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Especialização em Enfermagem Obstétrica – UNESA

Disciplina:
Enfermagem Obstétrica I

Aula:
Tecnologias não invasivas de cuidado baseada em evidências

Docente:
Meriene Gomes
Mestranda em Políticas Públicas em Direitos humanos NEPP-DH/UFRJ
Especialista em Enfermagem Obstétrica EEAN/UFRJ
Maternidade Leila Diniz
Equipe de Assistência Domiciliar – Sifrá Parteria
VAMOS
PROBLEMATIZAR
UM POUCO???
A Medicina é um saber-poder que incide ao mesmo tempo
sobre o corpo individual e a população combinando mecanismos
disciplinares e reguladores. A norma refere-se tanto ao corpo a ser
disciplinado quanto à população a ser regulamentada (Foucault,
1997).
Biopoder, biopolítica...
A inserção das boas práticas no parto normal, instituídas pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1996, iniciou esse
processo de desconstrução do modelo tecnológico, em prol da
humanização da assistência.
Essas condutas obstétricas promovidas pela OMS
propuseram a assistência baseada em evidências científicas, com
base na classificação de condutas obstétricas no parto normal,
segundo os critérios de utilidade, eficácia e risco.
Essas recomendações originaram as seguintes categorias de
práticas na assistência ao parto normal:
A - práticas, demonstradamente úteis, que devem ser encorajadas;
B - práticas claramente prejudiciais ou ineficazes, que devem ser
eliminadas;
C - práticas sem evidências para apoiar sua recomendação, devendo
ser utilizadas com cautela até que novas pesquisas esclareçam a
questão;
D - práticas frequentemente utilizadas inadequadamente.
Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor
Tecnologias de cuidado de enfermagem obstétrica
Práticas Integrativas e Complementares (PICS)

SÃO SINÔNIMOS???
Os métodos não farmacológicos (MNFs), incentivados pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) em suas recomendações para o atendimento ao parto
normal que os classifica como "condutas que são claramente úteis e que
deveriam ser encorajadas", são estratégias utilizadas no TP para aumentar a
tolerância à dor.
Tais métodos podem ser classificados como tecnologia leve-dura e se
referem aos saberes profissionais estruturados como a clínica, a epidemiologia,
entre outras áreas, podendo ser organizados de acordo com sua atuação no processo
de trabalho.
A conceituação de tecnologia de cuidado classifica-se em três tipos:
1) Tecnologia leve, que implica na criação de relação entre sujeitos, por
exemplo, o profissional de saúde e a cliente/usuária do sistema de saúde;
2) Tecnologia Leve-dura, que são os saberes bem estruturados que atuam no
processo de saúde, como se apresenta na clínica médica e a epidemiologia;
3) Tecnologia Dura, que são os equipamentos tecnológicos que atuam junto às
estruturas organizacionais ou até mesmo as máquinas, normas e rotinas de uma
instituição.
Nesse sentido, o conceito de tecnologia também envolve saberes e
habilidades em um contexto de saber estruturado e aplicado com intencionalidade
e justificativa, produzindo resultado que satisfaça as necessidades individualizadas
dos seres humanos.
A tecnologia no cuidado está relacionada ao desenvolvimento de práticas
do processo de gestar e parir que não sejam invasivas à fisiologia do corpo
feminino, à sua mente e privacidade. O caráter não invasivo tem uma dimensão
de estabelecimento de vínculo de confiança com a enfermeira obstétrica, e mesmo
quando ocorrem condutas que expressem o cuidado na intimidade de seu corpo
biológico ou sociocultural, esses não são percebidos como processo de invasão da
sua privacidade.
As Práticas Integrativas e Complementares (PICS) são tratamentos
que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais,
voltados para prevenir diversas doenças como depressão e hipertensão. Em alguns
casos, também podem ser usadas como tratamentos paliativos em algumas
doenças crônicas.
A Avaliação de Tecnologias em Saúde é o processo contínuo de análise
e síntese dos benefícios para a saúde, das consequências econômicas e sociais do
emprego das tecnologias, considerando os seguintes aspectos: segurança,
acurácia, eficácia, efetividade, custos, custo-efetividade e aspectos de
equidade, impactos éticos, culturais e ambientais envolvidos na sua
utilização.
As tecnologias podem ser classificadas como leve, leve-dura e dura.
Todas tratam a tecnologia de forma abrangente, mediante análise de todo o
processo produtivo, até o produto final.
As tecnologias leves são as das relações; as leve-duras são as dos
saberes estruturados, tais como as teorias, e as duras são as dos recursos
materiais.
Difícil falar da gênese do conceito ‘tecnologia’ sem referir o conceito de
‘técnica’. Difícil também separar o que a história reuniu: técnica e tecnologia na
produção de ‘trabalho’.
No campo da saúde, observa-se uma redução usual da tecnologia a
equipamentos, e mais, a equipamentos médicos. No entanto, a tecnologia deve
ser compreendida como conjunto de ferramentas, entre elas as ações de
trabalho, que põem em movimento uma ação transformadora da natureza.
Sendo assim, além dos equipamentos, devem ser incluídos os
conhecimentos e ações necessárias para operá-los: o saber e seus procedimentos.
O sentido contemporâneo de tecnologia, portanto, diz respeito aos recursos
materiais e imateriais dos atos técnicos e dos processos de trabalho, sem, contudo,
fundir estas duas dimensões.
Afinal, para que servem
as tecnologias?
CUIDADO!!!
Tecnologias não invasivas de cuidado baseada em evidências
Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Banho morno (chuveiro ou banheira)


