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(gabs) As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são doenças causadas por microrganismos, cuja
principal via de transmissão é o contato sexual desprotegido, seja ele oral, anal ou vaginal). Seu alto
índice de disseminação está diretamente relacionado à falta ou à utilização incorreta do preservativo
seja ela masculina ou feminina. Esse fato pode estar relacionado à situação precária dos serviços de
saúde e à precariedade da educação sexual difundida tanto pelas escolas quanto pelos pais, além de
outras formas utilizadas pelos jovens para obter informações, como a internet ou até mesmo por trocas
de experiências entre eles. Sabe-se que a utilização de medidas que visam o controle de IST que não
abordam o contexto sociopolítico não geram resultados suficientemente positivos. Observa-se que as
práticas associadas à prevenção de IST devem levar em consideração a cultura da sociedade envolvida,
de forma que os saberes da comunidade sejam respeitados, e sua identidade cultural seja reconhecida.
(lopes)Apesar disso, o diálogo sobre assuntos relacionados às IST e ao sexo na sociedade moderna ainda
é muito dificultado devido aos estigmas envolvidos, associados principalmente à cultura e às crenças da
população. Tal fato dificulta que o assunto seja abordado tanto nas escolas como dentro do ambiente
familiar, o que pode resultar em um déficit no conhecimento dos adolescentes.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as IST têm aumentado gradativamente em
todo o mundo desde a década de 1990. Esse aumento pode estar associado à difícil detecção dessas
doenças, devido ao fato de grande parte das IST apresentarem sintomas sutis, tanto em homens quanto
em mulheres. Essas doenças também se relacionam diretamente a questões socioculturais e de gênero,
o que dificulta tanto a prevenção quanto o tratamento (FALAREMOS MAIS A DIANTE SOBRE A
PREVENÇÃO, O TRATAMENTO DE CADA UMA DAS INFEÇÕES)
(pedro)A organização mundial de saúde (OMS) calcula que no mundo, em cada ano, mais de 250
milhões de pessoas adquirem uma nova IST. Nos Estados Unidos são infetadas anualmente cerca de 20
milhões de pessoas e destas cerca de metade têm entre 15 e 24 anos.
-Devido à imaturidade do seu corpo, têm maior suscetibilidade para adquirir IST`s, sobretudo as
mulheres jovens.
-Muitos têm dificuldade em aceder aos serviços de saúde, em expor as suas queixas ou dúvidas aos/às
técnicos/as de saúde, ou mesmo no pagamento das taxas moderadoras para a realização das análises
recomendados.
Os jovens de 15 a 19 anos estão em uma faixa considerada de maior risco para ISTs. Isso porque a
adolescência envolve o desejo de autonomia, com relações com múltiplas parcerias sexuais, uso menos
frequente de preservativos e uso de drogas durante a prática sexual.
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Para um melhor entendimento deste assunto iremos especificar as ist's mais comuns. (gabs)
O que é o VIH?
O VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) é um vírus que destrói o sistema imunitário da pessoa
infetada, isto é, destrói os mecanismos de defesa que nos protegem das doenças. O VIH penetra nas
células do sistema imunitário, integra-se no código genético (ADN) das células infetadas, multiplica-se e
provoca a sua destruição, libertando-se para infetar novas células.
Existem dois tipos de VIH: o VIH do tipo 1 (VIH-1) e o VIH do tipo 2 (VIH-2), sendo este o mais frequente
em África e o VIH1 o mais frequente no resto do mundo.
O vírus VIH encontra-se principalmente no sangue, no sémen, no líquido pré-ejaculatório, nos fluidos
vaginais de pessoas infetadas e também no leite materno. Assim, a transmissão do vírus ocorre quando
estes fluidos corporais entram diretamente em contacto com o corpo de outra pessoa pela via sexual
e/ou sanguínea, ou, no caso do leite materno, durante a amamentação.
A principal transmissão ocorre através da partilha de agulhas, seringas e outros materiais utilizados no
consumo de drogas, que estejam infetados com sangue contaminado. Outros objetos que contenham
sangue não devem ser partilhados! É o caso das lâminas de barbear, piercings, instrumentos de
tatuagem e de furar as orelhas e alguns utensílios de manicura e/ou pedicura.
