Você está na página 1de 52

FITOTERAPIA NOS CICLOS DE VIDA

Sumário

Fitoterapia nos Ciclos de Vida .......................................................................... 4

Fitoterapia na gravidez, parto e durante a amamentação ........................................... 5


Plantas medicinais galactagogas .............................................................. 8

Plantas medicinais contraindicadas durante a gestação ........................... 9

Fitoterapia na Infância ............................................................................................. 13


Plantas medicinais contraindicadas durante a infância ........................... 16

Fitoterapia em saúde da mulher .............................................................. 19

Fitoterapia na população Idosa ............................................................... 42

Plantas Fitoterápicas ............................................................................................... 45


Considerações Finais ............................................................................................... 48
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 50

2
FACUMINAS

A história do Instituto Facuminas, inicia com a realização do sonho de um grupo


de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a Facuminas, como entidade
oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A Facuminas tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

3
Fitoterapia nos Ciclos de Vida

As plantas foram usadas como fonte de cura ao longo da história e continuam


a servir como base para muitos fármacos utilizados hoje em dia. Embora a indústria
farmacêutica moderna tenha nascido da medicina botânica, as abordagens sintéticas
para a descoberta de medicamentos tornaram-se padrão. No entanto, as plantas
continuam a ser uma fonte valiosa de compostos terapêuticos. A principal vantagem
dos medicamentos botânicos é a sua composição complexa que consiste em
coleções de compostos relacionados com múltiplas atividades que interagem para
uma maior atividade total.

4
As plantas são parte integrante da cultura da civilização, utilizadas como fonte
alimentar ou finalidade terapêutica. O uso de espécies vegetais com finalidade
medicinal surgiu por meio de um método empírico tão antigo quanto a própria
humanidade, auxiliando o processo de distinção entre as plantas próprias para o
consumo daquelas que apresentavam toxicidade.

Fitoterapia na gravidez, parto e durante a amamentação

A gestação é um período onde o bebê está em formação, estão frágeis a


quaisquer agressões, e precisa um nível maior de segurança para evitar danos
irreversíveis. O lactente também exige cuidados especiais, e deve ser evitado todo
produto excretado no leite materno. É
necessário a aplicação do princípio da
precaução. Por isso, o uso de plantas
medicinais e fitoterápicos, na gestação, exige
cuidados especiais

As mulheres são importantes


consumidoras de produtos e tratamentos
para o cuidado da saúde, incluindo a
utilização de medicina complementar e
alternativa. Segundo estudos, as razões
pelas quais as mulheres
utilizam suplementos dietéticos e, mais

especialmente, os fitoterápicos incluem o desejo de ter controle pessoal sobre


a sua saúde, a insatisfação com o tratamento convencional, bem como preocupações
com os efeitos colaterais dos medicamentos convencionais. Essas preocupações
podem explicar, em parte, o fato de muitas mulheres usarem medicamentos à base

5
de plantas durante a gravidez. Evidências sugerem que a ansiedade em prejudicar o
feto leva algumas mulheres a evitar o tratamento farmacêutico convencional. Além
disso, existe a crença que estes possam ser substituídos por produtos à base de
plantas, considerados mais

“naturais”. Uma vez que os medicamentos à base de plantas não são regulados
no mesmo grau que os medicamentos convencionais, é importante estar ciente sobre
a utilização de Fitoterápicos particularmente durante a gestação, um período
potencialmente vulnerável para a mãe e o feto/bebê

O período gestacional é permeado por alterações inerentes a esse processo e


que embora estejam dentro da normalidade, podem gerar queixas comuns de
desconforto, como por exemplo náuseas, vômitos e constipação intestinal. Porém, o
uso equivocado de plantas medicinais rotineiramente utilizadas pela população para
o alívio das mais variadas afecções clínicas pode recair no paradigma de que o que é
da natureza não faz mal, o que não é necessariamente verdade, visto que da natureza
se extraem diversos compostos que apresentam toxicidade. Esse fato torna-se ainda
mais preocupante quando o foco é a gestante, pois a busca pelo tratamento de uma
afecção clínica por meio de uma determinada planta medicinal, pode ocasionar efeitos
indesejados, seja pela indicação incorreta, ou mesmo pelo desconhecimento cultural.
Entre os efeitos adversos que podem ocorrer devido ao uso incorreto de plantas
medicinais e fitoterápicos pelas gestantes, encontram-se os efeitos teratogênicos e o
aborto.

A gestação é uma experiência singular, onde a exposição a uma determinada


substância afeta dois organismos. A resposta do feto difere da resposta fisiológica
observada na mãe, podendo ocasionar toxicidade embrionária e fetal. Salvo raras
exceções, uma droga que exerça um efeito sistêmico na gestante atravessa a placenta
e chega ao feto. Portanto, durante a gestação, recomenda-se evitar qualquer

6
medicação, principalmente durante o primeiro trimestre, salvo indicação para sua
utilização.

No entanto, o uso de medicamentos durante a gestação é uma situação


frequente, considerando que a condição de gestante não exclui a possibilidade da
necessidade do tratamento de doenças crônicas ou intercorrentes. Com relação as
plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos, uma parcela da população acredita
que seu emprego constitui parte do saber popular, sendo seguro, não gerando efeitos
adversos e nem interação com outros medicamentos.

Partindo desses princípios, é comum a prática da auto-medicação, muitas


vezes sem informar ao profissional de saúde quando questionado sobre o uso de
medicamentos. O reino vegetal é uma reconhecida fonte de plantas com propriedades
medicinais, utilizadas na terapêutica e popularmente para o reestabelecimento de
desordens fisiológicas, sendo ainda cultural e milenar, fato que contribui para reforçar
a falsa hipótese de inocuidade e garantia de segurança das plantas medicinais quando
comparadas a medicamentos alopáticos.
Com relação a toxicidade referente ao potencial teratogênico e abortivo, temse
espécies vegetais de uso contra indicado durante a gestação, como por exemplo as
espécies: arruda (Ruta graveolens), boldo (Peumus boldus), buchinha (Luffa
operculata), confrei (Symphytum officinale), losna (Artemisia absinthium) (MENGUE
et al., 2001), melão-de-sãocaetano (Momordica charantia).

Segundo Campessato (2005), é fundamental conhecer as substâncias de


origem vegetal que devem ser contra indicadas durante a gestação, com o objetivo de
facilitar a tomada de medidas educativas entre profissionais da área de saúde e
população, além de contribuir para a saúde dos pacientes e melhora da qualidade dos
fitoterápicos nacionais

7
Plantas medicinais galactagogas

A amamentação é uma questão importante para a saúde humana,


principalmente até os dois anos de vida, pois atende às necessidades nutricionais,
metabólicas, imunológicas, além de proporcionar estímulo psicoafetivo. O leite
materno é um alimento completo, atendendo as necessidades nutricionais do lactente
nos primeiros seis meses de vida. Para o lactente, a amamentação apresenta
benefícios no que se refere a prevenção de doenças, além de melhorar o
desenvolvimento cognitivo. Com relação aos benefícios promovidos por essa prática,
tem-se que a amamentação atua na prevenção da hemorragia pós-parto, promovendo
a melhora da remineralização óssea com redução de fraturas do colo do fêmur no
período pós menopausa, diminui o risco de câncer de mama e ovário e promove
proteção contra o diabetes tipo 2.

