em conjunto com outro dispositivo, a seguir:

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

“Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno


direito, a metade dos bens da herança, constituindo a
legítima”.

Para que fique claro, os herdeiros necessários são os descendentes, os ascendentes e o


cônjuge. De modo que metade dos bens do doador devem ser mantidos em seu
patrimônio para que seja garantido o direito dos herdeiros necessários. É o que a lei
chama de legítima.

Então, em resumo a pessoa pode doar metade do seu patrimônio a qualquer um, seja
herdeiro ou estranho. Mas a outra metade não pode ser doada, pois é a legítima.

E conforme o próprio art. 549 estabelece, a doação de mais da metade do patrimônio de


determinada pessoa é nula. É o que se chama doação inoficiosa. E caso ocorra, o
prejudicado pode ir à justiça.

Segue para melhor compreensão a integral determinação legal:

Teoricamente a pretensão dos herdeiros(sobrinhos) objetiva revogar a doação aqui


descrita (FAZENDA CAMPINAS). Assim, vejamos o que define a norma legal:

LEI FEDERAL N o 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002

Seção II

Da Revogação da Doação

Art. 555. A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou


por inexecução do encargo.

Art. 556. Não se pode renunciar antecipadamente o direito de revogar


a liberalidade por ingratidão do donatário.

Art. 557. Podem ser revogadas por ingratidão as doações:

I - se o donatário atentou contra a vida do doador ou cometeu crime


de homicídio doloso contra ele;

II - se cometeu contra ele ofensa física;

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III - se o injuriou gravemente ou o caluniou;

IV - se, podendo ministrá-los, recusou ao doador os alimentos de que


este necessitava.

Art. 558. Pode ocorrer também a revogação quando o ofendido, nos


casos do artigo anterior, for o cônjuge, ascendente, descendente,
ainda que adotivo, ou irmão do doador.

Art. 559. A revogação por qualquer desses motivos deverá ser


pleiteada dentro de um ano, a contar de quando chegue ao
conhecimento do doador o fato que a autorizar, e de ter sido o
donatário o seu autor.

Art. 560. O direito de revogar a doação não se transmite aos


herdeiros do doador, nem prejudica os do donatário. Mas aqueles
podem prosseguir na ação iniciada pelo doador, continuando-a
contra os herdeiros do donatário, se este falecer depois de ajuizada a
lide.

Art. 561. No caso de homicídio doloso do doador, a ação caberá aos


seus herdeiros, exceto se aquele houver perdoado.

Art. 562. A doação onerosa pode ser revogada por inexecução do


encargo, se o donatário incorrer em mora. Não havendo prazo para o
cumprimento, o doador poderá notificar judicialmente o donatário,
assinando-lhe prazo razoável para que cumpra a obrigação
assumida.

Art. 563. A revogação por ingratidão não prejudica os direitos


adquiridos por terceiros, nem obriga o donatário a restituir os frutos
percebidos antes da citação válida; mas sujeita-o a pagar os
posteriores, e, quando não possa restituir em espécie as coisas
doadas, a indenizá-la pelo meio termo do seu valor.

Art. 564. Não se revogam por ingratidão:

I - as doações puramente remuneratórias;

II - as oneradas com encargo já cumprido;

III - as que se fizerem em cumprimento de obrigação natural;

IV - as feitas para determinado casamento.

A FAZENDA CAMPINA não entra na lista dos bens arrolados, por força de
instrumento público lavrado quando a DE CUJUS, obviamente, se encontrava no livre
exercício da administração de seus bens.
IMÓVEL DA RUA JOÃO PINTO DE MESQUITA, 511 – SANTA QUITÉRIA –
ESTADO DO CEARÁ.

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

A DE CUJUS vendeu para SELMA TAVARES PINTO, um imóvel cravado na Rua


citada (IMÓVEL DA RUA JOÃO PINTO DE MESQUITA, 511 – SANTA QUITÉRIA
– ESTADO DO CEARÁ), onde encontra-se com ESCRITURA PÚBLICA lavrada no
CARTÓRIO DO 2º. OFÍCIO da Comarca de Santa Quitéria, LIVRO número 38, Folhas
188V-189, lavrada em 16 de abril de 2002.

Emprega-se aqui, também, o mesmo entendimento sob forma da impossibilidade, pelo


menos nestes autos, da declaração de nulidade dos atos escriturais (NOTA ARBITRAL
explicativa). Assim, o IMÓVEL AQUI RELACIONADO NÃO VAI INCORPORAR A
LISTA DO ARROLAMENTO SUMÁRIO. BAIXA COM ESTA SENTENÇA (E NELA FICA
COLADA).ANEXO V - Folha 943-944. “CASO IMÓVEL NAS LATERAIS DA IGREJA MATRIZ DA
CIDADE DE SANTA QUITÉRIA-CE. DURANTE VIDA A DE CUJUS TEVE O DIREITO AO USUFRUTO
VITALÍCIO. Certidão.

CONTRATO DE DIVISÃO AMIGÁVEL.


PARTES (DE CUJUS): ANTONIA DAUCY(I) TAVARES PARENTE.
RAIMUNDO POLONGO DE MESQUITA e sua consorte(Esposa).
Cartório do 1º. Ofício COMARCA DE SANTA QUITÉRIA.
LIVRO número 24. Fls 10-11.Número 06.
DATA: 09.01.1968 – FAZENDA FEICHADO.

Trata-se de um acordo com limitações de propriedade. No caso presente deve o


PERITO IMOBILIÁRIO designado descrever o georeferenciamento da propriedade, e
colocá-la, se for o caso, dentro da descrição do registro imobiliário. Trata-se, pois, de
uma PROPRIEDADE NO LUGAR DENOMINADO: “FEICHADO”.
ANEXO VI - Vê: CERTIDÃO – Fls 1319-1320

CONTRATO DE DIVISÃO AMIGÁVEL.