•Deambulação
•Massagem lombar
•Respiração controlada
•Musicoterapia
•Aromaterapia
•Bola suíça
•Movimentos pélvicos (bamboleio)
•Agachamento
•Banquinho
•Cavalinho
•Hypnobirthing
•Acupuntura
•Moxabustão
•Acupressão
•Crioterapia
•Rebozo (prática)
Tecnologias invasivas de cuidado baseada em evidências

Métodos farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Analgesia inalatória
•Analgesia regional (raqui e/ou peri)

Plus >>> Spinning Babies


A realização das práticas não farmacológicas faz com que
sejam substituídos o uso de anestésicos e analgésicos durante o
trabalho de parto e parto, tornando esse processo mais
fisiológico possível. O uso desses recursos provoca menos
efeitos colaterais para a mãe e o bebê, pois são técnicas que
não utilizam medicações e propiciam a mulher maior sensação
de controle do parto (RITTER, 2012).
Manejo da dor no trabalho de parto
A dor durante o trabalho de parto é um aspecto fisiológico importante,
responsável por desencadear a liberação de endorfinas e outras substâncias
endógenas relacionadas não só com a maior tolerância à dor, mas com a sensação de
prazer e satisfação no parto. Por essa razão, a assistência obstétrica adequada não
deve estar centrada no objetivo de garantir a ausência de dor, nem esta deve ser um
marcador da qualidade da assistência ao parto.
A dor excessiva e insuportável pode estar relacionada a fatores culturais,
emocionais, à insuficiência de apoio qualificado à mulher e às práticas assistenciais
inadequadas
Recomendação em relação à experiência e satisfação das mulheres com o
manejo da dor no trabalho de parto
• Os profissionais de saúde devem refletir como suas próprias crenças e valores
influenciam a sua atitude em lidar com a dor do parto e garantir que os seus
cuidados apoiem a escolha da mulher.
Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Banho morno (chuveiro ou banheira)


A água aquecida induz a vasodilatação
periférica e redistribuição do fluxo sanguíneo,
promovendo relaxamento muscular, diminuindo a
intensidade da dor nas contrações. Para que o
recurso seja aplicado com resultado desejado, é
necessário que a temperatura da água esteja em
torno de 37-38°C, sendo importante que a
parturiente permaneça, no mínimo, vinte minutos
no banho (RITTER, 2012).
Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Banho morno (chuveiro ou banheira)


Odent (2000) fala sobre o efeito misterioso da água sobre as travas
neocorticais, removendo-as. Estas travas são ativadas em qualquer situação na qual
são liberados altos níveis de adrenalina como medo, stress, entre outros.
As duchas quentes têm efeito calmante, aliviam dores e nevralgias. É de
consenso que a melhor hora para se entrar na água é quando se atinge a metade do
trabalho de parto, ou seja, com a dilatação de 5 cm e contrações mais intensas.
Ao entrar na água, a mulher se descobre capaz de render-se às necessidades
instintivas e primitivas do seu corpo. A maioria das mulheres diz que a percepção da
dor se altera (portal da dor) e se torna mais fácil aceitar a intensidade das
contrações. (Balaskas,1991; Odent ,1982; Earnig,1996).
Evidências científicas...
Em 2006, Silva e Oliveira realizaram um estudo randomizado, com o
objetivo de identificar a influência do banho de imersão na duração
do primeiro período do trabalho de parto e na frequência e duração
das contrações uterinas.

Foram incluídas 108 parturientes, das quais 54 no Grupo Controle e


54 no Grupo Experimental (que fizeram o banho de imersão). De
acordo com os resultados obtidos, a duração das contrações foi
estatisticamente menor no Grupo Experimental.

