Você está na página 1de 12

UNIVERSIDADE POTIGUAR – UNP.

CAMPUS MOSSORÓ-RN.

ESCOLA DA SAÚDE.

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM – BACHARELADO

SAÚDE DA MULHER.

VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV)

Mossoró/RN

2019
Andreza Mirella Enéas de Medeiros

Érika Isabeline Campos de Mendonça

Franciane Marques

Natanael Araújo da Costa

Rayane Gondim de Araújo

VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV)

Relatório desenvolvido como requisito

Para nota da primeira unidade da

Disciplina Saúde da Mulher.

Mossoró/RN

2019
VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV)

VIRUSES OF HUMAN IMMUNODEFICIENCY (HIV)


Andreza Mirella Enéas de Medeiros; Érika Isabeline Campos de Mendonça;

Franciane Cavalcante Marques; Natanael Araújo da Costa;


Rayane Gondim de Araújo.

Resumo: O vírus HIV ( Vírus da imunodeficiência humana), ataca o sistema


imunológico atingindo os linfócitos TCD4+, podendo ser transmitido pelas vias sexual,
parenteral ou vertical. O HIV diferencia-se em tipos 1 e 2, sendo que o HIV 1 é o mais
patogênico e o mais prevalente é o tipo HIV2, sendo endêmico na África ocidental,
disseminando-se pela África. ( Parham P.2000) O tratamento para o HIV é denominado
comumente de terapia antirretroviral conhecido também pela sigla TARV e é
fundamental para melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem com o vírus,
além de diminuir drasticamente as chances de transmissão a outras pessoas. Nos casos
em que não há acesso ou boa adesão ao tratamento, o HIV pode tornar o sistema
imunológico insuficiente para que o próprio corpo se defenda e responda a doenças
oportunistas que podem eventualmente levar a pessoa a óbito. mas por doenças
oportunistas causadas pela falha no sistema imunológico. (UNAIDS. 2017)
PALAVRAS-CHAVES: VÍRUS HIV, HIV-AIDS, HIV, TRATAMENTO HIV,
LINFÓCITO TCD4+, VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA,

ABSTRACT: The HIV virus (Human Immunodeficiency Virus) attacks the immune
system on CD4 + T lymphocytes, and can be transmitted through the sexual, parenteral
or vertical pathways. HIV differs in 1 and 2, with HIV being more pathogenic and the
most prevalent being HIV2, being endemic in West Africa, spreading throughout Africa.
(Parham P.2000) HIV treatment is critical to improving antiretroviral therapy and is
important to drastically improve the chances of transmission of people. In cases where
access or treatment is not provided, HIV does not become insufficient for the body to
advocate for and respond to an opportunity that may have an alternative to a death. but
because of the causes caused by failure in the immune system. (UNAIDS, 2017)

KEYWORDS: HIV VIRUS, HIV-AIDS, HIV, HIV TREATMENT, TCD4 +


LYMPHOCYTE, HUMAN IMMUNODEFICIENCY VIRUS,
Introdução:

A descoberta do vírus da imunodeficiência ( HIV), aconteceu no inicio da


década de 80, mais precisamente em 1981, mas com o passar do tempo notou-se um
aumento exponencial do número de portadores. ( SABINO; BARRETO; SANABANI,
2005)

Segundo dados obtidos através da Organização Mundial de Saúde (OMS)


nos países ricos impactou e desestabilizou os sistemas sanitários e sociais, em
consequência disso em países pobres os problemas agravou-se excessivamente. Em
poucos anos, está epidemia tornou-se um grande problema de Saúde Pública e uma das
principais preocupações para a OMS.

O HIV é um retrovírus disseminado entre seres humanos decorrente de


fluidos corporais, como sangue, sêmen, secreções vaginais, fluido pré-ejaculatório e
leite materno. Tendo em vista que está infecção sexualmente transmissível, ataca o
sistema imunológico atingindo os linfócitos TCD4+ ou células T, que são um grupo de
glóbulos brancos (leucócitos) encarregados pela defesa do organismo contra agentes
desconhecidos (antígenos) seu papel principal é como imunidade especifica e imunidade
inata, induzindo a apoptose (auto destruição) se diferenciando de acordo com a sua
função, o TCD4+ apresenta-se como auxiliar, defendendo o corpo contra vírus,
bactérias e fungos.

