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PERCEPÇÃO DAS PRIMIGESTAS ACERCA DO ALEITAMENTO MATERNO

PRIMIGESTAS PERCEPTIONS ABOUT BREAST-FEEDING

Thaís Cândida de Morais


Graduada em enfermagem pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – UnilesteMG.
thais.iapu@hotmail.com

Patrícia Xavier Freitas


Graduada em enfermagem pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – UnilesteMG.
patyxf@hotmail.com

Jussara Bôtto Neves


Enfermeira. Mestre em Meio Ambiente e Sustentabilidade. Especialista em administração pública com
aprofundamento em gestão pública e em formação pedagógica em educação na área de saúde.
Docente do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – UnilesteMG. bottocola@hotmail.com

RESUMO

O aleitamento materno é fundamental para o crescimento e desenvolvimento da criança, bem como a


proteção contra inúmeras patologias. A amamentação cria uma forte ligação entre mãe e filho em todos
os aspectos do desenvolvimento humano. Este estudo objetivou verificar o conhecimento das
primigestas quanto à importância do aleitamento materno, discutindo a influência dos mitos e crenças
acerca desta prática e identificando as ações que são realizadas pela Enfermagem na promoção do
aleitamento materno junto às mulheres gestantes. A pesquisa teve caráter qualitativo descritivo, e para
alcançar os objetivos foram realizadas 16 entrevistas com primigestas gestantes e que se encontravam
no pós-parto. Os dados foram coletados por meio de um roteiro de entrevista e como auxiliar a coleta
utilizou-se um gravador para facilitar a transcrição das informações e dos sentimentos expressos pelas
participantes. Os resultados demonstraram que 56% das mulheres sabem o que é o aleitamento
materno, porém a forma de ter tido acesso a esta informação não foi durante a realização do pré-natal.
Conclui-se que as mulheres necessitam receber as orientações sobre o aleitamento materno desde o
período gestacional.

PALAVRAS - CHAVE: Enfermagem. Aleitamento Materno. Saúde da Criança.

ABSTRACT

Breast-feeding is essential for growth and development of children, as well as protection against many
diseases. Breast-feeding creates a strong bond between mother and child in all aspects of human
development. This study aimed to evaluate the knowledge of first-time mothers on the importance of
breast-feeding, discussing the influence of myths and beliefs about this practice and identifying the
actions that are performed by nursing in the promotion of breast-eeding among pregnant women. The
research was qualitative descriptive, and to achieve the objectives interviews were conducted with 16
first-time mothers and pregnant women who were postpartum. Data were collected through a structured
interview and to assist the collection used a tape recorder to facilitate the transcription of the information
and feelings expressed by the participants. The results showed that 56% of women know that breast-
feeding is, but how to have access to this information has not been during the course of prenatal
conclude that women need to receive guidance on breast-feeding from gestational period.

KEY WORDS: Nursing. Breast Feeding. Child Health.

Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.3 - N.2 - Nov./Dez. 2010.


