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O Aborto
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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOҪAMBIQUE
Nome:
Padre: Fonseca
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Índice
Introdução..............................................................................................................................2
Definição de Aborto...............................................................................................................3
Classificação do aborto..........................................................................................................4
Causas do aborto....................................................................................................................5
Factores de risco para o aborto...............................................................................................6
Aborto provocado...................................................................................................................6
Para provocar o aborto utiliza-se algumas técnicas:..............................................................6
Consequências........................................................................................................................6
Tipos de Aborto......................................................................................................................7
Métodos..................................................................................................................................9
Quais os sinais de alarme pós-aborto?...................................................................................9
A posição da igreja sobre o aborto.......................................................................................10
A criminalização de aborto em Moçambique......................................................................14
Vantagens e desvantagens do aborto....................................................................................15
Conclusão.............................................................................................................................17
Referencias Bibliográficas...................................................................................................18
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Introdução
Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Fundamentos da Teologia Católica.
Têm como principal objectivo desvendar o tema do aborto, visto que é um tema muito
vasto, no entanto, apesar de não ser novidade é um tema muito polémico na sociedade, e é
identificado pelos políticos como um assunto “fraturante”. Ao longo deste trabalho são
esclarecidos os subtemas fundamentais relativos ao tema “O Aborto” como, por exemplo,
no que consiste o aborto, os vários tipos de aborto que existem, os riscos que podemos
correr ao cometer este ato.
O aborto provocado vem se destacando amplamente nos dias atuais. Trazendo grandes
consequências para a saúde pública envolvendo valores sociais, religiosos, econômicos e
jurídicos. E vem sendo embasado uma crítica, para que este costume seja descriminalizado.
Mas, dando ênfase no art. 5° da constituição federal, diz que todos nós temos direito à vida
e a inviolabilidade da mesma. O aborto e um ato proposital na morte do nascituro (vida
inter ventrum). Tendo, porém vários tipos de aborto como: aborto espontâneo, aborto
introduzido e o aborto legal. O aborto espontâneo: surge quando a gravidez é interrompida
involuntariamente por vontade da mulher, que pode ser por vários fatores biológicos
(gestão precoce). Sendo que o aborto espontâneo acontece quando uma gravidez termina
antes que o feto tenha atingido uma idade gestacional viável. O aborto espontâneo e mais
comum na complicação de uma gravidez.
O aborto é definido como a interrupção da gravidez antes que o feto possa sobreviver fora
do útero. Popularmente, o termo aborto se refere ao término deliberado ou induzido de uma
gravidez, enquanto que o término espontâneo de uma gravidez é chamado
de aborto espontâneo.
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Definição de Aborto
Segundo Helivania Sardinha dos Santos. O aborto é a interrupção da gravidez antes do
período perinatal. Quando ocorre até a 12ª semana de gestação, é denominado de aborto
precoce; após a 12ª semana, aborto tardio.
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Classificação do aborto
O aborto pode apresentar diferentes formas clínicas e, assim, pode ser classificado de
diferentes maneiras. A sua classificação é feita de acordo com os sinais e sintomas
apresentados e complementados com a realização de exames, como veremos a seguir:
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6. Abortamento retido: nesse caso, há a morte do produto da concepção, entretanto, o
material fica retido por mais de trinta dias no organismo da mãe. Não apresenta
sangramento ou dor, mas os sintomas da gravidez diminuem e a ultra-sonografia
revela ausência de batimento cardíaco fetal (BCF) ou ausência do embrião no saco
gestacional, que estando íntegro (ovo inembrionado ou ovo cego), em dois exames
intercalados num intervalo de 15 dias. O médico determinará a conduta a ser
tomada.
Causas do aborto
Existem diversos factores responsáveis por causarem aborto, entretanto, na maioria das
vezes, a causa de um aborto é indeterminada. Para se tentar descobrir a causa de um
aborto, é necessário exame laboratorial com o material do aborto.
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Factores de risco para o aborto
Alguns factores são considerados como factores de risco para o aborto. A seguir, listamos
alguns deles:
Aborto provocado
Aborto provocado é a interrupção deliberada da gravidez; pela extracção do feto da
cavidade uterina de forma doméstica, química ou cirúrgica. Quando se pensa em aborto é
esta forma que é conhecida popularmente.