Os autores concluíram que o banho de imersão é uma alternativa para


o conforto da mulher durante o trabalho de parto, por oferecer alívio
a dor da parturiente.
Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Deambulação
Tem função de ativar o trabalho de parto e auxiliar na descida e rotação
fetal. Estudos apontam que reduz a duração do TP em aproximadamente 01h,
diminuem a necessidade de intervenção no TP, não mostrou efeitos negativos sobre a
mãe e o bem-estar dos bebês. (Lawrence A et al, 2009).
Estudos têm revelado que, fisiologicamente, é muito melhor para a mãe e
para o feto quando a mulher se mantém em movimento durante o trabalho de parto,
pois o útero contrai-se muito mais eficazmente, o fluxo sanguíneo que chega ao bebê
através da placenta é mais abundante, o trabalho de parto se torna mais curto e a dor
é menor (MAMEDE & DOTTO, 2007).
Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Massagem lombar
A massagem proporciona relaxamento, diminuindo a dor e o estresse
emocional, podendo ser aplicada em qualquer região que a parturiente relatar
desconforto. Comumente, aplica-se a massagem na região lombar durante as
contrações uterinas e em regiões como panturrilhas e trapézios nos intervalos das
contrações, por serem regiões que apresentam grande tensão muscular no trabalho de
parto (RITTER, 2012).
Ativa o córtex primitivo; Libera ocitocina e endorfinas, ativa os
mecanorreceptores atuando no portal da dor, libera os músculos tensionados e
permite troca de calor.
Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Respiração controlada
Ativa os receptores corticofugais promovendo uma ação condicionada:
contração-respiração.
Os exercícios respiratórios no trabalho de parto têm a função de reduzir a
sensação dolorosa, melhorar os níveis de saturação sanguínea materna de O2 ,
proporcionar relaxamento e diminuir a ansiedade.
Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Musicoterapia e audioanalgesia
A diretriz do NICE incluiu um ECR envolvendo 110 mulheres na sua
revisão. Houve uma significativa redução da sensação e do sofrimento da dor, porém
nenhum outro desfecho foi avaliado. Não há evidências de alto nível sobre os efeitos
da música sobre dor e outros desfechos do parto.
Entretanto, foram relatados efeitos como alívio da dor durante as
contrações, auxilio na diminuição da tensão e do medo, ambientalização da
parturiente no hospital, estímulo à oração e à espiritualidade. Essas condições
possibilitaram que a parturiente experimentasse um estado de relaxamento mais
eficaz nos intervalos das contrações, levando a uma evolução mais amena e eutócica
do trabalho de parto, elevando na mulher o limite de tolerância à dor e ao
desconforto.
Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Musicoterapia e audioanalgesia
Alguns investigadores defendem que a utilização da música potencializa os
resultados, por ser considerado um meio muito eficaz como foco de atenção, sendo
assim um meio de distração, causando um estímulo agradável ao cérebro, desviando
a atenção da mãe na hora da dor (SILVA, et al, 2013).
O efeito da música, usada no trabalho de parto como método não
farmacológico para o alívio da dor, pode interferir no ciclo vicioso medo-tensão-dor
de forma relaxante, visando à quebra deste ciclo e, consequentemente, minimizar a
dor (SILVA, et al, 2013).
Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Aromaterapia
Tem a função de estimular produção de substâncias relaxantes,
estimulantes e sedativas. Utiliza os princípios ativos dos óleos essenciais no trabalho
de parto, vislumbrando a aromaterapia como ciência.
Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Bola suíça
Alongar e fortalecer a musculatura perineal, aliviar tensões, ativar a
circulação sanguínea e desfazer pontos de tensão, trabalha cintura pélvica e
movimenta todos os músculos.
Ativa o trabalho de parto, por possuir uma base de sustentação instável, a
gravidade atua sobre o corpo, isso requer um contrapeso, recrutando os músculos
mais profundos até que alcance uma estabilização necessária para mantê-lo
equilibrado sobre a bola suíça, com a busca do equilíbrio sobre a bola a mulher
desfoca da sensação da dor da contração. Com o uso da bola, mantém-se uma
postura de sustentação estável e dá ao corpo flexibilidade (Craig, 2004).
Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Movimentos pélvicos (bamboleio)


Auxilia na descida e rotação do feto; deslocamento do bebê dentro da pelve;
ativar o trabalho de parto; e liberação de endorfinas.
Quando a mulher deixa-se guiar pelo seu instinto, procura movimentar-se,
seguindo o ritmo das contrações, movendo a pelve para frente e para traz, de um lado
para o outro ou em movimentos circulares. Estes movimentos servem para facilitar o
encaixe, a descida e a rotação do feto, no canal de parto (Balaskas, 1991). Para Odent
(2000), quando a mulher usa o córtex primitivo, esses movimentos afloram com mais
intensidade.
Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Agachamento
•Banquinho
Aumenta diâmetros da pelve em 25% de acordo com Gardosi (2000),
amplia a saída da bacia; possibilita a ação da gravidade; pode aliviar a dor nas costas;
facilita a rotação e a descida; necessita de menos esforços expulsivos.
Vantagens mecânicas: o tronco empurra o fundo uterino; aumenta a pressão
no períneo; Aumenta a sensação de bem estar, por se sentir amparada por alguém e
na posição suspensa, os membros inferiores são menos comprimidos, favorecendo a
circulação venosa (GERMAIN,2005).
Amplia os diâmetros da pelve e facilita a passagem do polo cefálico,
diminui a sensação dolorosa, permite a sensação de controle da mulher com seu
processo de parturição. Não deve ser estimulado antes de dilatação avançada por
risco de edema no colo.
Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Cavalinho
Auxilia rotação e descida do feto; reduz
edema de colo; e corrige assinclitismo persistente.
Amplia os diâmetros da pelve, libera o sacro e
cóccix; Auxilia a rotação do bebê na posição occipito
posteriores (OP); descompressão do colo pelo polo
cefálico durante as contrações. Diminui a sensação
dolorosa.
Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Hypnobirthing
Hypno = hipnose
Birthing = nascimento, parto
Como o nome sugere, o método utiliza a hipnose, mas não do modo como
se imagina. A base são meditações guiadas que invocam imagens de tranquilidade,
como flores desabrochando, que ajudam a mulher a visualizar a hora de dar à luz de
uma forma mais serena. “O momento do parto é intenso, mas não precisa ter
sofrimento. Com o curso, a mulher consegue estar preparada para aproveitar”.
Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Hypnobirthing
Hypno = hipnose
Birthing = nascimento, parto
Como o nome sugere, o método utiliza a hipnose, mas não do modo como
se imagina. A base são meditações guiadas que invocam imagens de tranquilidade,
como flores desabrochando, que ajudam a mulher a visualizar a hora de dar à luz de
uma forma mais serena. “O momento do parto é intenso, mas não precisa ter
sofrimento. Com o curso, a mulher consegue estar preparada para aproveitar”.
O que é HypnoBirthing?