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INTRODUÇÃO

A amamentação é essencial para sobrevivência e a qualidade de vida da


criança no primeiro ano de vida, pois o leite materno em sua composição apresenta
todos os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento da criança
assim como a proteção contra patologias e infecções, como afirma Vannuchi et al.
(2005).
A Organização Mundial de Saúde (1991 apud CARVALHO; TAMEZ, 2005)
constatou que uma criança é considerada amamentada, fazendo a ingestão de leite
materno diária, e não precisando de qualquer outro tipo de alimento nos primeiros
seis meses de vida. O leite materno tem inúmeros benefícios e um deles é a proteção
contra infecções.
Segundo Del Ciampo, Ricco e Almeida (2004), surgem a cada dia novos fatos
sobre os benefícios da amamentação, não se restringindo apenas ao período da
lactação, mas estendendo estes benefícios para a vida adulta com repercussões na
qualidade de vida do ser humano.
A substituição do leite materno por outros tipos de alimentos ou sua introdução
complementar pode reduzir o efeito protetor do leite que previne contra doenças
respiratórias e diarréicas (CARVALHO; TAMEZ, 2005).
De acordo com Euclydes (2005), o primeiro leite, chamado de colostro, contém
maior quantidade de proteínas, vitamina A e minerais, principalmente eletrólitos e
zinco e pouca quantidade de carboidratos e gorduras do que o leite maduro. O
colostro é rico em imunoglobulinas, substâncias antimicrobianas e substâncias
bioativas, fatores tróficos, além de substâncias imunomoduladoras e antiinflamatórias,
e a composição do colostro contém componentes para o desenvolvimento do sistema
imune da criança e modulação da maturação do trato gastrointestinal contribuindo
dessa forma para o estabelecimento de uma microbiota benéfica, além de suprir as
necessidades nutricionais da criança.
Como descrito por Leão (1998), na composição do leite maduro encontra-se
pequenas quantidades de galactose, frutose e outros oligossacarídeos. A lactose é
um açúcar encontrado apenas no leite humano apresentando uma concentração de
4℅ no colostro e 7℅ no leite maduro, tendo como função facilitar a absorção de
cálcio, ferro e promover a colonização intestinal com lactobacillus bifidus.
O ato de amamentar cria um vínculo afetivo entre mãe e filho, devido ao
contato emocional, físico e íntimo facilitando assim a adaptação da criança ao novo
ambiente e tornando a separação pós-parto mais gradual, na opinião de Euclydes
(2005).
Para Antunes et al. (2008), os benefícios maternos da amamentação são
vários, como a volta do corpo ao estado normal, o efeito contraceptivo, a diminuição
das chances de desenvolver artrite reumatóide, osteoporose e esclerose múltipla,
além de diminuir as chances de neoplasias endometrial, ovariana e de mama antes
da menopausa.
As vantagens econômicas do aleitamento materno são inúmeras, além do
custo para se obter as fórmulas infantis, pode-se acrescentar a este valor os gastos
com médicos, medicamentos, tempo de preparo e cuidado com a criança doente.
Devido a opção pelas fórmulas infantis, os pais oferecem um número reduzido de
mamadeiras ou então às diluem excessivamente durante o momento da preparação,
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podendo assim levar as crianças a desnutrição devido à carência de nutrientes ou


acontecer um quadro de infecção ocasionado pela contaminação durante a
preparação das fórmulas, má qualidade da água utilizada e higienização deficiente
das mamadeiras e bicos (EUCLIDES, 2005).
Para que o ato de amamentar ocorra de forma efetiva é necessário que durante
o pré-natal, seja ensinada a técnica correta de amamentar o recém-nascido para as
gestantes. Segundo Lacerda (2006), a criança deverá abocanhar toda a aréola,
permitindo que as ampolas lactíferas sejam comprimidas e o leite extraído. Caso o
bebê abocanhe somente o mamilo, não haverá ejeção adequada do leite, podendo a
criança vir a chorar de fome.
Antunes et al. (2008) descrevem que as informações transmitidas culturalmente
acarretam na decisão de amamentar ou não, pois o vínculo avó-mãe-filha transmitem
as informações culturais assim como as crenças e os tabus fazendo parte de uma
herança sociocultural determinando diferentes significados sobre aleitamento materno
para a mulher.
De acordo com Almeida, Fernandes e Araújo (2004) durante o pré-natal o
profissional da saúde deve atentar para os conhecimentos, vivências e crenças que
as gestantes possuem para que a promoção do aleitamento materno atinja os seus
objetivos, garantindo assim uma efetividade e vigilância da assistência da mulher no
pós-parto.
Durante o pré-natal, os profissionais enfermeiros e obstetras, e no período
neonatal, os pediatras e a equipe de enfermagem, devem incentivar e apoiar as
mulheres no aleitamento materno, para que as mesmas consigam amamentar e
formar a autoconfiança nesta prática, segundo Winikoof e Patton (1996 apud
CARVALHAES; CÔRREA, 2003).
De acordo com Brasil (2001), o profissional da saúde que está intimamente
ligado à mulher, durante o período gestacional e puerperal, é o enfermeiro. É este que
realiza ações de promoção em saúde durante o pré-natal, preparando dessa forma as
mulheres durante a gestação para o aleitamento materno e para sua adaptação após
o parto, para que este seja tranqüilo, evitando dessa forma as dúvidas e as
complicações que possam surgir.
Quando a mulher gestante é captada no pré-natal ela deve ser cadastrada no
SISPRENATAL, software desenvolvido pelo Departamento de Informática do Sistema
Único de Saúde (DATASUS) do Ministério da Saúde, com a finalidade de permitir o
acompanhamento adequado das gestantes inseridas no Programa de Humanização
no Pré-Natal e Nascimento (PHPN) , do Sistema Único de Saúde. No SISPRENATAL
está definido o elenco mínimo 1de procedimentos para uma assistência pré-natal
adequada, permitindo o acompanhamento das gestantes, desde o início da gravidez
até a consulta de puerpério (BRASIL, 2009).
O estudo é justificado, devido o aleitamento materno ser considerado essencial
para a saúde do recém-nascido, sendo o leite materno o alimento capaz de atender
as necessidades nutricionais, imunológicas, psicológicas e sociais da criança,
importante também para a saúde materna. A família e a sociedade também são
beneficiadas com a prática do aleitamento materno, pois diminui a aplicação de

