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Riscos da automedicação na gravidez e a importância do

profissional farmacêutico neste contexto

Josimara Bernardo Silva (UNIFAMA)

Resumo: A automedicação é um problema de saúde mundial e sua prática entre gestantes


pode gerar danos irreversíveis à saúde da genitora e do bebê. Com base nisto nisso, este
trabalho teve o objetivo de identificar na literatura as evidências científicas sobre a prática de
automedicação entre mulheres brasileiras no período gestacional. A metodologia aderida
tratou-se de uma revisão integrativa da literatura utilizando artigos disponíveis na íntegra e
gratuitos nas bases de dados Scielo, Lilacs E Bdenf, nos idiomas português, inglês ou
espanhol. Pra formação do texto usou-se relatos de experiência, teses, dissertação e artigos,
sendo estes computados apenas uma vez para análise. Através da análise dos artigos
selecionados, evidenciou-se que a automedicação é uma conduta presente entre toda a
população mundial e o Brasil se enquadra nas primeiras colocações. Este Esse fator não se
encontra de forma perigosa entre as gestantes do Brasil, e que não há conhecimento sobre os
riscos teratogênico por parte dessas. Sabe-se que a automedicação realizada de forma errônea
principalmente em gestante pode causar grandes problemas ao feto e/ou bebê como mal
formação, anomalias e até mesmo levar ao a óbito. O farmacêutico é o profissional apto na
orientação das mesmas e explicação dos medicamentos na hora da dispensação, além de toda
a orientação sobre o uso irracional de medicamento. Através do estudo, conclui-se que foi
possível evidenciar na literatura a presença da automedicação entre mulheres brasileiras no
período gestacional, ficando o alerta para as equipes de saúde, dentre elas ao profissional
farmacêutico, para estimular a promoção da saúde através das práticas integrativas e
complementares em saúde e ações educativas de prevenção da automedicação.

Palavras-chave: Anomalias; Medicamentos; Assistência Farmacêutica.

Abstract: Self-medication is a global health problem and its practice among pregnant women
can cause irreversible damage to the health of the mother and baby. Based on this, this study
aimed to identify scientific evidence in the literature on the practice of self-medication among
Brazilian women during pregnancy. The methodology used was an integrative literature
review using articles available in full and free of charge in the Scielo, Lilacs and Bdenf
databases, in Portuguese, English or Spanish. For the formation of the text, experience
reports, theses, dissertations and articles were used, which were computed only once for
analysis. Through the analysis of the selected articles, it was evidenced that self-medication is
a behavior present among the entire world population and Brazil fits in the first places. This
factor is not dangerously found among pregnant women in Brazil, and there is no knowledge
about the teratogenic risks on their part. It is known that erroneously performed self-
medication, especially in pregnant women, can cause major problems for the fetus and/or
baby, such as malformation, anomalies and even lead to death. The pharmacist is the
professional able to guide them and explain the medicines at the time of dispensing, in
addition to all the guidance on the irrational use of medication. Through the study, it is
concluded that it was possible to evidence in the literature the presence of self-medication
among Brazilian women in the gestational period, leaving the alert for the health teams,
among them the pharmaceutical professional, to stimulate the promotion of health through
integrative practices and complementary health care and educational actions to prevent self-
medication.

Keywords: Anomalies; Medicines; Pharmaceutical care.

1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos foi notável o aumento dos casos de mulheres que tiveram complicações com
automedicação, elas, com base em seus sinais e sintomas buscam usar medicamento sem
prescrição médica. Essa prática pode provocar complicações mais graves quando a mulher
está grávida e procura essa alternativa, muitas vezes, por não se atentar ao período sensível e
cheio de limitações, o que acarreta no mal estar do embrião, pois a grande maioria dos
fármacos atravessam a barreira placentária, levando um grande risco ao feto. Ainda mais que,
nenhum fármaco apresenta segurança total para ser usado durante o período gestacional,
representando perigo tanto ao feto quanto a mãe.

Segundo Barros; Joany (2002) no período gestacional ocorre várias alterações anatômicas e
fisiológicas no corpo da mulher, tendo o potencial de receptar a dor, sendo classificadas com
as síndromes musculoesqueléticas, reumatológicas, neuropáticas e pelvicoabdominal, além
das alterações gastrointestinais que ocorrem nesse período. Considerando assim, a escolha de
prescrever um medicamento para uma gestante se torna difícil, pois as alterações gravídicas
em seu corpo influenciam na absorção, metabolização e excreção do fármaco, podendo alterar
a resposta desejada.