HypnoBirthing® é tanto uma filosofia sobre nascimento quanto uma técnica


ou método para o parto.
O princípio básico do programa é que o nascimento é uma função normal,
natural e saudável para mulheres. Como tal, o parto pode ser realizado suavemente e
calmamente por um número muito grande de mulheres que não estão em situação de
alto-risco. Assim como os corpos de todos os outros mamíferos, os corpos de
mulheres grávidas saudáveis sabem instintivamente como parir, tanto quanto sabem
instintivamente como conceber e nutrir o desenvolvimento do bebê que eles estão
carregando.
O HypnoBirthing® ajuda as mães a alinharem-se com sua capacidade inata
de ser capaz de dar à luz de forma suave, confortável, poderosa e alegre.
Uma mãe HypnoBirthing® aprende a adotar o conhecimento inato do seu
corpo, a relaxar dentro do seu processo de parto, trabalhando em harmonia COM o
seu corpo e o do seu bebê. Ela confia que cada um deles sabe perfeitamente como
fazer esta tarefa. Ela se conduz a uma experiência sem interrupção, se desenrolando
naturalmente. E fazendo isso, ela elimina a fadiga e encurta o tempo do trabalho de
parto e parto.
O resultado é uma verdadeira experiência de parto recompensadora e
satisfatória, com a família inteira, incluindo o bebê, que nasce alerta, mas calmo,
cheio de energia.
Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Acupuntura e Acupressão
A Diretriz do NICE incluiu uma revisão sistemática que avaliou três ECR
usando acupuntura, com razoável homogeneidade e um que avaliou a acupressão no
ponto. A acupuntura reduziu significativamente o uso de métodos farmacológicos
para alívio da dor, analgesia peridural e a necessidade de uso de ocitocina.
Em um ECR não houve diferença nos escores de dor depois da acupuntura
nem na taxa de parto vaginal espontâneo. Outros desfechos como satisfação materna,
complicações maternas e neonatais não foram investigados.
A acupressão demonstrou uma redução nos escores de dor, mas nenhuma
evidência de diferenças na necessidade de métodos farmacológicos de alívio da dor.
Conclusão?????
Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Acupuntura e Acupressão

Ponto BP6
Localizado quatro dedos acima do osso maléolo, no tornozelo, na parte interna da
perna. Este ponto equilibra tudo na mulher de maneira geral. E, no parto, ajuda a
diminuir a dor, a melhorar a dilatação, a facilitar a descida do bebê e a
progressão do nascimento. No caso de demora no início do trabalho de parto, este
ponto também pode ser utilizado para induzi‐lo.
Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Acupuntura e Acupressão

Ponto IG4
Fica na parte dorsal da mão, na linha de junção entre o dedo polegar e o
indicador. É um ponto interessante para facilitar a descida do bebê na hora da
expulsão (puxo). Pode ser massageado ao longo do trabalho de parto por ser um
ponto analgésico e liberador de endorfinas que ajuda a aliviar diversas dores.
Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Acupuntura e Acupressão

Ponto extra entre as sobrancelhas


• Localizado na testa, entre as sobrancelhas. Ponto relaxante e liberador de
endorfinas. Deve ser massageado somente nos intervalos das contrações, para
mulher relaxar. Recomenda‐se utilizá‐lo durante as contrações, apenas se a
parturiente estiver muito agitada.
• Provavelmente, ela vai sentir uma redução da tensão ao redor dos olhos e os
pensamentos acalmarem. É um ponto que estimula o relaxamento e o sono. Usar
com CAUTELA.
• Acalma a Mente (Shen). Foca os pensamentos.
Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Moxabustão
De história milenar, originária do norte da China, moxabustão, significa,
literalmente, "longo tempo de aplicação do fogo", é uma espécie de acupuntura
térmica, feita pela combustão da erva Artemisia sinensis e Artemisia vulgaris.
Consiste na estimulação de pontos de acupuntura por calor produzido pela
queima da erva, geralmente utilizada no formato de bastão que assemelha-se a um
charuto. É uma técnica barata, segura, simples, que permite autoadministração, não
invasiva, indolor e geralmente bem tolerada.
Estratégias e métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Rebozo
A massagem com rebozo é simples e efetiva, ela dispensa aparelhos e
aproxima as pessoas.
É uma prática que propõe o bem-estar da mulher e que ajuda a aliviar a dor
sem o uso de fármacos .
As técnicas que veremos podem ser realizadas por: Enfermeiras obstétricas,
parteiras, médicos, doulas, membros da família entre outros. (Exceto algumas
indicações que demandam conhecimento científico – ex: correção de assinclitismo.)
O ideal é realizar pelo menos 20 min de massagem
Indicação: Massagem, Correção de apresentação fetal, estimular o trabalho
de parto e fechamento do corpo.
Recomendações em relação às estratégias e métodos não farmacológicos
de alívio da dor no trabalho de parto:

• Sempre que possível deve ser oferecido à mulher a imersão em água para alívio da
dor no trabalho de parto.
• Os gestores nacionais e locais devem proporcionar condições para o redesenho das
unidades de assistência ao parto visando a oferta da imersão em água para as
mulheres no trabalho de parto.
• Se uma mulher escolher técnicas de massagem durante o trabalho de parto que
tenham sido ensinadas aos seus acompanhantes, ela deve ser apoiada em sua
escolha.
• Se uma mulher escolher técnicas de relaxamento no trabalho de parto, sua escolha
deve ser apoiada.
• A injeção de água estéril não deve ser usada para alívio da dor no parto.
Cont...

