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Este artigo discute sobre a gravidez e os partos eutócitos partindo de uma análise baseada nos
dados coletados na Maternidade Frei Damião na cidade de João Pessoa, Paraíba. Objetivamos
quantificar o número de parto normal e relação ao parto cesáreo no período de janeiro à junho
de 2021 na Maternidade objeto do estudo. A gestação é um fenômeno fisiológico e, por isso,
sua evolução se dá, na maior parte dos casos, sem intercorrências. A Gravidez e parto –
Nessas duas etapas, o organismo passa por enormes mudanças que podem ser estressantes
tanto emocional como fisicamente. A medicina tem papel vital na proteção da saúde da mãe e
da criança. Porém, o suporte das terapias complementares não deve ser subestimado, mesmo
porque uma das principais recomendações feitas à futura mamãe é usar os remédios
necessários. O Brasil é o segundo país com a maior taxa de cesáreas do mundo, ultrapassando
55% dos partos e perdendo apenas para República Dominicana. Este dado contraria a
recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). O artigo foi ancorado em dados
qualitativos e quantitativos partindo de uma pesquisa bibliográfica e exploratória.
1
Graduada em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba. Especialista pelo Centro
Universitário de João Pessoa – UNIPE. Fisioterapeuta da Maternidade Frei Damião;
2
Graduado em Fisioterapia pela Faculdade Internacional da Paraíba – FPB. Fisioterapeuta da Maternidade Frei
Damião;
3
Graduada em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba. Especialista pelo Centro Integrado
de Tecnologia e Pesquisa - CINTEP; em Saúde da Família. Fisioterapeuta da Maternidade Frei Damião;
⁴ Graduado em Fisioterapia pela Faculdade Mauricio de Nassau. Fisioterapeuta da Maternidade Frei Damião;
⁵ Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba. Especialista em Geriatria e Gerontologia e UTI
UNIPE. Fisioterapeuta da Maternidade Frei Damião e do Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador
Humberto Lucena- HEETSHL;
⁶ Graduado em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba. Especialista em Geriatria e
Gerontologia e UTI.
6
Palavras-chave: Gestação; parto normal; direitos da gestante; fisioterapia; parto humanizado.
ABSTRACT
This paper explores the pregnancy and eutocyte births based on an analysis based on data
collected at the Frei Damião Maternity - Hospital in the city of João Pessoa, Paraíba. We
aimed to quantify the number of normal births and the relation to cesarean durinhg the period
from January to June 2021 at the Maternity that was the object of the study. Pregnancy is a
physiological phenomenon and, therefore, its evolution occurs, in most cases, without
complications. Pregnancy and childbirth – In these two stages, the body goes through a lot of
big emotional and physical changes. Medicine plays a vital role in protecting the health of the
mother and child. The support of complementary therapies should not be underestimated,
even because one of the main recommendations made to the mother-to-be is to use the
necessary medicines. Brazil is the second country with the highest rate of cesarean sections in
the world, surpassing 55% of births and second only to the Dominican Republic. This data
contradicts the recommendation of the World Health Organization (WHO). The article was
based on qualitative and quantitative data based on a bibliographical and exploratory research.
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
3 GESTAÇÃO
O parto é evento que já passou por grandes transformações ao longo do tempo. Silva
(2009) diz que antigamente não existia técnicas que minimizavam a dor do parto e muito
menos exercícios que favoreciam essa atividade. O que de fato acontecia era que as mulheres
se isolavam para parir, geralmente sem nenhuma assistência ou cuidado, apenas seguiam seus
instintos.
Quando começavam a sentir dores deduziam que o momento do parto tinha chegado.
Segundo Largura (2000) a assistência ao parto somente teve início quando as próprias
mulheres começaram a se ajudar nesse processo, com a participação de seus familiares e
parteiras, que foram acumulando experiência de geração para geração, utilizando essas
mesmas para ajudar nesse momento tão esperado e importante na vida das mulheres.
Moraes (2006) afirma que embora a institucionalização do parto e os avanços
tecnológicos tenham proporcionado melhor controle dos riscos maternos-fetais. Houve
incorporações de grandes números de intervenções desnecessárias, culminando inclusive com
um aumento progressivo no número de cesarianas. A partir do momento em que os médicos
começaram a participar do processo do parto, a mulher deixou de ser a pessoa mais
importante e ativa daquele evento. Com isso, o parto passou a ser visto apenas como um ato
cirúrgico e a parturiente determinante passou a ser apenas a ´´paciente´´.