PARTES (DE CUJUS): ANTONIA DAUCY(I) TAVARES PARENTE.

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

RAIMUNDO POLONGO DE MESQUITA e sua consorte(Esposa).


RAIMUNDO LOPES DE MACÊDO e sua consorte.
Cartório do 1º. Ofício COMARCA DE SANTA QUITÉRIA.
LIVRO número 24. Fls 09-10.Número 05.
DATA: 09.01.1968 – FAZENDA FEICHADO.

Trata-se de um acordo com limitações de propriedade. No caso presente deve o


PERITO IMOBILIÁRIO designado descrever o georeferenciamento da propriedade, e
colocá-la, se for o caso, dentro da descrição do registro imobiliário. Trata-se, pois, de
uma PROPRIEDADE NO LUGAR DENOMINADO: “FEICHADO”.
ANEXO VII - Vê: CERTIDÃO – Fls 1321-1322.

REGISTRO GERAL DE IMÓVEIS - CARTÓRIO FERNANDES - 2º. OFÍCIO -


WALDEMIRO GOMES FILHO - TABELIÃO –
REGISTRADOR.CERTIDÃO.IMÓVEL: “FAZENDA” APRASÍVEL.174.24
HECTARES.ADQUIRIDO POR ANTONIA DAUCY(I) TAVARES
PARENTE.LEGADO DE FORMAL DE PARTILHA – REGISTRADO NO 1º. Ofício
Cartório de Santa Quitéria, em 08.05.1968.Registro Geral de Imóveis 7.698
MATRÍCULA R.01-700 – 21.Livro 3F Fls 95v-96.21.05.1968.

IMÓVEL ENCONTRA-SE HIPOTECADO AO BANCO DO BRASIL SOCIEDADE


ANÔNIMA – AGÊNCIA DE SANTA QUITÉRIA, em 21 de outubro de 1977. Reg 01-
700 – Livro 2ª.
Trata-se de uma propriedade. No caso presente deve o PERITO IMOBILIÁRIO
designado descrever se a propriedade ainda de fato da DE CUJUS. Imóvel entra no
arrolamento.
ANEXO VIII - Vê: CERTIDÃO – Fls 1187.

REGISTRO GERAL DE IMÓVEIS - CARTÓRIO FERNANDES - 2º. OFÍCIO -


WALDEMIRO GOMES FILHO - TABELIÃO –
REGISTRADOR.CERTIDÃO.IMÓVEL: “FAZENDA”CURIMATÃ (COMUNIDADE

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

– LUGAR – APRAZÍVEL). 27 HECTARES.ADQUIRIDO POR ANTONIA


DAUCY(I) TAVARES PARENTE. INCRA NÚMERO 149.063.017.760. COMPRA
VENDEDOR BOAVENTURA MAGALHAES E SUA CONSORTE(ESPOSA) –
ESCRITURA PÚBLICA DE COMPRA E VENDA LAVRADA NO CARTÓRIO,
LIVRO 30. FLS 12V-13 EM 5 DE AGOSTO DE 1982. DESEMBARAÇADA.

Trata-se de uma propriedade. No caso presente deve o PERITO IMOBILIÁRIO


designado descrever se a propriedade ainda é de fato da DE CUJUS. Imóvel entra no
arrolamento. ANEXO IX - Vê: CERTIDÃO – Fls 1188.

REGISTRO GERAL DE IMÓVEIS - CARTÓRIO FERNANDES - 2º. OFÍCIO -


WALDEMIRO GOMES FILHO - TABELIÃO –
REGISTRADOR.CERTIDÃO.IMÓVEL: “FAZENDA”EXTREMAS 123,4
HECTARES.ADQUIRIDO POR ANTONIA DAUCY(I) TAVARES
PARENTE.LEGADO DE FORMAL DE PARTILHA – REGISTRADO NO 1º. Ofício
Cartório de Santa Quitéria, em 08.05.1968. LIVRO 2- A FICHA 01 – DE 12.08.1988.
ORDEM R-01-3.332. DESEMBARAÇADA.

Trata-se de uma propriedade. No caso presente deve o PERITO IMOBILIÁRIO


designado descrever se a propriedade ainda é de fato da DE CUJUS. Imóvel entra no
arrolamento. ANEXO X - Vê: CERTIDÃO – Fls 1189.

CONSIDERANDO A CERTIDÃO DE FOLHAS 1190-1191, deve o PERITO


IMOBILIÁRIO designado descrever se as propriedades ainda são de fato da DE
CUJUS. Imóvel entra no arrolamento. ANEXO X - Vê: CERTIDÃO – Fls 1190-1191.
I. IMÓVEIS:
II. APRASÍVEL;
III. CAMPINAS foi doada;
IV. SÃO JOÃO, terra aparentemente, totalmente comprometida;
V. CURIMATÃ;
VI. EXTREMAS;
VII. FEICHADO.

DIVERSAS ESCRITURAS COM AVERBAÇÕES NA PEDRA DA SAUDADE –


BAIRRO SAUDADE – BAIRRO ORIENTE – LUGAR SÃO JOÃO – SANTA
QUITÉRIA.

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Trata-se de propriedades já averbadas. No caso presente não pode e não entra no


arrolamento.

I. VENDEDORA: DE CUJUS – ANTONIA DAUCY(I) TAVARES PARENTE.


COMPRADOR: LIVRO 43 – FLS 38-40 – NÚMERO 92. JOSÉ RODRIGUES
DE ALENCAR. ANEXO XI - Vê: CERTIDÃO – Fls 1323-1324.

