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AO JUÍZO DA ____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE FOZ DO IGUAÇU-PR.

MARIA CLARA SILVA, brasileira, auxiliar de cartório,


solteira, não convivente em união estável, residente e domiciliada na Rua Novo México,
nº 1.512, Bairro Jardim Tropical, no município de Foz do Iguaçu-PR, CEP: 01.234-567,
portadora da Cédula de Identidade RG nº 12345678-9, devidamente inscrita no CPF sob
nº 987.654.321-00, endereço eletrônico: mariaclarasilva@hotmail.com, vem, por
intermédio de seus advogados legalmente constituídos ao final subscritos (procuração em
anexo, com escritório profissional na Avenida Principal, Bairro Centro, no município de
Foz do Iguaçu-PR), à presença de Vossa Excelência, com supedâneo no artigo 5º, inciso
V, da Constituição Federal, bem como dos artigos 186 e 927 do Código Civil, propor:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

Em face de HOSPITAL BOAMORTE, pessoa jurídica de direito privado no CNPJ sob


nº 99.999.999/0000-00, com sede na Avenida Central, Bairro Político, no município de
Foz do Iguaçu-PR, CEP: 98.765-321, pelos fatos e fundamentos aduzidos abaixo:
I – DOS FATOS:

Em 31 de janeiro do ano de 2022, a Autora (gestante) foi


internada, em estado grave, por volta das 05h00min, na emergência de pré parto, cujo
médico plantonista era o Dr. João Boamorte.

Insta mencionar a Requerente encontrava-se em estado


gestacional e já havia sido diagnosticada por seu médico ginecologista e obstetra, como
sendo gestante de alto risco, e por conta disso estava afastada de suas atividades laborais,
diante da necessidade de repouso, tendo em vista o acometimento médico de hipertensão
e necessidade de procedimento de cerclagem, que consiste na costura do colo do útero.

Salienta-se que todo o histórico da gestação da Autora foi


acompanhado pela parte Requerida, uma vez que consta, mesmo que de forma
contraditória e negligente em seu prontuário médico.

Ao ser internada, com forte contrações, sangramento e


perda de líquido amniótico, após ter sido atendida e diagnosticada pelo médico
plantonista, ocorreu a troca de plantão, e a Requerente passou a ser atendida pelo Dr.
Cláudio, o qual não tomou nenhuma providência até o final de seu plantão que durou
cerca de 12 (DOZE) horas.

Assim, já no plantão das 19h00min do dia 01 de fevereiro


de 2022, o Dr. João Boamorte, em atendimento a Autora informou que não era
aconselhável a intervenção cirúrgica de cesárea, devendo ela aguardar as contrações e
dilatação para o procedimento de parto normal.

Uma nova troca de plantão, e ainda no dia 01 de fevereiro


de 2022, cujo responsável era o Dr. Jorge, a Autora permaneceu com dores e sem a
realização do procedimento de cesárea, pois segundo aquele não havia médico
responsável disponível na unidade.

Por derradeiro, somente ao final do dia 02 de fevereiro, após


mais uma troca de plantão médico, na qual o Dr. Anderson Vidaboa se fez presente, foi
que a Autora finalmente entrou em trabalho de parto, tendo seu filho nascido prematuro
e por parto normal.

Cumpre destacar que isso só ocorreu APÓS CERCA DE


40 (QUARENTA) HORAS E COM PELO MENOS 04 (QUATRO) TROCA DE
PLANTÕES.

Ademais, informa-se que a Autora possuía um contrato de


disponibilidade com seu médico obstetra, pelo qual procedeu o pagamento de R$2.000,00
(dois mil reais), entretanto, na data do fato o mesmo encontrava-se viajando e não pode
atende-la, entretanto, sua recomendação sempre fora no sentido de devidos aos riscos da
gravidez, que fosse realizado o procedimento por meio de intervenção cirúrgica
denominada cesárea.