Os médicos passaram a realizar cada vez mais procedimentos invasivos e
intervencionistas, justificando requerer um menor tempo e uma maior praticidade. Após
muitos anos nessa situação, entraram em campo, as enfermeiras obstetras com o intuito de
colocar em prática o parto humanizado, tentando mudar o significado de medo e dor
relacionado ao parto normal, consequentemente diminuído os elevados números de nascidos
por cesarianas que poderiam simplesmente ter um nascimento de um modo natural, menos
doloroso e mais saudável (MORAIS, et., AL 2006).
O parto para ser considerado normal, deve ocorrer ser intercorrências ou
procedimentos desnecessários nos períodos de trabalho de parto, parto e pós-parto e deve-se
conter uma constante atenção voltada para o bem-estar, segurança e direito da parturiente e do
bebê. Adjetiva-se o parto como humanizado quando se presta uma assistência holística onde
se dispensa a este momento a ternura, o carinho e a dignidade que o evento necessita
(COREN,2009).
Frello e Carraro (2010) ressaltam que no parto humanizado faz-se necessário dar
liberdade as escolhas da parturiente, presta um atendimento focado em suas necessidades,
aliviar seus anseios, esclarecer as suas dúvidas, e para que exista uma relação de confiança
entre a parturiente e a equipe de estar baseada no diálogo, na afetividade e no prazer em servir
o outro na atenção dispensada; não se preocupar apenas em crenças e mitos, acompanhando
essas escolhas, intervindo o mínimo possível para que possa se desenvolver um processo
natural e tranquilo. Brasil (2001) preconiza que a mulher pode sentar-se, deambular e deitar
durante o trabalho de parto, sem que a mesma seja obrigada a permanecer no leito, e que de
acordo com a posição de parir, sejam apoiadas e encorajadas na sua escolha, salvo algumas
exceções, onde a parturiente deve manter-se deitada no leito.
O trabalho de parto possui alguns estágios. A 1ª fase — do início do trabalho de parto
até a dilatação total do colo (cerca de 10 cm) — compreende 2 períodos, latente e ativo.
Durante o período latente, as contrações irregulares tornam-se progressivamente mais bem
coordenadas, o desconforto é mínimo e o colo se apaga e dilata até 4 cm. O período latente é
variável, sendo difícil precisar o tempo de duração, variando, em média, 8 horas em nulíparas
e 5 horas em multíparas; a duração é considerada anormal se for > 20 horas em nulíparas e >
12 horas em multíparas.
Durante a fase ativa, o colo se torna plenamente dilatado e a apresentação fetal
insinua-se na pelve média. Em média, a fase ativa dura de 5 a 7 horas em nulíparas e de 2 a 4
horas em multíparas. Tradicionalmente, deve-se esperar que a cérvice se dilate 1,2 cm/hora
em nulíparas e 1,5 cm/hora em multíparas. Entretanto, dados recentes sugerem que a
progressão mais lenta da dilatação cervical de 4 a 6 cm pode ser normal (1 ). O exame pélvico
é feito a cada 2 a 3 horas a fim de se avaliar o progresso do trabalho de parto. A falta de
progresso da dilatação e a descida da apresentação podem indicar distocia (desproporção
cefalopélvica). Permanecer em pé e deambular encurta o primeiro estágio do trabalho de parto
em > 1 hora e reduz a taxa de parto cesárea (1). Se as membranas não se romperem de modo
espontâneo, alguns médicos usam rotineiramente amniotomia (ruptura artificial das
membranas) durante a fase ativa. Como resultado, o trabalho de parto pode evoluir mais
rápido e o líquido amniótico meconial pode ser detectado precocemente.
Nesse período, a amniotomia pode ser necessária para monitorar o feto e confirmar o
seu bem-estar. Deve-se evitar amniotomia em mulheres com HIV ou hepatites B ou C, para
que o feto não seja exposto a tais organismos. Durante a 1ª fase do trabalho de parto, deve-se
verificar a frequência cardíaca materna e a pressão arterial e frequência cardíaca fetais
continuamente por monitoramento eletrônico ou por ausculta intermitente, geralmente com
um dispositivo de ultrassom portátil com Doppler (ver monitoramento fetal).
As mulheres podem começar a sentir necessidade de fazer força para baixo, enquanto
a insinuação fetal descende na pelve. Entretanto, devem ser desencorajadas a fazer força até
que o colo esteja dilatado por completo para que não esgarcem o colo ou desperdicem
energia. A 2ª fase vai da dilatação total do colo até o desprendimento do feto. Dura até 2 horas
em nulíparas (em média 50 minutos) e 1 hora em multíparas (em média 20 minutos). Esse
processo pode durar outra hora ou mais se for conduzido com o uso de analgesia (epidural) ou
sedação intensa com opioide. Para o parto espontâneo, a mulher deve suplementar as
contrações uterinas por meio da força de expulsão.