II. VENDEDORA: DE CUJUS – ANTONIA DAUCY(I) TAVARES PARENTE.


COMPRADOR: MARIA SELMA TAVARES PINTO - LIVRO 42 – FLS 129-
130 – NÚMERO 02. ANEXO XII - Vê: CERTIDÃO – Fls 1325.

III. VENDEDORA: DE CUJUS – ANTONIA DAUCY(I) TAVARES PARENTE.


COMPRADOR: FRANCISCA ARAÚJO MATOS - LIVRO 43 – FLS 198-199
– NÚMERO 229. ANEXO XIII - Vê: CERTIDÃO – Fls 1326.

IV. VENDEDORA: DE CUJUS – ANTONIA DAUCY(I) TAVARES PARENTE.


COMPRADOR: LUIS LESSA LOBO - LIVRO 43 – FLS 145-146 – NÚMERO
184. ANEXO XIV - Vê: CERTIDÃO – Fls 1327.

V. VENDEDORA: DE CUJUS – ANTONIA DAUCY(I) TAVARES PARENTE.


COMPRADOR: MARIA JOAQUINA DE OLIVEIRA FEITOSA - LIVRO 45 –
FLS 28-29 – NÚMERO 198. ANEXO XV - Vê: CERTIDÃO – Fls 1328.

VI. VENDEDORA: DE CUJUS – ANTONIA DAUCY(I) TAVARES PARENTE.


COMPRADOR: ANTONIO ARAÚJO DE MESQUITA - LIVRO 45 – FLS 51-
52 - NÚMERO 204. ANEXO XVI - Vê: CERTIDÃO – Fls 1329.

VII. VENDEDORA: DE CUJUS – ANTONIA DAUCY(I) TAVARES PARENTE.


COMPRADOR: ATALIBA XIMENES LIMA - LIVRO 49 – FLS 36-37 -
NÚMERO 526. ANEXO XVII - Vê: CERTIDÃO – Fls 1330-1331.

VIII. VENDEDORA: DE CUJUS – ANTONIA DAUCY(I) TAVARES PARENTE.


COMPRADOR: JOSÉ ANTONIO FERREIRA - LIVRO 49 – FLS 178-180 -
NÚMERO 619. ANEXO XVIII - Vê: CERTIDÃO – Fls 1332-1333.

IX. VENDEDORA: DE CUJUS – ANTONIA DAUCY(I) TAVARES PARENTE.


COMPRADOR: LUIZ OLIVEIRA PINTO - LIVRO 55 – FLS 159-160 -
NÚMERO 850. ANEXO XIX - Vê: CERTIDÃO – Fls 1334-1335.

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
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X. VENDEDORA: DE CUJUS – ANTONIA DAUCY(I) TAVARES PARENTE.


COMPRADOR: FRANCISCO BARBOSA LEITE - LIVRO 55 – FLS 186-187
- NÚMERO 865. ANEXO XX - Vê: CERTIDÃO – Fls 1336-1337.

XI. VENDEDORA: DE CUJUS – ANTONIA DAUCY(I) TAVARES PARENTE.


COMPRADOR: FRANCISCA TADEUSA DE MESQUITA - LIVRO 56 –
FLS 06-07 - NÚMERO 877. ANEXO XXI - Vê: CERTIDÃO – Fls 1338-1339.

XII. VENDEDORA: DE CUJUS – ANTONIA DAUCY(I) TAVARES PARENTE.


COMPRADOR: JOSÉ OSVALDO ALVES - LIVRO 56 – FLS 100-102 -
NÚMERO 935. ANEXO XXII - Vê: CERTIDÃO – Fls 1340-1341.

XIII. VENDEDORA: DE CUJUS – ANTONIA DAUCY(I) TAVARES PARENTE.


COMPRADOR: SIMIÃO SERAFIM DE SOUSA - LIVRO 56 – FLS 116-118 -
NÚMERO 945. ANEXO XXIII - Vê: CERTIDÃO – Fls 1342-1343.

XIV. VENDEDORA: DE CUJUS – ANTONIA DAUCY(I) TAVARES PARENTE.


COMPRADOR: ANTONIO ARAÚJO DE MESQUITA - LIVRO 56 – FLS
108-110 - NÚMERO 940. ANEXO XXIV - Vê: CERTIDÃO – Fls 1344-1345.

Observação: Todos os expedientes acima referenciados constam nos autos do Processo


Arbitral, e formam solicitados de Ofício, e recebidos através do expediente: Ofício 85-
2020 DE 24 DE AGOSTO DE 2020. V anexos – (ANEXO GERAL XXV) – Folhas
1314-1318.

NO CURSO DO PROCESSO HOUVE FALECIMENTO DE HERDEIROS


COLATERAIS.

Observa-se ainda que nos autos se constata o seguinte:

(...) “Considerando que os sucessores abaixo


relacionados foram “NOTIFICADOS PELO ARBITRO”,
e não se manifestaram, a decisão será no sentido de que
“DESIGNE SE OS BENS LIVRES PARA PARTILHA”, e a
cota de cada irmão da “DE CUJUS” que faleceu no curso

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do inventário, lhe seja assegurado para figurar no polo de


seu inventário”.

