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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO

Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica

Regiane Gomes de Almeida

Ronadila Oliveira da Silva

A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM


NO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO

São Paulo
2019
Regiane Gomes de Almeida
Ronadila Oliveira da Silva

A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO


ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO

Artigo científico apresentado


ao Curso de Especialização em
Enfermagem Obstétrica do
Centro Universitário São
Camilo, orientado pela Prof.
Mestre
________________________
______, como requisito parcial
para obtenção do título de
Especialista em Enfermagem
Obstétrica.

São Paulo
2019
Regiane Gomes de Almdeida1
Ronadila Oliveira da Silva2
RESUMO

O Aleitamento Materno Exclusivo (AME) é a oferta apenas do leite materno à


criança, direto da mama, ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, no que
diz respeito à saúde da mulher e da criança, a amamentação é fundamental
devido aos seus benefícios nutricionais, emocionais e imunológicos. O objetivo
do trabalho foi descrever a assistência de enfermagem no aleitamento materno
exclusivo. A pesquisa foi realizada por revisão bibliográfica desenvolvida através
de publicações cientificas, no período de 2009 a 2019, utilizando para
levantamento dos dados a base de dados BVS (Biblioteca Virtual em Saúde).. O
profissional de enfermagem deverá orientar e apoiar em todos os cuidados com
o bebe, ensinando as técnicas adequadas para amamentar, ordenha manual,
cuidados com coto umbilical e demais duvidas que ora possa surgir por parte da
nutriz. Portanto a partir dos fatos extraídos entende-se que o aleitamento
materno é suficiente para o bebê, o enfermeiro por sua vez possui papel de suma
importância na prevenção e promoção a saúde, incentivando a amamentação e
enfatizando os benefícios para mãe e o bebê

Palavra Chave: aleitamento materno, assistência de enfermagem, enfermeiro.

ABSTRACT

Exclusive Breastfeeding (EBF) is the offering of only breast milk to the child, direct
from the breast, or milked, or human milk from another source, with regard to the
health of women and the child, breastfeeding is fundamental because of its
nutritional, emotional and immunological benefits. The objective of this study was
to describe nursing care in exclusive breastfeeding. The research was conducted
by literature review developed through scientific publications, from 2009 to 2019,
using for data collection the database VHL (Virtual Health Library). The nursing
professional should guide and support in all care. with the baby, teaching the
proper techniques for breastfeeding, manual milking, care with umbilical stump
and other doubts that may arise from the nursing mother. Therefore from the facts
extracted it is understood that breastfeeding is sufficient for the baby, the nurse
in turn has a very important role in prevention and health promotion, encouraging
breastfeeding and emphasizing the benefits for mother and baby.

Keywords: breastfeeding, nursing care, nurse.

_____________________________
1,2 - Graduandas do curso de Enfermagem obstétrica do Centro Universitário São Camilo
1. INTRODUÇÃO

O aleitamento materno exclusivo (AME) é definido como a oferta apenas do leite


materno a criança, direto da mama, ou ordenhado, ou leite humano de outra
fonte, no qual vai além de nutrir a criança, é um processo de interação profunda
entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua
habilidade de defesa de infecções, em sua fisiologia e no desenvolvimento
cognitivo e emocional, além de ter implicações na saúde física e psíquica da
mãe1.

O leite materno é distribuído em três fases: colostro, leite de transição e leite


maduro, o primeiro é caracterizado como rico em eletrólitos, proteínas, vitaminas,
apresentando baixo teor em gordura e lactose, é secretado nos primeiros dias
pós-parto, o leite de transição tem composição intermediária entre o colostro e o
leite maduro, sua produção ocorre de sete a catorze dias após o parto e o leite
maduro é produzido a partir da segunda quinzena pós-parto sendo rico em
gordura e lactose2.

É essencial que a amamentação seja iniciada na primeira hora após o parto,


sobre livre demanda e estimulando o contato pele-a-pele, no qual irá produzir
maior interação mãe-bebê, controlando a temperatura de forma eficaz do recém-
nascido (RN) e a diminuição do choro2. Esse contato precoce da mãe com o
recém-nascido (RN) facilita a redução da hipotermia e sepse, diminuindo a
permanência no hospital e o risco de mortalidade na alta hospitalar3.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o AME seja ofertado


até o sexto mês e a partir dessa idade, complementando o leite materno (LM),
sejam oferecidos outros líquidos e alimentos adequados à criança, até dois anos
ou mais4.