A dilatação e curetagem;
Drogas e plantas;
Mediante Prostaglandinas;
Pílula RU-486
Consequências
As complicações do aborto, variam de acordo com o método empregado. Mas as principais
consequências são:
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Laceração do colo uterino provocada pelo uso de dilatadores;
Perfuração do Útero;
Tipos de Aborto
Aborto Espontâneo
Aborto Induzido
Surge quando a gravidez é interrompida sem que seja por vontade da mulher. Pode
acontecer por vários factores biológicos, psicológicos e sociais que contribuem para que
esta situação se verifique.
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Um aborto medicado é quando usa-se pílulas que você engole, ou que são colocadas na
vagina, no colo do útero. Este procedimento pode ser feito no começo da gestação, e
eventualmente até 10-12 semanas de gestação, e algumas vezes mais tarde, dependendo de
onde você vive.
Geralmente envolve tomar uma pílula na clínica e depois ir para casa e tomar outra pílula.
Em alguns lugares, você pode ter a opção (ou exigência) de tomar a segunda pílula também
na clínica, embora a maioria das pessoas relata sua preferência por estar em casa (19).
Depois de tomar a segunda pílula, o útero vai ceder, sangrar e esvaziar ao longo de
algumas horas - semelhante a um aborto espontâneo.
Vantagens: Um aborto medicado está disponível assim que você souber que está
grávida. Nenhuma anestesia está envolvida, e você provavelmente terá algum
controle sobre quando tomar o segundo comprimido. O aborto seguirá como um
aborto espontâneo. Pode haver a opção de estar em casa (ou onde for mais
confortável) e moldar o espaço de uma forma que melhor atenda às suas
necessidades. Você pode escolher ter alguém com você ou ficar sozinha. Há mais
tempo e espaço para a conscientização do processo de aborto (para outros, isso
pode ser um ponto negativo).
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Métodos
Métodos comuns de indução de aborto são;
Evacuação instrumental do útero depois de dilatação do colo do útero;
Sensação de desmaio;
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Pode se fazer uma Interrupção Voluntária da Gravidez e continuar a trabalhar?
Em princípio sim. Mas essa é uma situação que varia de mulher para mulher e vai
depender também do método de IVG (cirúrgico ou medicamentoso), da situação física da
mulher e da vivência pessoal de todo o processo.
Quando ocorre o aborto, a hemorragia dura em média 10 a 14 dias sendo que, em alguns
casos, pode durar até 60 dias. A hemorragia maior deve acontecer nos primeiros 3 dias;
após isto, a perda de sangue deve tornar-se cada vez menos abundante. Em caso de dúvida,
deve recorrer ao serviço de saúde onde está a ser acompanhada.
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(informiter), então a lei do homicídio não se aplicará, pois não se pode dizer que haja uma
alma viva no corpo que carece de sentidos, já que ainda não se formou (nondum formata) e
não está dotado de sentidos”. Já Melo (12), após analisar os comentários de Grisez aos
textos agostinianos, conclui: “Honesta e objetivamente não se pode afirmar que Santo
Agostinho assegure como certo que existe pessoa humana desde o primeiro instante da
concepção. O mais correto é ater-se ao que ele mesmo assegura: que não sabe sobre o
assunto mais do que aquilo que propõe São Jerônimo. E já vimos que São Jerônimo coloca
as diversas hipóteses debatidas à época, mas não toma partido por nenhuma delas,
reconhecendo que não sabe quando sucede a animação”. Hurst e Muraro lembram que,
seguindo os textos da época, pode-se afirmar que o aborto é um pecado passível de
punição, porque revela a intenção de ocultar a fornicação e o adultério. Para Santo
Agostinho, diz Hurst (13), o problema do aborto é que, tal como o controle da natalidade,
ele destrói a conexão necessária entre o ato conjugal e a procriação. Não se trata de um
homicídio, mas de um pecado sexual.
A análise dos documentos da hierarquia católica sobre o aborto indica algumas constantes
em sua argumentação condenatória. Apoiando-se na tradição cristã, nas intervenções
anteriores do magistério e em dados retirados da ciência, a doutrina oficial católica sobre a
moralidade do aborto é clara, taxativa e se propõe como definitiva. Os argumentos
apresentados pelos documentos oficiais da Igreja apresentam-se como um verdadeiro bloco
discursivo, constituindo-se numa espécie de fortaleza doutrinal estabelecida em torno da
condenação do aborto (3). O elemento central dessa argumentação é a defesa da vida,
reiterada como um princípio absoluto, imutável e intangível. A existência de uma pessoa
humana, sujeito de direitos, desde o primeiro momento da concepção é o pressuposto para
se considerar a interrupção de uma gravidez como um ato homicida em qualquer momento
da gestação e sob quaisquer condições. Assim, esses dois elementos – a sacralidade da vida
humana e a condição de pessoa do embrião – fundam a condenação incondicional do
aborto, integrando argumentos de ordem religiosa, moral e biológica. A autoridade da
Igreja em questões éticas associa-se à desconfiança em relação aos valores morais da
sociedade contemporânea e à proposição da universalidade de princípios estabelecidos
como inerentes à natureza humana.
