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ESCOLA SUPERIOR DE E FERMAGEM SÃO JOSÉ DE CLU Y

2º CURSO DE PÓS-LICE CIATURA EM E FERMAGEM DE SAÚDE I FA TIL

E PEDIATRIA

ELABORADO POR:
LURDES PERESTRELO, º 1181

ORIE TADORA:
VITA RODRIGUES

FU CHAL, 2009
Enquanto as crianças ainda são pequenas, ofereça-lhes
raízes profundas, quando crescerem, dê-lhes asas.

Fonte: http://www.leitematerno.org/para_pensar.htm

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Í DICE

O – I TRODUÇÃO……………………………………………………………...……….4
1 – CO TEXTUALIZAÇÃO…………………………………………………………….6
2 – PROBLEMA / JUSTIFICAÇÃO…………………………………………………....12
3 – OBJECTIVOS………………………………………………………………………..18
4 – ESTRATÉGIAS……………………………………………………………………...19
6 – BIBLIOGRAFIA……………………………………………………………………..20
O – I TRODUÇÃO

No âmbito da disciplina de Desenvolvimento Pessoal e Projectos, do 2º Curso de


Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria, foi-nos
proposto a elaboração de um projecto, que tem como objectivos: desenvolver o auto-
conhecimento; responsabilizar-se pelo seu desenvolvimento profissional e contribuir para o
desenvolvimento da equipa de saúde.
Ao longo da minha actividade profissional como enfermeira e no âmbito das
minhas competências, elaborei alguns projectos profissionais, contudo elaborar um
projecto de âmbito académico para posterior aplicação numa prática clínica, para além de
ser um momento de aprendizagem e reflexão, representa um desafio, o qual espero que se
torne num contributo de desenvolvimento pessoal e profissional. Para que tal ocorra os
saberes devem ser entendidos como competências funcionais, que integram
conhecimentos, capacidades e atitudes, que se deseja que todos possuam para aprender ao
longo da vida e sem os quais a valorização pessoal, social e profissional se torna
controversa.
Para Lhotellier, citado por Fernandes (1999), um “projecto é uma intenção de
realização de uma obra, de um trabalho, de uma acção, intenção suscitada por uma
motivação, animada por uma implicação contínua, afirmada por uma orientação de valor”
(p.234).
Deste modo, o presente projecto tem como tema a “Adaptação da mãe à
amamentação”, que visa dar resposta às seguintes questões:
- Como promover o aleitamento materno junto das grávidas e das mães?
- Que estratégias utilizar para apoiar a mãe na adaptação à amamentação?
O aleitamento materno é imprescindível para um desenvolvimento harmonioso da
criança tanto a nível físico como psicológico, ajudando assim, a estabelecer um forte
vínculo afectivo entre mãe e filho e a construir uma boa estrutura física e mental (Franco &
Reinolds, 2002).
No contacto com as mães que amamentavam, durante o exercício da minha
actividade profissional no serviço de urgência e em diálogo com enfermeiras especialistas
de saúde infantil e pediatria, verifiquei que apesar de falarmos muito da importância do
aleitamento materno, ainda há muitas mães que abandonam precocemente o aleitamento
materno por terem presente alguns mitos ou por se confrontarem com dificuldades na
amamentação sem que antes tivessem a possibilidade de as solucionar.
Nesta perspectiva, justifica-se a sua realização porque, mesmo que comprovado e
reconhecida a importância do aleitamento materno, a prevalência do seu abandono
precocemente é elevada (Silva, Moura & Silva, 2007). Mais de metade das mulheres
abandonam a amamentação exclusiva ao fim de um mês, havendo diversos factores que
condicionam o aleitamento materno, factores associados à mãe, à criança, ao pai da
criança, aos serviços/profissionais de saúde e de natureza sócio-economico-cultural.
Como futura enfermeira especialista de saúde infantil e pediatria dos Cuidados de
Saúde Primários, pretendo desenvolver competências na promoção da amamentação junto
das grávidas e das mães, por ser uma área que me cativa e que muito contribuirá para
promover um desenvolvimento harmonioso da criança, um melhor estado de saúde da mãe
e uma relação mãe/pai/filho mais eficaz.
De modo a atingir o objectivo a que me propus, o projecto será dividido em quatro
capítulos, em que no primeiro irei fazer a contextualização teórica do problema, onde serão
abordados os conceitos sobre a amamentação e o papel do enfermeiro especialista de saúde
infantil e pediatria na referida área. No segundo capítulo será definido o problema que
justifica a realização do referido projecto, os benefícios que este traz para os intervenientes
no processo da amamentação, assim como os prejuízos que ocorrem pela sua não
existência. O terceiro capítulo fará referência aos objectivos do projecto e por último as
estratégias para atingir os objectivos delineados.
A elaboração do projecto terá como estratégias a revisão de literatura sobre
amamentação, os factores de abandono do aleitamento materno, os seus benefícios para os
intervenientes, as estratégias para apoiar a grávida e a mãe a amamentar, bem como do
papel do enfermeiro especialista. Farei pesquisa em livros, revistas e nas bases de dados
Google, Sapo, Ebscohost e Scielo.