A produção de leite materno origina-se a partir de uma complexa interação


neuropsicoendócrina. Durante o período gestacional, o estrogênio e progestogênio
exercem função no preparo das glândulas mamarias para a lactação. Apesar dos
benefícios atribuídos a amamentação, são inúmeras as causas que levam a altas
taxas de desmame. A amamentação exclusiva depende de um conjunto de fatores
sociais, culturais e psicológicos, auxiliando na confiança e desejo da mãe em
amamentar.
Galactagogos são substâncias que auxiliam a iniciação, manutenção ou
aumento da produção de leite. A indicação médica mais comum para o uso de
galactagogos inclui mulheres com produção de leite insuficiente e que não respondem
ao aconselhamento de profissional de saúde em lactação. Nesses casos, ocorre o
aumento da produção de leite após doença ou separação materna e infantil e o
reestabelecimento da produção de leite após o desmame. A terapia com uso de
galactagogos pode ser indicada para induzir a lactação em mulheres que não deram
a luz, como nos casos de adoção. Ao longo da história, as mulheres de diferentes

8
culturas fazem uso de dietas alimentares e utilizam
plantas com a intenção de aumentar a produção de
leite.

Trigonella foenum graecum, Fabaceae, espécie


conhecida popularmente como feno grego, possui uso
alimentar e medicinal. Com relação as atividades
farmacológicas, demonstra atividade hipoglicemiante,
antioxidante, gastroprotetora, hepatoprotetora e
galactagoga. Contudo, o feno grego não deve ser
utilizado por gestantes pois pode causar anomalias
congênitas.

Foeniculum vulgare, Apiaceae, conhecida


popularmente como funcho, tem uso medicinal,
alimentar e na cosmética. Apresenta atividade
antimicrobiana, antiviral, antioxidante,
antiinflamatória, antialérgica, antinociceptiva e
galactagoga. Foeniculum vulgare não deve ser
utilizado por gestantes, pois apresenta potencial
teratogênico.

Plantas medicinais contraindicadas durante a gestação

As plantas medicinais apresentam na sua composição princípios ativos que


podem ser contra indicadas para gestação (ácido aristolóquico I e II, alcalóides

9
pirrolizidínicos, tujonas), da mesma forma que medicamentos. Há 108 Plantas
Medicinais que são contra indicadas na Gestação e Lactação.

Algumas plantas podem provocar contração uterina e põe em risco a gestação,


possuem na sua composição:

– Ácido aristolóquico I e II presente no cipó milomes (Aristolochia


spp.);

– alcalóides pirrolizidínicos encontrado no confrei (Symphytum


officinale L.) e no mentrasto (Ageratum conyzoides);

– tujonas presente na losna (Artemisia absinthium), sálvia (Salvia


officinalis), arruda (Ruta sp.), rainha das ervas (Tanacetum parthenium),

– metafuranos presente no poejo (Cunila microcephala Benth),

– glicoproteínas localizadas no melão de são caetano (Momordica


charantia
L.);

– ascaridol (erva de santa maria (Chenopodium ambrosioides L.).

10
Plantas Contra ndicadas na gestação

11
12
Fitoterapia na Infância

A Fitoterapia Pediátrica pode ser muito útil se utilizada com precaução e por
pais informados, pois existem plantas que podem ser tóxicas nas crianças. A idade
permitida para utilização das plantas medicinais varia com relação a cada espécie e
forma de utilização. É importante que sejam respeitadas as indicações, dosagens e
formas de administração sugeridas pelo profissional de saúde para que a utilização da
Fitoterapia seja segura e eficaz, já que a criança é diferente do adulto e as indicações
são diferentes conforme a faixa etária. A Fitoterapia pode contribuir para o tratamento
e prevenção de doenças comuns da infância.

13
Existem diferentes formas de uso da fitoterapia: Banhos, inalações, infusões
(chás), decocções (chás), cataplasmas, xaropes, pomadas, tinturas, etc. O uso de
qualquer uma das plantas fitoterapicas deve ser retirado, caso a criança tenha algum
tipo de reação alérgica após a sua utilização.
A prática da fitoterapia em crianças é muito comum como alternativa para
alguns problemas de saúde, porém na grande maioria das vezes, esse costume é
realizado sem supervisão de um profissional de saúde, por acreditar que por ser algo
natural não irá trazer qualquer malefício.

Atualmente, muitas pessoas procuram métodos mais naturais para tratar as


doenças de seus filhos, seja em menor quantidade como forma de complemento ao
tratamento alopático ou na espera de menores efeitos colaterais. Com isso, o uso de
plantas medicinais e fitoterápicos começaram a ganhar muito mais destaque no
tratamento alternativo.

O uso de fitoterápicos em crianças varia de acordo com a idade e com


recomendação de um profissional, seja médico ou nutricionista com especialização
em fitoterapia e que tenha título para prescrição. O tipo de erva e a dosagem irão
depender da idade da criança. Algumas são recomendadas somente após os dois
anos, outras após os quatro anos, outras
ainda após os 12 anos, por exemplo. As
formas mais usuais para o consumo são
chás ou xaropes.

Pesquisas mostram que ervas


como camomila, erva-doce e hortelã são

comumente ofertadas para bebés para alívio de cólicas e como calmantes, embora
sejam claras as recomendações do Ministério da Saúde que, crianças até os seis
meses de idade devem receber apenas leite materno ou, na impossibilidade, a fórmula

14
infantil indicada pelo pediatra. Outro exemplo muito comum é o eucalipto, que é
recomendado somente após os dois anos e é frequentemente utilizado para afecções
respiratórias. Muitos fitoterápicos como alho, erva doce, boldo, eucalipto, alcaçuz,
camomila, melissa, cidreira, hortelã, passiflora (maracujá) e guaraná não precisam de
prescrição do nutricionista ou do pediatra e por isso tem a facilidade na aquisição e
uso. Mas, isso não implica na ausência dos efeitos colaterais. Por exemplo, a
camomila em excesso pode causar distúrbios digestivos, a dose excessiva de
passiflora pode causar efeito contrário. Por isso, é sempre importante consultar um
profissional antes de utilizar esses produtos com finalidade terapêutica para seus
filhos.

Para crianças maiores, às vezes as pessoas até pensam em utilizar as mesmas


plantas que são utilizadas para adultos, principalmente quando se trata de casos de
crianças e adolescentes que estão com sobrepeso e/ou obesidade. Alguns estudos
têm sido realizados, mas ainda não há nada conclusivo, a maioria deles são realizados
com adultos. Portanto, mais uma vez fica o reforço de nunca administrar nada sem
orientação profissional. A fitoterapia em crianças é algo muito delicado, pois pode
ocorrer intoxicação ou reações adversas e nos pequenos, pode ser fatal.

Outro ponto importante é que cada


organismo é único e reage de uma forma.
Muitas vezes o que deu certo para uma
criança pode não dar certo para outra.
Antes da prescrição de um fitoterápico, a
conduta mais adequada é a avaliação
criteriosa através de exames bioquímicos.

A escolha pelo uso da fitoterapia em pediatria se relaciona a benefícios que vão


além de seus efeitos relacionados ao conteúdo de fitoquímicos. Segundo

15
Fintelmann & Weiss (2010): a própria preparação do agente terapêutico, por
exemplo, o chá, ou o tratamento na forma de compressas ou banhos, os quais são
aplicados utilizando-se as mãos – no sentido literal -, reforça a relação entre adultos e
crianças, uma vez que, durante a preparação e aplicação, estabelece-se a
comunicação humana. Para nenhuma outra faixa etária a preparação farmacêutica
dos chás é tão adequada quanto o é para crianças pequenas. Por isso, eles
devem ser sempre preferidos nas prescrições.

