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BENGUELA / 2022
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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
MESTRADO EM ENFERMAGEM DE SAÚDE MATERNA E
OBSTETRÍCIA
BENGUELA /2022
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FICHA TÉCNICA
Título
Promoção da Amenorreia Lactacional Como Método Contraceptivo na Unidade do Puerpério
da Maternidade Geral do Lobito.
Autora
Carolina L. L. Tati Dinis
Tutora
Lúcia Fernanda Dassala Chipuca, PhD
Co-Tutor: Divane Marcolino Pericles, Md
Instituição tutelar
Instituto Superior Politécnico Jean Piaget de Benguela
Publicação
Benguela – 2022
Impreensão e acabamento
Francisco Silva
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à minha família, nomeadamente ao Esposo, meus Pais, Irmãos.
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AGRADECIMENTOS
À Deus por dar-me forças para vencer e chegar a culminar a minha formação por
intermédio deste trabalho.
À toda minha família pelo carinho, força e apoio durante a minha formação;
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SIGLÁRIO
UNICEF –
AIDS
LH – Hormônio Luteinizante
FU – Fundo do Útero
gr - grama
FSH –
MPLA -
5
RESUMO
6
ABSTRAT
7
ÍNDICE GERAL
DEDICATÓRIA.........................................................................................................................3
AGRADECIMENTOS................................................................................................................4
SIGLÁRIO..................................................................................................................................5
RESUMO....................................................................................................................................6
ABSTRAT..................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO........................................................................................................................11
1.3.2 Intervenção dos técnicos de saúde para que a amenorréia lactacional seja um método
concepcional nas unidades do puepério....................................................................................22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................49
APÊNDICES.............................................................................................................................56
ÍNDICE DE TABELAS
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Quadro: 2- Evolução uterina....................................................................................................29
Quadro:9- Qual é a mensagem que passa às puerperas após o parto, para evitar outra
gravidez?...................................................................................................................................40
Quadro:12- Quem são as pessoas que devem auxiliar a amamentação do bebê, para que a
mesma seja cumprida na íntegra?............................................................................................. 42
INTRODUÇÃO
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recém-nascido tenha uma alimentação adequada e sem risco assim como para evitar gravidez
precoce na mãe no periodo do puerpério.
Bem, até hoje os factores ilencados acima continuam fazendo eco na vida das
mães angolanas e não só, mesmo com tanta informação que passa nos nossos meios de
comunicação social e dada nas palestras pré-natal.
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amamentação. É necessário que toda esta educação sanitária seja acompanhada de aspectos
psicológicos para que a mãe compreenda na integra as vantagens da amamentação até no
minimo seis mêses de vida da criança.
Desta feita, a escolha deste tema justifica-se pelo facto de darmos conta da
insuficiência no conhecimento dos benefícios do aleitamento materno para a saúde da mãe e
do bebé nos primeiros tempos de vida da criança, que pode ser feito com prazer gerando à
satisfação de uma vida saudável sem risco no pós-parto e no puerpério.
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Com base na abordagem exposta, temos como ponto de partida o seguinte
problema de investigação: que estratégia adoptar para que a amenorreia lactacional seja
um método contraceptivo na unidade do Puerpério da Maternidade Geral do Lobito?
Objectivo Geral
Objectivos Específicos
Que estratégias são adoptadas para que amenorreia lactacional seja tida como método
conceptivo na unidade do Puerpério na maternidade geral no municipio do Lobito?
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Quais as vantagens que a amenorreia lactacional pode proporcionalr as mães da unidade do
Puerpério na maternidade geral no municipio do Lobito?
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I-CAPÍTULO - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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Neste capítulo faz se apresentação dos aspectos teóricos, relacionados com as
opiniões de vários autores que debruçaram sobre o tema em estudo. Iniciamos pela definição
de conceitos e seguiu-se a abordagem de vários itens que achamos pertinentes para o suporte
até a análise e interpretação dos resultados.