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1 – CO TEXTUALIZAÇÃO

A amamentação é um acto único, em que a mãe alimenta o filho com o seu leite, do
qual advém benefícios para a díade. Para que ocorra, ambos os intervenientes têm que
adequar os seus comportamentos de forma favorável á amamentação. Segundo Santos &
Sapage (2005) a “atitude positiva e o equilíbrio emocional da mãe são fundamentais, bem
como uma pega correcta no seio, por parte do recém-nascido” (p.30).
O enfermeiro assume um papel essencial em todo este processo por fazer um
acompanhamento nas primeiras amamentações, com a perspectiva de diminuir o stress e
promover um ambiente calmo, ouvir e esclarecer dúvidas.
Segundo Whaley&Wong (1999), “o leite materno constitui a forma mais perfeita de
nutrição para o recém-nascido” (p.141). Para além de sua qualidade, o aleitamento materno
permite o estreito relacionamento mãe-filho. Desde o nascimento, o que o bebé come
contribui para definir a sua vida adulta, pelo que uma boa nutrição, nos primeiros tempos
de vida depende da mãe.
Os referidos autores mencionam que o bebé, ao ser alimentado muito próximo à
pele da mãe pode ouvir o ritmo do seu coração, sente o calor do seu corpo e sente
segurança. Deste modo, a mãe sente que há uma estreita união com o seu filho e tem uma
sensação de satisfação e realização quando a criança suga o seu leite.
O leite materno confere à criança importantes vantagens fisiológicas por conter
anticorpos contra algumas doenças, como a asma e a obesidade. Tem um valor nutritivo
equilibrado e fornece a quantidade perfeita de proteínas, hidratos de carbono, gorduras,
vitaminas e ferro para ajudar no crescimento do bebé. Também se altera para ir ao encontro das
diferentes necessidades do bebé à medida que este vai crescendo. A incidência de doença
respiratória e gastrointestinal aumenta quando a criança é alimentada com leite materno
durante pouco tempo, no primeiro ano de vida.
Segundo Kindzerski (2008) “o aleitamento materno é a forma ideal de alimentar a
criança pequena” e quanto mais a criança mama mais leite a mãe produz. Este é de fácil
digestão e o mais completo alimento até ao sexto mês de vida do bebé.
A Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, enfermeira Maria Augusta Sousa, defende
que as instituições e os profissionais de saúde devem, promover bons hábitos alimentares
da criança. Devem ser os primeiros a incentivar e facilitar o aleitamento materno,
fornecendo aconselhamento objectivo e consistente às mães e familiares sobre as
vantagens e superioridade da amamentação, bem como a melhor forma de o fazer e manter.
Almeida (2003) propõe que sejam adoptadas novas estratégias, sendo impreterível
definir normas de intervenção de apoio às mães com maior risco de abandono, tendo como
princípio que a amamentação é um acto que precisa de ser aprendido pela mulher e
apoiado pela sociedade. Assim, o enfermeiro deve adoptar uma atitude de apoio e
informação constantes, não as obrigando a amamentar nem a fazê-las sentirem-se culpadas.
A intervenção do enfermeiro deve ser o mais precoce possível, principalmente nos
primeiros três dias, e até às três semanas, em que a mãe tem colostro e pensa que este não é
suficiente para o filho. Por outro lado é nesta fase em que ocorrem as dificuldades com as
mamas, como mamas engurgitadas e mastites, e em colocar o bebé à mama.
Para Figueira & Podence (2007), os enfermeiros devem ter presente a importância
da amamentação, por esta proporcionar nutrição de alta qualidade, melhorar o
desenvolvimento somático e imunológico do bebé. Contribui também para o
desenvolvimento psicológico por haver um grande contacto íntimo entre mãe-filho,
contribuindo para o desenvolvimento afecto-emocional da criança.
A decisão de amamentar é influenciada por diversos factores, sobretudo factores
pessoais, culturais, sociais e ambientais, em que os conhecimentos e atitudes da mãe, bem
como o apoio do pai da criança são determinantes para a amamentação do filho (Kong &
Lee, 2004).
Segundo Whaley&Wong (1999) o sucesso da amamentação depende mais do
desejo da mãe de amamentar do que qualquer outro factor, pelo que é importante intervir
no período pré-natal de modo a motivar a grávida a alimentar o seu filho e após o
nascimento favorecer as oportunidades de sucesso e de satisfação.
Algumas mães, por falta de informação e de apoio interpretam o choro do filho
como fome e que o seu leite é insuficiente para saciar a criança, optando por abandonar o
aleitamento materno.
De realçar que, apesar dos avanços científicos, o aleitamento materno continua a ser
o mais capaz de responder adequadamente a todas as necessidades da criança, bem como
de a proteger das agressões do meio ambiente, como refere Alves & Almeida,
referenciados por Franco & Reinolds (2002).
Para garantir o direito que a criança tem ao aleitamento materno é impreterível que
os enfermeiros especialistas de saúde infantil e pediatria ajudem a mãe a adaptar-se à