Atento a esta situação o árbitro fez publicar o seguinte expediente:

DESPACHO 24.472.340-2021 PRORROGAÇÃO DE


AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO EM PROCESSO
ARBITRAL Rh.
https://wwwjuizoarbitralcjc.blogspot.com/2021/11/despac
ho-24472340-2021-prorrogacao-de.html

As pessoas citadas neste expediente ficam NOTIFICADAS para se desejarem, se


habilitarem na fase da PARTILHA DOS BENS, e os herdeiros, irmãos da DE CUJUS,
já falecidos, através de seus filhos, nomeie entre seus irmãos (sobrinhos da DE CUJUS)
O REPRESENTANTE DO HERDEIRO DA DE CUJUS falecido, para votar quando da
partilha dos bens.

Ficam notificados extrajudicialmente pela via arbitral. Partes convocadas:

1. FRANCISCA JURACY BRAGA TAVARES - Na herança, figura


como sucessão de herdeiro colateral (is), nascida em 4 de março do
ano de 1924, foi esposa do Sr. DERMEVAL JÚLIO DE MESQUITA,
tiveram oito filhos (e segundo comentários esta senhora faleceu em 30
de julho de 2013 na cidade de Nova-Russas, Estado do Ceará).
2. MARIA DERMECI TAVARES DE MESQUITA - Na herança,
figura como sucessão de herdeiro colateral (is).
3. FRANCISCA DAS GRAÇAS DE MESQUITA Na herança, figura
como sucessão de herdeiro colateral (is).
4. JOÃO JÚLIO NETO - Na herança, figura como sucessão de
herdeiro colateral (is).
5. ANTONIA TAVARES DE MESQUITA, alcunhada como
“Toinha” - Na herança, figura como sucessão de herdeiro colateral
(is)

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

6. JOAQUINA VALQUÍRIA TAVARES DE MESQUITA- Na


herança, figura como sucessão de herdeiro colateral (is).
7. EROTILDES TAVARES DE MESQUITA- Na herança, figura
como sucessão de herdeiro colateral (is).
8. RAIMUNDO ERIVAN TAVARES DE MESQUITA- Na herança,
figura como sucessão de herdeiro colateral (is).
9. QUITÉRIA TAVARES DE MESQUITA- Na herança, figura
como sucessão de herdeiro colateral (is).
10. MARIA OSMAR BRAGA TAVARES DOS SANTOS – Na herança,
figura como sucessão de herdeiro colateral (is)(falecida), nascida em
11 de fevereiro de 1927, faleceu em 21 de março de 1981, foi esposa
do Sr. FRANCISCO RODRIGUES DOS SANTOS (falecido em 5 de
outubro de 1980), casou em 12 de dezembro de 1953, na Cidade
Nova-Russas, Estado do Ceará, e faleceu em 21 de março de 1981 na
cidade de Fortaleza, Estado do Ceará. Do matrimônio nasceram
11. ROBERTO TAVARES DOS SANTOS - Na herança, figura como
sucessão de herdeiro colateral (is)
12. BELARMINA MARIA TAVARES DOS SANTOS- Na herança,
figura como sucessão de herdeiro colateral (is).
13. ROGÉRIO TAVARES DOS SANTOS- Na herança, figura como
sucessão de herdeiro colateral (is)

14. MARIA DOSOCORRO TAVARES DOS SANTOS- Na herança,


figura como sucessão de herdeiro colateral (is).
15. LUISA BRAGA TAVARES - Na herança, figura como sucessão de
herdeiro colateral (is); nascida em 13 de março de 1929, foi esposa
do Sr. FRANCISCO MOSAR MIRA(falecido em 2016), casou em 25
de setembro de 1948, na Cidade de SANTA QUITÉRIA, Estado do
Ceará, não consta nos autos se esta faleceu. Do matrimônio nasceram
16. RAIMUNDO EVALDO TAVARES MIRA (FALECIDO) - Na
herança, figura como sucessão de herdeiro colateral (is).
17. ANTONIA MIRACI TAVARES MIRA(FALECIDA) - Na herança,
figura como sucessão de herdeiro colateral (is).
18. ANTONIO JUNIOR MIRA - Na herança, figura como sucessão de
herdeiro colateral (is)
19. MARIA FÁTIMA TAVARES MIRA - Na herança, figura como
sucessão de herdeiro colateral (is)
20. FRANCISCO JOSÉ TAVARES MIRA - Na herança, figura como
sucessão de herdeiro colateral (is)(Alcunhado como ZÉ MOZAR).
21. MIRALVA TAVARES MIRA - Na herança, figura como sucessão
de herdeiro colateral (is)