Ainda, importa dizer que o bebê não conseguiu nascer por


conta dos pontos realizados pelo procedimento de cerclagem, o que sem qualquer sombra
de dúvidas deveria ter sido verificado de pronto pelos médicos responsáveis pelo
atendimento à Autora.

Assim, com toda a negligência e imperícia do Requerido,


verificada in casu, o bebê que teve seu nascimento tardio e um corte na cabeça, que lhe
gerou uma lesão com oito pontos, que no prontuário médico, ora fala-se que foi por conta
da intervenção da cerclagem e ora pela episotemia.

Registra-se que a demora no parto deu-se por conta dos


pontos e o bebê só conseguiu nascer após ter conseguido rompe-los, o que lhe ocasionou
diversas sequelas, dentre elas pode-se citar a hipóxia fetal, conhecida também como
sofrimento fetal pela demora na realização do parto.

A referida demora e, por consectário, a hipóxia, que é a falta


de oxigênio no cérebro do bebê deixa sequelas, o que, até o presente momento não se
pode averiguar, pois a criança encontra-se em tratamento e acompanhamento médico, não
podendo ser medida a extensão do dano.

Além disso, o prontuário médico fornecido à Autora – após


resistência da Requerida -, informa que o corte ocasionado na cabeça do bebê se deu por
conta do procedimento denominado de episiotemia, que trata-se de um corte realizado na
vagina da gestante, com a finalidade de facilitar o parto, no entanto, não fora realizado
nenhum procedimento neste sentido na Autora.

Em outras palavras, Excelência, o conteúdo que ressai do


prontuário médico não justifica tal lesão e, por conseguinte, restaria demonstrado a total
negligência e imperícia dos responsáveis pela realização do parto, posto que causaram
lesão no bebê, sendo necessário um procedimento de 08 (oito) pontos em sua cabeça.

A autora vinha fazendo acompanhamento médico,


conforme denota-se pelos documentos anexos, de modo que, realizou diversos exames no
laboratório de análise clínicas do Hospital Boamorte, ao qual fez por intermédio de seu
convênio com a Unimed, bem como todo o seu atendimento se deu por conta de seu plano
de saúde, os quais atestaram que a gestação apresentava um alto risco.

Antes do dia 31 de janeiro, a Autora compareceu diversas


vezes no referido hospital, apresentando vários sangramentos, podendo variar conforme
o horário de cada dia, sendo medicada e observada pelos médicos plantonistas, aceitando
as orientações e ficando de repouso, sendo que o procedimento de cerclagem fora
realizado pelo cirurgião obstetra, com o único fim de conter os sangramentos e o
vazamento do líquido vaginal.

De mais a mais, o próprio prontuário da Autora informa que


somente após o parto, o Dr. Jorge recebeu a paciente e procedeu com a retirada do fio de
cerclagem, sendo que, somente após este atendimento, aquela fora encaminhada ao
médico plantonista e o mesmo relatou que a lesão no couro cabeludo da criança ocorreu
em consequência da retirada da cerclagem no momento do parto.

Nobre Julgadora, outro ponto que merece destaque é o fato


de que em ambos os prontuários (tanto da Autora, quanto do recém-nascido) são
extremamente confusos, uma vez que, de acordo com os mesmos, o Dr. Anderson
avaliou a Requerente e constatou que a mesma encontrava-se em trabalho de parto, desde
às 04h30min, do dia 31 de janeiro de 2022, e que teve a cerclagem realizada, ou seja,
retirada no dia 19 de janeiro de 2022.

Assim, após a ocorrência de todos estes fatos (leia-se:


tragédia), nasceu o bebê da Autora, com 31 (trinta e uma) semanas de vida, com uma
lesão no couro cabeludo, em decorrência da retirada da cerclagem no momento do parto,
sendo que a sutura fora realizada somente depois de 24 (vinte e quatro horas) após o
nascimento, mais um descaso da Requerida.