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amamentação. Esta passa por informar, apoiar e ajudar a mãe a ultrapassar as dificuldades
com que se depara durante o processo de aleitamento materno.
A Classificação Internacional Para a Prática de Enfermagem (CIPE), define
adaptação como o “processo de coping com as características específicas: disposição para
gerir novas situações e desafios” (p.81). Nesta perspectiva, cabe ao enfermeiro capacitar a
mãe para encontrar as suas estratégias de coping, de modo a viver o momento de
amamentação com prazer e com amor.
Segundo a referida classificação, coping é a
atitude com as características especificas: disposição para gerir o stress que desafia os
recursos que cada individuo tem para satisfazer as exigências da vida e padrões da papel
autoprotectores que o defendem contra ameaças, percebidas como ameaçadoras da auto-
estima positiva; acompanhada por um sentimento de controlo, diminuição do stress,
verbalização da aceitação, aumento do conforto psicológico (p.80).

O enfermeiro tem um papel imprescindível na promoção, apoio e formação, através


do acompanhamento pré-natal e durante o puerpério. Através do conhecimento sobre os
motivos que possam contribuir para o abandono do aleitamento materno precoce, podemos
actuar no sentido de prevenir esses factores de forma mais direccionada, logo mais eficaz
(Escobar et al, 2002).
O enfermeiro, no desempenho das suas funções, deve deter conhecimento dos
factores que levam ao abandono do aleitamento materno para que possa aconselhar,
esclarecer e apoiar as mães no período em que elas precisam decidir sobre a alimentação
do seu filho e no decorrer da mesma. Assim, a compreensão das emoções relacionadas com
o processo de amamentação, vivenciadas pela mulher, permite ao enfermeiro ajudar a
mesma, na solução de seus problemas, visando a garantia do direito da criança de acesso
ao leite materno (Alves et al, sd).
A partir dos estudos, apurámos que há diversos factores que condicionam o
aleitamento materno, relacionados com factores associados à mãe, à criança, ao pai da
criança e aos serviços/profissionais de saúde.
Os profissionais de saúde valorizam o aspecto biológico da amamentação, em
detrimento de questões pessoais da mulher, tais como as vivências anteriores e as emoções
positivas ou negativas em relação ao acto de amamentar, que podem ser factores de risco
para o abandono precoce do aleitamento materno (Faleiros, Trezza &Caranbina, 2006).
Alguns dos estudos referem que a informação pré-natal sobre a amamentação e o
apoio dado durante o puerpério são essenciais para reduzir o abandono do aleitamento
materno.

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Nos estudos realizados por Caramés et al (1999), Pereira (1999), Coito & Carlos
(2004), Vieira et al (2004) e Vasconcelos, Lira & Lima (2006), verificou-se que as mães
que referiram ter recebido informação durante a gravidez e terem sentido apoio por parte
dos profissionais de saúde, amamentaram durante mais tempo, sendo este um período ideal
para orientar e incentivar as grávidas a amamentarem.
A intervenção pré-natal é determinante para o sucesso da amamentação. Em
estudos realizados por Gomes-Pedro (1999), este refere que as mães que tinham
informação pré-natal amamentavam durante mais tempo os seus filhos do que as que não
tinham. O referido autor é da opinião que “a consulta pré-natal, poderá ser também o
contacto precoce mãe-filho e tantas outras intervenções que induzirão os efeitos decisivos
da vida da díade” (p.145).
As mães que são acompanhadas pelos profissionais de saúde, sentem-se mais
seguras e confiantes para amamentarem. Cabe a estes avaliar o contexto em que a puérpera
está inserida de modo a adequar o apoio que ela necessita, assim como assistir nas suas
dúvidas e dificuldades. Saber ouvir, esclarecer as dúvidas e as entender faz parte do papel
do profissional de saúde, principalmente dos enfermeiros especialistas de saúde infantil e
pediatria, para que assim torne a amamentação um acto de prazer e não de angústia para a
mãe (Pereira, 1999; Faleiros, Trezza & Caranbina, 2006).
Em alguns estudos analisados, verificámos que ter baixo nível de instrução leva ao
abandono do aleitamento materno mais precocemente (Franco & Reinolds, 2002; Faleiros,
Trezza & Caranbina, 2006; França et al, 2007), noutros é um factor que promove o
aleitamento materno durante mais tempo (Escobar et al, 2002).
A grávida, ao frequentar as consultas de vigilância vai adquirindo informação sobre
a amamentação, capacitando-a para a tomada de decisão no que se refere à amamentação,
correndo menor risco de abandonar o aleitamento materno (Pereira, 1999; Kong & Lee,
2004).
Os conhecimentos e atitudes da mãe acerca da amamentação e das vantagens do
leite materno influenciam a adesão ou abandono do aleitamento materno e a sua duração.
Na sua maioria, referem que se tivessem mais conhecimentos sobre a amamentação teriam
escolhido este método (Escobar et al, 2002; Franco & Reinolds, 2002; Kong, 2004).
Muitos dos conhecimentos são adquiridos através dos profissionais de saúde,
nomeadamente os enfermeiros (Franco & Reinolds, 2002).
O stress, a sobrecarga de trabalho e a angústia estão relacionados com a diminuição
da produção de leite materno, pois o estado emocional da puérpera interfere na acção da
prolactina e ocitocina, contudo quando eliminados os factores de stress a puérpera tem