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O argumento da defesa da vida
Callahan (18) discute, em texto de 1970, o uso do senhorio de Deus como premissa na
consideração da moralidade do aborto, em primeiro lugar porque tal modo de conceber a
interferência direta de Deus sobre a vida das pessoas e sobre sua morte é teologicamente
discutível. Retira-se assim das pessoas a responsabilidade sobre o cuidado devido à vida
humana. Além disso, embora se possa aceitar como teologicamente correto que “Deus é a
fonte última do direito à vida, isto não resolve o problema de ‘como’ os seres humanos
devem respeitar esse direito ou como enfrentar um conflito de direitos”. Na decisão pela
interrupção de uma gravidez, entram em jogo outros importantes direitos a serem
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respeitados. Não se pode, a priori, defender a primazia do direito à vida sobre todos os
outros direitos humanos.
Com a legalização do aborto Moçambique tornou-se há um mês num dos poucos países
africanos em que a interrupção voluntária da gravidez (IVG) passou a ser feita com
consequências judiciais, cumprindo as novas disposições legais.
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situação é ainda lamentável”. Cezaltina Almeida diz que, mais do que despenalizar o
aborto, há necessidade de as mulheres continuarem a prevenir gravidezes. Mas a tarefa não
é fácil. “Precisamos de trabalhar muito ao nível individual, ao nível das comunidades e ao
nível da sociedade civil e do governo no geral”, destaca.
A despenalização do aborto é tida como uma ferramenta legal para combater gravidezes
indesejadas, abortos inseguros e clandestinos que muitas vezes terminam em mortes de
mulheres.
O artigo 168 do novo código penal permite o aborto no caso de gravidez resultado de uma
violação sexual, má formação do feto ou relações de incesto.
A nova lei gerou muitas críticas no seio da sociedade. Amélia Saveca, líder religiosa,
afirma que nada justifica esta violência. “Não estou convencida que a lei venha solucionar
a situação. Mas sim vai criar mais problemas. Mesmo antes da legalização do aborto já
havia problemas. Tanto mais que as moças vão saber agora que a prática é legal e não
sabemos o que vai acontecer no futuro”. Aborto é muito mais que uma questão médica, ou
uma questão ética ou uma questão legal. É, acima de tudo, uma questão humana, que
envolve o homem e a mulher como indivíduos, como casal e como membros das
sociedades. (Tietze, 1978)
O risco de morte da mulher grávida, salvando a vida da mulher ou impedindo riscos sérios
ou danos à saúde da mulher grávida.
É um método de actuação;
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É completamente reversível;
Desvantagens
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Conclusão
O aborto provocado vem se destacando amplamente nos dias atuais. Trazendo grandes
consequências para a saúde pública envolvendo valores sociais, religiosos, econômicos e
jurídicos. E vem sendo embasado uma crítica, para que este costume seja descriminalizado.
Mas, dando ênfase no art. 5° da constituição federal, diz que todos nós temos direito à vida
e a inviolabilidade da mesma. O aborto é um ato proposital na morte do nascituro (vida
inter ventrum).
Após a realização deste trabalho sobre o aborto, como conclusões gerais finais podemos
inferir que:
Quando alguém se depara com uma questão de moral pessoal ou privada, na qual
não estão em jogo os direitos de outrem. a solução ornamental deverá ser a de
remetê-la para a responsabilidade do sujeito que a enfrente. Pelo contrário. Quando
se está na presença de uma questão que embate com os direitos de alguém, como no
caso do aborto, não bastam as recomendações, mas é necessário recorrer a
prescrições e mesmo a proibições;
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Referencias Bibliográficas
https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/os-diferentes-tipos-de-aborto.
http://www.nhs.uk/Conditions/contraception-guide/Pages/ius-intrauterine-system.aspx
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2724187/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26243443
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