Assim, o autor acima citado descreve quatro outros hormônios importantes para o
crescimento do sistema de ductos como: o hormônio do crsecimento, a prolactina, os
glicocorticóides adrenais e a insulina. Cada um destes hormônios joga um grande papel no
metabolismo das proteinas alavancando uma função determinante no desenvolvimento da
mama.
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Guyton e Hall ( 2011), perspectivam que, para que as mamas se traduzam em um
orgão produtor de leite é necessário a presença de progesterona que depois do
desenvolvimento do ductos estes tem uma função conjunta com outros hormônios no
crescimento de lóbulos e os alvéolos com todas as suas caracteristicas celulares levando a
certas alterações análodas aos efeitos secretores da progesterona sobre o endométrio do útero
durante a segunda metade do ciclo mentrual feminino.
Assim, o líquido secretado nos últimos dias da gravidez e nos primeiros dias após
o nascimento do bebé chama-se colostro e neste periodo as mamas apresentam grande
concentração de proteinas e lactose do que leite mas com pouca gordura tendo uma produção
máxima de 1/100 da produção subsequente de leite. Razão pela qual considera-se importante
o primeiro leite para o desenvolvimento da criança nos primeiros tempos de vida. E para
melhor compreensão apresentamos abaixo um quadro comparativo com os constituintes do
leite materno e artificial.
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necessário passar esta informação para que se perceba o quanto é vantajoso a amamentação
exclusiva durante o primeiro semestre pós – parto tanto para a mãe quanto para o novo ser.
Para a mulher, a amamentação tem um papel muito importante sob vários aspectos
pois que ao amamentar, o instinto maternal é satisfeito e supre a separação abrupta ocorrida
no momento do parto, que muitas vezes acaba causando depressão na mãe ao ponto de nunca
mais querer gerar um filho e ete estado é muitas vezes melhorado no momento da
amamentação. A satisfação no instinto sexual da mãe tem sido relacionada a esse acto devido
a respostas da lactação serem semelhantes às do coito na estimulação da contratibilidade
uterina e ao aumento do interesse sexual pós-parto . A redução de estresse e mau humor tem
sido relatada por mães após as mamadas. Este efeito é mediado pelo hormônio ocitocina, que
é liberado na corrente sanguínea durante a amamentação em altos níveis. Godinho (2015).
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Lactacional, que assegura o espaçamento entre gestações desde que a amamentação seja
exclusiva e em livre demanda.
Em relação aos diversos tipos de câncer, amamentar por no mínimo dois meses
reduz o risco de câncer no epitélio ovariano em 25% 15, 26; de 3 meses a 24 meses é um dos
principais factores protetores do câncer de mama que ocorre antes da menopausa, além de
estabilizar o progresso da endometriose materna diminuindo o risco de obter o câncer
endometrial e de ovário.
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(financiamento direto aos profissionais, aceitação de presentes, patrocínios e incentivos
individuais) para a prescrição dos substitutos do leite materno. A partir da década de 80, a
OMS e o UNICEF direcionaram esforços para a instituição de uma política de incentivo à
amamentação. Nesse contexto, insere-se a publicação do texto “Proteção, promoção e apoio
ao aleitamento materno: o papel dos serviços de saúde”, que apresenta os “Dez passos para o
sucesso do aleitamento materno”, e, posteriormente, o lançamento da IHAC. A IHAC propõe
rotinas hospitalares facilitadoras do aleitamento materno.
Venâncio (1996) em seu estudo mostra que tal instrumento, além de ser útil para a
orientação de condutas dos profissionais de saúde quanto ao manejo do aleitamento materno,
foi também capaz de fornecer um diagnóstico sobre a frequência de diferentes tipos de
problemas da amamentação no pós-parto imediato.
