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GOIÂNIA - GOIÁS
2019/01
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GOIÂNIA - GOIÁS
2019/01
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RESUMO: Dados em relação a plantas medicinais com efeito abortífero são escassos. Por isso, faz-se
fundamental a execução de estudos abrangendo este tema, que consiste em um problema de saúde pública.
Portanto, o atual trabalho teve por finalidade criar uma revisão bibliográfica sobre o consumo de plantas que
possuem efeitos abortivos. Foram usados como base artigos que são disponibilizados gratuitamente, sendo eles
encontrados em: PubMed, SciELO, Google Acadêmico e outros sites reconhecidos oficialmente, e órgãos
reguladores como Conselho Regional de Farmácia (CRF) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA). Usando os seguintes relatores e suas palavras: Aborto; Gestantes; Plantas Medicinais; Plantas
Abortivas. Algumas plantas medicinais apresentam potencialidade em serem abortivas e teratogênicas, as quais
geram problemas quando usadas por gestantes, que fazem uso indiscriminado e não sabem os riscos que esta
ação pode promover. As informações a respeito de plantas abortivas são muito poucas, pois existe um pequeno
número de pesquisas científicas que relatam suas características teratogênicas e tóxicas.
Palavras-chave: Gestante, Plantas Medicinais, Aborto
ABSTRACT: Data regarding medicinal plants with an abortive effect are scarce. Therefore, it is essential to
carry out studies covering this topic, which consists of a public health problem. Thus, the present work had the
purpose of creating a bibliographic review on the consumption of plants that have abortive effects. Based on
articles that are available free of charge found in: PubMed, SciELO, Google Scholar and other officially
recognized sites, and regulatory agencies such as Regional Pharmacy Council (CRF) and National Agency of
Sanitary Surveillance (ANVISA). Using the following descriptors and their words: Abortion; Pregnant women;
Medicinal plants; Abortive plants. Some medicinal plants have the potential to be abortive and teratogenic,
which generate problems when used by pregnant women, who use indiscriminately and do not know the risks
that this action can promote. Information about abortifacient plants is very little, as there are a small number of
scientific studies reporting their teratogenic and toxic characteristics.
Keywords: Pregnant Woman, Medicinal Plants, Abortion
1
Acadêmica do curso de graduação em Farmácia da Faculdade Unida de Campinas –
FACUNICAMPS.
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Acadêmica do curso de graduação em Farmácia da Faculdade Unida de Campinas –
FACUNICAMPS.
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Orientador, Doutor em Ciências da saúde e professor da Faculdade Unida de Campinas- FACUNICAMPS. E-
mail: pedradesa@gmail.com
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1 INTRODUÇÃO
O uso de plantas medicinais com objetivos terapêuticos é uma das práticas mais
antigas da população (VEIGA JUNIOR et al; 2005). No Brasil, as plantas medicinais são
abundantemente divulgadas por pessoas comuns; que sempre fizeram o uso destas e, na maior
parte das situações, a seleção de um tratamento com base em plantas medicinais não tem
indicação médica. Um dos grandes problemas do uso destes produtos é a confiança de que
itens de origem vegetal não causam efeitos colaterais e não possuem efeitos tóxicos (GALLO
& KOREN, 2001; CLARKE; 2007). Do ponto de vista científico, estudos demostraram que
diversas plantas contêm substâncias tóxicas e por isto devem ser usadas com atenção,
entendendo seus riscos toxicológicos (VEIGA JUNIOR et al; 2005).
Cerca de 20% dos abortos espontâneos ocorridos pelo constante uso de plantas
medicinais evidencia cada vez mais a falta de estudos que avaliem quais plantas medicinais
apresentam efeitos tóxicos e a falha em repassar estas informações a todas gestantes
(GORRIL, 2016). Existem diversas plantas comuns brasileiras utilizadas no período da
gestação e muitas destas pessoas não têm conhecimento do efeito que elas podem gerar
(MOREIRA et al, 2001).
Na gestação, há uma quantidade enorme de mudanças no corpo feminino, tanto
fisicamente (ganho de massa, mudanças posturais, náuseas, flatulência e alterações
hormonais) como também mentalmente (ansiedade, crises de choros, etc.) que surgem nas
primeiras semanas de gestação e que continuam por um longo período gestacional
(HAMERSKI, 2003). Estas alterações têm como objetivo fazer os ajustes do organismo para
o desenvolvimento normal de uma gestação. (SILVA, 2008)
Ao longo do período gestacional, é normal que haja restrições ao uso de certos
fármacos por determinação médica que poderiam gerar graves riscos ao feto. Com isso,
muitas destas gestantes procuram por produtos naturais para diminuir sintomas causados
durante a gravidez (náuseas, vômitos, azia, constipação, etc.) e algumas doenças que
aparecem ao longo deste período, como a gripe. Por serem naturais, acreditam que não podem
causar riscos à saúde do bebê. A confiança de que tudo que é “natural’ é “seguro” faz com
que as grávidas utilizem com mais frequência as plantas medicinais para tratar-se (RANGEL
& BRAGANÇA, 2009).
