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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

GRADUAÇÃO ENFERMAGEM

Lucélia Marques Rodrigues Gonçalves - RA: 415106877

7º B, MANHÃ - CAMPUS VERGUEIRO

MANEJO DA DOR NO TRABALHO DE PARTO

São Paulo
2018

UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO


GRADUAÇÃO ENFERMAGEM

Lucélia Marques Rodrigues Gonçalves - RA: 415106877

7º B, MANHÃ - CAMPUS VERGUEIRO

MANEJO DA DOR NO TRABALHO DE PARTO

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito para
obtenção do título de Bacharel em
Enfermagem.

Orientador: Claudio Eduardo Miola.

São Paulo
2018
Tema:
Dor

Problema de Pesquisa:
Como o Enfermeiro pode manejar a Dor de forma não farmacológica durante o Trabalho de
Parto

Introdução:
A gravidez consiste de um processo fisiológico natural compreendido pela sequência
de adaptações ocorridas no corpo da mulher a partir da fertilização. A preparação do corpo
para a gestação envolve ajustes dos mais variados sistemas, envolvendo mudanças
fisiológicas e biomecânicas devido à ação hormonal. Durante a gestação, além de alterações
posturais em decorrência da diminuição do equilíbrio corporal estudos também têm
investigado o impacto no alinhamento corporal, mudanças nos ângulos de flexão e extensão
do quadril, joelho, coluna cervical e na marcha, dentre outras. As mudanças na estática e na
dinâmica do esqueleto resultam, muitas vezes, em desconforto ou dor¹.
O trabalho de parto é um processo fisiológico que ocasiona contrações uterinas e
dilatação, além de somar com a pressão que o feto exerce sobre as estruturas pélvicas
aumentando a intensidade da dor².
Definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um evento natural de
início espontâneo de baixo risco na evolução do trabalho de parto quando o bebê em posição
cefálica de vértice no nascimento espontâneo e com idade gestacional de 37 a 42 semanas
completas³. O parto normal transpélvico ou vaginal é dividido em 4 períodos: Dilatação
(trabalho de parto); Expulsão do feto (nascimento); Expulsão da placenta (dequitação) e
período de Greemberg ou primeira hora do puerpério (pós-parto)³.
O processo de nascimento é uma experiência que deve ser vivenciada entre a mulher e
seus familiares; é um evento natural, de caráter íntimo e privado, a enfermagem é
indispensável para o alcance de um parto fundamentado na humanização4.
A dor tem sido o grande desafio da ciência, é necessário que a paciente se expresse,
compartilhe, apresente uma expressão verbal ou não verbal. O parto normal está associado à
figura de dor, pelo caráter fisiológico do evento. A dor do trabalho de parto envolve uma
complexidade de respostas neurocomportamentais ao estímulo álgico e fornece uma
característica pessoal e única à dor sentida. Entender a dor vivenciada pela parturiente,
amenizá-la e oferecer intervenções de alívio capazes de agir como competidores de impulsos
na parte central do sistema nervoso.5
Mais do que um sintoma, a dor é um evento orgânico subjetivo, difícil de aferir e o seu
controle é o objetivo do tratamento. Quem sofre com a dor tem alterações biológicas,
psicossociais e psicossomáticas. Em relação aos sintomas orgânicos comuns pode-se relatar
perda do sono, prejuízo na movimentação, alteração do humor, da capacidade de
concentração.6
Estima-se que durante toda a gestação a mulher apresente dores lombares e/ou
pélvicas. No trabalho de parto a mulher apresenta dor aguda, com duração curta, é iniciada
com a contratilidade uterina e continua durante a parturição. A avaliação e a mensuração da
dor são extremamente importantes para o manejo da dor. A classificação geral da dor é
definida como aguda, orgânica, transitória, complexa, subjetiva e multidimensional, resulta
dos estímulos sensoriais gerados, principalmente pela contratilidade do útero. Têm sido
utilizados vários métodos para mensurar a percepção/sensação de dor. Escalas e questionários
foram criados, quantificando - a durante o trabalho de parto.3
Instrumentos para mensuração da dor: Escala Unidimensional e Escalas Multidimensional.
Escalas Unidimensionais:
- Escala verbal numérica,

