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AMAMENTAÇÃO COM ENFOQUE NA SAÚDE DA MULHER

Cristiane Leite Oliveira 1


Flávia Tavares Vieira 2
Sâmia Cristina Soares Santiago 3
Suéllen Lopes Santos 4
Ana Carolina Moura5

Resumo:

Nos últimos anos, o tema amamentação tem sido alvo de pesquisas que enfocam a importância
dessa prática em benefício da criança, na promoção de sua saúde, na prevenção de doenças na
primeira infância e na diminuição da mortalidade infantil, especialmente nos países pobres ou
em desenvolvimento. Recentemente, alguns estudiosos têm reconhecido que a mulher que
amamenta também é beneficiada em sua saúde física, psicológica e emocional. Este artigo trata
de revisar, na literatura, quais são os benefícios da amamentação para a mãe, como eles afetam
sua saúde durante o período de aleitamento e quais são os efeitos também ao longo de sua vida.
Para realizar este trabalho, procedeu-se à análise do perfil sociocultural e econômico das mães e
ao estudo da influência do núcleo familiar e das orientações e estímulo dos profissionais da
saúde durante o pré-natal e puerpério. Sabe-se que alguns fatores podem interferir na decisão de
amamentar, mas estes podem ser trabalhados pelo profissional da enfermagem através de
orientações à mulher e seu companheiro sobre as vantagens da amamentação para a criança e
especialmente para a própria mãe. Conclui-se, portanto, que esse ato é fundamental para a
manutenção da saúde da mulher que amamenta, confirmando-se o menor risco de câncer de
mama e ovário, a rápida recuperação corporal, o método de planejamento familiar, o combate de
hemorragias e anemias, e risco reduzido de osteoporose aos 65 anos.

Palavras-chave: Amamentação. Benefícios. Saúde da mulher.

1
Acadêmica do Curso de Enfermagem, da Universidade Vale do Rio Doce
Email: crismilk162@hotmail.com
2
Acadêmica do Curso de Enfermagem, da Universidade Vale do Rio Doce
Email: tavares8019@hotmail.com
3
Acadêmica do Curso de Enfermagem, da Universidade Vale do Rio Doce
Email: samia130887@hotmail.com
4
Acadêmica do Curso de Enfermagem, da Universidade Vale do Rio Doce
Email: lopes.suellen@hotmail.com
5
Orientadora Professora Especialista do Curso de Enfermagem da Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE.
Email: ananerimoura@hotmail.com
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1 INTRODUÇÃO Organização Mundial de Saúde (OMS) e


através dos resultados de pesquisas que
Sabe-se que não é ampla a literatura apontam excelentes resultados para saúde das
sobre os benefícios da amamentação para a crianças, começou a ficar evidentes algumas
saúde da mulher, porém, recentemente o vantagens, de caráter preventivo, à saúde das
mundo científico começou a reconhecer que mulheres que amamentavam; estas desfrutavam
a mulher, mãe que amamenta, também é de uma condição que não era comum àquelas
beneficiada em sua saúde física, psicológica que não realizavam essa prática.
e emocional. Este trabalho buscou fazer uma O profissional de saúde deve estar
revisão da literatura sobre os benefícios da inserido no Sistema Único de Saúde e atuar em
amamentação para a saúde da mulher, seus nível central ou distrital, em equipes
efeitos ao longo de sua vida, bem como a interdisciplinares, no planejamento de políticas
influência recebida do seu núcleo familiar, as públicas saudáveis e no desenvolvimento de
orientações e estímulo dos profissionais da ações de vigilância da saúde da comunidade
saúde durante o pré-natal e puerpério e o que venham promover a prática da
perfil sócio-cultural e econômico das mães. amamentação. Neste contexto, o enfermeiro
Dessa forma, construiu-se uma base sólida de deve ser conhecedor dos benefícios do
evidências dos benefícios da amamentação aleitamento à saúde da mulher.
para a saúde da mãe, discutindo a As evidências científicas de que a
amamentação na prevenção de doenças na amamentação é a melhor forma de alimentar as
mulher. Muitos estudiosos, ao longo dos crianças pequenas, se acumulam a cada ano e
últimos anos, têm discutido sobre as as autoridades de saúde recomendam sua
vantagens do aleitamento materno para a implementação através de políticas e ações que
saúde, priorizando os benefícios para o previnam o desmame precoce. Contudo, não se
desenvolvimento dos recém-nascidos e reforça a importância desse ato para a saúde da
crianças maiores, como uma forma de mulher. Considerando a relevância e
prevenção da morbi-mortalidade infantil. abordagem do tema, a pesquisa propõe o
Contudo, não se reforça a importância desse levantamento bibliográfico sobre a visão de
ato para a saúde da mulher. alguns autores a respeito do assunto, a fim de
Com o aumento dos índices de atender aos objetivos propostos de conhecer as
aleitamento materno no mundo, segundo a
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contribuições da amamentação para a O ato de amamentar é a melhor opção