Aproximadamente 14 mil pessoas são infectadas pelo HIV, porém desde o


principio da epidemia 20 milhões de pessoas já vieram a óbito em decorrência da
Síndrome da imunodeficiência adquirida- AIDS. A estimativa para os próximos 20 anos
é a de que se as politicas públicas e ações eficazes de controle não forem bem aplicadas,
70 milhões de pessoas certamente serão contaminadas com o vírus. ( ROCHA, 2003)

Todos os portadores diagnosticados com HIV têm direito a iniciar o


tratamento com antirretrovirais rapidamente, e, assim, resguardar o seu sistema
imunológico. Esses medicamentos (coquetel) impossibilitam que o vírus se
multipliquem dentro das células T-CD4+ e interrompem, assim, que a imunidade caia e
que a AIDS apareça.
Desenvolvimento:

O HIV pertence à família Retroviridae, porém à uma subfamília diferente, a


dos lentivírus. Como os demais retrovírus é um vírus envelopado , cujo material
genético é um RNA de fita-simples que é produzido no núcleo da célula, possuindo
como atributo peculiar do grupo, a assiduidade da enzima transcriptase reversa ,
posicionada no interior do núcleo viral juntamente com as fitas de RNA. Fazendo com
que a própria célula comece a produzir RNA viral, ou seja, reproduzindo o vírus. Ao
atacar os linfócitos, o HIV faz com que nosso corpo fique exposto a infecções e suas
complicações.

No período inicial o HIV pode designar-se a partir de sintomas similar ao de


uma gripe, podendo também passar um longo período assintomático. Em decorrência
disso vai progredindo e interferindo o organismo, resultando em escassez imunológica e
suscetibilidade a uma série de infecções oportunistas e outros tipos de infecções, como
câncer e infecções oportunistas. Progressivamente divide-se em três estágios: Infecção
aguda, latência e AIDS. Ou seja, preliminarmente, sintomas de gripe, os prognósticos
nessa fase podem perdurar-se entre uma ou duas semanas e como não são manifestações
específicas não é reconhecido como sinais de infecção por HIV.

Atualmente, o vírus HIV é dividido em dois tipos, o HIV-1 e o HIV-2, Estes


dois tipos diferenciam-se evidentemente em critérios de difusão, patogenicidade,
transmissibilidade e desenvolvimento da doença, ambos são causadores de AIDS: O
HIV-1, é o predominante causador da epidemia universal; O HIV-2 é menos violento e
transmissível (heterossexual e verticalmente) do que o HIV-1, sendo correlacionado a
um extenso intervalo de latência, levando ao prolongamento extemporâneo da doença.
As infecções oportunistas decorrem como consequência do gradativo esgotamento
imunológico ao longo do tempo. 

HIV-1 : Causador de quase todos os casos de AIDS mundialmente , com


exclusão no oeste da África, sendo dividido em subtipos de A a K , com
preponderância universal dos subtipos A, B, C, D e E. Os subtipos de A a K são
segmentados em 2 associações superiores designados M (mais constante no mundo).
O HIV-2 : Detectado principalmente no oeste da África, sendo insólito em
outros locais Comparado ao HIV-1, a ameaça de transmissão aparenta ser
consideravelmente menor, o aceleramento de encadeamento para doença é longa, com
atenuação mais lenta na contagem de linfócitos T CD4, e com carga viral mais reduzida.

O retrovírus é disseminado entre seres humanos decorrente de fluidos


corporais, como sangue, sêmen, secreções vaginais, fluido pré-ejaculatório e leite
materno. É transmitido principalmente por relações sexuais sem o uso do preservativo, e
compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas com sangue, o que é frequente
entre usuários de drogas ilícitas. Contaminando e se multiplicando nos linfócitos e nos
macrófagos humanos, demolindo a plenitude do sistema imunológico por toda a
extensão de muitos anos.

Conviver com o vírus HIV é diferente de viver com AIDS, o vírus da


imunodeficiência humana transmite a doença AIDS (síndrome da imunodeficiência
adquirida), sendo ela o estágio mais avançado desta infecção, onde o indivíduo
começa a sofrer como clínica da doença: perda de peso, sensação constante de
cansaço, transpiração noturna, evoluindo para feridas na boca, esôfago e órgãos
genitais, sensibilidade aumentada à luz, entre outras moléstias que pode causar a
morte. Mas nem todo indivíduo que vive com o vírus chega a desenvolver a
síndrome.

