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RESUMO
O aleitamento materno resulta em notáveis benefícios tanto para o recém-nascido quanto para a
mãe. É um processo que envolve fatores fisiológicos, ambientais e emocionais, garantindo a saúde
da criança. O objetivo analisar se a amamentação interfere positivamente na constituição de vínculos
afetivos saudáveis entre mamãe/bebê. Foi utilizada revisão sistemática da literatura e a pesquisa foi
feita através dos descritores: amamentação, afetividade, vínculos emocionais e apego. A identificação
dos artigos foi realizada por meio de busca bibliográfica em periódicos, tendo como base de dados a
Biblioteca Virtual em Saúde, onde foram utilizados artigos do LILACS, MEDLINE e BNDENF -
ENFERMAGEM. A análise dos artigos foi feita através da análise de conteúdo. Como critério de
inclusão foram selecionadas as publicações que se encontravam em formato de artigo com texto na
íntegra online, publicados no período entre 2003 a 2018 e que apresentavam como idioma a língua
portuguesa. Como critério de exclusão, foram descartadas publicações que não estivessem no
formato de artigo, com texto incompleto ou redigido em idioma estrangeiro e também os que foram
publicados fora do período delimitado para a pesquisa. Os resultados obtidos abarcaram um total de
10 artigos relacionados ao tema que foram divididos e analisados em duas categorias temáticas.
Conclui-se que, que a amamentação interfere positivamente na constituição de vínculos afetivos
saudáveis entre mamãe/bebê. Os amigos e familiares também são importantes para a manutenção
ou interrupção da amamentação para o desenvolvimento da criança e faz-se necessário novas
pesquisas relacionadas a importância da amamentação na formação de vínculos afetivos saudáveis
entre mamãe/bebê, tendo em vista a relevância do tema para a atenção primária focada nos
programas e ações e na implementação de novas estratégias de saúde.
ABSTRACT
Breastfeeding results in remarkable benefits for both the newborn and the mother. It is a process that
involves physiological, environmental and emotional factors, ensuring the child's health. The objective
of this study was to analyze whether breastfeeding positively interferes with the constitution of healthy
affective bonds between mother and baby. It was used a systematic review of the literature and the
research was done through the descriptors: breastfeeding, affectivity, emotional bonds and
attachment. The articles were identified through bibliographic search in journals, based on the Virtual
1
Enfermeira, Pós-graduanda em Saúde Pública com Ênfase em Saúde Indígena e Saúde da Família. E-mail:
dricca_21@hotmail.com
2
Psicóloga, Especialista em Psicologia Clínica com Ênfase em Psicoterapia Infantil e Pós-Graduanda em Saúde
Pública com Ênfase em Saúde Indígena e Saúde da Família. E-mail: rakelenribeiro@hotmail.com
3
Enfermeira, Mestre em Imunologia Básica e Aplicada (UFAM) e Especialista em Infectologia (UEA). Orientadora
do módulo de Metodologia da Pesquisa do Curso de Saúde Pública com ênfase em Saúde Indígena e Saúde da
Família do Instituto Singular Educacional.
2
Health Library, where articles from LILACS, MEDLINE and BNDENF - NFERMAGEM were used. The
analysis of the articles was done through content analysis. As inclusion criterion were selected the
publications that were in an article format with full text online, published in the period between 2003 to
2018 and that presented as Portuguese language. As an exclusion criterion, publications that were not
in the format of an article, with incomplete text or written in a foreign language, and those that were
published outside the period defined for the survey, were discarded. The results obtained comprised a
total of 10 articles related to the theme that were divided and analyzed in two thematic categories. We
conclude that breastfeeding positively interferes with the constitution of healthy affective bonds
between mother and baby. Friends and family members are also important for the maintenance or
discontinuation of breastfeeding for the child's development, and further research is needed on the
importance of breastfeeding in the formation of healthy affective bonds between mother and baby, in
view of the relevance of the topic to primary care focused on programs and actions and
implementation of new health strategies.
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Ganho de peso e Nutrição
3
cáries.4 A amamentação deve ser iniciada logo após o parto, isto estimula a
produção de leite e deve começar no Máximo uma hora após o nascimento do
recém-nascido.5
O primeiro leite produzido é uma secreção mamaria chamada colostro, aguado
e riquíssimo em imunoglobulina A. É rico em proteínas, vitaminas, sais minerais e
anticorpos, sua composição contém endorfina que ajuda a suprimir a dor e é
considerado a primeira vacina do bebê- ele formará a primeira memória imunológica.
2.3 Benefícios para mãe e filho
O leite materno é indispensável ao recém-nascido pois dentre outros benefícios
ele promove uma flora intestinal rica em bactérias benéficas; protege contra a
obesidade futura, diabetes tipo 2 e doenças crônicas do adulto; previne as alergias;
reforça o sistema imunológico, ajuda na formação dos músculos e ossos da face
ajudando na formação das bochechas do bebê; praticidade; economia, etc.
A mãe também é beneficiada no processo de amamentação, visto que, ajuda
na recuperação pós-parto; favorece a estimulação da oxitocina - hormônio
responsável pelo retorno do útero ao seu tamanho normal de antes da gravidez de
forma rápida, ajuda a prevenir uma nova gestação, além de ajudar a reduzir o risco
de Câncer de Mamas, útero e ovário.3
2.4 Tipos de aleitamento materno
O aleitamento materno é classificado como quando a criança recebe leite
materno (direto da mama ou ordenhado), independente de receber ou não outros
alimentos. Existem 4 tipos de aleitamento materno: o aleitamento materno
exclusivo, o predominante, o complementado e o misto ou parcial.6
Para que ocorra uma pega adequada é necessário que tanto mãe quanto bebê
estejam em uma posição confortável,5 a tabela 1 descreve as posições confortáveis
para amamentar.
