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UFCD 6562 – PREVENÇÃO E

CONTROLO DE INFEÇÃO
Formadora: Ana Teresa Correia
Realizado por: Bárbara Silva e Ana Oliveira
INTRODUÇÃO:
• Este trabalho foi concebido para que ficássemos todos a compreender factos sobre a SIDA.
• Neste trabalho fala-se sobre vários temas, nomeadamente, o que é a SIDA, sintomas da
doença, como se faz o diagnóstico, de que formas se pode contrair a doença, de que formas
nos podemos prevenir, viver com SIDA, a SIDA em Portugal, onde obter informação e apoio
sobre os testes do VIH, estatísticas e números sobre a SIDA e um pequeno glossário.
O QUE É A SIDA?
• A SIDA é provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), que penetra no
organismo por contacto com uma pessoa infetada que, começa de imediato a reproduzir-se
dentro dos linfócitos T4 (ou células CD4) acabando por matá-las.
• As células CD4 são, precisamente, os elementos do sistema imunológico que dão indicações
às restantes células para a necessidade de proteger o organismo contra agentes invasores. O
VIH apenas afeta os humanos, só neles sobrevive e se reproduz e pode ser transmitido de
três formas:
• por contacto sanguíneo; através do sémen e dos fluidos vaginais nas relações sexuais; de
mãe para filho, o que pode ocorrer durante a gestação, no momento do parto e durante o
amamentamento.
• O VIH é um vírus bastante poderoso que, ao entrar no
organismo, dirige-se ao sistema sanguíneo, onde começa
de imediato a replicar-se, atacando o sistema
imunológico, destruindo as células defensoras do
organismo e deixando a pessoa infetada (seropositiva),
mais debilitada e sensível a outras doenças, as chamadas
infeções oportunistas que são provocadas por micróbios
e que não afetam as pessoas cujo sistema imunológico
funciona convenientemente.
• Também podem surgir alguns tipos de tumores
(cancros).
• A terceira fase da doença, em que o organismo já não consegue repor completamente a
quantidade de células CD4 destruídas pelo vírus, caracteriza-se por uma imunodepressão
moderada, com sintomas e sinais associados.
• Emagrecimento, suores noturnos, diarreia prolongada e febre, são alguns dos exemplos de
manifestações clínicas nesta fase de evolução da infeção.
• A quarta fase, em que o seropositivo passa a ter SIDA, ocorre quando a contagem de células
CD4 se torna muito baixa ou quando a pessoa é afetada por outra doença indicadora de um
estado de imunodeficiência grave.
O VÍRUS DA SIDA:
• Segundo as investigações feitas nesta área, o VIH pode ter evoluído a partir do Vírus de
Imunodeficiência dos Símios encontrado nos chimpanzés da África ocidental, e ter passado
aos humanos dessa região e daí para o resto do mundo. Esta é a teoria atualmente aceite para
a origem do VIH.
• Existem dois tipos de vírus da imunodeficiência humana, o VIH-1 e o VIH-2, e tanto um
como outro só se reproduzem nos humanos.
• O VIH-1 é o vírus de imunodeficiência humana mais predominante, enquanto o VIH-2 se
transmite com menos facilidade e o período entre a infeção e a doença é mais prolongado.
• O vírus tem que entrar no sistema sanguíneo para poder multiplicar-se. Ele infecta e
multiplica-se dentro dos linfócitos T4, também conhecidos como células CD4, que fazem
parte do sistema imunológico.
• Ao penetrar na célula, o VIH transforma o seu código genético de ARN em ADN, que lhe
permite replicar-se e destruir estas células. Para completar o seu ciclo de reprodução, o vírus
utiliza ainda outras duas enzimas, a protéase e a integrasse.
• Todos os dias o organismo produz quase a mesma quantidade de células CD4 para repor a
diferença, mas, a partir de certa altura, não consegue aguentar este ritmo.
• Se a contagem diminui para menos de 200 unidades por mililitro de sangue, diz-se que o
seropositivo passou a ter SIDA.
• O vírus começa a multiplicar-se assim que entra no sistema sanguíneo da pessoa infetada,
mas podem passar algumas semanas até que o organismo comece a produzir anticorpos.