1
ELENCO MÍNIMO: A mulher gestante tem direito a no mínimo seis consultas de pré-natal, uma
consulta de puerpério até 42 dias após o parto e os pedidos de exames de rotina.
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recursos financeiros com medicamentos e hospitalização decorrentes dos agravos à


saúde da criança. Diante desses aspectos surgiu o interesse de pesquisar esta
temática norteada sob a seguinte questão de estudo: A percepção das primigestas
quanto ao aleitamento materno sofre alterações após o parto e quais os mitos e
crenças estão presentes nesta fase?
Diante do exposto, o estudo teve como objetivo geral verificar o conhecimento
das primigestas quanto à importância do aleitamento materno. Além disso, discutir a
influência dos mitos e crenças acerca desta prática e identificar as ações que são
realizadas pela Enfermagem na promoção do aleitamento materno junto às mulheres
gestantes.

METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativo descritivo. Para Salomon


(2004), a pesquisa qualitativa descritiva envolve a descrição, o registro, a análise e a
interpretação de informações para a compreensão do funcionamento de grupos ou
coisas.
Segundo Alexandre (2003), Siqueira (2002), as pesquisas descritivas têm por
caráter apresentar as reais características, fenômenos observados em determinada
população, seja por nível de renda, idade, sexo, para que sejam analisadas e
interpretadas, correlacionando os fatos e ou estabelecendo relações entre variáveis,
sem quaisquer manipulações. A abordagem qualitativa busca a compreensão do ser
humano, valorizando o conhecimento intuitivo da vivência, aonde o pesquisador se
torna o instrumento.
A pesquisa foi realizada na cidade de Iapu no interior de Minas Gerais,
localizada no Vale do Rio Doce, a 252 km da Capital, no período de agosto a outubro
de 2009. Para a realização da pesquisa foi encaminhado ao Secretário Municipal de
Saúde uma carta solicitando autorização para realização da mesma em duas vias
juntamente com uma cópia do projeto de pesquisa, para que fosse analisado. Após a
análise do projeto o secretário de saúde do município autorizou a realização da
pesquisa.
Os participantes da pesquisa foram mulheres primigestas que se
encontravam no período gestacional e no pós-parto, sendo a amostra composta por
oito mulheres em período gestacional e oito mulheres no pós-parto. Para a
identificação dessas mulheres foi realizada visita ao Centro Municipal de Saúde do
município de Iapu para conhecimento das mulheres que já estavam sendo atendidas.
Os critérios de inclusão para a participação da pesquisa foi ser primigesta ou
primíparas, estar cadastrada no SISPRENATAL e ser maior de 18 anos.
Os dias que são realizados as consultas de pré-natal e puericultura no Centro
Municipal de Saúde são de acordo com o agendamento feito pelas equipes do
Programa Saúde da Família. O município consta com cinco equipes de PSF que
atendem a zonas rural e urbana. Foram realizadas visitas ao Centro Municipal de
Saúde nos dias 16/09/09 e 23/09/09, quando ocorreram os pré-natais e a puericultura
nos períodos matutino e vespertino. Observou-se que as consultas são realizadas
pelo profissional médico e que este orienta as mulheres quanto ao aleitamento
materno, enfatizando esta prática durante as consultas de puericultura. A equipe de