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capacidade para produzir leite suficiente para um bom desenvolvimento do filho (Ramos &
Almeida, 2003). Os bebés que são alimentados com leite materno lidam melhor com o
stress na vida futura.
A “ambiguidade entre o querer/poder amamentar e o fardo/desejo” de o fazer,
podem ser sinais de alerta para quem está mais próximo da puérpera (Ramos & Almeida,
2003). Muitas das vezes, estas sentem falta de orientação e de apoio, por parte da família e
dos profissionais de saúde, que leva a um sofrimento físico, que é referenciado com
expressões como ter “problemas com as mamas”, “mastite”, “ingurgitamento mamário”,
“meu peito não aguenta” (Bourgoin et al, 1998; Caramés et al, 1999; Franco & Reinolds,
2002, Ramos, & Almeida, 2003).
A puérpera, devido aos diversos papeis que tem que assumir, o pouco tempo que
tem para si e por vezes a falta de apoio, vivencia momentos de “fadiga” e sente “fraqueza”,
levando-a a desistir mais precocemente de amamentar, pois o que deveria ser tido como
um momento de prazer, é mais uma sobrecarga (Bourgoin et al, 1998; Franco & Reinolds,
2002).
O “regresso da mãe ao trabalho” e a “necessidade de trabalhar fora” são sentidos
pela puérpera como factores dificultadores ou mesmo impeditivos da amamentação,
podendo ser motivo de angústia e preocupação, sendo tais sentimentos inibidores da
produção de leite materno (Bourgoin et al, 1998; Pereira, 1999; Franco & Reinolds, 2002;
Ramos & Almeida, 2003; Vieira. et al, 2004).
Nesta perspectiva, é impreterível envolver o pai no processo de aleitamento
materno, pois a atitude positiva em relação à amamentação, exerce um maior efeito de
motivação e capacidade da mãe para amamentar. Por outro lado, quando o pai da criança é
mais favorável ao leite artificial e argumenta que a amamentação é desvantajosa para as
mamas e para relação sexual do casal, a puérpera abandona o aleitamento materno mais
precocemente (Faleiros, Trezza & Caranbina, 2006).
A mãe quando introduz na boca do bebé os seus mamilos está a estimular o reflexo
de sucção indispensável ao desencadeamento de uma serie de mecanismos que geram, em
última estância, comportamentos vinculadores (Gomes-Pedro, 1999).
Nesta perspectiva é importante intervir precocemente, inicialmente a nível da
família, mas centrada no bebé, de modo a compreenderem o quanto é importante a
amamentação para o desenvolvimento do filho.
O autor supra-citado refere que a intervenção deve basear-se no desenvolvimento
de uma terapêutica relacional de apoio estabelecida entre profissionais e os pais, a iniciar-
se no período peri-natal. Deste modo os pais demonstram uma maior disponibilidade e

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prazer parental, um desejo de partilha de comportamentos que levam ao envolvimento e
descobertas, cada vez mais profundas, os quais, em termos de “cognição e de afecto,
implicam ainda uma espiral de crescimento de competência e adaptação, dentro da família”
(p.146), como refere Gomes-Pedro (1999).
Como referem Ramos & Almeida (20039, deve ser considerada a “amamentação
como um ato que precisa ser aprendido pela mulher e protegido pela sociedade”, pelo que
cabe ao enfermeiro especialista em saúde infantil e de pediatria ensinar e apoiar a mãe a
adaptar-se à amamentação.
Segundo a Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, enfermeira Maria Augusta
Sousa, os enfermeiros devem “ser os primeiros a incentivar e facilitar o aleitamento
materno, fornecendo aconselhamento objectivo e consistente às mães e familiares sobre as
vantagens e superioridade da amamentação bem como a melhor forma de o fazer e
manter”. Promover o aleitamento materno é contribuir para ganhos em saúde uma vez que
beneficia a criança, a mãe e a família.
O enfermeiro especialista de saúde infantil e pediatria é responsável pela promoção
do desenvolvimento harmonioso da criança, bem como pela capacitação dos pais para
prestarem os cuidados mais adequados ao seu filho, de modo a promover um
desenvolvimento harmonioso a nível físico, cognitivo e social. Assim, este deve garantir o
direito da criança em ser amamentada, promovendo e apoiando a mãe a adaptar-se à
amamentação.

