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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO


CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

ALINE FAUSTINO VERSORI

AMAMENTE

Promoção proteção e apoio ao aleitamento materno na atenção primária à saúde.

SINOP - MT
2023
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ALINE FAUSTINO VERSORI

AMAMENTE

Promoção proteção e apoio ao aleitamento materno na atenção primária à saúde.

Trabalho de Curso apresentado ao


Curso de Graduação em
Enfermagem da Universidade
Federal de Mato Grosso, Campus
Universitário de Sinop, como
requisito parcial para a obtenção do
título de Bacharel em Enfermagem

Orientadora: Profª Dra. Kamilla


Maestá Agostinho Norte
Coorientadora: Profª Dra. Sonia
Vivian de Jezus

SINOP - MT
2023
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SUMÁRIO

1.

INTRODUÇÃO....................................................................................................................6
2. JUSTIFICATIVA.................................................................................................................8
3. OBJETIVOS..........................................................................................................................9

3.1 GERAL.................................................................................................................................9
3.2 ESPECÍFICOS......................................................................................................................9
4. REFERENCIAL TEÓRICO..............................................................................................10

4.1 O QUE É ATENÇÃO BÁSICA.........................................................................................10


4.2 ACOLHIMENTO NA ATENÇÃO BÁSICA.....................................................................11
4.3 ALEITAMENTO MATERNO...........................................................................................11
4.3 ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS NA PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E APOIO AO
ALEITAMENTO MATERNO.................................................................................................14
4.4 AÇÕES, PROMOÇÃO E PROTEÇÃO AO ALEITAMENTO MATERNO NO BRASIL
E POLÍTICAS PÚBLICAS......................................................................................................15
5. METODOLOGIA...............................................................................................................20

5.1 LOCAL DO ESTUDO........................................................................................................20


5.2 TIPO DE ESTUDO.............................................................................................................20
5.3 SUJEITOS DO ESTUDO...................................................................................................20
5.4 COLETA DE DADOS........................................................................................................21
5.5 ANÁLISE DOS DADOS....................................................................................................22
5.6 ASPECTOS ÉTICOS..........................................................................................................22
REFERÊNCIAS......................................................................................................................23

APENDICÊS............................................................................................................................26
APÊNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).................................26

APÊNDICE B - Questionário para coleta de dados..................................................................27

ANEXOS..................................................................................................................................30
ANEXO A- Parecer consubstanciado do comite de etica em pesquisa....................................30

ANEXO B- Carta de autorização da instituição co-participante – CIES..................................35

ANEXO C – Declaração de local da pesquisa e autorização para uso da infraestrurura..........38


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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

UFMT Universidade Federal de Mato Grosso

AM Aleitamento materno

AME Aleitamento Materno Exclusivo

AB Atenção básica

SUS Sistema Único de saúde

OMS Organização Mundial da Saúde

PNSMI Pesquisa nacional sobre saúde materno-infantil

PNSDS Pesquisa nacional de demografia e saúde

ENANI Estudo nacional de alimentação e nutrição infantil

UNICEF Fundo das nações unidas para infância

PNIAM Programa nacional de incentivo ao aleitamento materno

IHAC Iniciativa hospital amigo da criança

WABA Word aliance for breastfeeding action

NCAL Normas de comercialização de alimentos para lactentes

NBCAL Normas brasileiras de comercialização de alimentos para lactentes

PRMI Projeto de redução de mortalidade infantil

RBLH-BR Rede brasileira de banco de leite humano

CNS Conselho nacional de saúde

EAAB Estratégia amamenta e alimenta Brasil

ENPACS Estratégia nacional de promoção da alimentação complementar saudável

PNAIS Política nacional de atenção integral a saúde da criança

PNPS Política Nacional de Promoção da Saúde

PNAB Política Nacional de Atenção Básica

PNAN Política Nacional de Alimentação e Nutrição


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RESUMO

O leite materno é um alimento completo que proporciona uma gama vantagens para o bebê,
deve ser oferecido de forma exclusiva até os seis meses de idade e como complemento até os
dois anos. O papel do profissional da saúde, é informar a gestante e puérpera sobre essa
importância e prestar uma assistência de qualidade. Objetivos: Analisar a assistência prestada
para gestantes e puérperas na promoção proteção e apoio ao aleitamento materno, na atenção
primária à saúde do município de Sinop. Metodologia: trata-se de uma pesquisa descritiva,
transversal, de abordagem quantitativa, cujo participantes será médico, enfermeiros, Tec.
enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Agente Comunitário de Saúde a área de abrangência
da Unidade Básica de saúde do Primaveras, situada no município de Sinop-MT. A coleta de
dados será realizada através de um questionário, aplicado em uma sala privada em média de
30 min para responder. O projeto foi aprovado pelo CEP com CAAE: 66720123.8.0000.8097,
Nº PARECER: 5.969.327. Resultados esperados: espera-se que com os resultados possamos
fomentar os profissionais a buscarem capacitações e atualizações sobre aleitamento materno,
através de cursos e workshops e junto com o projeto Amamente, elaborar cartilha e roda de
conversas para assim ajudar a fixar o conhecimento nos profissionais e colaborar para prestar
uma melhor assistência durante pré-natal e puerpério.

Palavras-chave: Aleitamento materno, Atenção primária a saúde, Pessoal de saúde

Key-words: Breast Feeding, Primary Health Care, Health Personnel


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1. INTRODUÇÃO

O leite materno é um alimento completo que proporciona todos os nutrientes


necessários para o desenvolvimento do bebê, devendo ser oferecido até os dois anos ou mais e
de forma exclusiva para a criança até os seis meses de vida (BRASIL,2015).
Ele possui uma ampla gama de vantagens tanto à mãe como para a criança, como
prevenir infecções gastrintestinais e respiratórias ao bebê e facilitar a involução uterina na
mulher. (PIVETTA et al., 2018), além de estimular o desenvolvimento cognitivo e sensorial
(VISITIN et al., 2015)
Apesar de todos os seus benefícios, no Brasil as taxas de aleitamento materno estão
aquém do indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), entre crianças com idade
inferior a 4 meses a prevalência do aleitamento materno exclusivo (AME) foi de 60,0%, entre
as crianças com menos de seis meses de idade foi de 45,7% e aos 12 meses (crianças de 12 a
15 meses) foi de 53,1% (ENANI, 2021).
A OMS estima que as taxas de AME até os seis meses de vida deveriam ser ao menos
de 50%, no mundo a taxa fica em torno de 37%, estima-se que o AME possa prevenir cerca
de 823.000 mil mortes infantis por ano, 20.000 mortes materna e gerar uma economia de $302
bilhões de dólares (WABA, 2017; VICTORA et al, 2016).
No mundo, apenas quatro em cada dez (44%) crianças são amamentadas
exclusivamente nos primeiros 6 meses de vida. Na região das Américas, essa taxa é de 38%
das crianças e somente 32% continuam sendo amamentadas até os dois anos. (OPAS,2021).
Entretanto se a recomendação aleitamento materno exclusivo por seis meses e
complementado por dois anos ou mais fosse cumprida, no mundo em desenvolvimento,
poderiam ser salvas 1,47 milhões de vidas por ano, segundo estudo de avaliação de risco
(BRASIL,2015).
De acordo com o Ministério da Saúde a ênfase sobre o aleitamento materno (AM) para
mãe, deve ser dada em diferentes momentos e circunstância, bem como no pré-natal, grupos
de gestantes e atendimento individual, o aconselhamento e avaliação principalmente das
mamas deve-se iniciar logo, se tornando dispensável a “preparação das mamas” para
amamentar (BRASIL, 2009).
Atualmente o Brasil possui políticas e programas que norteiam as ações na saúde, como
a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) – 2006; a Política Nacional de Atenção
Básica (PNAB) – 2011; a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) – 2012; a
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Política Nacional de Promoção, Proteção e Apoio ao Aleitamento Materno; e a Rede Cegonha


