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FACULDADE ESTÁCIO SEAMA

Alyne Larissa Santos

Daiane Nascimento

Jhenny Alves

Jheanne Silva

Maisa Pinheiro

Natasha Souza

Raissa Moreira

Rafaela Franco

Yohanan Souza

RESUMO DAS TÉCNICAS NÃO INVASIVAS PARA O ALÍVIO DA DOR


NO TRABALHO DE PARTO: MASSAGEM

MACAPÁ, AP

2019
INTRODUÇÃO

Os Métodos Não Farmacológicos (MNFs) para alívio da dor, utilizados


durante o trabalho de parto, são tecnologias de cuidado que envolvem
conhecimentos estruturados quanto ao desenvolvimento da prática de
enfermagem em centro obstétrico. O uso desses métodos vem sendo alvo de
estudos desde a década de 60, entretanto, de maneira geral, passaram a ser
introduzidos em algumas maternidades brasileiras a partir da década de 90,
com o movimento de humanização do nascimento e com as recomendações do
Ministério da Saúde (MS) para assistência ao parto.

CONHECIMENTOS ESTRUTURADOS

Os métodos baseiam-se em conhecimentos estruturados, mas que não


necessitam de equipamentos sofisticados para sua utilização, podendo ser
aplicados, até mesmo, pelo acompanhante de escolha da mulher.
Considerando a classificação de Merhy e Onocko, eles podem ser classificados
como tecnologia leve-dura, uma vez que está baseado nos saberes
estruturados, tanto dos profissionais de saúde como em relação à clínica e a
epidemiologia, organizando sua atuação no processo de trabalho.

Apesar de o acesso das parturientes aos recursos não-farmacológicos


para o alívio da dor no trabalho de parto ser recomendado, a utilização destes
na assistência obstétrica ainda não é rotina na grande maioria dos serviços,
possivelmente pelo desconhecimento destes recursos e de seus possíveis
benefícios tanto pelos profissionais de saúde como pela população. A utilização
desses recursos no trabalho de parto busca resgatar o caráter fisiológico da
parturição.

A MASSAGEM

A massagem e outras terapias complementares são altamente


recomendadas para o alívio da dor no trabalho de parto, como uma alternativa
aos métodos farmacológicos devido à sua associação com o aumento de
intervenções obstétricas e efeitos adversos no feto e no neonato.

A massagem é utilizada desde os tempos mais remotos e numa grande


diversidade de culturas para comunicar, aliviar a dor ou o desconforto, de modo
a facilitar o bem-estar físico e psicológico.

O MÉTODO

A massagem é um método de estimulação sensorial caracterizado pelo


toque sistêmico e pela manipulação dos tecidos. No trabalho de parto, a
massagem tem o potencial de promover alívio de dor, além de proporcionar
contato físico com a parturiente, potencializando o efeito de relaxamento,
diminuindo o estresse emocional e melhorando o fluxo sanguíneo e a
oxigenação dos tecidos.

DURANTE O TRABALHO DE PARTO

A massagem durante o trabalho de parto pode ser realizada em todo o


corpo desde que a parturiente se sinta confortável para recebê-la.

Existem várias formas de massagear a parturiente: massagem do tecido


conjuntivo nas zonas reflexas do abdómen e na região do sacro; massagem
leve e suave realizada com as mãos abertas de um lado ao outro na região do
abdómen; massagem através de batidas leves com os dedos no abdómen de
um lado para o outro; deslizamento da região sacrococcígea até às cristas
ilíacas; massagem profunda sobre a região do sacro; massagem com as duas
mãos sobre as articulações sacroilíacas.

TÉCNICAS

As técnicas podem variar de deslizamento superficial e profundo,


amassamento, pinçamento, fricção ou pressão em pequenos círculos, desde
que realizada de forma direcional razoavelmente firme e rítmica.

Comumente, aplica-se a massagem na região lombar durante as


contrações uterinas e em outras regiões como panturrilhas e trapézios nos
intervalos entre as contrações, por serem regiões que apresentam grande
tensão muscular no trabalho de parto, a massagem é uma arte que precisa ser
cultivada e o único modo de aprendê-la é explorando e experimentando, uma
solução seria o acompanhante de parto, que se bem orientado pela equipe,
poderia realizar tal técnica com a parturiente.

MATERIAL UTILIZADO

Um dos modelos de material usado nas massagens incluem o Apollo


Massager, para aplicação de massagem de forma simples e intuitiva, com vista
ao relaxamento e à liberdade de aplicação de movimentos.

A pega e a flexibilidade dos rolos incluídos torna-o adaptável a qualquer


parte do corpo e muito confortável para quem o aplica e para quem sente
tensão em qualquer parte do corpo.

Nos materiais mais utilizados, existe uma pequena toalha e um óleo de


massagem (óleo de amêndoas doces), existe também a utilização da bola de
ténis plastificada, o que será usado para realizar contrapressão.

PAPEL DO ENFERMEIRO

A humanização na assistência ao parto requer uma atitude ética e


acolhedora por parte dos profissionais da saúde, criar um ambiente onde a
mulher tenha autonomia sobre seu corpo e tenha seus direitos respeitados,
evitando condutas onde a parturiente se sinta isolada e que tenha seu papel
ativo diante do trabalho de parto. Evidencia-se que o papel do enfermeiro
obstétrico deve ser cuidar e orientar as puérperas durante todo o processo de
partejar e parir, propiciando uma troca de saberes e levando a mulher a refletir,
decidir sobre os cuidados que deseja para si, e assim, transformando o ato de
parir em um momento singular de sua vida.

O enfermeiro não é o único profissional a implementar o tratamento da


dor, mas detém grande responsabilidade na monitorização da resposta do
paciente. Grande parte da inadequação do tratamento da dor resulta do fato de
nenhum profi ssional isoladamente ser o responsável. Geralmente, espera-se
que o outro identifi que o problema e sugira a solução e o controle da dor
tornandose um problema a mais para cada um, com baixa prioridade para
todos

CONCLUSÃO

O enfermeiro tem um importante papel frente à recuperação dos


pacientes, valorizando seus sentimentos e contribuindo para melhora da auto-
estima destes.

E nesta esfera destacam-se as terapias complementares que, apesar de


serem incipientes na enfermagem, oferecem um campo amplo para atuação,
pois o contato constante do enfermeiro com o paciente favorece a
implementação dessas terapias a fim de aliviar a dor, promover assistência
integralizada e melhorar a qualidade de vida do paciente no ambiente
hospitalar ou domiciliar.
REFERÊNCIAS

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072010000400022

http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2011/v39n1/a2404.pdf

“Os cuidados não-farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto: orientações


da equipe de enfermagem”

http://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/viewFile/624/541

“Métodos não farmacológicos no alívio da dor: equipe de enfermagem na assistência a


parturiente em trabalho de parto e parto”

https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/16484

“A massagem no trabalho de parto”

https://openrit.grupotiradentes.com/xmlui/bitstream/handle/set/2065/PAPEL%20DO%20
ENFERMEIRO%20NA%20ASSISTENCIA%20AO%20PARTO%20HUMANIZ.pdf?sequence=1

“Papel do Enfermeiro na assistência ao parto humanizado”

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