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conhecidos por mães entrevistadas em programas pré-natais foram: a importância do colostro,
o estímulo da sucção do seio pelo bebê para a produção do leite materno, as situações em que
a mãe não deve amamentar (AIDS), a relação entre dieta materna e amamentação e os
benefícios da lactação para a mãe, denotando falha no sistema de saúde quanto à
universalização das informações sobre aspectos de fundamental importância. A questão do
desmame precoce também traz à tona a situação das mulheres trabalhadoras.
A par do que já foi dito, encontramos outras alegações que levam ao não
cumprimento do tempo recomendado da amamentação lactacional como: a falta de
experiência materna; fardo ocasionado pela amamentação frente às actividades
desempenhadas cotidianamente; inadequação entre suas necessidades e as da criança;
interferências externas de familiares, amigos e demais interações; trabalho materno; solidão e
isolamento da mulher mãe e a necessidade de obter apoio para a execução da amamentação.
As mães sentem-se culpadas por não amamentarem e não são preparadas para conhecer esse
processo básico de vida. Por isso, precisam de ajuda e principalmente informação adequada
em tempo oportuno. Este apoio deve ser prestado através da atuação do setor de saúde,
aparelhos sociais de suporte à maternidade e o núcleo familiar.
1.3.2 Intervenção dos técnicos de saúde para que a amenorréia lactacional seja
um método concepcional nas unidades do puepério.
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que, apelamos a quem de direito a necessidade do treinamento do profissional de saúde que
lida precocemente com a mãe através de treinamentos de forma a prover um processo social
em construção permanente dentro de uma contínua discussão sobre como se implementar
políticas de saúde relacionadas à amamentação. Moura (2011).
A amamentação deve ser estimulada, pois cada mamada representa uma vacina
para o bebê. O aleitamento materno fornece todos os nutrientes, proteção e desenvolve
estruturas ósseas. O mesmo ocorre com a lactante que, ao amamentar seu filho, produz
benefícios futuros para ela e seu bebê. Além disso, esse ato é elemento importante para o
Brasil sob ponto de vista econômico. Amamentar representa um encaixe perfeito entre mãe e
filho, cumprindo uma função de cordão umbilical externo. A mulher que amamenta vê
reconfortada sua capacidade de continuar gerando vida através do alimento que brota do seu
corpo. Através de informações sobre aleitamento e seus benefícios dadas às mães, programas
de incentivos (governamental através do SUS, órgãos mundiais como UNICEF e OMS),
quebra de tabus, treinamento de profissionais para auxílio no estímulo à amamentação, ética
no marketing, dentre outros, o perigo do desmame precoce pode ser convertido em estímulo à
amamentação, podendo assim alcançar à meta idealizada pela OMS.
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1.3.3 A amentação no combate ao câncer
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De fato, a massa óssea mostrou-se com maior densidade mineral entre mulheres
que amamentaram por mais de 8 meses, em estudo realizado em Minnesota, (Estados
Unidos). Um outro estudo mostrou que a amamentação protege contra o risco de fratura de
quadril, embora essa conclusão tenha sido prejudicada por não ter sido levada em
consideração a paridade, fator sabidamente associado a fraturas. Venâncio (2003) também
mostrou protecção da amamentação contra a presença de fraturas no quadril e no braço por
osteoporose.
A etiologia da doença ainda não é clara, mas sabe-se, por estudos realizados em
gemelares, que cerca de 60% da probabilidade da doença pode ser atribuída a herança
genética, embora se questione se o componente familiar não atuaria mais na gravidade da
doença. A probabilidade restante seria ambiental, não havendo um fator único causador da
artrite reumatóide. Existem indicações de que mudanças hormonais no período perinatal
poderiam estar associadas ao aparecimento da doença, já que ela não aparece na gravidez,
sendo mais comum no puerpério.