- Escala numérica visual,

- Escala visual analógica,

- Escala de categoria de palavras,

- Escala Comportamental

Escalas Multidimensionais:
Escalas Multidimensionais
-
Inventario de Mc Gill: descritores são divididos em quatro grupos: sensorial
discriminativo, afetivo motivacional, avaliativo cognitivo, e miscelânea.
-
Breve Inventario de Dor: intensidade, interferência da dor na habilidade para
caminhar, atividades diárias do paciente, no trabalho, atividades sociais, humor e
sono.7
Todos os profissionais de saúde, bem como outros profissionais que atuam nas
unidades de saúde, são responsáveis e aptos para atuar com humanização no parto. O
enfermeiro, e reconhecido pelo gestor público como profissional autorizado para implantar as
ações da política de humanização, são dotados de competência necessária para produzir
discursos legítimos capazes de serem reconhecidos, além de possuírem competência e
destreza e buscarem atualizar-se continuamente, devem também, através de suas ações,
demonstrar que estão comprometidos a prestar uma assistência humanizada e hospitaleira ao
binômio mãe - filho. Com o emprego da humanização no parto, baseadas nas evidências
científicas, a parturiente consegue obter maior confiança no processo, reduzindo seus medos e
anseios, além de suas dores e sensações físicas, por estar ao lado de pessoas de confiança 8. O
enfermeiro por permanece mais tempo próximo ao paciente deve assumir o manuseio da dor,
proporcionando, sobretudo, alívio do sofrimento e melhora da qualidade de vida. Os pacientes
podem reagir das mais diversas maneiras à experimentação da dor, portanto, a abordagem
profissional de aproximação, conquista, escuta atenta e observação sistemática pode facilitar o
rastreamento de sintomas álgicos e o planejamento da assistência adequada. É importante
entender que assim como os demais sinais vitais, a dor traz um forte indício de desconforto e
instabilidade capaz de desestabilizar os sinais vitais fisiológicos e consequentemente a
hemodinâmica dos pacientes. A dor pode ser avaliada por meio do relato do paciente,
observação do seu comportamento e das respostas fisiológicas6.
A manutenção do equilíbrio emocional durante o trabalho de parto é fundamental, pois
quando os níveis de adrenalina estão altos, o sistema nervoso simpático é imediatamente
ativado, aumentando os níveis plasmáticos do hormônio liberador de corticotrofinas, do
hormônio adenocorticotrófico e do cortisol, comprovando que o estresse é um mecanismo
biológico adaptativo e de defesa. Os Métodos Não Farmacológicos (MNFs) para alívio da dor,
utilizados durante o trabalho de parto, são tecnologias de cuidado que envolvem
conhecimentos estruturados quanto ao desenvolvimento da prática de enfermagem em centro
obstétrico. Nem todos os métodos são eficazes no alívio da dor, mas reduzem os níveis de
estresse e ansiedade da parturiente e promovem satisfação. A redução dos níveis de estresse
previne a hiperventilação e consequente alcalose respiratória reduzindo a liberação de
catecolaminas o que contribui para uma melhor perfusão placentária e menores índices de
acidose fetal, com consequente resultados neonatais positivos.9

Métodos:
Para o desenvolvimento do presente estudo foram considerados artigos originais, artigos de
revisão, dissertações de mestrado, revista e livros com menção ao tema proposto, que
tratassem de forma clara e objetiva o assunto. Realizou-se uma revisão, em estudos indexados
no período de 2010 à 2018, utilizando quatro bases eletrônicas de dados, sendo, SciELO,
LILACS, MEDLINE e GOOGLE ACADÊMICO. Foram utilizadas como palavras-chave na
busca eletrônica: Dor sinal vital, Alterações gestacional, Enfermeiro, Cuidados de
enfermagem, Manejo da dor, Trabalho de parto, Parto não medicamentoso. A busca nas bases
eletrônicas de dados foi realizada no mês de Março à Maio de 2018, foram analizados 26
artigos, após avaliação 10 artigos atenderam a todos os critérios para a inclusão neste
trabalho.

Justificativa:
A Dor é um sinal vital que o enfermeiro gerencia junto com a parturiente. A Enfermagem
Obstétrica tem papel fundamental no trabalho de parto e nascimento. Dentre as ações da
enfermeira obstetra, a utilização de métodos não farmacológicos para o alívio da dor que
visam inclusive reduzir o estresse que é um mecanismo biológico adaptativo e de defesa que
eleva os níveis de adrenalina, inibe a liberação da ocitocina endógena, dificultando a evolução
do trabalho de parto.

Objetivo:
Identificar e compreender os métodos não farmacológicos que promovem o alívio da dor,
adotados pelo enfermeiro durante o trabalho de parto.