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2 – PROBLEMA / JUSTIFICAÇÃO

Dada a natureza do projecto, tendo como base uma metodologia centrada na


resolução de problemas é impreterível fazer o diagnóstico da situação. Este é, segundo
Fernandes (1999), o “conhecimento, caracterização e análise de uma realidade,
constituindo um pré-requisito indispensável ao prosseguimento das etapas seguintes”
(p.235).
Para Aguilar (1997) é impreterível apresentar os critérios e as razões que justificam
a realização do projecto, bem como a prioridade do problema para o qual se procura
solução e a justificação de que o que é proposto é o mais adequado para resolver esse
problema.
No decurso do meu exercício profissional e em diálogo com enfermeiras
especialistas em saúde infantil e pediátrica constatei que haviam dificuldades de adaptação
da mãe à amamentação que levavam ao abandono precoce do aleitamento materno. Há
muita informação nesta área no entanto as mães abandonam o aleitamento materno
precocemente, privando a criança dos benefícios que o leite materno traz para o seu
desenvolvimento.
É preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que as puérperas
amamentem até aos seis meses de idade (Ramos & Almeida, 2003), no entanto, deparamo-
nos com outra realidade pelo que é importante mudar as estratégias para promover o
aleitamento materno.
Na Madeira, as taxas de aleitamento materno e à semelhança do resto do país estão
muito abaixo do desejado. Dos dados existentes, verificamos que em 2006, ao um mês,
apenas 60.2% das crianças eram alimentadas com leite materno exclusivo, aos 3 meses,
36,1% com leite materno exclusivo e aos 6 meses, 17% leite materno em
complementaridade com a diversificação alimentar, constituindo um problema de saúde
pública actual, pois está muito distante do que é desejado.
Deste modo, é impreterível definir novas estratégias para promover, proteger e
apoiar o aleitamento materno.
As mães, quando não apoiadas, abandonam precocemente o aleitamento materno,
no entanto, na perspectiva biológica, toda a mulher é capaz de produzir leite, em
quantidade e qualidade adequadas ao desenvolvimento harmonioso do seu filho. Em
estudos consultados, verificámos que a maioria das puérperas iniciam o aleitamento
materno, no entanto não conseguem fazê-lo durante o período que é preconizado pela OMS
(Ramos & Almeida, 2003).
Quando se deparam com as diversas dificuldades e com a falta de apoio, as mães,
acabam por abandonar a amamentação (Escobar et al, 2002; Franco & Reinolds, 2002,
Vieira et al, 2004).
A suspensão do aleitamento materno é, na maioria das vezes, por iniciativa da
puérpera sendo uma minoria que suspende por orientação médica (Escobar et al, 2002).
Por vezes a amamentação é vista como um fardo para a mulher devido aos
múltiplos papéis desempenhados por esta, pela falta de apoio, pelo sentimento de perda de
liberdade, que todos reunidos lhe causam fadiga e sofrimento (Ramos & Almeida, 2003).
No entanto, o trabalho materno, por si só não é impeditivo da mãe amamentar, só o sendo
quando não há condições favoráveis que a permitam continuar, como por exemplo não
respeitarem a licença de maternidade e o horário reduzido enquanto amamenta, assim
como a falta de apoio nas instituições e condições ambientais para extrair o leite que
depois pode ser dado à criança (Faleiros, Trezza & Caranbina, 2006).
A experiência da amamentação, quando vivenciada pela primeira vez e não tendo
apoio do pai da criança, da família e dos profissionais de saúde, a mãe fica mais
vulnerável, levando-a a abandonar precocemente o aleitamento materno (Vieira et al,
2004; Faleiros, Trezza & Caranbina, 2006; França et al, 2007). Muitas referem que a
“falta de experiencia” é um entrave ao sucesso da amamentação (Ramos & Almeida,
2003). No entanto, se a puérpera for multípara, já detém, na sua maioria, experiência
anterior, levando-a a estar mais motivada e mais segura para amamentar o filho (Franco &
Reinolds, 2002).
Para a mãe, dar de mamar é uma acto de amor, no entanto quando esta se depara
com dificuldades em consegui-lo, por o filho não estar a aumentar de peso ou ter
dificuldade em pegar na mama, é visto por esta como sinais da sua incapacidade para
alimentar o seu filho, lhes causando, algumas das vezes sentimentos de culpa e frustração.
O abandono do aleitamento materno é maior durante o primeiro mês por ser a fase
em que a mãe está a adaptar-se à amamentação e quando surgem mais complicações
relacionadas com as mamas, como por exemplo obstrução dos ductos. A sua complexidade
é maior e mais difícil de solucionar quando as mães não estão despertas para procurar
antecipadamente ajuda, sendo um dos motivos para o abandono da amamentação precoce.