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1.4 Amenorréia lactacional na perspectiva de diferentes autores e realidades
Diversos métodos foram usados expressão das mamas, pesagem antes e depois da
mamada, uso de isótopos , mas com pouco sucesso. Estudo realizado nas Filipinas e nos
Estados Unidos utilizou um método que se mostrou mais confiável: mediu-se o número de
mamadas no peito entre o total de alimentações dos bebês, ou seja, a frequência relativa de
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mamadas; as mulheres cuja ovulação ocorreu antes do sexto mês de vida do bebê
amamentaram significativamente menos vezes no peito que as demais.
No entanto, entre mulheres escocesas, foi observado que a ovulação não ocorre
enquanto o bebê for amamentado por pelo menos seis vezes num total de 65 minutos
distribuídos em 24 horas. Entretanto, outros estudos não confirmaram esse achado, indicando
que nenhum numero mínimo de mamadas garante a anovulação. Uma vez que, com a
introdução de qualquer outro fluido, o bebê tende a sugar menos na mãe, por ter sua fome e
sede parcialmente saciadas por esses líquidos, é de se supor que a prática da amamentação
exclusiva contribua para o retardo da volta da fertilidade. Isso ficou demonstrado em 1987,
quando, publicaram um estudo realizado entre mulheres de Bangladesh, cuja conclusão foi de
que a prática da amamentação exclusiva por 7 meses, quando comparada com o aleitamento
misto, levava à maior duração mediana da amenorréia lactacional.
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Apesar dos estudos realizados e resultados obtidos, e necessário que se tenha em
conta os indicados como: idade, herança cultural, padrões de amamentação, de amenorréia e
paridade para se aferir a verdadeira utilidade da amenorreia no retardo de uma gravidez.
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Podemos ter em conta a outros estudos realizados nas Filipinas e nos Estados
Unidos, onde foi utilizado um método que a prior se mostrou mais confiável que visava na
medição do número de mamadas no peito entre o total de alimentações dos bebês, ou seja, a
frequência relativa de mamadas. Notou-se que as mulheres cuja ovulação ocorreu antes do
sexto mês de vida do bebê amamentaram significativamente menos vezes no peito que as
demais. Entre mulheres escocesas, foi observado que a ovulação não ocorre enquanto o bebê
for amamentado por pelo menos seis vezes num total de 65 minutos distribuídos em 24 horas.
Entretanto, outros estudos não confirmaram esse achado, indicando que nenhum número
mínimo de mamadas garante a anovulação. Uma vez que, com a introdução de qualquer outro
fluido, o bebê tende a sugar menos na mãe, por ter sua fome e sede parcialmente saciadas por
esses líquidos, é de se supor que a prática da amamentação exclusiva contribua para o retardo
da volta da fertilidade.
Para que a mulher utilize a amamentação como prática contraceptiva, ela deve
estar nos primeiros 6 meses pós-parto; não ter menstruado e amamentar exclusivamente ou
quase exclusivamente. Essas recomendações continuam se apoiando no assim chamado
Consenso de Bellagio, de 1988, baseado na revisão de todos os estudos sobre o tema
publicados ate aquela época. Segundo o Consenso, a amamentação fornece mais de 98% de
proteção contra a gravidez nos primeiros 6 meses depois do parto se a mulher não tiver
menstruado depois do 56 dia e se estiver amamentando exclusiva ou quase exclusivamente.
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(sensibilizadas e conhecedoras do método) comparadas àquelas que estavam amenorréicas e
amamentavam mas não usavam qualquer método anticoncepcional.
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Normalmente, o útero deve permanecer na cavidade pélvica o que muitas vezes
não acontece após-parto dando desta forma a subinvolução que é a incapacidade do útero
retornar ao seu estado normal por várias causas como: retenção de fragmentos placentares e
infecção pelo que é necessário massagem ou administração de ocitocina imediatamente.
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Constituídos por sangue velho mais
Sero – hemáticos Do 4º ao 9º dia
restos de tecidos.
Constituídos por muco mais células A partir do 10º dia até a
Serosos
epitélio mais leucócitos e bactérias. 2ª / 6ª semana após o parto.