O manejo não farmacológico da dor no trabalho de parto

A dor de parto é a dor mais aguda de um corpo humano. É semelhante a outros tipos
de dor visceral (severa, com cólica e intermitente). Em contraste com muitas outras fontes de
dor, não é patológico caso, mas uma parte de um processo fisiológico normal. Na primeira
fase do nascimento, é causada por contrações uterinas e pela dilatação do colo do útero para
permitir a saída do feto. Na segunda etapa do trabalho de parto, a dor é causada pela pressão
da pelve e pela distensão das estruturas envolvidas. A dor no trabalho de parto, todavia
também é influenciada pelos fatores fisiológicos e anatômicos, mas também pelas implicações
socioculturais.1,3
O objetivo mais importante da dor do parto é mobilizar o corpo de uma mulher para
cooperar com a saída do feto. Porém, infelizmente, a percepção da dor do parto como dor
ruim pode causar muitos problemas, especialmente vinculado ao aumento na secreção
materna de catecolaminas, que contribui para o estresse emocional e consequentemente, tem
uma influência negativa na saúde mental das mulheres. Além disso, o medo da dor evoca
frequentes solicitações de cesárea sendo considerado um dos fatores mais impactantes no alto
número de partos cesarianos sem necessidade no cenário atual. A abordagem mais comum
para a dor do parto é oferecer manejo à parturiente para diminuir a dor. O método mais eficaz
de alívio da dor é a analgesia neuroaxial, mas esta prática está associada a certos efeitos
colaterais e riscos na sua administração. Em contraste, técnicas não-farmacológica tendem a
serem facilmente aplicáveis, baratas e seguras. A dor do parto é um problema dominante para
muitas mulheres grávidas e o profissional de saúde deve ser capaz de compreender e instar as
pacientes a usar as técnicas de controle da dor durante o trabalho de parto. 3,4
A dor no trabalho de parto é percebida de maneira diferente por todas as mulheres e
depende de muitos fatores, incluindo influências físicas, emocionais, cognitivas, sociais e
culturais. Contudo, dois pontos parecem claros: há uma grande variação na dor percebida
pelas mulheres, e a maioria das mulheres em trabalho de parto pode experimentar níveis
significativos de dor, sendo muitas vezes considerada diferente da dor em outras
circunstâncias clínicas, com alguns trabalhos apontando a dor como parte necessária enquanto
fator que induz um importante processo fisiológico no trabalho de parto com a liberação de
endorfinas naturais, que ajudariam as mulheres a lidar com altos níveis de dor. 1,4
Outras evidências, entretanto, mostraram efeitos adversos de dor não aliviada que
incluem, por exemplo, a hiperventilação materna, levando a alcalose respiratória e hipóxia
fetal devido ao potencial aumento na liberação de catecolaminas causando vasoconstrição da
placenta vasos e também relacionando experiências negativas no manejo da dor durante o
trabalho de parto com uma relação com taxas aumentadas de depressão pós-natal.
As parturientes recebem informações de diversas fontes quanto ao tipo de abordagem com
relação a dor durante o período pré-natal: familiares, amigos, equipe de saúde e na atualidade,
com a facilidade de acesso a informações pelas diversas mídias, acabam muitas vezes tendo
potencializado o medo de não receber o atendimento adequado no que visa minimizar a dor
durante o processo. Se em épocas anteriores o ato de parir era visto como um processo
natural em que a parturiente tinha como responsáveis pelo manejo mulheres dentro de sua
comunidade com o advento de tecnologias em medicina obstétrica a prática foi sendo tomada
pelo modelo biomédico em que os profissionais envolvidos tomam condutas considerando o
parir enquanto processo patológico e que necessita de recursos farmacológicos e
procedimentos técnicos muitas vezes desnecessários. Nos últimos anos, porém, pesquisas
demonstram que embora as evidências mostrem que o alívio farmacológico da dor é eficaz,
ele também pode estar associado com efeitos adversos para a mãe e o bebê e que controle
pessoal da dor e a reavaliação desta durante o trabalho com o uso de medidas não
farmacológicas pela equipe multiprofissional afetam positivamente a satisfação das mulheres
com qualquer mecanismo para alívio da dor utilizado. O enfermeiro enquanto profissional
educador tem papel fundamental neste processo, informando e educando mulheres
adequadamente no período pré-natal quanto às suas opções de alívio da dor e, durante o
período de parto propriamente dito, oferecendo o controle dessas opções. Com isso pode
ajudar a melhorar a satisfação das mulheres com a maneira que seu alívio da dor no trabalho
de parto é gerenciado, deixando as mulheres confortáveis para escolher qualquer que seja o
gerenciamento da dor que achem mais adequado as necessidades individuais. 4,5,7
Considerando-se todas essas peculiaridades é importante que o profissional de
enfermagem entenda que a abordagem não farmacológica da dor inclui uma ampla variedade
de técnicas para abordar não só o físico sensações de dor, mas também para evitar o
sofrimento, reforçando os componentes psicoemocionais e espirituais do cuidado facilitando
que a dor é percebida como um efeito colateral de um processo normal, não um sinal de dano,
lesão ou anormalidade. Em vez de fazer a dor desaparecer a equipe de enfermagem e outros
prestadores de cuidados obstétricos devem servir como auxílio a mulher para lidar com isso,
construir sua autoconfiança, e manter um senso de domínio e bem-estar. Neste contexto o
elemento que melhor prediz a experiência de trabalho de uma mulher dor é o seu nível de
confiança em sua capacidade de lidar com a equipe responsável pelo cuidado. 8
Sentir-se aceita, reassegurada de seus direitos e com o encorajamento e orientação dos
envolvidos a parturiente e seu grupo de suporte imediato (familiares ou demais indivíduos que
esta determinar que devam fazer parte deste momento) facilitam na utilização de técnicas de
não farmacológicas e métodos para aliviar a dor e melhorar o trabalho de parto em progresso.
Com esse tipo de cuidado e com um ambiente acolhedor é possível promover o conforto e
privacidade necessário para atender a expectativa de que a parturiente permanecerá ativa e
usará uma variedade de técnicas que respeitem suas escolhas, sejam com medidas de conforto
e lugares para caminhar, banhar-se e descansar até a presença de um acompanhante de sua
escolha. O sucesso no uso destas técnicas e sofrimento evitado, mesmo quando a dor é
existente, e as reações positivas ao parto estão associadas muito mais com a impressão de
como uma mulher acredita que ela foi tratada por seus cuidadores, seu envolvimento na
tomada de decisões e se suas expectativas foram atendidas, do que com a quantidade de dor
percebida. 8,10
Embora os medicamentos sistêmicos e os anestésicos regionais tenham se
popularizado nos últimos anos, técnicas que não envolvem medicamentos também foram
testadas em diferentes centros, com sucesso variável. Há casos em que uma mãe pode não
querer usar medicamentos ou analgesia regional para o parto, ou as opções farmacológicas
podem não estar disponíveis em algumas instituições. Nestas situações, os métodos não
farmacológicos são demonstrados serem úteis no papel de ajudar a lidar com a dor do parto.
Essas técnicas incluem hipnose, psicoanalgesia (parto natural e psicoprofilaxia), a técnica de
Leboyer, acupuntura, estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS), aromaterapia, toque
e massagem, além do movimento materno e mudanças posicionais durante o trabalho de parto
e parto na água. Algumas destas técnicas requerem recursos específicos e sofisticados e uma
estrutura adequada, enquanto outros dependem tão somente da equipe de enfermagem e
demais profissionais envolvidos no cuidado dentro dos centros de parto.9