A não avaliação de riscos que o fármaco traz a gestante pode levar a malformação estrutural,
alteração no peso fetal, aborto, prematuridade, óbito neonatal e/ou complicações pós-parto. E,
considerando que a automedicação ocorre quando não há consulta médica, em meio a esse
motivo entra o profissional farmacêutico, pois no momento da aquisição pela gestante, o
mesmo pode e deve se informar do motivo pelo qual a paciente quer usar aquele
medicamento, assim como, também conhecer o histórico antes e durante a gravidez e avaliar
principalmente se o fármaco pode ser indicado/receitado para gestantes. O farmacêutico é o
profissional especializado em medicamentos e fármacos, se tornando essencial na orientação e
dispensação correta e, na maioria dos casos com gestantes, evita o uso errôneo de
medicamentos dos problemas que mãe e bebê poderiam sofrer.

O uso indiscriminado de muitos medicamentos faz com que o profissional farmacêutico deva
prestar especial atenção tanto no aparecimento de interações quanto à evolução de possíveis
consequências. Conforme Carmo; Nitrini (2004) relata que apesar de existir um número
considerável de publicações internacionais relatando o uso de fármacos por grávidas, são
poucos conclusivos os dados referentes ao poder teratogênico. Considera-se que grande parte
deste problema seja pelas impossibilidades éticas que envolve as pesquisas em humanos, visto
que, os resultados através de estudos em animais são apenas sugestivos, e muitas vezes não
retratam o verdadeiro poder teratogênico em humanos. Através disso muitos medicamentos
indicados para gestantes são analisados também por históricos de usos em outras mulheres
que já passaram pelo período da gravidez.

Deste modo, o presente trabalho procura enfatizar sobre os riscos que causa a automedicação
em gestantes, as principais anomalias sofridas pelo feto, os principais fármacos utilizados por
automedicação na gestação, além de ressaltar a importância do profissional farmacêutico na
atenção e promoção da saúde da mulher no período de gravidez.

2. METODOLOGIA

O estudo teve um delineamento de pesquisa literária obtendo dados de artigos do Scielo,


BDENF, Lilacs, revistas farmacêuticas virtuais especializadas, revistas de enfermagem
virtuais especializadas e Conselho Federal de Farmácia, utilizando como descritores:
medicamentos, atenção e assistência farmacêutica para gestantes, gravidez, automedicação,
riscos teratogênicos, farmacêutico. O idioma utilizado foi o português, inglês e espanhol, as
publicações escolhidas foram artigos científicos disponíveis. Foram encontrados 55 trabalhos
e destes foram utilizados 24, os demais foram excluídos por não estarem de acordo com o
objetivo deste trabalho.

3. DESENVOLVIMENTO

3.1 SAÚDE DA MULHER: GESTAÇÃO

A vaidade é um dos aspectos que está presente na grande maioria das mulheres, cuidados com
o corpo, procedimentos estéticos, cosméticos e dentre tantos outros itens presente no dia a dia
das mesmas. E se tornar mãe é um grande marco para muitas delas, porém, acompanhada de
grandes desafios e mudanças, pois a gravidez é um período em que o organismo da mulher
sofre grandes alterações, sendo a maioria dessas alterações não patológicas e sim em
decorrência de alterações fisiológicas (SILVA; MARQUES, 2019). É um momento de
grandes transformações tanto para a mulher, quanto para seu parceiro e toda a família.
Durante a gestação o corpo se modifica lentamente, preparando-se para o parto e para a
maternidade (BRASIL, 2021).

Ao engravidar, o corpo da mulher geralmente apresenta vários indicadores de que a mesma


está grávida. Após a fecundação do óvulo as mudanças começam a acontecer no seu corpo e,
por mais que as alterações físicas não são sejam evidentes, as alterações internas estão a todo
vapor, principalmente a produção do HCG (Gonadotrofina Coriônica Humana), que é o
hormônio da gravidez. Durante toda a gravidez a mulher se prepara, gera as expectativas, os
sonhos, os medos e as fantasias sobre como será seu bebê, como será sua vida com o bebê,
como ela e seu companheiro serão como mamãe e papai, deixando esse período muito mais
ansioso (STERN, 1997).

