Você está na página 1de 6

INSTITUTO POLITÉCNICO DE EMPREGO E GESTÃO DE

NEGÓCIOS – INATEC
Visão Empreendedora e Profissional

Curso de Saúde Materno Infantil 12/13 1º Ano

TEMA: HIV/SIDA (Fases, Modo transmissão e Controle do C4)

Disciplina: SSRM/HIV
Docente: drª Albertina Macuácua
Epidiomologia do HIV

O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é um retrovírus, um tipo de vírus que, como muitos
outros, armazena suas informações genéticas como RNA e não como DNA (a maioria dos outros
seres vivos usa DNA).

Quando o HIV entra em uma célula humana, ele libera o seu RNA, e uma enzima chamada
transcriptase reversa faz uma cópia do DNA do RNA do HIV. O DNA do HIV resultante é
integrado no DNA da célula infectada. Este processo é o reverso daquele usado pelas células
humanas, que fazem uma cópia de RNA do DNA. Assim, o HIV é chamado um retrovírus, como
referência ao processo reverso (para trás).

O HIV destrói progressivamente certos glóbulos brancos do sangue chamados linfócitos CD4+.
Os linfócitos ajudam a defender o corpo contra células estranhas, organismos infecciosos e
câncer.

Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS)

A AIDS é forma mais grave de infecção por HIV. A infecção por HIV é considerada AIDS
quando desenvolve pelo menos uma doença como complicação séria ou o número (contagem) de
linfócitos CD4+ decresce substancialmente.

A AIDS é diagnosticada quando pessoas que foram infectadas pelo HIV desenvolvem certas
doenças (chamadas infecções oportunistas), incluindo infecções fúngicas (como criptococose e
pneumonia por Pneumocystis jirovecii), infecções bacterianas (como o complexo
Mycobacterium avium e Mycobacterium tuberculosis) e infecções virais (como infecções graves
por herpes simples e infecções por citomegalovírus) que pode dar origem a uma perda de peso
substancial

Todos fluidos corporais contenham o vírus ou células infectadas pelo vírus. O HIV pode surgir
praticamente em qualquer líquido corporal, mas a sua transmissão ocorre sobretudo através do
sangue, do sêmen, dos fluidos vaginais e do leite materno. Embora as lágrimas, a urina e a saliva
possam conter baixas concentrações de HIV, a transmissão por estes líquidos é extremamente
rara, se ocorrer.

O HIV é geralmente transmitido das seguintes formas:


Por contato sexual com uma pessoa infectada, quando a membrana mucosa que reveste a boca, a
vagina, o pênis ou o reto fica exposta a líquidos corporais, como sêmen ou fluidos vaginais
contendo HIV, como ocorre durante uma relação sexual desprotegida.

Injeção de sangue contaminado, como pode ocorrer quando agulhas são compartilhadas ou um
profissional de saúde é acidentalmente picado com uma agulha contaminada por HIV.

Por transmissão de uma mãe infectada para o seu filho, quer seja antes, durante ou depois do
parto através do leite materno.

Procedimentos médicos, como transfusão de sangue que contenha HIV, procedimentos


realizados com instrumentos inadequadamente esterilizados ou transplante de um órgão ou de
tecidos infectados.

O HIV tem mais probabilidade de ser transmitido se a pele ou uma membrana mucosa for
lacerada ou danificada, ainda que minimamente.

De mãe para filho

 Durante a gravidez, para o feto através da placenta 20%


 Durante o parto, para o bebê ao passar pelo canal do parto 60%
 Para o bebê após o nascimento pelo leite materno20%

Sem medicamentos antirretrovirais, o risco cumulativo global de transmissão da mãe para a


criança é de 35% a 45%.

Fases da Infecção por HIV?