No que diz respeito à saúde da mulher e da criança, a amamentação é


fundamental devido aos seus benefícios nutricionais, emocionais e
imunológicos. Os benefícios da amamentação vão além desde as propriedades
biológicas do leite materno, protege a criança contra diarreia, infecções
respiratórias, otite, obesidade, contribui para o desenvolvimento cognitivo,
diminui o risco de alergia a proteína do leite da vaca e de diversos outros tipos
de alergia5.

O Brasil passou por importantes mudanças no cenário do aleitamento materno,


a partir da década de 80, com o desenvolvimento de uma política estabelecida
pelo Ministério da Saúde, entretanto, mesmo com o incentivo e promoção à
amamentação, o desmame precoce é ainda uma realidade predominante.
Supõe-se que apesar de os enfermeiros terem atitudes e discursos favoráveis
ao ato de amamentar, muitas vezes não estão tão próximos, e não vivenciam os
momentos de insucesso das mulheres no processo de lactação6.

No Brasil a sua prevalência em crianças menores de seis meses é de 41% e a


duração mediana é de 51% até 1 ano e 8 meses, a região norte apresenta a
prevalência de 45,9%, centro-oeste 45%, sul 43,9%, sudeste 39,4% e nordeste
37%7.

O incentivo ao AME pode ser configurado em uma das ações promotoras de


segurança alimentar e educação em saúde, pois muitas mulheres desconhecem
a importância sobre a pratica da amamentação, preparo das mamas,
posicionamento do bebe e pega a mama, leite empedrado ou não ter leite, no
qual aponta necessidade de estratégias centradas no aspecto educativo
facilitando assim a difusão das informações e a importância e vantagens do
aleitamento materno principalmente relacionada a diminuição das taxas de
mortalidade infantil, como já mencionado acima, as vantagens do AME é a
prevenção de alergias, problemas respiratórios, redução da mortalidade infantil,
para a mãe o aleitamento está associado a menor incidência de hemorragia no
pós-parto, recuperação mais rápida e diminuição de risco entre certos tipos de
tumores.8

Reconhecendo a importância de desenvolver ações de educação, e promoção


sobre aleitamento materno ainda na gestação, a fim de evitar um excesso de
informações no pós-parto, sabe-se que a maioria das orientações e apoio
profissional ocorrem somente no puerpério, momento em que a mãe e a família
deparam-se com intensas mudanças na rotina e com inúmeros anseios9.

O enfermeiro possui papel primordial durante o pré-natal, por meio de práticas e


atitudes deverá incentivar a amamentação apoiando a gestante, ter uma
comunicação eficiente, ouvir, entender, ajudar e sanar todas as dúvidas, ou seja,
o enfermeiro é um disseminador da promoção, incentivo e apoio, no qual tem
responsabilidade de repassar para as mães a importância do AME, processo
esse que deve acontecer na consulta de pré-natal9.

Justifica-se o interesse por abordar o tema a importância da assistência de


enfermagem no aleitamento materno exclusivo, no qual se faz necessário
conhecer a importância do aleitamento ao bebe, auxiliando na redução das taxas
de mortalidade infantil, bem como a assistência de enfermagem prestada ao
paciente, possibilitando aos profissionais da área de saúde, em especial da
equipe de Enfermagem, condições para identificar as necessidades da paciente
e assim oferecer uma assistência integral e resolutiva.

2. OBJETIVO

Descrever a assistência de enfermagem no aleitamento materno Exclusivo.

3. MÉTODOS

Trata-se de um estudo com caráter descritivo, exploratório, que se utilizou da


pesquisa bibliográfica para gerar dados.

Conforme Medeiros (2000), a pesquisa bibliográfica constitui-se em fonte


secundária, tendo como objetivo adquirir informações sobre um assunto de
relevante interesse.

