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RESUMO
O leite materno é o alimento modelo e indispensável para o recém-nascido,
composto de 50% de teor calórico, ácidos graxos poli-insaturados, vitamina A, E, C,
eletrólitos como o sódio e transfere anticorpos para o bebê, o leite materno fortalece
as defesas e deixa a criança mais inteligente. O presente estudo teve como objetivo
descrever a importância do aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses
de vida. Foi realizada revisão bibliográfica em estudos publicados de 2007 a 2013,
por intermédio de dados observados, registrados, classificados e interpretados.
Apesar dos incentivos ao aleitamento materno exclusivo, ainda existem inúmeros
entraves, as mães precisam ter o conhecimento que as crianças amamentadas
exclusivamente têm menor índice de doenças respiratórias, digestivas, e que o
aleitamento materno representa um protetor natural.
INTRODUÇÃO
O leite materno é o alimento que o bebe recebe através da sucção da mama materna,
composto de 50% de teor calórico, ácidos graxos poli-insaturados, vitamina A, E, C e
traz diversos benefícios, favorece o sistema imunológico, protege o recém-nascido de
doenças digestórias, respiratórias e alergias, diminui casos de mortalidade infantil
por pneumonia e diarreia diminui a incidência de câncer, bronquite asmática,
desnutrição e eczemas, permite o crescimento saudável do recém-nascido1-2. Além
de auxiliar no bom desenvolvimento dento facial, favorece uma oclusão dentária
normal, em consequência uma mastigação correta, com lábios bem vedados propicia
o estabelecimento da respiração nasal, contribui para uma boa fonoarticulação,
deglutição, e respiração.
Quanto mais a criança for amamentada mais proteção receberá contra diversas
doenças4. A amamentação pode ser responsável pela redução de 9,1% do coeficiente
de mortalidade infantil, conforme resultado de estudo realizado na Grande São
Paulo, em todo o mundo por um ano inteiro poderia ser evitado, 22% de mortes de
crianças de até 12 meses de idade.
O desmame precoce tem aumentado cada vez mais em nosso país devido a fatores
como volta ao trabalho, à ausência de garantias trabalhistas e medidas de
proteção10. Com a pretensão de aumentar o tempo de aleitamento materno, em
1990 foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela United Nations
Children's Fund (UNICEF) a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), que
consisti em dez medidas que promove o aleitamento materno (Dez passos para o
Sucesso do aleitamento materno) a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) foi
implantada no Brasil pela primeira vez em 1992, e ainda precisa muito ser ampliada
no pais7. Promover o suporte ao aleitamento materno é crucial para a saúde publica,
sabendo-se que as vantagens do aleitamento materno são indiscutíveis, haverá
maior eficácia no aleitamento materno exclusivo se a equipe multidisciplinar for
capacitada para reconhecer e solucionar as falhas na promoção da amamentação,
como mostrar a mãe que o processo da amamentação deve ser vivido de modo
saudável, em todos os níveis, biológicos, psíquicos e sensoriais, ajudando a mãe a
aumentar sua autoconfiança e auto – estima.
OBJETIVO
Descrever a importância do aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses
de vida
METODOLOGIA
O presente estudo foi realizado com base na pesquisa bibliográfica, por meio da
biblioteca virtual em saúde (BVS), nos índices de referência Literatura Latino
Americana (LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) no período de
2007 até 2013 utilizando os seguintes descritores (DESC): Aleitamento materno,
promoção a saúde, desmame. Sem a interferência direta do pesquisador ela foi feita,
por intermédio de dados observados, registrados, classificados e interpretados. A
revisão de literatura partiu em análise crítica das publicações em artigos científicos,
de mestrado e, ou doutorado. Nestes verifica-se os textos relacionados ao assunto a
ser estudado; como a abordagem e análise nos diferentes estudos e quais as
variáveis do assunto, objetivo de pesquisa do presente trabalho. Após selecionar 30
Artigos e 5 livros, foram escolhidos 23 artigos e 4 livros que oferecia subsidio sobre o
aleitamento materno.
DESENVOLVIMENTO
O leite materno é formado por diversos tipos de açucares, galactose frutose, lactose e
outros oligossacarídeos, a lactose além de facilitar a absorção de ferro e cálcio
produz promove a colonização intestinal com lactobacilos bífidos essências contra
micro-organismos nocivos, o colostro contém mais anticorpos e células brancas do
que o leite maduro, é laxativo e evita a icterícia neonatal devido a auxiliar na
liberação do mecônio.
Embora todas as mães possam amamentar muitas delas não sentem esse prazer,
acreditam ter o leite fraco, pouco leite ou até mesmo reclamam que os seios caem
com a amamentação (apesar de ser um fenômeno natural, nem sempre é aceito),
porém, biologicamente não existe leite fraco esses mitos fazem parte de uma
herança sociocultural 2. Outros motivos para que a mãe não amamente seu filho é
sua posição social, inserção no trabalho, informações inadequadas ou insuficientes
sobre aleitamento, rejeição pelo recém-nascido, introdução de chupeta, mamadeira,
falta de atenção devida e acompanhamento por parte dos profissionais de saúde e
em especial os familiares como pai e avós, que muitas vezes são indispensáveis para
a tomada da decisão de amamentar ou não, esse é um processo complexo, onde a
mulher pode tomar decisões que prejudica além da pratica do aleitamento materno,
a nutrição do recém-nascido e a ela mesma6, 12.