Além disso, por meio das informações obtidas pelo


documento médico, em decorrência da lesão no couro cabeludo, se fez necessário o
acompanhamento de uma unidade de cuidados intermediários neonatal de fisioterapia,
mesmo por que, o recém-nascido apresentava síndrome do desconforto respiratório.

Excelência, o próprio documento médico do recém-


nascido, lavrado no dia 05 de fevereiro de 2022, informa que o ferimento cortante no
couro cabeludo decorreu de uma episiotemia, que nada mais é do que uma incisão
efetuada na região do períneo, para ampliar o canal de parto, constatando, de forma
inequívoca, que a lesão não ocorreu da retirada da cerclagem.

Ora, verifica-se, mais uma vez, de forma clarividente a


negligência e imperícia médica ocorrida in casu, aliado ao fato de restar claro uma, no
mínimo, desorganização (para não dizer inverdades) nas informações constantes no
prontuário médico, fazendo-se mister ressaltar que este documento obrigatoriamente,
deve conter todas as informações fidedignas do paciente, a fim de possibilitar a
continuidade no atendimento e tratamento do mesmo.

Não menos importante, informa-se que a Autora solicitou a


cópia dos prontuários médicos, no dia 01/06/2022, porém os prontuários se encontravam
de forma desorganizada, incompletos e com diversas cópias repetidas, conforme anexo.
Por todo o exposto, e diante das consequências gravíssimas
ocasionadas pelas atitudes reiteradas dos médicos responsáveis e solidariamente pelo
Hospital, não resta outra alternativa, que não a busca pela reparação civil e moral dos
danos sofridos pela Autora e seu filho.

II – DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA.

A Autora não possui condições financeiras para arcar com


as despesas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do seu próprio sustento
e de seus familiares, em razão de ser hipossuficiente economicamente falando, razão pela
qual faz jus a concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, nos termos do
Art. 5º, inciso LXXIV da CF e Art. 98 do Código de Processo Civil.

III – DA RELAÇÃO DE CONSUMO.

Ab initio, as cláusulas contratuais fixadas aos planos de


saúde, devem ser interpretadas juntamente com as disposições do Código de Defesa do
Consumidor, visando alcançar os preceitos sociais previsto na Constituição Federal.

É o que entende o Superior Tribunal de Justiça, através da


Súmula 608, que dispõe “aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de
plano de saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão”.

No que tange a inversão do ônus da prova, o Código de


Defesa do Consumidor deixa explicito que nas relações consumeristas, o consumidor
sempre se encontrará em posição de vulnerabilidade.

Desta maneira, incumbe ao Autor provar o fato constitutivo


de seu direito o que evidência uma posição menos favorável em relação ao Réu,
caracterizando um dos requisitos previstos no art. 6º, inciso VIII, do CDC, vejamos:

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:


VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a
inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil,
quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando
for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
experiências. (grifamos)

Portanto, requer seja reconhecida a aplicabilidade do


Código de Defesa do Consumidor no presente caso, bem como seja deferida a inversão
do ônus da prova em seu favor.
IV – DA RESPONSABILIDADE DO HOSPITAL. DO DEVER DE INDENIZAR
OS DANOS MORAIS SOFRIDOS PELA REQUERENTE.

Nos termos do Art. 186 do Código Civil, “aquele que, por


ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.

Em igual sentido, o referido códex dispõe que:

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do
dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de
outrem.

Para Maria Helena Diniz, a responsabilidade civil depende


da ação (comissiva ou omissiva), a ocorrência de um dano moral ou patrimonial causado
à vítima e o nexo de causalidade entre o dano e ação.

No tangível a indenização pelo dano moral propriamente


dita, é aquela devida quando a prática da conduta ilícita ou injusta ocasionar na vítima
vexame, constrangimento, humilhação ou dor. Assim, se a conduta atingiu a esfera
psicológica da vítima, surge o dever de indenizar, a esse título.

