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Karoline Melo Magalhães

TIPO DE ABORTO / INÍCIO DO TRABALHO DE PARTO

Trabalho apresentado à disciplina de Sistemas Orgânicos


Integrados-TICs do curso de Medicina da FCM sob regência
da professora Fabiana Medeiros de Brito, como requisito
parcial para aprovação na disciplina.

João Pessoa, Paraíba


2022
ASSUNTO 1: TIPOS DE ABORTO

O aborto é a expulsão do concepto antes de ele se tornar viável para sobreviver fora do útero
ou quando este feto não consegue sobreviver mesmo dentro do útero da gestante e é expelido já
sem vida. Existem muitos tipos de aborto documentados na literatura, entre eles tem-se o acidental,
espontâneo, frequente, induzido, completo, criminal, induzido legalmente e oculto.
O acidental ocorre quando é por causa de acidentes com a gestante, como quedas e
acidentes de carro, esse tipo é geralmente por lesão e por prejuízos na mãe e no feto. O espontâneo
é o aborto sem causa aparente, ocorre em 15% das gestantes, geralmente, nas 12 primeiras
semanas. Neste caso, o aborto é acompanhado de muita triteza, principalmente quando é uma
gravidez desejada. Existe, ainda, o frequente, que é quando o aborto espontâneo ocorre em mais de
3 gestações seguidas, sendo crucial a investigação de intercorrências que justifiquem esses eventos
e promoção da saúde da mulher, podendo recorrer a outras ferramentas, como barriga de aluguel em
caso de a mulher desejar ser mãe.
O aborto induzido é também quando o feto ou embrião é expelido da cavidade uterina antes
de se desenvolver completamente, mas nesse caso é por desejo de alguém, seja da mãe ou de outra
pessoa que teve a intenção de ferir e levar o feto à óbito. Pode ser realizado por medicamentos ou
procedimentos, como a curetagem, e deve-se ter busca ativa de vulnerabilidades dessa gestante,
como violência doméstica, física e sexual, além de problemas sociais e econômicos, e iniciar uma
conversa com essa mulher sobre métodos anticonceptivos. Nesse sentido, há sua continuação com o
aborto completo, que é a expulsão de restos de produtos gerados pela concepção e desenvolvimento
parcial do feto.
Dessa forma, dentro do aborto induzido tem-se o criminal e legal. O criminal ocorre quando
não é autorizado pela justiça, de forma negligenciada e insegura e o legal é ao contrário São abortos
eletivos, justificáveis ou terapêuticos, sendo realizados utilizando drogas ou curetagem por sucção. é
importante destacar que, atualmente, o aborto induzido legal é autorizado em apenas três situações
no Brasil: gravidez de risco à gestante, gravidez de violência sexual e anencefalia. E por fim, o aborto
oculto, é aquele em que o feto mesmo em óbito fica retido no útero, esse é mais raro, mas ainda sim
pode ocorrer.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

● MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. The developing human: clinically oriented


embryology. 7ª ed. Elsevier. USA, 2003.
ASSUNTO 2: PARTO
O trabalho de parto inicia quando a gestante apresentar contrações uterinas regulares e
dilatação cervical progressiva (a partir de 4 cm é considerada a fase ativa. Outros sinais do início do
trabalho de parto são aumento da frequência das contrações e da intensidade das contrações. Dessa
forma, deve-se iniciar o manejo e o auxílio à gestante, deixando a mulher como protagonista do
trabalho de parto. A partir disso, entra-se na fase de latência, ela pode durar 1 dia, 2 dias e
compreende um período de tempo muito extenso, que vai desde as 37 semanas até 41 semanas. O
papel do médico nesse caso é apoiar e entender a situação da gestante, acompanhando para evitar
intercorrências, o objetivo é fazer com que a gestante esteja fisicamente e mentalmente preparada
para o trabalho de parto que ocorrerá em breve.
É importante destacar que, durante o trabalho de parto, não existem evidências científicas
que justifiquem a restrição de dieta para as mulheres de risco habitual e aquelas que não apresentem
risco para uma cesariana iminente. A dieta neste período não é prejudicial e traz benefícios para a
mulher e o bebê. Também, a livre deambulação e posições ortostáticas ajudam a reduzir o tempo de
trabalho de parto, reduzem o risco de cesariana, da necessidade de uma anestesia peridural e não
parece estar associada ao aumento das intervenções ou efeito negativo para a mãe e seu bebê.
O parto pode ocorrer de forma natural ou induzido, sendo ambos considerados de acordo
com a situação da gestante. No caso do parto induzido, a administração de ocitocina com
amniotomia é o método de escolha para indução de parto, quando o colo uterino estiver favorável
para indução. O objetivo da administração de ocitocina é produzir atividade uterina que seja
suficiente para produzir alterações cervicais e ao mesmo tempo evitar hiperestimulação uterina e
comprometimento fetal. Já a amniotomia consiste na realização de um pequeno buraco na bolsa de
águas, utilizando um instrumento próprio, com objetivo de acelerar o trabalho de parto. Com a
ocitocina, as contrações uterinas devem ser avaliadas de preferência a cada 30 minutos e a FCF a
cada 15-30 minutos, os dados vitais maternos (pulso, temperatura e pressão arterial) devem ser
avaliados a cada 4 horas.
Por fim, destaca-se que existem também o parto normal, que o bebê é retirado pelo canal
vaginal, e o parto cesárea, em que o feto é retirado por cirurgia. Na cesárea, a quimioprofilaxia com
antibióticos é recomendada para evitar infecções durante a gravidez, sem causar danos ao bebê.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

● Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal, Ministério da Saúde.


Brasília, 2017. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_assistencia_
parto_normal.pdf

● Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente,


Fiocruz. Brasil, 2018. Disponível em:
https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/principais-questoes-
sobre-primeiro-periodo-do-trabalho-de-parto/

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