As informações a respeito da segurança da fitoterapia são normalmente


provenientes de relatos de casos publicados na literatura médica. Há uma
necessidade considerável de melhor notificação acerca dos eventos adversos da
fitoterapia em crianças. Sem uma comunicação de qualidade, os relatos de eventos
adversos não podem ser interpretados de forma confiável e não contribuem de forma
significativa para orientar as recomendações de uso.

Plantas medicinais contraindicadas durante a infância

Café e guaraná

Estas duas ervas estão


listadas juntas por que suas
propriedades estimulantes são
similares. A diferença é que o
guaraná tem até 60 vezes mais cafeína do que o próprio café. Mas porque crianças
devem evitar seu uso? Porque estas plantas estimulam excessivamente as
suprarrenais e ativam a energia do chakra básico de forma excessiva, causando
diversos transtornos entre eles, insônia e taquicardia.

16
Anis estrelado

Esta erva, muito semelhante a Erva Doce, que


compartilha sua substância básica – o anetol –
deve ser evitada no uso infantil por que sua alta
concentração desta substancia pode provocar
convulsões.

Babosa

Apesar de que o uso externo da babosa


seja bastante positivo e, muitas vezes
recomendado, esta planta deve ser evitada em
crianças de berço porque sua aplicação pode
provocar regurgitamento.

Bardana

A bardana é uma erva medicinal e também um


alimento. Seu uso medicinal é
desaconselhado em crianças pois é uma erva
muito fria que provoca uma reação
de desintoxicação muito intensa no organismo
e pode sobrecarregar os organismos jovens. Seu uso culinário não apresenta
contraindicação, de

acordo com nossas fontes de pesquisa.

17
Erva de bicho

Esta erva ativa a circulação de forma muito


poderosa e por isso deve ser evitada em crianças.

Equinácea

Pesquisas apontam que esta é uma das plantas


medicinais que devem ser evitadas na infância.

Quebra pedra

Esta erva pode provocar diarreia em crianças e


desmineralização. Por isso seu uso infantil não é
recomendado.

Sene e cáscara sagrada

Outra dobradinha de ervas. Os laxantes via oral, podem


ser perigosos na infância, pois podem provocar perdas
excessivas. Por essa razão, o Sene e Cáscara Sagrada devem

18
ser evitadas. Em casos de prisão de ventre, sempre é melhor dar preferência a
supositórios naturais.

Fitoterapia em saúde da mulher

Menopausa e Climatério

Menopausa: é a data da última menstruação, constitui apenas um marco


dentro do climatério. Incide, em geral, aos 50 anos. É precoce quando se instala
antes dos 40 anos e, tardia, após os 52 para alguns e 55 anos para outros.

Climatério: corresponde ao período


de vida em que a mulher sofre grandes
modificações, incluindo a falta de ovulação e
o déficit na síntese de
hormônios esteroídicos. Representa a
transição do período reprodutivo (menacme)
ao nãoreprodutivo (senectude). Varia, em
geral, dos 40 aos 65 anos, segundo a OMS.

Em 2001, a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva propôs


modificação da terminologia e divisão do climatério em duas fases: transição
menopausal e pós-menopausa.

A transição menopausal inicia-se no final do período reprodutivo, quando a


mulher começa a ter disfunção menstrual (encurtamento ou alongamento do ciclo
menstrual em mais de sete dias), estendendo-se até o período do último fluxo

19
menstrual (menopausa). Deve-se ressaltar que esta classificação se baseia apenas
no fluxo menstrual.

A pós-menopausa começa após 12 meses do último período menstrual e


termina com a senectude (infertilidade).

Importância epidemiológica: Segundo a Organização das Nações Unidas, o


número de indivíduos na terceira idade no mundo deverá quadruplicar nos próximos
50 anos, passando dos atuais 600 milhões de pessoas acima de 60 anos para cerca
de dois bilhões. O Brasil, em 2020, será o sexto país com população mais idosa do
mundo, estando 15% de sua população nesta faixa etária.

A mulher no climatério pode apresentar uma série de eventos que resultam,


via de regra, do hipoestrogenismo.

O hipoestrogenismo é responsável por numerosos eventos,


principalmente, na pós- menopausa. As manifestações clínicas podem ser genitais e
extragenitais.

20
Observam-se, nos órgãos genitais externos, a perda do turgor e a rarefação
dos pêlos. As alterações tróficas manifestam-se por diminuição da espessura da
epiderme e da derme e por escassez de papilas. Há redução do tecido adiposo dos
grandes lábios, com perda da elasticidade, o que torna os pequenos lábios
proeminentes. As glândulas de Bartholin,
igualmente, se atrofiam. Comumente ocorre
retração do introito vagina.

Registra-se debilidade do epitélio vaginal,


falta de glicogênio nas células epiteliais, elevação
do pH, diminuição da espessura da mucosa e
estreitamento progressivo do intróito e do canal
vaginal. Há, pois, maior predisposição para
sangramento durante o coito, infecção secundária,
corrimento e prurido.
Entre as manifestações extragenitais, sobressaem os sintomas vasomotores
(calor excessivo). São precoces e determinam desconforto à paciente. Sob o ponto
de vista diagnóstico, devem ser valorizados, principalmente quando houver ciclos
menstruais irregulares ou períodos de amenorréia. Têm intensidade e freqüência
variáveis, assim como a duração.

Ainda se discute a real origem dos fogachos(calor excessivo), acreditandose


que sejam devidos à ação de catecolaminas no centro termorregulador do
hipotálamo.

Há também maior incidência de osteoporose, dores articulares, achatamento


das vértebras, cifose, diminuição da estatura e fraturas ósseas (vértebras, costela e
colo do fêmur), principalmente na pós-menopausa tardia.

21
Podem ser observadas crises de ansiedade e depressão, mais evidentes nas
mulheres com distúrbios emocionais prévios.

Parte das mulheres que entram neste


período manifestam sintomas leves ou frustros,
não necessitando de terapia especifica; mas
necessitam ser rastreadas de neoplasias
mamária e ginecológica, que se tornam mais
freqüentes nesta fase.

Tratamento fitoterápico: plantas


com propriedades hormonais como a
Cimicífuga.

Tensão pré-menstrual

Tensão pré-menstrual ou síndrome pré-menstrual é um conjunto de


sintomas físicos ou psíquicos antes do período menstrual que martirizam a mulher
periodicamente, interferindo no desempenho de sua função social habitual,
profissional e econômica, que repercute na qualidade de vida dela. É afecção da mais
alta importância para o ginecologista e para o clínico.
Síndrome disfórica ou transtorno disfórico pré-menstrual é o grau extremo
dos sintomas psíquicos da síndrome pré-menstrual. Os graus extremos (síndrome
disfórica) são raros e acometem de 3% a 8% das mulheres em idade fértil.

22
Alguns autores mostram que aproximadamente 15% das mulheres com
fluxos menstruais regulares são isentas de qualquer manifestação prévia desta
síndrome. As demais apresentariam complexos sintomáticos de intensidade variável,
quase sempre omitidos e somente relevados por meio de anamnese cuidadosa.
Estima-se, todavia, que acometa 40% das mulheres em idade reprodutiva.