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

22. VII. LUZIMEIRE TAVARESMIRA - Na herança, figura


como sucessão de herdeiro colateral (is).
23. V – RAIMUNDA NEUSA BRAGA TAVARES (Falecida) - Na
herança, figura como sucessão de herdeiro colateral (is); nascida em
4 de outubro de 1930, foi esposa do Sr. FIRMINO DE MESQUITA
CHAVES (falecido), casou em 18 de abril 1954, na Cidade de SANTA
QUITÉRIA, Estado do Ceará, consta nos autos os atestados de óbitos
dos falecidos. Do matrimônio nasceram
24. RAIMUNDO RODRIGUES TAVARES NETO - Na herança,
figura como sucessão de herdeiro colateral (is).
25. JOSÉ ANTONIO TAVARES CHAVES - Na herança, figura como
sucessão de herdeiro colateral (is).
26. JOSÉ MARCELO TAVARES CHAVES - Na herança, figura como
sucessão de herdeiro colateral (is).
27. JOÃO JOSÉ TAVARES CHAVES - Na herança, figura como
sucessão de herdeiro colateral (is).
28. FRANCISCO JOSÉ TAVARES CHAVES, alcunhado como
“Neném – - Na herança, figura como sucessão de herdeiro colateral
(is).
29. GILBERTO TAVARES CHAVES - Na herança, figura como
sucessão de herdeiro colateral (is)
30. JOSÉ RODRIGUES SOBRINHO - Na herança, figura como
sucessão de herdeiro colateral (is); nascido em 18 de março de 1932,
casou com MARIA DILMA TIMBÓ MARTINS, casou em 26 de
dezembro de 1961, na Cidade de NOVA-RUSSAS, Estado do Ceará,
não consta nos autos os atestados de óbitos dos citados e o árbitro
não tem noticias se são vivos ou falecidos. Do matrimônio nasceram.
31. JANEMAYRE TIMBÓ RODRIGUES – - Na herança, figura como
sucessão de herdeiro colateral (is).
32. MARIA JOSEDILMA TIMBÓ RODRIGUES – - Na herança,
figura como sucessão de herdeiro colateral (is).
33. RAIMUNDO ARNÓBIO TIMBÓ RODRIGUES – - Na herança,
figura como sucessão de herdeiro colateral (is).
34. FRANCISCO JOSÉ TIMBÓ RODRIGUES – - Na herança, figura
como sucessão de herdeiro colateral (is).
35. RAQUEL TIMBÓ RODRIGUES – - Na herança, figura como
sucessão de herdeiro colateral (is)
36. CREMILDA BRAGA TAVARES - Na herança, figura como
sucessão de herdeiro colateral (is); nascida em 12 de dezembro de
1935, não casou,é solteira
37. JULIETA BRAGA TAVARES - Na herança, figura como sucessão
de herdeiro colateral (is); nascida em 30 de julho de 1937, casou com

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

LUIZ LIBERATO PINTO(Falecido em 2016), casou em 9 de


dezembro de 1956, na Cidade de SANTA QUITÉRIA, Estado do
Ceará, não consta nos autos e o árbitro não tem noticias se JULIETA
BRAGA encontra-se viva. Do matrimônio nasceram
38. RAIMUNDO ERIBERTO TAVARES PINTO NETO - Na herança,
figura como sucessão de herdeiro colateral (is).
39. TERESA MARIA TAVARES PINTO DO NASCIMENTO - Na
herança, figura como sucessão de herdeiro colateral (is).
40. MARIA SELMA TAVARES PINTO DOS SANTOS - Na herança,
figura como sucessão de herdeiro colateral (is)
41. FRANCISCA MARIA TAVARES PINTO DO NASCIMENTO - Na
herança, figura como sucessão de herdeiro colateral (is).
42. VERA LÚCIA TAVARES PINTO GUERREIRO - Na herança,
figura como sucessão de herdeiro colateral (is)
43. LUIZ FILHO TAVARES PINTO - Na herança, figura como
sucessão de herdeiro colateral (is)
44. FRANCISCO PINTO TAVARES - Na herança, figura como
sucessão de herdeiro colateral (is)
45. ALEXANDRA TAVARES PINTO - Na herança, figura como
sucessão de herdeiro colateral (is)
46. IX – FRANCISCO ADAUBERTO RODRIGUES TAVARES - Na
herança, figura como sucessão de herdeiro colateral (is); nascido em
7 de outubro de 1939, casou com MARIA ENGRÁCIA EVANGELISTA
TAVARES, casou em 31 de maio de 1966, na Cidade de NOVA-
RUSSAS, Estado do Ceará.O Sr Adalberto Tavares convocou o
árbitro para iniciar o procedimento preliminar que poderá resultar
no PROCESSO DO JUÍZO ARBITRAL. Do matrimônio nasceram:
47. FRANCISCO EVANGELISTA TAVARES - Na herança, figura
como sucessão de herdeiro colateral (is) – Porém ressalte-se que
estando o Francisco Adalberto habilitado, os demais se habilitam em
expectativa de direito
48. FRANCISCO ADALBERTO FILHO - Na herança, figura como
sucessão de herdeiro colateral (is) – Porém ressalte-se que estando o
Francisco Adalberto habilitado, os demais se habilitam em
expectativa de direito.
49. ANTONIOCÉSAR EVANGELISTA TAVARES - Na herança,
figura como sucessão de herdeiro colateral (is) – Porém ressalte-se
que estando o Francisco Adalberto habilitado, os demais se
habilitam em expectativa de direito
50. Na herança, figura como sucessão de herdeiro colateral (is) –
Porém ressalte-se que estando o Francisco Adalberto habilitado, os
demais se habilitam em expectativa de direito.

99
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

51. FRANCISCO ANTONIO EVANGELISTA TAVARES - Na


herança, figura como sucessão de herdeiro colateral (is) – Porém
ressalte-se que estando o Francisco Adalberto habilitado, os demais
se habilitam em expectativa de direito.

Em todo o presente processo, bem como em seus apensos e anexos, onde se lê


FRANCISCO ADALBERTO RODRIGUES TAVARES, deve-se lê:
FRANCISCO ADAUBERTO TAVARES (PAI-Processo - 5.991.234-
APACivil/.2019.Sentença Parcial de Admissibilidade de Procedimento Arbitral A
arbitragem é um método de resolução de conflitos, no qual as partes definem que uma
pessoa ou uma entidade privada irá solucionar a controvérsia apresentada pelas partes,
sem a participação do Poder Judiciário –
https://wwwsentencacjc.blogspot.com/2019/12/sentenca-parcial-de-recebimento-de.html).EMBARGO
DE DECLARAÇÃO EBdecl PRT 6.078.610/2019 Sentença em Procedimento Arbitral.
Autor: FRANCISCO ADALBERTO TAVARES, e outros. Na data de quarta-feira, 13
de novembro de 2019, às 18h15min: 59 autuam as peças que adiante seguem.
SENTENÇA PARCIAL DE RECEBIMENTO DE EMBARGO DE DECLARAÇÃO
EBdecl PRT 6.078.610/2019 Sentença em Procedimento Arbitral.