O uso de plantas medicinais aumenta a cada dia e a falta de informações sobre a
toxicidade de cada uma destas plantas é muito pouca, sendo que algumas delas possuem
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efeitos altamente tóxicos, causando distúrbios e, quando usadas durante a gestação, podem até
levar à morte (OLIVEIRA & GONÇALVES, 2006; SILVIA et al, 2010)
Dentre várias plantas medicinais, algumas que podem ser encontradas no Brasil,
como: Ruta graveolens L. (Arruda), Rosmarinus offinalis L. (Alecrim), Aloe vera (Babosa),
Peumus boldus (Boldo), Luffa operculata (Buchinha), Cinnamomum verum (Canela), Mentha
piperita (Hortelã) e Saenna alexandria (Sene) (MORAIS, 2004).
Sendo assim, toda atenção deve que ser considerada para utilização de plantas
medicinais na gravidez até que estudos comprovem a sua segurança (MENGUE et al, 2001).
Nosso objetivo é apresentar estudos sobre plantas medicinais usadas por gestantes,
analisando seus efeitos abortivos e teratogênicos e descrevendo os riscos que cada uma pode
trazer durante a gravidez; apresentando sua toxicidade e seus efeitos.
2 METODOLOGIA
Este trabalho foi proposto através de revisão de artigos científicos, com ênfase em
artigos publicados sobre plantas medicinais abortivas e que podem contribuir com
esclarecimentos ligados à pesquisa. Para este, utilizou-se as fontes de dados PubMed,
SciELO, Google Acadêmico e outros sites reconhecidos oficialmente e órgãos reguladores
como Conselho Regional de Farmácia (CRF) e Agencia Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA), para coletar as ferramentas necessárias para a pesquisa. Foi realizada uma busca
satisfatória do material bibliográfico objetivando uma análise idônea e formal, na qual título,
introdução e resumo foram averiguados.
Para tanto, foram estudados 37 artigos, nos quais constam documentos oficiais,
monografias, teses e artigos científicos tendo publicação em inglês e português. Continuando
o foco de estudo em questão, enfatizou-se assuntos descritos como: plantas medicinais
abortivas, teratogenicidade, riscos na gestação através de fitoterápicos. Na análise descrita
nessa metodologia, abordou-se o estudo quanto às espécies de plantas medicinais abortivas
analisando a ação tóxica que alguns fitoterápicos podem provocar na gestação.
3.1 Aborto
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As plantas medicinais são todas aquelas que possuem princípios ativos que ajudam no
tratamento das doenças podendo levar até mesmo à sua cura. Elas são utilizadas sob a forma
de chá ou infusões que devem ser ingeridos diariamente, enquanto durar o tratamento, mas é
preciso ter cuidado ao consumi-las, pois algumas são tóxicas e potencialmente abortivas,
como é o caso de alguns tipos de babosa, por exemplo (BRAGA; 2011). Segundo Morais
(2004) as plantas mais comuns no Brasil são: Ruta graveolens L. (Arruda), Rosmarinus
offinalis L. (Alecrim), Aloe vera (Babosa), Peumus boldus (Boldo), Luffa operculata
(Buchinha), Cinnamomum verum (Canela), Mentha piperita (Hortelã) e Saenna alexandria
(Sene). Conforme a Tabela 1, pode-se observar o nome comum de cada planta medicinal, seu
nome científico, suas indicações e contra indicações.
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3.2.1 Arruda
Nome científico: Ruta graveonlens l.
Toxicidade
Arruda é uma planta que possui substâncias tóxicas em suas folhas, sendo estas:
ametilnonilcetona e metilheptilcetona, que provocam a motilidade do útero tornando-se
responsável por abortos, bem como dermatites, prurido, bolhas na pele, feridas e queimaduras
no corpo em caso de exposição ao sol (SCHENKEL et al, 2000).
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3.2.2 Alecrim
Toxicidade
Sua toxicidade em gestantes se dá pelo uso contínuo do chá, pois possui diterpenos,
nos seus ramos (folhas e hastes) tornando-o tóxico para o feto. Ela é abortiva no período de
pré-implantação, aumentando assim a mobilidade uterina (BERNARDES et al, 2009;
LORENZI & MATOS, 2006).
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3.2.3 Babosa
Representado na Figura 5, existem alguns nomes conhecidos dessa planta que são:
Babosa folha miúda, babosa de jardim, erva babosa, entre outros. Apresenta aloina e
barboloina em sua composição. Possui propriedades distintas como antifúngica, cicatrizante,
antiinflamatória e bactericida. Para tanto, utiliza-se as folhas da planta (ARAÚJO et al, 2002).