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Nesta perspectiva, Ramos & Almeida (2003) defendem que a falta de orientação,
de apoio e de “insensibilidade do profissional de saúde face à dor”, acarreta um sofrimento
físico que poderia ser evitado através de medidas preventivas e curativas.
Como referem Marinho & Leal (2004), o início e manutenção do aleitamento
materno estão relacionados com factores físicos, psicológicos e sociais, sendo reconhecida
a influência positiva dos profissionais de saúde neste processo.
Segundo os referidos autores, para que seja possível alcançar as recomendações da
OMS, em que se preconiza que “todas as mulheres devem ter oportunidade de alimentar os
seus filhos, exclusivamente com leite materno durante os primeiros 4-6 meses e como
complemento até pelo menos ao final do primeiro ano de vida” (p.94), é importante o
envolvimento de todos os profissionais de saúde, nomeadamente os especialistas de saúde
infantil e pediatria, por serem os que estão mais próximo das mães e das crianças.
A OMS e a UNICEF, fizeram uma declaração conjunta, a “Declaração de
Innocenti” em 1990, em que reconhecem que
o aleitamento materno constitui um processo único e uma actividade que, mesmo
considerada isoladamente, é capaz de reduzir a morbilidade e a mortalidade infantil ao
diminuir a incidência de doenças infecciosas, proporcionar nutrição de alta qualidade
para a criança, contribuindo para o seu crescimento e desenvolvimento, contribuir para a
saúde da mulher reduzindo o risco de certos tipos de cancro e de anemia e aumentando o
espaçamento entre os partos, proporcionar benefícios económicos para a família e para o
país e quando bem adoptado, proporcionar satisfação à maioria das mulheres (p.94).

A transmissão de conhecimentos sobre a amamentação era feito de mães para


filhas, no entanto, nas sociedades de hoje esse papel cabe aos profissionais de saúde,
nomeadamente aos enfermeiros, por serem os elementos que estão mais próximos dos
utentes, pelo que a atitude que estes têm perante a amamentação exerce uma grande
influência no sucesso da amamentação.
O conhecimento, por parte dos enfermeiros, dos “Dez passos para o sucesso do
aleitamento materno”, preconizados também pela OMS e UNICEF, vai os motivar para
investir nesta área.
Assim, uma das formas dos enfermeiros apoiarem a mãe a amamentar é
enquadrando o aleitamento materno na realidade individual de cada mãe e bebé, em que
todo este “processo deve ser visto a partir da mulher e, os profissionais de saúde, devem
olhá-lo a partir dos olhos maternos, das suas emoções, crenças, dificuldades e desejos, para
que possam actuar e ajudá-la na decisão, compreendendo que normas e disciplinas rígidas
não condizem com um relacionamento a dois” (Marinho & Leal, 2004).
O leite materno é o melhor alimento a oferecer ao bebé por assegurar os nutrientes
essenciais ao crescimento e desenvolvimento nos primeiros meses de vida. Este está
adaptado à espécie humana, proporciona melhor absorção e digestão, dá protecção anti
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infecciosa, estimula o sistema imunológico, diminui a incidência de doenças na vida adulta
como a obesidade, hipertensão arterial e aterosclerose. Previne e/ou diminui a incidências
de outras patologias como a asma, sinusite, eczema, gastroenterites e de infecções
respiratórias e do ouvido.
Gomes-Pedro (1999) é da opinião que a “avaliação do comportamento materno e
infantil durante o período de amamentação revela a fabulosa emissão de comportamento
afectuoso por parte da mãe, enquanto dá de mamar” (p.50), pelo que este deve ser
promovido pelos profissionais.
O referido autor menciona que deveria ser feita educação para a saúde tendo por
base a regra do AEIOU da amamentação:
- A – aleitamento completo;
- E – Espaceia nascimentos;
- I – Imuniza;
- O – Organiza a vinculação;
- U – útil e barato.
Vieira et al (2004) referem que, pela análise dos estudos realizados se verificou que
as crianças que foram amamentadas desenvolveram maiores índices de QI (coeficiente de
Inteligência) pelo facto de estar presente no leite humano nutrientes vitais para o
desenvolvimento do cérebro do recém-nascido. O crescimento da criança poderá ser
determinante para o abandono do aleitamento materno, quando a mãe relaciona o baixo
peso e o facto da criança chorar, à sua incapacidade de produzir leite em qualidade e
quantidade adequado ao desenvolvimento do seu filho (Ramos & Almeida, 2003).
O aleitamento materno, também traz inúmeros benefícios para a mãe, como facilitar
a involução uterina e diminuir a hemorragia no pós-parto, previne o cancro da mama e do
ovário e pode ajudar a aumentar o intervalo das gestações.
A mãe que amamenta, está a ter um acto de amor para com o seu filho e este sente-
o como tal. Deste modo, há uma troca de afectos durante o aleitamento materno entre mãe
e filho, em que a díade sente-se mais segura e confiante, proporcionado relaxamento e
bem-estar a ambos. Isto vai de encontro ao defendido por Ramos & Almeida (2003),
quando referem que a amamentação é vista pela mulher como promotora de “bem-estar e
saúde da criança” e como um acto de prova de amor que a mãe pode dar a um filho.
Perante a tomada de decisão de não amamentar ou de abandonar tal acto, é feita de
uma forma complexa e perante sentimentos de culpa. Ainda de acordo com os mesmos
autores, os serviços/profissionais de saúde tentam modular o comportamento da mulher a

