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CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

ANICHELE DE JESUS OLIVEIRA DOS SANTOS

OS RISCOS DO USO DE CHÁ DE CAMOMILA (Matricaria Recutita


L.) DURANTE A GESTAÇÃO

SALVADOR – BA
2020
ANICHELE DE JESUS OLIVEIRA DOS SANTOS

OS RISCOS DO USO DE CHÁ DE CAMOMILA (Matricaria Recutita


L.) DURANTE A GESTAÇÃO

Artigo apresentado com requisito parcial da disciplina Trabalho


de Conclusão de Curso II, para a obtenção do título de bacharel
em Farmácia, pelo Centro Universitário Maurício de Nassau,
campus Mercês.

Orientador: Prof. Erick Soares Lisboa

SALVADOR – BA
2020
ANICHELE DE JESUS OLIVEIRA DOS SANTOS

OS RISCOS DO USO DE CHÁ DE CAMOMILA (Matricaria Recutita


L.) DURANTE A GESTAÇÃO

Artigo apresentado com requisito parcial da disciplina Trabalho


de Conclusão de Curso II, para a obtenção do título de bacharel
em Farmácia, pelo Centro Universitário Maurício de Nassau,
campus Mercês.

Salvador, 16 de dezembro de 2020.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Erick Soares Lisboa, Uninassau (Orientador)

Profa. Poliana Silva Rodrigues, Uninassau.

Profa. Camila da Silva Souza, Uninassau.


AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiro a Deus, autor dos meus dias. A meus pais, esposo, irmã, cunhado e
família em geral. Agradeço aos meus mestres que tanto me ensinaram. E ao meu
orientador que me acompanhou nessa jornada.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 08

2. METODOLOGIA .....................................................................................................10

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................11

5. CONCLUSÕES .........................................................................................................15

REFERÊNCIAS........................................................................................................17
RESUMO

Introdução: A práxis da Fitoterapia ao longo dos anos representa uma das formas de
evolução da ciência. As plantas medicinais têm sido cada vez mais utilizadas, sendo uma
importante questão de saúde pública em virtude dos benefícios e os riscos potenciais que
podem ocasionar. O uso medicinal de plantas é comum na gestação e o consumo corrente
da camomila (Matricaria recutita) ao longo da gravidez pode gerar danos. Objetivo: O
presente trabalho busca analisar o conhecimento difundido cientificamente sobre os riscos
do uso de camomila em mulheres durante a gravidez. Métodos: Foi realizada uma revisão
de literatura narrativa por busca ativa nas bases de dados Scientific Electronic Library
Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE). Foram
incluídos artigos em português e inglês, no período entre 2004 e 2019 e de abordagem do
uso de camomila em gestantes. Foram excluídos estudos que não apresentaram a relação
do uso de camomila em gestantes ou que abordavam uso de outros fitoterápicos.
Resultados: Foram selecionados 11 artigos após a busca e análise dos critérios de
inclusão e exclusão. A camomila está entre as 10 espécies medicinais mais usadas no
mundo por gestantes. Estudos mostram que a camomila interage com a Varfarina,
potencializando o risco de hemorragias durante a gravidez. Ademais, outros estudos
indicam que o chá de camomila tem ação emenagoga, podendo provocar relaxamento do
útero, levando em casos mais graves a efeitos abortivos. A maioria dos artigos analisados
indicam que a camomila é contraindicada para a mulher na fase de gestação. Conclusões:
Os estudos analisados indicaram que o uso regular de camomila durante a gravidez é
potencialmente perigoso para a gestante e o feto. A supervisão e acompanhamento da
gestante por um profissional de saúde é fundamental para a orientação correta do uso
dessa planta medicinal.

Palavras-chave: Gestantes; Camomila; Matricaria recutita L.