Toxicidade
Além de outras contra-indicações, o gel encontrado dentro da folha da babosa não
pode ser usado no período gestacional, pois encontra-se seiva que é rica em aloína, alantoína e
antraquinonas, que são excelentes cicatrizantes e, fazendo o uso interno, pode levar ao aborto
(RAMOS & PIMENTEL, 2011).
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Visto na Figura 7, o boldo possui folhas diferentes, coriáceas, íntegras, ovais e com
cores cinza-esverdeados. A área ventral apresenta pequenos relevos mais intensos compostos
de pêlos no meio, fazendo com que seja áspero ao tato. Suas folhas são bastante aromáticas e
com sabor amargo. O boldo é utilizado para tratar azia, doenças do fígado, cistite e também
aumentar diurese. (MENGUE et al, 2001)
Toxicidade:
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O boldo deve ser evitado durante a gestação, pois suas folhas contêm esparteína que
provoca atividade ocitotóxica provocando contrações uterinas, sendo contraindicado também
para pacientes com vias biliares inflamadas e obstruídas ou pancreatite (ALMEIDA et al,
2000; PFIRTER & MANDRILE, 1991).
3.2.5 Buchinha
Ilustrada pela Figura 5, a buchinha é conhecida por vários nomes, dentre eles
buchinha-do-norte, bucha paulista, buchinha, cabacinha, entre outros. Esta planta tem origem
da América tropical. Semelhante à bucha de banho, possui crescimento lento, tem médio
porte, podendo chegar até os cinco metros de altura, com folhas verdes e fruto marrom-escuro
bem conhecido pela medicina alternativa popular. Por ser uma planta versátil, pode ser
cultivada direto no solo ou em canteiros, jardins, etc. (ADLER, 1999; WEISER et al, 1999)
Toxicidade
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Este arbusto possui uma substância tóxica no seu fruto, o qual é responsável pela ação
embriotóxica e abortiva, cujo nome é cucurbitacina, que se destaca pela presença de
esteroides, provocando contrações musculares. A buchinha é uma das plantas mais
consumidas no Brasil com função abortífera. Há muitos casos de intoxicação na ingestão de
chás de buchinha (MIRÓ, 1995).
3.2.6 Canela
Figura 11 Canela em casca e moída. Disponível em: http://www.greenstore4u.com. Acesso em 03 mai 2019.
A canela (Figura 6) é um arbusto que cresce em ambiente bem quente. Suas folhas têm
formato ovular e compridas. As flores surgem em porções pequenas e possuem uma coloração
verde e apresentam uma fragrância característica. A casca do caule é retirada e pode ser usada
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na culinária, também como calmante, ajuda no controle da pressão arterial e possui várias
outras indicações (FAO, 1995).
Toxicidade
A canela estimula a contração uterina por sua casca ser termogênica, sendo contra
indicada para gestantes, pois pode ocorrer aborto. Ela também pode causar insônia. Deve ser
evitada por diabéticos e pessoas que sofrem com úlceras a fim de evitar agressões nas paredes
do estômago. Não é indicado que seja consumida com anticoagulantes (SOUSA et al, 2004).
3.2.7 Hortelã
Apresentado pela Figura 7, o hortelã é uma planta originária da Ásia, mas é bastante
cultivada no mundo todo por conta das suas características aromáticas, que estão presentes na
planta toda, especialmente nas folhas. Suporta quaisquer condições climáticas desde que não
falte água. No inverno, ela perde toda sua parte aérea, conseguindo sobreviver somente com
seus rizomas, morrendo apenas se o solo congelar totalmente (LORENZI & MATOS, 2006;
CORRÊA et al, 2003).
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Toxicidade
O hortelã deve ser evitado nos primeiros meses de gestação, pois suas folhas possui
monoterpenos, o que provoca um relaxamento no útero, podendo causar abortos espontâneos
além de interferir na formação de leite no período de amamentação. Em crianças menores de
6 anos de idade pode provocar alergias respiratórias (AFLATUNI, 2005).
3.2.8 Sene
Tanto as folhas (folíolos) como os frutos (folículos) do sene (Figura 8) são utilizados
para fins medicinais. Algumas características gerais são: odor fraco e folhas verde-azuladas.
Ele é usado como planta medicinal desde o século IX por populares como laxante,
principalmente as suas folhas. É conhecido também como Cassea senna l e Cassia angustifólia
(ROBBERS, 1997).