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Enfermagem realiza ações voltadas para o aleitamento materno como palestras e


durante as visitas domiciliares.
Foi realizado o levantamento do número de primigestas e primíparas que se
encontram no puerpério, cadastradas no SISPRENATAL para obtenção do endereço
e telefone e, posterior contato via telefone ou pessoalmente. Durante a visita foi
explicado às mulheres quanto ao estudo, seus objetivos e a metodologia utilizada, e
apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) que depois de
lido foi assinado por aquelas que consentiram em participar, em duas vias ficando
uma com a pesquisada. Foi assegurado a todas as envolvidas o respeito aos direitos
éticos, como previsto na Resolução nº 196 de 10 de outubro de 1996 do Conselho
Nacional de Saúde (CNS), que dispõe sobre as diretrizes e normas regulamentadoras
das pesquisas envolvendo seres humanos, tendo sido garantido o anonimato, bem
como a liberdade de interromper o estudo a qualquer momento, conforme Brasil
(1996).
Os dados foram coletados através do roteiro de entrevista elaborado pelas
próprias pesquisadoras referente ao tema e de acordo com a literatura pesquisada. A
técnica adotada foi de entrevista semi-estruturada, no qual a presença do investigador
é valorizada e oferece perspectivas possíveis para que o informante alcance a
liberdade e a espontaneidade, enriquecendo dessa forma as investigações, na
opinião de Triviños (1987). Foi utilizado para auxiliar a coleta das informações um
gravador do tipo MP4 da marca Sony, mediante a permissão do investigado e para
preservar a identidade das participantes elas receberam o nome de pedras preciosas.
Cada entrevista durou em torno de 30 minutos e foi gravada para facilitar a
transcrição das informações e dos sentimentos expressos pelas participantes. O
ambiente escolhido para as entrevista foi à residência das participantes, como uma
forma de evitar o deslocamento, e qualquer outro transtorno que porventura pudesse
vir a ocorrer.
Após a coleta de dados, foi utilizado o recurso de análise de conteúdo, onde os
dados foram ordenados, privilegiando as transcrições das entrevistas gravadas e a
utilização do programa Microsoft Office Excel para consolidar os dados. Os resultados
foram organizados e apresentados com número absoluto e percentagem, sendo,
posteriormente discutidos, analisados e destacados os pontos mais relevantes, de
acordo com os objetivos propostos e argumentados com base no referencial teórico.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As mulheres entrevistadas foram questionadas sobre o conhecimento acerca


do aleitamento materno e destas 75% responderam que sabiam o que era o
aleitamento e conheciam alguns dos benefícios da amamentação para as mães e
seus bebês, como ilustram as falas transcritas a seguir:

É importante para o, desenvolvimento da criança, pois evita algumas


doenças e que o leite e mais forte que o leite em pó [...] (Água-marinha).

Evita alergias, previne muitas doenças e é muito importante para o bebê no


seu desenvolvimento, inclusive na dentição [...] (Turmalina).

É que é bom amamentar ate os seis meses, evita várias doenças, alergias,
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infecção. [...] ‘’ (Quartzo-Róseo).

Importante amamentar é bom para criança e porque evitar câncer de mama,


saúde da mãe [...] (Jade).

Conhecimento que eu tenho é que tem que amamentar, faz bem para a
criança, relação mãe-filho, custo barato. [...] (Ametista).

Amamentar a criança até dois anos é bom para saúde dele e evita doenças
[...] (Pérola).