promoção da saúde da mulher. para qualidade de vida dos bebês e mães, tanto
Foi realizada uma busca ativa sobre na parte fisiológica, nutricional, quanto na
artigos publicados em bancos de dados como parte psicológica e afetiva. A amamentação
Scielo, Medline, Bireme e Google. Não foi desenvolve um vínculo afetivo, favorece a
feita a pesquisa por data devido à escassez saúde da mulher e aumenta o intervalo entre os
de artigos publicados mais recentes sobre o partos. O aleitamento ao seio é um ato
tema escolhido. As palavras-chaves ecológico, econômico e prático (BRUDER,
utilizadas foram amamentação, saúde da 2006). O aleitamento materno é sinônimo de
mulher, benefícios. A seleção dos artigos sobrevivência para o recém-nascido, portanto,
ocorreu em várias etapas, sendo primeira a um direito inato. É uma das maneiras mais
classificação do tema, seguida da leitura eficientes de atender aos aspectos nutricionais,
superficial e marcação de texto e, na terceira imunológicos e psicológicos da criança em seu
etapa, uma leitura minuciosa para elaboração primeiro ano de vida (ICHISATO; SHIMO,
de todo o trabalho realizado. 2001, 2002).
A importância em conhecer os Segundo Lana (2001), a amamentação
benefícios do aleitamento para a saúde da exclusiva até os seis meses de idade do bebê,
mãe é o principal motivo para incentivar por livre demanda, favorece a mãe, pelo fato
cada vez mais os estudos sobre esta prática, de auxiliar na retração uterina, reduzir o risco
para poder mostrar à população que o de hemorragia pós-parto, de câncer de mama e
aleitamento não é só uma fonte de nutrição e de ovário. Além disso, de acordo com Brasil
bem-estar para o bebê, mas sim, um (1996), a possibilidade de depressão pós-parto
importante “remédio” natural para a saúde é reduzida, a recuperação física demanda
da mãe; o prazer de amamentar gera à menos tempo e vem acompanhada de um bem-
satisfação de uma vida saudável sem risco estar maior, de uma melhora na saúde e
no pós-parto e no puerpério (ZERGER; nutrição e ocorre a promoção de um ambiente
GRAZZIOTIN, 2008). emocional mais calmo e tranquilo.
É uma prática natural e eficaz. Um ato
2 AMAMENTAÇÃO cujo sucesso depende de fatores históricos,
sociais, culturais, e psicológicos da puérpera e
do compromisso e conhecimento técnico-
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científico dos profissionais de saúde incentivo ao aleitamento. Afinal, na medida em


envolvidos na promoção, incentivo e apoio que se conhecem os motivos que possam
ao aleitamento materno. O profissional de contribuir com o desmame precoce, pode-se
saúde deve identificar durante o pré-natal os atuar melhor no sentido de prevenir esses
conhecimentos, a experiência prática, as fatores de forma mais direcionada. (ESCOBAR
crenças e a vivência social e familiar da et al, 2002; FALEIROS, 2006).
gestante a fim de promover educação em O abandono, total ou parcial, do
saúde para o aleitamento materno, assim aleitamento materno antes de o bebê completar
como, garantir vigilância e efetividade seis meses de vida ainda é uma problemática
durante a assistência a nutriz no pós-parto bastante comum em diversos países, de acordo
(ALMEIDA; FERNANDES; ARAÚJO, com Humpheys, Thompson, Miner, (1998).
2004). Isto remete a um repensar sobre o trabalho dos
Foi observado que as mães, profissionais de saúde na mudança do discurso
principalmente as primíparas têm uma em relação aos benefícios do aleitamento.
dificuldade muito grande de amamentar, o As evidências científicas de que a
que resulta em desmame precoce dos bebês. amamentação é a melhor forma de alimentar
Portanto, mostrou-se importante definir os as crianças pequenas, acumulam-se a cada ano
motivos que levam ao desmame precoce, a e as autoridades de saúde recomendam sua
fim de proporcionar o maior tempo possível implementação através de políticas públicas
de aleitamento às crianças. Dentre os que previnam o desmame precoce.
principais fatores relacionados, podemos Orientações e condutas equivocadas
citar: nível socioeconômico, grau de sobre alimentação infantil frequentemente
escolaridade da mãe, trabalho secular, praticada por serviços de saúde são
urbanização, condições de parto, incentivo do consideradas importante fator para a erosão do
cônjuge e de parentes e motivação da mãe aleitamento materno (TOMAS; MONTEIRO,
para amamentar. O profissional de saúde 2001).
também é importante no incentivo ao Não basta a mulher estar informada das
aleitamento, através do acompanhamento vantagens do aleitamento materno e optar por
pré-natal cuidadoso, formação de grupos de esta prática. Para levar adiante sua opção, ela
gestantes, alojamento conjunto, durante a precisa estar inserida em um ambiente
puericultura, e a promoção de campanhas de favorável a amamentação e contar com o apoio
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de um profissional habilitado e ajudá-la, se depressão. A redução de estresse e mau humor