A ocorrência da TPM é apenas no


menacme e em mulheres que tenham ciclos
ovulatórios. Este fato faz supor que os
hormônios ligados ao eixo
hipotálamohipófise-ovário tenham papel
relevante.

Além do estrogênio e da progesterona, é importante evidenciar que os indóis


(melatonina e serotonina) estariam envolvidos, bem como os neurotransmissores
dopamina e ácido gama-aminobutírico (GABA). Deve-se ainda ressaltar que as
endorfinas e as prostaglandinas também participariam na fisiopatologia da TPM.

A concentração cerebral de todos esses neurotransmissores recebe


interferência de diversas substâncias, especialmente dos hormônios sexuais.

As endorfinas têm efeito marcante sobre o humor e o comportamento, sendo


que das oscilações de seus níveis dependem os estados de fadiga, depressão, bem-
estar, euforia, irritabilidade, ansiedade, as atitudes agressivas, as modificações de
apetite, os distúrbios do sono, a sudorese e a inquietação.

Redução deste hormônio poderia explicar parte dos sintomas da TPM.

23
Talvez o fator psicológico não seja a causa, mas influi muito na sintomatologia
e na melhora das mulheres com TPM.
Os principais sintomas neuropsíquicos podem ser divididos em emocionais,
comportamentais e outros distúrbios do sistema nervoso central. Os emocionais são:
astenia, ansiedade, irritabilidade, depressão, melancolia, dificuldade de
concentração intelectual e indecisão. Os comportamentais podem ser agrupados em:
alteração do apetite, transtornos do sono, modificação dos hábitos sexuais,
isolamento social, agressividade e tentativa de suicídio (casos extremos). Os outros
distúrbios do sistema nervoso central são: fogachos, crises epileptiformes, cefaléia e
fadiga.

Os sintomas físicos são, em geral, relacionados com a retenção hídrica:


oligúria, ganho de peso, aumento do volume mamário, mastalgia, dor pélvica, dor em
membros inferiores e distensão do abdome por edema das alças intestinais.

O prognóstico em geral é bom, havendo quem admita que tais pacientes são
mais predispostas a quadros depressivos. Contudo, atenção especial deve ser dada
às mulheres com o transtorno disfórico desta síndrome, visto que são mais propensas
ao suicídio.

Tratamento convencional: A prática de exercícios físicos aeróbicos


regulares, que liberam as tensões emocionais e ativam o sistema de endorfinas. Os
principais antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS)
usados na TPM são: a fluoxetina (20 a 60 mg/dia), a paroxetina (10 a 20 mg/dia) e a
sertralina (50 a 150 mg/dia).

Tratamento fitoterápico: plantas com função de regular o funcionamento


hormonal e com certa ação diurética como a prímula e a cimicifuga.

24
Cimicifuga racemosa (L.) Nutt. - ERVA-DE-SÃO-CRISTÓVÃO

Nome científico: Cimicifuga acemosa (L.) Nutt.

Família: Ranunculaceae.

Sinônimos botânicos: Actaea racemosa L.


Outros nomes populares: cimicífuga, black cohosh (inglês), cimicífuga
(espanhol), actée à grappes (francês), cimicifuga (italiano, alemão).

Constituintes químicos: alcalóides, glucosídeos triterpênicos (acteína e


cimigósido), taninos, ácidos orgânicos (ácido isoferúlico, ácido oleíco, ácido
palmítico), princípios estrogênicos (isoflavonas e formononetina), fitoesteróis,
cimicifugina, resina e óleo essencial.

Propriedades medicinais: adstringente, antiasmática, antidepressiva,


antiespasmódica, anti- hipertensiva, antiinflamatória, diurética, emenagoga,
estimulante, expectorante, sedativa, vasodilatadora.

Indicações: amenorréia, dismenorréia, pós parto, sintomas de tensão


prémenstrual (TPM) e menopausa (distúrbios do sono, sudorese excessiva e
labilidade emocional), para devolver ao útero a sua atividade rítmica (após o parto),
eczemas, edemas, asma, enxaqueca, inflamações em geral, desordens metabólicas,
artrite, alcoolismo, reumatismo muscular, artrite reumatóide.

Dificuldades premenstruais da dismenoreia e do climatério. Interfere com a


absorção do ferro e outros minerais.

25
Parte utilizada: rizoma.

Contra-indicações/cuidados: durante gravidez, pode provocar nascimento


prematuro. Pacientes que usem hipotensores, pois pode baixar ainda mais a
pressão arterial. Incompatível com contraceptivo orais e hormônios como
estrógenos conjugados. Não usar na gravidez e se tiver dificuldades crônicas
gastro-intestinal, como úlcera duodenal ou gástrica, refluxo do esôfago, colites
ulcerosas, colites espasmódicas.

Efeitos colaterais: doses excessivas podem causar tontura, náusea,


vômito, diarréia, dor abdominal, alterações visuais, dor de cabeça, tremores,
transtornos nervosos, problemas gástricos.

Modo de usar:

- uma a duas cápsulas de 40 mg/dia de extrato seco e padronizado da


raíz (a planta é nativa da América do Norte, Europa
e Ásia).

- extratos titulados e unificados em


glicosídeos triterpenicos a 2,5%: tomar de 40-80
mg/dia.

Mecanismo de ação: Suas atividades são


exercidas a partir de substâncias esteroidais e não
esteroidais encontradas na planta. Além de baixo
índice de efeitos colaterais, estes compostos
apresentam atividade seletiva a receptor de

26
estrogênio caracterizando-se como SERMs (moduladores selectivos do
receptor de estrogéneos), o que diminui a possibilidade de estímulo a
tumores mamários e uterinos.

Oenothera biennis – Prímula.

Nome científico Oenothera biennis

Família: Onagraceae

Características: O óleo de prímula é


extraído das sementes da planta conhecida
como prímula ou "evening primrose”, da família botânica das Onagraceae,
pertencente a espécie Oenothera biennis. A planta é nativa da América do Norte e
foi introduzida na Europa no século XVIII, como planta ornamental. Encontra-se, hoje,
mundialmente espalhada. Os índios americanos usavam-na como alimento e da raiz,
folhas, flores e caules preparavam infusões e extratos, tendo ação emoliente,
sedativa (tosse), estimulante da circulação sanguínea, além de nutriente capilar.
Outros nomes populares: prímula

27
Propriedades medicinais: diurética (fraca), expectorante, sedativa.

Indicações: tensão pré-menstrual,


doenças benignas no seio, regulação do
nível de colesterol sanguíneo, agregação
plaquetária, regulação da pressão
sanguínea, obesidade, doença atópica,
esclerose múltipla, artrite, reumatismo,
alcoolismo, desordens mentais e
hiperatividade infantil.

Parte utilizada: sementes

Contraindicações/cuidados: CUIDADO: gravidez e sensíveis a aspirina ou


usando anticoagulante.

Mecanismo de ação: O ácido linoleico, presente em muitos óleos vegetais em


quantidades apreciáveis como no óleo de prímula sob a ação de enzimas, transforma-
se no ácido gama- linolênico (GLA) sendo, na verdade, seu grande precursor.