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Toxidade
O sene é comumente utilizado para fins abortivos, principalmente no início da
gestação, pois suas folhas são ricas em antraquinona, aumentando o fluxo sanguíneo de forma
desordenada para o útero e induzindo contrações uterinas precoces (ESCOP, 2003),
4 MECANISMO DE TERATOGENESES
ou não, pois esta pode sofrer alterações constantes tendo efeitos bons e ruins dependendo da
circunstância (MENGUE et al, 2001).
Cientificamente, estudos relatam o perigo de substâncias contidas em muitas plantas
medicinais, daí a importância de respeitar-se riscos, compostos ativos, manuseio, em especial
em gestantes, uma vez que esses ativos podem atravessar a barreira placentária vindo a causar
danos ao feto (VEIGA JÚNIOR et al 2005; BRASIL, 2002). O estágio gestacional influencia
bastante para uma ação teratogênica, cujo efeito é mais potente durante o primeiro trimestre
de gravidez (EMBIRUÇUI et al, 2005).
Segundo Mengue et al (2001), muitas plantas são vendidas diariamente nos mercados
brasileiros. A maioria delas sem registro junto ao ministério da saúde. De acordo com a RDC
N° 17 relata que, todo produto fitoterápico e ervas com fins medicinais devem possuir CBPF
estabelecido e conforme a RDC N°13 todos produtos devem garantir a qualidade e segurança
para as pessoas.
Quanto à teratogenicidade, conclui-se que, mesmo algumas plantas possuindo alto
poder tóxico e nocivo para as gestantes, é importante dizer que a taxa de malformações fetais
decorrentes é de apenas 1%, porém o alerta para todas as gestantes é que o risco existe em
qualquer fase da gravidez, em especial no período da embriogênese, quando são formados os
tecidos do novo ser (RODRIGUES, 2011).
Muitos estudos apontam evidências científicas que substâncias de origem vegetal são
potencialmente embriotóxicas ou teratogênicas (TABACH et al,2009). Os efeitos
teratogênicos promovem uma grande transição na circulação fetal, assim promovendo uma
intensidade do fenômeno vascular. Nessa atuação, ocorre um grande aspecto de anomalias
congênitas (FONSECA et al,1991; PASTUSAZK et al,1997).
Falta de conhecimento dentre as gestantes pelas toxidades das plantas medicinais pode
levar a sérios danos ao organismo, pois essas plantas possuem efeito lesivo que compromete a
saúde da mãe e do bebê, por isso, seria ideal que as gestantes procurassem saber mais sobre o
uso e os riscos que tais plantas podem vir causar (SILVA et al, 2012).
Muitos estudos mostram controvérsias a respeito de ervas medicinais e seus efeitos
teratogênico através de interações com remédios de procedência dessas plantas (ervas). O uso
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indiscriminado das ervas (plantas medicinais) pelas gestantes deve que ser monitorado pelos
profissionais de saúde, pois é um problema de segurança pública.
A fim de evitar os danos no período gestacional, o profissional da saúde deve prestar
os cuidados e orientar o uso correto das plantas medicinais. Alguns estudos mostram que o
uso dos abortivos durante o primeiro trimestre da gestação geram defeitos congênitos ao bebê.
Os chás são os recursos mais utilizados pelas mães para induzir o aborto. Nos hospitais,
constata-se muitos bebês portadores de defeitos congênitos devido as mulheres usarem as
ervas na tentativa infrutíferas de aborto (MOREIRA et al, 2001).
A maioria das gestantes têm o hábito natural de usar as plantas medicinais, mas sem
conhecimento do seu potencial de causar danos ao bebê ou ao feto, com o simples intuito de
reduzir enjoos (WEIER & BEAL, 2004). Várias espécies de plantas conhecidas que são
comercializadas e até cultivadas podem causar danos ao nosso ao organismo. Como a maioria
dessas plantas são consideradas medicinais, também possuem atividade tóxica, de modo a se
tornarem potentes agentes teratogênicos (MENGUE et al, 2001).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo mostra a importância de ter o conhecimento de cada planta utilizada, com
o intuito de alertar e orientar cada gestante a não fazer o uso terapêutico sem a orientação
médica, já que há artigos que tratam de seus fatores teratogênicos, abortivos e embriotóxicos.
Há dados que comprovam toxicidade na composição química de cada planta medicinal
apresentada e fatores que estimulam o aborto.
Aos profissionais da área de saúde, cabe a cada um orientar todas as gestantes a não
utilizarem qualquer medicamento não prescrito, pois podem trazer sérios riscos à gestação,
chamando a atenção para o perigo da automedicação.
Portanto, conclui-se que para o uso de plantas medicinais é preciso estar atento à sua
procedência, bem como ao tipo de fitoterápico, verificar a toxicidade, saber quanto ao preparo
e posologia de cada um e, o mais importante, consultar sempre um médico para
esclarecimentos a respeito do assunto.
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REFERÊNCIAS
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