Em igual sentido, a Constituição Federal de 1988 assegura,


o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material,
moral ou à imagem, nos termos do Art. 5º, inciso V.

Na mesma linha de intelecção, tem-se que a condição de


fornecedores de serviços, a responsabilidade civil dos hospitais e clínicas médicas é
objetiva quando se circunscreve às hipóteses de serviços relacionados ao estabelecimento
propriamente dito, a teor do disposto no Art. 14, caput, do CDC, in verbis:

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente


da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços,
bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre
sua fruição e riscos.

Os danos morais se relacionam diretamente com os


prejuízos ocasionados aos direitos da personalidade da Requerente, cuja violação afetou
diretamente a sua dignidade e constituiu motivação suficiente para fundamentar a
presente lide, uma vez que, os transtornos vivenciados pela Autora ultrapassaram a esfera
do mero dissabor decorrente das condutas negligentes, desenvolvidas com imperícia
pelos médicos e profissionais do Requerido, ensejando o abalo aos atributos da
personalidade humana (CF, art. 5º, V e X; CDC, art. 6º, VI).

In casu, resta mais do que comprovado que todo o descaso


e negligência do Requerido com a Requerente, ocasionaram diversos danos aos direitos
da personalidade desta, especialmente – mas não exclusivamente -, à sua honra e à sua
integridade psicológica e, por conseguinte, resta caracterizado o dever de indenizar do
Hospital, uma vez que possui responsabilidade objetiva.

Não é outro o entendimento dos Tribunais Pátrios, senão


vejamos:

APELAÇÃO CÍVEL. CIVIL, PROCESSUAL CIVIL E


CONSUMIDOR. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. HOSPITAL E
MÉDICO. RELAÇÃO DE CONSUMO. PRESTAÇÃO DE
SERVIÇO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. FALHA
EXISTENTE. ERRO DE DIAGNÓSTICO. DEVER DE
INDENIZAR. CABIMENTO. DANO MORAL.
CONFIGURAÇÃO. FIXAÇÃO DO QUANTUM.
RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. DANO
ESTÉTICO. NÃO COMPROVAÇÃO. 1. Na condição de
fornecedores de serviços, a responsabilidade civil dos
hospitais e clínicas médicas é objetiva quando se circunscreve
às hipóteses de serviços relacionados ao estabelecimento
propriamente dito, a teor do art. 14, caput, do CDC. [...] 2.
Demonstrado que houve falha na prestação do serviço do
hospital, erro no diagnóstico médico, que agiu com
negligência, bem como o nexo de causalidade entre os
serviços oferecido pelo apelado e o dano sofrido pelo autor,
impõe-se a procedência do pedido indenizatório. 4. A
indenização pelo dano moral é devida quando a prática da
conduta ilícita ou injusta ocasionar na vítima vexame,
constrangimento, humilhação ou dor. Assim, se a conduta
atingiu a esfera psicológica da vítima, surge o dever de
indenizar, a esse título. [...]
(Acórdão 1219798, 00093160920168070001, Relator:
ARNOLDO CAMANHO, 4ª Turma Cível TJDFT, data de
julgamento: 4/12/2019, publicado no DJe: 13/12/2019).