De acordo com BRASIL Brasil (2021) neste período o corpo comumente apresenta sintomas
como: interrupção da menstruação, náuseas, frequência para urinar, seios inchados ou
sensíveis, fadiga, tonturas, sonolência, cansaço e/ou alteração no humor, entre outros. Esses
sintomas se diferenciam de acordo com os estágios da gravidez. Logo no primeiro trimestre
ao iniciar o pré-natal a gestante realiza alguns exames essenciais como tipagem sanguínea e
fator RH, hemograma, eletroforese de hemoglobina, glicemia, exame de urina e urocultura,
teste rápido de sífilis e VDRL, testes de HIV, teste de malária, testes para hepatite B, teste
rápido para hepatite C, entre outros.

No decorrer do período gestacional alterações fisiológicas ocorridas na mulher fazem com


que as mesmas sejam mais suscetíveis a reações medicamentosas, pois seu corpo está se
ajustando com a nova vida que está formando dentro dela. Essas alterações são diferentes no
feto em relação as observadas na mãe (RODRIGUEZ; TERRENGUI, 2006). Fazer o uso de
fármaco na gestação requer avaliação do fator risco-benefício para mãe e feto e, a escolha do
medicamento deve ser daquele que não cause efeito teratogênico, mas que sim favoreça um
bom desenvolvimento fetal e uma gestação saudável (BRUM et al., 2011). Para Rodriguez;
Terrengui (2006) usar medicamentos na gravidez, geralmente sem prescrição médica, pode
propiciarhaver reações tóxicas destes medicamentos no feto, gerando lesões desde as mais
simples até as irreversíveis.

3.2 AUTOMEDICAÇÃO E OS RISCOS NA GRAVIDEZ


O conceito de automedicação é definido como a prática de ingerir substâncias de ação
medicamentosa sem o aconselhamento e/ou acompanhamento de um profissional de saúde
especializado (PAULO; ZANINI, 1998, OMS, 2005).

De acordo com Simões; Farache (1988) a automedicação ocorre quando o indivíduo sente
algum sintoma doloroso e/ou patológico e decide realizar o tratamento sem consultar um
profissional especializado. Sem competência necessária para reconhecer distúrbios, avaliar
gravidades e decidir a terapêutica mais adequada, o mesmo determina o medicamento a ser
utilizado, seja por indicação de amigos e familiares ou por eficiência anterior.

Segundo o Conselho Nacional de Saúde (2005) para cada 3.300 habitantes no Brasil existe
uma farmácia (drogaria), em consequência, o país está entre os dez que mais consomem
medicamentos no mundo, de acordo com os dados do Conselho Federal de Farmácia. O fácil
acesso as farmácias e drogarias, bem como a aquisição do medicamento no conhecido “balcão
de farmácia” promove um aumento no consumo de medicamentos pela maioria da população
brasileira.

No período gestacional, a medicação expõe mãe-feto a riscos provindos do consumo de


medicamentos, seja eles para alguma particularidade da gestação, e/ou no uso de
suplementação nutricional ou intervenções em casos de intercorrências obstétricas, por
exemplo (NASCIMENTO et al., 2016). Os riscos com medicamentos durante a gestação
existem e as orientações para as gestantes tendem a contribuir na prevenção de danos ao feto.
Logo, a equipe de saúde precisa desenvolver durante o pré-natal estratégias educativas de
cuidados em relação ao uso de medicamentos, permitindo seu emprego seguro, eficaz e
desestimulando práticas de automedicação (CAMPOS et al., 2012).

A famosa tragédia da talidomida que foi um medicamento utilizado para alívio e desconforto
dos enjoos matinal, entre 1958 e 1962, onde milhares de bebês nasceram com malformações
congênitas, enfatizou a importância do uso de medicamentos na gestação e reforçou a atitudes
de autoridades reguladoras para coleta de reações adversas (LEANDRO; SANTOS, 2015,
FURINI et al., 2009).