necessário (GIUGLIANI; LAMOUNIER, tem sido relatada por mães após as mamadas.
2004). Esse efeito é mediado pelo hormônio
ocitocina, que é liberado na corrente sanguínea
3 SAÚDE DA MULHER QUE durante a amamentação em altos níveis
AMAMENTA (MEZZACAPPA; KATLIN, 2002). Além
disso, a sensação de bem-estar referida pela
Na área da saúde, o interesse pelo lactante no final do tempo da mamada deve-se
conceito qualidade de vida é relativamente também à liberação endógena de beta-
recente e decorre, em parte, dos novos endorfina no organismo materno
paradigmas que têm influenciado as políticas (FRANCESCHINI et al., 1989).
e as práticas do setor nas últimas décadas. O início da liberação da ocitocina
Os determinantes e condicionantes do começa na hora do parto para a promoção da
processo saúde-doença são multifatoriais e contração uterina. Sua ação é continuada e
complexos. Assim, saúde e doença potencializada no ato da amamentação pela
configuram processos compreendidos como estimulação que a sucção causa sobre a
um continuum, relacionados aos aspectos hipófise. A descarga de hormônio que ocorre
econômicos, socioculturais, à experiência reduz o tamanho do útero, libera a placenta,
pessoal e estilos de vida. Consoante essa diminui o sangramento pós-parto, causa atraso
mudança de paradigma, a melhoria da da menstruação e consequente prevenção à
qualidade de vida passou a ser um dos anemia. No período em que não começa a
resultados esperados, tanto das práticas menstruação, enquanto a mulher amamenta
assistenciais quanto das políticas públicas exclusivamente, a proteção quanto à gravidez
para o setor nos campos da promoção da fica em torno de 98% nos primeiros seis meses
saúde e da prevenção de doenças e depois cai para 96% (RAMOS; ALMEIDA,
(SCHUTTINGA, 1995). 2003). Nesse período, as mulheres estão
Para a mulher, a amamentação tem aplicando uma técnica de planejamento
papel importante sob vários aspectos. Ao familiar extremamente segura chamada LAM
amamentar, o instinto maternal é satisfeito e – Método de Amenorréia Lactacional (LEITE
substitui a separação abrupta ocorrida no et al., 1999) – que assegura o espaçamento
momento do parto, que pode causar até entre gestações desde que a amamentação seja
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exclusiva e em livre demanda (RAMOS; A explicação para o efeito protetor da


ALMEIDA, 2003). mama contra o câncer está relacionada ao fato
Após a amamentação, a mulher de que células com funções imunológicas,
desfruta muitas vantagens: a forma física principalmente os macrófagos presentes no
retorna ao peso pré-gestacional, há menor leite, desenvolvem um papel fundamental na
risco de desenvolver artrite reumatóide ou destruição das células chamadas neoplásicas
osteoporose aos 65 anos e menor (MARTINS FILHO, 1987). Mulheres que
probabilidade de desenvolver esclerose foram amamentadas, quando criança, mesmo
múltipla. Em relação aos diversos tipos de sendo por um curto tempo, têm um risco 25%
câncer, amamentar por no mínimo dois mais baixo de desenvolver câncer de mama do
meses reduz o risco de câncer no epitélio que as que tiveram uma alimentação artificial
ovariano em 25% (STERKEN, 1999; (FREUDENHEIN, 1994).
SCHNEIDER, 1987); de três meses a 24
meses é um dos principais fatores protetores 3.2 CÂNCER DE OVÁRIO
do câncer de mama que ocorre antes da
menopausa (OLAYA-CONTRERAS et al., O câncer ovariano é um dos mais
1999), além de estabilizar o progresso da graves e seu índice de sobrevivência é muito
endometriose materna, diminuindo o risco de baixo. Estudos comprovam que a gravidez e a
câncer endometrial e de ovário amamentação estão diretamente relacionadas
(ROSENBLATT; THOMAS, 1995). aos fatores de proteção ao câncer ovariano.
Tem-se a hipótese de que este acontece devido
3.1 CÂNCER DE MAMA a traumas ininterruptos de ovulações e
proliferações celulares (cistos e células
Estudos comprovaram que o malignas); a amamentação, por inibir a
aleitamento materno pode ser responsável ovulação, torna-se preventiva (SCHNEIDER,
por até 2/3 da redução de câncer de mama. 1987; STERKEN, 1999; REA, 2004).
Quanto mais prolongada a amamentação,
mais protetora ela será; a cada 12 meses de 3.3 A AMAMENTAÇÃO E A
amamentação poderá diminuir cerca de 4,3% RECUPERAÇÃO CORPORAL DA
o risco de câncer de mama (GOMES, 2000). MULHER
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Durante a gestação, o corpo da mas também efetivamente diminui a