Imagens do vírus HIV por microscópio eletrónico de
transmissão
SINTOMAS DA DOENÇA:
• Algumas pessoas apresentam sintomas semelhantes aos de uma gripe
como febre, suores, dor de cabeça, de estômago, nos músculos e nas
articulações, fadiga, dificuldades em engolir, gânglios linfáticos
inchados e um leve prurido. Calcula-se que pelo menos de 50 por
cento dos infetados tenham estes sintomas.
• Algumas pessoas também perdem peso e outras, ocasionalmente,
podem perder a mobilidade dos braços e pernas, mas recuperam-na
passado pouco tempo. A fase aguda da infeção com VIH dura entre
uma a três semanas. Todos recuperam desta fase, em resposta à reação
do sistema imunológico, os sintomas desaparecem e observa-se um
decréscimo da carga vírica.
• Os seropositivos vivem, depois da fase aguda, um período em que
não apresentam sintomas, embora o vírus esteja a multiplicar-se no
seu organismo o que pode prolongar-se por diversos anos. É neste
período que se encontram, atualmente, 70 a 80 por cento dos
infetados em todo o mundo.
• Na fase sintomática da infeção (mas ainda sem critérios de SIDA), o doente começa a ter
sintomas e sinais de doença, indicativos da existência de uma depressão do sistema
imunológico.
• O doente pode referir cansaço não habitual, perda de peso, suores noturnos, falta de apetite,
diarreia, queda de cabelo, pele seca e descamativa, entre outros sintomas.
• A fase seguinte na evolução da doença designa-se por SIDA e caracteriza-se por uma
imunodeficiência grave que condiciona o aparecimento de manifestações oportunistas
(infeções e tumores).
COMO SE FAZ O DIAGNÓSTICO:
• O diagnóstico faz-se a partir de análises sanguíneas para
detetar a presença de anticorpos ao VIH. Estes anticorpos são
detetados, normalmente, apenas três a quatro semanas após a
fase aguda, não podendo haver uma certeza absoluta sobre os
resultados nos primeiros três meses após o contágio.
• As primeiras análises a um infetado podem dar um resultado
negativo se o contágio foi recente, por isso, os testes devem
ser repetidos quatro a seis semanas e três meses após a
primeira análise.
• O período em que a pessoa está infetada, mas não lhe são
detetados anticorpos, chama-se “período de janela”.
DE QUE FORMAS SE PODE
CONTRAIR A DOENÇA?
• Através de sangue, sémen, fluidos vaginais, leite materno e, provavelmente, dos
fluidos pré-ejaculatórios dos seropositivos. O VIH não se transmite pelo ar nem
penetra no organismo através da pele, precisando de uma ferida ou de um corte para
penetrar no organismo.
• A forma mais perigosa de transmissão é através de uma seringa com sangue
contaminado, já que o vírus entra diretamente na corrente sanguínea.
• A transmissão por via sexual nas relações heterossexuais é mais comum do homem
para a mulher, do que o contrário. O contágio pode ocorrer em todos os tipos de
relação já que as secreções vaginais ou esperma, mesmo que não entrem no
organismo, podem facilmente contactar com pequenas feridas e cortes existentes na
vagina, ânus, pénis e boca.
• De mãe para filho, o vírus pode ser transmitido durante a gravidez, o parto ou, ainda, através da amamentação.
• O VIH pode encontrar-se nas lágrimas, no suor e na saliva de uma pessoa infetada, contudo, a quantidade de vírus é
demasiado pequena para conseguir transmitir a infeção.
• É durante a fase aguda da infeção, que ocorre uma a quatro semanas após a entrada do vírus no corpo, que existe maior
perigo de contágio, devido à quantidade elevada de vírus no sangue.
• Atualmente, a transmissão por transfusão de sangue ou de produtos derivados do sangue apresenta poucos riscos, uma
vez que são feitos testes a todos os dadores.
DE QUE FORMAS NOS PODEMOS
PREVENIR?
• Usar sempre preservativo nas relações sexuais, não partilhar
agulhas, seringas, material usado na preparação de drogas
injetáveis e objetos cortantes (agulhas de acupunctura,
instrumentos para fazer tatuagens e piercings, de cabeleireiro,
manicura).
