36º Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo

19ª Mostra de Experiências Exitosas dos Municípios

12º Prêmio David Capistrano

NORMAS PARA INSCRIÇÃO DO TRABALHO

1) Título da Experiência USO DE AROMATERAPIA DURANTE O TRABALHO DE

PARTO: PERCEPÇÕES DA EQUIPE

2) Tema: PROMOÇÃO EM SAÚDE E PRÁTICAS INTEGRATIVAS E

COMPLEMENTARES (PIC)

3) Início da Experiência: 05/2022

4) Dados dos Autores:

CPF: 279.054.328-31
Nome: LILIAN REGINA ABRANCHES
E-mail: lilire77@gmail.com
Fone: (11) 9 7690-4939
Instituição: HOSPITAL MUNICIPAL E MATERNIDADE AMADOR AGUIAR

CPF: 174.176.338-03
Nome: TELMA DA SILVA MELLO
E-mail: hipnoterapeuta.telmamello@gmail.com
Fone: (11) 9 47163380
Instituição: HOSPITAL MUNICIPAL E MATERNIDADE AMADOR AGUIAR

CPF: 088.517.548-45
Nome: VALNICE MARIA DA SILVA
E-mail: valnice_silva@hotmail.com
Fone: (11) 9 9222-5105
Instituição: HOSPITAL MUNICIPAL E MATERNIDADE AMADOR AGUIAR

5) Dados do Trabalho 6.000 CARACTERES

Município: Osasco

CIR:

Endereço: AV. GETÚLIUO VARGAS, 1260, JD PIRATININGA, OSASCO, SP, CEP 06233-020

Telefone: 11 21833444

Celular: 11 99482 0349

e-mail: edpermanente.amador@gmail.com

Autor (es) (Nome completo sem abreviar):

LILIAN REGINA ABRANCHES
TELMA DA SILVA MELLO
VALNICE MARIA DA SILVA
Instituição: HOSPITAL E MATERNIDADE AMADOR AGUIAR

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

No Brasil ocorrem cerca de 3 milhões de nascimentos por ano, em média 98% deles acontecem
em hospitais públicos ou privados (BRASIL, 2017).

O nascimento em âmbito hospitalar conta com várias tecnologias que devem ser usados com
parcimônia. Por vezes o excesso de uso dessas tecnologias não considera "os aspectos
emocionais, humanos e culturais envolvidos no processo", porém precisamos lembrar que cada
Nascimento é o único e a assistência prestada pode afetar de forma positiva ou negativa a vida
dessa família (BRASIL, 2017).

Para tanto, no ano de 2006 foi aprovada a Política Nacional de Práticas Integrativas
Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS), através da portaria no. 971(SILVA,
SOMBRA, SILVA, ET. AL, 2019)

A aromaterapia é uma PICs e é realizada através aplicação de óleos essenciais (OE), que são
moléculas químicas complexas extraídas de plantas diversas por destilação a vapor e
prensagem. Os OE podem ser absorvidos através da via inalatória, tópica e ou ingestão
(contraindicada para gestantes) para proporcionar conforto físico e emocional. Este método
pode ser utilizado durante o trabalho de parto (TP) como método não farmacológico para alívio
da dor (SILVA, SOMBRA, SILVA, ET. AL, 2019).

Na Maternidade Amador Aguiar, temos profissionais da enfermagem (enfermeiros obstetras e

obstetrizes) utilizando-se desses meios, de forma empírica e observacional, para melhorar a
qualidade da assistência e a experiência das mulheres durante sua internação na instituição.

OBJETIVO (s):

Relatar percepções da equipe de profissionais da enfermagem especialistas em aromaterapia

(enfermeiros obstetras e obstetrizes) no uso de OE comprovadamente seguros na gestação
para uso inalatório ou diluídos para massagem aplicadas pelo acompanhante com orientação
prévia da equipe ou em escalda-pés para ajudar no relaxamento da parturiente, tanto para
relaxar durante uma possível falha de indução farmacológica do trabalho de parto quanto para
empoderar a parturiente para o parto, quando se encontra em trabalho de parto na fase
latente, com parada de progressão, há uma margem de tempo considerada segura.

METODOLOGIA: 1500

Trata-se de um estudo realizado através da observação de parturientes pela equipe de

enfermagem da Maternidade Amador Aguiar e o uso de OE durante a internação e o trabalho
de parto e parto, na tentativa de melhorar a qualidade da assistência de um modo em geral,
seja para relaxar durante uma indução do trabalho de parto ou empoderar para o parto.

