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Nome: Larissa Michelin RM: 18146 Série: 3º Química

A estrutura dos vírus é bastante simples quando o comparamos com qualquer


organismo possuidor de células. Podemos dizer que os vírus são partículas
constituídas por material genético envolto por uma camada proteica. Em alguns
casos, observa-se ainda um envelope membranoso envolvendo a cápsula de
proteínas. Veja abaixo mais a respeito de cada uma dessas partes:

 Material genético: Nos vírus, encontramos DNA, RNA ou os dois


combinados. Os vírus que apresentam DNA são chamados de vírus de
DNA e aqueles que possuem RNA são chamados de vírus de RNA.
 Capsídio: O capsídio é uma cápsula formada por proteínas que
envolvem o material genético. Apresenta diferentes formatos e é
formado por pequenas subunidades denominadas de capsômeros.
 Envelope: Os envelopes encontrados nos vírus são, geralmente,
derivados da membrana plasmática da célula onde o vírus reproduziu-
se. Esse envelope apresenta fosfolipídeos e proteínas da membrana,
além de proteínas e glicoproteínas que possuem origem viral.

As doenças causadas por vírus, também conhecidas como viroses, acometem


várias pessoas todos os anos, e são bastante conhecidas pela população.
Existem viroses que são relativamente simples, como os resfriados, e outras
que desencadeiam quadros mais graves, existindo, até mesmo, doenças sem
cura, como é o caso da Aids.

Os vírus são organismos que se caracterizam por se reproduzirem apenas no


interior de células, sendo, por esse motivo, conhecidos como parasitas
intracelulares obrigatórios. Ao parasitar as células, os vírus podem
desencadear doenças, provocando diferentes sintomas. Os sintomas dessas
doenças podem ser resultados de diferentes processos, como a liberação de
enzimas dos lisossomos após a destruição de uma célula, ou ainda em
decorrência de componentes tóxicos presentes no parasita.

Exemplos de doenças:

O HIV atinge o sistema imunológico do indivíduo, enfraquecendo-o e


deixando a pessoa mais vulnerável ao desenvolvimento de doenças
oportunistas. Na década de 1980, quando foi descoberta, a aids era
considerada uma doença aguda e que levava o indivíduo à morte rapidamente.
Hoje a terapia antirretroviral, que é distribuída gratuitamente no Brasil,
possibilita uma melhor qualidade de vida às pessoas infectadas pelo HIV,
garantindo uma vida praticamente normal.

Como sabemos, a aids é provocada por um vírus chamado de HIV. Esse vírus,
pertencente à família Retroviridae, gênero Lentivirus, afeta as células do
sistema imune, em especial os linfócitos T CD4+. O vírus, no entanto, pode
atingir também outras células, tais como macrófagos e monócitos.
O HIV, aos poucos, destrói as células de defesa do corpo, tornando-o incapaz
de resistir a outras infecções, o que leva ao desenvolvimento da aids. De
acordo com a UNAIDS, quando o número das células CD4 cai abaixo de 200
células por milímetro cúbico de sangue (200 células/mm3), considera-se que se
progrediu do HIV para a aids. Em um indivíduo normal, a contagem de células
CD4 fica entre 500 e 1600 células/mm3.

Estágios da infecção pelo HIV


A infecção pelo HIV segue uma série de fases até o desenvolvimento da aids.
Em alguns casos, o tempo entre o contágio e o desenvolvimento da doença
pode ser de até 10 anos, entretanto, em algumas pessoas, esse tempo pode
ser reduzido.
 Infecção aguda
A infecção aguda compreende as primeiras semanas de infecção pelo HIV.
Nessa etapa, uma grande quantidade de vírus é produzida e,
consequentemente, ocorre uma redução das células CD4 no organismo do
paciente. Nesse estágio, a pessoa pode apresentar manifestações clínicas, que
são conhecidas como Síndrome Retroviral Aguda (SRA).
Algumas das manifestações percebidas nessa etapa são febre alta, sudorese,
aumento dos gânglios linfáticos, náuseas, vômitos e perda de peso. Esses
sintomas desaparecem em aproximadamente quatro semanas e, muitas vezes,
são confundidos com outras doenças virais. No final dessa fase, observa-se um
aumento das células CD4, mas essas nunca mais terão a mesma quantidade
observada antes da infecção.

 Fase de latência
Na fase de latência, a pessoa não apresenta manifestações clínicas visíveis,
com exceção dos gânglios linfáticos aumentados, que podem persistir. Anemia
e leucopenia (quantidade baixa de linfócitos) podem estar presentes nos
exames laboratoriais. Nessa etapa, os níveis de HIV são baixos. A fase de
latência pode permanecer por anos.

 Fase sintomática
À medida que a infecção progride, alguns sintomas surgem. Na fase
sintomática, podemos observar sintomas como febre baixa, sudorese noturna,
diarreia crônica, infecções bacterianas e candidíase oral.

 Síndrome da Imunodeficiência Adquirida


A aids instala-se quando o indivíduo começa a apresentar infecções
oportunistas e neoplasias, e o sistema imunológico está seriamente
comprometido. São infecções oportunistas que merecem destaque
a tuberculose e a meningite. No que diz respeito às neoplasias, podemos
citar o sarcoma de Kaposi, que se caracteriza pela formação de lesões na
pele e mucosas, e o linfoma não Hodgkin, que é um tipo de câncer que atinge
células do sistema linfático.
Uma das doenças mais comuns em crianças menores de 10 anos de
idade é a varicela, conhecida popularmente como catapora. Essa doença é
bastante contagiosa e normalmente gera surtos no final do inverno e no início
da primavera. Essa relação com o clima está no fato de que, no frio, as
pessoas procuram ambientes fechados, o que facilita a transmissão.

A transmissão da varicela ocorre por meio de gotículas de saliva presentes no


ar ou, ainda, pelo contato de uma pessoa saudável com o líquido encontrado
no interior das vesículas. Vale frisar que a transmissão também pode ocorrer
pelo contato com objetos contaminados e durante a gestação, pela placenta.

A catapora é causada por um vírus, mais especificamente o varicela-zoster.


Essa doença pode desencadear manifestações sérias em pessoas
imunodeprimidas, crianças muito pequenas e em adultos.

Herpes genital, considerado o herpes tipo II, é uma infecção que causa lesões


em forma de pequenas bolhas (vesículas) de tom avermelhado e localizadas
na região genital, nádegas e ânus. Essas vesículas, em aproximadamente
cinco dias, formam feridas que se cicatrizam espontaneamente em mais ou
menos uma semana, desaparecendo em até 20 dias - caso o paciente não
esteja com seu sistema imunitário comprometido, tal como portadores do vírus
HIV.

O herpes genital, causado pelo vírus do herpes simples (VHS), é considerado


uma doença sexualmente transmissível e suas crises são desencadeadas por
motivos relacionados à baixa imunidade. Uma vez no organismo, dificilmente
o vírus será eliminado, pois se aloja em locais onde o sistema imunológico não
tem acesso, se replicando com o auxílio das células do hospedeiro.
O período de incubação dura até 26 dias após o contato sexual com um
indivíduo portador. Este tem capacidade de transmitir a doença mesmo se suas
feridas já estiverem cicatrizadas ou mesmo se não as tiverem no momento - já
que o vírus pode permanecer no corpo por muitos anos, em latência, não
apresentando sintomas.
Como é uma doença recorrente, a primeira infecção costuma ser mais longa e
agressiva, devido ao organismo não possuir um sistema eficaz de defesa
específica para o VHS e, por esse motivo, as outras crises tendem a ser mais
amenas.

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