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Tromboflebite superficial (TS)

- Também chamado de Trombose Venosa Superficial


- DEFINIÇÃO: presença de um trombo na luz de uma veia superficial, acompanhada por reação inflamatória da sua
parede e tecidos adjacentes
- Extensão variável (desde pequenas tributárias até grande extensão dos troncos safenos nos MMII, podendo estender-
se até o SVP; também pode provocar TEP)
- Afecção comum (16% da população)
- Mais comum em veias varicosas (devido a estase)
- Mais comum em MIE e veias dos MMSS
- Fisiopatologia ligada a tríade de Virchow (estase, hipercoagulabilidade, lesão endotelial)
- ETIOLOGIA
- Grande número de casos ocorre após LESÃO INTIMAL QUÍMICA, por injeções ou infusões EV de diferentes
soluções, com objetivos diagnósticos ou terapêuticos e/ou mecânicas (cateterismo venoso)
- Pode estar associada a neoplasias, arteriopatias e colagenoses
- Sd de Trousseau – episódios de tromboflebite migratória superficial recorrente, tando em MMSS quanto
em MMII, associados a adenocarcinomas de TGI produtores de mucina (estômago, pâncreas e cólon),
pulmão, mama, ovários e próstata
- Dça de Mondor – tromboflebite de ocorrência rara. Sexo feminino. Compromete veias da parede
ântero-lateral do tórax. Associado a trauma local, uso de ACO, deficiência de proteína C
- Sd de Lemierre – tromboflebite séptica da veia jugular interna concomitante a infecção da orofaringe,
podendo evoluir com metástases para pulmão, fígado e baço. Outras causas: CVC e infecção de outros
sítios cervicais. Agente: Fusobacterium necrophorum
- Dça de Buerger (TAO) – TS de caráter migratório e pode preceder ou ser concomitante ao
comprometimento arterial
- FATORES DE RISCO (semelhantes à TVP)
- Injecções EV, cateterismo venoso, trauma, infecções
- Varizes, imobilização
- Neoplasias, gravidez, trombofilia, infecção
- QC:
- Cordão palpável, quente, doloroso e hiperemiado no curso de uma veia superficial
- Pesquisa de sinais e sintomas de IVC
- DIAGNÓSTICO
- Anamnese
- História de emagrecimento (neoplasias)
- Tabagismo
- Infecção (Sd de Lemierre)
- EF
- Determinar o tronco venoso comprometido e sua extensão
- Exames complementares
- US com doppler – principal exame. Possibilita a visualização direta do trombo no interior do sistema
venoso superficial e sua relação de proximidade com SVP, extensão e acometimento simultâneo do
SVP. Trombo ecogênico e não compressível
- Pesquisa de trombofilias e neoplasias – nos casos em que o evento ocorra em veias não-varicosas e
sem fator desencadeante aparente
- TTO
- Vai depender da sua etiologia, da sua extensão, da gravidade dos sintomas e da sua associação com outros
fenômenos tromboembólicos (TVP e TEP)
- Clínico
- Deambulação
- Posição de Trendelemburg
- Meia elástica
- AINES (Diclofenaco, Nimesulida, Naproxeno)
- Anticoagulantes orais (HNF ou HBPM)
- Anticoagulantes tópicos (Venalot H)
- ATB (se suspeita de TS séptica)
- Cirúrgico
- Opções:
- Ligadura da croça
- Safenectomia
- Retirada de objetos trombosados
- Objetivos:
- Impedir a extensão da trombose do SVS para o SVP
- Tratar a insuficiência venosa superficial, provável causa de TS
- Prevenir recidivas
- Indicado para TS acometendo veias varicosas e na JSF
- Complicação mais importante é o hematoma pós-operatório
- Escolha do TTO
- Comprometimento segmentar em veias isoladas e distais da perna: cuidados locais (Venalot H 1 tubo
passar no local 2x/dia) e nova avaliação em 7 dias
- Extensão proximal do trombo ou sintomatologia importante na extremidade comprometida: HNF ou
HBPM ou NACOS (Xarelto 1cp/dia por 30 dias) em doses terapêuticas, AINES (Nimesulida 100mg 1cp
12/12h por 5 dias) e flebotrópicos (Venalot 1cp 12/12h por 30 dias
- Manutenção com anticoagulantes
- 3 meses: se TS restrita ao SVS
- 6 meses: se TS invadir o SVP ou TVP concomitante

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