Isso resulta por conta das transfigurações dos sistemas imunológicos de


cada pessoa e como o organismo vai manifestar-se contra o HIV. Em algumas
circunstâncias a infecção progride mais rapidamente do que em outros, chegando a
fase chamada de AIDS.  Há muitas pessoas soropositivas que copulam no decorrer de
anos sem progredir a doença. No entanto, podem transmitir aos outros o vírus que
trazem consigo.

Existem muitos mitos sobre a transmissão do HIV como: suor, saliva


(apenas se houver contato sanguíneo), aperto de mão, abraço, sabonete, toalha, lençóis
compartilhados, assento do ônibus, piscina, beijo no rosto, e na boca, doação de sangue
e até mesmo transmissão polo ar, todas essas são condutas que não transmite o vírus.

Para reduzir o risco de infecção em situações de exposição ao vírus, como


profilaxia para o risco de infecção para HIV, criou-se a PEP (Profilaxia Pós-Exposição
de Risco), trata-se de um medicamento antirretroviral que tem como o principal objetivo
impedir que a pessoa seja infectada. Sendo uma medida de prevenção de urgência à
infecção pelo HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST).
Deve ser utilizada após qualquer situação em que exista risco de contágio, tais como:
Violência sexual, relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com
rompimento da camisinha), acidente ocupacional (com instrumentos perfuro cortantes
ou contato direto com material biológico).Para que esse medicamento funcione, o
tratamento deve ser iniciado logo após a possível exposição ao vírus, dentro de um
período máximo de 72 horas (3 dias) e deve ser tomado por 28 dias.

A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV é uma estratégia de prevenção à


infecção pelo HIV. A PrEP restringe-se na tomada diária de um comprimido que proíbe
que o vírus causador da aids infecte o organismo, antes de a pessoa ter contato com o
vírus. Só deve ser

utilizada por pacientes que podem ter alto risco de contaminação pelo HIV.

Os medicamentos antirretrovirais surgiram na década de 1980, onde é


possível impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos não tem o
objetivo de matar o vírus, mas ajudam a evitar o enfraquecimento do Sistema
Imunológico. O uso regular e adequado do medicamento, melhora a qualidade de vida
do paciente, elevando sua expectativa. Alguns desses medicamentos são:

 Tenofovir (TDF) 300mg - Comprimido revestido


 Lamivudina (3TC) 150mg - Comprimido revestido
 Efavirenz (EFZ) 200mg - Cápsula gelatinosa dura

Existe diferentes abordagens de prevenção do HIV, para responder as


necessidades específicas de determinados segmentos populacionais e de determinadas
formas de transmissão como:

 Uso da camisinha, pois é uma das melhores formas de prevenir a infecção;


 Diminuir o número de parceiros sexuais, onde indivíduo terá menos exposição
aos

riscos;
 Aulas de educação sexual, para informar e esclarecer a prática correta do sexo,
entre

outras formas.

Uma forma rápida de diagnóstico é o Teste Rápido do HIV, que tem seu
resultado obtido no mesmo dia, cerca de 30 minutos a 2 horas depois de sua realização.
Sua grande vantagem é que o paciente poderá saber resultado durante a consulta, onde
pode acontecer um acolhimento e esclarecimento sobre o vírus, e como acontece o
tratamento.

O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou


por fluido oral. Alguns testes são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde
(SUS). Segundo o noticias.uol 734 mil pessoas vivem com o vírus HIV no Brasil, mas
só 589 mil sabem.

Como auxilio para essas pessoas temos os Diagnósticos de Enfermagem,


que contribuem para assistência ao paciente, previne e diminui riscos e complicações.
Os seguintes diagnósticos, foram traçados com finalidade terapêutica para pacientes
HIV positivo:

 Ansiedade, caracterizada por: Preocupação em razão de mudança em eventos da


vida.

Relacionado a ameaça de morte frente ao seu estado de saúde;

 Interação Social Prejudicada, caracterizada por: Desconforto em situações


sociais.