Por tanto, é preciso ter-se em conta que nem toda a hemorragia pós-parto são
lóquios e para identificar e necessário avaliar sua cor, quantidade, cheiro, duração e presença
de outros elementos.
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Aleitamento materno: O aleitamento vem a ser uma das características mais
essencial da fisiologia do puerpério pela sua importância tanto na amamentação do bebé
quanto na prevenção de uma gravidez indesejada na mãe.
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CAPÍTULO II -METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO
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População
Amostra
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CAPÍTULO III - APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO
DOS RESULTADOS OBTIDOS NA MATERNIDADE DO LOBITO
25/30 3 30%
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35/40 2 20%
45/50 2 20%
55/60 3 30%
Total 10 100%
Logo, podemos inferir que de acordo a tabela acima, a maior parte das
enfermeiras são de idade compreendida entre 25/30 e 55/60 anos idade. Observa-se neste
resultado que há uma variação de idade, o que representa um certo equilíbrio tendo em conta
que os mais adultos possam ser portadores de muito boa experiência decorrentes dos longos
anos do exercício da profissão, enquanto os mais novos podem ser possuidores de bastante
energia, dinamismo e vontade de aprender para melhor execução de suas tarefas profissionais.
De certo modo consideramos ser vantajosa para o estudo, porque anos, são idades que
apresentam um nível de maturidade pessoal aceital para o profissionalismo na área da saúde.
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sua maioria apresentam um grau de escolaridade aceiável para o exercício de suas tarefas,
apesar de dois enferimeiros ainda possuirm o grau de ensino médio.
Desta feita, podemos notar que este dado é um indicador que favorece o domínio
de conhecimentos e capacidades profissionais que fundamentam a profissionalismo na
unidade do puerpério.
Contudo, podemos inferir que a maioria das enfermeiras tem um tempo de serviço
favorável para o bom trabalho nesta unidade sanitária porque geralmente quanto mais tempo
de servico se têm maior é a maturidade profissional, fruto das várias experiências vividas na
vida profissional que muitas vezes serve de alavancagem para grandes melhorias na atuação
diaria.
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Quadro:8- Sabe o que é a Amenorreia Lactacional?
Sim 9 90%
Não 1 10%
Total 10 100%
Logo, podemos inferir que a maioria das enfermeiras sabem sobre o que é a
Amenorreia Lactacional, apesar de uma enfermeira ainda não ter noção sobre o assunto.
Assim lamentamos o facto pelo que aconselhamos a todas as técnicas de saúde principalmente
as que trabalham directamente a buscarem conhecimentos sobre aspectos que têm a ver com o
seu dia-a-dia no trabalho para que possam ajudar melhor as nossas mães.
Quadro:9- Qual é a mensagem que passa às puerperas após o parto, para evitar outra
gravidez?
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Logo, podemos inferir que a maioria das enfermeiras consideram a amamentação
exclusiva como melhor mensagem a ser passada às puérperas para que estas possam evitar
qualquer gravidez não programada. Assim, recomenda-se que a amamentação seja a única
forma de nutrição do bebê até os seis meses de vida. Como defende Vanessa, “até esse
período, não é necessário fornecer água, suco ou chás para o bebê, pois ele encontra no leite
todos os nutrientes essenciais para a manutenção de sua saúde” (Vanessa 2012, p.28). Não
descuramos de algumas enfermeiras que representam um número menor, que consideram o
uso de contraceptivo a melhor mensagem a passar para evitar gravidez, mas de salientar que
se o método de amamentação exclusiva for bem aplicado, não haverá necessidades de a mãe
tomar anticoncepcionais que poderão causar-lhe outras consequências menos saudáveis.