• A estimulação elétrica transcutânea não deve ser utilizada em mulheres em trabalho


de parto estabelecido.
• A acupuntura pode ser oferecida às mulheres que desejarem usar essa técnica
durante o trabalho de parto, se houver profissional habilitado e disponível para tal.
• Apoiar que sejam tocadas as músicas de escolha da mulher durante o trabalho de
parto.
• A hipnose pode ser oferecida às mulheres que desejarem usar essa técnica durante
o trabalho de parto, se houver profissional habilitado para tal.
• Por se tratar de intervenções não invasivas e sem descrição de efeitos colaterais,
não se deve coibir as mulheres que desejarem usar audio-analgesia e aromaterapia
durante o trabalho de parto.
• Os métodos não farmacológicos de alívio da dor devem ser oferecidos à mulher
antes da utilização de métodos farmacológicos.
Métodos farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Analgesia regional

A técnica de analgesia no parto deve visar o controle adequado da dor com o


menor comprometimento possível das funções sensoriais, motoras e autonômicas.
Para isto a iniciação e manutenção da analgesia com baixas concentrações de
anestésico local constituem fator fundamental, particularmente importante para que
as parturientes se mantenham em movimento.

Os métodos não farmacológicos de alívio da dor devem ser oferecidos à


mulher antes da utilização de métodos farmacológicos, entretanto o
desejo/solicitação materna em receber analgesia de parto é por si só a
indicação suficiente para sua realização, independente da fase do parto e do
grau de dilatação. Isto inclui parturientes em fase latente com dor intensa, depois de
esgotados os métodos não farmacológicos.
Métodos farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Analgesia regional

A analgesia peridural e a analgesia combinada raqui – peridural (RPC)


constituem técnicas igualmente eficazes para alívio da dor de parto. A escolha entre
elas será influenciada pela experiência do anestesiologista com a técnica e a
dilatação cervical no momento da solicitação.

Nota-se que a analgesia, por realizar modulação do mecanismo da dor, diminui a


liberação de catecolaminas, diminui a acidose metabólica fetal e materna (aumento
do lactato circulante), diminui a vasoconstricção útero-placentária e feto-placentária
pela hipocarbia determinada pela hiperventilação materna e outras.
Métodos farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Analgesia regional
A analgesia regional deve ser previamente discutida com a gestante antes do
parto e seus riscos e benefícios devem ser informados, disponibilizando as seguintes
informações à mulher:
 Proporciona alívio da dor mais efetivo;
 está associada a efeitos benéficos no pH umbilical fetal;
 não está associada com aumento na incidência de dor lombar;
 não está associada com primeiro período do parto mais longo ou aumento na chance
de cesariana, porém está associada a maior necessidade de ocitocina;
 está associada com aumento na duração do segundo período do parto e na chance
de parto vaginal instrumental;
 necessita de nível mais elevado de monitoração e a mobilidade pode ser reduzida;
 pode ocasionar elevação da temperatura materna de nulíparas; particularmente
naquelas em trabalho de parto prolongado;
 pode ocasionar hipotensão materna (quanto maior for a concentração de anestésico
local utilizada);
 pode ocasionar retenção urinária (com eventual necessidade de cateterismo vesical
de alívio).
Métodos farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Analgesia regional
ORIENTAÇOES GERAIS:
Antes da realização da analgesia regional de parto deve haver acesso venoso
pré-estabelecido, entretanto a pré-hidratação não deve ser utilizada de forma
rotineira, mas apenas em casos selecionados, haja vista, ser possível a ocorrência de
hipotensão arterial, havendo necessidade de hidratação e/ou suporte com drogas
vasoativas.
A gestante sob analgesia peridural, quando se sentir confortável e segura,
deve ser encorajada a deambular e adotar posições mais verticais.
Após confirmados os 10 cm de dilatação, não se deve incentivar a gestante
a realizar puxos, exceto se tardiamente (sugere-se no mínimo após 1 hora de
dilatação total) ou quando a cabeça fetal se tornar visível, devendo ser estabelecidas
estratégias para que o nascimento ocorra em até 4 horas, independente da paridade,
não sendo recomendado o uso rotineiro de ocitocina após analgesia regional.
Métodos farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Analgesia regional

ORIENTAÇOES GERAIS:
A técnica de analgesia no parto deve visar o controle adequado da dor com
o menor comprometimento possível das funções sensoriais, motoras e autonômicas.
Para isto a iniciação e manutenção da analgesia com baixas concentrações de
anestésico local constitui fator fundamental, particularmente importante para que as
parturientes se mantenham em movimento.
Toda gestante submetida a analgesia de parto deverá estar com
monitorização básica previamente instalada (Pressão Arterial Não Invasiva - PANI a
cada 5 minutos e oximetria de pulso). Estando sob monitoriação, após 15 minutos da
administração do(s) agente(s), a gestante deverá ser avaliada quanto à resposta (nível
do bloqueio, sensibilidade perineal, testes de função motora , teste do equilíbrio e de
hipotensão postural).
Métodos farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Analgesia regional