mulher estoca 2,3 a 3,2 Kg de gordura para fertilidade da mulher. A Lactância Amenorréia
as necessidades da lactação. A mãe que como Método (LAM) foi desenvolvido para
amamenta usará esse estoque de gordura ajudar mulheres que desejam espaçar
gradualmente durante os primeiros seis gestações (OMS, 2003). A amamentação
meses, até retornar ao seu peso pré- retarda o retorno da ovulação e da
gestacional. Aquela que não amamenta, menstruação; a ovulação, contudo, pode
tende a reter parte do peso adquirido na ocorrer antes mesmo do primeiro período
gestação (BURROUGHS, 1995). Sabe-se menstrual após o parto, Lowndermilk et al,
que, se a amamentação for exclusiva e feita (2002), embora este seja um fato considerado
sob livre demanda do bebê por no mínimo raro, confere uma porcentagem de 2% de falha
seis meses, maior será a retirada de calorias (OMS, 1993).
do corpo da mãe, contribuindo para uma Para que o método LAM tenha sua
perda de peso mais rápida (BRASIL, 1996). eficácia em 98%, há alguns aspectos que
Estudos comprovam que as mulheres que devem ser considerados para orientação da
amamentam de seis a doze meses, mulher que amamenta: a mãe deve estar com
apresentam um menor índice de massa menos de seis meses após o parto e ainda não
corpórea e as que amamentam ter apresentado sangramento menstrual; ela
exclusivamente tendem a ser mais magras do deve amamentar exclusivamente, dia e noite e
que as que o fazem parcialmente (REA, sob demanda do bebê e o bebê mamar pelo
2004). menos oito vezes em 24h, sem intervalos
muito longos entre as mamadas (OMS, 1997).
3.4 A LACTAÇÃO COMO MÉTODO DE As mulheres que seguem essas orientações até
PLANEJAMENTO FAMILIAR seis meses após o parto ou que tiveram apenas
um sangramento vaginal, poderão, ainda
Apesar de muitos profissionais de assim, ter sua fertilidade diminuída se
saúde não confiarem na proteção observarem as recomendações para um
contraceptiva da amamentação por um aleitamento materno bem-sucedido. Além
determinado período, pesquisas hoje disso, em vários países, as mulheres podem
certificam que o aleitamento materno não é amamentar por 18 a 24 meses e continuarem
só um método anticoncepcional eficiente, com amenorréias por 12 meses ou mais,
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mantendo-se inférteis por 12 a 15 meses amadurecimento de outro folículo, impedindo