Hipnose
A literatura disponível discorre sobre hipnose tem sido usada para alívio da dor e de
diversas mazelas há muito tempo, sendo que no trabalho de parto existe registro de ter sido
introduzido no século XIX, utilizando técnicas para liberação de medo e relaxamento. Tem
por objetivo proporcionar a parturiente alívio da ansiedade e alcance de um estado relaxado,
podendo então o corpo conduzir aquilo que foi projetado para fazer durante o parto, sem
limitação e desconforto resultante. Este método tenta modificar a percepção da dor através da
auto-hipnose e da sugestão pós-hipnótica. Um exemplo é a imaginação de estar em um lugar
seguro, muitas vezes simbolizando a dor como algo que pode ser separado do reconhecimento
consciente, tentando assim reconhecer menos dor. Alguns objetivos da hipnoterapia incluem:
redução da necessidade de analgésicos, menor fadiga do parto, união da mãe e do bebê e
diminuição da hiperventilação. Este método também tenta tornar o processo de parto menos
científico através da substituição da terminologia convencional de nascimento por menos
descritivos científicos. Exemplos disso incluem chamar o parto de um “acompanhamento de
parto” e não um trabalho, “pegar o bebê” é chamado de receber o bebê e a contração uterina é
chamada de “onda uterina”. Hipnoterapia não tem fatores de risco reconhecidos para a mãe ou
o feto. Algumas das desvantagens reconhecidas incluem: estudos que demonstram que a
duração média do trabalho de parto é maior no grupo de hipnose; diminuição da popularidade
entre muitos obstetras, devido ao aumento do tempo necessário para o preparo adequado da
hipnose, em comparação com os métodos padrão de alívio da dor; o nível de estado hipnótico
necessário para tolerar a dor do parto pode diminuir a memória do processo de nascimento; e
taxa de sucesso relativamente pequena de hipnose adequada. As vantagens dessa técnica
incluem mínima interferência fisiológica materna e fetal.4,8
Toque e Massagem
O toque pode transmitir mensagens que reduzem a dor: uma mão colocada em um
local dolorido, acariciando em um gesto carinhoso ou um abraço apertado pode transmitir
uma mensagem de preocupação para a mulher em trabalho de parto. Muitas mães apreciam o
toque e a massagem enquanto estão em trabalho de parto, e na maioria das vezes o provedor
deste é um ente querido ou acompanhante. Embora haja falta de estudos de qualidade sobre o
benefício do toque e da massagem, pode-se verificar que as mães recebem alívio emocional e
físico significativo. O toque terapêutico e a massagem podem incluir uma ampla variedade de
intervenções práticas para a mãe, desde massagens terapêuticas a carícias leves. Isso pode
incluir o uso de mãos, dedos ou dispositivos para aplicar e aliviar a dor e facilitar o
relaxamento e assim a parturiente torna-se mais capaz de tolerar a dor do parto com um
melhor relaxamento e um menor nível basal de ansiedade. Muitas mulheres sentem dor
lombar associada à posição posterior da cabeça do bebê e a massagem de pressão sobre esta
área pode proporcionar alívio dessa dor, por exemplo. O alívio da dor pode ocorrer através da
redução do estresse, da distração ou da estimulação de outros receptores. O benefício do
alívio da dor desta modalidade não foi demonstrado como fator para diminuir a utilização de
analgésicos ou outras intervenções médicas, porém o alívio da dor no nascimento parece durar
aproximadamente 30 minutos quando a massagem ou a pressão profunda é usada. Assim
sendo, a massagem pode funcionar melhor quando administrada em intervalos de 30 minutos
com pausas no meio. 8,9