– 2011. (BRASIL,2015)
O papel do profissional de saúde primária, cujo ele, tem o primeiro contato com a mãe,
é informar sobre a importância do aleitamento materno, atentar-se sobre suas necessidades e
dificuldades, e com seu conhecimento técnico e científico, passar segurança para mãe nesta
nova etapa que se inicia em sua vida. A falta de conhecimento e crendice populares, faz com
que o despreparo do profissional desencadeie um desmame precoce (ALEIXO et al., 2019).
Orientar as gestantes quanto a importância do AM, o tempo ideal do AM, os malefícios
quanto ao desmame precoce, problemas e dificuldades durante o aleitamento materno e a
importância da amamentação ainda na sala de parto. (BRASIL,2015). Os primeiros dias após
o parto são fundamentais para o sucesso da amamentação, pois é um período de intenso
aprendizado para a mãe e o bebê.
O puerpério se torna um reflexo do aconselhamento dado durante as consultas de pré-
natal, sendo assim, é necessário reforçar e discutir alguns aspectos às mães a fim de dar
continuidade a amamentação do seu filho, ao profissional, saber sanar suas dúvidas e ajudá-la
em suas dificuldades, estar preparado para acompanhar todo o processo da amamentação e
crescimento desse bebê (BRASIL,2015).
Se preocupar com a saúde futura deles torna-se responsabilidade desses profissionais,
que possui a oportunidade de cuidar desde o ventre até o nascimento, acompanhando até a
primeira idade. O profissional precisa estar preparado e capacitado de forma cientifica para
oferecer uma assistência eficaz e solidária, que irá respeitar a particularidade de cada mulher e
assim, ajudar quando aos seus medos e dificuldade no AM.
Sendo assim, este estudo busca analisar a assistência prestada para gestantes e
puérperas na promoção proteção e apoio ao aleitamento materno, na atenção primária à saúde
do município de Sinop.
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2. JUSTIFICATIVA

Como estudante de enfermagem ao me deparar diversas vezes com equipes em


atenção primaria e serviços especializados disseminando conhecimentos de crendices
populares relacionados ao aleitamento materno, percebi como o presente assunto tem se
tornado indispensável durante o pré-natal e puerpério, sendo um dos protagonistas durante a
gestação.
Dito isso, diversos estudos saem corriqueiramente sobre o aleitamento materno
atualizando os profissionais quanto as suas práticas e na colaboração em tornar esse momento
mais prazeroso para ambos, mãe e bebê.
O que me leva a pensar se os profissionais têm dado devida importância ao aleitamento
materno e realizado ações para amplificar o conhecimento daqueles que trabalham dentro do
âmbito da saúde, auxiliando essas mulheres em um momento de vulnerabilidade emocional.
Em um país onde ainda se prevalece a baixa renda, o aleitamento materno se torna um
fator econômico, tendo em vista que, amamentar no seio se tona mais barato do que
amamentar com fórmulas. Considerando ainda o impacto positivo que o AM possui a longo
prazo para a saúde do bebê.
Esta pesquisa também permitirá mensurar os resultados obtidos pelo Projeto
Amamente dentro da unidade de saúde, e beneficiando assim não somente a população que é
o público-alvo, como também os profissionais.
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3. OBJETIVOS

3.1 Geral

  Analisar a assistência prestada para gestantes e puérperas na promoção proteção e


apoio ao aleitamento materno, na atenção primária à saúde do município de Sinop.

3.2 Específicos

 Identificar o conhecimento dos profissionais de saúde atuante na atenção primária


(médico, enfermeiro e técnico de enfermagem) quanto as práticas na promoção e apoio
do aleitamento materno no município de Sinop.
 Caracterizar os profissionais de saúde a atuante na atenção primária.
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4. REFERENCIAL TEÓRICO
A fim de compreendermos a importância do acolhimento quanto a amamentação, se
faz necessário entender a função da complexidade da atenção primária e função dos
profissionais cujo eles são responsáveis.

4.1 O que é Atenção Básica

A denominação Atenção Básica (AB) é adotada no Brasil, com os mesmos princípios


e diretrizes da Atenção Primária a Saúde, sendo ela o primeiro nível de atenção em saúde
(GIORDANI et.al, 2020), neste texto utilizaremos o termo Atenção Básica.
Mesmo sabendo que há diferenças quando comparada com municípios de pequeno e
grande porte, se torna imprescindível o entendimento do fundamento quanto a estratégia que
estão explicitas na Portaria 648/GM de 28 de março de 2006, que instituiu a Política Nacional
de Atenção Básica.
A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito
individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de
agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. (MINISTÉRIO
DA SAÚDE, 2006)
É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas
e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem
delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade
existente no território em que vivem essas populações. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006)
Na atenção básica utiliza-se tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade,
que devem resolver os problemas de saúde de maior frequência e relevância em seu território.
É o contato preferencial dos usuários com os sistemas de saúde.
Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do
cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização,
da equidade e da participação social. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006)
A Atenção Básica considera o sujeito em sua singularidade, na complexidade, na
integralidade e na inserção sociocultural e busca a promoção de sua saúde, a prevenção e
tratamento de doenças e a redução de danos ou de sofrimentos que possam comprometer suas
possibilidades de viver de modo saudável. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006)
A Atenção Básica tem a Saúde da Família como estratégia prioritária para sua
organização de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2006).
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4.2 Acolhimento na Atenção básica