ORIENTAÇOES GERAIS:
Caso a avaliação seja desfavorável à mobilização ou se constate “estado de
anestesia” (hiposensibilidade e bloqueio motor) a gestante deverá permanecer no
leito sob vigilância constante até nova reavaliação. Caso a avaliação seja favorável,
somente “estado de analgesia“, a gestante estará sem impedimentos para deambular e
assumir a posição que desejar. Uma vez realizada analgesia de parto, ainda que não
ocorram doses de resgate, o anestesiologista deverá acompanhar a parturiente, com
avaliação horária, até o terceiro período.
Considerando a possibilidade de complicações, todo cateter peridural deve
ser retirado pelo médico anestesiologista. A gestante não poderá receber alta do bloco
obstétrico, unidade PPP ou SRPA com cateter instalado, exceto com a autorização do
anestesiologista.
Métodos farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Analgesia regional

ORIENTAÇOES GERAIS:
Toda parturiente submetida a início de analgesia regional ou doses
adicionais de resgate, seja qual for a técnica, deve ser submetida à ausculta
intermitente da FCF de 5 em 5 minutos por no mínimo 30 minutos. Uma vez alterado
deve-se instalar CTG, assim como proceder a cuidados habituais como decúbito
lateral esquerdo e avaliar necessidade de otimização das condições respiratórias e
circulatórias. Caso não ocorra melhora, seguir diretrizes próprias para manejo de
estado fetal não tranquilizador.
Métodos farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Analgesia inalatória (oxido nitroso a 50%)

Devido à natureza cíclica da dor no trabalho de parto, associada ao perfil


farmacocinético do N2O - de rápido início e término de ação, a administração deste
analgésico é uma boa opção para o uso em analgesia do trabalho de parto de maneira
segura e sem repercussões na dinâmica própria da parturição ou na vitalidade fetal.
O objetivo do manejo da dor é dar apoio à mulher, aumentar seu limiar para
as sensações dolorosas e contribuir para que o parto seja uma experiência positiva.
O óxido nitroso a 50% em veículo específico pode ser oferecido para alívio
da dor no trabalho de parto, quando possível e disponível, mas informar às mulheres
que elas podem apresentar náuseas, tonteiras, vômitos e alteração da memória.
Métodos farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Analgesia inalatória (oxido nitroso a 50%)

Devido à natureza cíclica da dor no trabalho de parto, associada ao perfil


farmacocinético do N2O - de rápido início e término de ação, a administração deste
analgésico é uma boa opção para o uso em analgesia do trabalho de parto de maneira
segura e sem repercussões na dinâmica própria da parturição ou na vitalidade fetal.
O objetivo do manejo da dor é dar apoio à mulher, aumentar seu limiar para
as sensações dolorosas e contribuir para que o parto seja uma experiência positiva.
O óxido nitroso a 50% em veículo específico pode ser oferecido para alívio
da dor no trabalho de parto, quando possível e disponível, mas informar às mulheres
que elas podem apresentar náuseas, tonteiras, vômitos e alteração da memória.
Métodos farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Analgesia inalatória (oxido nitroso a 50%)

A evidência é moderada para apoiar o uso de óxido nitroso durante o


trabalho de parto. Não há evidência de riscos para o bebê. Embora não tenha sido
encontrada nenhuma evidência clara, quantitativa e objetiva, estudos descreveram
analgesia efetiva com o óxido nitroso. Nenhuma alteração do óxido nitroso sobre a
contratilidade uterina foi encontrada e também não houve efeitos sobre a progressão
do trabalho de parto. No que se refere aos escores de Apgar não houve evidência de
qualquer diferença.
Métodos farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Analgesia inalatória (oxido nitroso a 50%)

INDICAÇÃO
A única indicação para o uso do Livopan é a dor. Todas as parturientes que
estejam com dilatação do colo uterino superior a 3 cm na avaliação pelo toque bi-
digital realizado pelo Médico Obstetra ou pela Enfermeira Obstetra são passíveis da
administração deste método, desde que o desejem. Respeitando o contexto de
subjetividade na percepção da dor do trabalho de parto, o N2O é oferecido e seus
efeitos explicados à gestante, que, entretanto, pode optar por não utilizar a medicação
naquele momento, podendo rever sua opção em momento posterior, no decorrer da
evolução do trabalho de parto.
Métodos farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

•Analgesia inalatória (oxido nitroso a 50%)

CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
Devem ser excluídas as pacientes com
história de uso recente (últimas 12 horas) de
hipnóticos ansiolíticos, álcool e drogas ilícitas ou
recreativas, pacientes com dificuldade para realizar
a correta oclusão labial sobre o dispositivo bucal
de aspiração quer por não cooperação ou por
déficit cognitivo, pacientes que apresentam
sintomas de excitação límbica, traduzidos por
agitação psicomotora ou risos incoercíveis, assim
como tonteiras acentuadas ou náuseas e vômitos
frequentes.
O principal tópico de interesse para o Michel neste momento é
“Preparação fisiológica para o parto”. Como o corpo da mãe jovem está se
preparando para a redução neocortical e para o processo do parto - período de
transição. Os cientistas hoje são muito especializados, mas ninguém está
interessado nos períodos de transição. As mulheres precisam de fato “esquecer do
mundo”, serem protegidas de estímulos neocorticais, e, portanto, as mulheres
tiveram que aprender como ultrapassar esses entraves.
Nos dias que antecedem o parto, muitas mulheres falam de sensações
diferentes, se sentem esquecidas, não querem socializar como de costume, evitam
preocupações desnecessárias… elas sentem que estão diferentes. Todas estas
diferenças e sensações já foram observadas, e os médicos costumam medicar, ao
invés de simplesmente interpretarem isso como uma preparação para o parto.
Odent, 2018 – Lyon
O QUE ESTIMULA O NEOCORTEX?
Como proteger as mulheres, uma vez que este é um processo involuntário?
Alguns pontos são importantes para todos os mamíferos: antagonismo entre ocitocina e
adrenalina (proteção contra perigo, medo, temperatura baixa, estresse), linguagem, luz,
sentir-se seguras e sem se sentir observada (quando a gente se sente observada, a gente
observa a si mesma). Depois disso podemos pensar em maneiras artificiais para a
redução neocortical. Falou dos efeitos do Champagne e das bolhas que fazem um
efeito mais rápido do álcool, além do poder erótico da Champagne, que auxiliam
no TP. Falou também dos efeitos de drogas que provocam estágio de transcendência,
como o Santo Daime, e provocam o início do TP. Até o momento damos sempre
drogas substitutivas (ocitocina, endorfinas), entretanto podemos pensar que o advento
farmacológico no futuro seja a diminuição das atividades necortical. Para resumir,
na verdade a melhor maneira de ajudar é entender o processo fisiológicos e saber que a
mulher precisa estar em PAZ, com a família (mudança de cultura). Odent, 2018 – Lyon.
Spinning Babies
Spinning Babies

A parteira profissional Gail Tully, idealizadora desta técnica, costuma dizer


que, no parto, a tarefa da mãe é dilatar. A do bebê, rotacionar - daí o nome do método
criado por ela, Spinning Babies.
Spinning Babies é uma forma inovadora de abordar o parto. Baseado em
sólidos conhecimentos de anatomia e fisiologia, o método ensina um conjunto de
exercícios para estimular a flexibilidade da pelve da mulher e facilitar a rotação do
bebê para o parto. Gail Tully ensina uma série de exercícios para estimular a
flexibilidade da pelve da mulher e facilitar a rotação do bebê durante a gravidez e o
trabalho de parto.
O encaixe do bebê na pelve é comparado por Gail como um quebra-cabeça.
Para que a mágica aconteça é preciso respeitar o tempo do nascimento, etendendo
que o corpo feminino é perfeito.
VAMOS DAR MAIS ESPAÇO PARA O BEBÊ???
Spinning Babies

A definição de “Spinning” (girar) diz respeito basicamente à rotação do


bebê acima e dentro da pelve. Spinning Babies é uma nova abordagem para facilitar
(em vez de manipular) a posição fetal, que pode ser usado em qualquer situação com
qualquer profissional de saúde.
Spinning Babies® faz uma pergunta diferente: Onde Está o Bebê? Em vez
de perguntar: “Em quanto está a dilatação?”
A premissa da Spinning Babies é Physiology Before ForceSM (“Fisiologia
Antes da Força”).

O trabalho da parturiente é dilatar


O trabalho do bebê é girar
Spinning Babies

The Three Principles of Spinning Babies are: Balance, Gravity and


Movement (Gail Tulli)
O que é equilíbrio? O equilíbrio é "não muito apertado e não muito
solto", enquanto a liberação de possíveis torções nos ligamentos ajuda a
alinhar o útero para a posição fetal e facilitar o nascimento.

O que é gravidade? A pelve feminina é projetada para criar um bebê


enquanto está em posição vertical, de modo que estar em linha com a
gravidade faz sentido!

O que é movimento? Nós adicionamos uma maneira específica de


flexionar os músculos para relaxar o que você não pode relaxar com a
respiração.
Spinning Babies

Atividades no pré-natal:
• Diariamente: Caminhada; alongamento de panturrilha; agachamento; lunge de
frente; lunge de lado; inversão inclinada para frente.

• Semanalmente: Elevação da barriga com rebozo, em quatro apoios; liberação do


sacro em pé.
Spinning Babies

As “Três Irmãs” referem-se às Três Irmãs do Equilíbrio:


• Sustentação da barriga com o rebozo
• Inversão inclinada para a frente
• Liberação lateral
Essas técnicas equilibram a pelve e as áreas adjacentes para
proporcionar conforto, preparação para o parto e progresso do parto.
Use mais técnicas miofasciais para alcançar uma liberdade fascial mais
completa para suporte estrutural e conforto.
Spinning Babies
Spinning Babies
Spinning Babies
Spinning Babies

Quando usamos a Inversão Inclinada para Frente*?


Gestação:
• Diariamente a partir das 20-24 semanas para bebês cefálicos (até 3x dia)
• Maior frequência para bebês pélvicos ou transversos

Trabalho de parto:
• No início do trabalho de parto
• Entre as contrações, para relaxar (até 3x em 1 hora)

Lift & Tuck abdominal:


• Continue elevando a barriga durante a contração
(10 contrações). Abre o estreito superior.

A mobilidade do osso pélvico está relacionada com:


• Músculos
• Fáscia
• Ligamentos
Spinning Babies
Spinning Babies

Inversão inclinada para frente


Spinning Babies

ATENÇÃO > Inversão inclinada para frente:


Não fazer se a gestante apresentar pressão alta, glaucoma, lesão recente na
cabeça, ombro ou coluna. É possível sentir a cabeça latejando após as primeiras
vezes que fizer a posição. Não demostra risco!