Desde o momento em que uma pessoa é infectada pelo vírus HIV até a possível instalação da
doença com os seus sintomas, 4 diferentes fases se desenvolvem, cada uma com características
próprias. São fases da infecção pelo vírus HIV e não fases da doença ou fases da AIDS.
Acompanhe!
1. Fase de infecção aguda
Essa primeira fase é típica de uma infecção viral aguda, como uma gripe. Seus sinais e sintomas
constituem uma consequência da rápida multiplicação do vírus no organismo, logo após a pessoa
ser infectada.
Nessa fase, portanto, a carga viral é elevada e, por esse motivo, a transmissibilidade também é
muito alta. No entanto, durante um período de cerca de 10 dias desde o contágio, como ainda não
foram produzidos anticorpos detectáveis pelos exames (teste de HIV), estes podem mostrar um
resultado negativo.
Os sintomas mais comuns resultam do embate inicial das defesas do corpo com os vírus e
ocorrem ao longo das primeiras semanas: cansaço, dor de garganta , febre, mialgia (dor
muscular) Diarreia, erupções cutâneas ,emagrecimento.
2. Fase de Latência Cínica ou Assintomática
Após a fase inicial de infecção aguda, o vírus HIV continua se reproduzindo no organismo,
porém, em concentrações mais reduzidas, em razão das respostas do sistema imunológico.
Assim, essa é uma fase sem sintomas, mas a pessoa continua capaz de promover o contágio pela
transmissão nas situações de suscetibilidade.
O HIV apresenta rápidas e constantes mutações, o que exige forte interação do sistema
imunológico na defesa do organismo. De modo geral, não há um abatimento do corpo a ponto de
se tornar suscetível a outras infecções por novas doenças. Essa condição de latência
assintomática pode durar por muitos anos.
3. Fase Sintomática Inicial
Com o passar do tempo e um ataque contínuo às células de defesa, o sistema de proteção do
corpo começa a ser destruído. Desse modo, o resultado é a crescente suscetibilidade do
organismo a novas doenças comuns, como as gripes e outras infecções.
Quando o corpo é atingido por uma infecção qualquer, seja de vírus ou bactérias, as células de
defesa chamadas linfócitos T CD4 são ativadas para o combate. Na fase sintomática do HIV, se
observa uma redução dessas células no sangue, uma vez que constituem o alvo preferencial do
vírus HIV.
Para você ter uma ideia de como o vírus reduz as defesas imunológicas, os valores de referência
(a quantidade normal) de linfócitos T CD4 no sangue é da ordem de 800 a 1.200 unidades por
mm3 de sangue. Por ação do HIV, a contagem pode chegar a cair abaixo de 200 unidades.
Nessa fase sintomática inicial é que se faz o diagnóstico da doença, pois, começam a surgir
sintomas que fazem com que a pessoa procure atendimento médico. Nesse momento da infecção,
os principais sintomas são: Diarreia persistente, TB, Pneumonia, Emagrecimento Acentuado,
herps Zooster,etc.
É também nessa terceira fase da infecção por HIV que o tratamento com medicação
antirretroviral é iniciado. Em suma, os resultados costumam inibir a multiplicação do vírus e
trazer de volta o número normal de linfócitos, o que restaura a imunidade inicial (proteção contra
doenças).
4. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS)
Se o organismo não receber o suporte necessário para que as forças de defesa se recuperem o
suficiente, o comprometimento do sistema imunológico será tal que a imunodeficiência se
instala. Sem a proteção devida, surgem, então, as chamadas doenças oportunistas, uma das
marcas registradas da AIDS.
Nesta fase final, o tratamento é indispensável, ou facilmente as doenças e complicações se
agravam até o óbito. Assim, podem surgir hepatites virais, tuberculose, pneumonia,
toxoplasmose e mesmo alguns tumores (sarcoma de kaposi).
As gestantes infectadas com medicamentos antirretrovirais pode reduzir o risco de transmissão
significativamente. Imediatamente ao diagnostico deve iniciar o tratamento.

Contagem de CD4

O número de linfócitos CD4+ no sangue (a contagem de CD4) ajuda a determinar o grau de


imunodeficiência e gravidade dos danos causados pelo HIV.

A maioria das pessoas saudáveis apresenta uma contagem de CD4 de 500 a 1.000 células por
microlitro de sangue. Normalmente, o número de linfócitos CD4+ é reduzido durante os
primeiros meses de infecção. Passados cerca de três a seis meses, a contagem de CD4 se
estabiliza, mas, sem tratamento, geralmente continua a declinar a um ritmo que varia de lento a
rápido.

Se a contagem de CD4 cair para menos de 200 células por microlitro de sangue, o sistema
imunológico fica menos capaz de combater determinadas infeções (como a pneumonia por
Pneumocystis jirovecii). A maioria dessas infecções é rara em pessoas saudáveis. No entanto,
elas são comuns entre pessoas com o sistema imunológico enfraquecido. Essas infecções são
chamadas infecções oportunistas porque se aproveitam de um sistema imunológico enfraquecido.

Um número inferior a 50 células por microlitro de sangue é especialmente perigoso, uma vez que
surgem comumente mais infecções oportunistas que podem causar perda grave de peso, cegueira
ou morte. Essas infecções incluem:

A carga viral representa a rapidez com que o HIV se está reproduzindo. Quando as pessoas são
infectadas, a carga viral aumenta rapidamente. Em seguida, depois de cerca de 6 meses, mesmo
sem tratamento, ela cai para um nível mais baixo, o qual permanece constante, chamado de ponto
de regulação. Este nível varia amplamente de pessoa a pessoa, de apenas algumas centenas a
mais de um milhão de cópias por microlitro de sangue.
A carga viral também indica o quanto a infecção é contagiosa, com que rapidez a contagem de
CD4 tem probabilidade de diminuir, com que rapidez os sintomas têm probabilidade de surgir.

Quanto maior o ponto de regulação da carga viral, mais rapidamente a contagem de CD4
diminui para os níveis baixos (menos de 200) que aumentam o risco de infecções oportunistas,
mesmo em pessoas sem sintomas.

Sinais e Sintomas mais graves

O sarcoma de Kaposi, um câncer causado por um herpesvírus sexualmente transmissível, se


manifesta como placas vermelhas a roxas na pele, elevadas e indolores. Ele ocorre
principalmente em homens que fazem sexo com homens.

Podem ocorrer cânceres do sistema imunológico (linfomas, tipicamente o linfoma não


Hodgkin), por vezes aparecendo primeiro no cérebro. Quando o cérebro é afetado, esses
cânceres podem causar fraqueza de um braço ou perna, dor de cabeça, confusão ou
alterações da personalidade.

Ter AIDS aumenta o risco de outros cânceres. Eles incluem câncer do colo uterino, ânus,
testículos e pulmões, bem como melanoma e outros cânceres de pele. Homens que têm relações
sexuais com homens são propensos ao desenvolvimento de câncer do reto devido aos mesmos
papilomavírus humanos (HPV) que causam câncer do colo uterino em mulheres.

Você também pode gostar