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Abstract: Self-medication is a global health problem and its practice among pregnant women
can cause irreversible damage to the health of the mother and baby. Based on this, this study
aimed to identify scientific evidence in the literature on the practice of self-medication among
Brazilian women during pregnancy. The methodology used was an integrative literature
review using articles available in full and free of charge in the Scielo, Lilacs and Bdenf
databases, in Portuguese, English or Spanish. For the formation of the text, experience
reports, theses, dissertations and articles were used, which were computed only once for
analysis. Through the analysis of the selected articles, it was evidenced that self-medication is
a behavior present among the entire world population and Brazil fits in the first places. This
factor is not dangerously found among pregnant women in Brazil, and there is no knowledge
about the teratogenic risks on their part. It is known that erroneously performed self-
medication, especially in pregnant women, can cause major problems for the fetus and/or
baby, such as malformation, anomalies and even lead to death. The pharmacist is the
professional able to guide them and explain the medicines at the time of dispensing, in
addition to all the guidance on the irrational use of medication. Through the study, it is
concluded that it was possible to evidence in the literature the presence of self-medication
among Brazilian women in the gestational period, leaving the alert for the health teams,
among them the pharmaceutical professional, to stimulate the promotion of health through
integrative practices and complementary health care and educational actions to prevent self-
medication.
1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos foi notável o aumento dos casos de mulheres que tiveram complicações com
automedicação, elas, com base em seus sinais e sintomas buscam usar medicamento sem
prescrição médica. Essa prática pode provocar complicações mais graves quando a mulher
está grávida e procura essa alternativa, muitas vezes, por não se atentar ao período sensível e
cheio de limitações, o que acarreta no mal estar do embrião, pois a grande maioria dos
fármacos atravessam a barreira placentária, levando um grande risco ao feto. Ainda mais que,
nenhum fármaco apresenta segurança total para ser usado durante o período gestacional,
representando perigo tanto ao feto quanto a mãe.
Segundo Barros; Joany (2002) no período gestacional ocorre várias alterações anatômicas e
fisiológicas no corpo da mulher, tendo o potencial de receptar a dor, sendo classificadas com
as síndromes musculoesqueléticas, reumatológicas, neuropáticas e pelvicoabdominal, além
das alterações gastrointestinais que ocorrem nesse período. Considerando assim, a escolha de
prescrever um medicamento para uma gestante se torna difícil, pois as alterações gravídicas
em seu corpo influenciam na absorção, metabolização e excreção do fármaco, podendo alterar
a resposta desejada.
A não avaliação de riscos que o fármaco traz a gestante pode levar a malformação estrutural,
alteração no peso fetal, aborto, prematuridade, óbito neonatal e/ou complicações pós-parto. E,
considerando que a automedicação ocorre quando não há consulta médica, em meio a esse
motivo entra o profissional farmacêutico, pois no momento da aquisição pela gestante, o
mesmo pode e deve se informar do motivo pelo qual a paciente quer usar aquele
medicamento, assim como, também conhecer o histórico antes e durante a gravidez e avaliar
principalmente se o fármaco pode ser indicado/receitado para gestantes. O farmacêutico é o
profissional especializado em medicamentos e fármacos, se tornando essencial na orientação e
dispensação correta e, na maioria dos casos com gestantes, evita o uso errôneo de
medicamentos dos problemas que mãe e bebê poderiam sofrer.
O uso indiscriminado de muitos medicamentos faz com que o profissional farmacêutico deva
prestar especial atenção tanto no aparecimento de interações quanto à evolução de possíveis
consequências. Conforme Carmo; Nitrini (2004) relata que apesar de existir um número
considerável de publicações internacionais relatando o uso de fármacos por grávidas, são
poucos conclusivos os dados referentes ao poder teratogênico. Considera-se que grande parte
deste problema seja pelas impossibilidades éticas que envolve as pesquisas em humanos, visto
que, os resultados através de estudos em animais são apenas sugestivos, e muitas vezes não
retratam o verdadeiro poder teratogênico em humanos. Através disso muitos medicamentos
indicados para gestantes são analisados também por históricos de usos em outras mulheres
que já passaram pelo período da gravidez.
Deste modo, o presente trabalho procura enfatizar sobre os riscos que causa a automedicação
em gestantes, as principais anomalias sofridas pelo feto, os principais fármacos utilizados por
automedicação na gestação, além de ressaltar a importância do profissional farmacêutico na
atenção e promoção da saúde da mulher no período de gravidez.
2. METODOLOGIA
3. DESENVOLVIMENTO
A vaidade é um dos aspectos que está presente na grande maioria das mulheres, cuidados com
o corpo, procedimentos estéticos, cosméticos e dentre tantos outros itens presente no dia a dia
das mesmas. E se tornar mãe é um grande marco para muitas delas, porém, acompanhada de
grandes desafios e mudanças, pois a gravidez é um período em que o organismo da mulher
sofre grandes alterações, sendo a maioria dessas alterações não patológicas e sim em
decorrência de alterações fisiológicas (SILVA; MARQUES, 2019). É um momento de
grandes transformações tanto para a mulher, quanto para seu parceiro e toda a família.
Durante a gestação o corpo se modifica lentamente, preparando-se para o parto e para a
maternidade (BRASIL, 2021).
De acordo com BRASIL Brasil (2021) neste período o corpo comumente apresenta sintomas
como: interrupção da menstruação, náuseas, frequência para urinar, seios inchados ou
sensíveis, fadiga, tonturas, sonolência, cansaço e/ou alteração no humor, entre outros. Esses
sintomas se diferenciam de acordo com os estágios da gravidez. Logo no primeiro trimestre
ao iniciar o pré-natal a gestante realiza alguns exames essenciais como tipagem sanguínea e
fator RH, hemograma, eletroforese de hemoglobina, glicemia, exame de urina e urocultura,
teste rápido de sífilis e VDRL, testes de HIV, teste de malária, testes para hepatite B, teste
rápido para hepatite C, entre outros.