O baixo peso em recém-nascidos tem sido colocado como forte ponto para o
desmame precoce o recém-nascido de baixo peso ,principalmente abaixo de 32
semanas, não é capaz de produzir leite suficiente devido ao baixo poder de sucção,
além disso, permanece muitas vezes por longo tempo em unidades de terapia
intensiva neonatal dificultando a pratica de amamentação10. Nota-se também que a
criança que faz uso de chupeta, além de confundir os bicos, mama com menos
frequência o que prejudica a produção de leite, a chupeta é um fator determinante
para o desmame precoce, o uso da chupeta em hospitais aumenta o uso de
suplementos e dificulta o aleitamento materno exclusivo.
A amamentação exclusiva deixa a criança mais segura, cria um elo forte e influência
em seu desenvolvimento cognitivo emocional e com a sociedade, além de
considerado crucial para a promoção e a proteção da saúde da criança3,14. Muitos
bebês morrem no período neonatal todos os anos, e a maioria em países mais
pobres, quanto mais tarde à mãe nutriz iniciar a amamentação maior a chance de
mortalidade causada por infecções, esse quadro é reduzido em bebês que são
amamentados logo na primeira hora de vida, o efeito protetor do aleitamento
fornecido no colostro, deve estar associado a vários mecanismos, que impliquem a
colonização intestinal por bactérias específicas encontradas no leite materno e à
eficácia na produção de fatores imunológicos bioativos adequados para o recém-
nascido.
O leite materno muda sua fórmula durante a mamada, no princípio ele é rico em
vitaminas, lactose água, minerais, proteínas e de cor acinzentada, no final contém
mais gordura sendo rico em energia e mais claro 26. Amamentar é um ato de apego,
onde a mãe não apenas fornece o líquido ao recém-nascido, a troca de olhares, a fala
e o toque, esse conjunto estabelece uma relação de amor.
As diarreias podem ser responsáveis pela média de 35% a 86% das mortes infantis e
o aleitamento materno exclusivo pode ser responsável pela diminuição de 9,3% do
coeficiente de mortalidade infantil120. A orientação quanto à amamentação é
indispensável, porém deve-se frisar que não é uma tarefa fácil e que não depende
somente de conhecimento sobre técnica de amamentação envolve as questões
familiares, condições reais de vida e valores atribuídos pela mulher.
A OMS estima que 1,5 milhão de mortes poderiam ser evitadas por ano se o
aleitamento materno fosse praticado de forma correta, crianças amamentadas
adquirem 2,5 vezes menos doenças que as crianças não amamentadas, a
amamentação é uma intervenção simples e econômica e favorável aos níveis de
saúde infantil26. Nesse clima de dificuldades da amamentação o aconselhamento e
atenção dos profissionais de saúde são fundamentais, deve-se reforçar o manejo
clínico da lactação para isso é necessário a criação de programas específicos de
treinamento que auxiliem as mães a superar as dificuldades logo nas primeiras
semanas do puerpério onde as intercorrências são frequentes e as dúvidas inúmeras.
O profissional deve estar preparado para se dispor e prestar assistência eficaz que
com solidariedade respeite a história de cada mulher ajudando a superar seus
medos 17. A equipe de saúde pode promover o aleitamento através de ações como:
Orientar familiares e cônjuge, ou parceiro, explicar o posicionamento correto, apoiar
a amamentação, estar atento às primeiras mamadas auxiliando sempre que
necessário, oferecer informações sobre a amamentação escritas pós-alta, realizar e
auxiliar a mãe a manter a pega da aréola, frente a muitas dificuldades as mães
desistem de amamentar, auxílios como esses facilitam e promovem a amamentação
adequada e eficaz .
É preciso fazer uma revisão das normas e rotinas hospitalares, assim o uso ineficaz
de suplemento alimentar seria privado nos hospitais do Sistema Único de Saúde, e a
pratica do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade se tornaria uma
norma, como estabelecido pela Organização Mundial de Saúde, sendo coadjuvante
para a diminuição da morbimortalidade infantil.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Embora existam diversas práticas de incentivo ao aleitamento materno, e que apesar
das nutrizes terem o conhecimento sobre o período de amamentação exclusiva de
seis meses, ainda não é suficiente para a prática correta da amamentação. Mesmo
sendo um ato natural de apego, amor, satisfação e prazer, muitas mães acreditam
que seus bebês sentem fome e sede associadas a choro, pega e sucção ineficaz.
Com o uso de chupetas e mamadeiras o bebe desmama precocemente e a introdução
de deletérios é inevitável. Contudo as taxas de aleitamento materno exclusivo até os
seis meses e se estendendo com complemento até os dois anos de idade têm
aumentado ao longo dos anos. A criação de programas de incentivo ao aleitamento
materno, e a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), que embora ainda
necessite de muitos reajustes tem incentivado e auxiliado muito na prática do
aleitamento materno, e no aconselhamento da nutriz sobre a ampla proteção que
aleitamento natural trás ao recém-nascido.