Por sua vez, no organismo, o GLA é facilmente convertido a prostaglandinas


da série E1 (existem também da série E2 e E3). As prostaglandinas de série E1
(PGE1) são substâncias tipo hormônios com propriedades anti-inflamatória, que
exercem efeito regulador dos hormônios sexuais femininos, estrógenos,
progesterona e prolactina. Parecem também ter alguma influência na moderação
dos neurotransmissores no cérebro jovem (sobretudo, serotonina e dopamina),
provocando mudanças positivas no estado de ânimo e no impulso de hiperatividade
motora.

28
Através de seu princípio ativo, o ácido gama-linolênico, o óleo de prímula é
empregado no tratamento de toda e qualquer condição para as quais as
prostaglandinas (PGE1) seriam benéficas. Entre essas estão a tensão prémenstrual,
doenças benignas no seio, regulação do nível de colesterol sanguíneo, agregação
plaquetária, regulação da pressão sanguínea, obesidade, doença atópica, esclerose
múltipla, artrite, reumatismo, alcoolismo, desordens mentais e hiperatividade infantil.

Um aporte regular do óleo de prímula oferece ao organismo elementos


construtivos essenciais para o mecanismo de auto-regulação hormonal, e contribui
para o seu bom funcionamento e bem estar, especialmente na velhice, ou no
envelhecimento prematuro provocado por certas enfermidades. Até para combater
a anorexia o consumo do óleo de prímula vem sendo estimulado.

Modo de usar: Há indicações de que, por via oral, devam ser ingeridas de 3
a 6g/dia, enquanto uma outra "receita" prescreve 2-4 cápsulas/dia, preferivelmente
1 hora antes das refeições.

29
Produtos comerciais com óleo de Primula:

Disminorréia

A dismenorréia, cujo termo significa dis (dificuldade) e menorréia


(menstruação) é uma dor abdominal (dor em hipogástrico, de forte intensidade, em
cólica) provocada pelas contrações uterinas durante o fluxo menstrual. É
caracterizada pela associação de sintomas gerais à cólica menstrual. Não é
infreqüente a queixa de sudorese, palidez, náuseas, vômitos, cefaléia associada à
queixa álgica.

Ela é classificada em primária, quando o desconforto não está relacionado com


afecção pélvica, isto é, quando não é encontrada nenhuma causa, normalmente
surgindo no início da vida reprodutiva. Esse primeiro tipo é mais comum entre as
mulheres, possivelmente afetando mais de 50% das mulheres e sendo grave em

30
aproximadamente 5 a 15% delas. E em secundária, quando a causa é um distúrbio
ginecológico, ou seja, está relacionada a um moléstia pélvica, sendo que a queixa
inicia-se tardiamente, alguns anos após a menarca. Esse tipo afetando
aproximadamente um quarto das mulheres que apresentam a doença.

Na dismenorréia primária, normalmente, o sintoma doloroso é devido à


secreção exagerada de prostanóides e/ou eicosanóides pelas células endometriais,
levando a contração uterina irregular e conseqüente isquemia, ocasionando a dor.
Freqüentemente é referida em cólicas no hipogástrio, com irradiação para região
lombar e inicia-se no período pré-menstrual, sendo que sua intensidade diminui ao
longo dos anos e, principalmente, após gestação.

Já a secundária, além de ser referida no hipogástrio, pode acometer outras


áreas da pelve e do abdome, principalmente, fossas ilíacas e a irradiação costuma
ser mais ampla. A principal vicissitude é que a sua intensidade, via de regra, aumenta
a cada catamênio. Uma das causas mais comuns de dismenorréia secundária é a
endometriose.

Outros fatores que podem piorar a dor da dismenorréia incluem a retroversão


uterina (inclinação do útero para trás, ao invés dele inclinar-se para frente), a falta de
exercício e o estresse psicológico ou social. A inflamação das tubas uterinas e as
aderências entre órgãos podem causar uma dor abdominal leve, vaga e contínua ou
uma dor mais intensa, localizada e de curta duração. Qualquer que seja o tipo da dor,
ela pode piorar durante a menstruação.

Diante da dismenorréia primária, tendo-se descartado afecção pélvica, deve-se


utilizar um antiinflamatório não hormonal dois ou três dias antes do início do fluxo
menstrual, visando o bloqueio da síntese de prostaglandinas. Caso não haja sucesso,

31
incentiva-se o uso de anticoncepcionais hormonais com o intuito de levar a paciente a
anovulação. Novamente em caso de insucesso, deve-se reavaliar a possibilidade de
doença orgânica relacionada a dismenorréia secundária. Para a náusea e o vômito
pode- se utilizar medicamento antiemético, mas esses sintomas comumente
desaparecem sem tratamento quando as cólicas cessam. O repouso adequado e
exercícios regulares também ajudam a aliviar os sintomas.

A prevalência da doença, segundo dados epidemiológicos, é de 16,8% a 81%.


Estima-se que cerca de 70% das mulheres vão apresentar a queixa em algum
momento de sua vida reprodutiva e 10% a terão de forma tão intensa que referirão
deterioração importante da qualidade de vida devido a queixa. O sintoma pode incidir
em qualquer idade da menacme, porém, seu pico ocorre entre 15 e 25 anos.

A doença interfere muito na qualidade de vida. A intensidade da dor, além da


sua característica desagradável, habitualmente perdura por um a três dias, remete a
perda da produtividade, e até a incapacidade de executar atividades corriqueiras. A
dor pode ainda tornar a síndrome pré-menstrual mais intensa. Este conjunto
configura uma situação predisponente a conseqüências emocionais como ansiedade
e depressão.

O tratamento fitoterápico consiste na utilização de ERVA-DE-


SÃOCRISTÓVÃO.

32
Osteoporose

A osteoporose é enfermidade crônica, multifatorial, muito relacionada ao


envelhecimento. Esta doença é de importância nos dias atuais visto que a expectativa
de vida populacional para as mulheres tem aumentado, inclusive no Brasil em que é
de aproximadamente 72 anos.

Define-se a osteoporose como sendo doença caracterizada por diminuição


progressiva da densidade dos ossos, baixa massa óssea, resistência óssea
comprometida e deterioração da microarquitetura do osso, levando a aumento da
fragilidade óssea e, conseqüentemente, maior risco de fraturas.

Sabe-se que os ossos contêm minerais, como o cálcio e o fósforo, os quais os


tornam duros e densos. Para manter a densidade dos ossos, o organismo necessita
de um suprimento adequado de cálcio e de outros minerais e deve produzir as
quantidades adequadas de vários hormônios, como o paratormônio (hormônio da
paratireóide), o hormônio do crescimento, a calcitonina, o estrogênio (nas mulheres)
e a testosterona (nos homens). Além disso, é necessário um suprimento adequado
de vitamina D, para que o cálcio oriundo dos alimentos seja absorvido e incorporado
aos ossos.

A idade tem efeito marcante sobre a densidade mineral óssea, sendo que ela
aumenta gradativamente até atingir um máximo, em torno dos 30 anos de idade.
Depois disso, ela diminui lentamente em função do decréscimo da formação óssea
em nível celular, resultado da eficiência diminuída dos osteoblastos. Uma mulher
chega a perder em média aproximadamente metade do seu osso trabecular e 35%
de seu osso cortical durante sua vida. Se o organismo não for capaz de regular seu
conteúdo mineral, os ossos tornam-se menos densos e mais frágeis, resultando na
osteoporose.