Para se ter êxito nas práticas do acolhimento não basta apenas ações burocráticas,
também é necessário aspectos técnicos e políticos na instituição para que se possibilite a
adaptação as necessidades profissional e usuário. (GIORDINO et.al, 2020)
No Município de Sinop-MT onde está pesquisa foi desenvolvida o acolhimento ao
usuário na atenção básica é descrito no Protocolo de Enfermagem em Atenção à Saúde, LEI
2127 (SECRETÁRIA MUNICIPAL DE SAÚDE SINOP, 2015) traz a forma que se deve
acolher o usuário na atenção Básica.
Segundo a lei supracitada o acolhimento deve ser ofertado de forma espontânea
segundo sua demanda, dividindo os papeis de cada profissional para que assim possa se
prestar um atendimento de qualidade. O profissional deve receber e escutar o usuário e assim
ofertar cuidado com base na necessidade de saúde, seja essa necessidade, um agendamento,
orientação ou intervenção. Assim desburocratiza o atendimento e aumenta a resolutividade da
equipe em prestar um bom atendimento, levando ainda mais a promoção de saúde, já que o
usuário é conhecido, pois moram nas proximidades e sempre estão à procura do serviço.
(SECRETÁRIA MUNICIPAL DE SAÚDE SINOP, 2015).
Em contrapartida como referência em acolhimento ao Aleitamento Materno temos o
Protocolo e Diretrizes de Atendimento em Aleitamento Materno da Secretária Municipal de
Saúde de Ribeirão Preto, este documento visa a promoção, proteção e apoio ao aleitamento
materno no município oferecendo subsídios aos profissionais da atenção básica, durante o
acolhimento, pré-natal e puerpério, e temas que são abordados durantes as consultas e visitas.
(SECRETÁRIA MUNICIPAL DE SAÚDE RIBEIRÃO PRETO, 2020).
Seguindo o fluxograma do Protocolo citado acima o profissional irá acolher essa
gestante e acompanhá-la durante pré-natal e puerpério, realizará entrega de materiais didáticos
a essas parturientes, orientações durante pré-natal, grupos (pré-natal) coletivos com as
parturientes da unidade e educação em saúde na sala de espera. Durante as consultas, abordar
temas específicos, como alimentação da criança, experiência com o aleitamento materno e a
importância do mesmo para bebê/mãe, pega correta, uso de chupetas etc. (SECRETÁRIA
MUNICIPAL DE SAÚDE RIBEIRÃO PRETO, 2020).
4.3 Aleitamento Materno

A psicofisiologia da amamentação caracteriza como uma grande orquestra organizada,


onde cada um possui sua função, o hipotálamo sendo a orquestra, a mama, a solista, a música
o leite e o aprendiz, o organismo do bebê. (CARVALHO; GOMES, 2016).
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Assim como estímulos emocionais negativos e estresses podem inibir o reflexo


neuroendócrino de produção e ejeção do leite, a amamentação prazerosa aumenta o
condicionamento do reflexo, onde pelo pensar no bebê, pode ocorrer a descida do leite, Aline
provando que para uma amamentação bem-sucedida, é necessária o reflexo neuroendócrino e
cascatas moleculares de células secretores, mais acima de tudo, a relação materno-infantil.
(CARVALHO; GOMES, 2016).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo
até os seis meses de idade. E mesmo após a introdução alimentar, siga com o AM até os dois
anos de idade. (BRASIL, 2022).
De acordo com o Ministério da Saúde (MS) aleitamento materno é forma mais fácil e
econômica de proteção para criança contra doenças gastrointestinais e respiratórias.
(BRASIL, 2022). Não trazendo somente benefícios ao bebê, bem como a mãe também, pois
além de protegê-la de câncer de mama e diabetes tipo II, também protege: câncer de ovário,
câncer de útero; hipercolesterolemia, hipertensão e doença coronariana; obesidade; doença
metabólica; osteoporose e fratura de quadril; artrite reumatoide; depressão pós-parto; e
diminuição do risco de recaída de esclerose múltipla pós-parto (BRASIL, 2015).
Amamentar é muito mais que nutrir e proteger a criança, é uma forma de vínculo e
interação entre mãe e filho (BRASIL, 2015).
O leite materno quando comparado com outros leites de outras espécies, contém todos
os nutrientes necessários para o desenvolvimento da criança, principalmente cognitivo,
quando comparadas a crianças não amamentadas e de baixo peso ao nascer, possui vantagens
aqueles que foram amamentados. (BRASIL, 2015).
Mesmo sabendo de todos os benefícios do aleitamento Materno, ainda há uma
prevalência do desmame precoce diante da má informação e problemas que as nutrizes
encontram logo no começo da amamentação (BRASIL, 2015), por outro lado ouve um grande
avanço na amamentação desde 1986 segundo a Pesquisa Nacional sobre Saúde Materno-
Infantil e Planejamento Familiar (PNSMI) e as Pesquisas Nacionais de Demografia e Saúde
(PNDS) de 1986 a 2006, mostrou que o AME até os 6 meses aumentou de 4,7% em 1986
para 37,1% em 2006, e o AME continuado após um ano de vida, elevou de 25,5% para 45,4%
no mesmo período. (UFRJ, 2021).

Gráfico 1: Crescimento do AME até os 6 meses entre 1986 e 2019.


13

59.7

37.1

0.047
1986 2006 2019

Fonte: Própria autora.

O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) traz dados do


percentual do AME no Brasil, período de fevereiro de 2019 a março de 2020 identificou que o
percentual de crianças de até 4 meses alimentadas em AME foi de 59,7%, menores de 6
meses foi de 45,8% e entre 4 e 5 meses, 23,3%. (UFRJ, 2021).

Gráfico 2: AME no Brasil em menores de 4 meses até os 6 meses de idade.

Gráfi co de AME no Brasil

59.70%
45.80%

23.40%

Men o r es d e 4 Men o r es d e 6 En t r e 4 e 5 m eses


m eses m eses

Fonte: Própria autora.


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Mesmo que o aumento do percentual do seja significativo, cabe ressaltar as metas da


OMS para 2030 sejam estabelecidas no pacto pela saúde, mesmo com os aumentos ainda
estamos bem distantes do recomendado que é de 70% de AME em crianças menores de 6
meses, ou seja é necessário aumentar 25 pontos desses indicadores para alcançar a meta.
(UFRJ, 2021)
Quanto ao AM continuado após o segundo ano de vida identificou-se uma taxa de
35,5% sendo que o recomendado pela OMS até 2030 é de 60% (UFRJ, 2021).
Pelos avanços e promoção do aleitamento materno que vem sendo implementado e suas
políticas, o Brasil é reconhecido como exemplo no aleitamento materno. (CARVALHO;
GOMES, 2016).
Apesar da evolução ser significante desde 1986, ainda estamos longe da meta da
OMS, o fato de reforçar o AME através de novas políticas públicas e conhecimento básico da
equipe multidisciplinar que atuam diretamente com essas futuras lactantes, fará enorme
diferença para avançarmos ainda mais para conquistar o que foi proposto.