Logo, podemos inferir que a maioria das enfermeiras considera que logo após o
parto é a altura mais fácil para acomeçar com a amamentação exclusiva. Venesa (2012),
concorda com as enfermeiras quando diz que o aleitamento materno exclusivo é a alimentação
do bebé feita só com o leite materno durante os primeiros 6 meses de vida, sem introduzir
nenhum outro alimento líquido ou sólido, nem mesmo água e remédios tradicionais, com
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excepção dos medicamentos e suplementos de vitaminas e minerais em forma de gotas e
xarope, apenas quando recomendados pelo médico.
Logo, podemos inferir que a maioria das enfermeiras considera que amenorreia
lactacional não é aconselhavel para todas as mães e um número reduzido de enfermeiras acha
que amenorreia lactacional é aconselhavel para todas as mães.
Quadro:12- Quem são as pessoas que devem auxiliar a amamentação do bebê, para que
a mesma seja cumprida na íntegra?
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Relativamente a está questão, 2 (duas) enfermeniras que correspondem a 20% da
amostra responderam que a mãe é a pessoa que auxilia a amentação do bebê, para que a
mesma seja cumprida na íntegra e 8 enfermeiraas que representam 80% da amostra,
responderam que o casal são as pessoas que devem auxiliar a amamentação do bebê, para que
a mesma seja cumprida na íntegra.
Logo, podemos inferir que a amioria das enfermeiras considera que o casal são as
pessoas indicadas a auxiliarem na amamentação do bebê, para que a mesma seja cumprida na
íntegra; pesembora haja uma menoria de enfermeiras que considera ser da responsabilidade da
mãe auxiliar na amamentação do bebê, para que a mesma seja cumprida na íntegra.
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Relativamente a está questão, 1 (uma) enfermenira que corresponde a 10% da
amostra, respondeu que dá menor probabilidade da mulher desenvolver o câncro de mama, 2
(duas) enfermeiras que correspondem a 20% da amostra, responderam que inibe o período
menstrual, evitando o surgimento de nova gravidez, 1 (uma) enfermenira que corresponde a
10% da amostra, respondeu que queima calorias e ajuda a mãe a regressar ao peso normal, 1
(uma) enfermenira que corresponde a 10% da amostra, respondeu que ajuda o útero a regredir
para a sua dimensão normal, 2 (duas) enfermeiras que correspondem a 20% da amostra,
responderam que reforça laço afectivo entre a mãe e o bebê, 1 (uma) enfermenira que
corresponde a 10% da amostra, respondeu que é de facil preparação, 1 (uma) enfermenira que
corresponde a 10% da amostra, respondeu que é rico em proteinas e nutrientes e 1 (uma)
enfermenira que corresponde a 10% da amostra, respondeu que melhora o desenvolvimento
mental do bebê.
Logo, podemos inferir que com base nessa diversidade de vantagens, a maioria
das enfermeiras pensa que amamentação exclusiva tem como principal vantagem a inibição
do período menstrual, evitando o surgimento de nova gravidez e reforça laço afectivo entre a
mãe e o bebê.
Quadro 14: Que estratégia adoptar para que a amenorreia lactacional seja tida como
um método conceptivo na unidade do Puerpério na maternidade geral no municipio do
Lobito?
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Tendo em conta os dados acima, da questão sobre estratégias adoptar para que a
amenorreia lactacional seja tida como um método conceptivo na unidade do Puerpério na
maternidade geral no municipio do Lobito. 5 enfermeiras que representa 50% responderam,
dar informações nas mães durante o puerpério; 4 enfermeiras que perfaz 40% responderam
passar informações nas consultas de pré-natal e 1 enfermeira que corresponde a 10%,
respondeu passar informações nas consultas de puericultura.
Para tal, é necessário que todas as enfermeiras tenham o dominio das informações
que demostram a importância da amenorreia lactacional como um método conceptivo e
consigam passar correctamente aos utentes para que eles tenham está experiência e possam
passar as gerações vindouras.