Relacionado a Distúrbio no autoconceito;

 Proteção Ineficaz, caracterizado por: Diminuição na capacidade de proteger-se


contra

ameaças internas e externas. Relacionado aos distúrbios imunológicos e alterações


hematológicas;

 Intolerância à Atividade, caracterizado por: Energia fisiológica ou psicológica

insuficiente. Relacionado aos sintomas precoces de demência e alterações no padrão


respiratório;
 Padrão Respiratório Ineficaz, caracterizados por: Diminuição da pressão
inspiratória e

Expiratória relacionado a hiperventilação;

 Risco de Infecção, por condições associadas a Alteração na integridade da pele,

Procedimentos invasivos, imunossupressão;

 Integridade da Pele Prejudicada, por condições associadas a Imunodeficiência.

A implementação dos Cuidados de Enfermagem é essencial para a melhoria


e bem-estar do paciente e coletividade. É importante salientar que o paciente com HIV
positivo é propenso ao desenvolvimento de infecções oportunistas que podem ocasionar
a internação do paciente, e esses cuidados iram prevenir diferentes enfermidades e
reduzir seu período de hospitalização.

Dentre esses cuidados destacam-se:

 Avaliar nível de conhecimento do paciente sobre a doença;


 Avaliar estado psico espiritual;
 Diminuir ao máximo o sentido de isolamento social;
 Melhorar o processo mental;
 Melhorar a tolerância a atividades;
 Avaliar estado respiratório;
 Promoção do bom estado nutricional do paciente;
 Monitorizar os hábitos intestinais do paciente;
 Prevenir a infecção;
 Manter integridade da pele;
 Realizar a inspeção na pele e mucosas;
 Avaliar e aliviar dor e desconforto;
 Estimular a higiene pessoal e Autocuidado.
Conclusão

Não existe ainda uma cura para o vírus HIV, pois ele é apto a se
refugiar-se em alguns lugares do organismo chamados de santuários reservatórios
onde o vírus fica protegido da ação do sistema imunológico e dos antirretrovirais,
ausentando-se da ação das medicações que tentam contraria-lo.

Além do mais, ele pode manifestar-se de uma infinidade de formas


diferentes graças às milhares de mutações que desenvolve ao se multiplicar,
obstaculizando a criação de uma vacina. Mesmo com todas estas referências,
alguns pacientes esquecem de tomar seus antirretrovirais periodicamente e isso faz
com que o HIV fique vigoroso a eles, passando a multiplicar-se repetidamente e
agredir o sistema imunológico.

É importante evidenciar que a pessoa portadora do vírus tem uma vida


praticamente comum. Fazer o uso de medicamentos indicados, acompanhamentos
clínicos regularmente e manter práticas saudáveis como exercício físico e
alimentação saudável são de extrema importância. É fundamental o uso de
preservativos para evitar a transmissão do HIV e de outras infecções sexualmente
transmissíveis.

Consequentemente o uso correto das medicações, o controle através de


exames e o acompanhamento clínico contínuo são aspectos indispensáveis para
sustentar a doença controlada.
Referências:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922010000200015

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/terapia-
antirretroviral-tarv/30921

http://www.rbac.org.br/artigos/patogenese-do-hiv-caracteristicas-do-virus-e-
transmissao-materno-infantil/

https://docplayer.com.br/6946962-Virus-da-imunodeficiencia-humana-hiv-e-
aids.html

http://www.hospitalmoinhos.org.br/90dicas/cuidados-gerais/hiv-e-aids-entenda-
diferenca/

http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv

file:///C:/Users/Casas%20Bahia/Downloads/Cap%C3%ADtulo%20de%20S
%C3%ADndrome%20da%20Imunodefici%C3%AAncia%20Humana_Fernando
%20e%20Rodrigo.pdf

https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/1073

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/virus-da-
imunodeficiencia-humana/26306

http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=31

http://www.scielo.br/pdf/anp/v54n2/27.pdf

http://www.bphc.org/whatwedo/infectious-diseases/Infectious-Diseases-A-to-
Z/Documents/Fact%20Sheet%20Languages/HIV/Portuguese.pdf

http://www2.unifap.br/ppcs/files/2014/09/Janete-Silva-Ramos.pdf

https://www.minhavida.com.br/saude/galerias/20481-conheca-15-tipos-de-dsts-e-
como-preveni-las
http://www.aids.gov.br/pt-br/profissionais-de-saude/hiv/diagnostico-de-infeccao-
pelo-hiv

http://www.giv.org.br/HIV-e-AIDS/PEP-Profilaxia-P%C3%B3s-Exposi
%C3%A7%C3%A3o/index.html

Nanda 2018.

Você também pode gostar