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PROCEDIMENTO

ESTÉTICO DE INJEÇÃO
EM MICROVASOS
(PEIM)
Introdução
⚫ Sistema Circulatório
◦ Funções:
● Transporte de nutrientes,
gases, células e metabólitos
pelo corpo;
● Conservação do calor
● Homeostase
◦ Divisão:
● Sistema vascular sanguíneo
● Sistema vascular linfático
Sistema Circulatório
⚫ Problema:
gravidade!
◦ Bomba
muscular
esquelética
◦ Válvas venosas
Varizes
⚫ Alterações morfológicas nos vasos sangüíneos e linfáticos, ocasionado por
fatores predisponentes e desencadeantes levando-os a tortuosidades e
estases sangüíneas podendo provocar dores, desconforto e alterações
estéticas
⚫ Perda funcional + insuficiência valvular
⚫ Varizes venosas: presente 30-40% da população brasileira (75% bilateral)
Anatomia
⚫ Sistema venoso superficial
◦ Veia safena magna
◦ Veia safena parva
◦ Veias perfurnates
⚫ Sistema venoso profundo
◦ Veia ilíaca
◦ Veia femoral
◦ Veia poplítea
◦ Veia tibial

Retorno venoso □ direção cranial + SVS para


SVP
Fisiologia Venosa
MMII
Fatores de Risco
⚫ Ocupação
⚫ Gravidez
⚫ Dieta
⚫ Obesidade
⚫ Hereditariedade e
etnia
⚫ Faixa etária
⚫ Sedentarismo
⚫ Uso de progesterona 70% > 40 anos □ veias
⚫ Sexo feminino (4:1) varicosas
Tipos de Varizes
⚫ Primárias □ herediteriedade
(fatores intrínsecos)
◦ Fatores desencadeantes:
● Postural, idade (>60 anos); hereditariedade; sexo
feminino (estrógeno, gravidez); raça (□brancos); dieta e
constipação; hormonal (1,5-8 fem x 1 masc); tabagismo;
sedentarismo; obesidade
◦ Bilaterais
Tipos de Varizes
⚫ Secundárias □ doenças adquiridas (fatores
extrínsecos)
◦ Fatores desencadeantes:
● Congênitos (agenesia ou displasia); fístula arterio-venosa
congênita ou traumática; síndrome pós-trombótica após TVP
◦ Unilaterais
Etiologia
⚫ Primárias:
◦ Alterações na parede
venosa
(microcirculação)
● Modificação na estrutura do
colágeno e/ou elastina,
↑material elástico □
espessamento do vaso
● Incompetência valvar localizada
ou segmentar
● Fístulas arteriovenosas
Etiologia
⚫ Secundárias:
◦ Síndrome pós-flebítica (ou pós-trombótica; após
TVP)
◦ Gravidez
◦ Fístulas arteriovenosas traumáticas
◦ Angiodisplasias
◦ Compressões extrínsecas
Classificação das Varizes

⚫ Telangectasias: 0,1 a 2
mm
⚫ Microvarises: 2 a 4 mm
⚫ Varizes: > 4 mm
Telangectasias
⚫ Dilatação de capilares, artérias ou veias
<2mm
⚫ Coloração avermelhada
⚫ Disposição linear ou sinuosa:
◦ Emaranhados
◦ Aracneiforme (aranhas)
◦ Retiformes (rede)
◦ Dilatações puntiformes
Microvarizes
⚫ Pequenos vasos dilatados, tortuosos, situados abaixo
da pele, na gordura dos membros inferior
⚫ Coloração esverdeada/azulada
⚫ 2 – 4 mm
⚫ Assintomáticas
Evolução das
Varizes

1) Telangectasias e Veias
Reticulares
(microvarises)

https://rafaelalvesvascular.com.br/infografico-estagios-das-varizes/
Evolução das
Varizes

2)
Varizes

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Evolução das Varizes

3) Edema /
Eczema
◦ Inchaço

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Evolução das Varizes

4) Dermatite Ocre
◦ Escurecimento
(hemosiderina)

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Evolução das
Varizes

5) Úlcera
Varicosa

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Procedimentos Estéticos
⚫ Glicose 50% ou 75%
(PEIM)
⚫ LIP (luz intensa pulsada)
⚫ Laser ND YAG
⚫ Radiofrequência
Esclerodermia ou PEIM?
⚫ Esclerodermia:
◦ Do grego skleros - significa duro
◦ Definição: é uma forma de tratamento destinada basicamente a fibrosar
os tecidos, causando obstrução da veia.