ABSTRACT

Introduction: The practice of Phytotherapy over the years represents one of the ways in
which science has evolved. Medicinal plants have been increasingly used, being an
important public health issue due to the benefits and potential risks that they can cause.
The medicinal use of plants is common in pregnancy and the current consumption of
chamomile (Matricaria recutita) throughout pregnancy can cause damage. Objective: The
present work seeks to analyze the scientifically disseminated knowledge about the risks of
using chamomile in women during pregnancy. Methods: A review of the narrative
literature by active search was performed in the Scientific Electronic Library Online
(SciELO), Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS) and
Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE) databases. Articles
in Portuguese and English, between 2004 and 2019 and addressing the use of chamomile
in pregnant women were included. Studies that are not related to the use of chamomile in
pregnant women or that addressed the use of other herbal medicines were excluded.
Results: 11 articles were selected after the search and analysis of the inclusion and
exclusion criteria. Chamomile is among the 10 most used medicinal species in the world
by pregnant women. Studies show that chamomile interacts with warfarin, increasing the
risk of bleeding during pregnancy. In addition, other studies indicate that chamomile tea
has an emenagogue action, which can cause relaxation of the uterus, leading in more severe
cases to abortion effects. Most of the manifest articles indicate that chamomile is
contraindicated for women during pregnancy. Conclusions: Sports studies have indicated
that regular use of chamomile during pregnancy is potentially dangerous for pregnant
women and the fetus. The supervision and monitoring of the pregnant woman by a health
professional is essential for the correct orientation of the use of this medicinal plant.

Keywords: Pregnant women; Chamomile; Matricaria recutita L.


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1. INTRODUÇÃO

O ser humano busca várias alternativas com o intuito de eliminar seus males físicos
ou psíquicos, desde o início de sua existência. O contexto sociocultural e o momento histórico
têm forte relação com as ações de cuidado em saúde. Desse modo, se faz necessário
compreender que os padrões culturais de uma realidade social são colaboradores no processo
saúde e doença (MACHADO et al., 2007).

O emprego de fontes naturais no Brasil tem forte relação cultural, e o interesse nessa
área tem tido um considerável crescimento, principalmente no uso de produtos de origem
vegetal em processos terapêuticos. Na década de 1990, houve um aumento considerável na
utilização de fitoterápicos. Devido à grande biodiversidade que o Brasil possui, esse mercado
se tornou promissor no país (NIERO, 2003). Esses produtos são utilizados para várias
finalidades, sob diversas combinações (com medicamentos sintéticos, homeopáticos, entre
outros) baseadas em evidências históricas, culturais ou pessoais (CALIXTO, 2000; FUNARI
e FERRO, 2005).Segundo dados do Ministério da Saúde têm sido crescente o uso de plantas
medicinais nas últimas décadas no Brasil. Dentre os anos de 2013 a 2015 ocorreu um
crescimento de 161% por medicamentos à base de fitoterápicos no Sistema Único de Saúde
(SUS) (BRASIL, 2016).

Gestantes comumente recorrerem ao uso de plantas medicinais para sanar


desconfortos da gestação, como enjoos, constipação, flatulência, ganho de peso, alterações
hormonais, distúrbios de sono, depressão, azia, dores musculares dentre outras (SILVA,
2018).A utilização de produtos fitoterápicos por gestantes pode variar significativamente a
depender das diferenças culturais, assim como diferenças entre os biomas e os recursos
fitoterápicos que cada região oferece (CARDOSO,2019). Gestantes e lactantes são
componentes importantes de um grupo da população que culturalmente acreditam que o uso
de plantas medicinais, não causam danos ao feto ou ao bebê. Porém, são escassas as
informações sobre a segurança do uso destes compostos naturais durante a gravidez (PIRES;
SODRÉ, 2011).
9

Uma pesquisa que avaliou a percepção de risco e o conhecimento sobre fitoterápicos,


plantas medicinais e medicamentos sintéticos entre gestantes demostrou que as entrevistadas
confiavam mais nas plantas medicinais do que em medicamentos sintéticos, segundo as
gestantes entrevistada “aqueles que são retiradas da natureza e possuem substâncias naturais,
são menos agressivos e até inofensivas”. Esse pensamento pode colaborar para que as
gestantes façam o uso de fitoterápicos de maneira que acarrete riscos à saúde materna e/ou
fetal (PIRES; ARAÚJO, 2011).

Infelizmente, grande parte dos fitoterápicos que são utilizados sem orientação profissional
ainda não tem o seu perfil tóxico bem conhecido e difundido (CAPASSO et al., 2000;
VEIGA, 2008). Mesmo com os avanços e investimentos a morosidade do sistema de saúde
em conjunto com os fatores como o baixo poder aquisitivo, a quantidade ineficaz de
programas educativos em saúde para a população em geral além de outros aspectos, contribui
para que as pessoas continuem a praticar o uso sem acompanhamento, baseando-se em
qualquer informação recebida por leigos e que são aceitas como confiáveis para auxílio no
processo de restabelecimento da saúde (NICOLETTI et al., 2007).