... Se o bebê não estiver cefálico entre 30-32 semanas, fazer de 5-7
inversões inclinadas no período de 24-48h (não são 5 por dia).
Spinning Babies

Rosa dos Ventos Fetal,


por Gail Tully.

Taxas de Parto
Vaginal Espontâneo
Occípito Anterior 76.2%
Occípito Sacral 17.4%
Spinning Babies

O alongamento diário das panturrilhas alonga os isquiotibiais e prepara as


pernas para o agachamento.
Os músculos do assoalho pélvico se elevam em vez de afundar. As bordas
curvadas fazem a cabeça virar.
O agachamento diário com anteversão alonga o assoalho pélvico e aumenta
a flexibilidade do tecido mole da pelve. Evite em caso de ameaça de aborto
espontâneo ou no final da gravidez, se houver contrações que estão tentando encaixar
o bebê, mas não funcionam porque o bebê está posterior.
Spinning Babies
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Spinning Babies
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Spinning Babies
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Soluções nos diferentes níveis pélvicos


A pelve tem três níveis: os estreitos superior, médio e inferior.
Avaliar a descida do bebê é importante, mais até do que a dilatação
cervical, na minha opinião. As estações da pelve são incrementos de 1 cm cujo ponto
médio é uma protuberância óssea chamada de espinha isquiática, a qual marca o 0
da escala. Cada centímetro acima do zero é marcado com um sinal de subtração (-),
de modo que -3 fica na borda pélvica. Cada centímetro abaixo do zero é marcado
com um sinal de adição (+), de modo que o bebê provavelmente estará visível em +3.
A borda é o primeiro nível, ou estreito superior.
O estreito médio é o meio, perto das espinhas isquiáticas.
A saída é o estreito inferior, onde a cabeça do bebê é facilmente alcançável
e está prestes a ficar visível.
Abra o diâmetro do nível pélvico onde o bebê aguarda.
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Problemas e soluções no estreito superior


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Problemas e soluções no estreito superior


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Problemas e soluções no estreito superior


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6
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PELVE MÉDIA
Problemas:
• Dor quando o bebê está no assoalho pélvico
• Assinclitismo: cabeça inclinada para o lado, o colo pode estar mais espesso em
um lado (não na frente)
• Parada transversa: a cabeça está na estação 0 ou perto dela, no meio do percurso,
mas com a face apontada para um dos quadris.
Ações:
- Com Liberação Deitada de Lado (Objetivos da Liberação Deitada de Lado):
• Alongar músculos da pelve e da coluna
• Abrir as articulações sacro-ilíacas
• Liberar o sacro
Liberação do ligamento sacrotuberoso (2,5 minutos, leve pressão na superfície
medial inferior do ligamento).

- Abra a pelve média apoiando as coxas ou as coxas e os quadris apoiados


assimetricamente (side lunge).
Spinning Babies
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Side Lunge
- Auxilia na rotação de
fetos assinclíticos e
posteriores;
- Realizar 3 movimentos
para frente de cada lado.
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ESTREITO INFERIOR
A posição de quatro apoios permite o movimento do sacro.
Libere o ligamento sacrotuberoso até os ísquios com uma pressão gentil, por 2
minutos e meio.
Os ligamentos sacrotuberosos determinam a localização do sacro em relação ao
pube.
Primeiro: Aumente o Equilíbrio liberando os ligamentos sacrotuberosos e então
escolha uma Posição de Parto. Então, abra a saída: Fique em quatro apoios ou deite
de lado para deixar o sacro se mover ou faça a liberação dos ligamentos
sacrotuberosos.
• Anteversão pélvica
• Rotação interna do fêmur em qualquer posição... Tente usar a bola amendoim!
Spinning Babies
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DEIXE A MULHER FECHAR AS PERNAS NO EXPULSIVO!


Spinning Babies
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Essa técnica de relaxamento


reduz o desconforto do peso da barriga
e ajuda a facilitar a rotação do bebê no
trabalho de parto.
Realizar de 5-20 min
movimentos sutis circulares.
A posição fetal é determinada
pelos tecidos moles do corpo da mãe.
Quando usar o a sustentação da barriga
com rebozo?
Na gestação
• Do meio ao fim da gestação
• Movimentos respeitosos e suaves
No trabalho de parto
• No início do trabalho de parto
• Entre as contrações
• Para relaxar
Spinning Babies é uma parte ativa da
Paciência.
Seja a força de vontade que você quer
ter durante o parto.
Referências:

Ministério da Saúde. Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal – Relatório de recomendação,


nº 211 - Maio de 2016.

CHAVES NETTO, Hermógenes; SÁ, R. A. M. Obstetrícia básica. 2.ed. São Paulo: Atheneu, 2007.

Parto Ativo - Janet Balaskas. Ed. Ground

Artigo na íntegra:
http://estudamelania.blogspot.com.br/2012/08/estudando-episiotomia.html

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Ciência e
Tecnologia. Política Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e
Insumos Estratégicos, Departamento de Ciência e Tecnologia. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010. 48 p. – (Série B. Textos
Básicos em Saúde)
EM GRUPO, ATÉ 10/02/2023

Considerando as tecnologias de alivio da


dor, farmacológicas e não farmacológicas,
elucide sobre a importância da
enfermagem obstétrica na orientação e
realização prática das tecnologias.
Podemos contribuir com a prática e uso
racional das mesmas?

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