Assim, um dos representantes do herdeiro falecido, com autorização dos demais


herdeiros (filhos do herdeiro da quota) terá que assinar o termo de condescendência da
aprovação da partilha.

O que vai acontecer se não houver a assinatura?

Importante entender que tanto o Inventário Judicial ou Extrajudicial (Via arbitragem) é


um processo com o objetivo principal de partilhar bens e direitos de uma pessoa falecida
entre seus herdeiros. As dívidas serão suportadas até o limite do patrimônio deixado.

Como em muitas ações que tramitam na justiça, o não entendimento entre as partes é
uma possibilidade, que neste tipo de processo dificulta sua rápida resolução.

O que se acredita é que na arbitragem estes riscos sejam reduzidos.

100
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

Sendo na Justiça, o inventário (...)se um dos herdeiros não concorda com a descrição ou
com a partilha sugerida, o inventário somente se concluirá com uma sentença judicial,
acatando um esboço apresentado pelo partidor judicial, o qual, em regra, apenas faz
encerrar um inventário e deixa os herdeiros, todos, em condomínio civil, o que não
resolve as divergências.

Sobre o processo de Inventário, ele pode ser aberto por todos os herdeiros juntos ou por
aquele que estiver na posse e administração dos bens da pessoa falecida – o cônjuge,
qualquer herdeiro sozinho, o legatário ou testamenteiro.

Nem sempre o inventário precisa ser resolvido na justiça. A arbitragem nos dias atuais,
é uma opção. Pois, os casos são judiciais principalmente quando não há acordo entre as
partes envolvidas; quando um dos herdeiros é menor ou incapaz; se houver testamento;
uma doação inoficiosa ou bens fora do país.

Integra a presente sentença parcial, o inteiro, ou integral “decisum”

Despacho vinculado a Sentença Parcial nº 24.147.893/2021 (EXTRATO DECISÃO)

DESPACHO 24.172.129-2021

https://wwwjuizoarbitralcjc.blogspot.com/

Admissibilidade da continuidade de Processo Arbitral.

Fundamento Jurídico – Art. 23(A sentença arbitral será proferida no


prazo estipulado pelas partes. Nada tendo sido convencionado, o prazo
para a apresentação da sentença é de seis meses, contado da instituição
da arbitragem ou da substituição do árbitro) da LEI FEDERAL Nº
9.307, DE 23 DE SETEMBRO DE 1996 - Dispõe sobre a arbitragem.
PROCESSO ARBITRAL 16.992.08

SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL: Fundamentação jurídica:


Capítulo V - Da Sentença Arbitral - Art. 23. A sentença arbitral será
proferida no prazo estipulado pelas partes. Nada tendo sido
convencionado, o prazo para a apresentação da sentença é de seis
meses, contado da instituição da arbitragem ou da substituição do
árbitro. Parágrafo único. As partes e os árbitros, de comum acordo,
poderão prorrogar o prazo estipulado (Leis Federais nº(s) 13.129, de
2015 e 9.307 de 1996).

101
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

§ 1o Os árbitros poderão proferir sentenças parciais (Lei Federal nº


13.129, de 2015).

§ 2o As partes e os árbitros, de comum acordo, poderão prorrogar o


prazo para proferir a sentença final (Lei Federal nº 13.129, de 2015).

PROCESSO ARBITRAL 5.991.234.APACivil/2019.

EMENTA: AÇÃO DE INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL COM


HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO DE PARTILHA DE BENS.
INEXISTÊNCIA DE MENORES DE 18 ANOS OU PORTADORES
DE DEFICIÊNCIA IMPEDITIVA PARA MANIFESTAÇÃO DE
VONTADE. EXISTÊNCIA DE CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA
E CLÁUSULA ARBITRAL “CHEIA”. ADMISSIBILIDADE DE
PROCEDIMENTO EM FACE DE FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
PELA VIA ARBITRAL. EXISTÊNCIA DE DIREITOS
DISPONÍVEIS QUE PODEM SER RECONHECIDO PELA VIA DA
ARBITRAGEM.

https://wwwjuizoarbitralcjc.blogspot.com/2021/11/despacho-
24172129-2021-despacho.html

COMPROMISSO ARBITRAL PARA ABERTURA DO PROCESSO.

O inventariante e os demais herdeiros aceitaram a firmação do pacto arbitral


conformeconsta as folhas, 599-568, Volume I dos autos do arrolamento.

Dados do documento

Título original:
COMISSÃO DE JUSTIÇA E CIDADANIA ARBITRAGEM Edital
6.PRT 6.029.799.2019 - Calendário
Descrição:
PAI-Processo - 5.991.234-APACivil/.2019.Sentença Parcial de
Admissibilidade de Procedimento Arbitral
https://pt.scribd.com/document/431993819/COMISSAO-DE-
JUSTICA-E-CIDADANIA-ARBITRAGEM-Edital-6-PRT-6-029-
799-2019-Calendario

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JUSTIÇA E CIDADANIA ARBITRAGEM Edital 6.PRT
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102
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

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DE JUSTIÇA E CIDADANIA ARBITRAGEM Edital 6.PRT
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DE-JUSTICA-E-CIDADANIA-ARBITRAGEM-Edital-6-PRT-6-029-
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JUSTICA-E-CIDADANIA-JUSTICA-Arbitral#from_embed"
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CIDAD...</a></p>

EDITAL 16-2019 e Edital 17/PRT 6.042.900/2019, de 30 de outubro


de 2019. EMENTA: Retifica o endereço do local da audiência arbitral
preliminar convocado no Edital 16/2019 referente a abertura da
sucessão e posteriormente o Inventário e Partilha pela via
administrativa, INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL, desde que não
existam incapazes e menores, ciente ainda que foi iniciada a abertura
de Procedimento Processual em Juízo Arbitral, nos termos do Art. 6º e
31 da Lei Federal da Arbitragem; e dá outras Providências.