A questão da segurança relacionado ao uso de medicamentos por gestantes passou a


ter mais evidencia após a tragédia da talidomida, apoiando a hipótese de que existe a
passagem de substâncias diversas ao feto pela placenta. Desde então, o assunto tornou-se foco
de pesquisas epidemiológicas e ensaios clínicos, a fim de proporcionar, além da eficácia,
maior segurança no uso de fármacos durante o período gestacional (CAMPESATO, 2005).A
utilização de medicamentos e práticas populares por gestantes é uma questão relevante na
contemporaneidade, pois podem ocasionar em implicações na saúde e crescimento da criança
e na saúde da mãe (MONTELES; PINHEIRO, 2007). É alarmante que a prevalência média
global identificada indique que ao menos 3 em cada 10 mulheres usem regularmente a
fitoterapia ao longo da gestação, muitas vezes sem uma orientação de um profissional da
saúde qualificado (CARDOSO; AMARAL, 2013).

A camomila (Matricaria recutita L.) é uma planta usada frequentemente na medicina


caseira, tendo indicação na dispepsia, perturbações estomacais em geral, diarreia, náuseas,
inflamações das vias urinárias e distúrbios menstruais (VIEIRA et al., 2009). Age como
sudorífico, relaxante muscular, anti-inflamatório, emoliente, antiespasmódico, calmante.
Quando empregada para usos externo, utiliza-se o infuso em compressas, ou o pó das
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sementes esmiuçadas, em ferimentos com dificuldade de cura, afecções da pele em geral,


hemorroidas, inflamações dos olhos e boca (VIEIRA et al., 2009). É utilizado para fins
terapêuticos os capítulos florais secos ao ar e conservada ao abrigo da luz (LORENZI et al.,
2002; DUARTE et al., 2003; MARTINS et al., 2003).

A camomila tem como principais constituintes químicos o óleo essencial contendo


camazuleno, matricia, bisabolol (anti-inflamatório), flavonóides e colina (Lorenzi et al.,
2002; Martins et al., 2003). Foram documentadas reações adversas ao uso da camomila ao
longo da gravidez, tais como efeito abortivo, estimulação uterina em casos de uso
excessivo. Além disso atividade estrogênica fraca. (NEWALL, et al., 2002, RANGEL,
2009).

Neste âmbito, analisando o amplo uso de camomila (Matricaria recutita L.) por
gestantes, sem a supervisão de um profissional de saúde, aliado aos poucos estudos que
apontam riscos trazidos a gestante/ou feto pelo uso de fitoterápicos, e ainda, considerando a
crença popular de que esses produtos são inofensivos, o presente estudo tem como proposta
realizar uma revisão de literatura sobre os riscos do uso de camomila (Matricaria recutita L.)
durante a gestação, objetivando auxiliar na melhor compreensão do tema e para colaborar no
aprimoramento da orientação sobre o uso desse fitoterápico neste grupo.

1. METODOLOGIA

Foi realizada uma revisão de literatura narrativa por busca ativa nas bases de dados
Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrievel System Online
(MEDLINE). Foram utilizadas as seguintes palavras de busca: gravidez, gravidas, pregnancy,
pregnant, chamomile, camomila, e Matricaria recutita L com o emprego de operadores
booleanos. As palavras chaves foram escolhidas por conviniência.
Foram incluídos artigos em português e inglês, que foram produzidos de 2004 a 2019,
com abordagem do uso de camomila em gestantes. Foram excluídos estudos que não
apresentaram a relação do uso de camomila em gestantes, revisões de literatura sobre o tema,
estudos em línguas diferentes das do inglês e portuquês, assim como estudos não realizados em
seres humanos. Foram selecionados no primeiro momento 20 artigos, mas após analise dos
mesmos, apenas 11 artigos, apresentavam os ítens necessários para inclusão.
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2. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram selecionados 11 artigos após a busca e análise dos critérios de inclusão e


exclusão (Tabela1). Os artigos incluídos foram de 8 países diferentes, eles apresentaram
diferentes tipos de desenhos. E compilamos os seus resultados relacionados encontrados
(Tabela 2).