após o parto (OMS, 1993). nova ovulação (GONZALEZ, 2001).
O método LAM funciona devido à
sucção do bebê, a qual estimula as 3.5 A AMAMENTAÇÃO E O COMBATE
terminações nervosas do mamilo e da aréola, DE HEMORRAGIAS E ANEMIAS
induzindo a produção de hormônios através
da hipófise. Segundo Gonzalez (2001), não A amamentação contribui para que a
se sabe ao certo quando a prolactina inicia e mãe perca menos sangue após o parto, pois a
quando termina sua ação, mas sabe-se que ocitocina produzida pela hipófise sob o
ela atua na formação do corpo lúteo; prepara estímulo das terminações nervosas do
a glândula mamária para a lactação; exerce complexo aréolo-mamilar durante as
ação inibidora sobre o Hormônio mamadas, além de ser o responsável pela
Luteinizante (LH) e o Hormônio „descida‟ do leite, também o é pelas contrações
Folículoestimulante (FSH); impede que uterinas no pós-parto, acelerando a volta do
ocorra a ovulação durante a gravidez e a útero ao seu tamanho normal, diminuindo o
amamentação e provoca a produção de leite sangramento uterino. Após o nascimento, a
após a expulsão da placenta, quando cessa a hemorragia pós-parto é responsável também
ação do estrogênio e da progesterona. pelo desenvolvimento da anemia materna,
A ocitocina atua no parto e pós-parto, evitada pela involução uterina mais rápida
produzindo a contração uterina e é quando a mulher amamenta. Níveis sanguíneos
responsável pela descida do leite elevados de ocitocina resultam em aumento do
(REZENDE; MONTENEGRO, 1984). A limiar da dor (LANA, 2001). Daí a
ocitocina, liberada quando a mãe amamenta, necessidade de a amamentação ser iniciada
contrai o útero e ajuda a interromper a imediatamente após o parto (KING, 1998).
hemorragia pós-parto. Essa é uma das razões É fundamental que o bebê sugue nos
pelas quais o aleitamento deve ser iniciado primeiros dias, para que se efetive a
imediatamente após o nascimento e mantido diminuição do sangramento pós-parto, o qual
com frequência (OMS, 1997). A justifica a dor em cólica que mulheres sentem
progesterona prepara e estimula as mamas quando iniciam a amamentação, já que o útero
para a lactação e inibe a secreção de FSH e se contrai para eliminar os restos sanguíneos
LH, impedindo que ocorra crescimento e (MARTINS FILHO, 1987).
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3.6 A AMAMENTAÇÃO E A pensar em parar de amamentar como forma de


OSTEOPOROSE diminuir as tarefas da maternidade. Isto causa
um sentimento ambíguo e contraditório,
A amamentação diminui o risco de oscilando entre o desejo de amamentar e o
osteoporose na vida madura; a incidência da fardo que esse ato representa, anulando a vida
doença nas mulheres não lactantes é quatro e os compromissos da mãe. São esses
vezes maior (BLAAUW et al, 1994). pensamentos negativos que mais perturbam a
Sabendo que durante o período de mulher (SAIFER,1992).
amamentação a mulher produz por dia cerca Esse transtorno psicológico pode ser
de um litro de leite e perde em média 200 resolvido quando se criam condições para a
mg de cálcio, poderíamos supor que a perda lactante; por exemplo, ela pode dormir
desse mineral levaria a mulher a ter mais diariamente pelo menos uma hora, três vezes
chances de osteoporose, mas, essa perda é ao dia, deixando outra pessoa encarregada dos
recuperada no período de desmame e no cuidados da casa e dos outros filhos, dando a
retorno do ciclo menstrual da mulher. O fato ela condições de cuidar da própria saúde e a do
é que as mães que amamentaram por um bebê (LANA, 2001). Outro fato desagradável
tempo de oito meses ou mais apresentaram para a mãe é o fato de vazar leite entre as
uma massa óssea com maior densidade mamadas, molhando sua roupa e tornando o
mineral. Também existem estudos cheiro de leite o seu perfume durante este
comprovando que a amamentação reduz o período. Isto pode ser resolvido através do uso,
risco de fratura no quadril e no braço por dentro do sutiã, de uma concha de silicone
osteoporose (CUMMING; KLINEBERG; chamada cata-gotas, que coletará o leite que
MELTON et al, 1993; REA, 2004). vaza. Também poderá ser utilizado um lenço
que absorverá o leite escoado.
3.7 A AMAMENTAÇÃO E A SAÚDE As mães que conseguem superar essas
PSICOLÓGICA DA MULHER dificuldades e que amamentam os seus filhos
têm menor grau de tristeza e depressão pós-
O fato de ter que amamentar desgasta parto, pois o vínculo emocional da
física e mentalmente a mulher, exigindo amamentação é tão grande que sua auto-estima
esforço físico continuado, resultando em é elevada e o ato torna-se motivo de orgulho
cansaço e carência de sono levando a mãe a (LANA, 2001). A mãe que amamenta sente-se
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realizada como mulher, estabelece relação No Brasil, as mulheres de baixa renda