33
Além da idade, o sexo e a raça estão entre os principais determinantes da
massa óssea e do risco de fraturas. Mulheres são mais suscetíveis à osteoporose do
que homens, pois além de passarem pela menopausa também possuem menor
densidade mineral óssea do que os homens. Fatores genéticos também são
responsáveis pelas variações na massa óssea em diferentes grupos éticos e raciais.
Indivíduos da raça negra possuem maior pico de massa óssea e, portanto, são
menos predispostos a sofrerem de osteoporose que brancos e asiáticos.

Existem vários tipos de osteoporose: a osteoporose pós-menopáusica; a


osteoporose senil, a osteoporose secundária e a osteoporose juvenil idiopática.

A osteoporose pós-menopáusica é causada pela falta de estrogênio, o


principal hormônio feminino, o qual auxilia na regulação da incorporação do cálcio
aos ossos nas mulheres. Geralmente, os sintomas ocorrem em mulheres com idade
entre 51 e 75 anos, mas podem ocorrer mais cedo ou mais tarde. Nem todas as
mulheres apresentam o mesmo risco de apresentar a osteoporose pósmenopáusica.
Por exemplo, as mulheres da raça branca e da raça amarela apresentam maior
propensão a apresentar esse distúrbio do que as mulheres da raça negra.

A osteoporose senil provavelmente é decorrente de uma deficiência de cálcio


relacionada com a idade e de um desequilíbrio entre a velocidade de degradação do
tecido ósseo e a velocidade de formação de osso novo. O termo senil significa apenas
que o distúrbio ocorre em indivíduos idosos. Geralmente, a osteoporose senil afeta
indivíduos com mais de 70 anos de idade, sendo duas vezes mais comum em
mulheres que em homens. Freqüentemente, as mulheres apresentam tanto a
osteoporose senil quanto a osteoporose pós-menopáusica.

34
Menos de 5% dos indivíduos com osteoporose apresentam osteoporose
secundária que pode ser decorrente de distúrbios como a insuficiência renal crônica
e distúrbios hormonais (especialmente distúrbios da tireóide, da paratireóide ou das
adrenais). Ela também pode ocorrer devido ao uso de drogas, como corticosteróides,
barbitúricos, anticonvulsivantes e quantidades excessivas de hormônio tireoidiano. O
consumo excessivo de bebidas alcoólicas e o tabagismo podem piorar o quadro.

A osteoporose juvenil idiopática é um tipo raro, cuja causa não foi identificada
até o presente momento. Ela ocorre em crianças e adultos jovens que apresentam
concentrações e funções hormonais normais e concentrações normais de vitaminas e
que não apresentam qualquer razão óbvia para apresentar fragilidade óssea.

Seus fatores de risco incluem possuir histórico familiar de osteoporose e


fatores ambientais que estão associados à redução de massa óssea como ingestão
insuficiente de cálcio na dieta; sedentarismo, ser de raça branca ou amarela; nunca
ter engravidado; fazer uso de determinadas drogas, como corticosteróides e
quantidades excessivas de hormônio da tireóide; ter tido menopausa precoce; ser
tabagista; e consumir bebidas alcoólicas em excesso. Mas a deficiência estrogênica
causada pela menopausa é considerada um dos principais fatores de risco para
osteoporose em mulheres, uma vez que os estrogênios, por sua ação anti-
reabsortiva, atuam prevenindo a perda de massa óssea, diminuindo o risco de
fraturas. Indivíduos obesos, no entanto apresentam certa proteção contra a doença
uma vez que o índice de massa corporal (IMC) está diretamente relacionado à
densidade média óssea.

35
A maior complicação da osteoporose consiste de fraturas que ocorrem
principalmente nas vértebras, punho e colo do fêmur. Na ausência de qualquer
procedimento de prevenção ou tratamento, uma em cada duas mulheres aos 70 anos
apresentará fraturas de fêmur, e aos 80 anos, duas em três sofrerão o mesmo
problema. Constata-se que metade das fraturas de fêmur por osteoporose evoluem
para incapacitação parcial ou total. Cerca de 20 a 30% dos indivíduos com fratura de
colo de fêmur por osteoporose apresentam alterações circulatórias, respiratórias e
tromboembólicas, resultando em morte dentro dos dois primeiros anos após a fratura.
A identificação precoce das pacientes de risco para osteoporose é de grande
importância clínica.

A prevenção pode ser promovida por


meio da manutenção ou do aumento da
densidade óssea através do consumo de
quantidades adequadas de cálcio (1,5g
diariamente), suplementação de vitamina D;
prática de exercícios com suporte de peso a
fim de aumentar a densidade óssea, e para alguns indivíduos, o uso de drogas
específicas. O consumo de uma quantidade adequada de cálcio é uma medida
eficaz, especialmente antes que a densidade óssea máxima tenha sido atingida (em
torno dos 30 anos de idade).

O estrogênio auxilia na manutenção da densidade óssea nas mulheres.


Freqüentemente, ele é administrado em associação com a progesterona. Logo, a
terapia de reposição estrogênica é eficaz quando iniciada quatro ou seis anos após
a menopausa, embora essa terapia apresente controvérsias por apresentar sérios
riscos e efeitos colaterais.

36
As fraturas devidas à osteoporose devem ser tratadas. No caso de fraturas do
quadril, geralmente é realizada a substituição cirúrgica parcial ou total quadril. As
fraturas do punho são imobilizadas com aparelho gessado ou corrigidas
cirurgicamente.

No caso do colapso vertebral que acarreta dorsalgia intensa, o tratamento


consiste no uso de suportes ortopéticos, de analgésicos e de fisioterapia. No entanto,
a dor persiste durante muito tempo. O levantamento de cargas pesadas e quedas
podem piorar os sintomas.

O tratamento fitoterápico, no caso da osteoporose pós-menopáusica – tipo


específico ligado às outras desordens abordadas nesta aula -, consiste na utilização
de extratos de plantas contendo elevados níveis de isoflavonas. Um exemplo desse
tipo de planta é TREVO-DOS-PRADOS, ou Red Clover, cujo nome científico é
Trifolium pratense L.

O tratamento com essa planta tem


sido empregado em países ocidentais para
reduzir sintomas da menopausa, incluindo
a progressiva perda de massa óssea
induzida pela deficiência de

estrógeno (menopausa pós-


menopáusica).

TREVO-DOS- PRADOS possui elevados níveis de isoflavonas estrogênicos


(genistein, daidzein, biochanin A e formononetin). Genistein e daidzein possuem
estruturas similares a uma substância chamada tamoxifen que possui atividade
similar ao estrogênio, o qual promove a redução da perda de massa óssea pós

37
menopáusica. O genistein tem demonstrado em pesquisas laboratórias como ratos
ovarioctomizados, possuir efeito anabólico na formação óssea e na mineralização
das células ósseas, além de possuir efeito inibitória na reabsorção óssea no fêmur.

Foi verificado que o tratamento oral com doses de 20 e 40 mg contendo o total


das isoflavonas diariamente por 14 dias aumentou significativamente o peso do
fêmur, a densidade e os constituintes minerais do osso. Também foi possível obter
resultados significativos quanto às propriedades biomecânicas dos ossos (tíbia),
como a resistência à ruptura. Além disso foi verificado também a redução do número
de osteoclastos ativos, o que corresponde ao seu efeito inibidor da reabsorção óssea.
Uma vez que seus extratos possuem consistente ação estrogênica verifica-se que
TREVO-DOS-PADROS pode ser utilizada no tratamento e prevenção dos sintomas
da osteoporose pos-menopáusica.

Outros dados a respeito dela estão abaixo:

Família: Fabaceae.