Psicoanalgesia e Parto Natural


Estes conceitos datam da década de 1940, sendo mecanismos de melhora da dor do
parto em relação à ansiedade e ao medo e preparado para ter uma abordagem destemida ao
trabalho para minimizar a dor, um estudo de 1946 mostrou que o uso destas técnicas no
método diminuiu consideravelmente a quantidade de anestesia durante o trabalho de parto.
Atualmente, existem vários grupos de enfermagem que incentivam as mulheres grávidas a
aprender as técnicas de respiração durante as sessões preparatórias pré-natais. As mulheres
são encorajadas a tentar essas técnicas antes de optar por métodos farmacológicos de alívio da
dor. No entanto, o sucesso final é variável, pois esse método exige motivação substancial de
todos os membros participantes durante toda a duração da gravidez, trabalho de parto e parto.
A técnica psicanalítica tornou-se muito popular entre as mulheres que tentaram evitar
medicações durante o trabalho de parto e parto. Essa técnica envolve a educação das
parturientes em relação aos reflexos condicionados “positivos”. Envolve apoio contínuo ao
trabalho e o uso de um repertório de estratégias de relaxamento e respiração. Acredita-se que
os exercícios respiratórios condicionados e controlados eram eficazes para bloquear a
percepção das mulheres sobre a dor das contrações.
As vantagens deste procedimento incluem evitar quaisquer medicações que perturbem
a fisiologia materna, bem como evitar a depressão respiratória fetal causada pelo uso de
narcóticos. No entanto, a taxa de sucesso dessa técnica varia consideravelmente, e as
parturientes podem solicitar medicações sistêmicas ou analgesia regional ao usar essa técnica.
Ainda assim estudos demonstram que as parturientes preparadas para o parto usando técnicas
de psicoprofilaxia precisam de menos analgesia durante o trabalho de parto e parto do que as
parturientes despreparadas. 2,5

Aromaterapia
O uso de óleos aromáticos em terapias alternativas tem atraído a atenção recentemente
como uma forma de promover o alívio do estresse durante o trabalho de parto. Mais e mais
mulheres estão se voltando para a aromaterapia durante o parto para ajudá-las a lidar com as
questões emocionais que enfrentam, não havendo alívio direto ou indireto da dor. Contudo a
parturiente pode fazer uso da aromaterapia para reduzir o estresse, permitindo que a dor seja
mais bem tolerada sendo que alguns artigos sugerem que a aromaterapia também promove a
redução do estresse entre ajudar cuidadores e entes queridos, melhorando o ambiente geral.
Óleos essenciais de rosa, lavanda, hortelã, sálvia e outros são colocados em banhos, toalhas de
rosto, óleo de massagem ou diretamente na pele da mãe que está trabalhando. Muitos
recomendam escolher alguns óleos diferentes para usar em diferentes fases do trabalho.
Sugestões incluem o uso de óleo calmante para o primeiro estágio do parto antes que o bebê
comece a descer; na segunda fase do trabalho de parto, o óleo de hortelã-pimenta pode ser
utilizado para promover uma sensação de força. As limitações incluem ausência de efeito
direto no alívio da dor, algumas mulheres podem ter reações alérgicas a preparações
específicas de óleo, e muitas mulheres durante a gestação são particularmente sensíveis a
certos odores que podem aumentar a náusea e o vômito associados ao trabalho de parto.
Embora não existam em grande quantidade estudos demonstrando benefícios para a mãe em
trabalho de parto, os riscos e custos mínimos associados à aromaterapia tornam isso um bom
complemento em muitas mulheres de baixa renda. É recomendado que a paciente escolha as
misturas de óleo antes do início do trabalho de parto, definindo quais são mais agradáveis,
pois isso pode ajudar a evitar o uso de aromas que aumentem a náusea e o vômito. 10

Técnica de Leboyer
Em 1975, o obstetra francês Leboyer descreveu o conceito de “nascimento sem
violência”. Segundo o autor, o trauma psicológico do nascimento do recém-nascido poderia
ser reduzido evitando ruídos, luzes fortes e outros eventos estimulantes da sala de parto,
acreditando que entregar o bebê em uma sala com iluminação diminuída, silenciosa e também
evitando a estimulação do recém-nascido imediatamente após o parto traria benefícios e que a
diminuição de estímulos auxiliaria na condução de um parto sem sofrimento. Contudo do
ponto de vista neonatal o emprego desta técnica traz questões a serem avaliadas, como
problemas de manutenção da temperatura neonatal e iluminação inadequada para avaliação
adequada dos bebês. 9