profunda com seu filho de afeto e são as que menos procuram os serviços de pré-
dependência, e sente satisfação por dar algo natal e que têm um menor registro de
de si, leite bom e fresco (CAMPESTRINI, consultas. Além disso, iniciam mais
1992). tardiamente o processo de acompanhamento e
contribuem para a diminuição do índice de
4 FATORES QUE INFLUENCIAM NA lactantes. A partir do sexto mês, a prevalência
DECISÃO E DURAÇÃO DA do aleitamento materno se inverte, sendo
AMAMENTAÇÃO maior entre as mais pobres, fato talvez
explicado por razões de dificuldades
4.1 IDADE MATERNA
econômicas, que impedem a complementação
com outros alimentos ou, até mesmo, com
Alguns autores relacionam a idade
outros tipos de leite (KUMMER et al, 2000).
materna mais jovem à menor duração do
No que se refere ao grau de instrução materna,
aleitamento, talvez justificada por algumas
muitos estudos têm demonstrado que esse fator
dificuldades, como por exemplo, baixa
afeta a motivação para amamentar. Em muitos
escolaridade e poder aquisitivo, e o fato de
países desenvolvidos, mães com maior grau de
serem solteiras. As adolescentes, muitas
instrução tendem a amamentar por mais
vezes, aliam sua própria insegurança para
tempo, talvez pelo fácil acesso a informações
prover a alimentação para o seu bebê à falta
sobre as vantagens do aleitamento.
de apoio das próprias mães ou familiares
Já em países em desenvolvimento, as
mais próximos. Exerce influência também o
mães de classes menos favorecidas, também
egocentrismo próprio da idade e os
menos instruídas, geralmente solteiras,
problemas com a auto-imagem, resultado,
começam o pré-natal mais tarde e, por
frequentemente, em menor índice de
conseguinte, se preocupam em aprender e
aleitamento (PETERSON; DA-VANZO,
praticar o ato fora do tempo (ESCOBAR et al,
1992; GIGANTE; VICTORA; BARROS,
2002; VENÂNCIO et al, 2002).
2000).
Em relação ao trabalho fora de casa, de
4.2 SITUAÇÃO SOCIOECONÔMICA, modo geral, não se apresenta como empecilho
GRAU DE INSTRUÇÃO E CONDIÇÕES à prática da amamentação, porque a maioria
DE TRABALHO MATERNO das mães não trabalha fora ou deixa de fazê-lo
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após o nascimento de seus bebês. Por outro possibilidades de sucesso na nutriz. Muitas
lado, alguns autores referem que o trabalho vezes, essa volta precoce às atividades resulta
secular só não é empecilho se houver em pressões, principalmente no caso das
condições favoráveis à manutenção do mulheres não registradas, pelo medo de perder
aleitamento, como, por exemplo, respeito à seus empregos (HAMMER; BRYSON;
licença gestante, creche ou condições para o AGRAS, 1999; CIACCIA; RAMOS; ISSLER,
aleitamento no local e horário do trabalho. 2003). Observou-se, também, que a maioria
Independentemente da ocupação da mãe, o das mães desconhecia seus direitos trabalhistas
que parece ter mais importância é o número ou pouco sabia sobre o assunto (GIUGLIANI,
de horas trabalhadas, sendo maiores os 2000).
índices de desmame quando a carga horária
4.3 FAMÍLIA
excede a 20 horas semanais. Vários estudos
mostram que também é importante o fato de
O fato de as mães terem uma união
essa mãe ter ou não uma jornada dupla, ou
estável e o apoio de outras pessoas,
seja, ocupar-se de todos os afazeres
especialmente do marido ou companheiro,
domésticos, além daqueles que seu trabalho
parece exercer uma influência positiva na
fora do lar lhe solicita. Nesse caso, é mais
duração do período de aleitamento materno.
frequente a ocorrência de desmame
Tanto o apoio social e econômico, como o
(GIELEN et al, 1991). Silva
emocional e o educacional são importantes,
(2003) verificou que a falta de apoio nas
mas é fundamental a intervenção do
instituições, as precárias condições
companheiro nesse momento (GIUGLIANI,
ambientais para a ordenha do leite, bem
1994).
como a falta de berçários, permitindo a
proximidade mãe-criança, foram as 5 A AMAMENTAÇÃO E A ATUAÇÃO
principais dificuldades apontadas pelas mães DE ENFERMAGEM
em relação à manutenção da amamentação.
Os planos de retorno ao trabalho, segundo A enfermagem pode atuar na
alguns autores, não parecem interferir na promoção, proteção e estímulo ao aleitamento
decisão de iniciar o aleitamento, porém, se materno em vários momentos. É
esse retorno ocorre já nos primeiros dois ou imprescindível o apoio da equipe na
três meses após o parto, diminuem as maternidade, para que a mulher inicie a
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amamentação de forma adequada, É fundamental que o enfermeiro tenha