Segundo Souza e Bispo (2007), não é novidade a importância do aleitamento


materno para a saúde da criança, pois ele é o alimento ideal devido o seu valor
nutricional e imunobiológico, trazendo benefícios psicológicos para o vínculo mãe e
filho.
Durante o ato de amamentar é propiciado o contato entre mãe é filho,
permitindo dessa forma a criação de vínculos afetivos de extrema importância para o
desenvolvimento da criança no campo afetivo, emocional e social. Os benefícios
maternos da amamentação são inúmeros como a redução da incidência de
neoplasias de mama, útero, ovário e prevenção da osteoporose, de acordo com
Oliveira Filho (2001).
Das mulheres entrevistadas 25 % relataram que não possuíam conhecimento
sobre o aleitamento materno.
Eu não sei nada sobre aleitamento materno [...] (Ônix, Diamante, Ágata e
Rubi).

Para Saes et al. (2006), a falta de conhecimentos e informações das mães


acerca do aleitamento materno podem levar ao desmame precoce.
O desmame precoce causa prejuízos tanto para a saúde materna como para a
criança, pois a mãe perde os benefícios que amamentação oferece como a
contracepção natural e a proteção contra as neoplasias de mama e ovário. Por fim, a
criança perde a proteção contra as patologias como, por exemplo, gastrointestinais e
infecções respiratórias, conforme descrito por Short (1998 apud ICHISATO; SHIMO,
2002).
Em relação às orientações recebidas sobre o aleitamento materno, 44 ℅ das
mulheres afirmaram que não receberam orientações e 56℅ que receberam
orientações sobre o aleitamento materno. Entretanto, foi possível observar que as
mulheres que receberam orientações em relação ao aleitamento materno, somente
receberam as informações após o nascimento da criança, através de uma palestra no
hospital no qual ocorreu o nascimento das crianças conforme relatos dessas
mulheres.
Na opinião de Ramos e Ramos (2007) durante o pré-natal e pós-parto as
mulheres primigestas devem receber uma atenção diferenciada, para que não sofram
influências na prática da amamentação devido às ansiedades e dúvidas surgidas de
uma primeira gestação.
Na maternidade as mães devem ser orientadas quanto à importância do
aleitamento materno, reforçando as orientações dadas durante o pré-natal, devendo a
equipe de enfermagem incentivá-las a oferecer seu leite ao recém-nascido após o
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parto, para facilitar a descida mais rápida do mesmo, e observar o posicionamento e a


pega da aréola pela criança (BRASIL, 2005).
Ao serem questionadas sobre quem foi o responsável pelas orientações sobre
o aleitamento materno, 25℅ responderam que foram os médicos (as), 59℅
responderam que receberam orientações dos enfermeiros (as), 8% responderam que
receberam informações dos familiares, 8% receberam informações de amigas,
vizinhas ou conhecidas (GRAF. 1).

8% Médicos (as)
8% 25%

Enfermeiros (as)

Familiares

Amigas, vizinhas ou conhecidos


59%

GRAFICO 1 Pessoa responsável em fornecer informações acerca do aleitamento materno para as


primigestas

De acordo com Almeida, Fernandes e Araújo (2004) o enfermeiro tem


importante papel nas atividades de prevenção e promoção do aleitamento materno,
devendo trabalhar com visitas domiciliares, palestras, grupos de apoio e
aconselhamento da amamentação exclusiva, intensificando essas ações no pós-parto
e garantindo que a amamentação continue após a licença-maternidade.
As participantes da pesquisa foram questionadas sobre o tipo de informação
que receberam dos profissionais de saúde acerca do aleitamento materno. Das
mulheres pesquisadas 50% responderam que aprenderam sobre a importância de
amamentar e a técnica correta, como ilustram as falas transcritas a seguir:
É importante para o desenvolvimento da criança, pois evita algumas
doenças e que o leite e mais forte que o leite em pó e aprendi com certeza a
técnica de amamentar [...] (Água-marinha).

Ah... que é importante para o bebê e quanto mais se dá mais se tem [...]
(Turquesa).

O enfermeiro passou as informações sobre a importância do leite materno e


como segurar o neném para mamar [...] (Quartzo-Róseo).