Acupuntura
Técnicas de acupuntura têm sido usadas na China tanto para cirurgia quanto para
alívio da dor. Ele tem sido usado há milhares de anos para auxiliar no controle da dor,
dependência, náusea / vômito e muitos outros usos. Em teoria, existem mais de 365 pontos ao
longo dos 12 meridianos (caminhos de energia) do corpo. Interrupções do fluxo de energia
(cirurgia, trabalho, estresse etc.) ao longo dos meridianos rompem a harmonia do corpo
produzindo sentimentos de dor ou desconforto. Agulhas finas são colocadas em pontos
específicos para redirecionar a energia para corrigir caminhos que foram interrompidos por
cirurgia ou trabalho de parto. Presume-se que a acupuntura atue interrompendo ou inibindo os
impulsos de dor enviados ao cérebro ou a estimulação de endorfinas no corpo. Agulhas
estéreis muito finas são colocadas logo abaixo da pele, em pontos estratégicos ao longo do
corpo, por um profissional treinado em acupuntura. Essas agulhas são deixadas no lugar por
vários períodos de tempo e são frequentemente conectadas a uma pequena corrente elétrica
para auxiliar no controle da dor. A acupuntura pode ser feita por várias semanas antes do
parto em sessões semanais de uma hora de duração. As limitações incluem: agulhas precisam
ser colocadas por um profissional de acupuntura, risco de infecção no local da agulha e a
colocação de agulhas no trabalho de parto pode limitar a mobilidade da mãe. Embora a
maioria dos estudos não tenha mostrado nenhuma diferença na produção de endorfinas,
alguns sugerem que há um primeiro estágio de trabalho de parto encurtado quando a
acupuntura é administrada em várias sessões por várias semanas antes do nascimento. No
entanto, o primeiro estágio de trabalho mais curto relatado pode ser impreciso, uma vez que
esses estudos não foram consistentes na mensuração da duração do primeiro estágio do
trabalho de parto. Em um recente estudo sueco, a acupuntura foi administrada por parteiras
que passaram por um curso de 04 dias sobre o uso da acupuntura durante o trabalho de parto,
e estudo em questão descobriu que as mulheres que receberam acupuntura tinham metade da
probabilidade de solicitar uma epidural durante o trabalho de parto e menos propensas a pedir
outros tipos de alívio da dor, como terapia de estimulação nervosa ou uma bolsa de arroz
quente, contudo o tratamento pareceu não surtir efeito significativo sobre quanta dor as
mulheres disseram estar sentindo. Alguns autores notaram que a acupuntura poderia reduzir a
experiência de dor, a duração da fase ativa e as unidades de ocitocina e que as pacientes
estavam satisfeitos com a técnica e não foram observados efeitos adversos. Outros estudos,
entretanto, não replicaram esses resultados, apontando que acupuntura pode ser mais eficaz
para náuseas e vômitos e demais sintomas que podem acompanhar a dor do que o alívio
propriamente dito da dor de parto. 9,10

Estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS)


Esta técnica tem sido usada mais comumente na terapia da dor crônica, bem como no
alívio da dor aguda pós-operatória. Embora o mecanismo não seja exatamente conhecido, as
diferentes hipóteses apresentadas são seu efeito na a modulação do impulso da dor as
terminações nervosas e a liberação de opióides endógenos. A TENS tem sido usada para o
alívio do trabalho de parto com sucesso variável. Eletrodos adesivos cutâneos são colocados
sobre a região espinhal T10-L1 bilateralmente e a aplicação de estímulo elétrico é realizada
com diferentes níveis de intensidade. A TENS também pode ser aplicada na área sacral
durante a segunda etapa do trabalho de parto, sendo, no entanto, considerada inconsistente e
não tão popular. Esta técnica requer equipamentos específicos e material de alto custo para a
aplicação, sendo inviável em muitas instituições. 7