A camomila está entre as 10 espécies medicinais mais usadas no mundo por gestantes
(CARDOSO; AMARAL, 2013). Dos 11 artigos analisados, 9 indicaram que a Camomila
(Matricaria recutita.L) foi um dos fitoterápicos mais usados pelas gestantes analisadas.
Demonstrando o uso elevado deste fitoterápico nessas populações (FACCHINETTI, et
al.,2012; TRABACE, et al.,2015; MOUSSALLY e BÉRARD., 2010; CUZZOLIN, et
al.,2010; BISHOP, et al.,2011; NORDENG e HAVNEN,2004; LAPI, et al., 2010; HOLST et
al., 2011; PALLIVALAPPILA et al. , 2014).

Tabela 1. Estudos incluídos na revisão de literatura, por autor, ano, local, desenho de estudo e população amostral.

Autor, Ano e Local de Estudo Desenho do estudo Amostra

PALLIVALAPPILA, et al. 2014. Escócia. Estudo populacional-Entrevista. 122


TRABACE, et al.,2015. Itália. Estudo populacional-Entrevista. 630
MOUSSALLY, BÉRARD., 2010. Canadá. Estudo de Caso-controle-Entrevista 3.191
CUZZOLIN, et al.,2010. Itália. Estudo populacional-Entrevista. 392
FACCHINETTI, et al.,2012. Itália. Estudo de coorte retrospectivo 700
PEPRAH, et al, 2019. Gana. Pesquisa qualitativa- Entrevista 30
GHOLAMI, et al., 2016. Irã Estudo clínico duplo-cego 80
BISHOP, et al., 2011. Reino Unido. Estudo de coorte observacional 14.115
NORDENG; HAVNEN, 2004. Noruega. Estudo populacional-Entrevista. 400
HOLST et al., 2011. Noruega. Estudo populacional 578
LAPI, et al., 2010. Itália. Estudo populacional-Entrevista. 150
Elaboração da própria autora.

A camomila apresenta em sua composição flavonoides que possuem ação anti-


inflamatória (ARCANJO,2013). O que oferece risco ao feto, pois esses metabolitos podem
causar a inibição das prostaglandinas presentes na placenta, que proporcionam a manutenção
da abertura do ducto arterial que faz a união entre a artéria pulmonar à aorta. Do sétimo mês de
gestação em diante, a permanência da abertura desse canal está sujeita a ação dessas
12

prostaglandinas, e a inibição destas poderá trazer sofrimento materno fetal, com possibilidade
de evolução para óbito (ZIELINSKY et al., 2013).

Tabela 2. Estudos incluídos na revisão de literatura, por autor, ano, local, e os riscos indicados.

Autor, Ano e Local de Estudo Resultados relacionados Amostra

PALLIVALAPPILA, et al. 2014. Escócia. 8% da camomila usada foi prescrita pro 122
farmacêuticos e/ou médicos.
TRABACE, et al.,2015. Itália. Parto prematuro, baixo peso e menor 630
comprimento ao nascer relacionados com o
uso da camomila.
MOUSSALLY, BÉRARD., 2010. Canadá. Nenhuma associação entre parto prematuro e 3.191
uso da camomila.
CUZZOLIN, et al.,2010. Itália. Malformação cardiáca, rim dilatado, baixo 392
peso ao nascer, parto prematuro relacionados
com o uso da camomila. .
FACCHINETTI, et al.,2012. Itália. Ameaça de aborto, parto prematuro, baixo 700
peso ao nascer.
PEPRAH, et al, 2019. Gana. A camomila esteve entre os principais 30
fitoterápicos usados por gestantes.
GHOLAMI, et al., 2016. Irã A camomila estimulou o trabalho de parto 80
em gravidez pós-termo.
BISHOP, et al., 2011. Reino Unido. A camomila foi o fitoterápico mais usado 14.115
por grávidas.
NORDENG; HAVNEN, 2004. Noruega. Classificou o uso de Camomila por longo 400
prazo para tratar infecções urinárias em
grávidas como possivelmente nocivo
HOLST et al., 2011. Noruega. A camomila foi o fitoterápico mais usado 578
por grávidas.
LAPI, et al., 2010. Itália. A camomila foi um dos fitoterápicos mais 150
usado por grávidas.
Elaboração da própria autora.

Um dos estudos analisados apresentou um caso onde se identificou a má formação no


coração de um feto, cuja genitora fazia uso regular do chá de camomila. Esse mesmo artigo
apresentou um outro feto com uma dilatação no rim, e a sua genitora também fazia o uso regular
deste fitoterápico, apesar de relatar dificuldades em comprovar essa relação de caso e efeito
neste caso (CUZZOLIN et al., 2010).