No hospital a enfermeira falou sobre a importância de amamentar, evita um


monte de doenças e aprendi a técnica correta de amamentar [...] (Jade).

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O enfermeiro durante o pré-natal deverá promover e aconselhar as gestantes


quanto aos benefícios da amamentação, as desvantagens do uso de fórmulas
infantis, desfazendo os mitos que elas trazem e incentivando a prática da
amamentação, prevenindo e tratando as possíveis complicações que possam surgir,
estando próximo das mães antes, durante e após o parto, contribuindo dessa forma
para a formação da autoconfiança e sucesso da amamentação. É importante auxiliar
as mães nas primeiras mamadas do recém-nascido, observando como está sendo a
pega e esclarecendo todas as dúvidas que porventura surgirem (ALMEIDA,
FERNANDES; ARAÚJO, 2004; GIUGLIANI, 2000; VENÂNCIO, 2003).
Quanto ao aprendizado da técnica correta de amamentar a criança, 44% das
mulheres participantes responderam que aprenderam a técnica. Do percentual de
mulheres que não aprenderam à técnica de amamentar, 50% encontram-se no
período gestacional no qual durante as consultas de pré-natal deve ser ensinada a
técnica para que surgidas às dúvidas essas fossem esclarecidas.
Para Souza et al. (2009) existe há muito tempo o conhecimento de que a
técnica de amamentação é de extrema importância para a liberação de forma efetiva
do leite para ao bebê e para a prevenção de processos dolorosos e trauma nos
mamilos, sendo indispensável a orientação das mulheres quanto à técnica desde o
período pré-natal.
Os profissionais de saúde devem ser capacitados para o aconselhamento,
além de dominar as técnicas de manejo da amamentação, pois dessa forma eles
conseguem promover, proteger e apoiar a amamentação, segundo Euclydes (2005).
Ao serem questionadas se as informações recebidas acerca do aleitamento
materno foram importantes, 31% responderam que não, pois não haviam recebido as
informações necessárias, enquanto 69% responderam que as informações foram
muito importantes, pois auxiliaram durante o ato de amamentar e puderam perceber o
desenvolvimento da criança.
Conforme descrito por Percegoni et al. (2002) as puérperas tem conhecimento
sobre a importância do aleitamento materno, conforme comprovado em seus estudos,
porém as mesmas não possuíam o conhecimento simples sobre essa prática, como
as técnicas da amamentação, as propriedades e funções do leite e os benefícios
maternos que a amamentação traz.
Foi perguntado às participantes da pesquisa se a amamentação trazia
benefícios e 90% das que amamentaram disseram que sim, citando, a volta do corpo
ao normal, criação de vínculo afetivo com o filho e prevenção do câncer de mama.
Apenas uma participante relatou que se beneficiou pouco da amamentação devido ao
fato da criança ter rejeitado o peito ocasionando um sentimento de frustração e
impotência.
De acordo com Leão (1998), o aleitamento materno propicia para a criança um
maior vínculo afetivo entre mãe e filho, proteção contra doenças infecciosas, redução
dos índices de alergias e morbimortalidade.
Para as mulheres a amamentação traz comodidade, pois é um alimento que já
se encontra pronto e na temperatura ideal e com todos os nutrientes necessários para
o desenvolvimento saudável da criança. A amamentação atua como contraceptivo
natural, o corpo volta ao seu estado normal mais rápido e reduz a incidência de
neoplasias de mama e útero, como afirma Lacerda (2006).

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Segundo Lana (2001), um dos motivos para a mãe se sentir rejeitada e


frustrada na sua experiência de amamentação é o fato do bebê rejeitar o peito,
durante a amamentação ocasionando um estresse na mãe, podendo estar
relacionado à tensão de se não conseguir aconchegar o bebê durante a
amamentação.
Os dados coletados permitiram identificar alguns mitos que as participantes
possuem em relação a amamentação, sendo importante considerar a preocupação
com as mamas e a vaidade com o corpo, constatadas nas falas de cinco
participantes:
O peito cai, que não voltam a ser a mesma coisa [...] (Pérola, Rubi, Ágata).