De acordo com Simões; Farache (1988) a automedicação ocorre quando o indivíduo sente
algum sintoma doloroso e/ou patológico e decide realizar o tratamento sem consultar um
profissional especializado. Sem competência necessária para reconhecer distúrbios, avaliar
gravidades e decidir a terapêutica mais adequada, o mesmo determina o medicamento a ser
utilizado, seja por indicação de amigos e familiares ou por eficiência anterior.
Segundo o Conselho Nacional de Saúde (2005) para cada 3.300 habitantes no Brasil existe
uma farmácia (drogaria), em consequência, o país está entre os dez que mais consomem
medicamentos no mundo, de acordo com os dados do Conselho Federal de Farmácia. O fácil
acesso as farmácias e drogarias, bem como a aquisição do medicamento no conhecido “balcão
de farmácia” promove um aumento no consumo de medicamentos pela maioria da população
brasileira.
A famosa tragédia da talidomida que foi um medicamento utilizado para alívio e desconforto
dos enjoos matinal, entre 1958 e 1962, onde milhares de bebês nasceram com malformações
congênitas, enfatizou a importância do uso de medicamentos na gestação e reforçou a atitudes
de autoridades reguladoras para coleta de reações adversas (LEANDRO; SANTOS, 2015,
FURINI et al., 2009).
BRASIL Brasil (2010) traz junto a sua publicação da RDC nº60 o enquadramento
desenvolvido pela Food and Drug Administration (FDA), onde em que é são categorizados os
medicamentos de acordo com os riscos de causar dano ao feto, baseado em estudos realizados
em animais ou humanos. Esses são classificados em cinco categorias A, B, C, D e X.
- Categoria A: estudos realizados em mulheres gestantes foi constatado que o fármaco não
possui risco para o feto no primeiro trimestre de gravidez e não há evidências de riscos
também nos próximos trimestres, sendo assim não há possibilidade de dano fetal.
- Categoria B: estudos em animais não demonstraram risco fetal, porém não há estudos
controlados em mulheres grávidas, ou então, demonstrado riscos em animais, mas não
comprovados nos estudos controlados realizados em mulheres grávidas.
Em sua pesquisa Rocha et al. (2013) relata que 326 puérperas com idade média de 24 anos,
tomaram medicamento pelo menos uma vez na gravidez, dessas, 37 (11,3%) realizaram
automedicação ao menos uma vez no período gestacional, sendo o anti-inflamatório,
analgésico/antipirético e antiácido os mais usados, seguido das vitaminas, antibiótico, anti-
hipertensivo e anti-histamínico. Ainda de acordo com sua pesquisa, das 326 mulheres, 26,4%
foram expostas a categoria A de riscos teratogênico, 30,1% expostas na categoria B, 8,6%
categoria C, 6,4% categoria D e 20,5% categoria X.
Lima et al. (2021) lista alguns medicamentos e seus efeitos teratogênicos que podem ser
causados nos fetos. Segundo os autores, o Ibuprofeno é um medicamento que pode causar
imperfeição na parede abdominal. A Aspirina é contraindicada no último trimestre de
gestação, e quando consumida em altas doses pode prolongar a gravidez e causar hemorragias
na mãe e bebê. Metronidazol gera metabolitos ativos que podem interagir e modificar o DNA.
Já a deformação dos ossos e mancha nos dentes a Tetraciclina é a responsável por esses
efeitos. O Lítio pode causar defeitos cardíacos; a Fenitoína defeitos faciais, retardos mentais e
limitação de crescimento. O Captopril pode causar falência dos rins. Isotretinoína (Roacutan)
tem efeitos relacionados nas falhas de orelhas, problemas de audição, visão, deficiência
mental e complicações no coração. A Carbamazepina e o Ácido Valpróico podem causar
anomalias no fechamento da medula espinhal, uma vez que essa aberta pode levar à
mielomeningocele. E para fechar a lista os autores traz a Talidomida que é responsável por
causar malformação dos braços e pernas.
Fonseca,; Fonseca e; Bergsten-Mendes, (2002, p. ??? apud Silva; Santos; Brito,; 2012, p. ???)
em seu trabalho relata que:
A orientação sábia, correta e verdadeira na grande maioria dos casos com gestantes evita a
automedicação e futuros problemas com o feto, uma vez que grande parte das gestantes não
tem o mínimo conhecimento sobre os medicamentos e os danos que estes podem causar com
seu bebê e/ou até consigo mesma no período gestacional, pois, com as grandes alterações
fisiológicas na mulher quando grávida pode também ocorrer também alteração no efeito do
medicamento em seu organismo. De fato, cabe ao farmacêutico realizar o esclarecimento para
a gestante sobre os medicamentos, seja daqueles que ela vai usar ou sobre os que não são
indicados para gestantes. No entanto, em concordância com Costa; Coelho; Santos (2017), é
importante que toda a equipe de saúde tenhar conhecimento dos acerca dos medicamentos
para gestante é importante, pois esses conhecimentos são é capazes de auxiliar sobre o
problema de usar medicação na gestação, minimizando possíveis danos do uso inadequado de
medicamentos.
4. CONSDERAÇÕES FINAIS
A conclusão pode ser mais elaborada, no texto devem ser concluídos todos os itens e
objetivos descritos no corpo do trabalho.
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