A questão que norteou a presente pesquisa foi: qual a atuação do profissional


enfermeiro frente ao aleitamento materno exclusivo?

Para tais preposições, serão utilizados os seguintes descritores: aleitamento


materno, amamentação, enfermagem, ações de enfermagem.

Sendo assim, foi realizada uma busca na literatura específica sobre o tema, em
materiais publicados em livros, revistas científicas, monografias e sites de
Internet.

Aplicados às bases de dados em saúde como: Latino-americano e do Caribe de


Informação em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online
(SCIELO), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE),
dentre outros dispostos na Biblioteca Virtual em Saúde da Biblioteca Latino
Americana (BIREME).

Os critérios de inclusão no estudo foram todos os artigos e outras publicações


encontrados nas bases de dados descritos publicados entre os anos de 2009 a
2018, gerados pelos descritores e que contemplarem a temática de estudo.
Também foram considerados livros, essenciais para a temática, monografias,
dissertações e teses, que obedeçam aos mesmos critérios do ano de publicação.

Os artigos foram analisados, comparados e observados quanto sua semelhança


e/ou divergência para a realização do desenvolvimento do tema.

Tabela 1: Síntese dos estudos selecionados para análise


Autor Ano Título Revista/Periódico

Antunes MB, Demitto MO, 2017 Amamentação na primeira Av. Enferm.


Soares LG, Radovanovic hora de vida: conhecimento e
CAT, et al. pratica da equipe
multiprofissional

Oliveira CM, Santos TC, 2017 Promoção do aleitamento Rev. Enferm.


Melo IM, Aguiar DT, Netto materno: intervenções
JJM. educativas no âmbito da
Estratégia de Saúde em
Família.

Ferreira GR, Lima TCF, 2016 O Papel da enfermagem na Rev. Conexão


Coelho NMD, Grilo PMS, orientação do aleitamento Eletrônica
Gonçalves RQ. materno exclusivo

Ferreira GR, Lima TCF, 2016 Atribuições de enfermeiros na Rev. Cient. Sena
Coelho NMD, Grilo PMS, orientação de lactantes Aires
Gonçalves RQ. acerca do aleitamento
materno.

Almeida JM, Luz SAB, 2015 Aleitamento materno pelos Rev. Paul Pediatr.
Ued FV. profissionais: uma revisão
integrativa da literatura.
Autor Ano Título Revista/Periódico

Campos MAS, Chaoul 2015 Prática de aleitamento Rev. Latino-Amer.


CO, Carmona EV, Higa materno exclusivo informado Enferm.
R, Vale IN. pela mãe e oferta de líquidos
aos seus filhos.

Demitto MO, Antunes MB, 2015 Prevalência e fatores Rev. Uningá.


Bercini LO, Rossi RM, et determinantes do aleitamento
al. materno.
Marinho MS, Andrade 2015 A Atuação do (a) enfermeiro Rev. Enferm
EM, Abrão ACFV. (a) na promoção, incentivo e Contemp.
apoio ao aleitamento
materno.

Rocci E, Fernandes RAQ. 2015 Dificuldades no aleitamento


materno e influência no Rev bras enferm.
desmame precoce.

Martinez MZO, Santana 2013 Benefícios da amamentação Interfaces Cientifica


LS. para a saúde materna. Saúde e Amb.

Pontes AM, Lucena KDT, 2013 As repercussões do Saúde em debate.


Silva ATMC, Almeida LR, aleitamento materno
et al. exclusivo em crianças com
baixo peso ao nascer.

Batista KRA, Farias 2013 Influência da assistência de Saúde em debate.


MCAD, Melo WSN. enfermagem na prática da
amamentação no puerpério
imediato.

Athanázio AR, Lopes JC, 2013 A importância do enfermeiro Rev. Enferm UFPE
Soares KFMS, Góes no incentivo do aleitamento
FGB, Rodrigues DP, materno no copinho ao
Rodrigues EMS. recém-nascido: uma revisão
integrativa. Rev. Enferm
UFPE
Elaborado pelas autoras.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

De uma forma geral, verifica-se que, dada a importância da temática, a produção


cientifica sobre a importância da assistência de enfermagem no aleitamento
materno exclusivo, é grande, em diferentes periódicos da área de enfermagem,
constituindo-se, a maior parte, em pesquisas de campo, com abordagem
qualitativa.