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lucidar acerca de tudo que está a volta do tema. No II capítulo, foi abordado questões
metodológicas, que serviram-nos de recursos para a colecta de dados, para possíveis
interpretações e postariormente extrair as conclusões. Já no III capítulo ao qual consideramos
como ponto fulcral do nosso trabalho, foi analisado as respostas ouvidas dos nossos
inqueridos, o que nos fez chegar a uma descoberta e propor uma solução ao nosso problema
de investigação.
Outrossim, o estudo nos mostrou que a maioria dos enfermeiros a mensagem que
passam às puérperas no após-parto, para evitar outra gravidez é a prática da amamentação
exclusiva. Pensamos que das medidas usadas para evitar uma gravidez precoce, essa é vista
pela maioria como a melhor pelo facto de ser bastante natural e oferecer vantagens específicas
a mãe como a recepção e entrega do afecto entre a mãe e o bebê, a absorção dos nutrientes e
proteinas por parte do bebê através do aleitamento materno. Por isso é recomendável começar
este procedimento logo após o parto, tal como nos confima o estudo.
Logo, é necessário que se faça alguma coisa para que as futuras mães estejam bem
munidas no que diz respeito a amenorreia lectacional. O nosso estudo sugere passar
informação nas consultas pré-natais, dar informação nas mães durante o puerpério e passar
informações nas consultas de puericultura. Concordamos piamente com estes resultados,
porque não existe momento melhor para dar a conhecer as mães sobre a amenorreia
lectacional, porque são momentos em que as enfermeiras entram em contacto directo com
pessoas para instruí-las de forma sábia sobre o procedimento da amenorreia lectacional.
CONCLUSÕES
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GUYTON, A. C.; HALL, J. E. (2011), Tratado de fisiologia médica. 12ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier.
Mezquita. J. & Rodrigues. J. F, (2004), Como investigar em pedagogía. Cuba: Editora Pueblo
Y Educacion.
Oliveira, M.A.A; Osório, M.M. (2005). Consumo de leite de vaca e anemia ferropriva na
influência. Jornal da pediatria. Rio de Janeiro
ZAVASCHI, L.S. (1991), Aspectos psicológicos do aleitamento materno. Rio Gd Sul: Revista
Psiquiatr.
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GLOSSÁRIO
Alvéolos: Alvéolos é onde ocorre as trocas gasosas e constituem a última porção da árvore
brônquica.
Anovulação: é a ausência da ovulação. Ela ocorre quando o óvulo não é liberado pelo ovário,
indicando algum tipo de distúrbio, principalmente hormonal.
Câncer: é o nome que se dá a um conjunto de mais de 200 doenças diferentes que têm como
característica em comum o crescimento anormal
Câncer de ovário: é o câncer ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e o mais letal.
Sua incidência está associada a fatores genéticos.
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Carta de Ottawa: A Carta de Ottawa é um documento apresentado na Primeira Conferência
Internacional sobre Promoção da Saúde, realizado em Ottawa, Canadá, em
novembro de 1986.
Cistos: é uma espécie de saco cheio de ar, líquido ou conteúdo semi-sólido que pode se
desenvolver em qualquer parte do corpo.
Coito: Relação sexual que supõe, especificamente, introdução de pénis por via anal ou oral
(em contraste com a cópula, que supõe introdução de pénis por via vaginal)
Colostro: primeiro leite que você produz quando começa a amamentar, é o alimento ideal
para o recém-nascido.
Endométrio: É o tecido que reveste a parte de dentro do útero e que durante todo o ciclo
menstrual passa por fases e diferentes espessuras.
51
Etiologia: é o estudo ou ciência das causas. Não há que se falar em "etiologia" como termo
restritivo de uma ciência.
Etiopatogenia: Estudo das causas das doenças e dos mecanismos patogénicos que atuam
sobre o organismo para provocarem essas doenças.
Folículos ovarianos: são as unidades funcionais dos ovários que armazenam os óvulos e têm
a capacidade de se desenvolver e liberar os óvulos (ovulação).
Hipófise: é uma glândula do tamanho de uma ervilha que está alojada no interior de uma
estrutura óssea (sela turca) localizada na base do cérebro.