Atualmente, todo o sangue usado nas transfusões de sangue é testado antes de ser utilizado, pelo que
não se deve ter receio. Dar sangue também não tem perigo porque todo o material utilizado é
esterilizado e descartável.(desta forma icentivamos tambem a doação de sangue) Este tipo de material,
descartável e esterilizado, é também utilizado em todos os atos médicos e/ou cirúrgicos, como dar
injeções, fazer biopsias, colher sangue, no exame ginecológico etc.
As secreções sexuais de uma pessoa infetada, mesmo que aparentemente saudável e com “bom aspeto”,
podem transmitir o VIH sempre que exista um contacto sexual (vaginal, oral ou anal) sem proteção.
Muitas vezes, basta uma relação sexual não protegida para podermos ser infetados/as. Por isso, protege-
te sempre!
3 – Gravidez
O VIH pode ser transmitido da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e/ou o aleitamento. Por isso,
é importante que faças o teste do VIH se pretendes engravidar ou se estás grávida.
Como o vírus está presente no leite materno está contra indicada a amamentação pelas mulheres
seropositivas para o VIH.
Ser seropositivo/a não significa ter SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), mas sim que se é
portador/a do vírus.
Após o contágio, o VIH penetra nas células Linfócitos T Auxiliares (CD4+), que fazem parte do nosso
sistema imunitário, multiplicando-se e provocando a destruição daquelas células, cuja função é proteger-
nos de vários tipos de infeções (por vírus, bactérias, parasitas e fungos) e de alguns tipos de cancros.
Inicialmente o nosso organismo consegue repor as células destruídas, e o sistema imunitário fabrica
anticorpos contra o VIH, que permanece no organismo sem se manifestar, como se o vírus estivesse
“adormecido”. Durante esta fase, que pode durar meses ou anos, não há sinais e/ou sintomas de
qualquer doença, as pessoas infetadas com o VIH, são chamadas seropositivas, mas podem infetar
outras pessoas se tiverem comportamentos sexuais de risco.
Progressivamente o sistema imunitário vai enfraquecendo, o organismo fica incapaz de repor as células
destruídas torna-se débil, frágil, podendo contrair infeções muito variadas e/ou desenvolver
determinados tipos de cancro – esta é a fase de Síndrome de Imunodeficiência Adquirida ou SIDA.
Atualmente existe medicação que ajuda a retardar a evolução para SIDA, permitindo uma vida longa e
com qualidade. Os medicamentos diminuem a multiplicação do VIH o que leva à redução do número de
vírus nos fluídos corporais - diminuição da carga viral.
Quando uma pessoa é infetada com o VIH, torna-se seropositiva e pode infetar outras pessoas se tiver
comportamentos de risco.
O que é a SIDA?
A SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença que resulta da infeção causada pelo VIH
(Vírus da Imunodeficiência Humana) e está relacionada com a degradação progressiva do sistema
imunitário, podendo surgir anos após a infeção.
Uma vez instalado, o vírus invade e destrói um certo tipo de células do sangue (os Linfócitos CD4+), que
são responsáveis pela defesa do nosso organismo contra as infeções e alguns tipos de cancros. Na fase
de SIDA surgem infeções que não se manifestam quando a imunidade está mantida (infeções
oportunistas), as infeções vulgares revestem formas muito graves e difíceis de tratar e surgem alguns
cancros (sarcoma de Kaposi, linfomas e cancros pelo vírus do papiloma humano, HPV).
São vários e não são específicos da SIDA, isto é, podem ser comuns a outras doenças:
Febre,
Cansaço,
Perda de peso.
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A infecção pode ser diagnosticada com exames preventivos anuais no colo do útero, para monitorar o
aparecimento de possíveis lesões. O tratamento das verrugas genitais deve ser individualizado,
dependendo da extensão, quantidade e localização das lesões. Podem ser usados laser,
eletrocauterização, ácido tricloroacético (ATA) e medicamentos que melhoram o sistema de defesa do
organismo
Esta é uma das infeções de transmissão sexual mais comuns a nível mundial.