Dentro deste contexto, a importância do aleitamento materno exclusivo, é de


suma importância pois transmite ao bebê anticorpos importantes para as defesas
imunológicas contra infecções e alergias, quanto a sucção promove a
estimulação oral ajudando o bebê desenvolver os músculos da face e os dentes,
além de trazer benefícios a mulher, favorecendo o vínculo mãe-bebê,
promovendo a involução uterina e facilita o retorno do corpo materno a sua forma
original mais rápida9,8,7,6.

Quanto a atuação do enfermeiro, esta começa no período do pré-natal, onde a


gestante deverá ser orientada quanto aos benefícios do leite materno, sabemos
que o leite materno oferece a criança nutrientes imprescindíveis, além der ser
um alimento eficaz e nutritivo para o bebe até o sexto mês de vida como alimento
exclusivo materno10,5,4.

É de suma importância que o profissional de enfermagem estabeleça “confiança”


com a mãe. Cabe a equipe de enfermagem incentivar e promover a
amamentação na sala de parto, a primeira mamada na primeira hora de
nascimento, traz benefícios, tais como: reforça o vínculo mãe-filho, facilita o início
da amamentação, previno problemas na mama, auxilia a involução uterina e
protege o bebê e a mãe contra infecções hospitalares11,10,9,3,2,1.

O enfermeiro deverá conhecer a importância da amamentação e os benefícios


que o alimento traz para a vida do bebê e da mãe além de planejar o cuidado
com a família, para realizar um cuidado integral, o aconselhamento sobre o
aleitamento materno é necessário, pois o enfermeiro possui a oportunidade de
realizar não somente atividades educativas, como também assistenciais,
especialmente nas patologias comuns durante o início da amamentação, e até
mesmo pelo desmame precoce12.

A orientação passada pela equipe de enfermagem possui grande influencia na


tomada de decisão de amamentar ou não, por isso o enfermeiro deverá portar
de sabedoria teórica, prática, cuidado humanizado, pois acima de tudo tem que
entender as necessidades e o emocional da gestante, ou seja para realizar o
aleitamento materno exclusivo é necessário que a gestante queira
amamentar12,11.

Portanto, o enfermeiro é o profissional que mais se relaciona com a mãe do bebê


neste período, para isso, este deve preparar a gestante para o aleitamento,
facilitando sua adaptação na fase puerperal, evitando assim dúvidas,
dificuldades e possíveis complicações 12,6.

O profissional de enfermagem deverá orientar e apoiar em todos os cuidados


com o bebe, ensinando as técnicas adequadas para amamentar, ordenha
manual, cuidados com coto umbilical e demais duvidas que ora possa surgir por
parte da nutriz. Podendo estimular treinamento de profissionais da saúde na
realização de visitas domiciliares para acompanhamento do processo de
amamentação, crescimento e desenvolvimento da criança12,6.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) com o Fundo das Nações Unidas


para a Infância (UNICEF) elaborou estratégias de incentivo a esta prática
da amamentação. Uma delas é a iniciativa do Hospital Amigo da Criança
(IHAC) onde foram implantadas em hospitais maternidades e que vêm
aumentando o número de mães que realizam o aleitamento materno exclusivo
corretamente diminuindo o número de casos de intercorrências mamárias.
13
Esta iniciativa é realizada seguindo dez passos:

1) Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, que deve ser
rotineiramente transmitida a toda equipe de saúde; Como todo projeto,
deve ser documentado e com livre acesso a equipe de enfermagem.
2) Treinar toda a equipe de saúde, capacitando a para implementar esta
norma. O enfermeiro deve treinar a equipe de enfermagem através de
orientações, palestras e demonstrações de técnica de enfermagem,
capacitando a equipe para atuar em momentos de dúvidas por parte das
parturientes e possíveis intercorrências mamárias, fornecendo a equipe
conhecimentos teóricos e práticos.
3) Orientar todas as gestantes sobre as vantagens e o manejo do
aleitamento materno. A orientação sobre os benéficos do aleitamento
materno tanto para a mãe quanto ao recém-nascido deve ser feita pela
equipe de enfermagem. Um estudo realizado no município de Uberaba
em Minas gerais relatou que o maior motivo de desmame precoce
relatado por mães foi a falta de orientação.
4) Ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora
após o nascimento do bebê. O contato mãe e filho devem ser estimulados
nos primeiros minutos de vida do lactente. A equipe de enfermagem deve
ajudar as parturientes a iniciar o aleitamento materno na primeira meia
hora após o nascimento, orientar sobre a pega e o correto posicionamento
do recém-nascido, fortalecendo assim o vínculo mãe e filho.
5) Mostrar as mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se
vierem a ser separadas de seus filhos. Deve-se informar sobre a ordenha
manual e armazenamento correto do leite, em casos de retorno ao
trabalho, sobre a importância de continuar o aleitamento materno com a
separação do lactente.
6) Não dar ao recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite
materno, a não ser que tal procedimento tenha uma indicação médica. E
importante orientar a lactante a manter o aleitamento exclusivo até os seis
meses, explicar que o leite materno contém todos os nutrientes, vitaminas,
imunológicos e água necessários para o desenvolvimento do lactente a
menos que seja por prescrição medica em casos específicos.
7) Praticar o Alojamento Conjunto permitir que mãe e bebê permaneçam
juntos 24 horas por dia. Estudos comprovam que o alojamento conjunto
ajuda a influenciar as mães a amamentarem, de modo que uma mãe
estimula a outra. Estando os lactentes 24 horas com as parturientes
facilita o aleitamento sobre livre demanda e fortalece o vínculo mãe e filho.
8) Encorajar o aleitamento materno sob livre demanda. A equipe de
enfermagem deve orientar sobre a importância do aleitamento sobre livre
demanda, pois estimula a produção de leite.
9) Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas ao seio. A
indução de bicos artificiais ou chupetas em recém-nascidos diminui e
espaça as mamadas atrapalhando o processo de aleitamento e
desenvolvimento bucal e respiratório da criança. O recém-nascido passa
a dar preferência aos bicos e chupetas podendo até levar ao desmame
precoce.
10) Encaminhar as mães, por ocasião da alta hospitalar. Após a alta
hospitalar a equipe de enfermagem deve encaminhar as mães para
Estratégia Saúde da Família (ESFs) onde mãe e filho terão assistência e
cuidado promovendo a continuidade do aleitamento materno até os seis
meses.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O propósito principal deste trabalho foi descrever a assistência de enfermagem


no aleitamento materno exclusivo.

O profissional de enfermagem é o que mais se relaciona com a mãe do bebê


neste período, portanto, deve preparar a gestante para o aleitamento, facilitando
sua adaptação na fase puerperal, evitando assim dúvidas, dificuldades e
possíveis complicações.

Os artigos estudados mostram que o enfermeiro possui papel fundamental o


durante todo o tempo em que a puérpera está internada este deverá orientar e
apoiar em todos os cuidados com o bebe, ensinando as técnicas adequadas
para amamentar, ordenha manual, cuidados em geral, e demais dúvidas que ora
possam surgir por parte da nutriz, ressaltando a promoção do aleitamento
materno é a intervenção adequada para a redução de mortalidade infantil,
evitando milhões de mortes por ano, causadas por diarreias, doenças
respiratórias e desnutrição.

Pretende-se com esta abordagem despertar nos profissionais e acadêmicos da


área da saúde, a necessidade de compreender as ações de promoção visando
os benefícios da amamentação exclusiva.
6. REFERÊNCIAS

1. Almeida JM; Luz SAB; Ued FV. Aleitamento materno pelos profissionais:
revisão integrativa da literatura. Rev Paul Pediatr. [Internet[ 2015 [acesso
18 de julho 2019]; 33(3):355-362. Disponível:
http://www.scielo.br/pdf/rpp/v33n3/0103-0582-rpp-33-03-0355.pdf