4.3 Atuação dos profissionais na promoção, proteção e apoio ao Aleitamento Materno

O profissional da saúde é responsável em ajudar a nutriz a lidar com as pressões em


relação a amamentação e ajudá-la a tomar decisões confiante. Isso se dá pela disposição do
mesmo em ouvir essa nutriz e entender seus anseios para prestar apoio. (CARVALHO;
GOMES 2016)
Um dos fatores que afetam a prática e a orientação do aleitamento materno em
consultas pré-natais é o despreparo de técnica e conhecimento dos profissionais que prestam
cuidado a mulher, por isso é necessárias tais profissionais se apoderarem desse conhecimento
para que assim possam aprimorar sua assistência. (BRAZARELLA et.al, 2020).
Em um estudo realizado através de um questionário dirigido aos profissionais de
saúde, no município da região metropolitana do Espírito Santo mostrou a eficiência da equipe
multiprofissional (Médicos, enfermeiros e técnico enfermagem) que atua na promoção do
aleitamento materno no pré-natal, nos resultados notou-se pouco incentivo a manejo do AM, o
mais praticado são o atendimento pré-natal e consulta de puericultura, mostrando que estes
profissionais não estavam capacitados em orientar e realizar técnica em AM.
(BRAZARELLA, eat.al, 2020)
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No que diz respeito ao incentivo a amamentação, a função do Enfermeiro e Médico,


deve ser reforçar essa mulher sua capacidade instintiva e fisiológica para possuir sucesso
nesta tarefa. (CARVALHO; GOMES, 2016)
É importante assim aconselhar a nutriz na prática e de forma didática demonstrando
pega correta, sucção, posição, de irá ajudar o bebê a retirar o leite de forma eficiente sem
machucar as mamas e levar a diminuição do leite. (FONSECA et.al, 2020)
Outro ponto é quando acaba a licença-maternidade e a mãe deve voltar a trabalhar,
ensinar o manejo de ordenha e armazenação correta desse leite é primordial para que o AM
seja continuado. (FONSECA et.al, 2020)
Quando o assunto é amamentar, o profissional deve ir muito além de só aconselhar,
deve empoderar essas mulheres, com embasamento técnico científico, para que não haja
dúvidas sobre sua fala. (CARVALHO; GOMES, 2016)
Destaca-se como algumas nutrizes idealizam a amamentação, porém se frustram ao
lidar com a realidade, sendo importante o estabelecimento de confiança entre o profissional e
mulheres no ciclo gravídico-puerperal. (FONSECA, et.al, 2020)
Sendo assim, empregar a técnica do aconselhamento é fundamental para um bom
acolhimento nos serviços de saúde, adotar uma postura empática, transmitir confiança em um
ambiente calmo e privativo, ajudará a mulher que acabou de se tornar mãe estabelecer que o
aleitamento materno não é um procedimento técnico comum. (CARVALHO; GOMES, 2016).
Além do mais, a técnica do manejo na amamentação é de extrema importância para a
equipe multiprofissional que cuidara dessa nutriz para que assim, ela possa oferecer o leite
materno de forma saudável para o bebê.
A partir do momento que o profissional devidamente capacitado informar essa nutriz
sobre os benefícios da lactação, ela por instinto materno irá querer amamentar, e apesar do
bebe nascer sabendo sugar, nem sempre eles nascem com a sucção aflorada, necessitando
assim de um auxilio profissional para aprender, após técnicas especificas ele pode sugar de
forma efetiva e assim aproveitar os benefícios que o leite materno o traz, evitando assim um
desmame precoce e até mesmo um frustração maternal a nutriz.

4.4 Ações, promoção e proteção ao aleitamento materno no Brasil e políticas públicas

A seguir será descrito marcos importantes ao incentivo ao aleitamento materno nas


políticas nacionais.
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A criação de políticas públicas para o incentivo ao AM no Brasil ocorreu devido as


altas taxas de mortalidade infantil no país no século XIX. Com a industrialização e a
consequente inserção da mulher no mercado de trabalho. (BRASIL, 2017)
No século XIX devido a inserção da mulher no mercado trabalho, crenças contra a
amamentação e o marketing com propagandas de alimentos industriais, ocorreu um sério
declínio no AM, levando um alto impacto na mortalidade infantil (BRASIL, 2017).
Diante deste fato em 1981 foi criado, por recomendação da OMS e o Fundo das
nações unidas para a infância (UNICEF), o Código Internacional de Comercialização de
Substitutos do Leite Materno pela Assembleia Mundial de Saúde e no mesmo ano foi
instituído o Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno (PNIAM) pela portaria
N° 42 do Ministério da Saúde, para promoção, proteção e apoio ao AM. (BRASIL, 2017)
Este programa ainda propôs a implantar alojamentos conjuntos na maternidade (sendo
aprovado em 1982 pela portaria 18) não ofertar água e leite (fórmula) após o nascimento, mas
já incentivar o AM imediatamente, propôs a criação de creches no Brasil e a possibilidade de
aumento na licença maternidade. (BRASIL, 2017).
No ano de 1988 regulamentou-se a portaria GM/MS nº 322 (atual portaria nº 2.193, de
14 de setembro de 2006) para a regulação e instalação de banco de leite no mesmo ano
institui-se a Normas para Comercialização de Alimentos para Lactentes (Ncal) pela resolução
N° 5 de acordo com a necessidades de comercializações no Brasil, no mesmo ano foi
aprovado pela promulgação da constituição a licença maternidade de 120 dias e para os pais
de 5 dias, assegurando o direito da mulher durante a AM. (BRASIL, 2017 e BRASIL, 2006)
A OMS juntamente com a UNICEF publicou, em 1989, publicaram os Dez Passos
para o Sucesso do Aleitamento Materno e 1990 lançaram “Declaração de Inoccenti” que
buscava metas para alcançar o AM exclusivo dos 4 aos 6 meses e complementar até os 2 anos
de idade juntamente com alimentos complementares. (BRASIL,2017)
Logo em 1991 foi criado a inciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) que buscava
manter o AM mesmo com a jornada de trabalho da mulher e o Brasil foi um dos 12° primeiros
países a adotar esta iniciativa.
No mesmo ano a World Alliance for Breastfeeding Action (WABA), divulgou a
Semana Mundial do Aleitamento Materno que hoje é determinada a ser no mês de agosto pela
lei n° 13.435/2, visto com grande relevância no país, diante dos acontecimentos a Ncal
passava por melhorias, assumindo uma nova denominação de Norma Brasileira para
Comercialização de Alimentos para Lactentes (NBCAL) que em 1992 obteve um marco
17