O vírus do papiloma humano engloba mais de 200 vírus relacionados. Os tipos de HPV transmitidos
sexualmente enquadram-se em duas categorias:
HPV de baixo risco: não causam cancro, mas podem causar verrugas nos órgãos genitais e ânus
O HPV provoca frequentemente uma infeção silenciosa em que muitos dos infetados não têm sintomas
nem sinais óbvios. Por vezes as verrugas estão presentes, mas não são visíveis por se encontrarem numa
parte interna do corpo ou por serem muito pequenas.
Como se transmite?
As infeções genitais por HPV são, geralmente, transmitidas por via sexual, através do contacto com a
pele ou a mucosa. Menos frequentemente, o vírus é transmitido durante o parto.
A infeção por HPV é mais frequente nos mais jovens e nos primeiros anos após início da atividade sexual,
sendo a infeção de transmissão sexual mais frequente nestas idades.
CURIOSIDADE
Na população sexualmente ativa, 50 a 80% dos indivíduos adquirem infeção por HPV nalguma altura da
sua vida, apesar de, na grande maioria dos caos, não haver evolução para doença sintomática.
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Gonorreia (gabs)
A gonorreia é uma infeção sexualmente transmissível provocada por uma bactéria designada Neisseria
gonorrhoeae (Ng), que pode infetar o epitélio da uretra, o colo do útero, o ânus e a orofaringe.
Como se transmite?
A gonorreia transmite-se principalmente pelas relações sexuais desprotegidas (sexo vaginal, oral e anal)
com uma pessoa infetada, tanto homens como mulheres.
Nas grávidas, a infeção pode passar para o recém-nascido no momento do parto, infetando os olhos e
provocando uma forma especial de conjuntivite - ophtalmia neonatorum.
Como se manifesta?
As mulheres são maioritariamente assintomáticas. Quando existem sintomas, estes podem ser:
Corrimento vaginal, por vezes abundante, de cor diferente do habitual e com algum cheiro,
Nos casos mais graves a doença pode causar complicações severas como endometrite, salpingite,
doença inflamatória pélvica (DIP), infertilidade e gravidez ectópica.
Nos homens os sintomas são mais comuns e a infeção manifesta-se por uretrite:
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A clamídia genital é uma das doenças de transmissão sexual mais frequentes e a sua incidência tem
vindo a aumentar
CURIOSIDADE
Num estudo realizado em Portugal, verificou-se uma prevalência global de infeção de cerca de 3%, com
um predomínio no género masculino (83,3%).
Alguns tipos de bactérias dessa infeção são transmitidos durante a gravidez e podem causar conjuntivite
ou pneumonia no recém-nascido. Outros provocam lesões genitais que são mas comuns em países
tropicais.
Nos homens, a infeção genital é habitualmente assintomática. Os indícios podem ser dor ou sensação de
queimadura inespecíficas nos testículos.
Nas mulheres, é também frequente a infeção não causar quaisquer sintomas. Em algumas pacientes,
surge a doença inflamatória pélvica, que se pode complicar sob a forma de infertilidade, gravidez
ectópica ou oclusão das trompas.
Como se transmite?
Como todas as outras a clamídia genital é transmitida por via sexual. As pessoas sexualmente ativas e,
sobretudo, as que têm diversos parceiros sexuais apresentam um risco mais elevado de contraírem esta
patologia.
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Hepatite B (lopes)
A Hepatite B é uma infeção viral que ataca o fígado e pode causar doença aguda ou crónica. O Vírus da
Hepatite B (VHB) é extremamente contagioso, sendo as suas principais vias de transmissão: os fluidos
genitais (esperma e secreções vaginais), fluidos corporais (sangue, urina e saliva), e o leite materno.
É a mais perigosa de todas as hepatites, pois o risco de morte por cirrose ou/e cancro do fígado é muito
elevado. No entanto, a infeção pode, em determinados casos, ser eliminada pelo organismo. Mais de
90% dos adultos saudáveis que são infetados com Hepatite B recuperam e libertam-se do vírus no
período de 6 meses.