Histerectomia: é uma cirurgia ginecológica (ou operação) que consiste na remoção do útero,
podendo ser realizada por via laparoscópica
Hormonas: são substâncias produzidas por glândulas endócrinas que funcionam como
mensageiros e atuam à distância do local onde são produzidas.
Ocitocina: é um hormônio produzido no cérebro, que tem papel importante para facilitar o
parto e a amamentação
Imunológico: é o que garante proteção ao nosso corpo, evitando que substâncias estranhas e
patógenos afetem.
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Insulina: É um hormônio secretado pelo pâncreas que controla o nível de glicose no sangue
Leucócitos: são células sanguíneas conhecidas por muitas pessoas como glóbulos brancos.
Lóquios: são denominados as perdas de sangue, muco e tecidos do interior do útero durante o
período puerperal.
Ooforectomia profilática: É uma cirurgia feita para remover um órgão que apresenta grande
possibilidade de desenvolver câncer, mesmo que não haja sinais da doença no
momento da operação.
Osteoporose: é uma condição mais comum em mulheres acima dos 45 anos que deixa os
ossos frágeis e porosos.
Ovário: são duas glândulas do Sistema Reprodutor Feminino responsáveis pela síntese de
hormônios sexuais, produção e armazenamento das células.
Óvulo: é a célula sexual feminina (gâmeta feminino) que, depois de fertilizada por um
gâmeta masculino, dá origem ao zigoto, durante o processo.
Paratireoide: são glândulas endócrinas presentes, normalmente, nos polos superior e inferior
da parte dorsal da glândula tireoide.
Placenta: é um órgão formado durante a gestação, que tem como papel principal promover a
comunicação entre a mãe e o feto e, assim, garantir as condições .
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Progesterona: é um hormônio, produzido pelos ovários, que tem um papel muito importante
no processo de gravidez, sendo responsável por regular o ciclo .
Reumatoide: é uma doença inflamatória crônica que pode afetar várias articulações.
Tónus musculares: é o estado de tensão elástica (contração ligeira) que apresenta o músculo
em repouso, e que permite iniciar a contração.
Trompas de Falópio: são dois tubos contráteis, com 10 centímetros cada aproximadamente,
que se estendem do ângulo.
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APÊNDICES
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TERMO DE CONSENTIMENTO
Não se preveêm danos físicos, emocionais ou efeitos colaterais para colaboradores neste
estudo.
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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
MESTRADO EM SAÚDE PÚBLICA
Lê com muita atenção o questionário que se segue e responda com sinceridade uma das
questões apresntadas.
DADOS IDENTITÁRIOS
Idade
F
Sexo (Assinale com um X) M
Ensino Básico
Habilitações literárias/profissionais Ensino Médio
(assinale com um X) Ensino Superior
Especialista em Saúde Materna
Tempo de serviço
Sim
Não
2. Qual a mensagem que passa para as puerperas após o parto, para evitar outra gravidez?
Amamentação exclusiva
Uso de contraceptivo
Abstinêcia sexual
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3. Assinale em que altura é mais fácil começar a amamentação exclusiva?
Sim
Não
a) Quem são as pessoas que auxiliam a amamentação do bebê, para que a mesma seja
cumprida na íntegra:
Pai
Mãe
O casal
De fácil ingestão
Baixo custo económico
Reforça laço afectivo entre a mãe e o bebê
É de fácil preparação
É dado de livre demanda
Rico em proteinas e nutrientes
Melhora o desenvolvimento mental do bebê
Ao logno prazoé importante para prevenção de diabetes e de linfoma no bebê
Diminui a perca de sangue no pós parto
Menor probabilidade da mulher desenvolver o câncro da mama
Inibe o período menstrual, evitando o surgimento de nova gravidez
Queima calorias e ajuda a mãe a regressar ao peso normal
Ajuda o útero a regredir para a sua dimensão normal
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