Movimentação e posições maternas


Mulheres em trabalho de parto tendem a encontrar posições mais confortáveis, como
sentar, ficar em pé e andar e muitos escolhem uma posição deitada enquanto o trabalho
avança. Movimentar-se durante o trabalho de parto geralmente é mais confortável do que ficar
parado e pode ajudar no progresso do trabalho de parto pelos simples efeitos da gravidade e
da mudança de forma da pelve. Também pode aliviar a dor, deslocando a pressão e
permitindo que o bebê se mova. As mulheres trabalhadoras encontram algumas posições e
movimentos mais confortáveis do que outros em diferentes estágios de trabalho. Desde o
início do século XX, o parto passou da casa para o hospital com o uso de equipe médica,
medicações intravenosas, epidurais e outras formas de assistência médica. Isso pode ter
servido para limitar a liberdade de movimento da parturiente, pois quando a paciente altera a
posição, ela muda as relações entre vários fatores, como a posição da cabeça do bebê, a pelve
e a gravidade. Movimentos e alterações de posicionamento no trabalho de parto podem ser
recomendados para girar um bebê mal posicionado e aumentar o progresso do trabalho de
parto em dilatação e descida do bebê. Muitos estudos sugerem que caminhar ou sentar-se mais
ereto acelera a taxa de trabalho. Algumas posições da amostra incluem posição ereta, de
cócoras, lateral, plana e mãos e joelhos. As pacientes devem ser encorajadas a procurar
qualquer posição que proporcione conforto e mantenha uma posição ereta, se desejar. Certos
procedimentos farmacológicos, como as anestesias epidurais, podem tornar a deambulação
insegura mesmo com a força adequada das pernas. Muitas unidades de trabalho carecem de
mão de obra ou áreas designadas para facilitar a caminhada com o posicionamento epidural.
Recentemente bolas de parto passaram a ser utilizadas para proporcionar conforto durante o
trabalho de parto e é uma ferramenta de trabalho considerada simples, benéfica e versátil.
Bolas de parto são profissionalmente feitas para uso em fisioterapia e têm sido usadas há anos
para exercitar e reabilitar adequadamente os pacientes, tendo seu uso adotado nos centros de
parto e nos departamentos de obstetrícia do hospital em todo o país.
A bola suporta facilmente a pressão aplicada pelo peso da mulher em trabalho de parto
e é seguro usar a bola de parto com o monitor cardíaco fetal eletrônico externo e interno, se
necessário; a parturiente pode sentar-se, balançar, pular ou esticar a bola inflável para aliviar a
dor. Nenhum estudo relatou qualquer posição que tenha sido considerada prejudicial ao bebê
ou à mãe, contudo bolas de parto não devem ser usadas sem a ajuda de profissionais
experientes para prevenir quedas. 10

Parto na água
Outra opção de parto natural que se tornou popular é o parto na água. Considera-se
que o parto na água proporciona uma atmosfera calma e relaxante para a futura mãe e seu
recém-nascido, sendo vantajoso para a parturiente no controle da dor pois a água morna causa
aumento da irrigação sanguínea, diminuição da pressão arterial, além de relaxamento
muscular, o que alivia as dores das contrações, facilitando a saída do bebê. Comparando-se o
parto na água com o parto normal, o primeiro costuma ser mais rápido com maior alívio de
dor do que o segundo, porém conta com desvantagens como a necessidade de uma estrutura
adequada e ainda pouco disponível na rede de saúde brasileira ou em caso de trabalho de
parto prematuro; sofrimento fetal; presença de mecônio; mulheres diabéticas; mulheres que
apresentam sangramento; mulheres com doenças virais, como HIV positivo, hepatite B,
herpes genital com lesão ativa; quando houver desproporção entre o tamanho do bebê e a
saída do canal de parto e casos em que a mãe e o bebê precisam ser monitorados. 2,10

Considerações Finais

Com base na literatura disponível devemos nos atentar quanto ao quadro de discussão
dos tópicos sobre dor versus sofrimento: o paciente pode experimentar sensações de dor sem
que estas signifiquem sofrimento ou mesmo passar por sofrimentos que não envolvam a
presença de dor física ou emocional no processo, sendo que estes dois não necessariamente
estão vinculados intimamente. O processo deve ser iniciado desde o pré-natal, propiciando a
gestante o tempo necessário para absorver as opções e possibilidades quanto ao controle
álgico durante o trabalho de parto conforme a evolução de sua gestação, considerando-se a
estrutura da unidade de referência a ser realizado o parto, condições clínicas maternas e fetais
e demais adaptações a serem realizadas Por exemplo: gestantes recebendo atendimento em
um mesmo Centro Obstétrico podem passar por processos opostos quanto ao parto a depender
da orientação pré-natal recebida, experiências anteriores e influências sociais e econômicas
individuais bem como o quadro clínico de cada uma. O trabalho de parto pode ser doloroso
sem que exista uma experiência com carga emocional vinculada a sofrimento se as gestantes
foram preparadas para tal e recebem o suporte necessário. Dentre os fatores que podem
influenciar positivamente no processo de lidar com a dor inerente ao processo de parto
podemos incluir iniciativas educacionais durante o pré-natal, presença de acompanhante,
toque terapêutico e a disponibilidade da equipe em estar presente e fornecer o atendimento
humanizado que se preconiza dentro das instituições. 1,3,4