-Partilha de seringas
O vírus pode sobreviver fora do organismo pelo menos 7 dias. Durante este período, o vírus pode
provocar infeção se entrar na corrente sanguínea de uma pessoa que não esteja protegida pela vacina.
O período de incubação do vírus é em média de 75 dias, mas pode variar de 30 a 180 dias. O vírus pode
ser detetado 30 a 60 dias após a infeção e persiste por períodos de tempo variável.
Sintomas
Em 90% dos casos a Hepatite B é assintomática, ou seja, a pessoa não apresenta sintomas.
Também na fase aguda da infeção, a maior parte das pessoas não apresenta sintomas. No entanto,
algumas têm doença aguda com sintomas que duram várias semanas, incluindo: febre, fadiga extrema,
náuseas, vómitos, dor abdominal, dores nas articulações, erupções na pele e posteriormente icterícia
(pele e olhos amarelados), urina escura e fezes claras.
Em algumas pessoas, a Hepatite B pode causar doença crónica no fígado, que pode desenvolver mais
tarde cirrose ou cancro no fígado.
Existem outros exemplos como tricomoníase, pendiculose púbica, escabiose e molusco contagioso.
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PREVENÇÃO (lopes)
Todas estas infeções possuem as mesmas formas de prevenção, estas sendo a utilização o preservativo,
masculino (externo) ou feminino (interno) em todas as práticas sexuais, que impliquem a passagem de
fluidos corporais de uma pessoa para outra e especificamente na Sida não se pode partilhar objetos que
possam estar contaminados com sangue, nomeadamente, agulhas e seringas, lâminas de barbear,
escovas de dentes;
TRATAMENTO
Cada infeção tem um tratamento diferente, algumas são tratadas com antibióticos como é o caso da
clamídia, da gonorreia e da sífilis, outras são tratadas com medicamentos antivirais como acontece com
a herpes genital, já no caso da HPV há uma vacina para o tratamento da infeção, mas ainda assim nem
todas têm solução como é o caso da SIDA que apesar de não existir cura para a mesma existem
medicamentos antirretrovirais que conseguem baixar a quantidade de vírus para valores mínimos e
atrasar a evolução da doença, proporcionando aos/às seropositivos/as uma vida mais longa e com
qualidade.
O estudo é dirigido a jovens com idades entre os 18 e os 24 anos, a população que apresenta maior
risco de desenvolvimento de complicações clínicas graves decorrentes das referidas IST, como a
infertilidade.
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No contexto global da epidemia do HIV/SIDA, é significativo o grupo dos Homens que têm sexo com
outros homens (HSH) porque envolve sexo anal, uma prática sexual que, quando nenhuma proteção é
usada, implica um risco elevado de transmissão pelo HIV, mais do que a prática de sexo vaginal
desprotegido.
Historicamente, a SIDA foi descoberta entre jovens gays assumidos, nos Estados Unidos da América e,
durante nos últimos 30 anos, são consistentes os níveis de infeção de HIV nesta comunidade em muitas
zonas do globo.
As ONG's (organizações não governamentais) que representam os HSH têm desempenhado um papel
muito ativo na resposta a esta infeção, é o caso, por exemplo dos EUA e do Brasil, em que muito têm
feito para chamarem a atenção para este problema, não só disponibilizando serviços específicos para
evitar novas infeções como para ajudar aqueles que já estão infetados. Pressionar os governos para que
os direitos humanos vigorem sobre esta comunidade, é o esforço que se destacou, principalmente, no
Brasil, de um grupo de homens assumidamente gays nos primeiros anos da infeção.
Em muitos países, no entanto, os HSH são menos visíveis pois o sexo com outros homens é
estigmatizado, oficialmente negado e criminalizado. Isso é um facto constado e provado que estas ações
contribuem para uma maior vulnerabilidade à infeção pelo VIH, pois torna quase impossível, conseguir
chegar até esta população campanhas e ações de prevenção ao VIH e as outras IST's. Em lugares onde a
homossexualidade não é aceitável, os HSH, muitas vezes, escondem-se dos seus amigos e das suas
famílias para evitar perseguições. Muitos são casados e com compromissos assumidos e isso pode
significar a transmissão do HIV às suas parceiras, caso estejam infetados.
