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DST/ AIDS

Disfunção grave do sistema imunológico, em que há uma destruição dos glóbulos brancos alterando
totalmente o sistema imunológico (de defesa) do indivíduo infectado.

É uma doença causada pela infecção do vírus HIV (imuno deficiência humana), cujo agente
etiológico é o retrovírus; que pode ser de 2 tipos: HIV 1 e HIV 2. É um vírus no qual mata as células
CD 4 (também chamadas células T auxiliadoras) do nosso organismo, que servem para nos proteger
contra as inúmeras infecções ao qual estamos sujeitos. O vírus também já foi encontrado na lágrima,
urina, fezes, saliva e liquor (líquido céfalo-raquidiano).

Células CD4- são as células que apresentam em sua membrana uma molécula denominada CD4,
encontradas no cérebro, pulmão, intestino, linfonodos, medula óssea e principalmente nos linfócitos
T4 no sangue, sêmen e secreção vaginal.

O modo de transmissão se dá por via sexual, sanguínea, ou de mãe para filho através da gestação
e da placenta durante o parto (via vertical), caso a mãe infectada não faça o devido tratamento
durante a gestação, e ainda pela amamentação pelo leite materno da mãe infectada. A via anal tem
maior risco pelo fato de causar micro-traumatismos a mucosa da região que tem menor
elasticidade do que a via vaginal e também maior vascularização.(por isso até é que usa-se
supositórios via anal devido o fato de ter melhor absorção, no caso de crianças até um ano de
idade).

A detecção laboratorial do vírus é realizada por meios de pesquisa de anticorpos e antígenos(da


pessoa), e material genético(do vírus), através de biologia molecular (do vírus). Esses testes são
chamados de sorologia, e são os mais utilizados. Os testes de triagem para detecção do HIV são
também chamados de ELISA (rápido), entre outros como o da Imunofluorescência indireta, e o
Western Blot (amplificação dos ácidos nucléicos).

02 grupos de testes: os que detectam o próprio vírus, e seus antígenos; e os que detectam
anticorpos resultantes da presença do vírus. Deveram ser realizados inicialmente dois testes
ELISA (tem maior sensibilidade), que se positivos são associados aos mais específicos, para
confirmação do diagnóstico

O período de incubação pode variar de algumas semanas até 3 meses; é o período que vai desde
a infecção até a FASE AGUDA da doença ou Soroconversão (produção de anticorpos específicos,
até 6 meses decorrídos da infecção) (aparecimento de anticorpos circulantes).

O período de latência é aquele compreendido entre a infecção pelo vírus HIV e o aparecimento de
sinais e sintomas que caracterizam a doença, e podem variar de 3 à 10 anos dependendo da via de
infecção.

Denomina-se Janela imunológica ou Soroconversão, o intervalo entre a infecção e a detecção de


anticorpos), via laboratório, porém pode haver um falso positivo às vezes (ELISA negativo). (3
meses).

A evolução da doença pode ser dividida em 3 fases: Infecção AGUDA (pode surge após algumas
semanas com o aparecimento de sinais e sintomas transitórios, tais como: aumento dos gânglios,
febre, calafrios, mialgia e outras dores diversas, ou até erupções cutâneas, etc, acompanhadas de
sorologia positiva para HIV, e que podem ser facilmente confundidas com outras viroses); Infecção
ASSINTOMÁTICA= ausência de sinais específicos para HIV(é aquela que pode perdurar por vários
anos, o indivíduo tem o vírus mais não manifesta); e a doença manifesta ou SINTOMÁTICA (é a
mais grave, é aquela onde aparecem as doenças oportunistas e ocorre a medida que o indivíduo
apresenta as alterações da imunidade, linfadenopatia persistente e acentuada (testes positivos
para HIV, gânglios aumentados em duas ou mais regiões, que não sejam a região inguinal- e
tem duração de pelo menos 3 meses), febre prolongada, diarréia, perda de peso acentuada; e
também por vezes tumores raros como o Sarcoma de Kaposi, Linfoma NÂO-Hodgkin, e Linfoma
primário do cérebro.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS= doença constitucional (presença de 3 ou mais sintomas de duração


maior que 01 mês)

TRATAMENTO= concentra-se nas drogas que agem sobre o ciclo celular do vírus, impedindo a sua
replicação.

As principais drogas são: AZT, ddI, ddC e o d4T; que inibem a enzima trancriptase reversa.

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