principalmente no caso das primíparas conhecimento da importância da amamentação
(MARTINS, 2008). Toda mãe tem o direito e do valor desse alimento como determinante
de receber, antes, durante e depois, todas as entre a vida ou a morte da criança e da mãe. O
informações sobre o aleitamento e suas profissional deve adotar uma referência
vantagens para ela e o bebê (SANTOS, bibliográfica para planejar o cuidado com as
2004). famílias e indicar leituras e materiais
Vários fatores influenciam a prática educativos aos pais, que devem estar à
do aleitamento materno, como a experiência disposição nos serviços de pré-natal. Durante
anterior, o estado emocional do ser mulher, os encontros, o enfermeiro deve incentivar a
assim como o apoio dos serviços de saúde, mulher a fazer perguntas, a comentar sobre
do trabalho, da comunidade, da mídia e da possíveis dúvidas, tabus comuns na
família. Aquela que amamenta necessita de comunidade, e oferecer informações adicionais
um espaço para expor seus medos, temores, (ZERGER; GRAZZIOTIN, 2008). A
prazeres, dúvidas e para conseguir equilíbrio preocupação com as orientações sobre o
que possibilite a amamentação (POLI; preparo técnico da mamada e cuidados com as
ZAGONEL, 1999). mamas nunca devem ser esquecidas
É importante que o profissional de (LOWNDERMILK, 2002).
enfermagem estabeleça uma “parceria de As unidades de saúde podem ajudar as
confiança” com a mãe, isto é, ajude-a a mães ao estabelecer norma e rotina de
elevar a auto-estima e a adquirir incentivo ao aleitamento materno. Através das
independência no cuidado do bebê. A função ações educativas dirigidas à mulher e à
do profissional de saúde é fundamental para criança, é ressaltada a importância do
a introdução da educação sobre o aleitamento materno exclusivo até os seis
aleitamento materno já nos primeiros meses meses e seu prolongamento até os dois anos de
do período pré-natal. Uma equipe de idade ou mais, acompanhado da introdução de
enfermagem bem treinada pode influenciar outros alimentos. Enfatiza-se que o leite
grandemente no processo da lactação, sendo materno protege o bebê de infecções e alergias
imprescindível investir no preparo e e enumeram-se as demais vantagens do
aperfeiçoamento destes profissionais aleitamento para o bebê e a mãe. No pré-natal,
(CARVALHO; TAMEZ, 2002). durante as consultas clínicas ou avaliações
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domiciliares, deve ser estimulada a formação mulher, acarretando em uma baixa adesão a
de grupos de apoio à gestante com a essa prática. É preciso que os profissionais
participação dos familiares. Nas consultas, entendam a necessidade de dar enfoque ao
as mães devem ser orientadas sobre as aleitamento como sendo um ato de promoção à
vantagens da amamentação e sua saúde da mãe e do filho.
importância principalmente nos primeiros
seis meses e complementada até dois anos de 6 POLÍTICAS DE SAÚDE COM ÊNFASE
idade ou mais. É importante apresentar, NA AMAMENTAÇÃO PARA A SAÚDE
também, as consequências do desmame DO RN E DA MÃE QUE AMAMENTA
precoce, o processo de produção do leite
materno, manutenção da lactação, extração A política pública de saúde, voltada
manual e conservação. Ainda, a mulher deve para o incentivo à amamentação tem, ao longo
ser instruída quanto à sua alimentação e a da das últimas décadas, fortalecido a importância
nutriz, ao uso de drogas e contraceptivos dos bancos de leite humano (BLH). Essas
durante o aleitamento, a amamentação na unidades configuram-se como locais
sala de parto, a importância do alojamento privilegiados para as ações de incentivo ao
conjunto, as técnicas de amamentação, os aleitamento materno no território nacional.
problemas e dificuldades, os direitos da mãe Contudo, vale destacar que as percepções e
e da criança. Enfim, podem-se organizar construções sociais acerca de tais unidades de
palestras com grupos de gestantes enquanto serviço sofreram flutuações ao longo do tempo
esperam a consulta (BRASIL, 2007). e, a depender do momento histórico que se
Os serviços de saúde trabalham com considere, autores e grupos sociais lhes
o foco nos benefícios da amamentação para atribuíram diferentes significados. Assim,
o RN, deixando de reforçar às mães o quanto esses locais foram caracterizados tanto como
ela é favorecida ao amamentar seu filho. As estruturas de apoio às situações de
vantagens e importância do aleitamento, excepcionalidade do desmame
exclusivamente para o recém-nascido, são comerciogênico, como unidades de
informações veiculadas a todo tempo em atendimento a serviço da amamentação. O
propagandas do Ministério da Saúde. Há primeiro BLH do Brasil foi implantado em
uma falha devido à escassa divulgação dos outubro de 1943, no então Instituto Nacional
benefícios da amamentação para a saúde da de Puericultura, atualmente, Instituto
14