Sinônimos botânicos: Trifolium pratense var. sativum Schreb., Trifolium sativum


Crome, Trifolium pratense subsp. sativum (Schreb.) Schuebl. & Mart.,

Trifolium pratense subsp. sativum (Schreber)


Ponert, Trifolium sativum subsp. praecox (Witte)
Bobr.

Outros nomes populares: trevo-vermelho.


Red clover (inglês), trebol pratense (espanhol),
trèfle des prés (francês), trifoglio rosso (italiano).

38
Constituintes químicos: ácidos orgânicos,
açúcar, derivados cumáricos, fitoestrógenos, glicosídeos cianogênicos,
isoflavonóides, mucilagem, óleos essenciais, proteínas, tanino.

Indicações: esfoliações, acne, psoríase, eczema, furúnculo, catarro bronquial,


tosse, bronquite, sintomas da menopausa.

Parte utilizada: flores.

Contra-indicações/cuidados: gestação.

Efeitos colaterais: não encontrados na literatura consultada.

Candidíase vulvovaginal

A Candidíase vulvovaginal é uma infecção da vulva e da vagina, causada pelas


várias espécies de Candida, fungos comensais das mucosas vaginal e digestiva, que
podem tornar-se patogênicos, sob determinadas condições que alteram o ambiente
vaginal1. Essa doença é um dos diagnósticos mais freqüentes em ginecologia, sendo
o tipo mais comum de vaginite aguda nos países tropicais. A incidência varia de
aproximadamente 25% na população
feminina em geral a 42% entre mulheres
adolescentes. Estudos apontam que 20
a 25% das mulheres adultas apresentam
colonização assintomática6 e 75% delas,
em algum momento, apresentam algum
episódio de infecção clínica em suas
vidas.

39
A Candidíase vulvo vaginal, juntamente com a candidíase oral, são consideradas
as duas formas mais comuns de infecções fúngicas oportunistas, e a
transformação da condição assintomática para a sintomática indica uma
transição da forma saprófita para a forma patógena.
Numerosos estudos indicam que C. albicans é mais freqüente do que as
espécies de não C. albicans. Entretanto, nos últimos anos, tem-se observado um
aumento na freqüência das espécies de não C. albicans.

Ela se caracteriza clinicamente pela ocorrência de prurido vulvar intenso,


leucorréia, dispareunia, disúria, edema e eritema vulvovaginal, sendo prurido o
sintoma mais importante. A ausência de sintomas parece apresentar uma associação
importante com espécies emergentes de não C. albicans.

Alguns fatores de risco potenciais para a doença dão relatados. A presença de


ciclos menstruais regulares tem sido identificada como relevante fator de risco para
a ela, com maior incidência de casos a partir do pico de estradiol. A gravidez, o uso
de contraceptivos orais de altas doses e a terapia de reposição hormonal, por serem
situações de hiperestrogenismo, determinam altos níveis de glicogênio, resultando
um aumento do substrato nutricional dos fungos e favorecendo a infecção da mucosa
vaginal. Por outro lado, o uso de progestogênios orais e, sobretudo, injetáveis confere
às mulheres certa proteção contra episódios de candidíase vulvovaginal, tendo em
vista os níveis de estradiol serem mantidos baixos. A incidência de candidíase não
parece estar significativamente associada ao uso de dispositivo intra- uterino ou
condon.

40
O diabetes mellitus não controlado promove alterações metabólicas, como o
aumento dos níveis de glicogênio, que podem ser significativas para o surgimento de
colonização e infecção por Candida. O controle glicêmico adequado, associado a
mudanças comportamentais, reduz o risco de colonização e infecção por Candida
spp entre diabéticas.

O uso de antibióticos, sistêmicos ou


tópicos, parece estar associado à destruição da
microbiota bacteriana vaginal diminuindo a
competição por nutrientes, o que favorece o
surgimento da doença.

Especula-se, ainda, que


hábitos
higiênicos inadequados podem ser fatores predisponentes para a contaminação
vaginal, dentre eles a higiene anal realizada no sentido do ânus para a vagina,
levando resíduos de fezes para as roupas íntimas, favorecendo o desenvolvimento
da candidíase.

O tratamento é realizado com medicações antifúngicas aplicadas diretamente


na área ou ainda pode ser utilizado o fluconazol oral.

O tratamento fitoterápico consiste na utilização alho (extratos aquosos de


bulbo do alho), cujo nome científico é Allium sativum. O alho possui amplo espectro
de ação antibacteriana; antiviral; antifúngico; antiprotozoário, sendo também benéfico
para os sistemas cardiovascular e imunológico. A sua atividade antibacteriana
atribuída principalmente à alicina. Extrato aquoso contendo essa substância inibe a
síntese de macromoléculas do microrganismo Candida albicans: proteínas, ácidos

41
nucléicos, e lipídios. A síntese desta última classe de macromoléculas é
completamente inibida pelo princípio ativo.

Outras informações referentes ao alho são: Família do Alho, Allium sativum:


Liliaceae.

Sinônimos botânicos do Alho, Allium sativum: Allium pekinense Prokhanov.

Outros nomes populares do Alho, Allium sativum: alho-comum, alho-dahorta,


alho-hortense, alho- manso; garlic e cultivated garlic (inglês); ajo (espanhol), ail
(francês), aglio e aglio comune (italiano); ail (francês); hsiao-suan (chinês); lasan
(hindu).

Composição: Alicina, aliina, água, proteínas, gordura, vitamina B2, ácido


nicotínico, vitamina C, cálcio, fósforo, ferro.

Reações adversas: Em altas doses, pode ocorrer irritação gástrica e náuseas. Pode
ser perceptível o odor de alho na respiração e na pele. Também podem ocorrer
reações alérgicas, como irritação da boca, esôfago e do estômago. O uso crônico ou
doses excessivas de alho podem resultar em diminuição de hemoglobina e lise de
eritrócitos.
Contraindicações: O alho é contraindicado para pacientes sensíveis ao alho,
pacientes com distúrbios gastrointestinais, como úlcera péptica ou doença por
refluxo. Também é contraindicado para gestantes, devido a seus efeitos ocitócicos.

Fitoterapia na população Idosa

A utilização das plantas medicinais entre os idosos se sobressai, na maioria dos


casos, como prática da automedicação, mesmo possuindo acessibilidade aos

42
medicamentos alopáticos. Como pôde ser observado, os idosos, em grande parte,
realizam a prática da automedicação – seja ela por plantas medicinais ou por
medicamentos sintéticos.

A automedicação é uma prática comum na população brasileira sendo definida


como o uso de produtos para a manutenção, prevenção ou tratamento de agravos à
saúde, sem a prescrição, orientação ou acompanhamento de um profissional
habilitado.

Além disso, a população utiliza de forma indiscriminada as plantas medicinais,


devido ao seu desconhecimento sobre a possível existência de toxicidade – que pode
causar reações adversas ao organismo. Ressalta-se que, na maioria das vezes, o uso
de plantas medicinais ocorre associado e/ou substituindo os medicamentos sintéticos.
Diferentemente dos medicamentos sintéticos, o uso de plantas não possui os mesmos
controles de prescrição e de venda, podendo assim aumentar a frequência e os riscos
de automedicação.