importante no qual promoveu o uso comercial de alimentos substitutos ao leite materno bem
como objetos também sendo eles, chupeta, mamadeiras e bicos. (BRASIL,2017)
Com o objetivo de reduzir a mortalidade infantil e aprimorar ainda mais os programas
já lançados, na década de 1990 o governo lançou o Projeto de Redução da Mortalidade
Infantil (PRMI), e criou pela Portaria N° 322/88 (sendo substituída pela RDC nº 171, de 4 de
setembro de 2006.) a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RBLH-BR) no Centro de
Referência Nacional da Fundação Oswaldo Cruz. (BRASIL, 2017 e FIOCRUZ, s.d)
E seguiu-se anos a frente com o governo lançando vários programas para a promoção
do AM como Programa de Humanização no Pré-natal, Parto e Nascimento e o Método
Canguru para um cuidado humanizo com recém-nascido baixo peso pela portaria GM/MS nº
693/2000. (BRASIL,2017 e BRASIL 2000)
Nos anos de 2000 o Brasil passou por várias mobilizações, como a revisão da
resolução n° 31 do CNS no qual publicou 3 portarias: Portaria MS nº 2.051/2001, RDC 221
para controles de bicos, chupetas e mamadeiras e RDC 222 para controle de alimentos para
lactentes até 3 anos de idade em que ela passou a se chamar Norma Brasileira de
Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos,
Chupetas e Mamadeiras – NBCAL, normatizou a Semana mundial da amamentação, além do
Dia Nacional de Doação de Leite Humano pela Portaria GM/MS nº 1.893/2003 (IBFAN,
2020 e BRASIL, 2003)
Além dessas ações ainda ocorreram o projeto “Carteiro Amigo” para divulgar a
importância do AM com a parceria com os a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
(ECT) e o projeto “Bombeiros da Vida” que tinha a participação dos bombeiros para a coleta
do leite materno a domicílio. (BRASIL,2017).
No ano de 2006 discutiu-se o pelo pacto da saúde com “várias metas assistenciais em
busca de melhoria da situação de saúde da população brasileira, a redução da mortalidade
neonatal em 5% ao ano e 50% de óbitos infantis por doenças diarreicas de 20% por
pneumonia, além da criação de comitês para vigilância dos óbitos 80% dos municípios com
população acima de 80.000 habitantes.” (JUSTINO et al, p 73, 2019).
A fim de atingir esses objetivos o governo instituiu o Comitê Nacional de Aleitamento
Materno do Ministério de saúde com o objetivo de assessorar e apoiar a implementação de
medidas de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. (BRASIL, 2017).
Em 2008 atenção básica adotou políticas para promoção da amamentação sendo ela a
Rede Amamenta Brasil afim de aguçar o trabalho interdisciplinar e aumentar a educação
crítico-reflexiva. (BRASIL, 2017)
18

Em 2010 foi promulgada a Nota Técnica Conjunta n° 01/2010 da ANVISA e do


Ministério da Saúde para aberturas de salas de amamentação, com a finalidade de orientar as
mulheres trabalhadoras sobre amamentação em empresas públicas e particulares. (BRASIL,
2017 e BRASIL, 2010).
No ano de 2011 por meio da Portaria de n° 1.459, de 24 de junho de 2011 foi criado a
Rede Cegonha no âmbito do SUS que visa assegurar o direito da mulher quanto ao
planejamento reprodutivo, atenção humanizada a gravidez, parto e puerpério, como para o
direito da segurança ao nascimento e crescimento da criança e desenvolvimento saudáveis.
(BRASIL, 2017 e BRASIL, 2011)
A Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB) instituído pela portaria n° 1.920, 5
de setembro de 2013, integrou-se nas ações da Rede Amamenta Brasil e da Estratégia
Nacional de Promoção da Alimentação Complementar Saudável (Enpacs) a fim de qualificar
a promoção do AM, a alimentação complementar até 2 anos de idade e aprimorar as
habilidades interdisciplinar dos profissionais da saúde básica. (BRASIL, 2017 e BRASIL,
2012).
Em 2015 através da Portaria n° 1.130/2015, de 5 de agosto instituiu-se a Política
Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (Pnaisc) a fim de proteger a saúde da
criança de promover o aleitamento materno com atenção especial a primeira infância e
populações com menores vulnerabilidades, visando a morbimortalidade infantil e oferecer um
ambiente melhor e facilitador para o desenvolvimento. (BRASIL, 2017 e BRASIL, 2015).
E por fim 2017 é sancionada a lei do qual define o mês de agosto (AGOSTO
DOURADO) como o mês do Aleitamento Materno no Brasil pela Lei nº 13.435, em 12 de
abril, sendo assim intensificando o AM, e sua promoção nos âmbitos de saúde (BRASIL,
2017 e BRASIL, 2017). Além de intensificar a conscientização da equipe multidisciplinar nos
quais ficam responsáveis por darem palestras, enfeitar as instituições e assim fazer com que
eles se interessem ainda mais pelo AM, levando uma informação segura para a população.
Mesmo que as pesquisas ao aleitamento materno deem continuidade, no Brasil ainda
se faz necessário a criação de novas políticas quanto a capacitação dos profissionais e as
orientações ofertadas em âmbito público e particular, mesmo que se tenha leis e portarias
respaldadas para a amamentação ainda é visto um sistema escasso de investimento e
conhecimento, principalmente em políticas públicas e por vezes privadas em microrregiões e
cidades de porte médio.
19

Figura 1.3 Linha do tempo: Políticas públicas e ações para promoção do AM.

Elaboração: Própria autora


20

5. METODOLOGIA

5.1 Local do estudo


O presente estudo será realizado em Sinop-MT na região Centro-Oeste do Brasil, sua
população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 148 960 habitantes, localizada
aproximadamente 500 quilômetros da capital do Matogrosso, Cuiabá.
A Unidade Básica de Saúde (UBS) Primaveras é formada por duas equipes de
Estratégia de Saúde da Família (ESF), sendo composta por: quatro técnicos de enfermagem
(dois por equipe), dois médicos residentes e um médico preceptor, duas enfermeiras e sete
Agentes Comunitários e Saúde (ACS).
A unidade atende uma população média de um mil e quinhentas famílias na equipe
um, e média de duas mil famílias na equipe dois, possui no momento em torno de cem
gestantes e cinco puérperas no mês de novembro de 2022.

5.2 Tipo de estudo

O presente estudo trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal, de abordagem


quantitativa.
Tais pesquisas ocorrem por meio de questionários padronizados para coleta de dados
sociodemográficos e identificar ações.
O objetivo dos estudos de corte transversal é obter dados fidedignos que ao final da
pesquisa permitam elaborar conclusões confiáveis, robustas, além de gerar novas hipóteses
que poderão ser investigadas com novas pesquisas. (ZANGIROLAMI et al.,2018). Onde os
dados são coletados de fontes diretas, ou seja, primárias.
Quanto à abordagem optou-se pela quantitativa pois permite uma abordagem
focalizada, pontual e estruturada, que será realizado com profissionais de saúde (médicos,
enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e agente comunitário de
saúde) na atenção primária de saúde no município de Sinop.
Será aplicado um questionário, sendo as respostas sim, não ou não se aplica, em
relação a prática e capacitação em AM desses profissionais. Após a aprovação do Comitê de
Ética em Pesquisas (CEP) com seres humanos, daremos início ao estudo e coleta de dados.