Na 2ª fase, as mulheres devem ser examinadas constantemente e os batimentos
cardíacos fetais devem ser checados de modo contínuo ou após cada contração. As contrações
uterinas podem ser monitoradas pela palpação ou eletronicamente. Durante o 2º estágio do
trabalho de parto, a massagem do períneo com lubrificantes e compressas quentes podem
amolecer e distender o períneo, reduzindo assim a taxa de lesões perineais de 3º e 4º graus
(2 ). Essas técnicas são amplamente utilizadas por parteiras e outros profissionais. Deve-se
tomar precauções para reduzir o risco de infecção durante a massagem do períneo.
Durante o 2º estágio (em comparação com o 1º estágio), a posição da mãe não afeta a
duração ou o modo do parto, nem o desfecho materno ou neonatal nos partos sem anestesia
peridural (3 ). Além disso, a técnica de empurrar (espontânea versus direcionada e tardia
versus imediata) não afeta o modo do parto nem o desfecho materno ou neonatal. O uso de
anestesia peridural atrasa a expulsão e pode prolongar o 2º estágio em uma hora. A 3ª fase do
parto começa após a retirada do lactente e termina com a retirada da placenta. Essa fase
geralmente dura apenas poucos minutos, mas pode durar até 30 minutos.
Em uma cesariana, o bebê nasce por uma incisão feita no abdome da mãe e n~~ao pela
vagina. A operação é realizada quando as circunstâncias a tornam mais segura para mão e
bebê do que um parto vaginal. É dada anestesia geral ou uma anestesia intradural, ou epidural,
injetada no fundo das costas para adormecer o corpo abaixo da cintura. É feita uma incisão na
parte inferior do abdome, e o bebê e a placenta saem em poucos minutos. A mãe fica no
hospital cerca de três dias.
Mulheres em trabalho de parto devem ser tratadas com respeito, ter acesso às
informações baseadas em evidências e serem incluídas na tomada de decisões. Para isso, os
profissionais que as atendem deverão estabelecer uma relação de confiança com as mesmas,
perguntando-lhes sobre seus desejos e expectativas. Devem estar conscientes da importância
de sua atitude, do tom de voz e das próprias palavras usadas, bem como a forma como os
cuidados são prestados. Devem ter apoio contínuo e individualizado; devem ter
acompanhantes de sua escolha durante e após o trabalho de parto e parto (Diretrizes Nacionais
de Assistência ao Parto Normal, 2017).
5 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
7 RESULTADOS
COL
Número de Gestantes no INÍCIO do plantão 1905
F2F332
COL
Número de Gestantes no FINAL do plantão 2065 8,4%
G2G332
COL
Número de Gestantes na SALA DE PARTO 82
L2L332
COL
Número de Parturientes que evoluÍram para o Parto EUTÓCICO 42
R2R332
COL
Número de Parturientes que evoluÍram para o Parto CESÁREO 47 11,9%
S2S332
GRÁFICO 1
2100
2065
2050
2000
1950
1905
1900
1850
1800
COL F2F332 COL G2G332
Número de Gestantes no INÍCIO do plantão Número de Gestantes no
FINAL do plantão
GRÁFICO 2
82
80
60 42 47
40
20
0
COL R2R332
COL S2S332
COL L2L332
8 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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perineal trauma. Cochrane Database Syst Rev 6:CD006672, 2017. doi:
10.1002/14651858.CD006672. Disponível em:
https://www.cochrane.org/CD006672/PREG_perineal-techniques-during-second-stage-
labour-reducing-perineal-trauma. Acesso em 21 set. 2021.
LEMOS, A.; AMORIM, M. R; ANDRADE, A.D. de; SOUZA, A.I.; CABRAL FILHO, J.E.;
CORREIA, J.B. Pushing/bearing down methods for the second stage of labour. Cochrane
Database Syst Rev. 2015 Oct 9;(10):CD009124. doi: 10.1002/14651858.CD009124.pub2.
Update in: Cochrane Database Syst Rev. 2017 Mar 26;3:CD009124. PMID: 26451755.
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Violência obstétrica na visão de enfermeiras obstetras. Rev Rene, Ceará, v.15, n.4, p.820-828,
2014. DOI: 10.15253/2175-6783.2014000400020. Disponível em:
http://www.periodicos.ufc.br/rene/article/view/1121/1079. Acesso em: 21 set. 2021.