Outro fator de risco indicado é a estimulação uterina ocasionada pelo uso de camomila
(NEWAL et al., 2002). Um estudo clínico duplo-cego, apresentou o uso desse fitoterápico
como potencial indutor de parto em gestantes pós-termo. Tendo no grupo que fez o uso durante
uma semana de cápsulas de camomila a indução em 92,5% das participantes, e no grupo
placebo com cápsulas de amido de milho 62,5%. Apresentando uma diferença de 43,751 horas
de trabalho de parto entre os grupos (GHOLAMI et al., 2016).
13

A ameaça de aborto também foi um risco apresentado em estudos incluídos. Em 2010,


essa tendência foi identificada também no grupo que fazia uso regular desse fitoterápico
durante a gestação, num estudo feito por Cuzzolin e colaboradores (2010). Facchinetti e
colaboradores (2002) relataram que o uso regular de camomila propiciou um aumentou em
episódios de ameaça de aborto em gestantes. Isso ocorre devido os terpenóides presentes na
camomila podem promover o relaxamento da musculatura uterina, que dificultará a fixação
do feto, ocasionando o aborto (JOHNS e SIBEKO, 2003; KRISTANC e KREFT 2016;
MONTESANO et al., 2018).

Em 2010 um estudo populacional com gestantes, identificou que no grupo de


mulheres que faziam o uso de camomila regularmente durante a gestação havia mais casos de
parto prematuro, baixo peso ao nascer (CUZZOLIN et al., 2010). Esse cenário se repetiu em
mais dois estudos, um estudo de coorte retrospectivo em 2012 relatou encontrar maior
prevalência de baixo peso ao nascer e parto prematuro em gestantes que faziam uso regular
de camomila (FACCHINETTHI et al., 2012). O estudo populacional em 2015, apresentou
que o grupo de gestantes que fizeram o uso regular de camomila tiveram uma quantidade
maior de casos de parto prematuro, baixo peso ao nascer e menor comprimento ao nascer
(TRABACE et al., 2015).

Um estudo de caso-controle com entrevista em 2010, que analisou gestantes que


fizeram o uso de camomila apenas nos dois últimos trimestres, não identificou uma relação
entre parto prematuro e baixo peso ao nascer, com o uso de camomila (MOUSSALLY e
BERARD,2012). A diferença entre esse estudo, e os citados acima está no período gestacional
que foi desenvolvido a pesquisa, pois os que encontraram essa relação analisaram durante
toda a gestação, e o presente artigo citado o fez em um período determinado. Fato que apesar
de não demonstrar essa relação, não diminui o risco no uso de camomila, pois o uso no último
trimestre gestacional poderá ocasionar má funcionamento do coração do feto (ZIELINSKY
et al., 2013)

O uso da camomila também é contra indicada em grávidas que apresentam distúrbios


na coagulação (JOHNS e SIBEKO, 2003). A cumarina, substância presente neste fitoterápico
de estudo, tem ação anticoagulante, pois age como inibidor da vitamina K epoxirredutase e
vitamina K redutase, impedindo o uso da vitamina K como cofator essencial na produção de
alguns fatores de coagulação (II, VII, IX e X) (WHITLON et al., 1978). O uso de camomila
e Varfarina também é contra indicado principalmente em gestantes, que é um grupo
considerado mais vulnerável, pois o uso concomitante dessas substâncias poderá
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potencializar o risco de sangramento (HECK et al., 2000; ABEBE, 2002).

A camomila é um potencial alergênico (JOHNS e SIBEKO, 2003). O uso de chá de


camomila poderá ocasionar reações alérgicas, podendo culminar em quadros de
hipersensibilidade grave e anafilaxia em indivíduos sensíveis (PAULSEN, 2002). Existe um
relato de caso datado em 1998, onde uma gestante ao dar entrada em uma maternidade fez o
uso de um enema a base do óleo essencial da camomila, e teve uma reação anafilática grave que
culminou na asfixia e óbito do feto (JENSEN-JAROLIM et al., 1998). Dentre os estudos
incluídos, três citaram esse relato de caso, apresentando a camomila como um alergênico
perigoso para gestantes (NORDENG e HAVNEN,2004; TRABACE et al., 2015; LAPI, et
al., 2010;)

Em 2002 um estudo desenvolvido na Austrália por Wilkinson (2002), analisou qual


era o conhecimento difunfido na literatura científica e popular sobre a segurança do uso de
ervas usadas como tratamento para enjôos matinais na gravidez. O artigo informa que não
identificaram estudos sobre o uso de chá de camomila durante a gravidez. Mas pontuam que
encontraram a camomila como um dos fitoterápicos mais recomendados para gestantes na
literatura popular, sendo que das literaturas que citavam a camomila, 28 a apresentaram como
tratamento para gestantes, e apenas 6 indicaram que o uso dela poderia ser inseguro.