Que a mama dói e fere e não amamentar de um lado só [...] (Diamante).

Se o neném arrotar no peito o leite inflama a mama e tem que raspa o bico e
fica inchado [...] (Quartzo-Róseo).

Para Ziegel e Cranley (1986), a associação da flacidez das mamas com a


amamentação é um equívoco, o que realmente acontecem é que devido ao uso de
sutiãs frouxos ou sua utilização incorreta com o passar dos tempos a tendência das
mamas é se tornarem mais flácidas, recomenda-se a utilização de sutiãs firmes.
Durante o período de amamentação as mulheres devem utilizar sutiãs com reforços,
pois nesta fase as mamas estão maiores do que o tamanho normal.
O ato de amamentar não deve causar processos dolorosos ou traumas
mamilares, com exceção da discreta dor no inicio da sucção que é passageira, por
isso, é importante que o profissional de saúde oriente as mães em relação ao
posicionamento adequado do bebê e acompanhe ainda no hospital como acontece a
primeira mamada para o esclarecimento das dúvidas e dificuldades que porventura
possam surgir, ressaltando que a orientação é de extrema importância na prevenção
de fissuras relacionadas com uma má pega, conforme descrito por Silva et al. (2005).
Com relação ao fato da criança eructar na mama é interessante falar sobre
essa crença, pois esta situação ocorre quando a criança é nova. Essa relação deve-
se ao fato de que as fissuras mamilares ocorrem no início da amamentação quando a
criança está aprendendo a sugar e deglutir o leite, fazendo com que durante este ato
ele degluta o ar, exigindo que arrote durante e após as mamadas, na opinião de
Gonçalves e Bonilha (2005).
Das mulheres entrevistadas, 13% relataram que os mitos que elas conhecem
estão relacionados com o que fazer para aumentar a produção de leite, observado
nas seguintes falas:
Comer canjicão faz dar leite, aumentar o leite [...] (turquesa).

Tomar canjicão para dar leite, aí fala que é sem açúcar ou só o caldo e não
comer o caroço, tomar cerveja preta que faz dar leite, comer vaca tolada e
sopa de galinha [...] (Ametista).

Conforme descrito por Ichisato e Shimo (2001), durante a amamentação as


mulheres evitam alimentos que acreditem que secam ou diminuem a produção de
leite, fazendo a ingestão de alimentos considerados lactogênicos, como a canjica, a
cerveja preta, a canja, a sopa de fubá, a água inglesa, o arroz doce, a água e o leite.
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As mulheres acreditam em crenças de que alguns alimentos podem aumentar


a produção de leite, sendo importante estas informações, pois atuam no fator
psicológico dessas mulheres, segundo Vaucher e Durman (2005).
Em outras falas, 31% das mulheres relataram os mitos que possuem em
relação ao leite.
O que você ingere estará no leite materno e que se beber álcool o leite pode
talhar [...] (Diamante).

Se não amamentar o leite seca dar os dois lados para o leite não endurecer,
empedrar [...] (Topázio).

Eles falam que jogar o leite na pedra o leite seca [...] (Água-Marinha).

Não beber porque talha o leite [...] (Turquesa).

Deixar o leite pingar na terra e na pedra seca [...] (Ametista).