Fernandes Figueira (IFF). O seu principal como depois da menopausa. Há evidências


objetivo era coletar e distribuir leite humano também da proteção da amamentação contra
visando atender aos casos considerados alguns tipos de câncer epitelial do ovário. A
especiais, a exemplo da prematuridade, contribuição da lactação, especialmente quando
perturbações nutricionais e alergias a exclusiva, para o maior espaçamento entre
proteínas heterólogas. Com essa mesma gestações; esse fato levou a uma recomendação
perspectiva, entre a década de quarenta e o mundial quanto ao uso do LAM; a rápida
início dos anos oitenta, foram implantadas recuperação corporal, o combate de
mais cinco unidades no país. Contudo, foi hemorragias e anemias, risco reduzido de
com o desenvolvimento do Programa osteoporose aos 65 anos e, menor grau de
Nacional de Incentivo ao Aleitamento tristeza e depressão pós-parto.
Materno, sobretudo a partir de 1985, que os É importante que mães e pais sejam
BLH passaram a assumir um novo papel no constantemente alertados sobre as
cenário da saúde pública brasileira, contribuições da amamentação para a saúde da
transformando-se em elementos estratégicos mulher e de seu bebê. Esta deve ter as devidas
para as ações de promoção, proteção e apoio informações para que a adesão a essa prática
à amamentação (MAIA et al, 2006). seja cada vez mais frequente.
Percebe-se como o foco é para o RN, Constatou-se que realmente não é
sendo assim, pouca divulgação dos ampla a literatura e nem se encontram
benefícios do aleitamento para a saúde da pesquisas suficientes que abordem o tema de
mulher pode levar à baixa adesão para a forma completa. Percebe-se a necessidade de
amamentação, uma vez que as políticas de explorar e divulgar os benefícios da
saúde estão voltadas para a saúde do RN. amamentação para a saúde da mulher. O
sucesso da aceitação do aleitamento e o foco
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS voltado não só para o favorecimento ao RN,
estão diretamente ligados ao treinamento da
Nessa revisão da literatura, os equipe de enfermagem e dos profissionais da
indícios demonstram importantes benefícios área de saúde que saibam orientar
da amamentação quanto à saúde da mulher, corretamente a mulher e familiares, desde o
confirmando-se o menor risco de câncer de inicio da gravidez, acompanhando e
mama, ocorrendo tanto para mulheres antes esclarecendo as possíveis dúvidas, para que a
15

mulher possa assumir com mais segurança o eficazmente na saúde do binômio: mãe e filho.
papel de mãe. Considerando a importância do tema, este
Acredita-se que a pesquisa contribuiu artigo torna-se um convite ao incentivo de
para o trabalho de educação em saúde no novas pesquisas para ampliação da literatura
pré-natal, uma vez que fornece suporte ao sobre o ato da amamentação. Porém, o desafio
enfermeiro para o desenvolvimento de suas é que seja dado um formato maior ao assunto,
atividades de prevenção e promoção da acrescentando à abordagem inicial, um novo
saúde das mulheres. olhar: a saúde da mulher que amamenta.
Essa preparação do profissional de
enfermagem deve ser feita durante toda a sua
graduação, pois a tendência é que no
ambiente acadêmico também seja dado
especial destaque ao RN. É urgente a
necessidade de repensar a amamentação e
reconhecer que seus benefícios interferem

BREASTFEEDING WITH FOCUS ON WOMEN’S HEALTH

ABSTRACT

In the last years, the theme breastfeeding has been target of searches that focus on the importance
of this practice for the child‟s benefit, in promoting their health, in preventing diseases in the
early childhood and decreasing the infant mortality, especially in poor or developing countries.
Recently, some scholars have recognized that women who breastfeed are also benefited in their
physical, psychological and emotional health. This article is to review, in literature, which the
benefits of breastfeeding for a mother are, the way the affect their health during the period of
suckling and which the effects are throughout her lifetime. To accomplish the work, we
proceeded to analyze the sociocultural and economical profile of the mothers and to the study of
the influence of the nucleus family and the orientations and stimulation by the health
professionals during the prenatal and puerperium. It‟s known that some factors may interfere
with the decision of breastfeeding, but these might be worked out the nursing professional
through orientations to the woman and her mate about the advantages of breastfeeding to the
child and the mother herself. We conclude, therefore, that this act is fundamental for keeping the
16

health of the woman who breastfeeds, confirming the lowest risk for breast and ovarian cancer, a
quick body recovery, the method of family planning, the combating bleeding and anemia, and
the reduced risk of osteoporosis at 65.

Key-words: Breastfeeding. Benefits. Women‟s health.


17

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