Os gastos desnecessários, atrasos nos diagnósticos e na terapêutica


adequada, são uma das desvantagens vivenciadas pelos idosos com a prática da
automedicação. Mas essas não são as únicas, pois devido as suas particularidades
características típicas da senescência, os idosos estão sujeitos ao surgimento de
reações adversas ou alérgicas, intoxicação, internação hospitalar, mascaramento de
alguns efeitos adversos dos medicamentos, entre outros.

A utilização de plantas medicinais é encarada como uma opção na busca de


soluções terapêuticas, visto que as mesmas são utilizadas no tratamento de
enfermidades de todos os tipos, e principalmente pela população de baixa renda, pois
se trata de uma alternativa eficiente, barata e culturalmente difundida.

43
Plantas medicinais mais usadas pelos idosos

44
Plantas Fitoterápicas

45
46
47
Considerações Finais

Apesar de todo avanço na medicina, a Organização Mundial de Saúde (OMS)


reconhece que grande parte da população dos países em desenvolvimento depende
da fitoterapia para os processos de cura de doenças, sejam elas simples ou agudas.
Sendo esta uma prática terapêutica utilizada desde os primórdios da humanidade,

48
com finalidade curativa, preventiva e/ou paliativa, gerando informações
fundamentadas que são repassadas por gerações, atestando sua eficácia por
tradicionalidade de uso e no conhecimento empírico da população.
O uso correto das plantas medicinais e das dosagens adequadas representa
mais economia, menos efeitos colaterais e maior eficácia. Vale ressaltar que existem
plantas perigosas à saúde humana, podendo acarretar riscos sérios e fatais. Existem
publicações científicas de fitoterápicos, e suas aplicações, que são aprovados pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). O ideal é que medidas sejam
tomadas, a fim de instruir as pessoas, sobretudo as da terceira idade, quanto ao uso
desses remédios tradicionais, tendo em vista que esses idosos fazem uso de
fitoterápicos tanto para o tratamento de doenças clínicas de baixo risco como para
enfermidades graves e complexas, e ainda tem a prática de seguir orientações de
pessoas não capacitadas cientificamente como amigos, familiares e demais pessoas
próximas.

Há uma grande necessidade de que os profissionais da saúde sejam mais


especializados e atuem de forma a dar orientações sobre o perigo do uso inadequado
de certos vegetais e instruir a respeito de seu uso racional. O Brasil é detentor de uma
grande variedade de plantas com propriedades farmacológicas comprovadas, e outras
em estudo para posteriores comprovações quanto a sua eficácia. Com isso
conscientizar a população de que a automedicação e produção de medicamentos
naturais requerem cuidados, a fim de garantir a segurança, eficácia e qualidade das
práticas fitoterápicas.

49
REFERÊNCIAS

CAMPESATO, V.R. Uso de plantas medicinais durante a gravidez e risco para


malformações congênitas [Tese]. Porto Alegre (RS): Universidade Federal do Rio
Grande do Sul; 2005.

FINTELMANN.; Volker. Manual de Fitoterapia. 11a Ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2010.

BALBINOT S, VELASQUEZ PG, DÜSMAN E. Reconhecimento e uso de


plantas medicinais pelos idosos do Município de Marmeleiro – Paraná. Revista
Brasileira de Plantas Medicinais, v.15, n.4, 2013, p. 632-638.

MACHADO HL. et al. Pesquisa e atividades de extensão em fitoterapia


desenvolvidas pela Rede FitoCerrado: uso racional de plantas medicinais e
fitoterápicos por idosos em Uberlândia-MG. Revista Brasileira de Plantas Medicinais,
v.16, n.3, 2014, p.527-533.

ÂNGELO T, Ribeiro CC. Utilização de plantas medicinais e medicamentos


fitoterápicos por idosos. Ciência & Desenvolvimento- Revista Eletrônica da FAINOR,
v.7, n.1, 2014, p. 18-31.

CARVALHO TB, Lemos ICS, Sales VS, Figuereido FRSDN, Rodrigues CKS,
Kerntopf MR. Papel dos Idosos no Contexto do Uso de Plantas Medicinais:
Contribuições à Medicina Tradicional. Ensaios e Ciência: C. Biológicas, Agrárias e da
Saúde, v. 19, n. 1, 2015, p. 38-41.

50
OLIVEIRA LAR, Machado RD, Rodrigues AJL. Levantamento sobre o uso de
plantas medicinais com a terapêutica anticâncer por pacientes da Unidade Oncológica
de Anápolis. Revista brasileira de plantas medicinais, v. 16, n. 1, 2014, p. 32-40.

RODRIGUES API, Andrade LHC. Levantamento etnobotânico das Plantas


Medicinais Utilizadas pela Comunidade de Inhamã, Pernambuco, Nordeste do Brasil.
Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.16, n. 3, 2014, p.721-730.
LIMA ARA, Vasconcelos MKP, Barbieri RL, Heck RM. Plantas medicinais
utilizadas pelos octogenários e nonagenários de uma vila periférica de Rio Grande/RS,
Brasil. Revista brasileira de plantas medicinais, v. 16, n. 1, 2014, p. 32-

40.

PIRES IFB. et al. Plantas medicinais como opção terapêutica em comunidade


de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.16,
n.2, 2014, p. 426-433.

DI STASI, L.C. (Org.). Plantas medicinais: arte e ciência. Um guia de estudo


interdisciplinar. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1996. 230 p., il.
(Natura Naturata).

FALKENBERG, M.B. Quinonas. In: SIMÕES, C. M. O. (Org.) et al.


Farmacognosia: da planta ao medicamento. 6.ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS,
2010. p. 657-683.

MENGUE, S.S.; MENTZ, L.A.; SCHENKEL, E.P. Uso de plantas medicinais na


gravidez. In: Sanseverino, V.T.M.; Spreitzer, T.D.; Schüler-Faccini L. Manual de
Teratogênese. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, pp. 423-447. 2001.

51
MIGUEL, M.D.; MIGUEL, O.G. 2000. Desenvolvimento de fitoterápicos. São
Paulo: Robe Editorial. 115p. MILLER, F. Nausea and vomiting in pregnancy: the
problem of perception-- is it really a disease? American Journal of Obstetrics and
Gynecology, v.186, n.5, p.182- 183, 2002.

OLIVEIRA, A.C.D.; ROPKE, C. Os dez anos da Política Nacional de Plantas


Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) e os principais entraves da cadeia produtiva de
extratos vegetais e medicamentos fitoterápicos no Brasil. 2016. Rev Fitos., v.10, n.2,
p.185-198, 2016.

REA, M.F. Os benefícios da amamentação para a saúde da mulher. J


Pediatr., v. 80, n.5, 2004.

TOMA, T.S.; REA, M.F. Benefícios da amamentação para a saúde da mulher e


da criança: um ensaio sobre as evidências. Cad Saúde Pública., v.24, n.2,p.235246,
2008.
VEIGA JR, V.F.; PINTO, A.C. Plantas medicinais: cura segura? Quím. Nova.,
v.28, n.3, p.519-528, 2005.

DUARTE, Ana Flávia Schvabe et al. O uso de plantas medicinais durante a


gravidez e amamentação. Visão Acadêmica, Curitiba, v.18, n.4, Out. -

Dez./2017.Revista Pharmacia Brasileira, jun / jul 2002.

Conselho Federal de Farmácia. Secretaria de estado da saúde do Rio de


Janeiro: http://www.saude.rj.gov.br/GUIASUS/pg_79.shtml Revista Pharmacia

Brasileira, jun / jul 2002.

52

Você também pode gostar