6
do recém-nascido, como por exemplo a mãe que deseja amamentar e por algum
motivo não o consegue fazer.
O vínculo nasce da interação entre a mãe e o filho, numa dança gestual e
expressiva entre os dois, eliciado por alguns desencadeantes inatos (contato olho-a-
olho, choro...) ele é aprendido nas “conversas”, através da linguagem dos sentidos,
quando olhar, ouvir, tocar, falar, chorar e amamentar vão adquirindo significados
especiais.9
3 MÉTODO
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
LILACS 9 6 2
Amamentação and
INDEX PSI 2 2 -
Vínculos
emocionais SEC. EST.
2 1 -
SAÚDE SP
BNDENF 1 1 -
MEDLINE 235 4 0
LILACS 24 12 4
BNDENF 5 4 -
Apego and
INDEX PSI 3 2 -
Amamentação
SEC. EST.
2 1 -
SAÚDE SP
INDEX PSI
2 - -
TESES
LIS 1 - -
9
Tabela 3. Distribuição dos artigos que constituem o corpus do estudo segundo autores, ano de
publicação e título
Ref. Autor (es) Ano Título
Rocha; Apego mãe-filho: estudo comparativo entre mãe de parto normal
1 2003
Simpionato; Mello e cesárea.
O lugar da mãe na prática de amamentação de sua filha nutriz: o
2 Machado et al 2004
estar junto.
Rafael; Silva;
3 2005 O significado da amamentação para a mulher primípara.
Rodrigues
Amamentação de prematuros com menos de 1500 gramas:
4 Delgado; Halpem 2005
funcionamento motor-oral e apego.
Mendes; Percepção dos enfermeiros quanto aos fatores de risco para
5 2006
Galdeano vínculo mãe-bebê prejudicado.
Aleitamento materno em crianças até seis meses de vida:
6 Carrascoza et al 2011
percepção das mães.
Fatores emocionais associados ao aleitamento materno
7 Diehl; Anton 2012
exclusivo e sua interrupção precoce: um estudo qualitativo.
Condições iniciais do aleitamento materno de recém-nascidos
8 Scheeren et al 2012
prematuros.
Método mãe-canguru: percepção da equipe de enfermagem na
9 Souza et al 2014
promoção a saúde do neonato.
10 Mariano; Silva 2018 Significando o amamentar na prisão.
A afetividade entre mãe e filho foi um dos itens com maior comportamento
favorável. O vínculo mãe/bebê também deve ser observado: a forma como a mãe
segura o bebê, os toques físicos e o contato visual durante a mamada.
Já o último artigo dessa categoria, artigo 9, apresenta o Método Mãe Canguru
e avalia os profissionais a respeito de seus conhecimentos e o manejo técnico
dentro desse método.
Através desse artigo é possível perceber que os profissionais de enfermagem
entrevistados compreendem o Método Mãe Canguru aplicado na sua assistência
diária como uma busca pela humanização do cuidado com o recém-nascido, como
uma forma de estímulo a ligação entre mãe e filho e se apresenta como fator de
relevância na recuperação do recém-nascido proporcionando ganho de peso,
estabilidade dos dados vitais e estímulo a amamentação.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1. LOPEZ, Fabio Ancona; Jr, Dioclecio Campos. Filhos da gravidez aos 2 anos de
idades dos pediatras da sociedade Brasileira de Pediatria para os pais. São
Paulo: Manole, 2014.
2. VITOLO, Márcia Regina. Nutrição da Gestante ao Envelhecimento. Rio de
Janeiro: RUBIO; 2 ed. 2015.
3. BRASIL. Ministério da saúde: Caderneta da Gestante. Brasília- DF, 2014.
Acesso em: WWW. Saúde.gov.br.
4. SOUZA, Aspásia Basile Gesteira. Enfermagem Neonatal: Cuidado Integral ao
Recém- Nascido. São Paulo: Martinari, 1 ed. 2011.
5. MAHET, Thatiane. O Grande Livro do Bebê; São Paulo: Planeta, 2017.
6. BRASIL. Ministério da saúde: Saúde da Criança: Nutrição Infantil.
Aleitamento Materno e alimentação Complementar. Brasília- DF, 2009. Acesso
em: WWW. Saúde.gov.br
7. BRASIL. Ministério da saúde: Caderneta da criança. Brasília- DF, 2011. Acesso
em: WWW. Saúde.gov.br.
8. BENDEFY, Ilona. Dia a Dia do bebe. São Paulo: SENAC, 2014.
9. POMMÉ, Eliana Lemos. O vínculo mãe-bebê: primeiros contatos e a importância
do holding. São Paulo: Puc-SP, 2008.
10. WINNICOTT, D.W. Os bebês e suas mães, São Paulo: Martins Fontes, 1988.
11. MENDES, K. D. S.; SILVEIRA, R. C. C. P.; GALVÃO, C. M. Revisão integrativa:
método de pesquisa pela incorporação de evidências na saúde e na enfermagem.
Florianópolis: Texto Contexto Enfermagem. v. 17, n. 4, p. 758-764, Out-Dez, 2008.
12. CAVALCANTE, R. B.; CALIXTO, P.; PINHEIRO, M. M. K. Análise de conteúdo:
considerações gerais, relações com a pergunta de pesquisa, possibilidades e
limitações do método. João Pessoa: Inf. & Soc: Est, v.24, n. 1, Jan-Abr, p. 13-18.
2014.