A mulher que amamenta necessita que a sua dieta seja rica em alimentos com
aporte calórico, protéico, rico em sais minerais e vitaminas, para que o leite materno
seja produzido em quantidades suficientes e com a composição adequada, como
afirma Moraes (2006).
O que foi relatado por 20% das primigestas de que a bebida alcoólica talha o
leite é confirmado por Carvalho e Pamplona (2001), quando relata que a bebida
alcoólica passa para o leite e afeta a criança, pois se for realizado um exame de
sangue na mãe e no seu leite irá encontrar no leite materno a mesma quantidade de
teor alcoólico encontrado no sangue.
O mito relacionado ao leite materno secar está relacionado com a hipogalactia
que é a pouca secreção do leite materno, associado tanto em quantidade como em
tempo de produção, podendo ser de causa materna (hipoplasia das mamas, choque
emocional, fissuras mamilares, ingurgitamento mamário e mastites) ou de causas do
bebê (problemas sucção e técnica de amamentação errada), na opinião de Matão e
Lacerda (2000 apud MACIEL, 2006).
Segundo Carvalho e Tamez (2005), o ingurgitamento mamário é o famoso
empedramento das mamas, dito por várias mulheres em fase de aleitamento, isto
acontece devido ao número reduzido de mamadas e a sua duração, também sendo
relacionado com o mau posicionamento da criança na mama, ocasionando a
chamada má pega. As mamas com este problema ficam túrgidas, edemaciadas,
hiperemiadas e dolorosas, podendo a paciente apresentar temperatura elevada.
Das mulheres entrevistadas 56% relataram que não conheciam nenhum mito
ou crendice popular sobre amamentação.
Não conheço nenhum mito sobre amamentação [...] (Esmeralda, Safira,
Pedra-Lua).

É evidente que o não conhecimento de mitos ou tabus acerca do aleitamento


materno podem levar ao sucesso da amamentação, pois dessa forma as mulheres
não são influenciadas pelas crendices populares e tomam consciência dos benefícios
que o aleitamento traz praticando de forma correta esse ato.
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Segundo Giuglianni (2000), o sucesso da amamentação depende da mãe no


que tange a importância das informações e motivação por parte delas, aspectos estes
destacados relacionados com a técnica de amamentação, sendo este um processo de
aprendizagem que requer informação e tempo.
Em relação aos fatores que podem ou poderão afetar na decisão de
amamentar, 25% das mulheres participantes responderam que a relação com a
gravidez e o corpo as impediram de amamentar, enquanto 55% das participantes
responderam que os conhecimentos sobre os benefícios do aleitamento materno as
levaram ou levariam a amamentar seus filhos, 13% responderam costumes culturais e
crenças e 10% responderam o poder da propaganda de mamadeiras e sucedâneos
do leite materno (GRAF. 2).

Costumes culturais e crenças


13%

Relação com a gravidez e o corpo

O poder da propaganda de
25% mamadeiras e sucedâneos do
56% leite materno
Conhecimentos sobre os
6% benefícios do aleitamento materno

GRÁFICO 2 Fatores que podem influenciar na decisão de amamentar.

O conhecimento dos benefícios que a amamentação traz estimula as mulheres


a praticarem este ato, pois elas observam nos filhos o desenvolvimento saudável e
em si próprias a volta do seu corpo ao normal após o parto.
Segundo Azeredo et al. (2008) nos seus estudos as mães foram questionadas
quanto ao aleitamento materno, e estas relacionavam a amamentação ao bem-estar
do filho em primeiro lugar, indicando dessa forma que a importância de amamentar é
muito mais do que um simples ato, trazendo benefícios ao bebê, ficando o seu bem-
estar em segundo plano.

CONCLUSÃO

Na realização da presente pesquisa, pode-se identificar que uma parcela das


mulheres possuía conhecimentos sobre o aleitamento materno, mas que as
orientações recebidas ocorreram após o nascimento das crianças, como foi relatado
por elas, mas que não acarretaram problema algum para as crianças, pois elas se
empenharam nesta prática. Porém a preocupação maior é com as gestantes, pois não
receberam orientações no pré-natal, conforme afirmado por elas e algumas
desconhece sobre o tema, podendo levá-las a não realizar este ato e ao desmame
precoce das crianças, necessitando de intervenção neste aspecto.
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Observou-se que as mulheres sofrem influências dos mitos e crenças


existentes relacionados com o corpo e a vaidade, e com a composição do leite
materno, mas estes fatores não interferiram na decisão de amamentar por essas
mulheres. Observou-se que são realizadas palestras e visitas domiciliares pela equipe
de Enfermagem.
Tendo sido encontrado divergências de informações por parte das mulheres da
amostra e dos profissionais no que concerne às gestantes terem recebido ou não
informações acerca da importância e da técnica da amamentação, sugere-se que
sejam organizadas estratégias por parte dos profissionais envolvidos que possam
dirimir esta lacuna.

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