2. Martins MZO; Santana LS. Benefícios da amamentação para saúde


materna. Interfaces Cientifica Saúde e Amb. [Internet] 2013 [acesso 18 de
julho 2019]; 1(3):87-97. Disponível:
https://periodicos.set.edu.br/index.php/saude/article/viewFile/763/443

3. Antunes MB; Demitto MO; Soares LG; Radovanovic CAT; Higarashi IH;
Ichisato SMT, et al. Amamentação na primeira hora de vida: conhecimento
e prática da equipe multiprofissional. Av Enferm. [Internet] 2017. [acesso 18
de julho 2019]; 35(1):29-20. Disponível:
http://www.scielo.org.co/pdf/aven/v35n1/v35n1a03.pdf

4. Campos MAS; Chaoul CO; Carmona EV; Higa R; Vale IN. Prática de
aleitamento materno exclusivo informado pela mãe e oferta de líquidos aos
seus filhos. Rev Latino-Am Enferm. [Internet] 2015 [acesso 18 de julho
2019]; 23(2):283-290. Disponível:
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v23n2/pt_0104-1169-rlae-23-02-00283.pdf

5. Pontes AM, Lucena KDT, Silva ATMC, ALMEIDA LR, Deininger LSC. As
repercussões do aleitamento materno exclusivo em crianças com baixo
peso ao nascer; Saúde em Debate [Internet] 2013 [acesso 18 de julho 2019];
37(97): 354-361. Disponível em:
https://www.scielosp.org/article/sdeb/2013.v37n97/354-361/.

6. Batista KRA; Farias MCAD; Melo WSN. Influência da assistência de


enfermagem na prática da amamentação no puerpério imediato. Saúde em
Debate. [Internet] 2013 [acesso 18 de julho 2019]; 37(96):130-138,.
Disponível em: https://www.scielosp.org/article/sdeb/2013.v37n96/130-
138/.

7. Demitto MO; Antunes MB; Bercini LO; Rossi RM; Torres MM; et al.
Prevalência e fatores determinantes do aleitamento materno. Rev Uningá
[Internet] 2015 [acesso 18 de julho 2019]; 52(1):29-33. Disponível:
https://www.mastereditora.com.br/periodico/20170504_223601.pdf

8. Oliveira CM; Santos TC; Melo IM; Aguiar DT; Netto JJM. Promoção do
aleitamento materno: intervenções educativas no âmbito da Estratégia de
Saúde em Família. Rev Enferm. [Internet] 2017 [acesso 18 de julho 2019];
20(2): 99-108. Disponível:
http://periodicos.pucminas.br/index.php/enfermagemrevista/article/view/16
326/12418
9. Marinho MS; Andrade EM; Abrão ACFV. A atuação do (a) enfermeiro (a) na
promoção, incentivo e apoio ao aleitamento materno. Rev Enferm Contemp.
[Internet] 2015 [acesso 18 de julho 2019]; 4(2):189-198.
Disponível:https://www5.bahiana.edu.br/index.php/enfermagem/article/dow
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10. Ferreira GR, Lima TCF, Coelho NMD, Grilo PMS, Gonçalves RQ. O papel
da enfermagem na orientação do aleitamento materno exclusivo. Rev.
Conexão Eletrônica [Internet] 2016 [acesso 24 de julho 2019]; 13(1):1-18.

11. Mesquita AL, Souza VAB, Moraes-Filho IM, Santos OP. Atribuições de
enfermeiros na orientação de lactantes acerca do aleitamento materno. Rev.
Cient. Sena Aires [Internet] 2016 [acesso 24 de julho 2019]; 5(2):158-70.

12. Athanázio AR, Lopes JC, Soares KFMS, Góes FGB, Rodrigues DP,
Rodrigues EMS. A importância do enfermeiro no incentivo do aleitamento
materno no copinho ao recém-nascido: uma revisão integrativa. Rev.
Enferm UFPE [Internet] 2013 [acesso 24 de julho 2019]; 7(esp):4119-29.

13. Rocci E, Fernandes RAQ. Dificuldades no aleitamento materno e influência


no desmame precoce. Rev bras enferm. [Internet] 2014 [acesso 24 de julho
2019]; 67(1): 22-7.

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