Nos EUA, um estudo revelou que 1 em cada 5 HSH foram infetados pelo HIV. As estatísticas oficiais
deste país mostra que a taxa de novas infeções entre os HSH é 44 vezes superior do que em qualquer
outro grupo populacional. Neste país, os jovens têm sido identificados como os mais vulneráveis à
infeção. Em Portugal são apontadas prevalências auto reportadas entre os 7,7% e 10,2%.
Embora os números apresentados deem uma ideia do impacto do VIH entre os HSH pelo mundo, os
dados são ainda extremamente escassos em muitos países. Isto acontece, principalmente, porque os
HSH não têm ainda identidade social diferenciada e, são, contados como parte da população em geral.
Outra preocupação é a relutância dos governos em reconhecer os HSH e, por consequência, em
monitorizá-los. Tem sido sugerido que em locais onde os HSH são um grupo, particularmente
estigmatizado, os governos e as Organizações não-governamentais se unam pois é a forma mais eficaz de
chegar até esta comunidade.
Outro fator que enviesa as estatísticas é que nem sempre é possível saber como é que um homem se
infetou. Se ele tem relações sexuais também com mulheres, pode muito bem reportar que o HIV lhe foi
transmitido pela mulher (ou mesmo que ele só tenha relações sexuais com homens, pode mentir com
medo de ser estigmatizado). Isto pode, definitivamente, distorcer os números e desta forma afetar
qualquer tipo de análise.
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Para Hoagland, esse é um assunto que, na verdade, deveria ser discutido pelo casal antes
mesmo de iniciar o sexo. Contudo existe ainda um taboo no início dos relacionamentos ou
mesmo numa situação de sexo casual de discutir o que chamamos de status sorológico da
pessoa, ou seja, perguntar se ela está com os testes em dia e se por acaso trata alguma IST.
Qualquer pessoa pode fazer a testagem para descobrir se tem algumas ISTs e, se tiver uma vida
sexual ativa, deve realizá-la ao menos anualmente, recomenda Hoagland. Tesets
· IST´s em Portugal
Em Portugal, os dados sobre os agentes causais e prevalência de infeções sexualmente transmissíveis são
escassos ou inexistentes. A maioria das IST não apresenta sintomas, o que significa que, geralmente, os
indivíduos desconhecem que estão infetados e transmitem essa infeção a outras pessoas. Na população
jovem, estas infeções assumem um carácter mais preocupante, dado que, quando não são
atempadamente diagnosticadas e tratadas, podem provocar consequências negativas, sobretudo para a
saúde reprodutiva, causando infertilidade ou patologias no recém-nascido.
Cerca de 2,7% da população portuguesa com 18 ou mais anos está infetada por chlamydia trachomatis e
2,4% tem sífilis.
Os dados constam do Inquérito Serológico Nacional (ISN) 2015-2016, levado a cabo pelo Instituto
Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) e que, pela primeira vez, incluiu o estudo da prevalência de
Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST).
O ISN 2015-16 apurou uma prevalência de 2,7% para a infeção por chlamydia trachomatis (vulgarmente
conhecida como clamídia), o que “está em consonância com as estimativas europeias de prevalência
para a faixa etária avaliada neste estudo (18 a 35 anos)”, segundo os autores.
A seroprevalência para a bactéria treponema pallidum, que causa a sífilis, foi de 2,4%.
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Conclusão (gabs)
Atualmente existem diversos serviços de rastreio do VIH (anónimos, confidenciais e gratuitos) que
prestam aconselhamento e informação sobre a infeção VIH e efetuam a análise sem necessidade de te
identificares ou apresentares qualquer tipo de documento ou relatório médico - os Centros de
Aconselhmento e Deteção Precoce do VIH - CAD
Para mais informações, telefona para a Sexualidade em Linha (800 222 003).
Ficar infetado/a ou não com o vírus do VIH depende de ti! Depende do que fazes, não de quem és!