O programa de assistência integral á Mulher, Criança e Adolescente do ano 2000 do


Rio de Janeiro, também relatou que encontraram poucos estudos que abordassem a qualidade,
a segurança e a eficácia do uso de plantas medicinais no período gestacional. E não
especificou de quais plantas foram encontrados estudos.

Mas na 10ª Conferência Nacional de Saúde foi indicado a adição das Práticas
Alternativas no Sistema Único de Saúde (SUS) e, a partir de então foi aprovado a Política
Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), regulamentada por meio do
Decreto nº 5.813, de 22 de junho de 2006, com o intuito de garantir o uso de fitoterápicos e
plantas medicinais pela população brasileira com segurança, qualidade e eficácia, de forma
racional (BRASIL, 2006).

E dentre os estudos analisados, quatro artigos apresentaram de forma conclusiva


contraindicação do uso da camomila por gestantes. Apresentando que o excesso de uso da
camomila é prejudicial na gravidez, apontando de forma significativa o potencial abortivo do
fitoterápico (CUZZOLIN et al., 2010; FACCHINETTHI et al., 2012; TRABACE et al.,
15

2015). E Informando que em decorrência da falta de dados que comprovem a segurança e


eficácia, além do risco de reações alérgicas, a camomila geralmente não é recomendado
durante a gravidez (HOLST et al., 2011). Apontando para um aumento dos estudos a respeito
deste tema, ao longo do tempo, mas ainda se faz preciso mais estudos nesta área e de forma
mais aprofundada.

Identificamos que um estudo populacional que entrevistou 392 mulheres em 2010 na


Itália, indicou que 55% das mulheres gestantes do estudo faziam o uso de ervas
potencialmente perigosas para gestantes, dentre elas a camomila. Dentre o grupo avaliado,
36,7% comprou os fitoterápicos em farmácias. E 74,3% não procuraram aconselhamento
médico, sendo que 43,1% apresentaram convicção de que os produtos naturais são inócuos
(CUZZOLIN et al., 2010).

Outro estudo populacional em 2014 com amostra de 122 pessoas, apresentou que 8%
da camomila usada pelo grupo de gestantes estudado, foi prescrito por farmacêuticos

ou médicos (PALLIVALAPPILA, et al., 2014). Observa-se com esses dados que mesmo com
um aumento no conhecimento científico sobre o tema, se faz necessário que os profissionais de
saúde busquem por mais informações seguras de forma que os capacite a transmiti-las a
população. Pois estudos apontam que esses profissionais são fonte informação sobre
fitoterápicos para população em geral (ORIEF et al., 2010).

5. CONCLUSÕES

O uso de fitoterapia durante a gestação deve ter acompanhamento de profissionais de


saúde, pois o uso deste tipo de tratamento pode ser potencialmente perigoso para a gestante e
o feto. A automedicação destes, oriunda de uma ideação cultural de que estes seriam inócuos
culmina em um problema de saúde publica. E se faz necessário notificar e cobrar dos órgãos
públicos de saúde maior atenção com esse tema, propiciando maior acessibilidade da
população e profissionais de saúde a esses conhecimentos.

A camomila não é indicada para uso regular durante a gestação. Este fitoterápico apesar
de ser amplamente utilizado por gestantes, não possui regulamentação cientifica que comprove
a segurança, qualidade e eficácia do seu uso durante a gestação. Pelo contrário, identificamos
16

que o uso regular da camomila ( Matricaria recutita L.) durante a gestação poderá ocasionar
aborto espontâneo, parto prematuro, baixo peso ao nascer, reações alérgicas graves,
sangramentos e problemas no funcionamento e formação do coração do feto. Se faz necessário
mais estudos, e maior busca dos profissionais de saúde sobre esse tema
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