5.3 Sujeitos do estudo


21

Participarão do estudo profissionais da área de saúde sendo eles: médicos, enfermeiros


técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e ACS pertencentes a Unidade Básica de
Saúde Primaveras que responderão o questionário (APENDICE D) aplicado individualmente,
aquelas que aceitarem participar da pesquisa terão que assinar o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido - TCLE (APÊNDICE A).
Utilizado como critério de exclusão todo não profissional de saúde pertencente à UBS
Primaveras ou aqueles que estejam de férias ou afastado, visto que a princípio o projeto irá
abranger somente este local.
A realização da pesquisa possui o risco de deixá-los desconfortáveis em relação as
perguntas ou questionar a capacidade dos mesmo sobre atender a demanda ao aleitamento
materno, dito isso, a forma de minimizar esses riscos é deixá-los à vontade para responder o
questionário em outro dado momento ou desistir de participar da pesquisa, sem prejuízos de
sua relação com a pesquisadora.
Os benefícios, visam identificar o conhecimento atual dos profissionais em relação ao
aleitamento materno, visto que, esse assunto tem se tornado primordial quando falamos em
saúde mãe e bebê, deve ser trabalhado desde a descoberta da gravidez, e reforçá-lo durante o
pré-natal e puerpério. Sendo assim, se torna importante para levantar discussões entre os
profissionais quanto a melhoria do atendimento que será prestado a partir de então na atenção
primária de saúde com base nos achados identificados.
Para as gestantes e puérperas será de extrema importância, pois assim o profissional
irá prestar uma assistência de qualidade no qual, irá saber ajudar e sanar suas dúvidas seja ela
qual for. Prestar assistência com base cientifica ajudará a população a desmistificar crendices
populares criadas por muitos anos em relação a amamentação.
E para sociedade acadêmica será uma ótima oportunidade para aumentar seu
conhecimento e melhorar sua assistência tanto aos estágios quanto formado, realizando
educações e saúde com a população e profissionais.

5.4 Coleta de dados


A coleta de dados apenas será realizada após a submissão e aprovação do Comitê de
Ética e Pesquisa com Seres Humanos entre dezembro de 2022 a fevereiro de 2023, com a
aprovação do CEP a coleta de dados ocorrerá em março, podendo se estender abril, se
necessário.
22

A coleta será realizada nas dependências da Unidade Básica de Saúde Primaveras, em


uma sala agradável e privativa, após contato pré-estabelecido com os profissionais que
aceitarem participar da pesquisa, podendo ser feito através de telefonema ou contato direto na
unidade.
O questionário (APENDICE D) será aplicado individualmente com tempo previsto de
30 minutos, para preservar a identidade dos entrevistados estes serão codificados.

5.5 Análise dos dados


Para apresentar os dados serão realizadas análises estatísticas, compostas por cálculos
de percentual, valores de frequência absoluta e média, organizados em tabelas.
Através da análise estatística podemos caracterizar e resumir os achados de uma
pesquisa, além disso ela é usada como base de comparações entre as variáveis. Grande parte
dos pesquisadores tem exposto seus resultados através desse método (GIL, 2008).

5.6 Aspectos éticos

A pesquisa seguirá todos os preceitos éticos da resolução 466/12, de 12 de dezembro


de 2012, considerando o respeito pela dignidade humana e pela especial proteção devida aos
participantes das pesquisas científicas envolvendo seres humanos (BRASIL, 2012). As
participantes serão informadas sobre os objetivos do estudo e terão acesso para ler e assinar
(se concordarem) com o TCLE (APÊNDICE A). Os riscos e benefícios aos quais estão
sujeitos durante a pesquisa serão esclarecidos, bem como a forma de minimizá-los e a garantia
ao anonimato.
Será garantido o respeito à dignidade, autonomia, sigilo de informações confidenciais
e o anonimato em qualquer forma de divulgação dos resultados.
23

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Participaram deste estudo 16 de 20 profissionais de saúde da unidade básica de saúde do


primaveras, deles 37,50% ACS, 12,50% Enfermeiros, 18,75% Médicos e 31,35% Tec.
Enfermagem totalizando 80% que responderam ao questionário. A maioria era mulher
(93,75%) com idade média de 45 anos, estado civil casado, raça predominante é parda (Tabela
01) a média dos profissionais quanto ao tempo de trabalho foi de mais de 10 anos com 50,0%,
quanto a unidade oferecer atividades sobre aleitamento materno se obteve 100% de sim e
quando questionada quais atividades a maioria respondeu Projeto Amamente que é oferecido
pela UFMT na unidade.

Nota-se como a certa prevalência no percentual de profissionais sejam eles, ensino superior,
técnico ou médio é maior em brancos e pardos e nenhum em negros ou indígenas, o que nos
faz pensar: “Onde estão esses profissionais e caso não tenha, por que a mesma informação de
ensino superior ou está chegando apenas para uma classe de etnia?”.

Quando se compara povos negros e brancos, negros são mais atingidos pela falta de
oportunidade, desemprego, abandono escolar muito precoce e consequentemente maior taxa
de analfabetismo (GONÇALVES, 2021).

Em contrapartida no contexto cultural, devido à baixa adesão de povos indígenas nas


universidades, faz com que muitos desistam da permanência academia, o aluno indígena ao
ingressar na faculdade sofre preconceitos e atravessa culturas diversas e seus desafios vão
muito além de questões burocráticas e administrativas. (GEA,2016)

Essa diferença de raça pode ser explicada devido a alta miscigenação no estado do
Matogrosso.

De acordo com a última amostra no IBGE 2010 a população parda é de 1,6 milhões, Branca
1,1 milhão, Preta 225 mil e indígena 43 mil. (IBGE,2010)

Tabela 01: Perfil sociodemográfico dos profissionais de saúde da UBS Primavera.

Sexo Idade Raça Estado civil Profissão

Feminino 33 Branca Solteiro Médico

Feminino 29 Branca Solteiro Médico

Feminino 29 Parda Solteiro Médico

Feminino 35 Parda Casado Enfermeiro

Feminino 49 Branca Solteiro Enfermeiro

Feminino 65 Parda Casado Tec. Enf

Feminino - Parda Casado Tec. Enf


24

Feminino 61 Parda Divorciado Tec. Enf

Feminino 50 Branca Casado Tec. Enf

Feminino 38 Parda Casado Tec. Enf

Feminino 50 Parda Casado ACS

Feminino 61 Parda Divorciado ACS

Feminino 57 Branca Solteiro ACS

Feminino 46 Branca Solteiro ACS

Feminino 56 Parda Divorciado ACS

Masculino 41 Branca Solteiro ACS

Fonte: Própria autora. Legenda: ACS (agente comunitário de saúde) Tec. Enf (Técnico de
enfermagem)

As experiencias pessoais com o AM, 81,25% responderam que já conviveu com alguém que
amamentava e, 75,0% responderam que amamentou 18,75% não possuía filhos e 6,25%
responderam que não amamentou, quanto a capacitação ou realização de cursos em
Aleitamento Materno 56,25% responderam que não e 43,75% que sim. Devido aos resultados
acaba se tornando preocupante a relação ao número de profissionais que possui dentro da
unidade, onde a mesma realiza atividades para promover o aleitamento materno de forma
segura as gestantes e não buscam capacitações sobre o assunto.