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favor da amamentação, responsabilizando-a pela saúde do filho, no entanto, tais incentivos
podem provocar na mulher sentimentos de culpa perante o seu fracasso.
Carrascoza et al (2005) referem que “o desmame pode ser encarado como uma
experiencia de separação, afastamento e até abandono”, podendo ser mais doloroso para a
mãe do que para a criança.
Vários estudos sobre a amamentação valorizam o papel do pai da criança no
processo de amamentação, podendo este ser promotor do sucesso da amamentação, ou pelo
contrário, ser um factor desencadeante do abandono do aleitamento materno precoce.
Nesta perspectiva, Pereira (1999) e Coito, Marques & Carlos (2004), são da opinião
que o pai deve ser incentivado a participar na preparação para o aleitamento materno, pois
este é um apoio imprescindível para prevenir o abandono do aleitamento materno precoce.
As adolescentes, por não terem o apoio do pai da criança são as que abandonam mais
precocemente o aleitamento materno.
O leite materno traz benefícios também para a família por melhorar a qualidade de
vida das crianças e de toda a família, por este estar sempre disponível e ser mais
económico. Segundo Carrascoza et al (2005) referem que a amamentação “constitui uma
condição potencial de economia para a família e para o estado”, que pode reduzir os custos
com a aquisição de leite artificial para satisfazer as necessidades decorrentes da prática do
desmame precoce.
Segundo Gomes-Pedro (1999), os factores determinantes para o sucesso da
amamentação por vezes têm mecanismos reguladores que contêm um limiar de adaptação
extremamente sensível, como por exemplo a sucção logo após o nascimento. Esta é
decisiva para a produção adequada das hormonas de prolactina e occitocina que vão
determinar a produção de leite materno. Deste modo aliam-se a parte biológica com a
psicológica contribuindo assim para o vínculo afectivo da díade.
O autor supra citado refere ainda que a evolução das relações se organiza numa
sequência de induções e retroacções a partir dos primeiros contactos, pelo que intervir
precocemente é impreterível para que haja sucesso da amamentação, motivando para a
vinculação mãe-filho.
A motivação para a amamentação tem que ocorrer durante a gravidez para que esta
ocorra com maior probabilidade de sucesso durante mais tempo. A mãe quando priva o
filho do leite materno, está a expô-lo a um maior risco de contrair algumas patologias tanto
em criança como em adulto, como as infecções respiratórias e a obesidade. Por outro lado
o desenvolvimento do bebé poderá não ocorrer de um forma harmoniosa porque o leite

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materno, para além de contribuir para um bom desenvolvimento físico a nível psicológico
e social a criança desfruta de um desenvolvimento mais harmonioso.
Mãe e filho partilham momentos únicos de relação quando ocorre a amamentação o
que contribui para um fortalecimento do vínculo da díade. A não existência de tais
momentos deixa a relação mãe-filho menos fortalecida, para além de haver um menor
desenvolvimento a nível cognitivo e social. Durante o acto de ser amamentado o bebé
aprende a estar com o outro, neste caso com a mãe e a estabelecer uma relação com esta.
A mãe que tem dificuldade em adaptar-se à amamentação e a abandona
precocemente está mais susceptível de vir a ter algumas patologias, como o cancro da
mama. Por outro lado, ficam privadas de viverem momentos, que são descritos por
algumas mães como únicos nas suas vidas, como é o acto de amamentar.
A Ordem dos Enfermeiros defende que “toda a mulher que decide amamentar
necessita de aprendizagem, orientação e apoio para ultrapassar as dificuldades iniciais e
não desistir”. Nesta perspectiva, cabe aos profissionais de saúde, nomeadamente os
enfermeiros especialistas de saúde infantil e pediatria, investir nesta área, por serem os
elemento que estão mais próximos da mãe e da criança, e por ser da sua competência
promover o melhor desenvolvimento possível das crianças e de capacitar as famílias para
cuidarem o melhor possível das suas crianças.