⚫ Procedimento Estético Injetável em Microvasos - PEIM


◦ Conceito:
● Injeções de pequena quantidade de substância esclerosante em microvarizes
ou telangiectasias (pequenos vasos dilatados superficiais).
◦ Ação:
● Obstrução do fluxo sanguíneo nos vasos aparentes
Histórico
⚫ Hipócrates e Celso (há > 2000 anos):
◦ Raspagem e traumatização da veia (efeito mecânico) e a cauterização
(efeito térmico)
⚫ 1682 – técnica rudimentar para esclerose química de uma variz
por Zollikofer de Saint Gallen, na Suíça, que anunciou após injetar
um ácido em uma veia que criaria um ‘trombo’ ou cicatriz
⚫ 1853 – criação da seringa hipodérmica por Charles Gabriel Pravaz
e Alexander Wood.
⚫ 1851 – descrição técnica da esclerodermia química
⚫ 1908 – injeção de solução de iodo em veia
⚫ 1911 – “esclerosante seguro”: salicilato de sódio
⚫ 1979 – glicose hipertônica
Esclerosantes
⚫ Definição:
◦ Toda substância química que, introduzida em concentrações
adequadas na luz vascular, deve ser capaz de
desencadear um processo que leva à obstrução da
veia.
⚫ Mecanismo de ação:
1. Dispersão o filme protetor de fibrinogênio da camada
íntima
2. Lesão do endotélio venoso
3. Deposição de fibrina na parede venosa
4. Reação inflamatória local como formação de fibrose
5. Colabação da veia deixando de ser visível.
Esclerosante ideal
⚫ Quimicamente estável
⚫ Fluido
⚫ Fácil uso Objetivo:
⚫ Indolor obliteração fibrótica
venosa, mas não
⚫ Inócuo trombose venosa
⚫ Não coagulante
⚫ Ativo
⚫ Eficaz
⚫ Atóxico
⚫ Hipoalergênico
⚫ Ação limitada regional e
controlada
Esclerosantes

⚫ Tipos:
◦ Detergentes: polidocanol (0,5-2%), oleato de
etanolamina (Ethamolin), sulfato tetradecil de sódio,
morruato de sódio
◦ Osmóticos: glicose hipertônica
◦ Químicos: glicerina cromada
Glicos
e
⚫ Solução viscosa (injeção lenta)
⚫ Glicose 50% ou 75%
◦ Mais seguro com relação a alergia, menor risco de
hipercromia quando injetadas fora do microvaso.
⚫ Ação lenta: 30 min a 4 dias
⚫ Mais suave e menor descamação
⚫ Mecanismo de Ação:
◦ Solução osmótica □ desintegração das células endoteliais
⚫ Opcional:
◦ Lidocaína (alívio da dor);
◦ Bolsa de gelo no local da aplicação (alívio da dor)
Glicos
e Pode provocar dor, ardência e cãibras que