Consta a publicidade da implantação do processo arbitral nos termos:

Dados do documento - Título original: Edital 17.PRT 6.042.900.2019,


de 30 de outubro de 2019. Descrição: Edital 17/PRT 6.042.900/2019,
de 30 de outubro de 2019. EMENTA: Retifica o endereço do local da
audiência arbitral preliminar convocado no Edital 16/2019 referente à
abertura da sucessão e posteriormente o Inventário e Partilha pela via
administrativa, INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL, desde que não
existam incapazes e menores, ciente ainda que foi iniciada a abertura
de Procedimento Processual em Juízo Arbitral, nos termos do Art. 6º e
31 da Lei Federal da Arbitragem; e dá outras Providências.

https://pt.scribd.com/document/432700590/Edital-17-PRT-6-042-900-
2019-de-30-de-outubro-de-2019

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6.042.900.2019, de 30 de outubro de 2019."

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

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17.PRT 6.042.900.2019, de 30 de outubro de 2019. on Scribd"
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6-042-900-2019-de-30-de-outubro-de-2019#from_embed"
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6.042.900.201...</a> by <a title="View COMISSÃO DE JUSTIÇA E
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CIDAD...</a></p>

https://wwwsentencacjc.blogspot.com/2019/10/oficio-
60283812019.html

Dados do documento

Título original: Edital 16.PRT 6.042.2019, De 28 de Outubro de


2019.TEXTO

Descrição: Edital 16/PRT 6.042. /2019, de 28 de outubro de 2019.


EMENTA: Altera a data da convocação das partes interessada para
tomarem conhecimento da proposta de abertura de Procedimento
Processual em Juízo Arbitral, nos termos do Art. 6º “Não havendo
acordo prévio sobre a forma de instituir a arbitragem, a parte
interessada manifestará à outra parte sua intenção de dar início à
arbitragem, por via postal ou por outro meio qualquer de
comunicação, mediante comprovação de recebimento, convocando-a
para,

https://pt.scribd.com/document/432432818/Edital-16-PRT-6-042-
2019-De-28-de-Outubro-de-2019-TEXTO#from_embed

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6.042..2019, De 28 de Outubro de 2019.TEXTO"
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1&view_mode=scroll&access_key=key-zNHCAAw9pJuoh6l4Fy3x"
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104
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

auto 6px auto; font-family: Helvetica,Arial,Sans-serif; font-style:


normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 14px;
line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; -
x-system-font: none; display: block;" ><a title="View Edital
16.PRT 6.042..2019, De 28 de Outubro de 2019.TEXTO on Scribd"
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6-042-2019-De-28-de-Outubro-de-2019-TEXTO#from_embed"
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JUSTICA-E-CIDADANIA-JUSTICA-Arbitral#from_embed"
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CIDAD...</a></p>

Acosta se a presente sentença parcial os expedientes de fls 1356-1418, ou seja:


SENTENÇA PARCIAL número 24.147.893-2021, que determina, caso tenha interesse,
que os herdeiros, dos herdeiros da DE CUJUS, que faleceram, se habilitem nos autos.

Ressalte que a presente sentença resolve situações pontuais, a de mérito só empós


atendidas todas as requisições de diligências.

No caso presente, homologa a apresentação dos bens para avaliação econômica e


posterior partilha conforme ficou decidido em audiência data em 30 de novembro de
2021.

III – DISPOSITIVO.

I. ISTO POSTO, nos termos do artigo 18 da Lei da arbitragem julgo procedente o


pedido de homologação dos bens acarretados aos autos, sendo que o plano de
partilha deve posteriormente ser homologado, diante da ausência formal dos
sobrinhos da DE CUJUS, FILHOS DOS IRMÃO, HERDEIROS DA DE CJUS,
que faleceram antes e durante o inventário, agora ARROLAMENTO
SUMÁRIO.

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ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

II. Atendendo a requerimento oral das partes, feita em audiência presencial na data
de 30 de novembro de 2021, na cidade de Nova-Russas, Ceará, nomeio, salvo o
seu direito de não aceitar, a Sra.MARIA JÚLIA, corretora de imóveis na Cidade
de Santa Quitéria, como PERITA IMOBILIÁRIA para avaliar o valor
econômico dos imóveis e bens disponibilizados nesta sentença, e encaminhar
seus resultados aos presente autos, para, por fim, os herdeiros decidirem sobre a
venda de suas cotas, e posterior partilha a quem de direito.

III. Fixo um prazo não superior a noventa dias para a execução das diligências.
Findo este prazo sem resposta, os autos serão arquivados, e os honorários do
árbitro serão cobrados a razão de 10%(dez) por cento sobre o valor arbitrado na
avaliação do bens e imóveis.

IV. Empós a formalização dos habilitados, estes aprovem o PLANO DE


PARTILHA com discriminação a ser atribuídos, os quinhões de cada herdeiro,
os erros ou omissões em relação a direitos de terceiros, as partes podem decidir
em apartado, seja em Juízo Arbitral ou no Poder Judiciário.Direito de Posse dos
ocupantes do espólio da DE CUJUS serão discutidos no Juízo apropriado de
acordo com os interesses da lei e dos interessados, terceiros ou herdeiros.