• Além dos preservativos comuns, vendidos em farmácias e
supermercados, existem outros, menos vulgares, que podem
ser utilizados como proteção durante as mais diversas práticas
sexuais.
• É, também, preciso ter atenção à utilização de objetos, uma
vez que, se estiverem em contacto com sémen, fluidos
vaginais e sangue infetados, podem transmitir o vírus.
VIVER COM SIDA:
• Os tratamentos anti-retrovíricos permitem preservar e recuperar
parcialmente a função imunológica do organismo, podendo os
seropositivos levar uma vida normal ou muito próxima do normal,
desde que tomem as devidas precauções e que estejam informados
sobre os perigos de determinados comportamentos e atividades.
• Atividade Física:
• Não há nada que impeça um seropositivo de fazer exercício, exceto
se o cansaço ou outros sintomas o impedirem. Como se sabe, o
exercício é importante para a saúde e ajuda a prevenir doenças
cardiovasculares.
• Não se sabe se tem uma influência direta sobre a infeção com o VIH,
mas a maior parte das pessoas que pratica exercícios, com
regularidade, sente-se física e emocionalmente melhor.
• Gravidez:
• As mulheres seropositivas podem passar o vírus ao filho durante a gestação, no momento do parto e através
do aleitamento, portanto, devem refletir bem sobre essa possibilidade antes de engravidar.
• Caso o pai seja seropositivo e a mãe seronegativa, existe já a possibilidade de fazer fertilização in vitro com
esperma «lavado», ou seja, utilizando apenas os espermatozóides que não estejam infetados. Este sistema,
contudo, tem ainda um risco de transmissão de um por cento e não está disponível comummente.
• Alimentação:
• Os seropositivos devem ter bastante atenção ao seu regime alimentar, porque a perda de peso é um dos
sintomas da infeção, podendo os doentes, numa fase avançada da doença, emagrecer de forma excessiva. É,
também, necessário ter uma boa alimentação para ajudar a manter em forma o sistema imunológico, já que
este está a ser afetado pelo vírus.
• Vida Sexual:
• Desde que se proteja e que tenha em atenção determinadas práticas sexuais, é possível manter um
relacionamento sexual.
• Deve usar sempre preservativo em todos os tipos de relações sexuais, por duas razões, para proteger os
parceiros e a si próprio, já que pode ser infetado por uma estirpe diferente do VIH ou por outras doenças
sexualmente transmissíveis como a hepatite B. Devem se evitar as relações sexuais se o parceiro for mulher
e estiver com o período menstrual.
GLOSSÁRIO:
• Anticorpo: Substância que se forma no organismo em resposta a um antigénio, seja alimentar, químico ou
biológico. A sua presença significa que a reação de defesa do corpo atingiu o pico máximo contra o
antigénio que está a afetar o organismo.
• Carga vírica: Teste que permite a determinação da quantidade de VIH que está a circular pelo organismo
de uma pessoa infetada. A carga vírica é calculada em número de cópias de ARN do VIH por mililitros de
plasma.
• Imunodeficiência: Incapacidade de resistir a infeções por deficiência, congénita ou adquirida, do sistema
imunológico.
• Linfócitos: Células do sangue presentes no tecido conjuntivo, diretamente relacionados com o sistema
imunológico. Um dos tipos de Leucócitos ou Glóbulos Brancos. Podem ser de dois tipos: B (Bursa de
Fabrícius) e T (Timo).
• Síndrome: Refere-se ao grupo de sintomas que coletivamente caracterizam uma doença. No caso da SIDA
pode incluir o desenvolvimento de determinadas infeções e tumores, tal como a diminuição de
determinadas células do sistema imunitário (de defesa).
CONCLUSÃO:
• Com este trabalho ficamos a saber muito mais
sobre a SIDA, como a podíamos prevenir e
como deveríamos agir se algum dia a
contraíssemos.
• Espero com este trabalho as nossas colegas
fiquem mais sensibilizadas com esta doença e
que não façam asneiras, pois poderá vir-lhe a
custar-lhe a sua própria vida.
BIBLIOGRAFIA:
• www.sapo.pt
• www.unicef.org

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