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3 – OBJECTIVOS

A elaboração do presente projecto nasce do surgimento de algumas questões às


quais pretendo dar resposta com a concretização dos objectivos que irei traçar. Segundo
Fernandes (1999), para definir os objectivos, temos que determinar onde queremos chegar
e que resultados pretendemos obter. Assim, ao confrontar-me com as dificuldades com que
se deparam as mães para prolongar a amamentação surge as seguintes questões:
- Como promover o aleitamento materno junto das grávidas e das mães?
- Que estratégias utilizar para apoiar a mãe na adaptação à amamentação?
Deste modo delineei como objectivos:
1 - Aprofundar conhecimentos sobre estratégias de apoio à mãe no período de
amamentação, por ser uma área com que irei trabalhar no meu exercício profissional e no
qual pretendo desenvolver competências. Por outro lado, ainda há muito a fazer para que
seja atingido o preconizado pela OMS, de prolongar a amamentação até aos seis meses, e
como futura especialista de saúde infantil e pediatria tenho um papel preponderante na
promoção do aleitamento materno junto das mães, dos pais e dos profissionais de saúde. A
minha intervenção na referida área será determinante para promover o desenvolvimento
harmonioso da criança e o bem-estar de todos os elementos da família.

2 - Conhecer estruturas onde existe o “O cantinho da amamentação” e as


enfermeiras conselheiras promovem o aleitamento materno, permitindo um maior
enriquecimento na promoção do aleitamento materno e das estratégias utilizadas para
apoiar as mães nesta fase da sua vida.

3 - Elaborar estratégias de apoio à mãe para prolongar o aleitamento materno ao


filho, de modo a ser capaz de pôr em prática os conhecimentos obtidos através da revisão
de literatura e das observações realizadas em estruturas onde promovem o aleitamento
materno. A concretização deste objectivo visa também capacitar-me para dar resposta às
necessidades das mães durante o aleitamento materno, quando desempenhar funções de
especialista de saúde infantil e pediatria.
4 - ESTRATÉGIAS

A concretização de um projecto deriva da ocorrência de um conjunto de acções que


visam atingir os objectivos definidos. Segundo Fernandes (1999), a consecução dos
objectivos passa pela definição de actividades, de selecção e organização de meios e
estratégias. De acordo com os objectivos delineados passo a apresentar as estratégias a
utilizar.
Para a concretização do objectivo aprofundar conhecimentos sobre estratégias de
apoio à mãe no período de amamentação, delineei como estratégias:
- Pesquisa bibliográfica sobre amamentação:
• Benefícios do aleitamento materno para a criança, mãe, pai e
família;
• Os prejuízos do abandono precoce do aleitamento materno;
• Factores associados ao abandono do aleitamento materno;
• Estratégias para promoção do aleitamento materno;
• Papel do enfermeiro especialista na promoção do aleitamento
materno.
Para conhecer estruturas onde existe o “O cantinho da amamentação” e as
enfermeiras conselheiras promovem o aleitamento materno, planeei as seguintes
actividades:
- Observar estruturas onde existe “o cantinho da amamentação”. Observar o papel
do enfermeiro na promoção do aleitamento materno e na adaptação da mãe à
amamentação
• Um dia de observação no “Cantinho da amamentação” da
Maternidade Alfredo da Costa, realizado em Novembro de 2008.
• Um dia de observação no “Cantinho de amamentação” do Hospital
Garcia de Horta, a realizar em Janeiro de 2009.
• Entrevistar à fundadora do “Cantinho da amamentação” Maternidade
Alfredo da Costa, enfermeira Esmeralda Pereira, realizado em
Novembro de 2008.
• Entrevistar à fundadora do “Cantinho da amamentação do Hospital
Garcia da Horta, a realizar em Janeiro de 2009.
Para Elaborar estratégias de apoio à mãe para prolongar o aleitamento materno
ao filho, defini como estratégias:
- Realizar prática clínica:
• Num centro de saúde onde há um elevado número de nascimentos;
• Participar nas consultas de saúde materna às grávidas que estão no
terceiro trimestre de gravidez;
• Fazer formação às grávidas que estão no terceiro trimestre de
gravidez sobre a amamentação;
• Participar nas consultas de saúde infantil ao RN e ao bebé que é
amamentado;
• Fazer visita domiciliária à grávida, no final do terceiro trimestre de
gravidez e às mães nos primeiros quinze dias de vida do bebé;
• Fazer Poster para afixar no centro de saúde intitulado:
Amamentação;
• Fazer Poster para afixar no centro de saúde intitulado: Os dez passos
para o sucesso da amamentação.

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5 – BIBLIOGRAFIA

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