Sabe-se que o apoio durante o pré-natal e pós-parto está ligado com o sucesso do AME, de
acordo com um estudo onde foi realizado uma revisão bibliográfica, mostrou-se grandes
lacunas quanto ao conhecimento e falta de capacitação e treinamentos em relação ao AM,
principalmente da equipe de enfermagem, no qual eles estão mais interligados com a gestante
e puérpera, onde eles não demonstravam interesses para promover o AM na Atenção
Primária. (ZANLORENZI, et.al 2022)

Outro estudo relacionado com a percepções dos profissionais relacionado ao aleitamento


materno, englobou-se justamente a equipe multidisciplinar (Médico, Enfermeiro, Tec.
Enfermagem e ACS) onde o mesmo destacou a baixa adesão dos médicos na busca por
capacitação em AM, uma vez que todo o restante da equipe alguma vez já havia recebido.
(PERES, et.al 2021)

Esses resultados acabam se tornando evidente o desfecho que o AM tem tomado, com
prescrições errôneas e precoce de fórmulas. O interesse precisa vir do profissional em se
capacitar para assim levar uma assistência segura e resolutiva para a gestante e puérpera que
por vez, sua vontade é amamentar sem tempo hábil.
25
26

REFERÊNCIAS

BRASIL. Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde. Resolução 466, de 12 de


dezembro de 2012. Aprova as diretrizes e normas regulamentadores de pesquisas envolvendo
seres humanos. Brasília-DF, 12 de dezembro de 2012.

BRASIL. (2019). Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento


de Promoção da Saúde. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos. Brasília
(DF): Ministério da Saúde. Disponível em:
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/guia_da_crianca_2019.pdf

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção


Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2. ed. Brasília:
Ministério da Saúde, 2015.

Del Ciampo LA, Del Ciampo IRL. Breastfeeding and the Benefits of Lactation for Women's
Health. Rev Bras Ginecol Obstet. 2018 Jun;40(6):354-359. English. doi: 10.1055/s-0038-
1657766. Epub 2018 Jul 6. PMID: 29980160.

PIVETTA, Hedioneia Maria Foletto et al. Prevalência de aleitamento materno e fatores


associados: uma revisão de literatura. Revista de ciências médicas e biológicas, v. 17, n. 1,
p. 95-101, 2018.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Editora Atlas S.A.,
2010.184 p.

ZANGIROLAMI-RAIMUNDO, Juliana; ECHEIMBERG, Jorge de Oliveira; LEONE,


Claudio. Tópicos de metodologia de pesquisa: Estudos de corte transversal. J. Hum. Growth
Dev., São Paulo ,  v. 28, n. 3, p. 356-360,   2018 .   Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
12822018000300017&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 16 nov.  2022. 
http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.152198.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS n. 4.279, de 30 de dezembro de 2010.


Estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS). Brasília: Ministério da Saúde, 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Regionalização solidária e cooperativa: orientação para sua


implementação no SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2006b. 40 p. (Série Pactos Pela Saúde,
v. 3).

SINOP. Prefeitura Municipal de Sinop. Secretaria Municipal de Saúde. Protocolo de


enfermagem em atenção à saúde do município de Sinop. Sinop, 2015.
27

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas. Bases para a discussão da Política Nacional de Promoção,
Proteção e Apoio ao Aleitamento Materno. Brasília: Ministério da Saúde, 2017a.

CARVALHO, M. R.; GOMES, C. F.; Amamentação: bases científicas. – 4. ed. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

BRASIL. Lei no 11.265, de 3 de janeiro de 2006. Regulamenta a comercialização de


alimentos para lactentes e crianças de primeira infância e também a de produtos de
puericultura correlatos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 3 jan. 2006.

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Aleitamento Materno. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 abr. 2017b. Seção 1, p. 1.

BRASIL. Ministério da saúde. Portaria MS/GM no 1.016, de 26 de agosto de 1993. Norma


Básica para implantação do sistema “Alojamento Conjunto”. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 1993.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria MS no 2.799, de 18 de novembro de 2008. Institui, no


âmbito do Sistema Único de Saúde-SUS-, a Rede Amamenta Brasil. Diário Oficial da União,
2008.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no 1.130, de 5 de agosto de 2015. Institui a Política


Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no âmbito do Sistema Único de
Saúde (SUS). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2015b.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no 1.920, de 5 de setembro de 2013. Institui a


Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar
Saudável no Sistema Único de Saúde (SUS) – Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas. Bases para a discussão da Política Nacional de Promoção,
Proteção e Apoio ao Aleitamento Materno. Brasília: Ministério da Saúde, 2017a.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 1.459 de 24 de junho de 2011. Institui, no âmbito


do Sistema Único de Saúde – SUS – a Rede Cegonha. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
2011b.

BRASIL. Ministério da saúde Resolução- RDC n° 171, de 4 de setembro de 2006, dispõe


sobre o regulamento técnico para o funcionameto de Banco de leite Humano, Diário Oficial
da União Brasilia, DF, 2006.

FONSECA, Marcela Aparecida Fernandes; ANTUNES, Virgínia Pires. A atuação do


enfermeiro na orientação de primíparas sobre o aleitamento materno exclusivo. Nursing (Säo
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO. Aleitamento materno: Prevalência e


práticas de aleitamento materno em crianças brasileiras menores de 2 anos 4: ENANI 2019. -
Documento eletrônico. - Rio de Janeiro, RJ: UFRJ, 2021. (108 p.). Coordenador geral,
28

Gilberto Kac. Disponível em: https://enani.nutricao.ufrj.br/index.php/relatorios/. Acesso em:


03.04.2023

CAMPANHA NACIONAL BUSCA ESTIMULAR ALEITAMENTO MATERNO. .:


Conselho Nacional de Saúde, 03 ago. 2022. Disponível em:
http://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/2584-campanha-nacional-busca-
estimularaleitamento-materno. Acesso em: 03 abr. 2023.

ANVISA. Ministério da Saúde. Portaria n° 193 de 23 de fevereiro de 2010. Nota técnica


conjunta N° 01/2010. Sala de apoio à amamentação em empresas. Diário Oficial da União.
Brasília, DF, 16 dez. 2010.

BRASIL. Lei nº 2127, de 02 de julho de 2015. Lei Nº. 2127/2015: Institui o Protocolo de


Enfermagem em Atenção à Saúde do Município e dá outras providências. SINOP, MT, 2017.
BRASIL. Ministério da saúde. Politica nacional de atenção básica 4. ed. Brasília-DF, 2007.

BRASIL. Ministério da sáude. RDC-ANVISA n°171, de 04 de setembro de 2006. Brasília,


2004.

O que é a NBCAL? IBFAN Brasil. Belo Horizonte, 2022. Disponível em:


http://www.ibfan.org.br/site/nbcal. Acesso em: 03.04.2023.

GONÇALVES, Taisa de Paula. Enfermeiras obstétricas negras: um olhar sobre a


interseccionalidade de gênero, raça e classe no contexto de trabalho. 2021.