Segundo Malagoli et al. (2019) os medicamentos metotrexato, isotre-tinoína, lítio, valproato,


tetraciclina, inibidores da enzima conversora de angiotensina como o enalapril e captopril, e
antifúngicos azólicos, como o fluconazol e tioconazol são outros exemplares que causam
malformação fetal além da talidomida.
Em seus estudos Tacon et al., (2017) relata que a automedicação com anti-inflamatórios não
esteroidais é bastante comum em gestantes no período do primeiro trimestre, apesar de, os
anti-inflamatórios não esteroidais podemdesses medicamentos possibilitarem o aparecimento
de intercorrências como provocar hipertensão pulmonar fetal, baixo peso e problemas de
coagulação ao nascer., tal Bem como, o ácido acetilsalicílico que existem tem uso restritoções
por ter uso demonstrado associaçãodo ao baixo peso do feto no nascimento e sangramentos
maternos quando usado próximo do parto.

BRASIL Brasil (2010) traz junto a sua publicação da RDC nº60 o enquadramento
desenvolvido pela Food and Drug Administration (FDA), onde em que é são categorizados os
medicamentos de acordo com os riscos de causar dano ao feto, baseado em estudos realizados
em animais ou humanos. Esses são classificados em cinco categorias A, B, C, D e X.

- Categoria A: estudos realizados em mulheres gestantes foi constatado que o fármaco não
possui risco para o feto no primeiro trimestre de gravidez e não há evidências de riscos
também nos próximos trimestres, sendo assim não há possibilidade de dano fetal.

- Categoria B: estudos em animais não demonstraram risco fetal, porém não há estudos
controlados em mulheres grávidas, ou então, demonstrado riscos em animais, mas não
comprovados nos estudos controlados realizados em mulheres grávidas.

- Categoria C: nenhum estudo realizado tanto em animais quanto em mulheres grávidas, ou


então, estudos em animais apresentam risco, entretanto não existem estudos disponíveis que
foram realizados em mulheres.

- Categoria D: constatado evidências positivas de risco fetal em humano, no entanto os


benefícios em mulheres grávidas podem, por vezes, justificar o risco, como em casos de
doenças graves ou que ameaçam a vida, e que não se tem outras drogas mais seguras.

- Categoria X: comprovadas anomalias fetais nos estudos realizados em animais e mulheres


grávidas, tendo indícios claro de que o risco para o feto é maior do que qualquer possível
benefício para a gestante.

Em sua pesquisa Rocha et al. (2013) relata que 326 puérperas com idade média de 24 anos,
tomaram medicamento pelo menos uma vez na gravidez, dessas, 37 (11,3%) realizaram
automedicação ao menos uma vez no período gestacional, sendo o anti-inflamatório,
analgésico/antipirético e antiácido os mais usados, seguido das vitaminas, antibiótico, anti-
hipertensivo e anti-histamínico. Ainda de acordo com sua pesquisa, das 326 mulheres, 26,4%
foram expostas a categoria A de riscos teratogênico, 30,1% expostas na categoria B, 8,6%
categoria C, 6,4% categoria D e 20,5% categoria X.

Lima et al. (2021) lista alguns medicamentos e seus efeitos teratogênicos que podem ser
causados nos fetos. Segundo os autores, o Ibuprofeno é um medicamento que pode causar
imperfeição na parede abdominal. A Aspirina é contraindicada no último trimestre de
gestação, e quando consumida em altas doses pode prolongar a gravidez e causar hemorragias
na mãe e bebê. Metronidazol gera metabolitos ativos que podem interagir e modificar o DNA.
Já a deformação dos ossos e mancha nos dentes a Tetraciclina é a responsável por esses
efeitos. O Lítio pode causar defeitos cardíacos; a Fenitoína defeitos faciais, retardos mentais e
limitação de crescimento. O Captopril pode causar falência dos rins. Isotretinoína (Roacutan)
tem efeitos relacionados nas falhas de orelhas, problemas de audição, visão, deficiência
mental e complicações no coração. A Carbamazepina e o Ácido Valpróico podem causar
anomalias no fechamento da medula espinhal, uma vez que essa aberta pode levar à
mielomeningocele. E para fechar a lista os autores traz a Talidomida que é responsável por
causar malformação dos braços e pernas.