Foram utilizados OE com efeitos terapêuticos na saúde da mulher comprovadamente seguros

para serem usados na gestação, em recém nascidos e no auxílio na iniciação do trabalho de
parto e parto, como Jasmin (Jasminum officinalis), Canela Folha (Cinammomun verum) e Casca
(Cinammonum cassia), Sálvia Esclarea (Salvia sclarea), Gerânio (Perlargonium graveolens),
Lavanda Francesa (Lavandula officinalis), Camomila Romana (Anthemis nobilis), Bergamota
(Citrus bergamia), Olíbano (Boswellia carterii), Laranja Doce (Citrus sinensis dulci), Ylang-Ylang
(Cananga odorata), Capim-Limão (Cymbopogon citratus), Grapefruit (Citus paradisi) entre
outros, em sinergias diluída no óleo carreador de Jojoba ou Óleo de Côco fracionado.

Essas sinergias são usadas através de massagens, escalda pés e por via inalatória com aplicação
numa gaze estéril, onde a parturiente tem a livre escolha de inalar ou não.

RESULTADO(s):

Os OEs diluídos em sinergia segura foram utilizados conforme a necessidade individual da

parturiente, percebida pela equipe que a assiste, sempre lembrando que cada Nascimento é o
único, e essa sinergia é realizada de forma empírica e observacional, para melhorar a qualidade
da assistência e a experiência das mulheres durante sua internação na instituição, seja para
uma indução ou trabalho de parto.

Observamos que elas aparentemente gostam do efeito que a sinergia de OEs visivelmente
proporciona naquele momento delicado e exaustivo, um novo ânimo para chegar ao
nascimento do bebê.

O nosso papel como enfermeiros obstetras e obstetrizes no uso de sinergias é auxiliar tanto a
gestante em indução de trabalho de parto, quanto parturientes no trabalho de parto que se
encontra na fase latente.

Na indução de trabalho de parto a sinergia ajuda a passar pelo processo de forma relaxada, e
quando a falha de indução está quase indicando um parto cesáreo. É uma forma eficiente de
ajudar a entrar no trabalho de parto, evitando assim, um parto cesáreo indicado por falha de
indução.

No trabalho de parto que se encontra na fase latente, quando a parturiente já está exausta, e a
dilatação se encontra próxima a linha de ação traçada no partograma e sem progressão, e há
uma margem de tempo segura, usamos uma sinergia de OEs chaves para o empoderamento
feminino, que levam ao parto vaginal de forma mais harmoniosa visto que a parturiente se
torna protagonista do seu parto, conforme nossa percepção.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

O maior desafio é à mudança na lógica do cuidado prestado para o cuidado emancipador que é
o princípio fundador dessa Prática Integrativas e Complementares da Saúde (PICS), que
humaniza por “re-criar”, a partir da produção de autoconhecimento, autonomia e autocuidado
no contexto do Ciclo Gravídico e Puerperal.

As PICS, como a aromaterapia são o capazes de ajudar trabalhar o empoderamento e a encarar

as dores do parto, pois, são uma forma de cuidado emancipador que produzem autonomia,
quando se permite que a parturiente conduza seu próprio parto, empoderando-a com os
aromas próprios para isso, estimulando o autocuidado, quando se permite que use ou não a
sinergia ofertada e autoconhecimento, quando a parturiente descobre do que é capaz, isto é,
de parir seu bebê finalmente após sentir se revigorada e fortalecida com o uso da sinergia.

Resumo do trabalho – até 1250 caracteres (1198)

O Hospital e Maternidade Amador Aguiar no município de Osasco é referência na assistência

materno-infantil de alta complexidade e no tratamento cirúrgico de patologias ginecológicas.
Neste sentido, visamos promover as boas práticas em ginecologia e obstetrícia baseada em
evidências científicas, visto que os OEs são amplamente estudados no uso no Ciclo Gravídico e
Puerperal há séculos e também, trabalhamos para extinguir a violência obstétrica.

É sabido que as PICS, como a aromaterapia são o capazes de ajudar trabalhar o

empoderamento e a encarar as dores do parto, mas, o maior desafio é mudar a lógica do
cuidado prestado no contexto do Ciclo Gravídico e Puerperal para um cuidado emancipador
que tem como princípio fundador as Prática Integrativas e Complementares da Saúde (PICS),
que humaniza por “re-criar”, a partir da produção de autonomia, quando se permite que a
parturiente conduza seu próprio parto, empoderando-a com os aromas próprios para isso,
autocuidado, quando se permite que use ou não a sinergia ofertada e autoconhecimento,
quando a parturiente descobre do que é capaz, isto é, de parir seu bebê finalmente após sentir
se revigorada e fortalecida com o uso da sinergia.

Bibliografia

SILVA, MA; SOMBRA, IVS; SILVA, JSJ da et al. Aromaterapia para alívio da dor trabalho de parto.
Revista de Enfermagem UFPE on line, Recife, 13(2):455-63, fev., 2019.

Modo de acesso: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/237753

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.

Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. Diretrizes nacionais de
assistência ao parto normal: versão resumida [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde,
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Gestão e
Incorporação de Tecnologias em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2017. 51 p. : il.

Modo de acesso:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_assistencia_parto_normal.pdf
> ISBN 978-85-334-2477-7