V. Considerando que em Juízo Arbitral não se exige capacidade postulatória, OU


SEJA, INSCRIÇÃO NA OAB para atuar como defensor ou procurador,
homologo a indicação feita pelo inventariante, para que o estudante, acadêmico
do Curso de Direito, Senhor FRANCISCO EVANGELISTA TAVARES, possa
atuar como “DEFENSOR DOS INTERESSES DO INVENTARIANTE, nos
autos.

VI. Ante a evidente falta de interesse recursal em Juízo Arbitral, certifique-se desde
logo o transito em julgado desta sentença, ressalvadas as hipóteses do
REQUERIMENTO DE AÇÃO JUDICIAL DE NULIDADE da presente
SENTENÇA PARCIAL.

VII. Conforme relatório, fundamentação e decisão, declara-se por sentença EM


JUÍZO ARBITRAL (LEI DA ARBITRAGEM: Art. 31. A sentença arbitral
produz, entre as partes e seus sucessores, os mesmos efeitos da sentença

106
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

proferida pelos órgãos do Poder Judiciário e, sendo condenatória, constitui título


executivo) o que nela se expressa para que surta os efeitos previstos no mundo
jurídico e respaldados na legislação da REPÚBLICA FEDERATIVA DO
BRASIL.

VIII. Determina-se que proceda o levantamento das custas do processo arbitral, e


empós sejam recolhidos em conta a ser indicada pelo árbitro, a partir dos fundos
captados no início do inventário, com a criação do FUNDO DE INVENTÁRIO
data de outubro de 2019.

IX. Sentença não sujeita a revisão necessária, porém as partes devem observar o que
disciplina a lei: LEI DA ARBITRAGEM - Art. 27. A sentença arbitral decidirá
sobre a responsabilidade das partes acerca das custas e despesas com a
arbitragem, bem como sobre verba decorrente de litigância de má-fé, se for o
caso, respeitadas as disposições da convenção de arbitragem, se houver. Art. 28.
Se, no decurso da arbitragem, as partes chegarem a acordo quanto ao litígio, o
árbitro ou o tribunal arbitral poderá, a pedido das partes, declarar tal fato
mediante sentença arbitral, que conterá os requisitos do art. 26 desta Lei. Art.
29. Proferida a sentença arbitral, dá-se por finda a arbitragem, devendo o árbitro,
ou o presidente do tribunal arbitral, enviar cópia da decisão às partes, por via
postal ou por outro meio qualquer de comunicação, mediante comprovação de
recebimento, ou, ainda, entregando-a diretamente às partes, mediante recibo.
Art. 30. No prazo de cinco dias, a contar do recebimento da notificação ou da
ciência pessoal da sentença arbitral, a parte interessada, mediante comunicação à
outra parte, poderá solicitar ao árbitro ou ao tribunal arbitral que: - corrija
qualquer erro material da sentença arbitral; II - esclareça alguma obscuridade,
dúvida ou contradição da sentença arbitral, ou se pronuncie sobre ponto omitido
a respeito do qual devia manifestar-se a decisão. Parágrafo único. O árbitro ou o
tribunal arbitral decidirá, no prazo de dez dias, aditando a sentença arbitral e
notificando as partes na forma do art. 29. Art. 31. A sentença arbitral produz,
entre as partes e seus sucessores, os mesmos efeitos da sentença proferida pelos
órgãos do Poder Judiciário e, sendo condenatória, constitui título executivo. Art.
32. É nula a sentença arbitral se: I - for nulo o compromisso; II - emanou de
quem não podia ser árbitro; III - não contiver os requisitos do art. 26 desta Lei;
IV - for proferida fora dos limites da convenção de arbitragem; V - não decidir
todo o litígio submetido à arbitragem; VI - comprovado que foi proferida por
prevaricação, concussão ou corrupção passiva; VII - proferido fora do prazo,
respeitado o disposto no art. 12, inciso III, desta Lei; e VIII - forem
desrespeitados os princípios de que trata o art. 21, § 2º, desta Lei. Art. 33. A
parte interessada poderá pleitear ao órgão do Poder Judiciário competente a

107
ARBITRAGEM “Ad hoc”
SENTENÇA ARBITRAL PARCIAL 25.119.345.2022

decretação da nulidade da sentença arbitral, nos casos previstos nesta Lei. § 1º A


demanda para a decretação de nulidade da sentença arbitral seguirá o
procedimento comum, previsto no Código de Processo Civil, e deverá ser
proposta no prazo de até noventa dias após o recebimento da notificação da
sentença arbitral ou de seu aditamento. § 2º A sentença que julgar procedente o
pedido: - decretará a nulidade da sentença arbitral, nos casos do art. 32, incisos I,
II, VI, VII e VIII; II - determinará que o árbitro ou o tribunal arbitral profira
novo laudo, nas demais hipóteses. § 3º A decretação da nulidade da sentença
arbitral também poderá ser arguida mediante ação de embargos do devedor,
conforme o art. 741 e seguintes do Código de Processo Civil, se houver
execução judicial. LEI Nº 9.307, DE 23 DE SETEMBRO DE 1996. –

Publique-se, cumpra-se.
Fortaleza, 25 de FEVEREIRO DE 2022.

César Augusto Venâncio da Silva


Árbitrodo Procedimento –
Artigo 18 da Lei da Arbitragem: O árbitro é juiz de fato e de direito, e a sentença que proferir não fica
sujeita a recurso ou a homologação pelo Poder Judiciário), Especialista em Direito Civil – FACULDADE
FAVENI – Registro 117117 LIVRO 781. Fls 117 - 01.10.2021) - Especialista em Direito Processual Civil
– FACULDADE FAVENI – Registro 96839 LIVRO 646. Fls 89 – 20.05.2021.

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