A QUESTÃO INDÍGENA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR GEA 2016

https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mt/pesquisa/23/22107
ZANLORENZI, Gisele Basso et al. Fragilidades e potencialidades do cuidado de enfermagem em
aleitamento materno na atenção primária: revisão integrativa. Revista de Enfermagem da
UFSM, v. 12, p. e36-e36, 2022.
PERES, Janaine Fragnan et al. Percepções dos profissionais de saúde acerca dos fatores
biopsicossocioculturais relacionados com o aleitamento materno. Saúde em Debate, v. 45, p.
141-151, 2021.
29

APENDICÊS
APÊNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)


Você está sendo convidada para participar, como voluntário, da pesquisa “Promoção proteção
e apoio ao aleitamento materno na atenção primária a saúde”. Após ser esclarecido sobre as
informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine ao final deste
documento. Em caso de recusa você não terá nenhum prejuízo em sua relação com o
pesquisador ou com a instituição.
INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA: Título do projeto: Promoção, proteção e apoio ao
aleitamento materno na atenção primária a saúde Pesquisadora Responsável: Profª Kamilla
Maestá Agostinho, endereço e telefone para contato (inclusive ligações a cobrar): Av.
Alexandre Ferronato, 1200 – Distrito Industrial – Sinop – MT – CEP: 78 557-287, telefone:
(66) 99995 4076 Pesquisadora participante: Aline Faustino Versori
O objetivo deste estudo é analisar a assistência prestada para gestantes e puérperas na
promoção proteção e apoio ao aleitamento materno na atenção primária à saúde do município
de Sinop. Sua participação nesta pesquisa consistirá em responder ao questionário com tempo
estimado de 30min. A pesquisa pode gerar desconforto, porém garantimos total liberdade para
responder ou não ao questionário além de deixá-los à vontade para responder o questionário
em outro dado momento ou desistir de participar da pesquisa, sem prejuízos de sua relação
com a pesquisadora. A sua participação trará benefícios tanto para os profissionais, como para
com a população afim de, a partir dos resultados, ajustarmos o conhecimento para que assim
possa ser oferecido uma assistência de qualidade em aleitamento materno.
Ressaltamos o seu direito de solicitar indenização através das vias judiciais (Código Civil,
Lei 10.406 de 2002, Artigos 927 a 954 e Resolução CNS nº 510 de 2016, Artigo 9º, Inciso VI)
em casos de danos eventuais
Os dados referentes à sua pessoa serão confidenciais e garantimos o sigilo/segredo de sua
participação durante toda a pesquisa, inclusive na divulgação da mesma. Os dados não serão
divulgados de forma a possibilitar sua identificação. Você receberá uma via desse termo onde
tem o nome, telefone e endereço da pesquisadora responsável, para que você possa localizá-la
a qualquer tempo. Em caso de dúvida você pode procurar a pesquisadora responsável Kamilla
Maestá Agostinho, conforme contatos disponíveis acima. Em caso de dúvidas sobre questões
éticas você pode procurar o Comitê de Ética em Pesquisa localizado no endereço: Avenida
Alexandre Ferronato, 1200, sala 16, bloco Acre. CEP 78550-728, Bairro Cidade Jardim,
Sinop-MT, telefone: 66 3533-3199, e-mail: cephumanos.cus@ufmt.br. Considerando os
30

dados acima, ao assinar este termo de consentimento você CONFIRMA ter sido informado
sobre a pesquisa e que teve a oportunidade de sanar suas dúvidas, bem com AUTORIZA a
publicação dos resultados.
Nome e Assinatura do participante:_______________________________________________
Data:________________________
Nome e Assinatura do Pesquisador:_______________________________________________
Data:_________________________
APÊNDICE B - Questionário para coleta de dados.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CURSO


DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Dados pessoais
Codificação:
1- Sexo:
( ) Feminino ( ) Masculino

2- Idade:

3- Estado civil:
( ) Solteiro ( ) Casado ( ) Divorciado ( ) Viúvo

4- Profissão:
( ) Médico ( ) Enfermeiro ( ) Tec. Enfermagem
( ) Aux. Enfermagem ( ) Agente Comunitário de Saúde

5- Raça/cor:
( ) Branca ( ) Preta ( ) Parda
( ) Amarela ( ) Indígena

6- Há quantos anos você trabalha nesta função?


( ) Menos de 3 anos ( ) Entre 3 e 5 anos
( ) Entre 5 e 10 anos ( ) Mais de 10 anos

7- A unidade de saúde em que trabalha realiza atividades sobre Aleitamento Materno?


( ) Não ( ) Sim ( ) Não se aplica
Se sim, quais atividades realizadas:

Experiências pessoais:
• Já amamentou ou conviveu com alguém que amamentava?
( ) Sim ( ) Não

• Caso possua filhos, foram amamentados?


31

( ) Sim ( ) Não ( ) Sem filhos

• Já realizou curso/capacitação em Aleitamento Materno?


( ) Sim ( ) Não

Atendimento e conhecimento em Aleitamento Materno


• Compreende a importância da prática do Aleitamento Materno?
( ) Sim ( ) Não

• Compreende os benefícios para o binômio mãe/bebê?


( ) Sim ( ) Não

• Se sente capacitado a orientar em situação de contraindicação de Aleitamento


Materno?
( ) Sim ( ) Não

• Se sente capacitado em orientar quanto aos cuidados das mamas?


( ) Sim ( ) Não

Atividades realizadas para incentivar Aleitamento Materno


• Orienta Aleitamento Materno durante o Pré-natal?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica

• Estimula Aleitamento Materno durante as puericulturas?


( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica

• Realiza visita domiciliar ao binômio mãe-filho?


( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica

• Avalia mamada durante as consultas?


( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica

• Orienta/ajuda sobre a pega correta?


( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica

• Encaminha casos com dificuldades em Aleitamento Materno?


( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica

• Realiza reuniões internas na unidade para discutir Aleitamento Materno?


( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica

Domínio e conhecimento sobre Aleitamento Materno: 1-


32

Esfregar bucha nos seios durante a gestação ajuda a preparar as mamas para amamentação:
( ) Verdadeiro ( ) Falso

2- Banho de sol evita rachaduras na amamentação:


( ) Verdadeiro ( ) Falso

3- O colostro é insuficiente para saciar o bebe, sendo necessário complementar com fórmula
infantil:
( ) Verdadeiro ( ) Falso

4- Pessoas com HIV podem amamentar:


( ) Verdadeiro ( ) Falso

5- Pomada para ajudar na cicatrização é necessário quando o peito está rachado:


( ) Verdadeiro ( ) Falso

6- Bicos e chupetas podem prejudicar a amamentação:


( ) Verdadeiro ( ) Falso

7- A produção de leite está relacionada com a quantidade de vezes que o bebê suga o seio:
( ) Verdadeiro ( ) Falso

8- O leite materno auxilia na prevenção de alergias, infecções, obesidade no bebê:


( ) Verdadeiro ( ) Falso

9- A amamentação auxilia na contração uterina prevenindo hemorragia pós parto e


promovendo o retorno uterino ao tamanho normal anterior a gestação:
( ) Verdadeiro ( ) Falso

10- O bebê deve ser alimentando a cada 3 horas, rigorosamente:


( ) Verdadeiro ( ) Falso
33
30

ANEXOS
ANEXO A- PARECER CONSUBSTANCIADO DO COMITE DE ETICA EM
PESQUISA
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ANEXO B- Carta de autorização da instituição co-participante – CIES


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ANEXO C – DECLARAÇÃO DE LOCAL DA PESQUISA E AUTORIZAÇÃO PARA


USO DA INFRAESTRURURA

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