CIVIL. PROCESSO CIVIL. CONSUMIDOR. AÇÃO


REPARATÓRIA DE DANOS AJUIZADA EM DESFAVOR
DO HOSPITAL. AUSÊNCIA DE PAGAMENTO DOS
HONORÁRIOS PERICIAIS. ALEGAÇÃO DE EQUÍVOCO
EM RELAÇAO À JUNTADA DE PETIÇÃO.
CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA.
DIAGNÓSTICO TARDIO DE APENDICITE. MÁ
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANO MORAL.
CONFIGURAÇÃO. QUANTUM. OBEDIÊNCIA AOS
PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA
PROPORCIONALIDADE. ADSTRIÇÃO À NORMATIVA
DA EFETIVA EXTENSÃO DO DANO. FUNÇÃO
PREVENTIVO-PEDAGÓGICA-REPARADORA-
PUNITIVA.. AUSÊNCIA DE PROVA DA NATUREZA
REPARADORA DA CIRURGIA E DE ATO ILÍCITO EM
RELAÇÃO À CICATRIZ GERADA PELA
APENDICECTOMIA. CONDENAÇÃO DO HOSPITAL A
CUSTEAR CIRURGIA PARA REPARAR A CICATRIZ.
AFASTAMENTO. LUCROS CESSANTES. AUTORA
EMPREGADA FORMALMENTE. INEXISTÊNCIA DE
DEMONSTRAÇÃO DE QUE O SALÁRIO DE BENEFÍCIO
FOI INFERIOR AOS RENDIMENTOS DA AUTORA CASO
ESTIVESSE NA ATIVA. ÔNUS DA AUTORA.
INOBSERVÂNCIA DO ART. 373, I, DO CPC. JUROS DE
MORA. RESPONSABILIDADE CONTRATUAL. TERMO
INICIAL. CITAÇÃO. APELAÇÃO PARCIALMENTE
PROVIDA. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA.
[...] 3. O dano moral se relaciona diretamente com os
prejuízos ocasionados a direitos da personalidade, cuja
violação afeta diretamente à dignidade do indivíduo e
constitui motivação suficiente para fundamentar uma ação
dessa natureza. 3.1. No particular, o dano moral é evidente,
pois os transtornos vivenciados pela autora ultrapassam a
esfera do mero dissabor decorrente do ato cirúrgico, sendo
capaz de ensejar abalo a atributos da personalidade humana
(CF, art. 5º, V e X; CDC, art. 6º, VI). [...]
(Acórdão 1197730, 07121116720188070003, Relator: ALFEU
MACHADO, 6ª Turma Cível TJDFT, data de julgamento:
28/8/2019, publicado no DJe: 5/9/2019).

Adiante, no tocante ao quantum indenizatório a ser


arbitrado a título de danos morais, este deve atender aos princípios da razoabilidade e
proporcionalidade, considerando-se, no caso concreto, a extensão e a gravidade do dano,
as condições da vítima, a capacidade econômica do agente, além do caráter punitivo-
pedagógico da medida para prevenção de comportamentos futuros análogos.

Por todo o exposto, requer seja reconhecida a


responsabilidade objetiva do Requerido, bem como o dever de indenizar, condenando-o
ao pagamento de indenização por danos morais, no importe de R$50.000,00
(cinquenta mil reais), valor este que se mostra razoável e proporcional aos danos
sofridos pela Requerente.
V – DOS PEDIDOS:

Ante ao exposto, requer a Vossa Excelência:

a) Seja recebida a presente Inicial, com todos os


documentos que a instruem, sendo determinada a intimação do Requerente para,
querendo, apresentar defesa, bem como participar de Audiência de Conciliação;

b) Seja deferida a assistência judiciária gratuita à


Requerente;

c) Seja reconhecida a relação consumerista no presente


caso, sendo determinada a inversão do ônus probante;

d) Seja julgada TOTALMENTE PROCEDENTE a


presente ação, para que seja reconhecida a responsabilidade objetiva do Requerido, bem
como o dever de indenizar, condenando-o ao pagamento de indenização por danos
morais, no importe de R$50.000,00 (cinquenta mil reais);

e) Sejam fixados honorários advocatícios de


sucumbência, nos termos do disposto no Art. 85 do CPC.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em


direito admitidos, especialmente – mas não exclusivamente -, testemunhal.

Atribui-se à presente causa o valor de R$50.000,00


(cinquenta mil reais).

Nestes termos,
Pede deferimento.
Sorriso-MT, dia 25 de março de 2023.

ELIVANDER SOMAVILLA MATTOS NICOLLAS SCHANNE ANTONIO


OAB/MT 25.646-E OAB/MT 25.943-E

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