desaparecem rapidamente (menos de 5
min)
◦ Vasos menor calibre □ efeito esclerosante
◦ Vasos maior calibre □ diluição e elevação
da glicemia
Contraindicações
⚫ Gravidez e lactantes;
⚫ Alergia ao esclerosante;
⚫ Longo período acamado,;
⚫ Recente episódio de tromboflebite superficial ou trombose profunda
ou embolia pulmonar;
⚫ Diabete descompensada, tumor maligno, doença de glândula
suprarrenal;
⚫ Doenças hepáticas: hepatite virótica aguda, tóxica ou droga
induzida; cirrose
⚫ Doenças cardiovasculares: miocardites e endocardites
⚫ Estado febril, alergia e bronquite asmática;
⚫ Trombofílicos ou predisposição à formação de trombos
Erros de Aplicação
⚫ Injeção de volumes excessivos de
esclerosante;
⚫ Injeção fora do vaso alvo;
⚫ Pressão exagerada na punção
◦ Inflamação perivascular □ angiogênese
pós escleroterapia
Complicações
⚫ Hiperpigmentações;
⚫ Recidivas;
⚫ Telangiectasias secundárias;
⚫ Não desaparecimento;
⚫ Edema temporário;
⚫ Urticária;
⚫ Bolhas dérmicas (compressão por faixas ou
esparadrapo);
⚫ Necrose (úlcera);
⚫ Flebite
Prevenção
⚫ Meias elásticas;
⚫ Evitar sol e calor;
⚫ Controlar sobrepeso e evitar ganho rápido de massa
gorda;
⚫ Atividade física com supervisão;
⚫ Evitar anticoncepcionais hormonais;
⚫ Evitar ficar sentado ou em pé por muito tempo;
⚫ Não fumar;
⚫ Não utilizar cintas abdominais apertadas;
⚫ Utilizar meias elásticas de média compressão durante
a gravidez.
Recomendações Pré-
PEIM
⚫ Evitar bebidas alcoólicas dois
dias anteriores;
⚫ Não depilar ou raspar as áreas ou
utilizar óleos e cremes no dia da
sessão;
⚫ Tomar banho antes da sessão
com sabonete antisséptico
⚫ Evitar banhos quentes
Anamnese
⚫ Alergias;
⚫ Predisposição à hiperpigmentação;
⚫ Cicatrizes ou foliculites
hiperpigmentadas;
⚫ Icterícia;
Minociclina produz
⚫ Distúrbios de coagulação; hiperpigmentação pós
⚫ Vasculite; escleroterapia □ interfere na
⚫ Uso de anticoncepcionais; degradação de
⚫ hemossiderina
Reposição hormonal;
⚫ Gravidez;
⚫ Antibióticos;
⚫ Distúrbios do metabolismo de ferro.
Exame Físico
⚫ Posição ortostática e
decúbito
⚫ Pesquisar
◦ Dilatações superficiais
◦ Aumento de volume de um dos
membros
Registro
◦ Edemas Fotográfico!
◦ Hiperpigmentações
◦ Dermatites, cicatrizes e ulcerações
◦ Hipertermia local
◦ Endurecimento subcutâneo
◦ Tromboflebites
⚫ Palpaçã
o
Procedimento
⚫ Intervalo inter-sessões: semanais ou quinzenais
⚫ Número de sessões: 3-10
⚫ Volume de injeção:
◦ Média: 3-5 mL
◦ Máximo: 10 mL (!)
⚫ Hematomas e inchaços:
◦ Trombofob®, Heparina sódica,Venalot®, Hirudoid®, Reparil® (3-
5 vezes por dia)
Procedimento

1. Higienização local (etanol 70% ou clorexidina 2%)


2. Agulhar os vasos de maior calibre (ângulo 15° -
45°)
3. Iniciar injeção até observar o
desaparecimento imediato do vaso
4. Informar sobre desconforto inicial e sensação
de coceira □ não coçar!
Recomendações Pós-
PEIM
⚫ Utilizar meia elástica de média compressão imediatamente após cada
sessão, principalmente nos três primeiros dias após cada sessão.
⚫ Evitar:
◦ Grandes caminhadas e ficar em pé por longos períodos no dia do procedimento;
◦ Atividades de impacto ou carregar peso nas primeiras 24 horas após cada sessão;
◦ Banho quente durante todo o tratamento;
◦ Exposição ao sol enquanto tiver vestígios e sinais da aplicação na região.
⚫ Depilação, massagem, atividade física só após 12-24 h.

Não compare o seu resultado com o de outras pessoas, pois cada


organismo responde de forma única ao tratamento. Siga à risca as
orientações feitas especificamente para você em consultório.

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