Devemos lembrar que, por outro lado, uma paciente pode ter um parto livre de dor
física, porém ainda assim passar por sofrimento emocional e psicológico. Uma paciente com
acesso a analgesia farmacológica pode sentir pouca ou nenhuma dor porém ser objeto de
sofrimento emocional devido a trabalhos de parto prolongados, falta de sensibilidade motora
relacionada a anestesia peridural, excesso de procedimentos invasivos, preocupação com a
vitalidade do feto ou mesmo sentimentos de isolamento e solidão se for negado o direito
previsto de presença de acompanhante. Na pior das hipóteses a falta de equipe capacitada
para atendimento acarreta na presença de dor acompanhada de sofrimento, sendo que muitas
vezes a equipe de saúde envolvida não se atenta para a importância de acompanhar e avaliar
continuamente a paciente para melhor localizar o momento em que a dor torna-se sofrimento.
Portanto faz-se de suma importância que o gerenciamento de medidas de controle álgico e o
uso de escalas para avaliação de dor seja contínuo para que quando necessário saiba ofertar os
métodos não farmacológicos de alívio da dor de acordo conforme a aceitação da parturiente,
seja por meio de massagens, movimentos facilitadores do trabalho de parto, banho de
aspersão, auxílio em mudança de decúbito, respiração consciente, aromaterapia, estímulo a
deambulação ou demais meios ofertados na unidade de atendimento, bem como estimular a
parturiente a uma atitude ativa com movimentação e exercícios livres durante o trabalho de
parto, parto e nascimento, favorecendo as posições verticais e uso de métodos não invasivos
para alívio da dor bem como ensinar e estimular as técnicas de conforto ao orientar a paciente
a caminhar, agachar, ficar semi-sentada, manter-se em decúbito lateral, auxiliar no banho de
aspersão bem como o estímulo ao envolvimento do acompanhante também dever ser
facilitado pela equipe. O alívio total da dor nem sempre é viável, porém o manejo de meios
não-farmacológicos para controle desta pode ajudar de maneira significativa este processo e
auxiliar a gestante a utilizar os métodos mais eficazes para si. 8,9

O processo de tomada de decisões sobre quais métodos de controle da dor podem ser
adequados para a experiência de parto, incluindo a intensidade das sensações de dor; a
velocidade ou progresso do trabalho de parto; o tamanho de seu bebê; experiência anterior
com dor e outras condições médicas. A dor varia muito de uma mulher para outra e de um
trabalho para outro no caso de multíparas, bem como ansiedade; idade e expectativa com
relação ao alívio da dor. O alívio da dor é benéfico para o binômio mãe-neonato e os
profissionais envolvidos devem também exercitar a sensibilidade na avaliação da dor não
somente por meio de respostas verbais, avaliando expressões faciais e vocalizações, contatos
físicos e interação com o ambiente, movimentos corporais, sinais vitais e sinais de fadiga e
exaustão física e emocional. 3,5
Embora os relatos da literatura atual demonstrem que a maioria das gestantes deseja
ter papel ativo e se envolver na tomada de decisões sobre o trabalho departo ainda
encontramos relatos de pacientes que não desejem a ideia de estarem envolvidas e podem
transferir a responsabilidade para outra pessoa, alegando que seu envolvimento direto pode
sobrecarregá-las trazendo um fardo de responsabilidade que eles não desejam ou não se
julgam capazes de ter naquele momento. 4
Em suma: as gestantes podem sentir dores intensas durante o trabalho de parto, e
enquanto enfermeiros têm como papel dentro do gerenciamento trabalho de parto e o controle
álgico usando abordagens disponíveis, sendo elas farmacológicas ou não farmacológicas. Para
alguns casos, tudo o que é necessário são abordagens não farmacológicas enquanto outros
casos demandam uso medicamentos ou drogas também. Independente da escolha primária é
ideal que toda a equipe envolvida esteja apta para ofertar cuidados em ambas, estando
preparados a utilizar ferramentas que podem ser usados para ajudar a controlar a dor e lidar
com o trabalho de parto. Mesmo que a paciente tenha optado por utilizar a medicação
provavelmente haverá um período durante o trabalho de parto em que esta possa ser usada
concomitante a abordagens não farmacológicas úteis, embora a literatura atual indique que
quando as gestantes fazem uso de métodos não farmacológicos primeiramente relatam maior
satisfação com o parto. O estabelecimento de uma relação de confiança com os profissionais
de saúde fortalece sentimentos positivos que tranquilizam a parturiente e facilitam o processo
de escolha. Especialmente o enfermeiro e a equipe de enfermagem, enquanto profissionais
que atuam diretamente e na totalidade do processo perinatal e puerperal, possuem papel
fundamental neste processo. Seja atuando enquanto educador pré-natal ou prestando cuidados
diretos durante o trabalho de parto o profissional de enfermagem é parte determinante para
uma experiência positiva para o binômio. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera
essencial que sejam explorados os métodos não-farmacológicos de alívio da dor, por serem
mais seguros e acarretarem menos intervenções, portanto o profissional deve atualizar-se e
disseminar o conhecimento quanto ao uso seguro dos métodos disponíveis na sua vivência
profissional. 9,10
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2 - Aragão HT; Vieira SS; Fernandes ETS; Silva GM. Trabalho de Parto e os Métodos não
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CONGRESS Theme: Good practices of nursing representations In the construction of society
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