3.3 IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA GESTAÇÃO

Conforme definido na RDC nº338, a assistência farmacêutica é um complexo de ações


visando a promoção, proteção e recuperação da saúde, individual e/ou coletivo, sendo o
medicamento o insumo essencial, assim como visa o acesso e uso racional do mesmo
(BRASIL, 2004). O profissional farmacêutico geralmente é o último a ter contato com o
paciente antes do mesmo iniciar a medicação, isto é, o farmacêutico é aquele que integra por
último o conjunto da saúde a ter contato direto com o paciente (SILVA; SANTOS; BRITO,;
2012). Sendo assim, esse o mesmo pode contribuir eficazmente com a orientação médica e na
recomendação da forma de tomar o medicamento, uma vez que se trata de um profissional
especializado para prestar as devidas orientações ao paciente (ZUBIOLI, 2001).

Fonseca,; Fonseca e; Bergsten-Mendes, (2002, p. ??? apud Silva; Santos; Brito,; 2012, p. ???)
em seu trabalho relata que:

Sabendo que os medicamentos constituem o procedimento terapêutico mais


massivamente empregado e que prescrever dispensar, medir ou, simplesmente
utilizar se converteu, tanto para os profissionais da saúde como para a população,
em práticas sociais frequentes e naturais, torna-se indispensável à atuação do
profissional farmacêutico enquanto orientador seguro e responsável acerca dos
medicamentos.
Em conformidade com Zubioli (2001), compete ao farmacêutico algumas responsabilidades e,
uma delas édentre elas explanar dúvidas sobre o uso de medicamentos no período gestacional,
visto que, o acesso fácil e livre à alguns medicamentos, por exemplocomo os de venda livre,
estimulam a prática da automedicação e dão caráter de ação não prejudicial. Quanto aos
cuidados diante da prescrição médica, o profissional farmacêutico deve ter cautelas
específicas, pois sua responsabilidade entre distribuição de fármacos e seu uso estão
diretamente ligadas, podendo ser fundamental na qualidade do cuidado médico e ter ainda a
oportunidade de identificar, corrigir e/ou reduzir prováveis riscos referidos a terapêutica
(SILVA; SANTOS; BRITO,; 2012). Segundo Costa; Coelho; Santos (2017), a escassez de
informações seguras sobre o uso de medicamentos durante a gestação, sugere ainda mais a
necessidade de incluirsão do profissional farmacêutico na equipe de saúde para conduzir e
ajudar quanto ao uso racional de medicamentos.

A orientação sábia, correta e verdadeira na grande maioria dos casos com gestantes evita a
automedicação e futuros problemas com o feto, uma vez que grande parte das gestantes não
tem o mínimo conhecimento sobre os medicamentos e os danos que estes podem causar com
seu bebê e/ou até consigo mesma no período gestacional, pois, com as grandes alterações
fisiológicas na mulher quando grávida pode também ocorrer também alteração no efeito do
medicamento em seu organismo. De fato, cabe ao farmacêutico realizar o esclarecimento para
a gestante sobre os medicamentos, seja daqueles que ela vai usar ou sobre os que não são
indicados para gestantes. No entanto, em concordância com Costa; Coelho; Santos (2017), é
importante que toda a equipe de saúde tenhar conhecimento dos acerca dos medicamentos
para gestante é importante, pois esses conhecimentos são é capazes de auxiliar sobre o
problema de usar medicação na gestação, minimizando possíveis danos do uso inadequado de
medicamentos.

4. CONSDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que a automedicação é realizada por todos, principalmente na prática das


mulheres gestantes que parano intuito de amenizar alguns sintomas, dores e desconfortos
advindos da gravidez, fazem esta prática com a intenção de ser o melhor para aquele
momento, aliviando um certo desconforto ou até mesmo dor e, muitas tal prática sem as
devidas orientações profissionais podem acabar prejudicando seu bebê, podendo levar a
desde uma má formação ou até mesmo levar àa óbito.
Foi possível evidenciar na literatura o hábito a presença da automedicação entre em mulheres
brasileiras no período gestacional, ficando o alerta para as equipes de saúde, dentre elas ao
profissional farmacêutico, para estimular a promoção da saúde através das práticas
integrativas e complementares em saúde e ações educativas de prevenção da automedicação.

A conclusão pode ser mais elaborada, no texto devem ser concluídos todos os itens e
objetivos descritos no corpo do trabalho.
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ZUBIOLI, A. A Farmácia Clínica na Farmácia Comunitária. Brasília: Ethosfarma: Cidade Gráfica, 2001.
194p. Disponível <https://pesquisa.bvsalud.org> Acesso em 29/08/22.

Parabéns pelo trabalho. Boa sorte na vida profissional!

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